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legiad Ficha para Catálogo da Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2010
Título Versões de “Cinderela”: leitura na perspectiva
interacionista para formação de leitores.
Autor SIRLEI MARIA MARCELLO LOTICI
Escola de Atuação Escola Estadual de Saltinho – Ensino Fundamental.
Município da escola Realeza.
Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão.
Orientador Greice da Silva Castella.
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Cascavel.
Área do Conhecimento Português.
Produção Didático-Pedagógica (indicar o tipo de produção conforme Orientação 03/2008 disponível na página do PDE)
Unidade Didática.
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos da 5ª série “A” do Ensino
Fundamental.
Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)
Escola Estadual de Saltinho – Ensino Fundamental. Rua: Principal, s/n. Linha Saltinho. Cidade: Realeza. Estado: Paraná.
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Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Nesta Unidade Didática pretende-se demonstrar como o professor de Língua Portuguesa pode desenvolver no educando o gosto e o prazer de ler, procurando transformar as aulas de leitura em algo prazeroso e que contribua para formação de um leitor proficiente e crítico a partir da exploração de várias versões do conto de fadas ‘Cinderela’. Formar leitores críticos é um desafio que nós educadores possuímos ao longo do período escolar de nosso aluno. É uma tarefa que começa cedo e deve continuar por toda a vida. O objetivo da leitura é a compreensão do mundo que cerca o aluno no seu cotidiano. A leitura é um diálogo, uma troca, uma interação entre o leitor e o autor. A leitura é uma atividade muito importante, pois é com seu auxílio que se adquirem conhecimentos para melhor compreender a realidade. É assim imprescindível na vida diária das pessoas, que direcionam a leitura conforme suas necessidades e interesses. Os diferentes recursos didáticos e tecnológicos serão: a TV Multimídia com slides e vídeos, o laboratório Paraná digital para pesquisa bibliográfica e leitura e interpretação de textos.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Leitura; Cinderela; Contos de fada.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
UNIDADE DIDÁTICA
SIRLEI MARIA MARCELLO LOTICI
FRANCISCO BELTRÃO – PR 2011
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SIRLEI MARIA MARCELLO LOTICI
VERSÕES DE “CINDERELA”: LEITURA NA PERSPECTIVA INTERACIONISTA PARA FORMAÇÃO DE LEITORES
Unidade Didática apresentada para o acompanhamento das atividades do professor PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional. Orientadora: Profª. Drª. Greice da Silva Castela.
FRANCISCO BELTRÃO – PR
2011
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Professor PDE: Sirlei Maria Marcello Lotici.
Área PDE: Português.
NRE: Francisco Beltrão.
Professora Orientadora IES: Greice da Silva Castela.
IES vinculada: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de
Cascavel.
TEMA DE ESTUDO:
Como tema de investigação busca-se desenvolver no educando o gosto e o
prazer de ler, procurando transformar as aulas de leitura em algo prazeroso e que
contribua para formação de um leitor proficiente e crítico a partir da exploração de
várias versões do conto de fadas ‘Cinderela’.
TÍTULO:
Versões de “Cinderela”: leitura na perspectiva interacionista para formação de
leitores.
TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: Unidade Didática.
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PÚBLICO-ALVO:
Alunos da 5ª série “A” do Ensino Fundamental.
JUSTIFICATIVA:
Este material surgiu da necessidade de estimular os alunos à leitura e o
desenvolvimento do hábito de ler, de forma a estendê-lo às famílias.
Nas leituras das versões de “Cinderela” existem valores intrínsecos como o
respeito, o diálogo e a humildade devem fazer parte da vida familiar e social destes
alunos e que alunos da 5ª série não conseguem ainda contextualizar sozinhos.
Muitos de nossos alunos não se tornam bons leitores, pois não conseguem
compreender o sentido global e real do texto, mesmo sabendo o significado das
palavras. Formar leitores críticos é um desafio que nós educadores possuímos ao longo
do período escolar de nosso aluno. É uma tarefa que começa cedo e deve continuar
por toda a vida. O objetivo da leitura é a compreensão do mundo que cerca o aluno no
seu cotidiano. A leitura é um diálogo, uma troca, uma interação entre o leitor e o autor.
As aulas de leitura devem ocupar um espaço prazeroso, no qual o aluno seja
estimulado a analisar e compreender as idéias dos autores e do texto. E, o professor
deve gostar de ler e ser um leitor competente, para tornar a leitura significativa e
atraente, despertando assim o interesse da criança por essa prática.
A escola necessita criar situações alfabetizadoras que levem o aluno a
desenvolver a competência da leitura. O desafio é desenvolver meios que ajudem o
aluno a aumentar o gosto pela leitura através do desenvolvimento de um trabalho
conjunto entre alunos, professores, família e escola por uma educação de qualidade
OBJETIVO GERAL:
Contribuir para o letramento dos alunos e para formação de leitores críticos a
partir do trabalho com o gênero conto de fadas.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a) Estimular o gosto pela leitura;
b) Estimular a criatividade e o senso crítico por meio das versões do conto
de fadas “Cinderela”;
c) Desenvolver a compreensão leitora a partir de questões de abordagem
ascendente, descendente e conciliadora;
d) Valorizar a habilidade de leitura e contribuir para que o aluno possa
exercer o papel de cidadão com eficiência a partir da discussão de
questões apresentadas nos textos que também são pertinentes na
sociedade atual.
O GÊNERO CONTO DE FADAS
De acordo com Chalita (2006, p.103),
(...) a infância, é nela que deparamos com as experiências, as fantasias, as comédias e os dramas que vão moldar nossa personalidade, nosso caráter, nosso jeito de ver e de viver o mundo. Histórias como a de Cinderela são parte integrante desse processo de aprendizado, dessa aventura infantil que nos leva ao crescimento e ao amadurecimento.
O conto de fadas possui diversos elementos textuais, sempre acontece num
lugar distante, sem nome, obviamente imaginário, é contado por um narrador anônimo
que jamais se apresenta ao leitor, seus protagonistas são heróis e vilãos claramente
caracterizados e terminam com finais felizes.
Nos contos de fadas, a história contada ganha vida na imaginação fértil da
criança. Surge assim a grande fascinação exercida por este tipo de gênero textual. Os
contos de fadas encantam, comovem e educam indiretamente. “Uma criança confia no
que o conto de fadas diz por que a visão de mundo aí apresentada está de acordo com
a sua. Seu pensamento é animista.” (BETTELHEIM, 1980, p.59).
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A importância maior está no prazer que os contos despertam. Nessas histórias
há situações que sempre se repetem: obstáculos a serem vencidos, rivalidades,
perseguições, disfarces, dilemas diante de opções a serem feitas entre prazer e dever.
Por exemplo, os heróis precisam cumprir uma tarefa, vencer um desafio. Há então
pessoas coadjuvantes que impedem ou ajudam à ação do herói. E o final é sempre feliz
e glorioso.
Ao preparar sua aula, o professor pode partir do conhecimento que os alunos
possuem sobre os contos de fadas, que são histórias maravilhosas que povoam o
imaginário das crianças com ricas fantasias. O professor pode auxiliar quanto ao
entendimento destes contos, ver seus vários sentidos, meditando com as crianças e
criando possibilidades para que elas levantem hipóteses sobre as histórias e apontem
as relações entre os acontecimentos.
O conto de fadas deveria ser contado em vez de lido. Se ele é lido, deve ser lido com um envolvimento emocional na estória e na criança, com empatia pelo que a estória pode significar para ela. Contar é preferível a ler porque permite uma maior flexibilidade. (BETTELHEIM, 1980, p.185).
ATIVIDADE 1:
Formar equipes com quatro elementos cada, onde os alunos irão contar as
histórias de Perrault e dos Irmãos Grimm em etapas. O conto será dividido em quatro
partes para quatro participantes. Será trabalhado a voz do narrador que se mantém
sempre no mesmo tom, a não ser nas vírgulas, ponto final e início de parágrafos que
exigem pausa ou pequena pausa. No diálogo, será orientado para que os alunos
observem a entonação dependendo da pontuação ( ! ), ( ? ), ( . ), ( ; ) e ( ... ). Também
será orientado sobre a elevação ou a sublimação da voz, dependendo do que o
contexto exige. Todos os grupos farão a contação de uma das duas versões de
Cinderela segundo Perrault e Irmãos Grimm.
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As ações ocorridas nos contos de fadas podem ser comparadas às experiências
cotidianas das crianças e possibilitam identificar as dificuldades e as alegrias que se
passam na história. Ouvir uma história permite-nos pensar sobre nossa própria vida.
Os contos de fadas descrevem estados internos na mente, por meio de imagens e ações. Como reconhece a infelicidade e a mágoa quando uma pessoa está chorando, assim também o conto de fadas não precisa se estender sobre a infelicidade de uma pessoa. Quando a mãe de Cinderela morre, não contam que a Cinderela sofreu pela mãe ou lamentou a perda e se sentiu sozinha, abandonada desesperada, mas simplesmente que todos os dias ela ia ao túmulo da mãe e chorava. (BETTELHEIM, 1980, p.190).
ATIVIDADE 2:
Palestra aos pais e alunos realizada com Psicóloga.
Nesta atividade designada à Psicóloga se abordará fases de sofrimento que as
crianças e pré-adolescentes enfrentam e que ocasionam isolamento físico (não quere
sair do quarto) ou isolamentos orais (não querer conversar), que poderão desencadear
frustrações futuras (medos que se transformam em frustrações).
O termo narrativo que acompanha os contos de fadas possui uma variedade
considerável de heróis e heroínas, geralmente jovens, corajosos, habilidosos, bonitos e
que passam por aventuras fantásticas, onde toda a história contada se desenrola no
sentido de demonstrar um princípio moral.
Fantasiar é sadio, e toda mágica contida na estrutura da narrativa Cinderela é
responsável por enfatizar o caráter fantástico e mágico, comparando-os com as
atitudes dos seres humanos. Essa relação é necessária para o desenvolvimento do
indivíduo e para que possa compreender que a Arte é o resultado sensível do olhar
humano sobre a realidade do mundo.
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ATIVIDADE 3:
a) Você sabe o que é um conto de fadas?
b) Normalmente, de que tratam os contos de fadas?
c) Desses contos, quais vocês conhecem?
d) Quem lembra a historia de pelo menos um desses contos?
e) E os personagens, quem são?
f) Como termina a história?
g) Descreva uma situação vivida por um destes personagens que possui a virtude de humildade.
h) Descreva duas a quatro atitudes de como a humildade está presente nestes personagens dos contos de fadas, os protagonistas das estórias:
Chapeuzinho Vermelho. Cinderela. A Bela e a Fera. Rapunzel. A Bela Adormecida.
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ATIVIDADE 4:
Com o uso do Laboratório Digital, levar o aluno a pesquisar o gênero Conto na
Internet e alguns exemplos de contos como: contos fantásticos, contos regionais,
contos maravilhosos e outros.
Muitas vezes, o primeiro contato que as pessoas têm em
sua infância com a literatura, se dá por meio dos contos infantis,
que podem ser lidos ou serem transmitidos pela oralidade, assim
como antigamente. A partir desse contato nosso interesse pela
leitura pode ser despertado.
Esses contos tornam-se parte da nossa vida, nos
acompanham e muitas vezes dizem respeito a situações reais,
como a busca pelo amor verdadeiro, a luta e a coragem para
lutarmos pelos nossos ideais. É uma literatura que se mantém
presente na atualidade porque está relacionada a temas universais
como amor, amizade, inveja, maldade, poder, enfim, a luta entre o
bem e o mal. Tais contos adquirem diferentes significados de
acordo com a época, pois as releituras feitas estão relacionadas aos
diferentes contextos sócio-histórico-culturais, propondo novos
diálogos e atingindo, portanto, todas as idades, nos diferentes
momentos em que forem lidos.
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ATIVIDADE 5:
Buscar contos regionais que representam o estado do Paraná e socializar com
os colegas.
Após esta introdução, declarar a eles o tema do projeto que será “Contos
Maravilhosos: Versões de Cinderela” enfocando a temática humildade.
ATIVIDADE 6:
ATIVIDADE 7:
Borralheira é uma palavra que descende de Borralho. Borralho vem da
palavra Borra. Consulte seus pais/responsáveis ou avós que lhes
explicarão e contarão causos que envolvam situações de sofrimentos e até
mesmo engraçadas envolvendo a “Borra”.
Sugerimos, para o momento, as seguintes questões orais:
a) Vocês conhecem o conto de fadas “Cinderela/Gata
Borralheira”?
b) Se sim, vocês leram, assistiram ou apenas ouviram falar sobre
ele?
c) Como é, resumidamente, a história deste conto de fadas?
d) O que acham deste conto?
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ATIVIDADE 8:
Distribuir o conto Cinderela de Perrault (Anexo A), disponibilizado no site:
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=18, e Cinderela dos Irmãos Grimm
(Anexo B), disponibilizado no site: http://folkstories.blogspot.com/2005/07/cinderella-
verso-dos-irmos-grimm.html, dando uma cópia de cada texto para cada aluno. A partir
disso:
a) leitura silenciosa individual;
b) leitura coletiva oral;
c) reuni-los em equipes de quatro ou cinco pessoas;
d) recolher os textos distribuídos anteriormente;
e) cada equipe escolherá um redator;
f) reproduzir o conto, de modo que todos opinam e um aluno do grupo escreve;
g) após o término desta atividade, o relator da equipe lerá o texto ao grande
grupo;
h) os ouvintes das demais equipes procurarão apontar as infidelidades do texto,
e assim, sucessivamente até o término da apresentação das quatro equipes
formadas.
Este tipo de atividade promove interação no processo da oralidade, escrita,
exposição de ideias, no apontamento das diferenças e semelhanças existentes entre os
tipos textuais apresentados. Possibilitando ainda, observar os conhecimentos prévios
dos alunos sobre a produção de texto escrito, organização das ideias, marcas próprias
do gênero, ortografia, pontuação, entre outras.
Em uma segunda etapa, levar os alunos a pesquisarem na Internet, a suposta
origem do conto Cinderela, disponível no site:
http://library.thinkquest.org/J002037F/egyptian_cinderella.htm, no qual há somente uma
tradução do inglês para o nosso idioma. Neste texto, há palavras em inglês e frases em
português sem coerência e nem coesão. Os alunos, individualmente, como tarefa de
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casa, tentarão escrever uma versão deste conto, considerado difícil para os alunos de
5ª série do Ensino Fundamental.
ATIVIDADES 9:
Segundo suas pesquisas:
1) O significado de Cinderela é:_________________________
2) O primeiro nome de Cinderela foi: ________________________________
3) O Rio Nilo mencionado no conto egípcio fica no continente _________________,
mais precisamente na ______________ onde é considerado o rio:
( ) mais extenso
( ) com maior volume d’água
4) Por que Cinderela foi mencionada em algumas versões como “a gata
borralheira”?
5) Quem foram os autores dos contos de fadas que você acabou de ler?
6) O que você sabe sobre esses autores? Pesquise para saber mais: que outros
textos escreveram, em que período viveram, o que faziam....
7) Quais são os personagens deste conto de fadas?
8) Em que lugar se desenvolve o enredo desse conto?
9) Assinale com X as respostas corretas:
a) Cinderela chorava em seu quarto porque:
( ) não tinha vestido para ir ao baile.
( ) seu vestido não ficou pronto.
( ) teve que ficar em casa.
( ) somente iria ao baile mais tarde.
VAMOS AO GOOGLE: Professor, propicie aos alunos pesquisar em livros ou na Internet um pouco mais
sobre Charles Perrault e os Irmãos Grimm.
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b) Quem convidou as moças do reino para uma grande festa-baile?
( ) o rei.
( ) o mensageiro real.
( ) o príncipe.
( ) os cocheiros.
c) A expressão “Num piscar de olhos a fada transformou tudo” significa que:
( ) a fada piscou os olhos e fez a transformação.
( ) Cinderela piscou os olhos e viu a transformação.
( ) a transformação foi demorada.
( ) a transformação foi muito rápida.
d) O príncipe ordenou que o sapatinho fosse experimentado em todas as jovens do
reino porque:
( ) queria ter certeza de que o sapatinho não era das irmãs.
( ) se casaria com a moça em que o sapatinho servisse.
( ) se casaria com Cinderela.
( ) se casaria com a jovem mais bela do reino.
10) No quadro abaixo escreva as principais características de cada personagem,
com base no conto de fadas Cinderela:
CINDERELA MADRASTA E FILHAS PRINCÍPE
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ATIVIDADES 10:
Vamos analisar a primeira versão da Cinderela (Charles Perrault) fazendo uma
discussão sobre essa versão. Logo após, apresentar a segunda versão (A Gata
Borralheira – Anexo B), fazendo novamente a discussão e pedindo para que realizem
uma análise comparativa, contemplando os itens do quadro abaixo:
ITENS CINDERELA A GATA BORRALHEIRA
Autor
Pai
Mãe
Amigos
Inimigos
Roupagem
Meio de transporte
Término do encanto
Com essa atividade, os alunos perceberão que é possível escrever histórias
nesse gênero textual a partir da observação de duas ou mais versões.
A temática explorada nas questões a seguir é a humildade. Explique por que
Cinderela pode ser considerada humilde.
ATIVIDADES 11:
Para melhor envolver os alunos nessa temática, explore o significado do tema
humildade.
• Depois dessa conversa, você pode fazer, ainda, estas e outras
indagações:
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ATIVIDADE 12:
Escolha uma das histórias publicadas (Anexos) e conte-a a seus alunos (se possível, faça uma “leitura dramatizada”). Discuta a história com a classe: Há palavras desconhecidas? Há passagens que não ficaram claras? Explore a narrativa com os alunos até que não restem dúvidas.
ATIVIDADE 13:
Organize os alunos em grupos e peça que cada um represente a história de uma forma diferente: pode ser por meio de desenho, montagem das personagens em massinha, dramatização, colagem, pintura, etc. Promova uma exposição dos trabalhos dos alunos. Se possível, tire fotos.
1. Cinderela foi obediente e humilde às ordens da fada-madrinha.Você acha que ela foi recompensada por isso? Por quê?
2. E você é obediente e humilde? A quem? Em que situações? 3. De acordo com o texto, Cinderela não argumentou nem reclamou, e sim “chorou
amargamente” quando a madrasta ordenou que ficasse em casa. Como você agiria se fosse com você?
4. Em sua opinião, a quem nós devemos obedecer? Em que situações? Professor, dependendo das respostas, direcione para o fato de que existem pessoas boas, porém, muitas de má índole: traficantes, seqüestradores, pedófilos, exploradores de trabalho infantil. Portanto, antes de obedecer alguém, temos que saber a quem.
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ATIVIDADE 14:
Com a ajuda da professora, far-se-á uma versão melhorada no quadro-negro
com a interação de todos. Feito isso, novamente será realizada uma comparação com
as versões mais atuais de Perrault e dos Irmãos Grimm do conto estudado e o que foi
adaptado para se tornar uma história mais interessante.
Ao término destas atividades com os dois textos, e uma nova versão escrita em
conjunto pelos alunos das duas narrações fidedignas a Perrault e Grimm, partiremos
para alguns exercícios questionativos:
ATIVIDADE 15:
FILME 01: CINDERELA DE WALT DISNEY.
Assistir ao filme: Cinderela de Walt Disney. Professor, você pode deixar os
alunos sentarem no chão para assistirem à gravação e permitir que tragam tapete
ou almofada, para ficarem mais confortáveis nesse momento.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Cinderela Título Original: Cinderella País de Origem: EUA Gênero: Animação Tempo de Duração: 75 minutos Ano de Lançamento: 1950 Site Oficial: Estúdio/Distrib.: Buena Vista Direção: Clyde Geronimi/Wilfred Jackson/Hamilton Luske
Professor, comente sobre os personagens, momentos de humildade e diferenças
e semelhanças em relação às outras versões lidas. Exemplifique pessoas da
comunidade que vive com humildade e são queridas por todos (ou quase todos).
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ATIVIDADES 16:
Agora que você já conhece a história da Cinderela, responda as questões abaixo:
a) Em que a fada madrinha transformou a abóbora e os ratinhos?
b) A que horas a fada madrinha disse que o encanto terminaria?
c) Quem correu atrás de Cinderela? O que eles encontraram?
d) O que Cinderela perdeu quando saiu correndo pela escada?
e) Qual é o nome dado às histórias conhecidas e contadas pelo povo?
f) Como se chamavam as meias-irmãs de Cinderela?
g) Leias as palavras do quadro abaixo e circule as palavras que estiverem escritas
corretamente:
h) Procure no quadro abaixo as palavras que completam cada frase, lembrando
que você não pode repetir a palavra usada.
Cinderela não queria que o príncipe soubesse __________________ era ela.
Ela ouviu uma batida na porta e correu para _____________________.
As ________________________ dela sempre lhe davam mais trabalho.
correu elleis irmmãs trabulho Cinderela mãe podia dançar foii malvida podia um não rrabalho príncipe foi abrriu desceu disse sabeu irá sempre castelo
FOI ABRIR TRABALHO SABIA QUEM DISSE SAIU IRMÃS PODIA
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A madrasta não ___________________________ que ela tinha ido.
A fada madrinha __________________ sim.
Cinderela não ______________________ ir.
Havia sempre muito ______________________.
O príncipe ___________________ ao baile.
Cinderela ______________________ correndo.
ATIVIDADE 17:
No século XXI, príncipes e princesas iguais aos contos de fadas não existem. Então
quem seriam os príncipes ou reis dos esportes e da política? E os reis e rainhas da
televisão? E Você? Espera um príncipe ou uma princesa para se casar? Faça um texto
argumentativo com suas respostas.
ATIVIDADES 18:
FILME 02: DEU A LOUCA NA CINDERELA.
Título original: (Happily N'Ever After) Lançamento: 2007 (Alemanha, EUA) Direção: Paul Bolger, Yvette Kaplan Atores: Andy Dick, Sarah Michelle Gellar, Freddie Prinze Jr., Lisa Kaplan. Duração: 87 min Gênero: Animação
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Sinopse
Como está tudo programado no mundo dos contos de fada para que haja um final feliz,
o Mago (George Carlin), responsável pelo equilíbrio entre as forças do bem e do mal,
decide sair em férias. Ele deixa seus assistentes, Mambo (Andy Dick) e Manco (Wallace
Shawn), cuidando de tudo. Porém um erro faz com que Frieda (Sigourney Weaver), a
madrasta da Cinderela, tenha a posse do cajado mágico. Seu objetivo é tomar o
controle do mundo de contos de fada, fazendo com que os vilões vençam e que os
finais das histórias jamais sejam felizes novamente. Isto faz com que Cinderela (Sarah
Michelle Gellar), mais conhecida como Ella entre os amigos, tenha que encontrar um
meio de deter Frieda, contando com a ajuda de Rick (Freddie Prinze Jr.), Manco,
Mambo e um exército composto de fadas e anões.
FONTE: Extraído de http://www.adorocinema.com/filmes/deu-a-louca-na-cinderela/ Acesso em 27/07/2011.
1) Você já assistiu a esse filme?
2) Como você acha que vai ser a história?
Assistir ao filme “Deu a Louca na Cinderela”.
ATIVIDADES 19:
1) Para você, Ella conseguiu realizar seus sonhos?
2) O que você pensou ao assistir este filme?
3) Você imaginava uma continuação dessa forma? Explique.
4) Ao invés de mudar sua forma de ser ao se tornar uma princesa, Ella fez com
que todos a aceitassem como ela era. Você acha que ela agiu certo ou tinha
que se portar de acordo com sua nova posição social?
5) E você, mudaria seu jeito de ser ao ascender socialmente?
(Neste momento, o professor deve ouvir e respeitar a opinião dos alunos sobre a polêmica, intervindo com sua posição no que diz respeito à manutenção de personalidade e caráter, porém tendo o cuidado de não impor sua opinião).
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6) Como sempre no mundo dos Contos de Fadas, há um final feliz (George
Carlim). O responsável pelo equilíbrio entre as forças do bem e do mal sai em
férias. Ele deixa seus assistentes: Mambo (Andy Dick) e Manco (Wallace
Shawn) cuidando de tudo. Porém um erro faz com “Frieda” (Sigourney
Weaver), a madrasta da Cinderela (Ella), tenha posse do cajado mágico.
a. Seu objetivo é tomar o controle:
( ) da vida de Cinderela.
( ) do mundo de Contos de Fadas.
( ) para que não haja mais finais felizes e que os vilões vençam no final.
b. Os vilões usam de:
( ) humildade.
( ) más intenções.
( ) bondade para vencer.
7) ____________ encontra um meio de deter Frieda, contando com a ajuda de
Rick, Manco e Mambo e um exército de fadas e anões.
8) Na sua opinião, quais os personagens e virtudes do bem que usam para
vencer o mal:
PERSONAGENS VIRTUDES DO BEM
10) Faça um paralelo das dificuldades que a personagem ‘Cinderela” de Irmãos Grimm,
de Perrault e do filme “Deu a Louca na Cinderela” passam ao longo das histórias.
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11) Comente: O que faz o filme “Deu a Louca na Cinderela” ser tão engraçado?
12) Na vida real você acha que algumas situações são iguais as do filme? Quais?
Comente.
13) Pesquise nos links: notícias, curiosidades e comentários do site:
http://www.adorocinema.com/filmes/deu-a-louca-na-cinderela/ e anote o que
mais lhe interessou:
ATIVIDADE 20:
Agora, cada grupo irá criar um conto baseado no enredo da Cinderela fazendo
uso de personagens atuais (políticos, televisivos, esportivos, entre outros), procurando
abordar as virtudes de caráter, diálogo e humildade que tais personagens representam
na sociedade. Nesta fase, haverá correção individual e reestruturação dos contos
criados. A ilustração de cada conto fará parte deste item, podendo optar por colagem
ou desenho. Ao findar, cada grupo irá expor, em quadro mural, o resultado de seu
respectivo trabalho e realizar a leitura dramatizada de seu texto para a turma.
Durante a realização destas atividades, o professor deverá anotar as atitudes
positivas e negativas que ocorrerão durante as atividades propostas. Na seqüência,
trabalhar com os alunos os quesitos do respeito, humildade e do diálogo que eles
mesmos demonstraram durante a realização dos trabalhos.
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SUGESTÃO DE LEITURA:
O Fantástico Mundo da Feiurinha
Pedro Bandeira.
23ª ed. São Paulo: FTD, 1986. 94 p.
Sinopse: Neste livro, uma suposta princesa chamada
Feiurinha desaparece e seu respectivo desaparecimento
promove uma reunião entre as personagens mais
famosas dos contos de fadas. As princesas Cinderela,
Branca de Neve, a Bela Adormecida, Rapunzel e Bela do
conto A Bela e a Fera. Todas têm como objetivo resgatar
a princesa Feiurinha que também conta com a ajuda da
personagem Chapeuzinho Vermelho.
FONTE: Disponível em: http://ler-e-reler.blogspot.com/2007/05/pedro-bandeirao-fantstico-mistrio-de.html Acesso em 27/07/2011.
REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos Contos de Fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. CARVALHO, E. A. Resenha da obra História do Estruturalismo. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, n. 29, 1994. CHALITA, Gabriel. Pedagogia do Amor. 2ª ed. São Paulo: Editora Gente, 2006.
COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição; BAUMGÄRTNER, Carmen Teresinha. Sequência didática: uma proposta para o ensino da língua portuguesa no ensino fundamental – anos iniciais. Organização de Terezinha da Conceição e Carmen Teresinha Baumgärtner. Cascavel: ASSOESTE, 2009.
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LEFFA, Vilson J. Perspectivas no estudo da leitura: texto, leitor e interação social. In: LEFFA, Vilson J. ; PEREIRA, Aracy, E. (Orgs.) O ensino da leitura e produção textual; Alternativas de renovação. Pelotas: Educat, 1980. p. 13-37.
MARIA, Luzia de. Leituras e colheita. Petrópolis: Vozes, 2002.
PARANÁ. DCE. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica. Língua Portuguesa. Governo Do Paraná. Secretaria De Estado Da Educação Do Paraná. Departamento De Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
PCN. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Sites:
Cinderela de Perrault. Disponível em: http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=18. Acessado em 20/05/2011. Cinderela dos Irmãos Grimm. Disponível em: http://folkstories.blogspot.com/2005/07/cinderella-verso-dos-irmos-grimm.html. Acessado em 20/05/2011. Deu a louca na Cinderela. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/deu-a-louca-na-cinderela/. Acessado em 20/06/2011. Origem do conto Cinderela. Disponível em: http://library.thinkquest.org/J002037F/egyptian_cinderella.htm. Acessado em 20/05/2011. O fantástico mundo da feiurinha. Disponível em: http://ler-e-reler.blogspot.com/2007/05/pedro-bandeirao-fantstico-mistrio-de.html Acesso em 27/07/2011.
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ANEXO A -
CINDERELA
CHARLES PERRAULT
Era uma vez um senhor viúvo que tinha uma filha a quem amava muito. Ele
decidiu casar-se novamente com uma viúva que tinha duas filhas.
O pobre homem morreu, deixando sua filha desolada. No entanto, a madrasta e
suas filhas ficaram felizes com a herança.
As três mulheres invejavam a beleza e a bondade da moça. Então a converteram
em sua criada, e a chamavam Cinderela.
Cinderela lavava, limpava, passava e cozinhava. Porém, mais que tudo chorava,
porque ninguém mais gostava dela. Um dia, o arauto do rei convidou todas as jovens
do reino para um baile no palácio, pois o príncipe herdeiro queria escolher uma esposa.
As filhas da madrasta acreditavam que uma delas seria a escolhida, e passaram
a tarde provando vestidos.
A pobre Cinderela também queria ir ao baile, mas as suas irmãs a proibiram.
Foram ao baile zombando de Cinderela que ficou em casa, muito triste.
De repente surgiu vinda do céu, uma luz muito forte, que se transformou numa
fada.
_ Cinderela, sou sua fada madrinha, não chores, não quero que vivas triste, se
anime pois, esta noite irás ao baile.
E com sua varinha de condão transformou as pobres roupas da jovem num lindo
vestido, e os sapatos viraram sapatinhos de cristal. A fada ainda transformou uma
abóbora numa carruagem, dois ratinhos em cavalos, e o cachorro de Cinderela no seu
cocheiro. A jovem ficou encantada com a mágica da fada.
_ Vá depressa minha menina! - disse a fada. Mas não esqueças que o encanto
se romperá à meia noite e tudo voltará a ser como era.
Cinderela entrou no palácio e todos ficaram encantados com sua beleza. Estava
tão bonita que a madrasta e as suas irmãs não a reconheceram. As mulheres ficaram
encantadas com o seu vestido, era o mais belo da festa.
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O príncipe que até então não havia encontrado nenhuma moça que o tivesse
agradado, ficou encantado ao vê-la. Quis dançar somente com Cinderela. Os dois
dançaram a noite toda, deixando as moças da festa com muita inveja de daquela
desconhecida.
FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
Cinderela estava tão feliz que não percebeu o tempo passar. Quando olhou para
o grande relógio no salão, viu que faltavam poucos minutos para a meia noite.
Antes que terminasse o encanto, Cinderela foi embora correndo, desceu as
escadas com tanta pressa que perdeu um sapatinho de cristal.
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FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
O príncipe, que estava apaixonado por Cinderela, saiu correndo atrás da jovem
mas não conseguiu alcançá-la. Encontrou o seu sapatinho de cristal na escada e o
guardou.
No dia seguinte, o príncipe que não sabia nem ao menos o nome de sua amada,
mandou que seu pajem a procurasse pelo reino, a moça cujo pé coubesse naquele
sapatinho.
O pajem procurou por todo o reino, mas nenhuma moça tinha um pé tão
pequeno que coubesse naquele sapatinho.
Quando chegou na casa de Cinderela, provou o sapatinho nas suas irmãs, mas
os pés delas eram grandes demais. Como o sapato era pequeno, por mais que as
irmãs tentassem, não servia. Ele estava indo embora quando viu Cinderela varrendo um
cômodo da casa. Após muito insistir ele conseguiu fazê-la provar o sapatinho. Quando
a madrasta e as irmãs viram Cinderela calçar o sapatinho ficaram surpresas. Ele serviu
perfeitamente em seu pequeno pezinho.
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FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
Ele a levou para o castelo ao encontro do príncipe.
No dia seguinte, Cinderela casou-se com o príncipe e houve festa em todo o
reino.
Agora, Cinderela era amada e os dois foram muito felizes.
FONTE: Disponível em http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=18 Acesso em 20/05/2011.
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ANEXO B -
CINDERELA
IRMÃOS GRIMM
A mulher de um homem rico ficou muito doente. Quando ela percebeu que a
morte se aproximava, chamou sua única filha ao seu leito e disse: "Filha querida, seja
boa e piedosa que o bom deus sempre lhe protegerá. Eu estarei no céu olhando pra
você e nunca te abandonarei."
Dito isso, ela fechou os olhos e morreu. Todos os dias a moça visitava o túmulo
de sua mãe. Ela chorava e se mantinha piedosa e boa. Quando o inverno veio, a neve
cobriu o túmulo com uma manta branca e quando o sol da primavera a derreteu, o
homem encontrou uma nova esposa.
A mulher trouxe consigo duas filhas que eram bonitas e agradáveis de rosto, mas
más e feias de coração. Começava um período ruim para a pobre moça. "Essa pata-
tonta vai sentar-se na sala de visitas conosco?," elas perguntavam. "Se quer comer o
pão, terá que trabalhar para ganhá-lo. Trabalhará na cozinha." Elas tiraram suas belas
roupas, vestiram-na com um camisolão cinza e velho e lhe calçaram com sapatos de
madeira.
"Olhem só para a princesa orgulhosa! Como está fora de moda," elas gritavam,
riam e a levavam para a cozinha. Lá ela tinha que trabalhar pesado durante todo o dia,
se acordava antes de o sol nascer, carregava água, acendia o fogo, cozinhava e
lavava.
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FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
Além disso, as irmãs ainda a maltratavam de todas as formas imagináveis -
gozavam dela e derramavam as ervilhas e lentilhas nas cinzas do fogão para que ela
tivesse que catar tudo de novo. Ao anoitecer, quando ela já estava cansada de tanto
trabalhar, ela não tinha uma cama onde dormir e acabava deitando-se ao lado do forno,
nas cinzas. Por isso ela sempre parecia suja e empoeirada e foi então que começaram
a chamá-la Cinderela.
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FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
Um dia, o pai estava indo para a feira e perguntou às duas irmãs o que queriam
que ele trouxesse para elas.
"Belos vestidos," disse uma delas, "Pérolas e jóias," disse a outra.
"E você, Cinderella," perguntou ele, "o que você quer?"
"Pai, traga-me o primeiro galho de árvore que bater em seu chapéu quando
estiver voltando para a casa."
Então ele comprou belos vestidos, pérolas e jóias para as enteadas, voltando
para a casa, quando cavalgava por um bosque, um ramo de uma aveleira passou pelo
seu chapéu. Então ele quebrou o ramo e levou consigo. Quando chegou em casa, ele
deu às enteadas o que haviam pedido, e para Cinderella ele deu o ramo da aveleira.
Cinderella agradeceu, foi até o túmulo de sua mãe, plantou o ramo que ganhou de seu
pai, e chorou tanto que as lágrimas chegaram ao chão e regaram a planta. O pequeno
ramo cresceu e transformou-se em uma árvore frondosa. Três vezes por dia Cinderella
sentava-se sob a árvore, chorava e rezava. Um passarinho branco sempre vinha para a
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árvore e se Cinderella expressasse um desejo, o passarinho jogava para ela o que ela
pedira.
Um dia o rei anunciou que haveria uma festa que duraria três dias para a qual
todas as moças jovens e bonitas do reino estavam convidadas para que o príncipe
escolhesse sua noiva. Quando as duas irmãs souberam que estavam convidadas,
ficaram eufóricas, chamavam Cinderella e diziam, "pentei nossos cabelos, engraxe
nossos sapatos e ajude-nos a nos vestir, porque nós vamos ao casamento no palácio
real."
Cinderella obedecia e chorava, porque ela queria ir com elas para o baile, e
implorava à madastra que deixasse-a ir.
"Você, Cinderella," disse ela, "coberta de pó e sujeira como você sempre está.
Você não tem roupas nem sapatos, e nem ao menos sabe dançar." E mesmo assim
Cinderella continuava pedindo. Depois de um tempo a madrasta disse, "E despejei um
prato de lentilhas nas cinzas, se você conseguir catar todas em duas horas, deixarei
você vir conosco."
A moça foi até a porta dos fundos e chamou: "Mansas pombinhas e rolinhas. E
todas as aves do céu. Venham me ajudar a catar as lentilhas. As boas no prato. As
ruins no papo."
Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as
rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas
cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros
passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha
passado nem uma hora quando acabaram o serviço e se foram.
A moça, contente, levou o prato para a madrasta. Ela acreditava que com isso
poderia ir ao baile com elas.
Mas a madrasta disse, "Não, Cinderella, você não tem roupas e não sabe
dançar. Você seria motivo de risos." Como Cinderella começou a chorar, a madrasta
disse: se você conseguir catar dois pratos de lentilhas das cinzas em uma hora, poderá
ir conosco. Ela achava que desta vez, Cinderella não conseguiria.
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Quando a madrasta derramou os dois pratos de lentilhas nas cinzas, a moça foi
até a porta dos fundos e chamou: "Mansas pombinhas e rolinhas. E todas as aves do
céu. Venham me ajudar a catar as lentilhas. As boas no prato. As ruins no papo."
Logo duas pombinhas brancas entraram pela janela da cozinha, em seguida as
rolinhas, e por último todas as aves do céu, vieram numa revoada e pousaram nas
cinzas. As pombinhas balançavam a cabeça e começaram a catar e os outros
passarinhos fizeram o mesmo. Logo juntaram todos o grãos bons no prato. Não tinha
passado nem meia hora quando acabaram o serviço e se foram. A moça estava muito
feliz achando que agora ela teria permissão para ir ao baile.
Mas a madrasta disse: "Isso não adianta nada. Você não pode ir conosco, pois
não tem roupas e não sabe dançar. Só nos faria passar vergonha." Dito isso, ela virou
as costas e partiu com suas orgulhosas filhas.
Enquanto não tinha ninguém em casa, Cinderella foi ao túmulo de sua mãe,
sentou-se sob a árvore e disse: "Balance e se agite, árvore adorada. Me cubra toda de
ouro e prata."
O passarinho entregou-lhe um vestido de ouro e prata e sapatos de seda com
bordados de prata. Ela vestiu-se com pressa e foi ao baile.
FONTE: Imagem de Maurício Lotici, 2011.
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A madrasta e as irmãs não a reconheceram e pensaram que deveria ser uma
princesa estrangeira de tão bela que ela estava em seu vestido dourado. Elas nem
imaginavam que podia ser Cinderella, e acreditavam que ela estava suja em casa,
sentada ao lado do fogão catando lentilhas. O príncipe se aproximou dela, pegou sua
mão e dançou com ela. Ele não quis dançar com nenhuma outra moça, não soltou a
mão dela por um único instante e, se alguém a convidava para dançar, ele dizia: "Ela é
minha dama."
Dançaram até tarde da noite, e então ela quis ir embora. Mas o príncipe disse:
"Eu te acompanho," pois ele queria saber a que família tão bela moça pertencia. Ela
conseguiu escapar-se dele e se escondeu no pombal. O príncipe esperou em frente à
casa até que o pai de Cinderella veio e ele disse que a moça desconhecida havia se
escondido no pombal.
O pai de Cinderella pensou, "Deve ser Cinderella." Trouxeram um machado e
uma picareta e quebraram o pombal em pedacinhos, mas já não tinha ninguém lá
dentro.
Quando chegaram em casa, encontraram Cinderella com suas roupas sujas
deitada nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella se escapou rápido pela parte de trás do
pombal e correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo
de sua mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas
vestida com seu camisolão.
No dia seguinte, a festa recomeçou. A madrasta e as irmãs foram de novo.
Cinderella foi até a aveleira e disse: "Balance e se agite, árvore adorada. Me cubra toda
de ouro e prata."
Logo o passarinho lhe entregou um vestido ainda mais bonito que o da noite
anterior. E quando Cinderella apareceu no baile com seu vestido, todos ficaram
espantados com tanta beleza. O príncipe, que estava esperando por ela, logo pegou
sua mão e não dançou com nenhuma outra moça. Quando outros vinham e a
convidavam para dançar, ele dizia "Ela é minha dama."
Quando anoiteceu, ela quis ir embora e o príncipe a seguiu para ver em que
casa ela entraria. Mas ela se escapou se escondendo no jardim de sua casa. Lá havia
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uma árvore alta e bela que dava pêras maravilhosas. Ela subiu ágil como um esquilo e
o príncipe não sabiam onde ela estava. Ele esperou até que o pai dela veio e disse a
ele, "A moça desconhecida se escapou de mim e acredito que ela tenha subido na
pereira." O pai pensou: "Deve ser Cinderella." Trouxeram um machado e derrubaram a
árvore, mas já não havia ninguém lá. Quando chegaram em casa, encontraram
Cinderella com suas roupas sujas deitadas nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
O que aconteceu foi que Cinderella se escapou rápido pela parte de trás do pombal e
correu até a aveleira. Lá ela tirou suas belas vestes, deixou-as sobre o túmulo de sua
mãe e o passarinho as levou. Então ela voltou pra casa e deitou-se nas cinzas vestida
com seu camisolão.
No terceiro dias, quando a madrasta e as irmãs já tinham saído, Cinderella foi
mais uma vez até o túmulo de sua mãe e disse para a aveleira: "Balance e se agite,
árvore adorada. Me cubra toda de ouro e prata."
E o passarinho lhe trouxe um vestido que ainda mais esplêndido e magnificente
que os outros e sapatinhos de ouro. E quando ela chegou ao baile, todos emudeceram
de admiração. O príncipe dançou apenas com ela e para todos que a convidavam para
dançar, ele dizia: "Ela é minha dama".
Quando a noite chegou, Cinderella quis ir embora e o príncipe estava ansioso
para ir com ela. Mas ela escapou-se tão rápido que ele não conseguiu segui-la. O
príncipe, desta vez, usou a inteligência: mandou que passassem piche na escadaria e,
quando a moça passou, o sapato do pé esquerdo ficou grudado. O príncipe pegou o
sapatinho: era pequenino, gracioso e todo de ouro.
Na manhã seguinte, ele disse a seu pai que não se casaria com nenhuma moça,
a não ser a dona do pé que coubesse neste sapato. As duas irmãs estavam felizes pois
tinham pás pequenos. A mais velha entrou no quarto com o sapato e tentava calçá-lo
enquanto sua mãe olhava. Mas ela não conseguiu colocar o sapato por causa de seu
dedão do pé. O sapato era muito pequeno para ela. Então a mãe lhe deu uma faca e
disse: "Corta o dedão, quando você for rainha, não precisará andar muito a pé."
A moça cortou fora o dedão, forçou o pé para dentro do sapato, disfarçou a dor e
foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e saiu com ela como se fosse
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sua noiva. Eles tinham que passar pelo túmulo da mãe de Cinderella, e quando por lá
passaram, da aveleira duas pombinhas cantaram:
"Olhe para trás, olhe para trás, há sangue no sapato, o sapato é pequeno
demais, sua noiva lhe espera muito atrás."
Então ele olhou para o pé dela e viu o sangue pingando. Ele deu meia volta com
o cavalo e levou a falsa noiva de volta para a casa, e disse para a outra irmã calçar o
sapato. Ela colocou seus dedos do pé sem problemas, mas deu calcanhar era largo
demais. A madrasta deu-lhe uma faca e disse: "Corta fora um pedaço do teu calcanhar,
quando fores rainha não precisarás andar a pé."
A moça cortou um pedaço de seu calcanhar, forçou seu pé para dentro do
sapato, disfarçou a dor e foi ver o príncipe. Ele colocou-a na garupa de seu cavalo e
saiu com ela como se fosse sua noiva. Quando passaram pela aveleira, duas
pombinhas cantaram:
"Olhe para trás, olhe para trás, há sangue no sapato, o sapato é pequeno
demais, sua noiva lhe espera muito atrás."
Ele olhou para o pé dela e viu o sangue escorrendo pelo sapato e manchando a
meia de vermelho. Ele deu meia volta com o cavalo e levou a noiva falsa de volta para
casa.
"Esta também não é a noiva certa," disse ele, "vocês não têm outra filha?"
"Não," disse o homem, "temos apenas a pequena e raquítica ajudante de cozinha, filha
de minha ex-mulher, mas não é possível que ela seja a noiva." O príncipe pediu para
vê-la, mas a mulher disse "oh, não! Ela está sempre muito suja. Não está apresentável.
Mas o príncipe insistiu e Cinderella foi chamada.
Ela, primeiro lavou suas mãos e o rosto, e curvou-se diante do príncipe que
entregou-lhe o sapatinho de ouro. Ela sentou-se em um banquinho, tirou o pesado
sapato de madeira, e calçou o sapatinho de ouro, que serviu como uma luva. Ela
ergueu-se e o príncipe olhou para o seu rosto e reconheceu a bela moça com quem
tinha dançado e disse: "Esta é a noiva verdadeira."
A madrasta e suas filhas estavam horrorizadas e ficaram pálidas de raiva, ele,
entretanto, colocou Cinderella sobre seu cavalo e levou-a consigo. Quando passaram
pela aveleira, as duas pombinha cantaram:
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"Olhe para trás, olhe para trás, não tem sangue no sapato, que não lhe é
apertado. É com a noiva certa que estás."
E depois de cantar, as duas pombinhas pousaram nos ombros de Cinderella,
uma no direito, a outra no esquerdo, e ficaram sentadinhas lá.
Na cerimônia do casamento do príncipe, as duas irmãs falsas foram e queriam
ficar de bem com Cinderella e dividir com ela a boa fortuna que teve. Quando os noivos
chegaram à igreja, a mais velha estava à direita e a mais nova à esquerda, e as
pombinhas arrancaram um olho de cada uma das irmãs. Depois, quando voltavam, a
mais velha estava à esquerda e a mais nova à direita, e as pombinhas arrancaram o
outro olho de cada uma delas. E então, por sua maldade e falsidade, elas foram
punidas.
FONTE: Disponível em: http://folkstories.blogspot.com/2005/07/cinderella-verso-dos-irmos-grimm.html Acessado em 20/05/2011.
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ANEXO C -
A GATA BORRALHEIRA
Há muito tempo, numa cidade longínqua, vivia um
casal que só tinha uma filha, mas muito bonita e muito boa. Num inverno rigoroso a mãe morreu e, desde aquele dia, a vida da menina tornou-se muito triste; além disso, estava quase sempre sozinha, pois o pai era um comerciante rico muitas vezes ausente em viagem por países distantes. - Sei que estás muito desolada e triste, mas não te preocupes, porque em breve vais ter quem te console e acompanhe - disse-lhe um dia o pai.
Com efeito o comerciante casou de novo, mas agora com uma viúva muito antipática que já tinha duas filhas muito feias e com um coração tão mau como o da mãe. Aquela mulher sentiu logo uma grande inveja, porque as
suas meninas não eram nem tão bonitas nem tão boas e prendadas como a enteada, e por isso as três costumavam maltratá-la, aproveitando o facto de o pai estar ausente. - Porque é que tens tanta cinza no vestido? Estás tão suja! Vamos chamar-te Gata Borralheira, que é um nome que te assenta muito bem! - disseram-lhe uma tarde as três, rindo-se muito.
Um dia o pregoeiro do Rei anunciou que o Príncipe completara dezoito anos e que o Monarca, para o celebrar, convidava para um baile no Palácio todas as filhas solteiras das famílias nobres e ricas. A madrasta chamou a Gata Borralheira e disse-lhe:
- Vais engomar os vestidos das minhas filhas e limpar-lhes os sapatos, mas tu não vais a esse baile!
Quando a madrasta e as filhas saíram para o Palácio, a Gata Borralheira escondeu-se num canto e começou a chorar amargamente. Era ela que tinha de fazer todos os trabalhos da casa e obrigavam-na a dormir junto da lareira.
De repente uma luz azul encheu a cozinha e a Gata Borralheira viu uma mulher lindíssima e resplandecente. - Eu sou a tua Fada Madrinha e venho consolar-te, porque tens continuado a ser boa apesar dos sofrimentos. Pede-me o que quiseres, que eu concedo-to.
A Gata Borralheira pensava que estava a sonhar. A Fada, que sabia tudo, disse:
- Gostavas de ir ao baile do Palácio? - Sim, sim...isso é o que eu mais desejo neste mundo! -respondeu a jovem.
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Então a Madrinha mandou-a trazer do jardim uma grande cabaça, seis ratos, uma rata e seis lagartixas, que se deixaram apanhar porque era a Fada que mandava. Depois transformou tudo com a sua varinha mágica: a cabaça converteu-se na carruagem mais luxuosa jamais vista; os ratos, em seis cavalos brancos; a rata, num cocheiro todo empertigado e as lagartixas em seis criados com uniformes muito vistosos.
A Fada tocou depois com a varinha no vestido sujo da Gata Borralheira e ela ficou adornada com o vestido comprido mais maravilhoso que uma costureira poderia alguma vez imaginar. Por último a varinha pousou nas suas pobres sandálias, que se tornaram em dois sapatinhos de cristal de rara beleza.
- Á meia-noite em ponto terminará o feitiço e tudo será como antes -disse-lhe a Fada ao despedir-se dela.
Quando a Gata Borralheira entrou no salão de baile todos a admiraram pensando que era uma Princesa, e o Príncipe, apaixonado, convidou-a para dançar. Ao vê-los juntos o rei comentou: -Nunca vi uma jovem tão elegante e tão bonita. Espero que o meu filho se dê conta disso. O Príncipe não deixou de dançar com ela um só momento. Mas as horas felizes passam muito depressa e as badaladas do relógio do Palácio despertaram a Gata Borralheira daquele sonho maravilhoso: estava a bater a meia-noite! Deixou o Príncipe e correu pelos jardins, tão depressa que perdeu um sapato na escadaria. Quando soou a última badalada o feitiço desapareceu. O Príncipe correu atrás dela, mas só viu uma jovem pobremente vestida a afastar-se. Foi então que encontrou o sapato e guardou-o perto do coração. -A dona deste sapato de cristal é também a dona do meu coração! -disse o Príncipe ao pai.
- Quero que procurem essa jovem por todo o reino! -ordenou o Rei.
Os emissários reais foram experimentando o sapato a todas as donzelas. E, quando chegou a vez delas, as meias-irmâs da Gata Borralheira fizeram esforços enormes para poderem meter nele os seus grandes pés, mas tudo foi inútil.
- Agora gostava eu de o experimentar! -pediu a Gata Borralheira. - Tu não vais experimentar NADA! -gritou-lhe a madastra com desprezo.
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- Claro que o vai experimentar, minha senhora -exclamou o emissário real. - O Rei ordenou que todas o experimentassem, e todas significa todas.
O pé da Gata Borralheira entrou perfeitamente no sapato de cristal, que parecia feito à sua medida, e a madastra e as filhas choraram de desespero.
Pouco tempo depois a Gata Borralheira e o Príncipe casaram. Nunca houve um casamento tão magnífico! E os apaixonados viveram felizes, durante muitos e muitos anos.
FONTE: Disponível em: http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/histor15.html Acessado em 20/07/2011.