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Leia –me TORESERC.Luana © 2015 por Chandra Thoreserc

Do site Chandra Thoreserc

1- espiritualidade/ 2-autoajuda www.thoresercpoeta.com

Esta obra é protegida pelas lei nº 9.610/98 de direitos autorais. Você tem permissão para

distribuir este ebook , desde que não altere o conteúdo e mencione as fontes originais.

A complexidade dos conflitos

Prefácio

Nos homens vivemos em confusão de ideias e desejos, e tantas vezes nos vemos em

dilemas, que são simples e sabemos que são, mas a simplicidade é tão complicada que

torna-se um enigma em dificuldade, isso porquê somos condicionados a voltar nossos

olhos para as coisas mais complicadas e perturbadoras, evoluímos dessa forma: Ainda

quando homens que não haviam sequer descoberto o fogo, nos víamos diante enigmas

de sobrevivência, e tudo era muito dificultoso, a simples ação de caçar, ou de quebrar

um ovo, e até nos adaptarmos a vida tivemos de desenvolver a capacidade de usar

soluções complicadas para simples coisas.

Isso ainda reflete em nós como um fragmento antigo em nosso DNA que ficou como

herdade de nossos antepassados.

As coisas mais complexas nos atrai, porque a complexidade parece ser mais verdadeira

do que a simplicidade, então desconfiamos do simples e não voltamos para este nossa

atenção.

Exemplo: A maneira como nos comportamos mediante o sobrenatural, para se crer,

até nos dias de hoje onde ciência e magia já começam a tomar o mesmo corpo,

precisamos da complexidade, de enigmas que aticem nossa vontade de resolver, e

assim ficamos sempre em busca do mirabolante e o possível tem de ser impossível ou

até polêmico para que nos atraia...

Esse pequeno livro foi escrito, como todos os livros que escrevo, sem intenções de que

se tornem públicos, na verdade vivia um momento doloroso de silêncio; minha alma

estava em silêncio, meu amigos de outras esferas estavam calados.

Passadas algumas semanas o silêncio foi substituído por grande dor e revolta,

sentimentos esse que eu não sabia de onde vinham, resolvi escrever sobre, e me

surpreendi com a escrita, pois em nada se parecia com o que eu pretendia escrever.

Houve retaliação do ser do qual falo nessas humildes linhas que virão a seguir, embora

não seja ele o centro da escrita. O espiritismo atual, a doutrina de Kardec,

desconsidere sua existência, sim “ele” existe, e não acreditar em sua existência é

alimentar o muro que o separa de sua luz, e crer nele da forma errada é condicionar

ele e outros seres as sombras eternas.

“Ele cantou quando a primeira estrela nasceu; ele era luz o mais poderoso, o primeiro

anjo que se desprendeu das mãos de arquiteto do criador Javé. Ele era o mais amado

dentre todos, o amor perfeito, mas como todo tudo na criação, um dia esse amor

adoeceu.”

Respeitosamente vos apresento a minha dança com Lúcifer.

Maneiras

Introdução

Não me considero capaz para o que fui designada desde o útero da

madre- Falar do Criador e sua criação-

Mas se mesmo assim ouso empunhar minha espada (a caneta) e

discorrer linhas humildes sobre o Senhor Javé então... Considerar-me

incapaz não quer dizer que eu seja.

Não irei me vangloriar de que sozinha preencho o vazio cândido destas

paginas, acreditem estamos sempre acompanhados, e as intenções de

nossos acompanhantes se alinha com os nossos pensamentos, desejos

e conduta moral, afinal um rádio sintonizado em AM nunca ouvirá uma

canção em frequência FM. Somos rádios e podemos sintonizar qualquer

frequência, seja ela qual for, e podemos fazer isso sem sofrer danos e

ainda deixar uma medida de paz em uma frequência onde somente há

dor, revolta e agonia.

Esse livro é, e ao mesmo tempo não é, uma continuação do livro “Nos

Eons de Elohin”, pois “Eons” foi poupado de meus conflitos, na verdade

ele veio ao saber para consolidar a reintegração cósmica do Profeta

Moises... ( Sim, esse mesmo, o que abriu o mar).

Um trabalho que teve seus efeitos colaterais, sua mudança de posição

perante seu trabalho trouxe alvoroço aos milhares que se escoravam na

energia poderosa de seu espírito, hoje sem a antiga energia que

alimentava as crenças arcaicas e radicais a tendência é que os seres

que se valiam de tal energia se ergam em guerra querendo restaurar

suas duras leis, e tudo antes de melhorar tende a piorar, por isso

devemos levar com compaixão os radicais servos do Deus de Moises e

do Deus de Maomé, pois estes apenas vivem o desespero do silêncio do

qual nunca se viram antes.

Esse novo trabalho que vos apresento – Não se assustem- é um

presente à obscura trevas que há em mim e que há em todos os

homens, e ao mesmo tempo é ideias e pensamentos muito íntimos e

nem eu entendo o motivo de quererem que sejam publicados.

Não é uma biografia nem dessa, nem de outras vidas, acredito que de

tanto me verem reclamar de ser “garota de recado”, mesmo sendo

supervisionada, permitiram-me falar.

Não rimarei, mas antes de qualquer coisa sou poeta, assim Deus me

criou, então haverá lirismo,pouca matemática e com certeza exageros,

por isso que nada do que vier a ser lido aqui deve ser entendida e

recebida como verdade absoluta, que essa escrita seja uma chave que

abra uma porta de raciocínio independente em todos que deitar seus

olhos nesse livro.

Embora já tenha desnudado a questão da publicação, irei escrever

como em um diário, como segredo, pois pode ser simples, mas é

proibitivo. Que os acadêmicos me perdoem, mas com certeza talvez

pareça um livro mal escrito, mas eu sou uma historia em letras tortas...

Então devorem, o que servi que seja nutrição e o que não servir

excretado seja.

Tal’vezes

Acredito que tudo começou quando olhei o céu e pela primeira vez o vi

com consciência de ser vivo... Era uma criança como qualquer outra,

em partes, que não vêm ao caso detalhar com minúcia, basta dizer que

vivia com fantasmas, memórias antigas e medo das vozes do além, cheia

de pensamentos interessantes a respeito de coisas que o cérebro infantil

não processava... E primeira vez que vi os céus nele um grande dragão

verde de barriga amarela, olhos de fogo e dentes assustadores bailava

no céu entre estrelas, e eu amei esse dragão, minha mãe, sempre muito

voraz em sua relação com Javé, evocava esse dragão todas as vezes que

no estilo profeta bíblico erguia ela as mão para o céu e clamava pela

justiça do senhor dos exércitos; quem era esse dragão? Não sei até hoje,

sei que nunca mais o vi desde o dia que, ainda criança, fui apresentada

ao Cristo, foram momentos marcantes, pois são vivos em minha

memória e eu os lembro como se tivessem ocorrido no dia de ontem.

Lembro que fui tomada por grande tristeza, ele era chamado de Deus,

de filho de Deus, e o meu Jacaré? (Assim o chamava, pois não conhecia

dragões e então o que eu conhecia que poderia descrever era a imagem

do jacaré), confesso que até meus treze anos eu não conseguia sentir a

vibração do amor do Cristo; embora o sobrenatural sempre me

socorresse, eu não tinha nenhum parente querido desencarnado me

consolando nos momentos de pico mediúnico e sofrimentos terrestres, e

meu mentor...Bom, cada um tem o mentor que merece,eu era meu

próprio mentor, mas por culpa minha e hoje entendo e também não

entrarei nos pormenores dessa historia. Não tive madrasta má, mas tive

e tenho uma mãe calejada nos fenômenos que eu vivia, e dela recebi

toda a liberdade para explorar todas as possibilidades que explicasse

minha existência, claro quando você persegue respostas entra em todos

os tipos de lugares que diga ou pareça ter resposta, e eu sou grata aos

14 meses em que fui membro de uma Igreja evangélica, escutei e recebi

contestadora cada palavra, e no fogo revolucionário da juventude

discordava de meu pastor (assim o chamo, pois Pr Gilvan tem o meu

eterno respeito), nas aulas dominicais batia de frente com ele e

discordava de todas interpretações e dava a minha, recebendo o apelido

“Paulão” de um irmão, que muito respeitava e respeito enviando para

seu espírito desencarnado gratidão.

E foi vivendo essa experiência que senti o Cristo e o recebi no dia de

meu batismo nas águas, quando emergi das águas e olhei a minha volta

eu vi Jesus existindo em cada célula de meu corpo, em cada pessoa ao

meu redor, no sol que adentrava tímido o lugar onde aquele povo o

adorava a seu modo, esse foi meu ultimo dia como evangélica, não

havia respostas, mas eu compreendi de uma maneira que não posso

explicar que eu fazia parte de algo gigantesco, aceitei a conectividade

que me assustava e que havia resolvido esquecer.

Mas eu não parei, andei de casa em casa nas muitas moradas do pai,

mas tudo era enfadonho e igual, claro me afastei mais uma vez, e ao me

afastar parei de ver a vida e a conexão com o tudo, mas na verdade o

que aconteceu mesmo foi a inversão, eu não via a vida e a conexão eu a

sentia e então o meu ser universalista começou a tomar forma, mesmo

sem respostas a tolerância e o entendimento nasceram.

Eu, carbono, ser de carne, ossos e sangue, frágil célula de um contexto

que de tão grande toma ares de infinito, hoje vejo Deus onde quase

ninguém o vê.

Quanto mais adentra o homem na sua busca cientifica, mais e mais

somos reduzidos a um bolo de carne sem importância que resultou do

acaso do caos, no entanto eu louvo a Matéria prima de uma estrela que

teve de morrer para que eu existisse e ironicamente, tal como essa

estrela, meu corpo é fadado ao fim.

A terra se alimentará desse corpo e assim, na decomposição de minha

carne, a eternidade se perpetua, pois serei matéria prima para outros

corpos e no físico a eternidade permanece intacta e a continuidade

nunca termina, pois o fim sempre é um recomeço, aqui na Terra, ou nos

Céus.

Já fomos estrela; pedra e já fomos flor e estávamos aqui quando a

grande rocha matou os dinossauros e é interessante pensar que cada

átomo que nos forma e que forma o que nos rodeia já existiu em outros

homens. Talvez um simples camponês, ou um grande rei, ou, podemos

ter em nós pedacinhos de antigos sapos e urtigas... Quem sabe?

O que é físico e explicado ao ponto de não caber Deus, para mim é um

trono sobrenatural onde seu magnânimo corpo se encaixa cheio de

lirismo e beleza.

Essa é a poesia no orgânico, no que morre, apodrece e mesmo assim

permanece; um ciclo um pouco lúgubre talvez, mas deveras fascinante!

A morte é encantadora, com todo seu drama e escuridão ela revela ser a

face mais nítida das respostas, mas não só a ignoramos como se

fossemos imortais, como também fugimos dela e a fazemos de amante

da dor e vilã dos felizes, pois ela é cruelmente pontual...Mas sem ela

não haveria vida, a morte é um ponto no bordado do ciclo da existência

em todas as suas instâncias, pois nascer aqui é morrer na eternidade

do reino dos espíritos.

Diante a complexidade do existir e a ciência respondendo a tudo é

muito fácil eliminar a existência de um Criador Sobrenatural, nos

sentimos poeira em meio ao gigantesco universo observável e a mente

ainda faz questão de viajar e imaginas o que não podemos ver e se não

vemos é por despreparo e incapacidade de compreensão, então o que

não é observável na realidade é o ignorado, e quando não conseguimos

ignorar, fugir parece ser a solução mais cômoda.

Uns fogem para Deus e outro para o acaso.

Gosto de olhar o céu em noites de lua cheia...Filha do sol apaixonada

pela rainha vestida de prata reinando na escuridão com soberana e

distantes estrelas...Quão bela é a criação! E nem a conhecemos ainda

em toda sua magnitude, pois ainda não acabou, o universo segue se

expandindo, ou seja, o pintor desse lindo quadro ainda embeleza com

pinceladas de misteriosa tinta sua linda obra de arte.

Por que existir apenas não basta, não parece suficiente?

Por que sempre queremos mais?

Eu me sinto solitária nessa observação e tão culpada por me entristecer

com pequenas coisas inerentes com minha condição humana... Existir e

saber-se existindo já é um milagre e quando estou assim penso que

saber-se existindo é a maldição da serpente, o segredo que antes da

hora ela revelou ao homem sussurrando aos ouvidos de Eva equações

que não somos capazes de solucionar.

Quando me sinto só o mundo mostra sua face mais dura e eu volto a

ver a vida e deixar de senti-la, e ela se mostra triste. O mais forte

oprime o mais fraco, os mais fortes lotearam as terras que são de todos,

colocaram preços nos alimentos que são de todos e até a água é

cobrada.

O fraco consegue a terra, a água, o alimento a custo de seu suor. Um

sistema que lapidou os defeitos humanos: Egoísmos, avareza, inveja,

vaidade... E a luta do fraco tornou-se conquistar algo que o outro não

tenha, mesmo que não precise desse algo, pois ostentar passou a ser o

primeiro item da lista dos prazeres humanos.

Hoje fracos e fortes se igualam em ambição; nem os céus e os mares

escaparam de serem divididos por fronteiras... O belo mundo é

destruído, e nossa voz é calada pelo estrondo de bombas em um mundo

onde a guerra por poder assassina todos os dias a compaixão... E a

compaixão morre silenciosa no choro dos órfãos da guerra, das mães

que choram seu luto... A evolução matou rios e mares e fez de frondosas

florestas, áridos desertos.

Inevitavelmente o que sobra aos miseráveis é a fé no sobrenatural e são

esses que olham para as estrelas enquanto fracos e fortes disputam

pelo poder, e muitos valem-se da fé do miserável, fazendo dela munição

ou degrau para escalar o pico mais alto.

Forte?

Fraco?

Miserável?

Eu não sei o que sou e isso dói!

Parece absurdo, mas podemos sentir gratidão em existir sem sequer

cogitar a existência de Deus, mas quando nos deparamos com o

andamento do mundo é inevitável não rogar por um consolo, não há

como não querer deitar no colo de Deus e chorar, a solidão é o caminho

mais duro da fé...De um jeito ou de outro sempre terminamos diante o

grande trono branco, eu não sei se é a complexidade da vida, ou o medo

da morte, como já disse, é solitário saber que somos parte de um

imenso universo, e pode parecer prepotência querer dar um sentido

maior para a vida, sentir-se único quando invadidos por essa sensação

de que somos únicos é aterrador! Desejamos sair gritando para todos o

que vemos e sentimos, mas sempre um “porem” nos surpreende,

explicar e verbalizar é quase impossível, porque por mais livre que seja

o espírito estamos sujeitados a limitação humana, e sem contar que

cada um tem a sua forma peculiar de se sentir único.

Embora pareça, mas nunca houve paz quando o sobrenatural veio me

socorrer.

O Deus dos mitos e o Deus “alternativo” não me fazem sentido, mas

nunca deixei de crer em sua existência, por uma simples razão: Somos

homens e mesmo falhos, todos nossos atos têm propósitos, nunca nos

empenhamos em algo por nada, sempre esperamos resultados de

nossas ações, não aceitamos fazer parte de acaso algum, porque

simplesmente não derivamos do caos e por isso Javé sempre estará

presente, como consolo ou como uma unha rasgando em nossa alma,

como um ser que deve ser adorado, ou uma crença a ser contestada; há

inteligência por trás de cada movimento.

Sempre que trago Javé para minha escrita, trago também uma

pergunta que não pode ser respondida...

Porque não somos perfeitos se parece que derivamos de uma equação

perfeita?

A humanidade sempre tem um testa de ferro, algo ou alguém para

culpar, mas nunca, ou raras vezes, assumem-se como seres propícios à

quedas e erros.

Não culpemos a mitológica serpente, muito menos Eva ou Adão...A

verdade é que nada se sabe do perfeito, somente há conjecturas que

depende da individualidade de cada um, das crenças de cada um, da

cultura de cada um.

A perfeição é um conjunto de regras criado por um e imposta a outro e

isso varia de povo, para povo.

No que se refere à perfeição tenho tentado não provocar dor, pois sou

sujeita a sentir dor... Empatia, ou sou mais alguém seguindo uma regra

do que se concebe por perfeição?

Não sei dizer, independente de ensinamentos religiosos, não precisei de

Jesus para entender o obvio: Não se faz ao próximo o que não queremos

para nós.Conceito de outras vidas, ou a bondade existente no homem

desde sua concepção?

Não posso negar que tudo parece não fazer sentido, e se você já chegou

até aqui, aviso que ainda pode parar de ler...

Como dizia: Essa confusão mental e interior de não aceitar a

constituição humana do qual faço parte, talvez seja a ordem no caos,

pois se o caos existe, ele somos nós!

Engraçado, às vezes Deus parece um trunfo do homem que deseja

controle, mas como não podemos controlar nada, puxamos Deus da

manga e... Xazammm!

E aí, como cada um tem a sua bússola moral e o norte de todas se

divergem, surgem homens que dominam outros homens usando-se do

trunfo “Crer em Deus” e de que ele é que está no controle, culpar ele

então? Pois claramente, dentro do que se acredita em sua liturgia, Ele

não está no controle de nada.

Pelo o que nos narra sua mitologia, Ele tudo fez, nos criou e nos

mandou crescer e nos multiplicar... E abriu mão de nós quando

percebeu que o dilúvio fora um genocídio em vão, afinal quem está no

controle é quem escolhe e nós homens temos o poder do livre-arbítrio,

perdemos o controle, pois usamos com mesquinhez esse poder, e não

sou eu quem diz, a miséria do mundo, a barbárie das guerras, desde as

que não sabemos acontecendo em cada lar até às guerras entre nações,

nos deixa claro que quem controla o rumo da vida somos nós!

Mantendo a crença de que Deus habita em nós e ele se manifesta em

nossas maneiras, fica estranho vendo o mal sobrepujando o amor; e se

há solidão em um mundo de sete bilhões de pessoas é porque

ignoramos nossa própria companhia e assim não queremos a

companhia de quem vive ao lado. Essa ideia dá todo sentido para a

primordial lei: “Amar Deus acima de todas as coisas e a teu próximo

como a ti mesmo”

Uma vez que ignoramos o deus que habita em nós incapazes somos de

nos amar, e não nos amamos com excelência incapazes somos de amar

o próximo, ou dedicaremos à ele o amor dedicado a nós mesmos.

Alguém um dia me disse que Deus é o amigo imaginário dos adultos,

pois é...São tantas leis, doutrinas e fundamentos; ética, nortes morais,

no entanto todos mostram sua face quando tocado em sua vaidade e

por isso perdi toda minha imaginação quando tocada na minha.

Todo homem usa uma mascara e esconde sujeira por baixo de um véu

moral e politicamente correto na graça do Bom Deus, e os que ousam

derrubar esse véu, acabam pecando mais do que se estivessem usando,

pois só se livram dele em ato de provocação e não de mudança.

Como disse, não tenho imaginação alguma: Eu não oro, rezo ou louvo,

eu nada peço e nada imploro, mas cada vez que vejo erguer-se o sol em

toda sua majestade dourada, eu dou graças... Louvo o presente de um

novo amanhecer, mais um dia cheio de oportunidades e eu respiro o ar

e sou abraçada pela luz da justiça, que não julga, mas nasce para todos

em igualdade, vida e fulguras! Assim vejo Deus existindo em sua forma

mais pura, para mim e para meus inimigos, para ricos ou para pobres;

por mais que eu, homem defeituoso, seja capaz de odiar alguém o

mesmo sol que me ilumina, ilumina também o ser a quem odeio, essa é

a verdade de Deus, essa é sua justiça, esse é seu olhar... No ciclo do sol

ele nos conta todos os dias a mesma historia de amor incondicional.

A esperança morta na maldade renasce na luz de uma nova chance, na

oportunidade de amar hoje quem ontem recebeu nosso pior sentimento.

Sim, essa sou eu quando ergue-se o poderoso disco solar, mas passam

as horas, e o mundo, cheio de beleza, mostra novamente sua crueldade

e eu já não vejo a hora de chegar a noite para que visite a lua em meus

sonhos.

Assim são todos os meus dias, buscando a paz que haveria de ter em

Deus, eu a encontro todas as manhãs e a perco ao por do sol e em

minhas noites insones firo os pés em estradas de pedras afiadas

procurando a paz.

Você pode pensar que me refiro ao Deus da literatura israelita, mas

não, eu falo do amor, da essência que se perdeu na mente de homens

ardilosos.

Falo da beleza e da compaixão que deveria reluzir ao mesmo tempo que

emanasse de nós.

Podemos tomar para nós toda a culpa, eu posso culpar a humanidade,

e sempre faço assim e essa é minha vaidade, no entanto eu invejo

aqueles que encontram a paz em determinado grupo, geralmente grupos

cheios de regras e abusos (religiões), esses, em sua maioria, se sentem

melhores que todo o resto e se elevam um pedestal acima, e suas

missões são simples: recrutar mais homens para compor seu grupo, e

como supra sumo da humanidade, propagar verdades imperialistas e

absolutas aos quatro ventos, combatendo qualquer verdade , razão ou

filosofia que discordem.

Religiões nunca me conquistaram, se é para exercer superioridade, faço

isso sozinha, aliás na qualidade de templo sagrado, que é o humano,

posso eu fazer o que quiser sozinha.

Eu não sei porque Javé faz questão de se manter vivo em minha escrita,

talvez eu não entenda, pois seria assumir que minha intenção é cheia

de prepotência, não querer fazer parte do que já determinei como joio.

Sempre estudei a bíblia, e sempre a interpretei de forma polemica para

aqueles que a seguem na risca, sempre levei a simplicidade das

mensagens, trazendo o que nos serve para os dias atuais. Prepotente?

Sim, mas, se me permitem, vou me defender: Minha prepotência sempre

foi regada de esperança, uma ilusão inocente de quem ouvisse minha

voz e lesse minhas palavras entenderia que tudo é simples; entenderia

que religiões são desnecessárias, que nós homens podemos emocionar

com nossa grandeza o Senhor que vive além da singularidade, podemos

escolher sermos nobres e esse poder é o que nos difere. Com uma

escolha mudamos o Mundo!

Minha prepotência era cheia da esperança de que ficaria claro, que eu

deixaria claro que o conceito de felicidade é o amor e se o amor for a

meta a tristeza torna-se suportável.

mas minhas palavras mofam em um canto qualquer, assim como meu

animo em dizê-las

Amar é o que devemos fazer, simples, mas deixa de ser quando

entendemos que o amor é uma chave e a problema passa a ser: O que

devemos abrir?

E minha prepotência é tão alicerçada ao ponto de achar que posso levar

os ensinamentos do amor e ser compreendida por um mundo que

pregou o próprio amor em uma cruz e o assassinou... Tola criança é o

que sou!

Eu escrevo desde criança e essa é minha tarefa, quase uma necessidade

tão vital quanto respirar, mas não quero ser um “profetinha” que fala

com zumbis e muito menos quero manchar meu dom com tons de cinza

para danificar ainda mais os pobres cérebros humanos, já tão

danificados... No meu direito de exercer arrogância, sinto-me feliz em

ser mais uma voz ecoando no deserto.

Então porque escrevo esse “livrinho” ?

Sou carne, ser cheio de vícios e defeitos, insubordinado e não gosto de

regras...Sou toda treva, mas sou toda Luz também, sou o bem e o mal

coexistindo e ainda tenho esperança no amor.

Sou simples homem com sonhos de anjos que viram o amor, mas não

na face onipotente do Criador...

Eu Pulei!

Um dia Jesus disse que não era do mundo, mas veio ao mundo para

que tivéssemos alegria em nós mesmos. Nos deu seu amor, suas

palavras e por isso o mundo o odiou, mas ele não era do mundo, nós

sim e por isso ele não nos pediu que nos retirássemos do mundo, mas

que o livrássemos do mal e do ódio.

Eu vivi o mundo e ainda o vivo em sua pior versão, e eu falhei com

Cristo, pois me retirei do mundo, não por não suportar sua maldade,

mas por não suportar a maldade que ele despertou em mim.

Não estamos aqui para abandonar o mundo e a existência humana e

pular para uma fase mais luminosa e evoluída, existimos pra fazer

desse mundo algo luminoso e dessa raça evoluída.

Como não suportei os horrores que o mundo despertou em mim, me

fascinar pelo o belo e pela face amorosa de javé pareceu sempre ser o

mais fácil; porem quem disse que é pra ser fácil? O objetivo pode ser

oculto, mas falar de Javé é voltar ao mundo e enfrentar sua maldade, e

é claro que o mundo despertaria minha maldade, pois eu sou do mundo

e por isso resolvi esquecer o mal exterior e me livrar do mal interior,

tornar-se novamente luz e só depois terei olhos de compaixão para com

a maldade exterior. Se não começarmos por nós, nunca seremos aptos a

mudar o outro, e quando digo mudar, não falo em convencer pessoas a

pensar como eu, mas inspirar cada um a ser o melhor que pode

exercendo sua natureza e sentimentos próprios.

A questão subliminar do mal no mundo é que nele não há o bem.

Delegar sua natureza trevosa, a escuridão que há em todo homem a

demônios é só adiar o inevitável, não é evoluir; porque no final não foi o

Diabo quem errou, foi você, e somente você prestará conta de seus

erros.

A forma como as pessoas lidam com Lúcifer é mais uma façanha

humana cretina que não aceito!

Eu assumo todos os meus erros. E se me foram sussurrados e eu

ainda os cometi, foi porque eu quis, pois nunca sou abandonada pelo

meu poder em decidir o que fazer ou não.

Então declaro Lúcifer inocente no que se refere aos meus desacertos e

pecados!

Eu já levei a paz, consolei, guardei no bolso minha dor e fui socorrer

quem precisava de socorro, creio que encontrei um equilíbrio na

balança que pesa meus atos.

Mas carrego grande dor em meu coração, um vazio tão grande, e que

nada tem a ver com a vida e suas dificuldades.

Não há explicação, mas sei de uma coisa: Quem se essa dor, sem esse

vazio eu nunca conseguiria abraçar deus em um raio de sol, eu nunca

veria a majestade da criação em uma flor; se não fosse esse vazio eu

não buscaria me preencher de amor, não buscaria ver o bem onde

parece somente haver maldade, seria incapaz de crer que há amor no

mais cruel dos homens. Entendo agora do que falava Paulo de Tarso

quando disse: “Desenvolvei vossa salvação com temor e tremor”

Sou iluminada?

Deixo-me ao julgo de seu critério, mas na minha concepção sou uma

vela na escuridão, de chama vacilante e que fica por um fio diante os

ventos das tentações.

Eu costumava ver as pessoas sempre apressadas, preocupadas, como

robôs condicionados por um sistema. Fones nos ouvidos, escravos da

tecnologia, olhos perdidos no nada... Zumbis que só olhavam o céu para

ver se precisariam de guarda-chuvas, e só pensavam em Deus na hora

da dificuldade... Não queriam admirar a beleza do criador, mas o

bajular e terem seus pedidos mesquinhos realizados de Deus, mas

inconscientes de que vivem em um planeta que gira gracioso, uma

rainha azul, em volta de um rei que pode (e um dia irá) nos matar, mas

que por hora nos proporciona a vida.

Mas hoje... Hoje eu não me sinto diferente destes que chamava de

zumbis.

Entendi que cada um cumpre seu papel e que eu, que ando admirando

estrelas e caçando discos voadores; que converso com nuvens e abraço

árvores, sou um ser tão estranho quanto o que julgo estranho... Em

comparação de quantidade, sou eu e alguns outros que somos

disfuncionais.

Sou louca e os loucos não são compreendidos pelos que não são

loucos... Retribuo a incompreensão, hoje não julgo como errado, apenas

não compreendo.

De alguma forma somos todos loucos, pois todos têm esperança, seja lá

no que for, e todos são sensíveis às belezas do mundo, talvez ser um

poeta vaidoso tenha me feito pensar de maneira tal que me fez adotar a

conduta de superioridade me tornando um ser antissocial.

Mas mesmo que hoje compreenda estas questões ainda não me sinto

parte desta constituição que vive do começo, do meio e do fim... E só!!!

Mas não sou um ET superior e aprisionado aqui, nem sofro de nenhum

pânico social, mas sou um gato escaldado em minha natureza, passei

bastante tempo marinando no caldo grosso dos derivados de minha

personalidade; eu sou feliz sozinha, pois sábia é minha solidão, mas

tenho amigos e são os melhores, pois não dei à eles motivo algum para

me amarem ou me suportarem em minhas tempestades e mesmo assim

resistem valentes e fieis ao meu lado...Ou seja, toda equação tem uma

variante, pois o “tudo” sempre busca o equilíbrio. E meus amigos

provam o ditado que diz: “Ninguém é tão alguém que não precise de

ninguém”

E assim posso dizer que nós precisamos de Deus tanto quanto ele

precisa de nós.

Não sou patriota, mas se fosse iria preferir produto nacional, sempre me

incomodou que o Deus do mundo fosse o Deus de Israel, se é para

idolatrar um deus, este seria Tupã, pois não descendo da raiz de Jessé

e nem do sangue do velho Jacó, mas eu me apaixonei pelo o filho desse

Deus, que aliás é o rei dos Judeus, o leão da tribo de Judá, Jesus foi

meu primeiro amor e o Pai veio no pacote; o pai, os anjos e “o rebelde”.

Se... Se amar o Cristo e crer que fora dele nada há e tentar seguir seus

ensinamentos me faz cristã, então sou uma cristã...Mas me considero

em parte Luciferiana, muita calma nessa hora, eu não brinco de pacto

com pentagrama de sangue e cabeça de cabra preta, na verdade nem

acredito que Lúcifer faz parte dessa fanfarra de pessoas que se dizem

ser seus seguidores. Acredito sim que ele é o filho prodigo do qual falou

Jesus. Cristo nos pediu e nos mostrou que devemos amar nossos

inimigos, e se Lúcifer é o maior de todos, porque não o amaria: Declaro

em Cristo Jesus meu amor à Lúcifer, e como dizia Jesus que ele é o

caminho para que todos que nele acreditam cheguem à fonte, “mea

culpa” Javé deixou de ser monopólio de um povo só.

Correndo o risco de abusar da liberdade de expressão que me deram

irei agora falar sobre meus pensamentos em relação à queda de Lúcifer.

Mais uma vez a concepção de perfeição se desconstrói. Se perfeito é, o

paraíso seria harmonioso e iluminado, não haveria a necessidade de

autoridades, pois estas servem para a ordem, não haveria a necessidade

de um rei soberano, hierarquias e regimes governamentais são

derivados da imperfeição humana, mas tudo bem, vamos crer que a

terra é um reflexo do céu e que nele há um trono e um soberano nele

assentado rodeado de anjos entoando louvores de adoração.

A liturgia mais uma vez confunde, pois ela diz que anjos são seres

estáticos, eles não podem evoluir e não pode regredir na evolução, aliás

nada regride. Os anjos foram criados para obedecer, nada mais!

Mas estranhamente houve um anjo que quebrou todas as regras (seria

ele uma variante do cosmo buscando o equilíbrio?)

Talvez esse anjo quis um propósito maior que não fosse só obedecer,

quem sabe em uma de suas missões, onde mandando foi para matar

uma família que profanou um sábado, ele não tenha sentido piedade

dos olhos chorosos da mãe diante a morte de seu rebento pelo fio da

espada do anjo do Deus a quem ela adorava.

Talvez esse anjo achou injusto que a idolatria não fosse pecado quando

devotada ao seu Senhor.

Talvez ele não entendeu a falta de compreensão do Criador para com a

supertição infantil de sua criação, tão ao léu e deixados por si mesmos

em meio a selvageria de uma vida cheia de dificuldades.

Talvez esse anjo não entendeu o porquê de seu Senhor ser contra o

assassinato, mas fazer vistas grossas quando seus profetas matavam

indiscriminadamente e por sua ordem.

Talvez esse anjo não aceitou o fato de uma eternidade de servidão por

gratidão.

Oras, não podia o Criador aceitar um “muito obrigado e até logo”?

Não podia obrigar as suas criaturas a ama-lo, mas podia impor-se

usando-se de violência?

Talvez esse anjo viu em seu Senhor todos os pecados que o mesmo

condenava

-Ira

-Soberba

-Imperialismo

-Vingança

-Genocídio

-Incesto

-Ciúmes

-Vaidade

Bom, eu sou mera criatura e meu pai sempre disse: Faça o que eu ,

mando, mas não faça o que eu faço...

Talvez esse anjo tenha visto uma infinidade de erros e a revolta o

impediu de entender o principal...Seu criador precisava de amor.

Desse anjo nasceu a rebeldia, o espírito revolucionário e impetuoso que

exige violentamente a mudança, e herdamos desse anjo o engajamento

e o mal necessário para a perpetuação do bem.

Esse anjo foi, talvez, o primeiro subversivo cósmico, e como ele não

estava errado no que viu, hoje então a guerra nos céus.

Esse anjo viu a face de Deus e conhece com profundidade os seus

mistérios, ao contrário do homem que fundamentou leis duras e que

não pode olhar para sua face sem que tivesse alma e corpo partido ao

meio.

Se tudo isso procede, no mínimo ele merece respeito, já que amá-lo em

Cristo Jesus parece ser um pecado contra a idoneidade de Javé.

No entanto, se Lúcifer é o revoltado revolucionário, Jesus é o príncipe

da paz que veio e nos ensinou que o pai é amor e sempre está de braços

abertos para seus filhos que querem retornar ao seu convívio.

São tantos os “Talvez”, a verdade é que nada sabemos e nada nos

interessa as questões políticas dos céus, mal damos canta das nossas

contendas.

Se chegou até aqui e não me acha louca...Saiba que quero apenas

compartilhar a centelha de esperança que tenho.

A verdade pode edificas as mais lindas ações, mas pode destroçar em

mil partes a alma de um ser que não esteja preparado para ela, e é por

isso que dela vemos apenas relances e cada um vê uma marte dela.

E mesmo que as vezes eu me sinta uma amontoado de entulhos de uma

edificação que sucumbiu... Ainda tenho fé, do meu jeito consigo não

errar tanto e por vezes fico feliz, outras exijo demasiadamente de mim, e

assim é com todos, há em cada homem uma guerra santa e a minha é

para que a minha fé não morra.

Eu me recuso a beber das fontes de qualquer religião, mas não as

renego, pois delas me vieram a inspiração para que eu cravasse a terra

e sangrasse meus dedos em busca de águas novas, pois as religiões são

derivados do que se derivou das crenças de homens antigos e ainda em

processo lento de humanização...Homens que ainda não concebiam o

amor, essas águas são poluídas, e a terra que escavo com minhas

frágeis mãos é a minha alma, e isso dói, mas eu me recuso a tomar

água poluída e se eu sou a semelhança do Arquiteto e posso ir mais

longe que Jesus em feitos, então eu sou o templo e só nas profundezas

de minha alma há a água limpa, e se encontrei um filete, não a beberei

sozinha, divido, uma gota para cada um que quiser e assim se sentir

inspirado a buscar a água da vida e da verdade no mais profundo e

oculto da alma.

Se uma pessoa encontrar animo em um flor que nasceu da semente que

semeei, eu considero que salvei o mundo.

Não me canso de repetir, salvamos a humanidade no ato de salvar um

único ser, e há várias formas de salvar, e todas elas são baldadas pelo o

amor incondicional, que pode ser exercitado em um sorriso, em uma

boa palavra, no silêncio e no abaixar a cabeça ao agressor...Na força em

resistir até o fim e inspirar um amigo, ou qualquer um que precise com

seu exemplo de força.

Muitos homens buscam a sabedoria, como fosse ela um dom de benção,

mas eu digo: A sabedoria é a maldição do homem e não há paz nela,

pois ela é infinda e é angustiante saber que nada sabemos que possa

resolver tudo o que nossa sabedoria diz que não está certo.

Manter a fé nos dias de hoje é uma árdua luta, pois a ciência explica o

que para nossos ancestrais era a manifestação de Deus...Mas nós

homens necessitamos do Arquiteto e é onde surge a aresta na

sabedoria, e essa aresta é a fé, que não baniu Deus dos trovões e

terremotos somente porque a ciência os explicou.

Não estou em guerra contra as religiões, tenho um sonho onde um

homem não será condenado ao fogo do inferno por não seguir tal

religião.

Eu me recuso a me comunicar com o Criador, de maneira que pareça

eu um cão a latir pro seu dono, que não o compreende, mas tenta dele

cuidar, eu quero e escolhi que esse Senhor me entenda, pois ele me

ensinou a criar e eu quero ensinar o amor, e foi por isso que seu fez

homem em um mundo do qual ele não fazia parte, para que seu

sacrifício consagrasse a nossa humanidade, e a tal ponto de sermos

capazes de amar incondicionalmente qualquer ser que tenha vindo da

mesma fonte que nós, pois no final tudo simplesmente é!

Há momentos onde nossa fé esvai nos vãos de nossos dedos, como se

fosse água que com as mãos transportamos de um lugar para o outro.

Mas não é para ser fácil, começar novamente parece abandono e é

doloroso, mas tudo nasce de nossa escolha e tudo é derivado de nossa

escolha.

Não fujam de Deus e não condenem Satã ao fogo eterno, por mais que

isso se pareça com crenças idiotas e a existência do Criador pareça

balela, no final sempre somos arrastados aos seus pés... E por que?

Talvez porque não tenha Ele não tenha criado nada ele simplesmente

foi, é e sempre será a criação; Talvez porque ele exista desfragmentado

dentro dela e inteiro e perfeito fora dela.

Eu me recuso a crer nas mazelas humanas refletindo nos olhos da

deidade, mas se é assim na terra como é no céu...Quem vai parar de

imitar quem?

Eu sonho com paz!

E quem sonha com paz sempre segue a vida cheio de perguntas,

frustrações e rótulos, sendo cobrado em sua moral, porque é errado ser

humano quando o ser ousa a falar de amor, é errado ter compaixão e

amar Lúcifer e questionar as pessoas sobre o que elas acreditam como

servir ao bem e ao amor.

Eu não me envergonho do que sou e você também não deve se

envergonhar, pois foi na fornalha de nossos erros e acertos onde

forjamos nossa alma, para hoje sermos vasos, houve o dia que fomos

barro e a vida todos os dias nos quebra e nos faz pó, para novamente

nos fazer barro e assim sermos novos barros, e só o amor pode te

manter forte nesse processo doloroso de beber de novas fontes que não

foram contaminadas com filosofias e especulação absolutista de

segundos e terceiros.

Não temos de deixar de ser, mas evoluir, trabalhar, melhorar o que já

somos...Isso é mudar...

Somos carentes, e acabamos por buscar coisas passageiras que servem

somente aos nossos anseios caprichosos, vivemos para trabalhar e

trabalhamos para viver.

Muitas vezes caminhamos sem sentir o chão sob nossos pés, sem

perceber o céu sobre nossas cabeças. Estamos escolhendo e decidindo o

tempo todo e quando uma escolha trás dor, incumbimos Deus de nos

salvar, ou culpamos Lúcifer pela colheita de nossa semeadura.

Quem sou eu para banir Deus do homem? E essa nem é minha

intenção, mas já somos grandes e fortes, e o criador já nos muniu de

tudo que precisamos.

Quando seremos responsáveis por nós mesmos?

Quando iremos, não adorar, mas orgulhar o criador?

Quando finalmente ele poderá dizer: Minha criação APRENDEU?

No fundo só queremos um abraço sem termos feito nada por merecer.

E é isso que devemos à Deus, mais gratidão por tudo que ele já nos deu

e menos bajulação para ganharmos coisas vãs, pois quando usamos da

bajulação até a salvação da alma é vã.

Não queremos sermos escravos de alguém porque um dia ela nos

ajudou, somos gratos e retribuímos por amor e não por força de uma

obrigação, mas com Deus agimos e nos colocamos perante eles como

escravos assustados e obrigados pela força, porque agimos assim?

afinal ele não é amor?

Deus me ensina a beleza da vida e a vitoria do amor nos cabelos

brancos de meu pai...

A superação e a busca pela felicidade em cada pintura de meu irmão...

Deus me ensina amor nos de minha mãe e em suas lágrimas, nesse

choro vejo a necessidade em devotar amor ao Arquiteto.

Na rebeldia questionadora de minha filha Deus se faz espelho e eu me

vejo, mas depois me ensina que ele ama e perdoa mesmo quando

repreende.

Você leu até aqui?

Acredite, enquanto o sol nascer há esperança, a existência do mal faz

parte das suas necessidades evolutivas, pois a escolha sempre será sua,

por mais que Deus esteja ao seu lado.

Você pode desistir, mas pode lutar!

Pode cair, mas pode levantar!

A noite é só uma parte mais escura do dia e o seu coração é o templo

onde habita o amor.

E no final todos terminarão o mesmo lugar de luz, eu, você, o homem

que hoje é bom, mas já foi mau, o homem que hoje é mau, mas um dia

será bom; anjos e demônios... Pois somos todos nascidos da fonte e

para ela caminhamos...

Que o Sol da Justiça e da verdade esteja com todos...

Que floresçam as rosas na tua cruz!

Que a paz do Senhor te ilumine!

Mutumbá!

Barush Hashem!

Shalom!

Namastê!

Thoreserc