LêdaGarcia Médica Psiquiatra MScem Ciências da Saúde ... · focar no trabalho, e não no...

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Lêda Garcia Médica Psiquiatra MSc em Ciências da Saúde (UNESC) Docente Curso Medicina UNESC (Univ. Extremo Sul Catarinense)

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Lêda Garcia Médica Psiquiatra MSc em Ciências da Saúde (UNESC)Docente Curso MedicinaUNESC (Univ. Extremo Sul Catarinense)

¡ Indivíduos são validados e completam a construção da própriaidentidade a partir do trabalho.

¡ Por sua importância, o trabalho ocupa na vida das pessoas,influência q vai além das horas em que permanecem no local detrabalho e se estende pela sua vida familiar e pessoal.

¡ Alguns fatores que contribuem para o adoecimento mentalassociado ao trabalho:

¡ - aumento da industrialização e novas formas de organização dotrabalho;

¡ - avaliação individual por desempenho > estimula o “vale tudo” paramanter o emprego;

¡ - invisibilidade do trabalhador (falta de reconhecimento do seuesforço);

Característica:- jornadas longas (12 a 16 hs/d)- baixos salários > promiscuidade, má alimentação e higiene,

alta morbidade e alta mortalidade).- Operários lutam pelo direito à sobrevivência e à organização

¡ Início da ideologia operária revolucionária¡ O Estado torna-se o árbitro > repressão estatal¡ Nascimento do Alienismo: “a loucura é rara entre os povos

primitivos e aumenta com o processo de civilização”.

¡ Psicopatologia Trabalho - no início, embora reconhecendosituações nocivas do trabalho focava nas características dosujeito confrontado com uma determinada tarefa.

¡ 1968 = trabalho era visto como a principal causa de alienação.Slogan: “Viver sem obrigações e gozar sem trabalhar”.

¡ Avanço no séc XX: a compreensão das dificuldades associadas aotrabalho não apenas a partir das condições de trabalho, ou dascaracterísticas do trabalhador, mas também pela análise daorganização do trabalho.

¡ A psicopatologia do trabalho influenciou 03 escolas que passaram afocar no trabalho, e não no individuo, e propõem ação etransformação no trabalho:

¡ Ergonomia - melhora do ponto vista do ambiente, da fisiologia, daprodutividade..

¡ Clinica da atividade – defende a criação de métodos q permitam aotrabalhador agir e transformar sua própria realidade.

¡ Psicodinâmica do trabalho:Cristophe Dejours (francês, psiquiatra emédico do trabalho): observou q causas coletivas atingem a saúde daspessoas de modo geral mas sofrimento e adoecimento são processosindividuais e fazem parte da interação entre individuo e trabalho.

¡ Concluiu q trabalhadores desenvolvem estratégias defensivas,individuais e coletivas estabelecendo assim uma dinâmica entresofrimento e defesa contra esse sofrimento.

¡ A patologia surge quando se rompe o equilíbrio e o sofrimento não émais contornável.

SOFRE O TRABALHADOR

- sobrecarga de trabalho- organização do tempo no

trabalho- nível de participação- papel exercido- possibilidade de ascensão - salários- relações interpessoais- cultura organizacional - interface trabalho/casa

(Osha, 2004)

SOFRE A ORGANIZAÇÃO

¡ Absenteísmo.¡ Rotatividade de pessoal.¡ Problemas disciplinares;¡ Práticas inseguras de trabalho;¡ Tensão e conflitos entre

colegas de trabalho;¡ Prejuízo à imagem da empresa;¡ Aumento do nº de processos.

¡ -neurovegetativos: hipertensão, taquicardia, hiperventilação,menor fluxo sg em pele/ vísceras e maior para músculos e cérebro;

¡ -hormonais: ativação do sistema simpático e do eixo HPA.Hipotálamo libera H corticotrófico (CRH), q liberaadrenocorticotrófico (ACTH) a partir da adeno-hipófise; ACTHestimula adrenal a liberar o cortisol em níveis proporcionais àintensidade do estresse;

¡ -comportamentais: luta ou fuga.

¡ Também há mudança sensorial > menor sensibilidade à dor.

¡ Pesquisa Lab Eurofarma + Instituto Datafolha (Prof dra USPAlexandrina Meleiro, 2017).

¡ Objetivo do estudo: verificar ocorrência de ansiedade, estresse eburnout junto à população adulta brasileira, buscando possívelrelação dessas doenças com o trabalho /ocupação dos indivíduos.

¡ “Burnout (SEP) é um problema de saúde pública que aumenta amorbimortalidade por infarto, diabetes, depressão, acidente detrabalho e suicídio, além de estar diretamente relacionada aoabsenteísmo”.

¡ Três elementos centrais:¡ - exaustão emocional (esvaziamento afetivo)¡ - despersonalização (afastamento excessivo do público)¡ - distanciamento pessoal do trabalho.¡

¡ Realizadas 2.098 entrevistas no período de 28/06 a 02/07/2016 .¡ Abrangência: população brasileira com 16 anos ou mais,

pertencente a todas as classes econômicas, distribuídas em 132municípios de todas as regiões do país.

¡ 54% afirmam que a exigência e a perfeição são suas constantescompanheiras;

¡ 51% não conseguem deixar seu celular desligado;¡ 43% sentem-se desconfortáveis ou com remorso quando não estão

fazendo nada;¡ 42% sentem-se ansiosos e inquietos na maior parte do tempo.

¡ Essas respostas reafirmam os traços de personalidade tipo A,presente em pessoas com a SEP, também estimulado pelo mundocorporativo.

¡ Algumas respostas apontaram para sintomas físicos e emocionaisimportantes no esgotamento profissional

¡ 39% dos entrevistados relataram aumento de dores nas costas;¡ 38% deles têm sensação de cansaço ao despertar;¡ 37 % têm estado inseguros na hora de tomar decisões;¡ 30% não têm férias de verdade há mais de dois anos;¡ 28% declaram dificuldade para dormir;¡ 26% estão submetidos a barulho irritante no trabalho;¡ 24% dizem ter dores de cabeça diariamente;¡ 22% relatam alteração na pressão arterial.

¡ Marie-France Hirigoyen(2005)

¡ “AM designa qualquerconduta abusiva comogestos, palavras,comportamento, atitudes, queatentam contra a dignidadeou integridade psíquica oufísica, de uma pessoa e queocorrem de forma repetida,como parte da rotina detrabalho.

¡ Analisou estudos realizados entre 2006 e 2015¡ Prevalência da violência ocupacional: entre 58.2% e 88.9%¡ Violência Verbal praticada por: pacientes (93,5%) e acompanhantes (87%)¡ Fatores associados:¡ Gênero: masc > fem¡ Faixa etária: mais baixa e com menor tempo de experiência profissional¡ Categoria: enfermeiros¡ Local: emergência¡ Outros fatores associados: sobrecarga de trabalho, quantidade

insuficiente de profissionais, espaço físico inadequado, falta de treinamento para lidar com situações de violência, falhas na comunicação, dificuldade de aceso aos serviços de saúde e longo tempo de espera pelo atendimento.

¡ OMS estimou que custos (tratamento e perda de produtividade) comtranstornos mentais demandem 3 a 4% do PIB dos países emdesenvolvimento.

¡ Das 10 doenças que mais levam ao afastamento do trabalho, metade sãopsiquiátricas: Depressão, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar,dependência álcool e TOC.

¡ Nos quadros clínicos de Depressão e Ansiedade ocorre mais oabsenteísmo e a perda de produtividade > demissões > levam otrabalhador à Justiça alegando que a empresa o deixou doente.

¡ Considere-se ainda queixas de assédio moral, TEPT e perturbaçõesdecorrentes de alterações do ciclo sono-vigília.

- Absenteísmo nos T M menores = 4 dias /ano- Absenteísmo nos T M Graves = 220 dias/ano (Kessler & Ustün,2004).

2008 2016

distúrbiososteomusculares

117.353 503.069

transtornos mentais 12.818 188.389

Local do estudo ao longo da vida No último ano:

Brasilia 50,5% 34,1%

POA 42% 33,7%

SP 31% 19%

¡ Taxas de demanda potencial para tratamento de 20 a 35%.

¡ Principais achados diagnósticos:¡ - ansiedade e fobias - 8 a 18% e demanda 5 a 12%¡ - depressão (gde variação): < 3% em SP e Brasília e 10% em PoA¡ - abuso/dependencia álcool: > 4% em Brasiíia e SP e quase 9% em

POA.

¡ Estudo com limitações mas, único no Brasil em mais de 1 centro etaxa geral compatível com estudos internacionais do tipo.

- T Mentais menores – 30%- T Mentais Graves (incapacitantes) - 5 a 10% (OMS,2003).

¡ Levantamento do CFM (*) (dados do Ministério da Saúde):¡ 3% da pop geral apresenta T mentais graves ¡ 6% - T mentais por álcool e outras drogas

¡ CFM – estima que 25 milhões de pessoas necessitam algum tipo de atendimento psiquiátrico.

¡ (*) Jornal “Medicina” , do Conselho Federal de Medicina (Fev/17)

Suicídio

2011 - ANREC 43 casos

2012 30 "

2013 41 "

2014 43 "

Jan a 15/fev/2015 8 "

Janeiro/2017 4 "

Dados sobre suicídio: Dados estatísticos divulgados pela OMS estimam que:

-800 mil pessoas morram por suicídio ao ano no mundo (01morte a cada 40 segundos.

- é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15-29 anos,

No Brasil:

8º país em nº absoluto de suicídios; com 10.000ocorrências por ano

em 2012 - registro de 11.821 casos (9.198 homens e 2623 mulheres)

¡ OMS: no mundo - mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio acada ano (01 a cada 40 segundos) segundos. Estima que haverá1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representando2,4% de todas as mortes.

¡ No Brasil - foram registrados 11.821 suicídios em 2012, o querepresenta, em média, 32 mortes por dia (Sistema de Informaçõesde Mortalidade, do Ministério da Saúde). Estimativa; 25 pessoascometam suicídio por dia.

¡ Últimos vinte anos: o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros comidades de 15 a 29 anos, tornando-se a terceira principal causa demorte de pessoas em plena vida produtiva no País (superadaapenas por acidentes e homicídios.

¡ Conceito: O termo designa um sentimento, um sintoma, umasíndrome ou um transtorno mental.

¡ “Transtornos depressivos são condições médicas sérias,potencialmente letais, cujo quadro clínico é dominado por humorpatológico e alterações comportamentais, cognitivas e vegetativas.Sem diagnóstico e tratamento adequados causam sofrimentoimportante e incapacitam para o trabalho e a vida social e familiar” .(Moreno et al,2011)

¡ “Doença heterogênea, com alterações em praticamente todas asfunções mentais, mas são mais afetadas as funções afetivo-volitivas”. (Cheniaux, 2013).

¡ Etiologia variada.

¡ Quadro clínico: mínimo 15 dias humor deprimido, anedonia, baixaenergia. Ainda: pessimismo, alterações do sono, apetite e libido.Reduzida capacidade de atenção e concentração. Pensamentose/ou ações autodestrutivas, culpa, prejuízo cognitivos e atésintomas psicóticos com atividade delirante de conteúdopredominantemente de culpa, hipocondríaco, ruína.

(CID 10, OMS, 1993)

¡ Curso – recorrente (50% após primeiro episódio).

¡ Na pop geral, prevalência ao longo da vida entre 15,1 e 16,8% para depressãomaior e 4,3 a 6,3% para distimia.

¡ Kessler et al., 2007-NCS-R-2004: Prevalência=16,5%.

¡ No Brasil: 16,8 depressão recorrente e 4,3 distimia . (CID 10).¡ Acomete 2 a 3 xx mais mulheres (idade fértil) que homens com diferença menor em

pop mais jovens.

¡ Idade média de inicio – 27 a 28 anos (tendência atual para início mais precoce)¡ 40% dos acometidos referem 1º episódio antes dos 20 anos;¡ 50% sofreram 1º ep entre 20 e 50 anos e 10% após os 50 anos de idade;

¡ Metade dos portadores sofrem um período prodrômico antes do 1ºepisódio caracterizado por sintomas ansiosos e depressivos leves;

¡ Sem tratamento um ep depressivo leve a moderado dura de 4 a30 semanas e um ep grave dura de 6 a 8 meses (em 25% dos epgraves sintomas duram mais de 12 meses).

¡ Episódios tratados duram 3 meses, mas suspensão precoce do ADpode precipitar recaída.

¡ 25% dos deprimidos recidivam dentro de 6 meses¡ 58% recidivam dentro de 5 anos¡ Deprimidos com 2 episódios têm 70% chance para o 3º¡ Após o 3º ep o risco para novo episódio vai a 90%¡ Se a doença progride o intervalo são diminui e os episódios se

tornam mais graves¡ 1/3 dos pacientes permanece parcial ou totalmente sintomático e¡ 5 a 10% desenvolvem mania ou estado misto¡ Diagnóstico e tratamento corretos são essenciais para melhorar o

prognóstico.

¡ Indivíduos com T depressivo apresentam hiperatividade do eixoHHA (q pode ser consequência de estresse crônico), desajuste doritmo circadiano, perturbações do sistema imunológico e alteraçõesmorfofisiológicas cerebrais.

¡ Mostram prejuízo cognitivos, com pensamento lento e de conteúdonegativo, menor capacidade de atenção, de raciocínio e memória.Sofrem “brancos”.

¡ Mostram ainda prejuízo volitivo por fatigabilidade e perda dainiciativa.

¡ Sintomas vegetativos e queixas de dores.¡ Quadros de agitação sugerem estados mistos.

¡ Estudos neuropsicológicos => indivíduos com TH Bipolarapresentam prejuízo em vários domínios cognitivos, compersistência de alguns mesmo após remissão dos sintomas.

¡ Os déficits encontrados são sobretudo em funções executivas e secorrelacionam com o nº de episódios.

¡ Conceito atual direciona a explicação da fisiopatologia do THB porcomplexas alterações estruturais e funcionais de plasticidadeneuronal e de circuitos cerebrais influenciados por fatoresgenéticos.

PREJUÍZO FUNCIONAL

¡ Estudos neuropsicológicos =>indivíduos com TH Bipolarapresentam prejuízo em váriosdomínios cognitivos, com persistênciade alguns mesmo após remissão dossintomas.

¡ Os déficits encontrados sãosobretudo em funções executivas ese correlacionam com o nº deepisódios.

¡ Conceito atual direciona a explicaçãoda fisiopatologia do THB porcomplexas alterações estruturais efuncionais de plasticidade neuronal ede circuitos cerebrais influenciadospor fatores genéticos.

EPIDEMIOLOGIA

T Humor Bipolar:

Homens mulheres

Depressão maior

5 a 12 % 10 a 25%

T Humor Bipolar

0,4 a 1.6 % 0,4 a 1,6 %

Esquizofrenia

1% 1%

¡ F social – um dos T ansiedade mais prevalentes, emboraestudada somente a partir do DSM III.

¡ Apresenta início precoce, curso crônico e comorbidadesimportantes e só remite com tratamento.

¡ Costuma provocar enorme prejuízo ao portador pelarestrição de atividades cotidianas e acentuado sofrimento.

¡ Início do quadro se dá na infância e adolescência(puberdade é o período critico). Profissionais de saúde eeducação que atendem essas faixas etárias devem secapacitar para reconhecer a ocorrência e encaminhar paratratamento.

¡ Deve ser estabelecido o padrão de uso:¡ - experimental, recreativo, uso regular,¡ - abuso, dependência.¡ - intoxicação ou abstinência

¡ Drogas mais consumidas: álcool, tabaco e maconha

Consumo de bebidas etílicas para baixo risco

sexo NºDosesdia

Nº dosessemana

Máximodosessemana

Máximo doses em 01dia

homem 02 14 05 3 a 4

mulher 01 07 05 3 a 4

10 ml pinga ou vodka

70 ml vinho do porto (25%) ou licor

140 ml vinho de mesa (12%)

340 ml ou 1 lata de cerveja (15%) ou chopp

(Palhares Alves H et al, em Atualização Terapêutica, 2003, 21ª ed, Artes Médicas)

O aumento dos diagnósticos psiquiátricos ocorre:¡ - pelos fatores de estresse urbano¡ - pelo refinamento diagnóstico¡ - pelo aumento da atenção de médicos e da pop geral ao tema¡ - por interesses da indústria farmacêutica

¡ Perícias psiquiátricas e psicológicas são instrumentos para avaliarqueixas de danos morais em alegações de depressão, ansiedade,esgotamento devido ao trabalho.

¡ Dificuldade decorre da complexidade dos fenômenos mentais e dasdificuldade de serem aferidos.

¡ Dificuldade de estabelecer limites entre sofrimento psíquico vivenciadoao longo da vida e as condições patológicas.

¡ Tendência geral à medicalização do sofrimento, postergando oenfrentamento das causas (pelos gestores, pelos profissionais desaúde e pelo próprio indivíduo).

¡ Atitudes habituais de empresas e colegas quando um trabalhadoradoece:

¡ 1.Responsabilizam o sujeito (é fraco, é problemático, semcompromisso com o trabalho)

¡ 2.Ele recebe o direito de adoecer e deve ser afastado.¡

¡ Nos 2 casos, o possível caráter “adoecedor” do trabalho énegligenciado.

¡ Pesquisar aspectos ocupacionais nas anamneses clínicas; históricoda vida profissional e ocupacional, condições de trabalho atuais,relações com colegas e chefia, aspectos organizacionais dotrabalho (monotonia, grau de autonomia, satisfação,reconhecimento).

¡ Isso evidencia o histórico de adoecimento do indivíduo e o caráter“adoecedor” de certas atividades.

¡ Ao adoecer o trabalhador, desnuda-se a falência do sistema deassistência ao mesmo e nos confrontamos com problemas sociais,culturais, socioeconômicos, políticos, conflitos com os convêniosmédico-empresa e, quase invariavelmente, conflitos com aprevidência social.

¡ Serviço da Previdência Social;¡ - objetivo: oferecer aos segurados incapacitados para o trabalho

(por motivo de doença ou acidente) os meios de reeducação oureadaptação profissional para o seu retorno ao mercado detrabalho.

¡ - atendimento: feito por equipe de médicos, assistentes sociais,psicólogos, sociólogos, fisioterapeutas e outros profissionais.

¡ Emprego assistido – modalidade de reabilitação profissional qauxilia indivíduos com T. mentais graves na obtenção de umemprego. Treinamento e acompanhamento inclusive no local detrabalho.

¡ Tais indivíduos apresentam altas taxas de desemprego (*) emborainteressados em trabalho no mercado competitivo.

¡ O programa traz benefícios comprovados, entretanto pac gravespermanecem no trabalho, em média, por 5 meses.

¡ No Brasil, a reabilitação não foca nos portadores de T mentais e asleis trabalhistas não facilitam.

¡ Lei 7853/89 prevê reserva de mercado para pessoas comdeficiência mental mas pelo Decreto 3289/99 não se incluemportadores de T mentais sem deficiência.

¡ (*) mais de 25% nos países europeus e norte-americanos.IPQ p 1427

¡ Pesquisas mostram elevadas taxas de afastamento do trabalhopor T mentais, no Brasil e também em estudos internacionais.

¡ Ainda se observa, entretanto, maior atenção aos estudos comtrabalhadores acometidos por problemas físicos, como asLer/DORT.

¡ A falta de estudos é uma possível razão para o quadro atual.

¡ 1. Foco na Situação de Trabalho:¡ - Ação sobre fatores estressores, com a intenção de modificar a

situação no ambiente de trabalho.¡ - Melhorias na organização do trabalho e estabelecimento de

metas realistas.

¡ 2. Foco no Indivíduo:¡ - Permitir que o trabalhador tenha alguma influência sobre a própria

situação.¡ - Promoção da saúde: modificar atitude com relação aos fatores

estressores e promover o uso dos recursos disponíveis.

¡ A idéia de Prevenção é recente e deve considerar:¡ - as novas exigências mentais no trabalho,¡ - as novas tecnologias,¡ - as modificações no processo produtivo.

¡ Implantação do Programa de Prevenção nas empresas:¡ 1. Diagnóstico das condições de trabalho¡ 2. Análise dos fatores estressores¡ 3. Implementação do programa individualizado para a empresa¡ 4. Avaliação contínua dos resultados, com correções

¡ SIM:¡ - horário constante de dormir e despertar;¡ - programa diário de exercícios;¡ - isolar o quarto de frio, calor, ruído e luz excessivos;¡ - não dormir com fome (alimentos leves);¡ - reservar um tempo antes de deitar para elaborar problemas.¡ NÃO:¡ - exercícios extenuantes antes de deitar;¡ - bebidas estimulantes após as 15horas;¡ - não assistir TV na cama;¡ - não usar medicação para insônia cronicamente.

¡ DIAGNÓSTICO:¡ Institucional – demandas¡ Trabalhador – presença de sintomas, grupo¡ Implementação efetiva de programas de prevenção, tratamento e

reabilitação em saúde mental:

¡ Reconhecimento da Saúde Mental como algo pertencente àorganização e não somente ao indivíduo que se vê impelido abuscar auxílio no sistema externo de saúde.

¡ Estreitamento das relações empresa-universidade.

¡ Incluir um sistema de detecção precoce aos possíveis agravos esensibilização das hierarquias superiores;

¡ Envolver os participantes no gerenciamento do processo;

¡ Integrar a Saúde Mental na filosofia do gerenciamento;

¡ Estabelecer diferentes níveis de intervenção: individual, noambiente social e nas condições de trabalho.

¡ As intervenções devem levá-lo a refletir:

¡ Como participo da melhora do meu ambiente de trabalho e dosmeus relacionamentos no trabalho?

¡ Como funciona a gestão do trabalho que faço?

¡ Quem são os gestores e os colaboradores?

¡ Como é a cultura e os valores da minha empresa?

¡ Estamos vivendo num novo mundo, cheios de incertezas emrelação ao futuro.

¡ O trabalho está passando por sérias transformações e a cargapsíquica aumenta consideravelmente.

¡ Conflitos fazem parte da existência e há grande dificuldade emconviver com as diferenças.

¡ A vida humana está muito desvalorizada.

¡ Ref bibliográficas ¡ Clinica psiquiátrica – equipe do IPQ do HC da FMUSP. SP. Ed Manole. 2011.¡ Dejours C; A loucura do trabalho; 5ª ed. SP. Cortez-Aboré. 1992.¡ www.previdencia.gov.br/dados-abertos/estatisticas/ acesso 12.08.17

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Criciúma, agosto/2017