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Financiamento e apoio para o desenvolvimento
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Culturas de verão: Estiagem nas regiões Sul e Campanha restringem produtividades
N.º 1.490
22 de fevereiro de 2018
Aqui você encontra:
Editorial
Panorama Geral
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Criações
Análise dos Preços Semanais
EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
Informativo Conjuntural – Desde 1989
auxiliando você na tomada de decisões.
EDITORIAL
Financiamento e apoio para o desenvolvimento
A Emater/RS-Ascar, como instituição responsável pelo serviço oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do Rio Grande do Sul, é a responsável pela implantação de diversas políticas públicas dos Governos Estadual e Federal para desenvolver o meio rural. Uma delas é o desenvolvimento de projetos para a liberação de recursos via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e o suporte na implantação das melhorias que aumentam a renda e a qualidade de vida das famílias de produtores. O Feaper é uma importante ferramenta de desenvolvimento para uma camada produtora de baixo poder aquisitivo. Sem o financiamento, ela não teria condições de realizar o sonho de melhorar de condição de vida. Não adianta somente entregar o dinheiro na mão do produtor, o êxito se deve a todo o acompanhamento na elaboração do projeto, Assistência Técnica, instalação e até mesmo a comercialização assessorada pela EmaterRS-Ascar, que também leva o produtor à feira para ter contato direto com o consumidor. A Instituição está envolvida desde 2016, agilizando todo o processo, desde a seleção dos produtores, recolhimento da documentação, elaboração dos projetos, implantação, serviço de Aters e elaboração do laudo de conclusão. O controle da execução orçamentária dos recursos destinados ao Feaper é atribuição da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Os recursos podem contemplar projetos de pessoas físicas, jurídicas e até mesmo cooperativas, associações ou entidades de agricultores ou pecuaristas familiares, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. A seleção pode ocorrer por meio de reuniões dos conselhos municipais de Agricultura ou pelas prioridades elencadas pelos municípios na Consulta Popular.
Clair Kuhn Presidente da Emater/RS-Ascar
e Superintendente Geral da Ascar
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PANORAM A GERAL
FERTILIZANTE INTELIGENTE Um “fertilizante inteligente”, que combina adubo tradicional com um polímero biodegradável, está sendo desenvolvido pela Universidade Federal da Sibéria, em parceria com o centro científico KSC da Sucursal Siberiana da Academia Russa de Ciências (SB RAS). O objetivo é desacelerar o processo de decomposição e liberação de nutrientes no solo. Os cientistas publicaram seus resultados no Journal of Agricultural and Food Chemistry. Cria-se assim uma nova geração de fertilizantes através do uso de materiais biodegradáveis. O adubo inteligente libera nitrogênio de maneira gradual, através da interação com a microflora do solo. De acordo com o Portal World Fertilizer, para criar essa tecnologia, os pesquisadores usaram um polímero biodegradável chamado poli-3-hidroxibutirato. O pó do biopolímero foi misturado com farinha de madeira e nitrato de amônio. A massa resultante foi pressionada em comprimidos e utilizada nas experiências com trigo. Os melhores resultados foram alcançados com fertilizantes embalados em proteção dupla. Neste caso, devido à lenta decomposição do polímero, o adubo em comprimidos foi fornecido ao solo com taxas relativamente estáveis durante dois meses. Fonte: Agrolink
JOVENS DEIXAM ESCRITÓRIO PARA
TRABALHAR NO CAMPO A tendência de comprar orgânicos localmente fortalece interesse dos jovens pela agricultura. A situação está acontecendo nos Estados Unidos. Quem vive no campo geralmente sabe das dificuldades para permanecer na atividade agrícola, especialmente no caso dos jovens. Mas nos USA, pela segunda vez em 100 anos, o número de produtores ou pessoas ligadas à atividade agrícola com menos de 35 anos cresceu, segundo dados do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Outro dado surpreendente é que 65% dos jovens produtores entrevistados têm diploma universitário, o que é muito mais alto que a média da população em geral. Especialistas acreditam que a mudança não é suficiente ainda para o desafio que a produção rural enfrenta com o envelhecimento de agricultores e pecuaristas. Mas deve preservar a figura do médio produtor e fortalecer a tendência de comprar alimentos localmente. Vê-se mudança na agricultura americana nesta geração que vai
para a terra. O número de novos produtores nos Estados Unidos com idades entre 25 e 34 anos cresceu 2,2% entre 2007 e 2012 em nível nacional, enquanto que o de produtores da faixa etária inferior a 70 anos baixou em dois dígitos. Mas em estados como Califórnia, Nebraska e Dakota do Sul, o número de novos fazendeiros cresceu 20% ou mais. No período anterior, entre 1992 e 2012, os Estados Unidos haviam perdido 250 mil propriedades rurais. Uma pesquisa do National Young Farmers Coalition aponta que a maioria dos jovens agricultores não foram criados em fazendas. Afirma ainda que esses novos produtores estão mais propensos a produzir orgânicos, reduzir drasticamente o uso de pesticidas e fertilizantes, além de fazer rotação de culturas e diversificar a produção animal. A grande ferramenta de comercialização deles geralmente são as feiras de orgânicos locais e uma boa relação com a comunidade. Grande parte deles opera em áreas com até 20 hectares, mas as propriedades vêm crescendo. A consultoria AT Kearney revela que grandes cadeias de supermercado, como o Walmart, já estão aumentando seus programas de compras locais devido ao aumento da oferta. Esses novos produtores também estão se associando para armazenar, processar e vender os alimentos coletivamente. Fonte: USDA
GRÃOS
Arroz – Na parte Oeste do Estado, as lavouras começam a entrar em fase de maturação de forma mais acelerada, sendo que 10% do total, em nível estadual, atingem esta fase, podendo ser colhidas a qualquer momento. Quanto à colheita, estima-se que 1% do total implantado já se encontra ceifado, com a produtividade girando ao redor dos 7,5 mil kg/ha, com alguns casos chegando a oito mil. O percentual colhido poderia ser maior não fosse o atraso, devido a eventos climáticos, à época da semeadura. Na média dos últimos anos este deveria alcançar 5%. Na perspectiva de uma safra dentro da normalidade e sem problemas quanto à oferta, o mercado dá sinais de diminuição no preço do produto, com a saca de 50 quilos sendo comprada a R$ 35,44, uma variação de -0,28% em relação à semana passada. Milho – Com as chuvas ocorridas nas últimas semanas, especialmente na Metade Norte, houve melhoria das condições de umidade do solo para absorção da adubação de cobertura,
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proporcionando bom desenvolvimento das plantas em lavouras semeadas pós-colheita do fumo. O cenário é semelhante nas áreas de produção de leite onde foi implantada uma segunda safra de milho para silagem, nas quais também está sendo realizada a cobertura com nitrogênio. Em sentido contrário, a alta umidade relativa do ar em determinados momentos prejudicou, em parte, um avanço mais efetivo da colheita, que nesta semana alcança 35% da área plantada nesta safra, contra uma média para o período de 37%. Nas áreas colhidas, dessa parte do Estado, as produtividades obtidas vêm confirmando e, em alguns casos, superando a expectativa inicial, estando em torno de sete mil quilos de grão por hectare. O preço pago aos produtores pela saca de 60 quilos, nesta semana, ficou em torno dos R$ 27,00. Soja – O cenário da cultura é bastante distinto, dependendo da região onde é observada. No Norte, de forma geral, o visual das lavouras impressiona pelo porte e carga de vagens, confirmando o bom potencial produtivo. Porém, segundo técnicos, a definição dessa produção se dará em função da regularidade das precipitações nas próximas semanas, tendo em vista a predominância das lavouras na fase de enchimento de grãos (60% do total) que exigem atenção redobrada com relação ao desenvolvimento de doenças, principalmente a ferrugem, sendo esta já diagnosticada em diversas lavouras. A maioria dos produtores já realizou duas aplicações de fungicida e muitos já realizaram a terceira aplicação. Técnicos têm orientado agricultores a não fazer o uso de inseticidas concomitante a esta aplicação, quando não constada a presença de pragas para as quais é necessário controle. Ainda na Metade Norte, teve sequência a colheita das variedades precoces implantadas em setembro (percentual pouco expressivo da área total) com produtividade média superior a 50 sacas por hectare. Já a Metade Sul segue em situação de alerta, com significativo número de lavouras apresentando diminuição acentuada do potencial produtivo. O mais preocupante é que, por parte da meteorologia, não há prognóstico de chuva expressiva para esta parte do Estado, diminuindo consideravelmente a possibilidade de recuperação, por mínima que seja, das lavouras. Nesse sentido a Emater/RS-Ascar segue monitorando e analisando as informações
recebidas através do seu sistema de monitoramento (IPAN-Quinzenal), o que possibilitará uma avaliação mais precisa da situação e o respectivo impacto na produção do Estado. Os números deverão ser finalizados até a próxima semana. Os agricultores monitoram a culturas no que diz respeito à presença de pragas, principalmente o ácaro rajado. Quando a doenças fúngicas o clima predominante seco proporciona condições para redução dessas moléstias. Feijão 1ª safra – Prossegue o desenvolvimento das fases de floração e enchimento de grãos nos Campos de Cima da Serra, última região a implantar a cultura da primeira safra. Feijão 2ª safra - As lavouras estão com boa evolução de crescimento e desenvolvimento em nível geral, principalmente as plantadas na segunda quinzena de janeiro; apenas na região Sul têm ocorrido problemas em decorrência de uma estiagem mais forte, que reduziu a área plantada e vem causando injúrias nas lavouras implantadas e em desenvolvimento. O plantio no Estado está em fase de finalização. O preço médio da semana teve queda de 1,53%, passando o valor da saca de 60 kg do feijão preto para R$ 129,00.
HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Nas regiões do Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Celeiro, o clima vem favorecendo o desenvolvimento das olerícolas nesta semana, mesmo com as tardes quentes e com baixa umidade do ar; tais situações são amenizadas pela irrigação. Diminuição da oferta de folhosas, mas as comercializadas apresentam excelente qualidade. Repolho apresenta aumento da incidência de podridão negra (Xanthomonas campestres) e míldio (Peronospora). Tomateiro mantém a boa produção, com baixa incidência de doenças. Cultura do pepino em final de ciclo, com baixa produção e alta incidência de doenças. Entre as frutíferas, as culturas da videira, pessegueiro e melão estão com colheita finalizada; melancia em final de produção. Caqui e figo com boa produção, mas baixa oferta devido ao pequeno cultivo.
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No Litoral Norte e Médio, a semana iniciou com tempo bom e previsão de assim se manter, desta forma favorecendo o bom desenvolvimento das hortaliças. A semana transcorreu com clima propício para o desenvolvimento das culturas de verão, sem ocorrência de chuvas, com dias ensolarados, de bastante luminosidade e temperaturas altas, de acordo com a média para o período no município de Torres. Os produtos alface e couve-flor apresentaram alteração no valor médio de venda em relação à semana anterior; o preço dos demais produtos não se alterou. As regiões de produção na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre já iniciaram o preparo de mudas e do solo. Há tendência de cultivos protegidos. Em Maquiné há seis hectares em cultivo semi-hidropônico em estufas e túneis baixos. A área continua a mesma, em razão de ser feita a colheita e logo após o plantio. Estão sendo construídos mais cinco hectares com túneis baixos para cultivo semi-hidropônico com hortaliças. A colheita de hortaliças continua, sendo que alguns produtores entregam para intermediários e outros mercados da região. A expectativa é que os preços continuem estáveis. Não há dificuldade na comercialização por serem culturas bastante consumidas. Na Fronteira Noroeste e Missões, o plantio principalmente de folhosas nas hortas caseiras está reduzido em função da época do ano, que exige a utilização de telas de sombreamento e intensa irrigação. Entre as culturas de verão, tem sido bom o desenvolvimento do tomate, do pepino e do pimentão, com alguns casos necessitando de controle fitossanitário devido ao ataque de pragas. Tem início o período de plantio de couve e couve-flor, repolho e brócolis. A maioria das frutíferas da família das rosáceas encontra-se em início de senescência das folhas. As plantas cítricas estão em diferentes estágios, conforme as variedades. A bergamota Okitsu está em início de colheita; laranjas umbigo e Salustiana em estágio avançado de desenvolvimento, iniciando a colheita no próximo mês; demais laranjas e bergamotas em desenvolvimento dos frutos, necessitando um cuidado especial com pulgões, larva minadora e ácaros. Ainda há alguma oferta satisfatória de melão e melancia que sofreram com o sol forte, mas em Santo Ângelo a produtividade foi boa. A cultura do figo está em plena colheita com excelente qualidade de frutos. Bananas estão em plena emissão de cachos e em alguns casos já
ocorre a colheita. Produtores realizam manejo pós-colheita nas videiras. A colheita do abacaxi está em andamento, com a variedade Caiano, no entanto com baixa produtividade em função das perdas decorrentes das geadas de julho passado. Os frutos colhidos são de tamanho médio a pequeno, e desta forma têm menor valor comercial. Colheita encerrada da uva e do moranguinho sendo colhidas somente variedades que se caracterizam por dia neutro, como a cultivar San Andreas; colheita do pêssego praticamente encerrada na região. Olerícolas Cebola – Na região Sul, a cultura está com a colheita finalizada. Segue a comercialização da safra que está armazenada. A safra atual para as cultivares de ciclo normal e a tardia apresentou boa produtividade, alcançando média de 30 t/ha. Alguns produtores conseguiram até 42 mil quilos por hectare, considerada excelente produtividade, demonstrando o potencial de produção da região quando utilizadas as boas práticas de produção agrícola. Em Tavares estão comercializados 95% da safra colhida; em São José do Norte e Rio Grande, o percentual é de 90%. Os preços pagos ao produtor reagiram no mercado: de R$ 1,20/kg com classificação caixa 3 e de R$ 0,50/kg caixa 2. No Litoral Médio, a colheita está concluída com as variedades crioulas. O preço não tem variado, ficando entre R$ 0,60 e R$ 0,65/kg, já classificada, pago ao produtor pelo intermediário. Este valor tem como referência a classificação como caixa 3, e as caixas 2 e 4 têm desconto de 50% no valor. Em compras sem classificação direto da lavoura, o preço é o mesmo, mas com desconto de 20% do peso bruto conforme qualidade do produto. Existe pouca cebola a ser comercializada, estimando-se aproximadamente 20% da safra. Na feira ou direto ao consumidor, o preço é de R$ 1,00/kg, sem classificação. A produtividade foi considerada boa. Em relação ao preço, não há expectativa de aumento. Alguns agricultores armazenam esperando um preço melhor. Podemos considerar boa a condição climática durante o período dos diferentes ciclos de desenvolvimento da lavoura, tanto que a produtividade foi boa, com produto de qualidade. Há expectativa que o preço melhore, garantindo boa remuneração.
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A principal dificuldade continua sendo a comercialização, devido ao fato de haver poucos compradores e pelo fato de os produtores não armazenarem e classificarem a cebola nessa região. Este processo tem ficado a cargo dos compradores, que acabam colocando o preço que lhes convém no produto. Como a maioria da cultura é cultivada em pequenas áreas, a oferta individual é pequena, o que muitas vezes não viabiliza o frete para comercialização individual na Ceasa, por exemplo. No Nordeste do Estado, onde se sobressai o município de Ibiraiaras, os produtores estão realizando a comercialização, mas com redução da oferta, devido à expectativa de continuidade na elevação dos preços. Os preços ofertados aos produtores na semana mantiveram-se estáveis, entre de R$ 0,90 a R$ 1,10/kg, dependendo da variedade e qualidade; produto de ótima qualidade. As médias de produtividade das cultivares precoces e tardias estão em 28 a 30 t/ha. A comercialização é realizada no comércio regional e estadual; até o momento, 90% da produção já foi comercializada. Batata-doce - A nova safra encontra-se em estágio de plantio e tratos culturais na região Centro-Sul. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de boa qualidade. Os preços estão sendo praticados da seguinte forma:
Batata-doce de casca branca, posta na
lavoura, a R$ 12,00/cx. de 20 quilos.
Batata-doce de casca rosa recebe um
preço diferenciado, R$ 14,00/cx. de 20
quilos.
A produção é comercializada na Ceasa e nas redes de supermercados, minimercados, fruteiras da região. Pimenta – Na Zona Sul, em Turuçu, a cultivar mais plantada é a Dedo de Moça; presentes também as cultivares Bico Doce, Caiana e Cecoia. Cultura segue com bom estabelecimento e com período de colheita em andamento nas áreas em finalização. A cultura mantém bom estado sanitário. Na última safra a comercialização foi ao preço médio de R$ 3,00/kg para a pimenta fresca e de R$ 20,00/kg para a pimenta seca. A expectativa para a continuação da colheita é que os preços continuem neste patamar.
Frutícolas Abacaxi - A safra do abacaxi do Litoral Norte encaminha-se para o encerramento; a colheita já atinge 85% da produção. Em relação às safras anteriores, houve antecipação do período de colheita; os frutos estão com boa apresentação, maior tamanho; entretanto, a produtividade por unidade manteve-se no normal. Figo - Cultura no estágio de frutificação e colheita na região Sul. Os cultivos começam a sofrer com os períodos de estiagem e a falta de água para irrigação. Assim, a colheita acontece com uma qualidade inferior de frutos, de tamanho bem menor que o normal, refletindo no preço de comercialização. Valores entre R$ 2,20 a R$ 2,30/kg. Estes preços são inferiores quando comparados aos preços pagos na safra passada. Oliveira - Produtores iniciam a colheita. Produtividades inferiores ao esperado, devido aos efeitos das condições climáticas; serão inferiores a mil kg/ha. A colheita deverá ser intensificada a partir de agora (meados de fevereiro) até início de março. Comercialização de Hortigranjeiros O tempo quente e com chuvas, embora irregulares, da última quinzena favoreceu as olerícolas. Preço estabilizado nas regiões Central e Vale do Jaguari. Bergamota Ponkan e laranja de umbigo: R$ 24,00/cx. de 20 kg. Alface: no mercado do município de Santa Maria, R$10,00/dz. Beterraba e cenoura: R$ 20,00/cx. de 20 kg. Repolho: maior parte do produto com origem na Ceasa, pouco proveniente da produção local, a R$ 1,00/kg. Tomate: no momento o forte do abastecimento é através da Ceasa; R$ 55,00/cx. de 24 kg. Mandioca: R$ 21,00/cx. de 20 kg. Batata-doce: a cultura encontra-se em pleno desenvolvimento; preço continua estável: R$ 35,00/cx. de 20 kg. Nas regiões que compreendem a grande região Metropolitana, os preços da semana foram os seguintes:
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Espécie Preço R$/dz.
Alface 10,00
Tempero verde 5,00
Couve 8,00
Espinafre 15,00
Repolho (roxo) 20,00
Rúcula 12,00
Radite 8,00
Brócolis 25,00
Couve-flor 30,00
OUTRAS CULTURAS Erva-mate - Inicia a colheita nas regiões do Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí. Novos plantios não são observados, apenas replantes, reposição de plantas em ervais formados. A erva-mate está sendo comercializada em torno de R$ 8,00 a R$ 10,00/arroba. Reflorestamento - Nesse período são realizados o replantio de mudas e a limpeza (capinas e roçadas) das florestas plantadas nesse ano. O eucalipto é a principal espécie cultivada. Grandis e Saligna são os preferidos dos agricultores, principalmente em municípios com menor incidência de geadas severas. Na região do Alto da Serra do Botucaraí é plantado o Dunii, tolerante a geadas. Produtores estão com alguns problemas de comercialização da lenha e da madeira. A lenha de eucalipto está sendo vendida a R$ 45,00/m
3. Com a redução da oferta de lenha na
região, o preço teve um pequeno acréscimo e tende a se elevar mais. A lenha “em pé” (venda do mato, sem o serviço de corte, empilha e transporte) é vendida a R$ 20,00/m
3 no máximo.
O preço pago pela madeira (toras) de eucalipto fica em torno de R$ 100,00 a R$ 120,00. Na Fronteira Oeste e Campanha, a comercialização do eucalipto ocorre a R$ 34,50/m
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em pé aos 7,5 anos para produtores da poupança florestal (fonte Fibria).
Na lenha, o comércio local paga R$ 58,00/m empilhado posto no local e a remuneração líquida ao produtor é de R$ 15,00/m empilhado. Em relação à acácia-negra, os preços da casca estão em R$ 260,00/t (posto em Montenegro ou Estância Velha) e madeira R$ 56,00/m empilhado posto em Rio Grande (fonte Tanac e Seta).
CRIAÇÕES Pastagens - Vários municípios decretaram
“situação de emergência” em razão de a estiagem
afetar os cultivos e as criações com perdas
econômicas relativas e também devido à falta de
água para consumo e uso das famílias rurais e
dessedentação animal: Amaral Ferrador, Arroio do
Padre, Cerrito, Pedro Osório, São Lourenço do
Sul, Turuçu, Morro Redondo, Canguçu, Piratini,
Pinheiro Machado e Pedras Altas. Além disso,
Arroio Grande, Herval, Capão do Leão, Jaguarão,
Pelotas e Santana da Boa Vista estão em fase de
elaboração dos laudos circunstanciados de perdas
pela estiagem.
Devido à falta de umidade do solo, as pastagens
de verão que foram pastoreadas têm dificuldade
de rebrote; a mesma dificuldade incide no
desenvolvimento do campo nativo, trazendo como
consequência a diminuição dos stands das
lavouras pela baixa germinação das sementes. A
estiagem também prejudica as culturas de soja e
milho que não contam com sistemas de irrigação.
Continua a abertura de poços artesianos para a
dessedentação animal e consumo humano. Na
região da Fronteira Oeste, as pastagens e
também o campo nativo apresentam bom
desenvolvimento vegetativo, devido à maior
incidência de chuvas no período.
Bovinocultura de corte - Trabalhos de manejo
reprodutivo com entoure ou inseminação artificial
já estão finalizados na maioria das propriedades
de pecuária de corte; permanece sendo feito
somente algum repasse de touro. É muito
importante que essas matrizes não percam o
estado corporal, para que não afete o peso dos
terneiros ao nascer. Intensificação de diagnósticos
de gestação a partir desse mês, já apartando as
vacas vazias, após o desmame, para descarte e
engorda. Produtores preocupados com índice de
repetição de cria em função da estiagem.
É realizado manejo sanitário dos animais com
atenção ao controle de carrapatos como ação
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preventiva, já que com a estiagem, temperaturas
altas e pastagem baixas, diminuiu a incidência de
carrapato.
Práticas realizadas pelos produtores:
mineralização do rebanho, tratamento de umbigo
de recém-nascidos, dosificação para controle de
verminose; tem aumentado o uso de
medicamentos homeopáticos na prevenção de
endo e ectoparasitas. Época também de
vacinação dos terneiros ao pé contra as
clostridioses.
Nas regiões de Bagé e Sul, o rebanho de bovinos
de corte em geral começa a apresentar redução
da condição corporal devido à estiagem,
principalmente nas áreas da região da Campanha,
sendo mais grave onde há dificuldade de água e
forragem cultivada e nativa. Nas regiões de
Caxias do Sul, Soledade, Santa Rosa e Norte,
os bovinos apresentam bom estado nutricional.
Com a temperatura elevada durante o dia e amena
durante a noite, os campos nativos apresentaram
bom desenvolvimento, embora a pastagem venha
amadurecendo ainda com boa qualidade. Na
região Centro-Sul (Camaquã, Tapes, Barra do
Ribeiro, Dom Feliciano, Barra do Ribeiro,
Guaíba, Eldorado do Sul, Butiá, São Jerônimo,
Arroio dos Ratos e Minas do Leão), pastagens e
campo nativo apresentam boa resposta à chuva
ocorrida, porém o volume ainda não foi suficiente
para recuperar as aguadas. Nas demais regiões,
como Santa Maria e Passo Fundo, a situação é
preocupante. Se não chover nos próximos dias, os
rebanhos começarão a ter dificuldade de acesso a
pastagens e fontes de água. Em Encruzilhada do
Sul, Pantano Grande e Rio Pardo, a falta de
chuvas prejudica a agricultura e a pecuária.
Nesses municípios, a chuva acumulada em 2018
fica em torno de apenas 100 mm, além de ter sido
mal distribuída. Encruzilhada do Sul estuda
decretar situação de emergência em função da
estiagem.
Preço pago pelos pecuaristas do Litoral Norte por alguns insumos utilizados no arraçoamento dos bovinos (R$/t)
Produto Preço
Casca de soja (moída) 600,00
Farelo de arroz 380,00
Varredura (caneva e arroz quebrado)
300,00
Comercialização
Os preços do gado gordo e da carne têm se
mantido estáveis; devido à crise e à instabilidade
do mercado, o preço não tem reagido como
acontecia nos outros anos. O gado de reposição
está com preço abaixo do esperado pelos
pecuaristas, que têm dificuldade de entrada de
gado gordo nos frigoríficos pela oferta alta e baixo
preço; somente o animal de sobreano e os
terneiros com mercado específico (exportação em
pé para o Oriente Médio) obtêm preços
considerados justos pelos pecuaristas. No entanto,
a exportação de gado vivo em pé está suspensa
temporariamente. Essa notícia repercutiu de forma
negativa entre os produtores que tinham esse
nicho de mercado como renda certa para
comercialização de bovinos machos e inteiros.
Os produtores começam a se preparar para o
desmame convencional que acontece a partir de
março até abril, quando acontecem as feiras
oficiais de terneiros.
Preço médio pago aos pecuaristas na região Centro-Sul (R$/kg vivo)
Produto Preços
Boi gordo 4,88
Vaca gorda 4,28
Vaca de invernar 3,80
Terneiro 5,30
Terneira 4,60
Novilho 4,90
Novilha 4,70
Búfalo 4,20
Carne ovina 5,50 Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Santa Rosa
Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2012 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_02022018.pdf, no período de 15 a 22/02/2018 o preço do boi para abate variou entre R$ 4,60 e R$ 5,10/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,87/kg vivo, mantendo o mesmo preço da semana anterior. O preço da vaca gorda variou entre R$ 4,00 e R$ 4,65/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,21/kg vivo, apresentando um leve aumento em relação ao da semana anterior, que era de R$ 4,19/kg vivo.
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Bovinocultura de Leite - Nas regiões Campanha
e Zona Sul, a ocorrência de vazio forrageiro que
atinge propriedades é mais severa naquelas sem
reservas de feno, silagem ou de áreas de campo
nativo com boa oferta de forragem, obrigando
alguns produtores a ofertarem maior quantidade
de ração e a abrirem os silos recém-feitos,
aumentando consequentemente os custos de
produção. Alguns produtores utilizam as
pastagens de verão, mesmo com o
desenvolvimento reduzido. A produção está em
níveis inferiores, se observada a média histórica
para esta época do ano. Algumas fêmeas já
apresentam redução de escore corporal, e as
matrizes não estão atingindo o pico de produção
devido às restrições na dieta. Em função de baixas
precipitações e altas temperaturas desde
novembro de 2017, está ocorrendo a redução nos
reservatórios e consequentemente a baixa
qualidade da água para os animais.
Na região de Caxias do Sul, com a trégua das
chuvas, os produtores puderam intensificar a
confecção de silagem de milho. No entanto, a
diminuição das temperaturas nas últimas semanas
atrasou o desenvolvimento das forrageiras de
verão, anuais ou perenes. A grande maioria dos
bovinocultores depende de pastagens anuais, por
isso encontram dificuldades na oferta de forragem,
em função de as mesmas estarem em final de
ciclo. Produtores que têm milheto híbrido e
escalonaram a semeadura das pastagens anuais
ainda obtêm boa oferta de forragem nessa época.
Alguns produtores estão antecipando a semeadura
das forrageiras de inverno, como o centeio, o trigo
duplo propósito e as aveias branca e preta,
visando minimizar o vazio forrageiro outonal. As
condições sanitárias e nutricionais do rebanho são
satisfatórias. Seguem os controles de endo e
ectoparasitas. Nesta semana houve relatos de
casos de tristeza bovina e incidência de mastite.
Na região de Erechim, as forrageiras estão como
bom desenvolvimento e a maior parte da silagem
de milho já foi colhida.
Nas regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da
Várzea atualmente o rebanho leiteiro está sendo
manejado em pastoreio de espécies perenes; além
de serem forrageiras de excelente qualidade
nutricional, apresentam menor custo de produção
ao agricultor.
Na região de Lajeado, as pastagens anuais de
verão estão terminando o ciclo. Várias
propriedades fizeram um novo plantio em janeiro
para “esticar” a produção de forragens de verão.
As pastagens perenes estão com bom
desenvolvimento e ofertando qualidade e
quantidade. Muito comum na nossa região o
preparo de silagem pré-secada de tífton e jiggs
nesta época, em forma de “bola”. Continua a
colheita de milho para silagem.
Na região de Ijuí, devido à irregularidade das
precipitações, as pastagens anuais e perenes de
verão apresentam diversidade de crescimento e
produção de forragem. Nas localidades com mais
umidade no solo, os produtores estão realizando
manejo com roçada das pastagens para manter a
qualidade das forragens. Nos locais com menos
umidade, os produtores estão ministrando maior
quantidade de silagem de milho para manter a
dieta dos animais. Milho de segundo cultivo
destinado à confecção de silagem apresenta bom
desenvolvimento.
Na Zona Sul, além das pastagens com quantidade
e qualidade insuficiente, há falta de água para o
consumo dos animais. A estiagem que assola
Canguçu vem impactando drasticamente a cadeia
produtiva do leite, com pastagens sem
regeneração, dificuldade de acesso à água para
os animais, redução da produção, aumento de
custo da alimentação animal com uso de ração,
visto que a silagem está terminando. Em Morro
Redondo, boa parte das aguadas naturais já não
fornecem água com qualidade para a
dessedentação dos animais, e algumas já
secaram completamente.
Na região Centro-Sul, pastagens reagem à
precipitação, mas serão necessárias mais chuvas
para um melhor desenvolvimento das pastagens.
Lavouras tardias de milho estão sendo
implantadas para armazenamento via silagem de
planta inteira. No município de Cristal, em função
da falta de chuvas e das altas temperaturas, a
produção de leite apresenta uma queda de 50%.
Na região de Santa Maria, a condição nutricional
e produtiva do gado leiteiro segue boa, fato que
contribui um pouco para o setor neste momento de
dificuldades, com um longo período de preço baixo
pago ao produtor.
Na região de Santa Rosa, as precipitações nas
últimas semanas proporcionam bom
desenvolvimento e rebrote das pastagens,
principalmente das perenes como tífton, nas quais
os produtores realizam roçadas e fenação como
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ferramenta de manejo dos pastos, favorecendo o
rebrote e a formação de folhas novas. As
pastagens cultivadas anuais de verão ainda
ofertam boa quantidade de forragem em pleno
período de pastejo. Segue a fase de parição dos
animais, exigindo maior atenção do produtor para
realizar um bom período de transição. Com as
temperaturas elevadas, especialmente durante o
período da tarde, os animais reduzem a ingestão
de alimentos, e os produtores precisam adaptar o
manejo alimentar para evitar problemas
metabólicos nas vacas.
Comercialização
A cadeia produtiva do leite está em situação
extremamente delicada devido a preços
defasados, clima adverso e aumento do preço dos
insumos; essa situação afeta a produção de tal
forma que muitos produtores passam a considerar
a saída da atividade. A justificativa da indústria
para preço baixo do leite recai sobre o reduzido
consumo e as importações, especialmente do
Uruguai. No cenário atual, é importante saber
onde e quanto investir, enfatizando a maximização
da eficiência.
O baixo preço do leite tem movimentado os
produtores da região de Lajeado. A partir de uma
iniciativa de Arroio do Meio, outros municípios
também estão se mobilizando através de reuniões
envolvendo os poderes executivo, legislativo,
sindicatos, cooperativas, conselhos, associações,
produtores, imprensa e Emater/RS-Ascar. A
iniciativa tinha como objetivo decretar estado de
calamidade pública em função da situação
financeira pela qual os produtores estão passando,
da redução em suas receitas, da dificuldade em
honrar seus compromissos, dos efeitos destas
circunstâncias na economia local e nas finanças
das prefeituras dos municípios. Diante de
problemas jurídicos para decretar o estado de
calamidade, passou para moção.
Conforme levantamento do relatório de preços
semanais recebidos pelos produtores (nº 2012 –
Núcleo de Informações e Análises –
GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço,
http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos
/preco_02022018.pdf no período de 15 a
22/02/2018 o preço do leite variou entre R$ 0,76
a R$ 1,03/L, de acordo com o volume e a
qualidade do produto. O preço médio ficou em R$
0,92/L, apresentando estabilidade em relação às
últimas oito semanas.
Ovinocultura - A condição corporal do rebanho
ovino em geral é boa e com a ocorrência de
chuvas nas últimas semanas deve se manter e
melhorar devido ao rebrote do campo nativo e ao
início da utilização de pastagens cultivadas de
verão.
O produtor deve manter-se alerta seguindo o
calendário de manejo sanitário, uso do método
Famacha, exame parasitológico de fezes quando
possível e utilização de anti-helmínticos de curto
espectro mais indicados para esta época e para a
verminose específica, evitando com isso a já
constatada alta resistência deste parasito a
diversos produtos. O período é de banhos
sarnicida e piolhicida com produtos específicos
recomendados pelo serviço oficial de defesa
agropecuária. Ocorrem a seleção de fêmeas para
encarneiramento e a realização de exames
andrológicos nos reprodutores.
Comercialização Mercado continua procurando animais para abate. Preços pagos para lã e animais para abate no
município de Bossoroca
Produto Preço (R$)
Amerinada kg 17,00
Prima A kg 16,00
Prima B kg 14,00
Cruza 1 kg 9,00
Ovelha kg vivo 5,20
Capão kg vivo 5,90
Borrego kg vivo 6,20
Cordeiro kg vivo 6,20
Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de
Santa Rosa
Preços praticados nesta semana para a
comercialização de cordeiros para abate
(R$/kg)
Município Preços
Alegrete 5,50
Bagé 6,00
Dom Pedrito 6,50
Encruzilhada do Sul 6,50
Jaguarão 6,00
Júlio de Castilhos 5,50
Piratini 6,50
Santana do Livramento 6,50
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Santiago 5,50
Santo Antônio das Missões 5,70
São Borja 6,00
São Gabriel 6,00
Uruguaiana 5,20 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos
produtores no período 15 a 22/02/2018 – Núcleo de
Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.
Conforme levantamento do relatório de preços
semanais recebidos pelos produtores (nº 2010 –
Núcleo de Informações e Análises –
GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço
http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos
/preco_02022018.pdf no período de 15 a
22/02/2018 o preço do cordeiro para abate
variou entre R$ 5,20 a R$ 6,50/kg vivo. O preço
médio ficou em R$ 5,91/kg vivo, apresentando
estabilidade em relação às últimas semanas.
Evento Em Santa Vitória do Palmar, ocorreu reunião com o Consulado do Uruguay no Chuí, para organização do 11º Encontro Regional de Ovinocultura. O país vizinho participará com palestrantes nos painéis e com mostra de artesanato em lã.
Suinocultura - Produtores mantêm alojamento e
entrega para abate, com preços para o produtor
integrado. O custo da alimentação segue
relativamente baixo. A queda no consumo de
carne suína provocou queda do preço ao produtor.
Na região de Santa Rosa, a condução da
atividade se dá de acordo com as políticas das
empresas integradoras regionais. Em Porto Mauá
e Porto Vera Cruz, há programas municipais de
incentivo à atividade na construção das
instalações. Em Horizontina, Santo Cristo, Novo
Machado, Cândido Godói e Tucunduva,
ocorrem ampliações de pocilgas de integrados e
novas instalações motivadas pelos bons retornos
na atividade. A demora no processo de
licenciamento ambiental continua sendo um
entrave para a atividade. Em Santo Cristo há
procura por parte das integradoras em ampliar a
suinocultura no município. Ocorreu uma pequena
queda no preço dos suínos na última semana;
comercializado a R$ 2,90/kg, mais tipificação de
carcaças. Produtores não integrados estão
recebendo valores que podem chegar a R$
3,35/kg vivo. Mercado em queda na semana.
Piscicultura – Na região de Erechim, a
piscicultura é uma atividade de relativamente baixa
importância econômica na região do Alto Uruguai.
Piscicultores estão se preparando para a Semana
Santa, onde ocorre o maior volume de
comercialização de pescado na região. Carpas
estão sendo vendidas entre R$ 4,00 e R$ 7,00/kg,
contudo faltam compradores para volumes
grandes. Na região de Santa Rosa, a oferta de
pescado está normalizada. Os piscicultores estão
abrindo os açudes e efetuando a despesca.
Continuam o povoamento de açudes e a entrega
das encomendas de alevinos em toda a região,
com orientações técnicas sobre manejo e
implantação de policultivo de carpas e sobre os
cuidados que devem ser tomados na introdução
dos alevinos, no arraçoamento inicial e no cuidado
com predadores. Em Guarani das Missões, há
problemas de mortalidade de peixes; até o
momento não se tem definida a causa, mas
suspeita-se da contaminação dos tanques de
peixe por agrotóxicos, aplicados na cultura da
soja, que provoca a morte do fitoplâncton e a
consequente morte dos peixes por falta de
oxigênio.
Preços praticados nas regiões de Porto Alegre,
Metropolitana, Centro-Sul, Vale do Gravataí e
Vale do Paranhana (R$/kg)
Produto/espécie Mínimo Máximo
Carpa capim (vivo) 5,50 7,00
Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00
Carpa cabeça grande (vivo)
5,50 7,00
Carpa húngara (vivo) 5,50 7,00
Tilápia (vivo) 5,00 6,00
Carpa capim (feira - vivo)
13,00 14,00
Carpa prateada (feira - vivo)
13,00 14,00
Carpa cabeça grande (feira - vivo)
13,00 14,00
Carpa húngara (feira - vivo)
13,00 14,00
Tilápia (filé) 27,00 32,00
Carpas em geral (eviscerada)
14,00 15,00
Carpas em geral (postas)
22,00 25,00
Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto
Alegre
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Pesca artesanal - Região de Pelotas - em 19 de fevereiro ocorreu em Pelotas reunião com o secretário da SDR municipal, na Colônia Z3, para tratativas da Semana do Peixe. Segue a safra do camarão e há grande otimismo, após cinco anos seguidos de frustrações. A previsão é que sejam capturadas duas mil toneladas do crustáceo na região Sul até o final de maio, quando inicia um novo período de defeso. Porém, a captura do camarão continua baixa no geral e com boa expectativa para março. O preço do camarão para venda direta ao consumidor é de R$ 12,00/kg com casca e o dobro para o produto limpo. Safra da tainha e da corvina. Na Bacia da Lagoa Mirim, pesca com pouca captura. Segue a safra de camarão na Lagoa do Peixe. Região de Santa Rosa - a pesca está em franca redução e os pescadores dizem ser por conta da água da barragem a montante que libera água com menor oxigenação. É necessária a regularização das carteiras de pilotagem de barcos, onde deverá ser criado um movimento para elaboração destes documentos e renovação dos que estão vencidos. Região do Litoral Norte - os pescadores artesanais de cabo estão pescando, mas a produção é muito baixa devido à temperatura da água do mar estar elevada neste período. Espécies com pesca proibida: Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. Preços praticados no município de Torres (R$/kg)
Abrótea (filé) 12,50
Anchova 13,50
Bagre (filé) 10,00
Corvina 11,50
Linguado (filé) 25,00
Papa-terra 12,00
Peixe-anjo (filé) 14,80
Peixe-rei 10,00
Pescada (filé) 14,00
Tainha 12,50
Tilápia (filé) 20,00
Tilápia eviscerada 12,00
Tilápia viva 10,00 Fonte: Escritório Regional Emater/RS-Ascar de Santa Rosa
Apicultura – Os apicultores estão preparando as
caixas para pegar novos enxames de abelhas
africanizadas. Além disso, também realizam a
manutenção das caixas danificadas e a colocação
de cera nova nos caixilhos. Manejo dos apiários
para evitar enxameações, captura de novos
enxames e colocação de sobrecaixas. Apicultores
revisam colmeias e realizam roçadas dos apiários.
O estado sanitário dos enxames é bom e as caixas
contam com boa reserva de alimento. Produtores
programam nova colheita em colmeias que
estavam com melgueiras por completar na
primeira colheita. Foi observado que após a
ocorrência das chuvas nas semanas anteriores a
disponibilidade de flores aumentou e
consequentemente a movimentação dos enxames
no forrageamento. Espera-se recuperação da
produtividade ainda no mês de fevereiro. Em
Canguçu, continua forte a mortandade de
enxames neste período; suspeita-se que seja pelo
uso elevado de agrotóxicos nas lavouras de soja.
A estiagem nas regiões de Bagé e Pelotas, a
pouca chuva e altas temperaturas comprometem o
bom florescimento das espécies melipoliníferas, e
consequentemente a produção de mel; assim, as
perspectivas são de baixa produção para a safra,
o que já está se verificando, com perdas em
alguns municípios de 40%. Já nas regiões de
Caxias do Sul, Erechim, Passo Fundo, com o
tempo bom desta semana, as campeiras
trabalharam bastante coletando pólen e néctar,
retomando a produção de mel. Apicultores estão
satisfeitos com as quantidades produzidas por
caixa na segunda colheita. As floradas
predominantes são de espécies nativas (carqueja
e mata nativa).
Preços praticados na comercialização do mel
no Estado (R$/kg)
Região A granel Embalado
Bagé 9,00 20,00
Caxias do Sul 12,00 22,00
Erechim 15,00 22,00
Passo Fundo - 20,00 e 25,00
Pelotas 12,00 22,00
Porto Alegre 12,00 20,00 a 25,00
Santa Rosa - 20,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.
ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
Produtos Unidade Semana Atual
Semana Anterior
Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série
Histórica – 2013/2017
22/02/2018 15/02/2018 25/01/2018 23/02/2017 GERAL FEVERERO
Arroz em Casca 50 kg 35,44 35,54 36,95 51,62 45,79 47,54
Feijão 60 kg 129,00 131,00 129,69 201,46 189,96 195,54
Milho 60 kg 27,33 27,25 27,15 28,80 32,03 33,44
Soja 60 kg 64,89 64,37 63,11 69,62 76,42 77,27
Sorgo 60kg 20,00 20,00 20,00 29,22 27,94 29,47
Trigo 60 kg 29,58 29,47 30,03 30,39 38,18 37,85
Boi para Abate kg vivo 4,87 4,87 4,87 5,49 5,39 5,50
Vaca para Abate kg vivo 4,21 4,19 4,16 4,89 4,81 4,92
Cordeiro para Abate kg vivo 5,19 5,89 5,96 5,90 5,72 5,73
Suíno Tipo Carne kg vivo 3,18 3,19 3,21 3,72 4,00 4,10
Leite (valor liquido recebido) litro 0,92 0,92 0,92 1,21 1,11 1,07
19/02-23/02 12/02-16/02 22/01-26/01 20/02-24/02
Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).
NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é
a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.