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Percepção dos usuários sobre selos e rótulos ambientais em embalagens The perception of users regarding ecolabelling in packaging design. Leonardo Castillo e Carla Regina Pasa Gómez Palavras-chave: rotulagem ambiental; percepção do usuário; design para a sustentabilidade Resumo: Este artigo investiga a percepção de usuários sobre rotulagem ambiental. A coleta de dados se deu a partir da aplicação de um questionário com estudantes dos cursos de Administração e Design da Universidade Federal de Pernambuco para os quais foram apresentadas imagens de símbolos, de rotulagem, e selos verdes usados em embalagens. A escolha dos sujeitos foi por amostragem aleatória simples não estratificada. Os resultados indicam que os usuários reconhecem os símbolos e selos, no entanto não os conhecem. Demonstram ainda que os usuários não valorizam tais selos/rótulos na decisão de compra, apesar de reconhecerem que o selo é capaz de transmitir informações ambientais, sem no entanto ser capaz de promover efetivas transformações de comportamento uma vez que a qualidade da informação não é suficiente, principalmente na clareza da informação que se quer transmitir. Key words: ecolabelling; user’s perception; design for sustainability Abstract: This paper investigates the perception of users regarding environmental labeling. Data collection was carried out through questionnaires applied to students of Management and Design courses at the Federal University of Pernambuco for which were presented images of ecolabelling used in packaging. Subjects were selected though not stratified random sampling. Results suggest that users recognize the labels, however they did not know the meaning. Further, they have seen those labels at some point but they cannot explain what are they communicating. The study also shows that users do not value eco-labels for their purchase decision, despite acknowledging that eco-labels can convey useful environmental information. In this way, information communicated through ecolabelling seems not being able to promote effective changes in user’s behavior since the quality of the information is not enough, or sometimes it is confusing regarding the information they wish to convey. 1 Introdução Das sacolas plásticas às garrafas de refrigerante a quantidade e o descarte inadequado das embalagens tem sido apontadas como a causadora de problemas ambientais e sociais como o entupimento de canais e tubulação de escoamento de água, poluição dos rios, e sobrecarga dos aterros sanitários. Tais evidências são reforçadas as considerar dados como os da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Urbana (ABRELPE, 2012) onde 6,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos tiveram destino impróprio em 2011. Por outro lado, há evidencias sobre o aumento da produção de embalagens plásticas nos próximos anos. Por exemplo, a produção de PET virgem para a fabricação de embalagens totalizou 515.000 toneladas em 2011 e a estimativa é de 840.000 ton para 2016 (ABIPET, 2013). Já em 2012 a produção de transformados plásticos totalizou 6.665 mil toneladas, dos quais 83% foram referentes a produção Polipropileno (PP), Polietileno (PE) para a produção de Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brasil | 2013 Proceedings of the 6 th Information Design International Conference 5 th InfoDesign Brazil 6 th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brazil | 2013 Castillo, Leonardo; Gómez, Carla Regina Pasa. 2014. Percepção dos usuários sobre selos e rótulos ambientais em embalagens. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2 DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-28 CIDI 2013 6 TH CIDI 5 TH InfoDesign 6 TH CONGIC 5 th Brazilian Conference of In form ation Design 6 th In form ation Design Student Conference 6 th Inform ation Design International Conference Blucher Design Proceedings May 2014 , Vol. 1, Num. 2 www.proceedings.blucher.com.br/evento/cidi

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Percepção dos usuários sobre selos e rótulos ambientais em embalagens

The perception of users regarding ecolabelling in packaging design.

Leonardo Castillo e Carla Regina Pasa Gómez

Palavras-chave: rotulagem ambiental; percepção do usuário; design para a sustentabilidade

Resumo:

Este artigo investiga a percepção de usuários sobre rotulagem ambiental. A coleta de dados se deu a partir da aplicação de um questionário com estudantes dos cursos de Administração e Design da Universidade Federal de Pernambuco para os quais foram apresentadas imagens de símbolos, de rotulagem, e selos verdes usados em embalagens. A escolha dos sujeitos foi por amostragem aleatória simples não estratificada. Os resultados indicam que os usuários reconhecem os símbolos e selos, no entanto não os conhecem. Demonstram ainda que os usuários não valorizam tais selos/rótulos na decisão de compra, apesar de reconhecerem que o selo é capaz de transmitir informações ambientais, sem no entanto ser capaz de promover efetivas transformações de comportamento uma vez que a qualidade da informação não é suficiente, principalmente na clareza da informação que se quer transmitir.

Key words: ecolabelling; user’s perception; design for sustainability

Abstract:

This paper investigates the perception of users regarding environmental labeling. Data collection was carried out through questionnaires applied to students of Management and Design courses at the Federal University of Pernambuco for which were presented images of ecolabelling used in packaging. Subjects were selected though not stratified random sampling. Results suggest that users recognize the labels, however they did not know the meaning. Further, they have seen those labels at some point but they cannot explain what are they communicating. The study also shows that users do not value eco-labels for their purchase decision, despite acknowledging that eco-labels can convey useful environmental information. In this way, information communicated through ecolabelling seems not being able to promote effective changes in user’s behavior since the quality of the information is not enough, or sometimes it is confusing regarding the information they wish to convey.

1 Introdução Das sacolas plásticas às garrafas de refrigerante a quantidade e o descarte inadequado das embalagens tem sido apontadas como a causadora de problemas ambientais e sociais como o entupimento de canais e tubulação de escoamento de água, poluição dos rios, e sobrecarga dos aterros sanitários. Tais evidências são reforçadas as considerar dados como os da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Urbana (ABRELPE, 2012) onde 6,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos tiveram destino impróprio em 2011.

Por outro lado, há evidencias sobre o aumento da produção de embalagens plásticas nos próximos anos. Por exemplo, a produção de PET virgem para a fabricação de embalagens totalizou 515.000 toneladas em 2011 e a estimativa é de 840.000 ton para 2016 (ABIPET, 2013). Já em 2012 a produção de transformados plásticos totalizou 6.665 mil toneladas, dos quais 83% foram referentes a produção Polipropileno (PP), Polietileno (PE) para a produção de

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Castillo, Leonardo; Gómez, Carla Regina Pasa. 2014. Percepção dos usuários sobre selos e rótulos ambientais em embalagens. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-28

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embalagens de alimentos, e, Policloreto de Vinila (PVC) para a construção civil (ABIPLAST, 2013, p. 29).

Nesta perspectiva de produção crescente de tais produtos surge a necessidade de se comunicar e orientar o consumidor para que ele “faça a sua parte” levando em consideração os impactos da sua tomada de decisão de compra. E nesse sentindo, os rótulos, os selos, e, as informações constantes nas embalagens assumem um papel primordial na comunicação dos procedimentos de descarte e também de decisão de compra mais sustentável por parte do consumidor, considerando-se que a “comunicação é a chave para a mudança de comportamento da sociedade” (CEMPRE, 2013) e por isso é preciso melhorar a relação/interface entre produtos e consumidores.

Motivados pela inquietação de que os selos e símbolos ambientais não estão cumprindo com o seu objetivo de trazer ao usuário informações a respeito de materiais empregados no produto; procedimentos de descarte; origem das matérias-primas; dentre outras, este artigo investiga a percepção de usuários sobre a rotulagem ambiental.

Para tanto, buscou-se evidenciar junto à uma amostra de usuários a percepção dos mesmos quanto a informação apresentada nas embalagens e produtos a partir de: (a) sua reação de (re)conhecimento; (b) valorização do selo na tomada de decisão de compra; (c) capacidade de comunicação do selo; (d) qualidade da comunicação do selo; e, (e) fonte de origem do (re)conhecimento sobre a informação contida no selo.

Justifica-se a pesquisa não apenas pela grandiosidade dos números de produção das embalagens e por conseguinte no tamanho do impacto ambiental causado pelo descarte, mas também em evidências como a da Pesquisa Perfil do Consumidor Brasileiro realizada pelo Instituto Akatu e, Ethos (2010, p. 36) de que “informações nos rótulos ajudam os consumidores a conhecerem produtos e empresas fabricantes” .

Academicamente o tema é importante e merece ser discutido pois são as escolas e universidades o espaço de aprendizado formal e, portanto, a rotulagem ambiental precisa ser investigada e ensinada.

2 Embalagem e a problemática ambiental Tomando como base a Agenda 21 como mecanismo de indução para empresas, governos e consumidores, o capítulo 4 apresenta direcionamentos para a "mudança nos padrões de consumo" que preveem o exame dos padrões insustentáveis de produção e consumo e o desenvolvimento de políticas para se atender a essa mudança (Agenda 21, 1992) exercendo portanto pressão sobre os diferentes atores envolvidos no processo para a sustentabilidade.

Considerando-se o volume de produção, consumo e descarte de resíduos apresentados anteriormente, abre-se a discussão em torno da capacidade da Política Nacional de Resíduos Sólidos de estimular e promover a reciclagem de embalagens fabricados a partir do PET, PVC, alumínio e outros materiais haja vista a capacidade da cadeia em efetivar a reciclagem.

Por exemplo, o Brasil continua sendo o maior reciclador mundial de latas de alumínio reciclando segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) 98,3% do total produzido em 2011 (ABAL, 2013). Ou ainda, segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (2013) a reciclagem de PET atingiu 57,1% do total produzido em 2011.

Portanto, fica evidente a importância que assume a rotulagem ambiental no sentido de prover informações aos consumidores (e aos recicladores) sobre o tipo de material e a forma de descarte das embalagens. Portanto, discutir temas como a embalagem e o seu papel informacional e as especificidades da rotulagem ambiental se torna relevante.

A embalagem e seu papel informacional

Diversos estudos vem sendo conduzidos ao longo dos anos sobre o papel da embalagem em direção à sustentabilidade. García, Prado e Gonzáles-Portela (2012) destacam o papel da embalagem na promoção da logística reversa e a prática de reciclagem, reutilização e reaproveitamento. Buelow, Lewis e Sonneveld (2010) discorrem sobre o sucesso ou fracasso dos programas de reciclagem associados a capacidade de comunicação das embalagens e

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rótulos para o descarte correto por parte dos consumidores. Coltro e Duarte (2013) pesquisaram a simbologia dos materiais utilizados nas embalagens plásticas e a capacidade de informação para a reciclagem.

As embalagens assumem um papel importante nas diferentes etapas do ciclo de vida dos produtos, sendo essenciais para a conservação do produto nas etapas de transporte e armazenagem, bem como nas etapas do consumo orientando quanto aos componentes do produto, aos alertas e cuidados necessários com o consumo, ou ao manuseio e descarte adequado da embalagem. Tais informações são um ponto essencial para o atendimento dos objetivos da sustentabilidade, e “podem contribuir para a mudança de condutas e comportamentos dos usuários" (Tavares e Freire, 2003, p. 125) pois são capazes de tornar o consumidor mais consciente do seu papel na promoção da sustentabilidade, daí a importância de se elaborar rótulos que remetam o usuário ao seu papel ativo nesse processo, principalmente, o da reciclagem.

Contudo, autores como González de Gómez (apud Tavares e Freire, 2003) discutem a existência de um gap entre o que é informado e o que de fato é interpretado e compreendido pelos usuários nas embalagens abrindo espaço para investigação dos aspectos semióticos e semânticos dos rótulos, símbolos e selos ambientais contidos na embalagem.

De um modo geral, a informação apresentada em rótulos e selos ambientais nas embalagens é composta por marcas produzidas com a intenção de comunicar uma mensagem, utilizando para tal fim a linguagem visual, principalmente do tipo gráfica. Tais informações são representadas por modos de simbolização verbal, pictórica e/ou esquemática (Twyman, 1985).

Já na visão de Horn (1998) para construir a mensagem que se deseja passar ao usuário, três tipos de elementos compõem a linguagem visual: texto, imagem e forma (Figura 1), sendo que os textos tem a capacidade de nomear, definir e classificar elementos; imagens são representações gráficas da realidade e formas se diferenciam das imagens por terem um caráter mais abstrato (Horn, 1998). Assim, “a integração de texto, imagens e formas em uma única unidade de comunicação, e/ ou, o uso de texto e imagens, ou, texto e formas para compor uma única unidade de comunicação definem a linguagem visual e sua eficácia na comunicação da mensagem.” (Horn,1998, p. 8).

Figura 1: Exemplos de rotulagem ambiental conforme a definição de texto, imagem e forma proposto por Horn (1998). Fonte: elaborado a partir de Carvalho e Aragão, 2012.

No entanto, se por um lado as rotulagens ambientais foram pensadas para influenciar o consumidor para a tomada de decisão de compra ou descarte, por outro lado causa ceticismo e confusão na interpretação dos mesmos, visto que o uso de textos, imagens ou formas isoladas não compõem linguagem visual. O texto comunica, mas não visualmente. Já as formas são visuais mas não comunicam nada sozinhas e imagens descontextualizadas são visuais mas sua comunicação pode adquirir um viés mais artístico e subjetivo (Carvalho e Aragão, 2012).

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A rotulagem ambiental para embalagem

A rotulagem ambiental constitui-se em um dos instrumentos que permite desenvolver a valorização da embalagem em direção à sustentabilidade.

Três normas ditam as diretrizes para a rotulagem ambiental: a ISO 14024 que trata dos programas de rótulos ambientais do tipo I, ou “selos verdes”; a ISO 14021 que normatiza os rótulos ambientais tipo II, ou auto declarações ambientais; e, a ISO 14025 que contempla a análise do ciclo de vida do produto. Considerando que essa última norma é direcionada para relações entre empresas e, que não há indicação na embalagem da adoção da mesma, optou-se nesse artigo por explorar apenas as outras duas.

Os selos verdes são de uso voluntario, e é concedido por uma entidade de terceira parte, para determinados produtos ou serviços que são avaliados com base em critérios múltiplos previamente definidos (Figura 2). Figura 2: Exemplos de selos verdes conforme a norma ISO 14024. Fonte: elaboração própria

A norma 14024 “estabelece os procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, incluindo a seleção de categorias de produtos, critérios ambientais dos produtos e características funcionais dos mesmos. Esta norma também estabelece os procedimentos de certificação para a concessão do rótulo” (CEMPRE, 2013).

Apesar de ser considerado um importante mecanismo de implementação de políticas ambientais dirigido aos consumidores (ABNT, 2013), um selo verde traz informações parciais, apontando apenas algumas melhorias ambientais envolvidas no processo, sem levar em consideração todo o ciclo de vida do produto. Assim, o uso de selos verdes é limitado pela inexistência de um método científico que permita a integração dos variados e complexos aspectos das questões ambientais para a totalidade de uma categoria de produtos ou que reconcilie os julgamentos muitas vezes conflitantes das partes interessadas na definição dos critérios (ABNT, 2013).

No Brasil, por exemplo, a ABNT lançou em 2008 um programa de selo verde, intitulado Qualidade Ambiental ABNT que é utilizado por 235 produtos e 03 serviços (Ladvocat, 2013).

De acordo com o CEMPRE (2013) a norma 14021 “especifica os requisitos para auto-declarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos. Ela descreve, ainda, termos usados comumente em declarações ambientais e fornece qualificações para seu uso”. Tais termos e definições são referentes à qualidade e atributos ambientais que um produto ou serviço possa ter, sendo empregadas informações do tipo “anti-littering”, "material reciclável”, “reutilizável”, etc. (Figura 03).

Figura 3: Exemplos de selos tipo auto-declaração conforme a ISO 14021. Fonte: elaboração própria

Entre tanto, segundo Barra (2012) esse tipo de rotulagem permite diversas interpretações e

em alguns casos a veracidade dos dados transmite pouca confiança, permitindo assim a criação de polêmicas pois segundo a autora "cria uma ilusão ao consumidor, pois partem direto do fabricante que, muitas vezes, divulga como atributo ambiental a reciclabilidade do produto, quando, na realidade, a fase de extração da matéria-prima é o processo mais poluente" (p. 12).

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Dada a miscelânea de símbolos utilizados para comunicar tais atributos, a ISO (2012) define três elementos-chave para o uso dessa norma: (a) o tipo de linguagem utilizada através do uso de símbolos e figuras, ou, logos e textos; (b) a verificação da veracidade dos dados, sem precisar ser realizada através de auditoria; (c) os requerimentos específicos para determinadas demandas como as relacionadas a tipos específicos de materiais/componentes, como no caso de embalagens de produtos agrotóxicos.

Para uma melhor compreensão das tipologias de linguagem visual utilizadas em rótulos ambientais, utilizamos a classificação de tipos marcários proposta por Cassisi (2011). Conforme o autor, no universo das marcas é possível identificar seis categorias ou “megatipos” os quais definem como podem ser utilizados os diferentes elementos da linguagem visual (forma, imagem e texto) na composição de uma marca.

Assim, conforme o modelo proposto por Cassisi, os rótulos ambientais podem ser classificados em 2 grandes grupos: os de caráter Simbólico e os de caráter Nominal. Os simbólicos podem ser logo-símbolos, símbolos puros e logotipos com símbolo. Já os rótulos nominais são classificados em logotipos com acessório, logotipos puros ou logotipos com fundo (Figura 4). Figura 4: Exemplos de linguagem gráfica utilizada na rotulagem ambiental Fonte: elaborado a partir de Cassisi e Chaves, 2011.

A ISO (2012) reconhece que as imagens utilizadas na rotulagem podem trazer maior

ambiguidade na comunicação mas isso não interfere na escolha da forma para o uso da informação ambiental. O CEMPRE (2013) também destaca que é possível encontrar variações no design das imagens utilizadas para comunicar determinados aspectos da rotulagem ambiental mas que não comprometem o objetivo da comunicação (Figura 5). Figura 5: Exemplos de variações nas imagens/símbolos utilizadas para transmitir a informação de reciclagem. Fonte: elaboração própria.

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Diferente das outras duas normas (14024 e 14025) as auto-declarações permitem aos

produtores, distribuidores e, importadores elegerem as informações que constarão nos rótulos, no entanto devem contemplar o conteúdo (qualidade da informação), a apresentação (meio como a informação é apresentada) e a forma como se obtém a informação (métodos e caminhos para auferir a informação) (Ilic et al, 2009). Ainda segundo os autores a principal vantagem da auto-declaração é a possibilidade de atrair a atenção dos grupos de usuários dos produtos de uma forma simples e o baixo custo.

Assim, a seguir se discute a percepção e o comportamento dos alunos do curso de Administração e de Design da UFPE com relação a simbologias e selos verdes utilizados para transmitir informações ambientais nas embalagens dos produtos.

3 Procedimentos metodológicos Na definição dos procedimentos metodológicos sugere-se a apresentação dos pressupostos que delineiam o como fazer a pesquisa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram:

qualitativas: levantamento bibliográfico, análise documental, observação não participante.

quantitativa: pesquisa com uma amostra de 128 alunos do curso de Administração e, 99 alunos do curso de Design da UFPE.

Os dados primários foram coletados a partir de uma amostra aleatória simples do universo de 1.135 alunos de Administração e 340 de Design, utilizando-se 95% de índice de confiabilidade e margem de erro de 5% (Gráfico 1). Gráfico 1: Perfil sociodemográfico da amostra estudada

O questionário foi composto por trinta e três questões (abertas e fechadas), divididas em oito blocos: símbolo de reciclagem de alumínio (a); de vidro (b); de descarte de forma seletiva (c); de aço (d); de PVC (e); selo Qualidade Ambiental ABNT (f); selo IBD de produtos orgânicos (g); selo FSC de madeira reflorestada (h) (Figura 6). Figura 6: Símbolos apresentados no questionário aplicado no estudo. Fonte: elaboração própria

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Questionou-se os entrevistados se os mesmos conheciam tais símbolos/selos e o seu significado; a indicação de um ou mais produtos que contenham aqueles símbolos/selos; se o usuário leva em conta tal informação no momento da compra ou do descarte do produto (para símbolos de reciclagem buscou-se evidenciar o ato de descarte); se o usuário avalia que os símbolos/selos conseguem transmitir a informação a que se propõe. Para o símbolo de reciclagem de PVC questionou-se ainda se o usuário sabia o que significa o número contido no interior do símbolo. Assim obtiveram-se os seguintes dados:

4. Apresentação e discussões dos dados

O (re)conhecimento dos símbolos de reciclagem e dos selos verdes

Quando questionados se conheciam os símbolos de reciclagem de alumínio, da reciclagem de vidro, do descarte de embalagens de forma seletiva, de reciclagem de aço, de reciclagem de PVC, do selo Qualidade Ambiental da ABNT, do selo IBD e do selo FSC os respondentes dos dois cursos responderam o seguinte (Gráfico 2). Gráfico 2: (re)conhecimento dos símbolos de reciclagem e de selos verdes

Como se pode observar mesmo o símbolo do alumínio estando presente em produtos de consumo com alta demanda como em latas de refrigerante e cerveja 47% dos alunos de Administração e 37% de Design não conseguiram identificar esse símbolo como sendo o de reciclagem de alumínio, o que pressupõe que os usuários não estão lendo as embalagens dos produtos, pois ao que parece o baixo (re)conhecimento não está associado a falta de clareza do símbolo em transmitir a informação uma vez que 63% dos alunos de Administração e, 76% dos de Design avaliam que o símbolo consegue transmitir a informação de reciclagem (Gráfico 3).

Chama a atenção nos dados acima, que apesar de 69% dos alunos de Administração e, 48% de Design reconhecerem o símbolo da reciclagem de vidro (Gráfico 02), 58% dos de Administração e, 55% dos de Design não lembram ou não sabem apontar um produto que contenha esse símbolo. Tal resultado tem relação com o fato de que 62% dos alunos do curso

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de Administração e, 75% de Design consideram que o símbolo de reciclagem de vidro não consegue cumprir com seu papel informacional (Gráfico 03). Gráfico 3: avaliação da capacidade de transmitir a informação de símbolo de reciclagem e de selo verde

Por outro lado, os alunos de Administração (77%) e de Design (88%) dizem não conferir o

símbolo de descarte seletivo (Gráfico 04) no momento do descarte da embalagem, levando a crer que as embalagens de vidro conseguem orientar o usuário a descartar o produto no seu destino dado o contato visual com o material (quando o usuário identifica que a embalagem é de vidro ele não procura o símbolo para certificar-se desse fato), porém há produtos de vidro como as lâmpadas por exemplo que não devem ser descartadas no lixo comum e portanto pode-se inferir que o símbolo requer um maior destaque em produtos que devem ter destino diferenciado. Gráfico 4: confere o símbolo de reciclagem e de selo verde no momento do descarte

Dos símbolos selecionados para esta pesquisa, o de reciclagem de embalagens utilizando

o descarte seletivo foi o que teve maior congruência nas respostas e também reconhecimento por parte dos entrevistados. Isso pode ser visto nos dados dos gráficos anteriores, uma vez que 77% dos alunos de Administração e, 67% de Design (re)conhecem o símbolo (Gráfico 02), 96% de Administração e, 66% de Design o associam com o descarte seletivo, e, dizem que o conferem no descarte (73% e, 53% respectivamente) (Gráfico 04).

Apesar de 81% dos alunos de Administração e, 65% de Design declararem que o símbolo consegue transmitir a informação a que se propõe (Gráfico 03), houveram 70% de respondentes de Administração e 82% de Design que não souberam ou lembraram de algum produto que indique o símbolo de anti-littering em sua embalagem.

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O símbolo de reciclagem de aço apesar de trazer em formato de texto a tipologia do material teve baixo (re)conhecimento por parte dos alunos do curso de Administração (63%) e, de Design (57%) uma vez que disseram não saber o que ele significa (Gráfico 02). Além disso, 86% dos alunos de Administração e, 76% de Design não souberam indicar algum produto que apresenta tal simbologia. Associa-se a isso o fato de que os alunos não consideram o símbolo no momento do descarte seletivo (67% de Administração e, 62% de Design) (Gráfico 04).

No entanto enquanto os futuros Designers avaliaram que o símbolo consegue transmitir a mensagem (Gráfico 3) a que se propõe (61%), os futuros Administradores avaliaram que ele não cumpre com sua função (63%). Tal fato pode ser explicado por que os Designers possuem maior conhecimento sobre materiais utilizados para a fabricação dos produtos, uma vez que o curso de design da UFPE possuí disciplinas com foco no uso de materiais e processos de fabricação.

Já para o símbolo de reciclagem do PVC, é interessante notar que apesar dele trazer a indicação do tipo de plástico de forma textual 47% dos alunos de Administração e, 39% de Design disseram não conhecer o mesmo (Gráfico 2), bem como na hora de indicar um produto que contenha o símbolo de reciclagem de PVC 56% dos futuros Administradores e, 69% dos Designers não souberam citar algum produto. Apesar disso, 58% do total de entrevistados de Administração e, 72% de Design avaliam que o símbolo transmite a informação a que se propõe (Gráfico 3).

Por outro lado, quando questionados sobre o número constante no interior do símbolo 29% dos alunos de Administração e, 32% de Design apontaram incorretamente ser o número de vezes que o produto pode ser reciclado. Foram os futuros Designers que souberam apontar que se trata da tipologia do plástico (44%) contra 40% dos Administradores que disseram não saber do que se trata o número (Gráfico 05) e, acredita-se que isso ocorre pela diferença na formação dos profissionais.

Gráfico 05: confere o símbolo de reciclagem e de selo verde no momento do descarte

O último bloco de perguntas foi direcionado para a percepção sobre os selos ambientais do

Tipo I: o selo Qualidade Ambiental ABNT, o IBD - Instituto Biodinâmico e, o FSC - Forest Stewardship Council.

Como dito na revisão teórica o selo verde nacional que foi lançado em 2008 e, após um grande período de letargia, vem aos poucos sendo alvo das empresas para a certificação de seus produtos e serviços, e talvez por isso, teve pouco reconhecimento por parte dos alunos. Apenas 16% dos alunos de Administração, e 23% dos alunos de Design disseram (re)conhecer o símbolo; destes apenas 9% e 3% respectivamente souberam identificar o Programa Nacional da Qualidade Ambiental, e destes 18% e 31% dizem que tomaram conhecimento sobre o selo na sala de aula, no próprio produto ou através dos meios de comunicação (Gráfico 6).

Gráfico 06: forma como obteve conhecimento sobre o selo Qualidade Ambiental ABNT

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Além disso, 95,32% dos alunos de Administração e, 98% de Design não souberam indicar

um produto ou serviço que possua o selo verde da ABNT, assim como 91% de Administração e 80% de Design declararam que não levam em consideração o selo no ato da compra e que comprariam o produto independente de ele possuir o selo ou não (Gráfico 7).

Apesar do baixo índice de alunos que dizem conhecer o selo, 51% dos futuros Administradores e 55% dos Designers avaliam que o símbolo consegue transmitir a informação de selo verde.

Gráfico 7: considera o selo no momento da decisão de compra

O selo do IBD é (re)conhecido por apenas 27% dos entrevistados respectivamente (Gráfico

2), os quais associam à produto orgânico, e apontam alimentos como frutas, verduras, vegetais, legumes, aveia como os que apresentam esse selo. Pode-se considerar que dado o alto índice de desconhecimento sobre o símbolo (73%) existe também a não consideração do mesmo na tomada de decisão de compra por parte dos entrevistados (86% e 80% respectivamente) (Gráfico 7). Porém quando questionados se o selo consegue transmitir a informação sobre o produto orgânico 53% e 52% avaliaram que sim (Gráfico 3).

Por último questionou-se sobre o selo do FSC que foi (re)conhecido (Gráfico 2) pela minoria (18% e, 30%) os quais o associaram a madeira certificada indicando produtos como móveis, lápis, caderno, livro, resma de papel, palito de picolé como aqueles onde se pode encontrar o símbolo do selo. Dado o alto índice de respostas sobre o desconhecimento do selo (82% e 70%) tem-se que 87% e 78% do total de entrevistados em Administração e Design respectivamente não o levam em consideração no ato da compra (Gráfico 7), pois afirmam que comprariam o produto independente de ter o símbolo; e, ainda que o símbolo não consegue transmitir a informação de certificação de madeira de reflorestamento (Gráfico 3).

A partir desse cenário pode-se elaborar algumas considerações finais sobre a pesquisa, conforme segue.

5. Considerações finais Confrontando os dados coletados e a revisão teórica é possível estabelecer algumas discussões referente a eficácia da transmissão dos selos e símbolos que remetem a produtos direcionados à sustentabilidade.

Uma delas é referente à percepção dos entrevistados quanto a informação apresentada nas embalagens/produtos que depende em grande parte do uso e combinação apropriada dos elementos da linguagem visual. Por exemplo, nos símbolos apresentados no questionário (Figura 6), as do selo de alumínio reciclável (a) e a de descarte seletiva (d) foram a mais

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reconhecidas e a que mais conseguiram transmitir seu significado. No caso do alumínio, são utilizadas formas que transmitem a ideia de ciclo junto com a representação textual do material. Já no selo de descarte seletivo o uso de uma figura representando uma pessoa realizando uma ação direta transmite a mensagem de forma clara. Entretanto, conceitos abstratos como o número no centro do rótulo de PVC, ou a imagem de um ímã atraindo uma lata de aço (d) ou um beija-flor (f) se prestam para diversas interpretações por parte do usuário. Formas abstratas como a apresentada no selo de produto orgânico (g), ou para madeira certificada (h) certamente dificultam sua correta interpretação. Soma-se a isto o fato de que siglas como IBD ou FSC não contribuem para esclarecer o caráter abstrato desses selos.

Assim, o uso exclusivo de textos, imagens ou formas isoladas em rótulos ambientais, mostraram-se ineficientes na comunicação, isso porque o texto comunica, mas não visualmente; já as formas são visuais mas não comunicam nada sozinhas; e, imagens descontextualizadas são visuais mas sua comunicação pode adquirir um viés mais artístico e subjetivo.

Outra discussão que desponta é que a formação dos diferentes profissionais influencia apenas na reconhecimento do símbolo quando este se refere a materiais, pois os alunos de Design souberam relacionar produtos aos símbolos de alumínio, aço, e, PVC melhor que os alunos de Administração. No entanto, o que poderia ser um argumento para a sustentabilidade não se confirma na tomada de decisão de compra ou no momento do descarte da embalagem/produto, uma vez que os comportamentos se igualam independente da sua formação acadêmica.

Portanto, abre espaço para novas investigações sobre o aprendizado formal sobre sustentabilidade em ambos os cursos, e ainda em outros níveis de ensino como o nível médio e o fundamental; além de sugerir que seja medida a eficácia de programas de educação ambiental como as de ONGs, fundações, instituições, associações, e, governos.

Entretanto não apenas discussões sobre aspectos de conteúdo são necessários mas sobretudo sobre aspectos gráficos desses símbolos e selos de forma que seja capazes de promover maior conhecimento do significado das imagens, ou seja, coloca-se em pauta a discussão sobre a qualidade da comunicação do selo e não apenas sua capacidade de comunicação.

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Sobre o(a/s) autor(a/es)

Leonardo Augusto Gomez Castillo, PhD. Programa de Pós-Graduação em Design, UFPE, Brasil, [email protected]

Carla Regina Pasa Gómez, Dra., Programa de Pós-Graduação em Administração, UFPE, Brasil, [email protected]

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