Leitura de fim de semana-18

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Perspectivas económicas para 2012 De acordo com a Euromonitor, o crescimento mun- dial vai desacelerar em 2012. A economia vai cres- cer em termos reais cerca de 3,8 por cento este ano, ficando abaixo dos 3,9 por cento de 2011 e dos 5,2 por cento de 2010. Este ritmo mais lento resulta da instabilidade finan- ceira e dos riscos das dívidas soberanas, que ame- açam espalhar-se por várias economias europeias. Noutros países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América (EUA), a indecisão política está a exacerbar também a incerteza económica. Como consequência, os programas de estímulo lançados entre 2010 e 2011 estão a ser substituídos por medidas de austeridade. Para os países em desenvol- vimento, o panorama é posi- tivo. A procura externa está a reduzir, mas em muitas destas economias esta quebra está a ser compensada pela procura interna. Contudo, este panora- ma não está isento de riscos. Alguns países com economias muito abertas e dependentes da procura nos mercados de- senvolvidos podem deparar-se com dificuldades. A Euromonitor espera que os países desenvolvidos cresçam, em 2012, cerca de 1,6 por cento em termos reais. Já nas economias emergentes, o cresci- mento real agregado será de 5,9 por cen- to, comparando com os 6,3 por cento de 2011. Muitos países desenvolvidos vão prosse- guir com a sua consolidação fiscal e têm muita pouca margem para erro. De acordo com a consultora, o perigo desta consoli- dação ir longe demais está na queda dos rendimentos disponíveis, o que pode pre- cipitar uma descida abrupta do consumo. Contudo, se os pla- nos de médio prazo não forem implementados, poderá seguir- se uma maior instabilidade fi- nanceira. Quanto aos preços da “com- modities”, estes deverão per- manecer relativamente estáveis em 2012. A importação destes bens por parte da China deve- rá reduzir este ano, dado que a economia chinesa vai ter de se focar no problema da inflação e do mercado imobiliário, o que ajudará a estabilizar os preços. O desemprego, por sua vez, O mercado Electro em revista A economia mundial enfrenta uma incerteza excepcional. A recessão nos países desenvolvidos, a austeridade colectiva e uma das contracções fiscais mais severas dos últimos anos são apenas um pouco moderadas pelo crescimento nas economias em desenvolvimento. Um pouco, apenas, porque o seu crescimento é mitigado pela deterioração das condições financeiras globais. Eis algumas das perspectivas económicas para 2012 segundo a Euromonitor. R m Revismarket Leitura de fim-de-semana 10

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Perspectivas económicas para 2012

De acordo com a Euromonitor, o crescimento mun-dial vai desacelerar em 2012. A economia vai cres-cer em termos reais cerca de 3,8 por cento este ano, ficando abaixo dos 3,9 por cento de 2011 e dos 5,2 por cento de 2010. Este ritmo mais lento resulta da instabilidade finan-ceira e dos riscos das dívidas soberanas, que ame-açam espalhar-se por várias economias europeias. Noutros países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América (EUA), a indecisão política está a exacerbar também a incerteza económica. Como consequência, os programas de estímulo lançados entre 2010 e 2011 estão a ser substituídos por medidas de austeridade. Para os países em desenvol-vimento, o panorama é posi-tivo. A procura externa está a reduzir, mas em muitas destas economias esta quebra está a ser compensada pela procura interna. Contudo, este panora-ma não está isento de riscos. Alguns países com economias muito abertas e dependentes da procura nos mercados de-senvolvidos podem deparar-se com dificuldades. A Euromonitor espera que os

países desenvolvidos cresçam, em 2012, cerca de 1,6 por cento em termos reais. Já nas economias emergentes, o cresci-mento real agregado será de 5,9 por cen-to, comparando com os 6,3 por cento de 2011. Muitos países desenvolvidos vão prosse-guir com a sua consolidação fiscal e têm muita pouca margem para erro. De acordo com a consultora, o perigo desta consoli-dação ir longe demais está na queda dos rendimentos disponíveis, o que pode pre-

cipitar uma descida abrupta do consumo. Contudo, se os pla-nos de médio prazo não forem implementados, poderá seguir-se uma maior instabilidade fi-nanceira.Quanto aos preços da “com-modities”, estes deverão per-manecer relativamente estáveis em 2012. A importação destes bens por parte da China deve-rá reduzir este ano, dado que a economia chinesa vai ter de se focar no problema da inflação e do mercado imobiliário, o que ajudará a estabilizar os preços. O desemprego, por sua vez,

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A economia mundial enfrenta uma incerteza excepcional. A recessão nos países desenvolvidos,

a austeridade colectiva e uma das contracções fiscais mais severas dos últimos anos são apenas um

pouco moderadas pelo crescimento nas economias em desenvolvimento. Um pouco, apenas, porque o seu crescimento é mitigado pela deterioração das

condições financeiras globais. Eis algumas das perspectivas económicas para 2012

segundo a Euromonitor.

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Novo forno Hotpoint.A cozinha entra na era da alta definição.

A partir de hoje o calor é uniforme em qualquer ponto.Finalmente a cozedura é perfeita.

Bem vindo a um novo modelo de alta definição. No novo forno da gama Luce, o sistema de ventilação patenteado Dual Flow difunde o calor com a mesma intensidade em cada ponto e o cozinhado atinge um nível de cozedura surpreendentemente uniforme e com resultados sempre perfeitos. É a tecnologia mais evoluída da Hotpoint, que consume 0,64 kWh, o mais baixo nível de consumo de energia de qualquer forno produzido na Europa*. Porque cozinhar é uma paixão que o transporta para novos territórios, sem nunca se distanciar do calor da sua casa.

*calculado com base em fornos de dimensão média, com capacidade entre os 35 e 65 litros, comparação entre 29 concorrentes, segundo os dados publicados nos respetivos catálogos oficiais a 31/12/2010.

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O mercado Electro em revistaREVISMARKET

continuará a ser o problema principal, sobretudo nos países desenvolvidos. De acordo com o ILO, o emprego mundial poderá não voltar aos valores de antes da crise nos próximos cinco anos, uma vez que mais de 200 milhões de pessoas estão sem trabalho. Os países em desenvolvimento podem gerar novos postos de trabalho canalizando os investimentos para a agricultura e zonas rurais, mas as opções para as economias desenvolvidas são problemá-ticas sem novos estímulos. A única excepção será uma reforma dos mercados de trabalho, como res-posta às pressões externas. Na zona Euro, a Espa-nha continuará a ter a maior taxa de desemprego em 2012.Segundo a OCDE, o volume do comércio mundial deverá crescer 4,8 por cento, face aos 6,7 por cento de 2011. Um valor modesto em termos históricos. O principal perigo para o sistema de comércio mundial é o crescimento mais lento nos países desenvolvidos e as complicações da crise da zona Euro, o que pode motivar uma nova onda de proteccio-nismo.De acordo com a Organização Mundial do Comércio, apenas 17 por cento das medidas de proteccionismo supostas de curto prazo introduzidas no período de recessão de 2008 e 2009 foram revertidas. Os ex-portadores enfrentarão novas medidas que podem inibir o

crescimento do comércio mundial mais do que o inicialmen-te antecipado. Vários países estão a impor novas restrições às exportações ou a tentar forçar os investidores estran-geiros a partilhar a propriedade intelectual. Outros insistem em regras de “conteúdo local” ou exigem transferências de tecnologia.

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Unidos pelo sucesso

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10 de Março