Leitura e producao de sentido

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LEITURA E PRODUÇÃO DE SENTIDO

Jorge da Silva Junior

Mestre em Letras e Ciências Humanas

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LEITURA E PRODUÇÃO DE SENTIDO

Jorge da Silva Junior

Um texto não possui significado nele próprio. Há a necessidade de uma série de

outros fatores para que a leitura não seja uma simples decodificação de palavras, um

simples ato de juntar letras formando palavras e juntar palavras formando frases e frases

formando parágrafos. Claro que a decodificação, simples reconhecimento de palavras,

se faz necessária, pois é o primeiro passo de internalização do texto, pois sem o

reconhecimento das palavras, não se pode compreender o seu significado. Porém esta é

a condição menos importante para dar significação ao enunciado ou grupos de

enunciados. É preciso compreender o que determinado texto representa, significa em

cada contexto diferente.

Dar significado ao texto vai muito além de simplesmente entender o que o este

ou autor diz, mas trata-se de uma penetração no sentido amplo de qualquer enunciado,

compreender o que se diz por traz daquele enunciado é tarefa que exige alguns

conhecimentos do leitor. Para que objetivo seja alcançado, deve haver uma interação

leitor x texto x autor. Essa interação se dá da seguinte maneira: o autor escreve e ao

escrever cria um mundo partindo do seu ponto de vista. Sobre o poder da palavra

Hampâté Bâ compara o enunciador a um Deus, capaz de transformar a força do

pensamento na palavra que criará um mundo novo composto por criaturas que são fruto

desse primeiro pensamento: Graças à vivificação da palavra divina, tais forças começam a vibrar. Em uma primeira etapa, convertem-se em pensamento; em uma segunda etapa em som; e em uma terceira etapa em palavra(...).A palavra humana tanto pode criar como pode destruir a paz. É como o fogo. Uma única palavra inoportuna é capaz de desencadear uma guerra, assim como um pequeno galho em chamas pode provocar um incêndio. (0000:06)

O leitor, ao entrar em contato com o texto produzido, deve estar atento à

intencionalidade do autor, pois, só em contato com o composto textual e

compreendendo a intencionalidade deste, aquele será capaz de recriar este mundo a

partir daquilo que entende e conhece da vida e de outros textos. O leitor deve estar

atento às citações dentro do texto lido e atento também ao contexto em que o texto está

sendo empregado, pois um mesmo texto pode ter vários sentidos dependendo da

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capacidade que o leitor tem de relacionar figuras e temas ou seja, capacidade

interpretativa, dos conhecimentos textuais, enciclopédicos e situacionais e também do

emprego do texto em vários tipos de contextos. Pois, um dado enunciado pode ter

diferentes significados dependendo do contexto em que é empregado.

O contexto, ferramenta importante na produção de significação do texto, tanto na

produção quando na reprodução, era tido apenas como o entorno verbal, ou seja, o co-

texto. O Estruturalismo se preocupava apenas com a forma, com a estrutura e para os

antigos gramáticos, o texto era apenas uma sequência ou combinação de frases, cuja

unidade e coerência seriam obtidas por meio da reiteração dos mesmos referentes ou do

uso de elementos de relação entre seus vários segmentos. Sobre isso, Musalin afirma:

As influências externas não influenciavam, geradoras de irregularidades, não afetavam o sistema por não serem consideradas como parte da estrutura. A língua não é apreendida na sua relação com o mundo, mas na estrutura interna de um sistema fechado sobre si mesmo. Daí “Estruturalismo”: é no interior do sistema que se define, que se estrutura o objeto, e é este objeto assim definido que interessa a esta concepção de ciência. (2002:182)

Porém, estudiosos preocupados com a língua na comunicação, os pragmáticos, e

analistas do discurso pregavam a necessidade de se considerar a situação comunicativa

para a atribuição de sentido a elementos textuais . A partir deste ponto, o contexto passa

a ter grande importância no processo de significação textual. Sobre os novos cientistas

da Língua, Musalin comenta que a Análise do Discurso exige uma ruptura

epistemológica, que coloca o estudo do discurso num outro terreno em que intervêm

questões teóricas relativas à ideologia e ao sujeito. (2002:105)

Para estabelecer e organizar o contexto ou organizar o texto dentro do contexto pode-se,

segundo Koch utilizar um recurso chamado dêiticos que são as expressões indiciais de

modo geral. Ehlich (Apud Koch 2000:38) cometa ainda que as expressões dêiticas

permitem ao falante obter uma organização da atenção comum dos interlocutores com

referência ao conteúdo da mensagem. Os dêiticos não são recursos anafóricos ou

catafóricos, mas indiciadores do discurso. Na comunicação simples do cotidiano, o

elemento dêitico é o próprio ato da fala, porém, em textos escritos, o recurso é utilzado

de outra maneira. Sobre dêiticos e expressões indiciais, Koch comenta:

O dêiticos são elementos da língua que têm por função localizar entidades no contexto espácio-temporal, social e discursivo, como por

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exemplo pronomes de primeira e segunda pessoa e pronomes demonstrativos. As expressões iniciais são expressões de valor dêiticos, como por exemplo: mais acima, logo ali, lá adiante, atrás de, entre muitas outras. ( 2008: 60)

Os dêiticos servem, portanto para indiciar o contexto em que o texto está sendo

utilizado. É importante salientar que os dêiticos não tinham espaço de estudo dentro do

estruturalismo, uma vez que os estruturalistas não se preocupavam com o contexto e

sim com a estrutura. Porém, hoje com o avanço da ciência na área linguística, o

contexto é um dos principais elementos de significação do texto. Há vários autores que

comentam sobre a significação do texto tanto no plano contextual quanto no plano de

conhecimento de mundo do leitor, Koch (2008: 19) afirma que falamos de um sentido

para o texto e não do sentido para o texto. Como se pode notar, a autora se remete à

significação do texto por meio de artigo indefinido, isso leva a concluir que o sentido de

qualquer texto é indefinido antes de ser posto em um contexto adequado e antes de o

leitor ter acesso a ele. O sentido do texto só será definido, ou seja o sentido do texto só

será concreto naquele momento em que o leitor der significado a ele. Sobre o contexto

Platão & Fiorin (2007: 11) exemplificam dessa maneira:

Na sua posse como secretário de Indústria e Comércio, Ceccato, nervoso, foi infeliz ao rebater as denúncias. Como São Pedro nego, nego, nego”, disse a um grupo de repórteres, referindo-se à conhecida passagem em que São Pedro negou conhecer Jesus Cristo três vezes na mesma noite. Esqueceu-se que São Pedro talvez tivesse dito a única mentira de toda a vida. (Ano 20, 22:91) Veja 1° de junho de 1988

Ao ler o trecho acima, pode-se notar que a defesa do secretário foi infeliz e

desastrosa, produzindo efeito contrário ao que ele tinha em mente. A recorrência a outro

texto, no caso, ao invés de inocentá-lo, acabou por comprometê-lo. Esta é uma prova

concreta de que um texto terá significados diferentes dependendo de seu emprego. Ao

citar a passagem bíblica, o interlocutor não se deu conta de que ela faz parte de um

outro contexto e, o momento que ele se utilizou desse texto não era conveniente. Não

sabia que o texto depende do contexto e do conhecimento da ligação que se faz com

outros textos já produzidos. É importante observar também que Ceccato não deveria ter

conhecimento amplo do texto que intertextualizou, pois se soubesse não teria cometido

a gafe. O texto enunciado por Ceccato já existia e só foi reproduzido por ele em um

contexto que acabou pro prejudicar-lhe.

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Levando em consideração que os textos fazem diálogos entre si, é possível afirmar, que

nenhum texto existe sozinho, mas é o elo de uma grande corrente que comporta todos os

outros textos, pois todo texto faz referência de maneira explícita ou implícita a outro já

existente. Por isso é que se diz que a leitura de textos em geral (de vários gêneros) é

importante para estabelecer a compreensão profunda de um dado texto. Visto que um

enunciado analisado só terá seu sentido completo a partir do momento em que o leitor

faz um diálogo do que está lendo com tudo que já leu até ali. O significado do texto,

portanto, não está 100% no próprio texto, mas na interação leitor x texto x autor. Sobre

a existência do texto em diálogo com outros textos, Koch afirma:

Todo texto é um objeto heterogêneo , que revela uma relação radical de seu interior com seu exterior; e, desse exterior, evidentemente, fazem parte outros textos que lhe dão origem, que o predominam com os quais dialoga, que retoma e que alude, ou a que se opõe(...) a produção e a recepção do texto dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais eles, de alguma forma, se relacionam. (2000:46)

Como já se pode perceber, para que haja uma ideal compreensão de um texto,

pelo menos dois fatores são importantes: o primeiro é o contexto em que o enunciado é

empregado e o segundo é a intertxtualidade tanto na produção quando na recepção. O

significado não se encontra no texto, mas está na cabeça do leitor e é, ao tomar contato

com o enunciado, que o ouvinte projeta o significado para o texto na relação que faz

entre seu conhecimento e o que é dito no texto em contato. Portanto, para que haja

comunicação, não há a necessidade de um conhecimento de Gramática. A respeito do

homem enquanto ator na produção dialogal, o indivíduo constrói enunciados que podem

ser compreendidos se a norma culta da Língua Portuguesa é transgredida em algum

momento, mas se nesse diálogo, o enunciado estiver fora do contexto de uso, o

enunciador não será compreendido pelos participantes do discurso. A respeito desse

conceito, Koch afirma:

Na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos

como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente –

se constroem e são construídos no texto, considerando o próprio lugar

da interação e da constituição dos interlocutores. (2008: 10)

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Há uma diferenciação entre o contexto de produção e o contexto de uso. Um

texto pode ter um significado em uma certa época e perder esse significado ou adquirir

outro completamente diferente do primeiro. Em relação ao texto escrito, o contexto de

produção ocorre em momento diferente em relação ao contexto de uso. Portanto, o

autor, ao produzir seu texto, deve se preocupar com o contexto de uso. Em

contrapartida, na conversação, ambos contextos acontecem ao mesmo tempo, enquanto

um indivíduo fala (produz o texto), outro escuta (usa o texto) e o contexto, neste caso é

o próprio ato da fala. Koch afirma que:

O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende, como já foi dito, apenas da estrutura textual em si mesma. Os objetos do discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita. (2008: 71)

O produtor do texto vai pressupor que o leitor a que se destina o seu texto possui

conhecimentos textuais, enciclopédicos e situacionais e por isso, economiza na

quantidade de informações, ou seja, não explicita as informações que considera

desnecessárias e por isso o leitor precisa ter conhecimento de vários textos, pois

nenhum textos é completamente explícito. O leitor deverá, portanto recuperar essas

informações que estão implícitas. O leitor espera sempre um texto dotado de sentido e

procura a partir da informação contextualmente dada construir uma representação

coerente por meio da ativação de seu conhecimento de mundo e/ou de deduções que o

levam a estabelecer relações de temporalidade, causalidade, oposição, etc.

Pode-se então definir o contexto por meio da proposta de Dijk (apud Koch:

2008: 73): o conjunto de todas as propriedades da situação social que são

sistematicamente relevantes para a produção, compreensão ou funcionamento do

discurso e de suas estruturas. No conjunto de compreensão do texto, além do contexto

há a intertextualidade que é a relação que um dado texto faz a outros textos.

Platão & Fiorin (2007: 20) afirmam que “a Intertextualidade possui dois pólos,

portanto tem duas funções. A primeira é reafirmar os sentidos do texto citado, reafirmar

um texto já existente; a segunda serve para inverter, contestar e deforma alguns sentidos

do texto citado; para polemizar com ele.” Sabemos que ambas definições possuem

nomenclaturas: esta é paródia e aquela é paráfrase. A Canção do Exílio de Gonçalves

Dias é sem dúvida um dos textos mais intertextualizados, sendo tanto parodiada quanto

parafraseada. Gonçalves Dias, poeta romântico, escreveu Canção do Exílio por sentir

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saudades de sua terra, o Brasil, e compôs um poema fazendo uma descrição idealizada

de sua terra:

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores Nossos bosques têm mais vidas Nossas vidas mais amores (DIAS, Gonçalves. Canção do Exílio)

Nossas flores são mais bonitas Nossas frutas mais gostosas Mas custam cem ml réis a dúzia. (MENDES, Murilo. Canção do Exílio)

Do que a terra mais garrida Teus risonhos lindos campos têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida em teus seios mais amores (Hino Nacional Brasileiro)

Como se pode perceber, os três textos são semelhantes. Como o texto dee

Gonçalves Dias é anterior, podemos afirmar que ele foi intertextualizado nos outros

dois. Porém ao lermos e fazermos relação entre os três, percebemos que há algumas

diferenças: no texto de Murilo Mendes, ele foi parodiado e no Hino Nacional, ele foi

parafraseado. Com muita freqüência um texto retoma passagens do outro, pois um texto

não existe sozinho, mas sim, na relação com outros textos já existentes. Quando se trata

de uma citação em um texto científico chamamos de intertextualidade explícita. Ou seja,

se houver citação da fonte do intertexto, chamaremos de intertextualidade explícita.

Nesses casos, a fonte normalmente é exposta, ou o texto a que se fez referência aparece

entre aspas. Porém a intertextualidade pode aparecer de maneira implícita. Neste caso,

diremos que quando a fonte não for apresentada, se tratará de uma intertextualidade

implícita. Normalmente esse tipo de intertextualidade é feita em textos literários, em

que o autor imagina que o leitor possua um conhecimento que aborde a leitura e a

relação com outros textos. Assim afirmam Platão & Fiorin:

A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertório do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura, principalmente daquelas obras que constituem as grandes fontes da literatura universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de

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referências, citações e alusões. Por isso, cada livro que se lê torna maior a capacidade de apreender, de maneira mais completa o sentido dos textos. (2007: 19)

Além do contexto e da intertextualidade, Fiorin apresenta outros recursos de produção

de sentido de um dado texto. Trata-se da relação entre figuras e temas. Para Fiorin, há

pelo menos duas maneiras de expressão textual. Uma é a produção de um texto

figurativo e a outra é a produção do texto temático. O texto que se apresente mais

abstrato ou seja, com ausência de símbolos que façam representação no mundo real será

denominado de texto temático. Do contrário, quando um texto apresentar figuras que

façam representação no mundo real, este será denominado texto figurativo. Fiorin

comenta:

Tema é o elemento semântico que designa um elemento não presente no mundo natural, mas que exerce o papel de categoria ordenadora dos fatos observáveis. São tema por exemplo, amor paixão, lealdade, alegria. Figura é elemento semântico que remete a um elemento no mundo natural: casa, mesa, mulher, rosa etc. (2007:24)

O discurso figurativo é a concretização do discurso temático. Para entender um

discurso figurativo é preciso, pois, antes de mais nada, apreender o discurso temático

que subjaz a ele. Ir das figuras ao tema é o que fazemos quando perguntamos: qual é o

tema desse texto? Do que ele trata? Compreender um texto é por tanto extrair seu tema

por meio da relação das figuras nele existentes. É preciso não esquecer que uma figura

não possui significação em si mesma. Isoladamente, ela pode sugerir ideias muito

variadas e noções muito imprecisas. Seu sentido nasce do encadeamento com outras

figuras. Como se sabe, num texto, tudo é relação. Por isso, se faz necessária essa relação

entre as figuras para que o tema seja extraído. Assim comentam Platão & Fiorin:

Assim como as figuras se encadeiam de modo coerente, os temas também o fazem. A mesma coerência interna do encadeamento das figuras deve existir na rede de temas de um texto temático. E, ainda, para apreender o tema mais geral que organiza e integra funcionalmente os subtemas, é necessário confrontá-los entre si e depreender a unidade subjacente à adversidade. (2007: 88)

Portanto, pode-se afirmar que o texto precisa ser compreendido e compreender o

texto não é simplesmente juntar palavras, mas sim penetrar quanto mais profundo em

seus sentidos, em sua ideologia subjacente e para que isso aconteça, deve-se fazer a

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relação leitor-texto-escritor, pois o significado real do texto não está puramente na

gramática que o compõe, nem simplesmente nos enunciados que compõem o enunciado

ou enunciados, mas sim nos conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos que o

leitor tenha.

Além da leitura profunda, há o conceito de relação entre os textos. Baseados no

estudo apresentado, podemos afirmar que o texto não existe sozinho, mas sim na relação

com outros textos e para que o leitor possa ter uma melhor compreensão da mensagem

exposta, ele deve ter a capacidade de relacionar todos os textos que já conhece com o

que esta tendo contato no momento. Além disso, o contexto em que determinado

enunciado é empregado também se faz muito importante, pois uma mensagem ou até

mesmo uma simples palavra pode ter diferentes sentidos dependendo do contexto em

que foi empregada. Além disso para que seja extraído o tema, é preciso fazer relação

entre as figuras presentes no texto. Ler não é simplesmente juntar palavras, mas sim

compreender o que se quer dizer com elas.

Referência bibliográfica

FIORIN. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ática 2007

KOCH, Ingedore Villaça. Ler e compreender os Sentidos do Texto. São Paulo:

Contexto, 2008.

KOCH, Ingedore Villaça. O contexto e a produção de sentidos. São Paulo: Contexto,

2000.

MUSSALIN, F; BENTES, A.C. Introdução à Linguística: Domínios e Fronteiras. V.1.

São Paulo: Ed. Cortez, 2002

PLATÃO & FIORIN, Para entender o Texto: Leitura e Produção. São Paulo: Ática,

2007.

http://acd.ufrj.br/~pead/tema02/intertextualidade2.htm