NOVEMBRO/2009 # 3

DALVIM EM AÇÃO

Lucas Khalil Rafael Ibrahim

O que faz um membro do D.A. de Letras?

Um membro do Dalvim pos-sui a responsabilidade funda-mental de representar o alu-nado do curso, defendendo seus interesses diante das outras instâncias da Universi-dade. Além disso, colabora com a organização de eventos e atividades que visam à inte-gração dos alunos de Letras. Tais realizações podem ser de cunho político, social, acadê-mico e/ou cultural. Cada gestão deve eleger, in-ternamente, um representante para participar das reuniões do Colegiado (no âmbito da Coordenação do Curso de Letras/Graduação), um para participar das reuniões do Conselho do Instituto de Le-tras e Linguística (Consileel) e um para participar das reu-niões Conselho dos Diretórios Acadêmicos da UFU (Con-das), realizadas na sede do DCE.

Desse modo, um membro do D.A. possui um importante papel dentro do curso de Le-tras, visto que contribui para uma maior participação dis-cente nas propostas e decisões do curso, ajudando também a construir um ambiente de integração entre os próprios alunos.

O Diretório Acadêmico de Letras Vinícius de Moraes (Dalvim), da Uni-versidade Federal de Uberlândia, convoca todo o corpo discente de Le-tras a participar das eleições para a nova gestão do Diretório (2009/2010).

O edital da eleição está disponibilizado em alguns murais do bloco 1G, na porta do Dalvim e no blog do D.A. (http://dalvimufu.blogspot.com/). Seguem abaixo algumas informações referentes à eleição:

• Período de inscrição das chapas: entre 18 e 19 de novembro de 2009, das 8h às 11h e das 19h às 22h, na sede do Dalvim (sala 1G 243); • Data da eleição: 25 de novembro de 2009, das 8h às 11h e das 19h às 22h, em frente à sala 1G243; • Duração da gestão da chapa eleita: um ano, entre 01 de dezembro de 2009 e 30 de novembro de 2010.

É importante lembrar que todos os alunos matriculados no curso de Le-tras podem votar nas eleições, bem como formar ou participar de alguma chapa, que deverá conter, no mínimo, cinco alunos. Portanto, participem! É imprescindível a colaboração de todos.

Observação: Alguns membros da atual gestão, Abaporu - devorando palavras, irão montar outra chapa para concorrer nessa eleição, e tal chapa também está aberta para a inclusão de novos membros. Para mais informações, procure o D.A..

Lucas Khalil Rafael Ibrahim

O dia em que Drummond passou despercebido

Eta vida besta, meu Deus. Vir para a universidade todos os dias, se nem sequer sei o porquê! Pernas passam por mim... nos corredores do bloco G. Pernas brancas, pretas, amarelas. Para que tanta perna, meu Deus? Pergunta meu coração. As salas de aula vazias não traduzem o que vim fazer aqui! Que barulho é esse na escada? O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera. Vomitar esse tédio sobre a cidade. Não se sujeitando a um poder celeste, ei-lo senão quando de nudez se veste, roga à escuridão abrir-se em clarão. Talvez me tornar neste inseto kafkiano, estranho ao teu ambiente, aos teus nexos de sentidos. Que cruel, obscuro instinto movia sua mão pálida sutilmente nos empurrando pelo tempo e pelos lugares defendidos? Cada dia que passa incorporo mais esta verdade, de que eles não vivem senão em nós, e por isso vivem tão pouco; tão intervalado; tão débil. Ou talvez existamos somente neles, que são omissos, e nossa existência, apenas uma forma impura de silêncio, que preferiram. Pois a lingua-gem planta suas árvores no homem e quer vê-las coberta de folhas, de signos, de obscuros sentimentos, e avenidas desertas. Não importa que o desejo de partir te roa; e a esquina faça de ti outro homem; e a lógica te afaste de seus frios privilégios. Há o trabalho em ti, mas caprichoso, mais benigno, e dele surgem artes não burguesas, produtos de ar e lágrimas, indumentos que nos dão asas ou pétalas, e trem e navios sem aço, onde os amigos fazendo roda viajam pelo tempo, livres se animam, quadros se conversam, e tudo libertado se resolve numa efusão de amor sem paga, e riso, e sol. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, perderam o sentido, apenas querem explodir. En-tretanto, você caminha melancólico e vertical. E agora, José? Você marcha, José! José, para onde? E drummon-dianamente, passo despercebido pelo curso de letras, pela literatura que evapora a cada instante, pelas pessoas, pela linguagem anticlerical demolidora da fé criadora do ho-mem.

Abraão José Borges

EXPEDIENTE

Jornal LETRÃO: Editado pelo Diretório Acadêmico de Letras Vinícius de Moraes – Gestão Abaporu. Editor: Rafael Ibrahim. Colaboração: Abraão Borges, Danilo Corrêa, Flávio Al., Heloísa Fonseca, Lucas Khalil, Luma Maria, Naiana Amorim. Apoio: Instituto de Letras e Linguística (Ileel/UFU). Diretório Acadêmico Vinícius de Moraes: Bloco 1G, sala 1G243 – Campus Santa Mônica. E-mail: dalvim_ufu@yahoo.com.br

Fluência em inglês: maior diferencial

Falar dois idiomas não é um diferencial, mas uma necessidade para profissionais que atuam em diversas áreas. Este é o caso de Augusto Flávio Morais Santos, dono de uma empresa especiali-zada em softwares que precisou aprender inglês sozinho. “As apostilas de programação são em língua inglesa. Então, tive que ler muito, escutar e escrever para ter fluência. Senão, não conseguiria manter meu escritório”, conta.

Assim como o empresário, muitas pessoas apren-dem outra língua por necessidade. “A maioria está preocupada com o mercado de trabalho”, diz Cristianne Casseb, diretora da rede Luziana Lanna. Em busca de melhorias na carreira, muitos profissionais escolhem o inglês.

Há, também, aqueles que, além de preocuparem com o mercado, procuram outros idiomas pelo prazer de conhecê-los, como o estudante Peter Paul Missine. Filho de mãe alemã e pai belga, ele fala fluentemente português, inglês, alemão, ho-landês e francês, e ainda um pouco de espanhol e russo. “Interajo com pessoas de culturas diversas. Isso possibilita enxergar a vida de forma diferente e traz crescimento”, ressalta.

Segundo Missine, o mais importante para ser fluente em uma determinada língua é estar sempre em contato com ela. O idioma que não é praticado perde a fluência. Porém, não é obrigatório viajar. A pessoa pode fazer um curso de manutenção com aulas semanais de conversação. E, sempre que puder, assistir a filmes, ouvir músicas e ler bastante.

Na Mendes & Lima – Cursos e Idiomas, você encontra o que precisa para aprender e/ou manter seu inglês! Lá, você é o diferencial!

Professor responsável: Renato Mendes de Lima

FICA A DICA... As novas normas de graduação da UFU passaram a valer no início de 2009. Fique atento a algumas das mudanças. Na edição desse mês, trazemos para vocês as recomendações sobre a jubila-ção.

“Art. 218. Será considerado jubilado: I – o discente que não concluir o curso no tempo máximo previsto; e II – o discente que tiver desempenho acadêmico insuficiente. §1° Entende-se como desempenho acadêmico insuficiente: I – quando, decorridos 70% de tempo máximo para a permanência, prevista no projeto pedagógico, o discente não tiver obtido o mínimo de 50% de aproveita-mento do número de componentes curriculares e da carga horária total necessários para a integralização curri-cular; II – quando o discente obtiver frequên-cia suficiente em pelo menos um dos componentes curriculares cursados em três semestres letivos ou dois anos letivos consecutivos ou não, e não obtiver aproveitamento nos componen-tes curriculares cursados em três semes-tres ou dois anos letivos, consecutivos ou não, para o caso de curso semestral ou anual, respectivamente; III – o discente que for reprovado em um mesmo componente curricular pela quarta vez, consecutiva ou não; e IV – o discente que obtiver um CRA inferior a trinta ao longo de três semes-tres letivos ou dois anos letivos, conse-cutivos ou não. §2° O discente jubilado ficará automa-ticamente desligado da Universidade, cessando, consequentemente, o seu vínculo com o curso a que estava ligado por matrícula, perdendo sua vaga de acordo com o que dispõe o artigo 213 destas Normas. §3° Para contagem do tempo de inte-gralização, não serão contados os perío-dos de trancamento geral de matrícula.” Para mais informações, acesse:

http://www.ufu.br/pagina/normas-da-graduacao

Luma Maria

LEIA MAIS...

Sair um pouco dos textos acadêmicos não faz mal a ninguém: segue aí uma dica para descontrair seu final de semestre. O livro Zonas Úmidas, da alemã Charlotte Roche, foi lançado no Brasil em março deste ano – estreia que continuou chocando leitores pelo mundo. Em seu primeiro livro, Charlotte explora e extrapola os limites femininos: depilação, corpo, menstruação e sexo, os quais são tratados pela jovem Helen Memel, de 18 anos. A história de Helen começa com uma raspagem anal mal-sucedida: no meio do processo, ela corta sua hemorroida em forma de couve-flor, que provoca sua internação no setor de proctologia. E é no hospital que o en-redo se passa, onde Helen narra suas histórias e devaneios, trazendo o leitor para dentro de seus pensamentos, e por todo o seu corpo. Através do exagero, a autora quebra com tabus, na tentativa de ajudar mulheres a se livrarem da esterilização corporal que elas mesmas se impõem. O livro não podia deixar, é claro, de excitar o eleitor. O título Zonas Úmidas transmite bem a sua essência: ser humano sem pu-dor.

Naiana Amorim

ASSISTA!

DALVIM DIVULGA

Para conferir a programação dos eventos, visite o blog do Dalvim: http://dalvimufu.blogspot.com/

Drogas. Sexo. Rock’n’roll. Nunca essas palavras foram tão bem exploradas em um filme que as tratasse em seu sentido literal como em Trainspotting. Com um elenco surpreendente em suas atuações, como a de Ewan McGregor (Moulin Rouge), e uma direção rica em de-talhes marcada pela genialidade do diretor Danny Boyle (Oscar de melhor direção por Quem quer ser um milio-nário?), o filme consegue explorar o mundo complexo, onírico e tênue que envolve drogas, dinheiro e amizade. Uma jornada selvagem ao obscuro submundo das dro-gas de Edimburgo. Em foco temos Mark Renton (Ewan McGregor), e sua tentativa de abandonar o vício da heroína e como isso afeta suas relações com sua família e seus amigos: o demente Sick boy (Johnny Lee Miller), o sombrio Spud (Ewen Bremner), o maluco Begbie (Robert Carlyle), a namorada Diane (Kelly MacDonald), de apenas 14 anos e o “atleta” Tommy (Kevin McKidd), que nunca tocou em drogas, mas tem uma enorme curiosidade em conhecer. Esse grupo de jovens escoceses mergulha no vício para fugir das ba-nalidades da existência dos dias modernos. Sem mora-lismo e falsas mensagens, o filme acompanha a rotina alucinante dos garotos e traça um retrato da geração desesperançada dos anos 1990.

Danilo Corrêa

O quê? Silel 2009 Quando? De 17 a 19/11 Onde? Campus Santa Mônica Como? Palestras, mesas-redondas, apresentações de grupos de trabalho, painéis, atividades culturais.

O quê? III Seminário de Pesquisa em Literatura (Sepel) Quando? Entre 03 e 04/12 Onde? Campus Santa Mônica Como? Palestras, mesas-redondas, fórum de projetos e comunicações orais

O quê? Análise do discurso crítica e o ensino de leitura Quando? 07/12, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 Onde? Cemepe – sala 29 Como? Palestra com a professora da UFU Maria Cecília de Lima

O quê? Ciclo de Cine Argentino Quando? 21/11, às 15h Onde? Anfiteatro da Biblioteca do Campus Santa Mônica Como? Filme Plata Quemada, com comentários do professor Leonardo Soares

Título: Trainspotting Gênero: Drama Ano: 1996 Duração: 89 min.

Livro: Zonas Úmidas Autora: Charlotte Roche Ano da primeira edição: 2009 N°. de páginas: 206

Alunos do curso de Letras/UFU participam da Olimpíada Universitária 2009

A delegação de atletas do curso de Letras da Univer-sidade Federal de Uberlândia ficou em 14º lugar na Olimpíada Universitária 2009, à frente de cursos como Administração, Ciência da Computação, Direito, Geo-grafia e Odontologia. A competição foi realizada entre os dias 02 de outubro e 01 de novembro, e contou com a participação de 1.300 alunos da graduação e da pós-graduação. Foram

formadas 26 delegações representantes de 35 cursos da Instituição.

Rafael Ibrahim

Vá dia!

Vá dia ainda

que o tempo varia.

Vá dia vadiar

antes que tardia o dia.

Vá dia

que a noite adia a ida

do dia,

desabitado, varrido pela lua.

A.J.B.

Páginas Vejo o tempo passar pelas datas, que timidamente marcam os cantos das páginas. Vejo o quão produtivo foram os dias. E quão vazio é o espaço além deles. Números infinitos que não se cansam de proliferar têm pressa de se esgotarem. Coitados! Não sabem que é impossível acabar. O homem não permitiria tal movimento seria contra sua ambição. Ele inventaria outros tantos infinitos. Teria sua própria solução.

Mariana Bizinotto

Desconto de 10% para alunos do curso de Letras da UFU (válido para os cursos regulares de inglês e de espanhol)

GRUPOS DE ESTUDO

O Grupo de Pesquisas em Espacialidades Artísticas (GPEA), coordenado pela professora Marisa Martins Gama-Khalil (mmgama@gmail.com), tem como foco principal de inves-tigação o espaço ficcional. São quatro linhas de pesquisa do grupo: Espaço, sujeito e soci-edade; Espaço discursivo; Espaço e artes visuais; e O espaço do fantástico. Tais linhas agrupam pesquisas de professores e alunos da graduação e da pós-graduação da UFU, bem como de outras instituições.

O GPEA realiza reuniões periódicas de estudo, nas quais os pesquisadores debruçam-se geralmente em torno de um texto teórico e um literário. A próxima reunião do grupo, que terá como tema o Surrealismo, será no dia 13 de novembro, na sala de pesquisa grande do bloco 5M, Campus Santa Mônica.