Letras musicas unicef

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1 Letras músicas UNICEF (CD 01) Música Página Aquarela 02 Rua da passagem 03 Absurdo 04 Beira-mar novo 05 Gaiola da saudade 06 O mundo 07 Herdeiros do futuro 08 Sombras de um jatobá 09 (CD 02) Música Página Luz do sol 10 Terra 11 Xote ecológico 12 Riacho do navio 13 Matança 14 Que que tu tem canário 15 Lua cirandeira 16 Bicharada 17 Todos juntos 18 Pense N’eu 19 O último pôr do sol 20

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Letras músicas UNICEF

(CD 01)Música Página

Aquarela 02Rua da passagem 03Absurdo 04Beira-mar novo 05Gaiola da saudade 06O mundo 07Herdeiros do futuro 08Sombras de um jatobá 09

(CD 02)Música PáginaLuz do sol 10Terra 11Xote ecológico 12Riacho do navio 13Matança 14Que que tu tem canário 15Lua cirandeira 16Bicharada 17Todos juntos 18Pense N’eu 19O último pôr do sol 20

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AquarelaComposição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio

Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luvaE se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva...Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papelNum instante imagino uma linda gaivota a voar no céu...Vai voando, contornando a imensa curva Norte e SulVou com ela, viajando Havaí, Pequim ou IstambulPinto um barco a vela brando navegandoÉ tanto céu e mar num beijo azul...Entre as nuvens, vem surgindo um lindo vvião rosa e grenáTudo em volta colorindo com suas luzes a piscar...Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindoSe a gente quiser, ele vai pousar...Numa folha qualquer eu desenho um navio de partidaCom alguns bons amigos bebendo de bem com a vida...De uma América a outra eu consigo passar num segundoGiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo...Um menino caminha e caminhando chega no muroE ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está...E o futuro é uma astronave que tentamos pilotarNão tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chegarSem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarela de uma aquarelaQue um dia enfim descolorirá...Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!)E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (Que descolorirá!)Giro um simples compasso num círculo eu faço o mundo (Que descolorirá!)

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Rua da Passagem (trânsito)Composição: Arnaldo Antunes / Lenine

Os curiosos atrapalham o trânsitoGentileza é fundamentalNão adianta esquentar a cabeçaNão precisa avançar no sinalDando seta pra mudar de pistaOu pra entrar na transversalPisca alerta pra encostar na guiaPára brisa para o temporalJá buzinou, espere, não insista,Desencoste o seu do meu metalDevagar pra contemplar a vistaMenos peso do pé no pedalNão se deve atropelar um cachorroNem qualquer outro animalTodo mundo tem direito à vidaTodo mundo tem direito igualMotoqueiro caminhão pedestreCarro importado carro nacionalMas tem que dirigir direitoPara não congestionar o localTanto faz você chegar primeiroO primeiro foi seu ancestralÉ melhor você chegar inteiroCom seu venoso e seu arterialA cidade é tanto do mendigoQuanto do policialTodo mundo tem direito à vidaTodo mundo tem direito igualTravesti trabalhador turistaSolitário família casalTodo mundo tem direito à vidaTodo mundo tem direito igualSem ter medo de andar na ruaPorque a rua é o seu quintalTodo mundo tem direito à vidaTodo mundo tem direito igualBoa noite, tudo bem, bom dia,Gentileza é fundamentalPisca alerta pra encostar na guiaCom licença, obrigado, até logo, tiau.

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AbsurdoVanessa da Mata

Havia tanto pra lhe contarA naturezaMudava a forma o estado e o lugarEra absurdoHavia tanto pra lhe mostrarEra tão beloMas olhe agora o estrago em que estáTapetes fartos de folhas e floresO chão do mundo se varre aquiEssa idéia do natural ser sujoDo inorgânico não se fazDestruição é reflexo do humanoSe a ambição desumana o SerEssa imagem infértil do desertoNunca pensei que chegasse aquiAuto-destrutivos,Falsas vitimas nocivas?Havia tanto pra aproveitarSem poderioTantas histórias, tantos saboresCapins douradosHavia tanto pra respirarEra tão finoNaqueles rios a gente banhavaDesmatam tudo e reclamam do tempoQue ironia conflitante serDesequilíbrio que alimenta as pragasAlterado grão, alterado pãoSujamos rios, dependemos das águasTanto faz os meios violentosLuxúria é ética do perverso vivoMorto por dinheiroCores, tantas coresTais belezasForam-seVersos e estrelasTantas fadas que eu não viFalsos bens, progresso?Com a mãe, ingratidãoDeram o galinheiroPra raposa vigiar

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Beira-Mar NovoComposição: Folclore / Adaptação: Frei Chico e Lira Marques

Beira-mar, beira-mar novoFoi só eu é que canteiÔ beira-mar, adeus donaAdeus riacho de areiaVou levando minha canoaLá pro poço do pesqueiroÔ beira-mar, adeus donaAdeus riacho de areiaArriscando minha vidaNuma canoa furadaÔ beira-mar, adeus dona,Adeus riacho de areiaAdeus, adeus, toma adeusQue eu já vou me emboraEu morava no fundo d'águaNão sei quando eu voltareiEu sou canoeiroEu não moro mais aquiNem aqui quero morarÔ beira-mar, adeus dona,Adeus riacho de areiaMoro na casca da limaNo caroço do juáÔ beira-mar, adeus dona,Adeus riacho de areiaAdeus, adeus, toma adeusQue eu já vou me emboraEu morava no fundo d'águaNão sei quando eu voltareiEu sou canoeiroRio abaixo, rio acimaTudo isso eu já andeiÔ beira-mar, adeus dona,Adeus riacho de areiaProcurando amor de longeE perto eu já deixeiÔ beira-mar, adeus dona,Adeus riacho de areia

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Gaiola da SaudadeComposição: Jam Da Silva / Maciel Salú

Vivo andando no mundoNa gaiola da saudadeIgualmente um passarinhoVoando solto nos aresQuerendo água e comidaPra matar minha vontadeDeixo minha terra chorandoPra morar noutra cidadePara que sentir a dorPara que se tê-laO sol queima, racha a terraE a lua clareiaTempo bom foi no passadoNa época do meu avôO homem tá destruindoO que a natureza criouPlanta semente na terraEspera a chuva e não caiTão aborrecendo a CristoPor causa de tudo issoTempo bom ninguém vê maisNa estação pego um tremSigo firme na estradaA bagagem é minha roupaE a rabeca afinadaVem a noite e não dá sonoNa madrugada cochiloVejo a chegada do diaNão seiQual o é o meu destino

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O MundoComposição: Lenine, Zeca Baleiro, Paulinho Moska

O mundo é pequeno prá carambaTem alemão, italiano, italianaO mundo, filé à milanesaTem coreano, japonês, japonesa...O mundo é uma salada russaTem nego da Pérsia, tem nego da PrússiaO mundo é uma esfiha de carneTem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire...O mundo é azul lá de cimaO mundo é vermelho na ChinaO mundo tá muito gripadoAçúcar é doce, o sal é salgado...O mundo caquinho de vidroTá cego do olho, tá surdo do ouvidoO mundo tá muito doenteO homem que mata, o homem que mente...Por que você me trata mal?Se eu te trato bem!Por que você me faz o mal?Se eu só te faço bem!...

Por que você me trata mal?Se eu te trato bem!Por que você me faz o mal?Se eu só te faço bem!...Todos somos filhos de DeusTodos somos filhos de DeusSó não falamos as mesmas línguas...Everybody filhos de GodEverybody filhos de GodSó não falamos as mesmas línguas...Everybody filhos de GandhiEverybody filhos de GandhiSó não falamos as mesmas línguas...

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Herdeiros do FuturoComposição: Toquinho / Elifas Andreatto

A vida é uma grande amiga da genteNos dá tudo de graça prá viverSol e céu, luz e ar, rios e fontes, terra e mar...Somos os herdeiros do futuroE pr'esse futuro ser feliz, Vamos ter que cuidar bem desse paísVamos ter que cuidar bem desse país...Será que no futuro haverá flores?Será que os peixes vão estar no mar?Será que os arco-íris terão cores?E os passarinhos vão poder voar?...Será que a terra vai seguir nos dandoO fruto, a folha o caule e a raiz?Será que a vida acaba encontrandoUm jeito bom da gente ser feliz?...Vamos ter que cuidar bem desse paísVamos ter que cuidar bem desse país...Será que no futuro haverá flores?Será que os peixes vão estar no mar?Será que os arco-íris terão cores?E os passarinhos vão poder voar?...Será que a terra vai seguir nos dandoO fruto, a folha, o caule e a raiz?Será que a vida acaba encontrandoUm jeito bom da gente ser feliz?...Vamos ter que cuidar bem desse paísVamos ter que cuidar bem desse país...

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A Sombra de um JatobáComposição: Toquinho

Raios de sol na varanda Verde cobrindo o jardim Poder sentir a vida espreguiçar Com o cheiro da madrugada Dama-da-noite, jasmim Olhar no céu estrelas pra contar Ter meus amigos comigo Quem amo me amando, sim Longe do amor de quem nos finge amar Ver na manhã de um domingo, Meu filho sorrir pra mim Depois dormir à sombra de um jatobá Poucas coisas valem a pena O importante é ter prazer Longe de mim a inveja e a maldade escondidas na vida Hoje estamos nós em cena e não há tempo a perder Pois tudo acaba mesmo sempre em despedida

Ter meus amigos comigo Quem amo me amando, sim Longe do amor de quem não sabe amar Ver na manhã de um domingo Meu filho sorrir pra mim Depois dormir à sombra de um jatobá Poucas coisas valem a pena O importante é ter prazer Longe de mim a inveja e a maldade escondidas na vida Hoje estamos nós em cena e não há tempo a perder Pois tudo acaba mesmo sempre em despedida

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Luz do SolCaetano Veloso

Luz do sol que a folha traga e traduzEm ver denovo, em folha, em graça, em vida, em força, em luz...Céu azul, que venha até onde os pés tocam a terraE a terra inspira e exala seus azuis...Reza, reza o rio, córrego pro rio, rio pro marReza correnteza, roça a beira, a doura areia...Marcha um homem sobre o chãoLeva no coração uma ferida acesaDono do sim e do nãoDiante da visão da infinita beleza...Finda por ferir com a mão essa delicadezaA coisa mais querida, a glória, da vida...Luz do sol que a folha traga e traduzEm ver denovo, em folha, em graça, em vida, em força, em luz...Reza, reza o rio, córrego pro rio, rio pro marReza correnteza, roça a beira, a doura areia...Marcha um homem sobre o chãoLeva no coração uma ferida acesaDono do sim e do nãoDiante da visão da infinita beleza...Finda por ferir com a mão essa delicadezaA coisa mais querida, a glória, da vida...Luz do sol que a folha traga e traduzEm ver denovo, em folha, em graça, em vida, em força, em luz...

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TerraSagrado Coração da Terra

Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeiaFoi que eu vi pela primeira vez, as tais fotografiasEm que apareces inteira, porém lá não estava nuaE sim coberta de nuvensTerra, terra,Por mais distante o errante navegante quem jamais te esqueceriaNinguém supõe a morena, dentro da estrela azuladaNa vertigem do cinema, mando um abraço pra tiPequenina como se eu fosse o saudoso poeta e fosses a ParaíbaTerra, terra, Por mais distante o errante navegante quem jamais te esqueceriaEu estou apaixonado, por uma menina terraSigno de elemento terra, do mar se diz terra à vistaTerra para o pé firmeza, terra para a mão caríciaOutros astros lhe são guiaTerra, terra,Por mais distânte o errante navegante quem jamais te esqueceriaEu sou um leão de fogo, sem ti me consumiriaA mim mesmo eternamente,e de nada valeriaAcontecer de eu ser gente e gente é outra alegria diferente das estrelasTerra, terra,Por mais distânte o errante navegante quem jamais te esqueceriaDe onde nem tempo e nem espaço, que a força te de coragemPra gente te dar carinho, durante toda a viagemQue realizas do nada,através do qual carregas o nome da tua carneTerra, terra, (3 vezes)Por mais distante o errante navegante quem jamais te esqueceria Por mais distante o errante navegante quem jamais te esqueceria

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Xote EcológicoComposição: Luíz Gonzaga

Não posso respirar, não posso mais nadarA terra está morrendo, não dá mais pra plantarSe planta não nasce se nasce não dáAté pinga da boa é difícil de encontrarCadê a flor que estava aqui?Poluição comeu.E o peixe que é do mar?Poluição comeuE o verde onde que está ?Poluição comeuNem o Chico Mendes sobreviveu

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Riacho do NavioComposição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas

Riacho do NavioCorre pro PajeúO rio Pajeú vai despejarNo São FranciscoO rio São FranciscoVai bater no meio do marO rio São FranciscoVai bater no meio do marAh! se eu fosse um peixeAo contrário do rioNadava contra as águasE nesse desafioSaía lá do mar proRiacho do NavioSaía lá do mar proRiacho do NavioPra ver o meu brejinhoFazer umas caçadaVer as "pegá" de boiAndar nas vaquejadaDormir ao som do chocalhoE acordar com a passaradaSem rádio e nem notíciaDas terra civilizadaSem rádio e nem notíciaDas Terra civilizada.

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MatançaComposição: Jatobá

Cipó caboclo tá subindo na virolaChegou a hora do pinheiro balançarSentir o cheiro do mato da imburanaDescansar morrer de sono na sombra da barrigudaDe nada vale tanto esforço do meu cantoPra nosso espanto tanta mata haja vão matarTal mata Atlântica e a próxima AmazônicaArvoredos seculares impossível replantarQue triste sina teve cedro nosso primoDesde de menino que eu nem gosto de falarDepois de tanto sofrimento seu destinoVirou tamborete mesa cadeira balcão de barQuem por acaso ouviu falar da sucupiraParece até mentira que o jacarandáAntes de virar poltrona porta armárioMora no dicionário vida eterna milenarQuem hoje é vivo corre perigoE os inimigos do verde da sombra, o arQue se respira e a clorofilaDas matas virgens destruídas vão lembrarQue quando chegar a horaÉ certo que não demoraNão chame Nossa SenhoraSó quem pode nos salvar éCaviúna, cerejeira, baraúnaImbuia, pau-d'arco, solvaJuazeiro e jatobáGonçalo-alves, paraíba, itaúbaLouro, ipê, paracaúbaPeroba, massarandubaCarvalho, mogno, canela, imbuzeiroCatuaba, janaúba, aroeira, araribáPau-fero, anjico amargoso, gameleiraAndiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

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Qué Qui Tu Tem Canário?Xangai

Canarinho da terraCanarinho do rioCanarinho da BahiaQué qui tu tem canárioQue quando canta arrepiaSabiá da mataSabiá congáSabiá da praiaQué que tu tem na asaQuando disser não caiaMeu curió do brejoMeu sofrer sem dorE minha lavandeiraQué que tu tem jandaiaQue avoa tão ligeiroGavião peneiraGavião penachoPato da lagoaQué que tu vê na águaque tanto ti magoaMinha zabelêMinhas andorinhasOh meu canarinhoQué que tu tem bichinhoQue cisca miudinhoQue canta curridinhoQue avoa tão baixinhoQue não voltou pro ninhoQué qui tu tem canário...

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Lua CirandeiraComposição: Ivan Lins/Vitor Martins

Lua cirandeiraFique no abandonoCois tão bonita não pode ter donoLua cirandeiraEu não quero tê-laEu não quero tantoEu só quero vê-laÓ, cirandeiro, acende esse luarPois o candeeiro, não demora, vai se apagarÓ, cirandeiro, acende esse luarPois o candeeiro, não demora, vai se apagar

(REPETIR DESDE O INÍCIO)

Vou passar na ponteVou cruzar o rioQuando eu chegar do outro ladoDou um assobioVou passar na ponteVou cruzar o rioQuando eu chegar do outro ladoDou um assobioÓ, cirandeiro... assobio

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BicharadaComposição: Enriquez - Bardotti - Chico Buarque

Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.O animal é tão bacana mas também não é nenhum banana.Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.Quando a porca torce o rabo pode ser o diabo e ora vejam só.Au, au, au. Cocorocó.Era uma vez (E é ainda)certo país (E é ainda)Onde os animais eram tratados como bestas (São ainda, são ainda)Tinha um barão (Tem ainda)Espertalhão (Tem ainda)Nunca trabalhava e então achava a vida linda (E acha ainda, e acha ainda)Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.O animal é paciente, mas também não é nenhum demente.Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.Quando o homem exagera, bicho vira fera e ora vejam só.Au, au, au. Cocorocó. Puxa, jumento (Só puxava)Choca galinha (Só chocava)Rápido, cachorro guarda a casa, corre e volta (Só corria, só voltava).Mas chega um dia (Chega um dia)Que o bicho chia (Bicho chia)Bota pra quebrar E eu quero ver quem paga o patoPois vai ser um saco de gatosAu, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.O animal é tão bacana, mas também não é nenhum banana.Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.Quando a porca torce o rabo. Pode ser o diabo e ora vejam só.Au, au, au. Cocorocó. Au, au, au. Cocorocó. Au, au, au. Cocorocó.

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Todos JuntosChico Buarque

Uma gata, o que é que tem? - As unhasE a galinha, o que é que tem? - O bicoDito assim, parece até ridículoUm bicinho se assanharE o jumento, o que é que tem? - As patasE o cachorro, o que é que tem? - Os dentesPonha tudo junto e de repente, vamos ver no que é que dáJunte um bico com dez unhas, quatro patas, trinta dentesE o valente dos valentes, ainda vai te respeitarTodos juntos somos fortes, somos flecha e somos arcoTodos nós no mesmo barco, não há nada pra temer- ao meu lado há um amigo. Que é preciso protegerTodos juntos somos fortes não há nada pra temerUma gata, o que é que é? - EspertaE o jumento, o que é que é? - PacienteNão é grande coisa realmentePrum bichinho se assanharE o cachorro, o que é que é? - LealE a galinha, o que é que é? - TeimosaNão parece mesmo grande coisa, vamos ver no que é que dáEsperteza, Paciência, Lealdade, TeimosiaE mais dia menos dia, a lei da selva vai mudarTodos juntos somos fortes, somos flecha e somos arcoTodos nós no mesmo barco, não há nada pra temer- Ao meu lado há um amigo. Que é preciso protegerTodos juntos somos fortes não há nada pra temerE no entanto dizem que são tantos Saltimbancos como nós

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Pense N'euComposição: Luiz Gonzaga

Pense n'eu quando em vez coraçãoPense n'eu vez em quandoOnde estou, como estareiSe sorrindo ou se chorandoSe sorrindo ou se chorandoPense n'eu... vez em quandoPense n'eu... vez em quando (bis)Tô na estrada, tô sorrindo apaixonadoPela gente e pelo povo do meu país (olêlê)Tô feliz pois apesar do sofrimentoVejo um mundo de alegria bem na raiz (vamos lá)Alegria muita fé e esperançaNa aliança pra fazer tudo melhor (e será)Felicidade o teu nome é uniãoE povo unido é beleza mais maior.

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O Último Pôr-do-solComposição: Lenine

A onda ainda quebra na praia,Espumas se misturam com o vento.No dia em que ocê foi embora,Eu fiquei sentindo saudades do que não foiLembrando até do que eu não vivipensando nós dois.Eu lembro a concha em seu ouvido,Trazendo o barulho do mar na areia.No dia em que ocê foi embora,Eu fiquei sozinho olhando o sol morrerPor entre as ruínas de santa cruz lembrando nós doisOs edifícios abandonados,As estradas sem ninguém,Óleo queimado, as vigas na areia,A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidasPois no dia em que ocê foi embora,Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,O último homem no dia em que o sol morreu