Caderno literario Pragmatha Nº 68 abril de 2015 * Antonio Cabral Filho - RJ
Letras taquarenses 13 01 2010 * Antonio Cabral Filho - Rj
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HAICAIS
Feliz do Zanoto
Que tem Diversos Caminhos
Pra entrar em alfa.
Antonio Cabral Filho – RJ
Canário em silencio.
A inspiração, na floresta,
Aguarda sua fuga.
José N. Reis -SP
Nas vozes do vento
Há muito que meditar,
Cantam as sereias.
Vidal Idony Stockler – PR
Acordo as seis horas
E abro a janela do quarto...
Abraços do sol.
Humberto Del Maestro – ES
Viver é ter sorte...
No roteiro que me cabe.
Cativo da morte.
Silvério R. da Costa – SC
TROVAS
Não julgues ninguém na vida
Seja teu lema o perdão
Quem amarga uma ferida
Precisa de proteção.
Humberto Del Maestro - ES A senescencia, essa fada,
Chega e me deixa senil.
É a síndrome do nada
Descendo pelo funil.
Silvério R. da Costa – SC
Todas as estrelas brilhantes
E a palidez do luar
São belezas cativantes
Que se refletem no mar.
Vidal Idony Stockler – PR
Lindo Rio de janeiro
Do samba, a capital
Com passistas e pandeiro
Tem o melhor carnaval.
Henny Kropf – RJ
Dezembro é o mês que resta
E ninguém contesta o fato
Galo ganha missa e festa
Pro peru pagar o pato.
Antonio Cabral Filho – RJ
Findou mais um ano...E quando
Uma incoerência acontece:
Erguer um brinde saudando
O tempo que me envelhece.
Sergio Bernardo – RJ Tudo num feijão esperto
É sinônimo de vida,
Mistura que não dá certo
É volante com bebida.
Arlindo Nóbrega – SP
Tem o seu tempo na vida
Tudo na época certa,
Depois da sorte vivida
Muita coisa não conserta.
Francisco de A.Nascimento -GO
O passado já não temos,
O futuro não se sente.
O presente é o que vivemos
E morremos no presente.
Miguel J. Malty – DF
Se acaso a justiça humana
Para nas mãos de um canalha
Pensa que todos enganam
Mas a divina não falha.
Ruth Farah N. Luttherbach - RJ
Sem lenha o fogo se apaga,
Diz sabedoria antiga;
A contenda não propaga
Se falta a lenha da intriga.
Jesse Nascimento - RJ
As palavras – tem cuidado!
Devem ser bem escolhidas
Se espalham amor de um lado
De outro podem lesar vidas.
Angélica Villela Santos -SP
A chuva mansa caída
Num insistente chover
Com volúpia consumida
Faz a terra renascer.
Fernando Vasconcelos – PR
Amanhã serás Saudade,
Serás Velhice, mais nada.
É bom ser benevolente,
Ajudar a quem padece
Mas existe muita gente
Que precisa e não merece.
João Batista Serra – CE
Vejo em caixas a “macheza”
Que traz tanto sofrimento
Pois a mulher sem defesa
Apanha a todo o momento.
Ivone Vebber – RS
Mil lajeados pela escarpa
Tombaram em pleno mar
Quando David tocou harpa
Pro Rei Saul se acalmar.
Pedro Giusti – RJ
DAS MINIATURAS
Colecionava soldadinhos de
chumbo
Para minha guerra pessoal,
A batalha eu não tive
E os meus soldadinhos, o
tempo levou.
Walmor DS Colmenero – SP
FUGA
Horas
Contrarias
Absurdas
A batalha
Dura
Costurada
Por Criaturas
Operárias
Do Capital
Animal
Homem
Rico.
Aline Leal – BA
7 DE SETEMBRO BRASIL
IDEPENDENCIA OU
MORTE:
Celebração
Do sonho de todos,
Menos a morte
A morte é para
Os mártires
Que não tem independência
Neste mundo.
A independência
Distribuição Gratuita * Registrado na Biblioteca Nacional *Assinatura Anual: R$ 10,00 C/C 89280-3 Ag. 0314 – 6130 Itaú
Ano II nº 20 Out/Nov/Dez 2009 Editor: Antonio Cabral Filho / Rua São Marcelo – 50 / 202 Cep: 22780-300 – Curicica – RJ
E-mail: [email protected]
É a capacidade
De ser livre
Para pensar
Na pátria amada.
Mas, por que celebrá – la
Em Nova York?
Terezinha Pereira – EUA
TROVAS POR MARIA
DA PENHA
Maria da penha é da grei
Que põe contra a lei da arma
O poder de arma da lei
Sobre os senhores do Karma.
Maria da Penha é mulher,
Nordestina e feminista,
Dá exemplo pra quem quer
Aprender matar machista.
Maria da Penha é Poder,
Vitória Maria da Penha,
Tens a força pra vencer
Aquele que as armas tenha.
Maria da Penha venceu.
Maria da penha é vitoria,
Vitoria que ela colheu
Pra desfrutar toda gloria.
Com o dinheiro não me iludo
Ante a quem lutou por tanto.
Mas sei que a vitoria é tudo
Sobre o fantasma do quanto.
Nem mesmo a razão soturna
Justifica tal loucura
Com torpeza tão noturna
Contra outra criatura.
Saúdo Maria da Penha
E com meu gesto demonstro
Que na luta vale a pena
Tudo que derrote o monstro.
Maria da Penha Merece
Viver em nossa memória
Junto com quem não esquece
De quem lutou na historia.
Avante Maria da Penha!
Não de férias pra madeira
Nem descanso para a lenha,
Lhe quero sempre guerreira.
Antonio Cabral Filho-RJ
TUPÃ
A CHICO MENDES
Tupã que estais em cada planta
Santificado seja a vossa
natureza venha a nós os reinos
naturais ( teus )
Seja feita a harmonia da vida
Assim no ar, como na terra e
no mar.
As frutas vossas que colhemos
cada dia – nos daí hoje perdoai
as nossas poluições assim
como nós ( humanos) um dia
perdoar um ao outro pelos
erros passados que vos tem
ofendido
E a mãe – Natureza
Amém.
Francisco Thelmo Mattos – Ce
ARCO – IRIS NEGRO
Será que a paz é assim
Será esta paz que sinto
O disfarce das guerras eternas
Que se desencadeiam em mim?
Será a paz aceitação profunda?
Ou será esta aceitação
comodismo disfarçado
Impedindo-me de preparar
batalhas ?
Será a paz silenciosa, muda
Ou será essa mudez
O medo de bradar,
Finalmente, o grito da vistoria?
Será a paz a certeza...
A segurança?
Serão a certeza, a segurança
máscaras
De todas as duvidas, das
ameaças, dos temores, da
solidão?
Como será a verdadeira paz?
Branca?
Pura?
Estática
Quisera fosse a paz um arco-
íris negro
Cintilantemente negro
Numa noite enluarada
Indicando estradas,
Em plena escuridão.
Glenda Maier – RJ
BÚFALO DE WALL STREET
Moises não era um mix
De Ricardo com Smith
Pois quis o cristão puro
Sem pecado original
Imune ao bezerro de ouro
Livre das pragas mundanas.
Mas Ricardo e Smith
Ao contrario de Moises
Não pagaram nenhum mico
E são Deuses de wall Street
E adoram bezerro de ouro
Mesmo nem pedigree
Tanto que seus devotos
Por prova de “paga-prenda”
Puseram na porta da venda
Um búfalo por tesouro
E avisaram pra todo lado
Que na falta da mão boba
Que mantém vivo o mercado
aceitam de mui bom grado
Todo New Deal do Estado.
Antonio Cabral Filho - RJ
ALMA LIVRE
Não adianta Freud,
Nem Édipo nem Electra
Fazem minha cabeça
E seu baú de complexos
Que devora a família
Não aflora no sofá da sala
como a paixão devora desejos
E suas overdoses de consumo
Não atingem meu eixo.
Não que eu seja imune
A coisas materiais.
E que as coisas materiais
Não atingem minha alma,
Pois desde as primeiras águas
Fui levado á pajelança
Recebi a unção dos óleos
Que tornou minha alma
Imune a coisas fúteis
E deu-lhe essa
Consistência de neve
E fe-la ser alma sem Karma.
Antonio Cabral Filho – RJ
CHECOSLOVAQUIA 1968
Dizem que a primavera
É a estação das flores,
Mas na primavera de Praga
A única flor que assola
E espalha a catinga de pólvora
É o HK Soviético.
Antonio Cabral Filho – RJ
JORNAIS:
O Capital
AV. Ivo do prado,948
Cep 49017-070 Aracaju-SE
O Boêmio
Av. América Brasiliense, 784
CEP 15991- 220 Motão - SP
Letras Santiaguenses
Caixa postal 411- CEP 97001-
970
Santa Maria- RS.
O Radar
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86.800-970- Apucarana-PR
COLUNAS LITERÁRIAS
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Maciel
Jornal O Liberal, Rua D, 70 Conjunto
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Laranjeiras – SE
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Silvério R. da Costa
CP 262, Cep: 89.801-970
Chapecó –SC
PÁGINA LITERO - CULTURAL,
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Cep: 78.900-970
Porto Velho – RO
DIVERSOS CAMINHOS,
Zanoto, CP 107, Cep: 37.002-970
Varginha – MG