LESÕES DO ANEL PÉLVICO -...
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LESÕES DO ANEL PÉLVICO
Introdução
l 3% das fraturas l 25% nos politraumatizados l Idosos: baixa energia l Jovens: alta energia
lesões associadas alta mortalidade 14-50%
Anatomia e Biomecânica l 3 ossos (ilíacos e sacro)
– Lig. sacroilíacos posteriores – Lig. sacroilíaco anterior – Lig. interósseos – Sínfise púbica – Lig. sacrotuberal – Lig. sacroespinhal – Lig. íliolombar
l Estruturas adjacentes (bexiga, intestino, vasos, nervos, musculatura)
Diagnóstico l Clínico:
– ATLS – Escoriações, rotações, sinal de Destot – Manobras (rotação, pistonagem) – Lesões urológicas 12% – Neurológicas 8% – Frat. exposta oculta (toque retal/vaginal)
50% óbito – Hemorragia 75%
l Radiográfico: – RX pelve (AP – in let – out let)
– AP 90% – TAC pelve – principalmente em fratura do
sacro
Classificação l Young – Burgess (1987) - mecanismo de trauma
– Compressão AP – livro aberto – I - < 2,5 cm – II - > 2,5 cm – III - compromete a estabilidade posterior do
anel – Compressão lateral
– I - frat. compressão anterior do sacro – II - frat. em crescente na asa do ilíaco – III - uma hemipelve em RI e outra em RE
com abertura do anel deste lado – Cisalhamento vertical e mecanismos combinados
l Tile (1988) – mecanismo de trauma e grau de instabilidade – Tipo A - estável (arco posterior íntegro)
– 1- Avulsão óssea – 2- Frat. asa ilíaco por trauma direto – 3- Frat. transversa do sacro distal a S2
– Tipo B – instabilidade rotacional – 1- Unilateral em RE – 2- Unilateral em RI – 3- Rotacional bilateral
– Tipo C – rotacional e vertical – 1- Unilateral, vertical – 2- Bilateral, vertical e rotacional – 3- Bilateral, vertical nas duas hemipelves
l AO – 6.1.A – 50-70% (estrutura mecânica do
anel pélvico intacta) – 6.1.B – 20-30% (estabilidade posterior
parcial-instabilidade rotacional) – 6.1.C – 10-20% (instabilidade anterior e
posterior combinada – translacional)
Tratamento
l Emergência – Hemostasia e estabilizar o anel pélvico
(clampe em C, fixador externo) – Ressuscitação geral e diagnósticos
básicos (RX tórax, bacia, ultrassom abdômen)
– Decisões em até 30 minutos
l Após estabilizado – Conservador: lesões sem desvio – Cirúrgico:
l Instabilidade transinfisária com anel posterior estável- fixação interna com DCP 4.5 ou 3.5 ou de reconstrução
l Fixação dos ramos púbicos- se grande desvio (parafuso cortical de 3.5 ou 4.5 dentro do ramo púbico)
l Instabilidade da asa do ilíaco (parafusos de tração de 3.5 ou DCP 3.5)
l Instabilidade sacroilíaca- luxação SI ou fratura luxação transilíaca ou transacral
– Fixação anterior com 2 placas DCP 3.5 ou 4.5 com 60-90º – Fixação posterior com parafuso esponjoso 6.5 ou canulado 7.3
l Instabilidade transacral- alto índice de complicação neurológica, necessita redução anatômica, sem compressão e estável
– Fixação posterior (parafusos de tração transilíacos, placa ilioilíaca, fixadores internos ou barras ilioilíacas sacrais
Pós Operatório l Mobilização precoce (se estável) l Instável- repouso no leito 3
semanas(mobilização diária) l Tipo B- carga parcial após 6 semanas l Tipo C- carga parcial após 8-10 semanas l Carga total após 3 meses (RX)
Complicações l Precoces: depende do trauma e lesões
associadas (SARA, TVP, TEP, pneumonia, falência múltipla dos órgãos)
l Infecção l Lesões neurológicas e vasculares l Consolidação viciosa l Pseudoartrose l Artrose da sacroilíaca