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N OVEMBRO DE 2014 EDIÇÃO: 338 ANO: XXXII 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Mensagem de agradecimento Mensagem de agradecimento Bombeiros com nova casa Bombeiros com nova casa LBP/CML “Bem vinda aos Bombeiros Sra. Ministra” CALENDÁRIO POR UMA CAUSA Presidente da LBP Página 3 Página 7 Página 32 Foto: Marques Valentim Foto: Marques Valentim Página 5 Foto: Inácio Rosa/Lusa

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N o v e m b r o d e 2 0 1 4 edição: 338 ANo: XXXii 1,25€ director: rui rAmA dA SilvA

Mensagem de agradecimentoMensagem de agradecimento

Bombeiros com nova casaBombeiros com nova casaLBP/CML

“Bem vinda aos Bombeiros Sra. Ministra”

CALENDÁRIO POR UMA CAUSA

Presidente da LBP

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2 NOVEMBRO 2014

Os Bombeiros Voluntários de Lagos editaram mais um núme-ro da sua “newsletter” onde incluem um conjunto de infor-

mação através da qual “prestam contas” das suas valências e serviços e também do trabalho realizado ao longo do terceiro trimestre do corrente ano.

Na mensagem da direção da Associação explicam-se os cons-trangimentos do serviço pré-hospitalar com sucessivos pedidos recebidos através do INEM, o número de bombeiros e de ambu-lâncias envolvidas nesse esforço perante o facto de, feitas as contas, o INEM apenas pagar 66 por cento de cada serviço pres-tado através dos bombeiros.

Na mensagem do comando é feito um balanço da atividade desenvolvida no período estival de combate a incêndios flores-tais em que, não obstante não se terem verificado intervenções de monta, importa, mesmo assim, registar que se verificaram muitas e diversificadas, inclusive em triangulação com os corpos de bombeiros vizinhos.

LAGOS

Bombeirosprestam contas

“Alea jacta est”Perdoem-me a citação em latim,

porventura pretensiosa, mas que serve para recuar às origens de

factos ocorridos e sinalizar uma histó-ria verdadeira, da realidade da vida, da tradição e da história universal.

Do fundo do baú, no meio dos livros de latim e grego que fui obrigado a trilhar, surge um acontecimento histó-rico que, em síntese, nos demonstra, acima de tudo, que a história, não só não se repete, como nem se rebobina nem volta atrás.

A expressão latina “Alea jacta est” tem merecido várias traduções ou lei-turas. “Os dados estão lançados” é uma delas. “A sorte está lançada” é outra. No fundo, sempre assente na lógica da irreversibilidade e da impor-tância da decisão tomada e dos riscos assumidos.

O facto aconteceu. A frase é atri-buída a Júlio César ao tomar a decisão de não voltar atrás para atravessar o rio Rubicão com as suas legiões, em terras que hoje delimitam a fronteira norte da Itália, afrontando o poder de Roma e o Senado.

A questão em apreço está, não só na vontade nem apenas no desejo,

mas no próprio valor da decisão, no atrevimento em fazê-lo, na coragem em assumir que, como é comum di-zer-se, nada será como dantes a par-tir dela.

Assim estão também os bombeiros, depois da discussão e das decisões to-madas em congresso, quer, para prosseguir o trabalho já iniciado, mas agora em novos patamares e etapas,

quer para, a par disso, avançar para novos desafios também traçados e anunciados no congresso.

O grito de Júlio César, transposto para o actual momento dos Bombei-

ros Portugueses, traduz a irreversibi-lidade, a convicção das decisões to-madas sobre o seu futuro e, pelo ím-peto e conteúdo, afasta totalmente a possibilidade de recuar ou voltar atrás.

Em abono da verdade, é isso que os bombeiros portugueses já fazem todos os dias na sua missão de pres-tar socorro. A heroicidade e capacida-de técnica aplicadas pelos bombeiros no socorro quantas vezes tornam o andamento da sua acção, forçosa-mente rápido, exigente e também ir-reversível. Há manobras e decisões que depois de tomadas, pese embora os riscos assumidos para socorrista e socorrido, não poderão ser anuladas.

É isso que torna os bombeiros, nem melhores, nem piores, mas dife-rentes, claramente diferentes. Muitos gostariam de ser como eles, mas não são. O facto é esse. Não basta gostar. É preciso querer e saber decidir.

Para os bombeiros, sempre que a sua intervenção é precisa, o lema é “Vida por Vida”. Por que não, tam-bém, “Alea jacta est”.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Garantem os responsáveis deste setor que, por en-

quanto, a emigração ainda não é problema para a generalida-de dos corpos de bombeiros, que os números não são ex-pressivos, contudo este é fe-nómeno está a deixar marcas, lacunas difíceis de preencher, nomeadamente no designado “país profundo”, onde falta tudo, sobretudo voluntários para abraçar a causa.

Na verdade, “partem sem-pre os melhores”, conforme referem os responsáveis ope-racionais, os homens e mulhe-res que, precisamente, pela formação e pelas qualidades humanas intrínsecas, têm al-guma facilidade em encontrar, noutras paragens, as condi-ções de vida que Portugal dei-xou de poder garantir.

Assim sendo, em vários quartéis, a escassez de recur-sos humanos é equivalente à falta de referências, exemplos motivadores para o grupo. Contudo, em jeito de compen-sação, fica a certeza que a li-gação à causa não se perde.

“Bombeiro uma vez, bom-beiro sempre” uma expressão muito usada no seio destas verdadeiras famílias e que de alguma forma reflete o “esta-do de alma” por muitos dos que são forçados a despir a

farda, a suspender o contrato com o voluntariado.

Muitos dos que deixam o país fazem questão de conti-nuar, no limite das suas possi-bilidades, a tentar cumprir du-rante as férias as horas de ser-

viço que os livrem da reserva. Outros, quando impossibilita-dos de cumprir o lema “vida por vida” encontram outras formas de continuar a servir as suas associações.

Exemplo dessa ligação,

Mauro Gentz, um jovem que encontrou modo de vida na Alemanha e partiu, mas que, pouco tempo depois, estava a enviar para o Voluntários da Cruz Branca, algumas dezenas de computadores portáteis, para equipar as salas de for-mação dos operacionais. Tam-bém Júlio Nóbrega deixou a sua terra natal, mas não es-queceu a família dos bombei-ros tendo, recentemente, pro-movido no país de acolhimen-to uma iniciativa solidária que permitiu angariar verbas para esta instituição de Vila Real.

Exemplos não faltam como o do subchefe Luís Teixeira, que depois de mais de 25 anos ao serviço dos Bombeiros da Póvoa do Varzim, rumou ao Luxemburgo, mas não esque-ce esta sua família. Ingressou no quadro de honra, deixou o coração no quartel, tal como uma magnífica coleção de mi-niaturas de bombeiros que embeleza uma das áreas mais nobres da sede desta associa-ção.

Gestos que tocam, revela-dores da paixão e da entrega, que norteiam os soldados paz e que os tornam únicos e es-peciais, porque, na verdade, “não é bombeiro quem quer, mas sim quem pode”.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Longe da vista, perto do coração

Mauro Gentz na Alemanha não esquece a família da Cruz Branca

Luís Teixeira ofertou a coleção de uma vida aos Voluntáriosda Póvoa do Varzim

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3NOVEMBRO 2014

Mensagem de agradecimentoMensagem de agradecimentoFo

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Sra. Presidente/ Sr. Presidente, Sra. Comandante/ Sr. Comandante, Bombeiras e Bombeiros de Portugal,

No rescaldo do 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses realizado em Coim-

bra, cumpre-me em nome pessoal e em nome dos que me acompanharam, agradecer a todos, sem exceção, por terem reconhecido a nossa capacidade de trabalho, o valor das propostas que apresentámos e a nossa dedicação à Causa dos Bombeiros Portugueses.

Neste Congresso confirmámos que tudo se torna mais fácil quando as pessoas acreditam nos projetos, na coerência das ações, e acima de tudo pelo respeito da concretização dos compromissos assumidos.

Como tal, e disso não tenhamos dúvidas, o sucesso que desejamos para futuro não se atingirá só com os que estiveram do nosso lado, ou com os que nos apoiaram, nada mais er-rado. Só atingiremos os objetivos a que nos propusemos se estivermos todos juntos e unidos, nas práticas, nos propósitos e nos objetivos co-muns.

Após o ato eleitoral e depois dos Bombeiros Portugueses terem dito, clara e inequivocamente, quem que-riam para dirigir os destinos da Liga dos Bombeiros Portugueses, haverá que fazer essas leituras para memó-ria futura e não mais do que isso.

Por isso entendo e assumo o meu compromisso de, como Presidente da

Liga dos Bombeiros Portugueses, ser o Presidente de todos, para, e com todos vós, prepararmos o futuro com solidez e confiança.

Por essa razão ninguém está dis-pensado, estão todos convocados.

No atual mandato ainda a decor-rer, todos ou quase todos, pautámos as nossas práticas pela lisura dos processos, pela defesa intransigente dos interesses dos Bombeiros Portu-gueses, na melhoria das suas condi-ções de trabalho, nas suas reivindi-cações, nos seus direitos e na juste-za das suas propostas.

Hoje, como ontem, afirmamos a nossa forte convicção de reforçar no próximo mandato o cariz reivindica-tivo das nossas ações, com base no

bom senso, equilíbrio e responsabili-dade, afirmando sempre quanta honra sentimos por representar os Bombeiros Portugueses.

Há pois que garantir, reforçar e consolidar o que conseguimos con-quistar no passado, corrigir o que houver a corrigir, continuando a lu-tar pela concretização das nossas propostas e avançar com as novas ideias e com os novos projetos, su-fragados no nosso Congresso.

Essa é a nossa meta, esse é o compromisso que assumimos e va-mos cumprir.

Não quero terminar esta mensa-gem sem que antes agradeça pe-nhoradamente à Direcção da Fede-ração dos Bombeiros do Distrito de

Coimbra e a todas as Associações e Corpos de Bombeiros que dela fa-zem parte, pela sua dedicação, pelo seu esforço, pela sua capacidade e disciplina organizativa.

A todos os funcionários da Liga dos Bombeiros Portugueses que es-tiveram na organização do Congres-so, pela sua competência e profis-sionalismo.

A todos os Bombeiros com farda e sem farda que por todo o País se en-volveram na defesa da nossa Causa, com empenhamento, entusiasmo, generosidade, e espírito de equipa na defesa dos mais altos valores e dos interesses de Portugal e dos Portugueses.

A todos, muito e muito obrigado.

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4 NOVEMBRO 2014

MESA DOS CONGRESSOSPresidente – Cmdt. António José Jesus Carvalho | AHBV Póvoa de Santa Iria | LisboaVice-Presidente – Fernando Eirão Queiroga | AHBV Boticas | Vila RealSecretário – Cmdt. QH António Castro Valente |CBP Salvador Caetano | AveiroSecretário Adjunto – António Lopes Marques | AHBV Caldas da Rainha | LeiriaVogal – Cmdt. António Manuel Marinho Gomes | FBD Braga | BragaSuplentesInácio José Ludovico Esperança | AHBV Vila Viçosa | ÉvoraManuel de Sousa Eusébio | AHBV Castelo Branco | Castelo BrancoCmdt. Ilda Maria Flores Cadilhe Coelho | AHBV Póvoa de Varzim | Porto Marcelo Jorge Lago | AHBV Mirandela | BragançaCmdt. José Marino Veladeiro Serra Fernandes | AHBV Sousel | Portalegre

CONSELHO EXECUTIVOPresidente – Cmdt. QH Jaime Carlos Marta Soares | AHBV Vila Nova de Poiares | CoimbraVice-Presidente – António João Rodeia Machado | AHBV Beja | BejaVice-Presidente – Cmdt. QH José Joaquim da Silva Miranda | AHBV Santa Marinha do Zêzere | Porto Vice-Presidente – Luís António Vicente Gil Barreiros | AHBV Gouveia | GuardaVice-Presidente – Cmdt. Adelino Lourenço Gomes | AHBV Constância | Santarém Vice-Presidente – Adriano da Graça Mourato Capote | FBD Portalegre | Portalegre Vogal – Rui Sousa Dias Rama da Silva | AHBV Cascais | LisboaVogal – Cmdt. José Luís de Carvalho Morais | AHBV Paredes | PortoVogal – Cmdt. José Sebastião Fernandes | AHBV Bragança | Bragança Vogal – Cmdt. José Alberto Lopes Requeijo | AHBV Moimenta da Beira | ViseuVogal – Cmdt. Mário Jorge de Deus Gil Leal Cerol | AHBV Alcobaça | Leiria

SuplentesCmdt. Fernando da Silva Barão dos Santos | AHBV Torres Vedras | LisboaCmdt. Miguel Ângelo e Silva David | AHBV Carregal do Sal | ViseuCmdt. Paulo Jorge Linares Simões | AHBV Vila Real de Santo António | FaroCmdt. QH José Gomes da Costa | AHBV Espinho | Aveiro João António das Neves Inverno | AHBV Évora | Évora Manuel Simões Rodrigues Marques | AHBV Pombal | LeiriaCmdt. João Carlos Lopes Serras | AHBV Vila de Rei | Castelo BrancoJoão Ilídio Monteiro da Costa | AHBV Vizela | BragaCmdt. Noémia Ermelinda Rocha Fragoso Ramos | AHBV Vidigueira | BejaCmdt. Paulo Jorge Lima Vieira | AHBV Alcochete | Setúbal Cmdt. QH José Francisco do Rio França de Sousa | AHBV Lisbonenses | Lisboa

CONSELHO FISCALPresidente – Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes | AHBV Figueira da Foz | CoimbraVice-Presidente – Vasco Manuel Verdasca da Silva Garcia | AHBV Ponta Delgada | RA AçoresRelator – Cmdt. QH Joaquim Mano Póvoas | AHBV Carvalhos | PortoSecretário – Eduardo Osvaldo Louro da Silva Correia | AHBV Barreiro – Sul e Sueste | SetúbalVogal – Rogério Viera Silva | AHBV Pampilhosa do Botão | Aveiro

SuplentesJosé Miguel Mafra Iglésias | CBM Funchal | RA Madeira Cdmt. QH Arnaldo Filipe R. dos Santos | AHBV Torrejanos – Torres Novas | SantarémJosé Gabriel Martins Borges | AHBV Ribeira de Pena | Vila RealCmdt. Pedro Manuel Lopes Ferreira de Lima | AHBV Sobral de Monte Agraço | LisboaJoão José Baptista de Sousa | AHBV Trancoso | Guarda

Conselho JurisdicionalPresidente – Cmdt. QH Carlos Ricardo Gaudêncio Bucha | AHBV Montemor-o-Novo | ÉvoraVice-Presidente – Cmdt. QH António Jaime Gualdino Ribeiro | AHBV Belas | LisboaVogal – Ana Paula de Figueiredo Simões Gomes Santana | AHBV Viseu | ViseuVogal – Luciano José Quintas Moure | AHBV Viana do Castelo | Viana do Castelo Vogal – Carlos Manuel Lopes de Almeida | AHBV Fajões | Aveiro

SuplentesAbel Manuel Barbosa Maia | AHBV Vila do Conde | PortoJosé Luís Mendes da Palma Pires | AHBV Serpa | BejaGermano Manuel de Lima Amorim | AHBV Arcos de Valdevez | Viana do CasteloRicardo João Duarte Rodrigues Avelãs Nunes | AHBV Pinhelenses – Pinhel | GuardaCmdt. Acácio José Ferreira Raimundo | Arruda dos Vinhos | Lisboa

CONSELHO SUPERIOR CONSULTIVOJosé António da Piedade Laranjeira | AHBV Albergaria-a-Velha | AveiroJosé Manuel Lourenço Baptista | AHBV Dafundo | LisboaJosé Manuel Barreira Abrantes | AHBV Malveira | LisboaAlberto Rui Freixo Guedes de Moura | AHBV Crestuma | PortoAgostinho Pinto Teixeira | AHBV Esposende | BragaCmdt. José da Silva Campos | AHBV Lixa | PortoCmdt. Nélio José dos Santos Gomes | AHBV Pataias | Leiria Cmdt. QH Eduardo do Rosário Agostinho | AHBV Rio Maior | SantarémCmdt. QH Miguel Maurício de Jesus Antunes | AHBV Linda-a-Pastora | LisboaManuel Baeta de Castro | AHBV Calheta | RA MadeiraJosé Gonçalo Nobre Duarte da Silva | AHBV Monchique | Faro

SuplentesCmdt. José Luís de Sousa Ribeiro da Quinta | AHBV Barcelos | BragaCmdt. José António da Silva Ferreira | AHBV Alter do Chão | PortalegreCmdt. Carlos Alberto Nunes Pires | AHBV Aveiro – Velhos | AveiroAntónio Manuel Batista | AHBV Macedo de Cavaleiros | BragançaCmdt. QH Carlos Manuel António Seara Pires | AHBV Vila Nova de Tázem | GuardaMário Augusto Ferreira Teixeira | AHBV Anadia | AveiroJoão Luiz Martinho Santa Bárbara | AHBV Sines | Setúbal Augusto Jorge Chaves Rodrigues | AHBV Borba | Évora António Fernando Ceia Biscainho | AHBV Portalegre | PortalegreJoaquim Pinto Ascensão Martins | AHBV Figueiró dos Vinhos | LeiriaAntónio Alberto Soares da Costa Barros | AHBV Vila Real – Cruz Verde | Vila Real

LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES

Lista dos órgãos sociais para o triénio 2015/17Lista eleita no 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses cuja posse irá decorrer em janeiro do próximo ano:

Um grupo de 15 oficiais do Corpo de Bombei-

ros Militares do Distrito Federal de Brasília, Bra-sil, avistou-se recente-mente com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandan-te Jaime Marta Soares, durante a visita que fize-ram à sede da confedera-ção. Esta reunião inte-grou-se no programa da visita a Portugal do grupo de oficiais brasileiros, que concluiu o curso de promoção a coronel, o posto mais alto da hierar-quia dos bombeiros mili-tares daquele país.

LBP

Bombeiros brasileiros visitam confederação

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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) renegociou recentemen-te com a Portugal Telecom (PT)/ Associação de Cuidados de

Saúde (ACS) um novo preçário para a prestação de serviços em ambulância.

O novo preçário revê os termos do protocolo de fevereiro de 2000 e constitui uma mais-valia nos serviços a prestar pelas asso-ciações/corpos de bombeiros aderentes aos beneficiários dos pla-nos de saúde geridos pela PT/ACS ou pessoas a quem esta presta cuidados de saúde.

No âmbito da renegociação, o preço de quilómetro percorrido passa a ser de 54 cêntimos, no caso de serviço do tipo normal, a taxa mínima de saída por serviço passa para 8,50 euros, só aplicá-vel quando o percurso percorrido não exceda os 20 quilómetros. Serão também cobrados 5 euros/ hora pela aplicação de oxigénio, em situações devidamente prescritas por um médico.

Os valores referidos serão atualizados anualmente, com efeitos a partir de 1 de fevereiro com base na variação que se verificar no Índice de Preços no Consumidor no ano precedente.

ACORDO LBP COM PT/ACS

Novo preçárioem vigor

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5NOVEMBRO 2014

Jaime Marta Soares, o presi-dente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) não

escondeu a “emoção” e o “or-gulho” no dia em que a Câmara Municipal de Lisboa cedeu ofi-cialmente o Palácio São Cristó-vão à Confederação para a construção da futura sede da Liga.

“Esta é uma data histórica para os bombeiros portugueses que vão ter uma nova casa com mais condições para que pos-sam ser servidos com outra dig-nidade”, realçou Jaime Marta Soares na cerimónia de assina-tura da escritura, realizada no passado dia 13 de novembro.

Realçando a “sensibilidade” e “disponibilidade” de António Costa, o presidente da Liga agradeceu as palavras do au-tarca que referindo-se ao traba-lho da LBP, destacou o serviço “humanitário e meritório” que os bombeiros voluntários pres-tam ao país. “É uma honra cola-borar mais uma vez com a Liga Bombeiros Portugueses para que a casa comum, a casa de todos os bombeiros, esteja se-diada em Lisboa”, sublinhou o presidente da Câmara de Lis-boa.

A futura sede da LBP será instalada no Palácio de São Cristóvão, no Paço do Lumiar, em Lisboa, por cedência do di-reito de superfície por parte do município de Lisboa. Uma insti-tuição que congrega homens que “têm a generosidade de dar a vida pela vida”, é uma institui-ção com a qual a câmara se sente “honrada em poder cola-borar”, sublinhou António Cos-ta, que se congratulou com a

instalação da sede da LBP em Lisboa, cidade que, salientou, tem o único Regimento de Sa-padores Bombeiros do país.

Dirigindo-se ao presidente da LBP, António Costa referiu que esta colaboração em muito se deve ao “trabalho” desempe-nhado pelo comandante, e que deixa a garantia que “a Liga vai prosseguir o seu trabalho ao mais alto nível”. Para o repre-sentante máximo dos Bombei-ros, a “rápida” conclusão deste processo deveu-se sobretudo à “forma afável e “competente” como António Costa abordou esta questão. Aproveitando o momento simbólico da assina-tura da escritura e da entrega das chaves do Palácio de São Cristóvão, Jaime Marta Soares sublinhou que gostaria de ver “replicada na fase de licencia-mento das obras”, todo o empe-nho demonstrado pela Câmara até ao momento.

Aproveitando a presença de vários elementos da câmara, Marta Soares solicitou a colabo-ração dos vários serviços da

edilidade, no sentido de tornar possível a conclusão das obras dentro do prazo de dois anos.

A cedência do edifício é feita “em regime de direito de super-fície num período de 50 anos, prorrogável por períodos de 25 anos”, pode ler-se na delibera-ção camarária. Durante os pró-ximos dois ano, a Liga fica isen-tada de pagar taxas ou impos-tos sobre o novo terreno do Lu-miar. Em contrapartida, é “revogado o direito de superfí-cie constituído a favor da LBP” sobre um lote de terreno na Rua de Campolide. Neste local esteve projetada a construção de uma nova sede, que nunca se concretizou.

Segundo o presidente da Liga, o atual edifício sede da LBP será sempre dos bombei-ros. “Esta será sempre a casa de todos os bombeiros portu-gueses e poderá servir de casa anfitriã para momentos impor-tantes. Qualquer decisão terá sempre a participação de to-dos”, conclui Marta Soares.

PC

ANTÓNIO COSTA DIZ QUE É UMA HONRA COLABORAR COM A LIGA

Palácio de São Cristóvão já é dos bombeiros

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6 NOVEMBRO 2014

“Ser homem é ser res-ponsável. É sentir que colabora na

construção do mundo.”Esta citação, do escritor An-

toine Saint-Exupéry, ajusta-se ao perfil do nosso homenagea-do: António de Moura e Silva (1914-2006), presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) entre 1955 e 1975.

No ano em que se completa o centenário do seu nascimento, impõe-se que recordemos a vida e a obra daquele que, des-de sempre, mais tempo perma-neceu na presidência da Confe-deração, o que motivou, muito justamente, quando cessou funções, ser distinguido com o título de “Presidente Honorá-rio”.

Também director do “BP”, de 1983 até à sua morte, falamos de um homem de princípios e valores, bem como de uma ver-ticalidade irrepreensível, que dignificou e prestigiou, dentro e fora do país, a LBP e os bombei-ros portugueses.

António de Moura e Silva teve uma vida de permamente en-trega ao humanitarismo e à so-lidariedade, abraçando diferen-tes causas.

No domínio dos bombeiros, iniciou a actividade em 1939, ao ingressar nos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Almada (BVA), onde, entre ou-tras funções, se destacou como presidente da Direcção. Esteve ligado à instituição durante mais de 20 anos.

A entrada para os BVA decor-reu de uma situação que o mar-cou profundamente, vindo a revelar-se determinante para que nunca mais tivesse deixado de se sentir contagiado pelas virtualidades dos bombeiros portugueses e das suas organi-zações. Isso mesmo relatou ao “BP”, em Agosto de 1992, quan-do entrevistado na qualidade de presidente honorário do então Conselho Administrativo e Téc-nico (CAT):

“Em 1932 recebi em minha casa o comandante José Brás e o tesoureiro Augusto Soares, dos Bombeiros Voluntários de Almada. Esta visita teve como objectivo apresentarem-me condolências pela morte de meu pai, que exercera as fun-ções de tesoureiro na corpora-ção. Estes homens nessa oca-sião manifestaram-se devedo-res de uma importância que meu pai tinha emprestado para

que fosse comprada a primeira bomba ‘Magirus’ da corporação. Esta nobre atitude constituiu a verdadeira motivação que me levou a aderir à causa dos bom-beiros voluntários”.

Homem de fino trato, dono de palavra fluente, muito cedo os seus méritos tornaram-no numa personalidade reconheci-da pelas entidades do sector dos bombeiros.

Em 1954, a convite do CAT da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, assumiu a direcção do Boletim da Confederação, valo-rizando a respectiva linha edito-rial. No mesmo ano, por gerar consenso a nível nacional, foi eleito presidente da LBP, quan-do do XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido em Leiria de 3 a 5 de Setembro.

“Perante a falta de um elenco directivo e após alguns confli-tos, no decorrer dos trabalhos, eu fui insistentemente convida-do a assumir a presidência da Liga, juntamente com o coman-dante José Brás. Respondi, en-tão, que ou ficava eu ou ele. Apesar da grande amizade que me ligava ao José Brás, enten-dia que se ambos aceitásse-mos, a Liga passava a ser dos Bombeiros de Almada, de onde ambos éramos responsáveis. Tendo sido compreendida a mi-nha posição aceitei o convite”, recordou também, em Agosto de 1992, na entrevista concedi-da ao “BP”.

Empossado em 8 de Janeiro de 1955, marcou um novo esti-lo de liderança e, por conse-quência, devolveu a estabilida-de à instituição, pois esta havia atravessado um período de cri-se interna.

Durante 20 anos, foi – com enorme convicção, equilíbrio e sentido de justiça – portador das aspirações dos bombeiros

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

portugueses junto dos respon-sáveis políticos. Nessa circuns-tância, soube afirmar a impor-tância do papel desempenhado pelos bombeiros no sistema so-cial e obter o reconhecimento dos governantes, consubstan-ciado em medidas de apoio consideradas muito favoráveis para a época, referindo, a pro-pósito, ao ser entrevistado:

“Posso dizer com muito or-gulho que, apesar das excelen-tes relações institucionais que a Liga mantinha com o Estado, nunca recebeu deste nenhum subsídio para a sua actividade normal. Foi sempre meu prin-cípio que a Liga deveria manter uma completa independência relativamente ao Estado. As nossas receitas eram prove-nientes das quotizações das federadas. Houve situações em que para pagarmos a nossa quotização ao CTIF os directo-res da Liga tiveram de se quo-tizar entre si, pois não havia dinheiro. Foram realmente tempos de grandes dificulda-des. Mas nem por isso deixa-mos de considerar como fun-damental a nossa total inde-pendência.”

Promotor do espírito de uni-dade e defensor acérrimo das virtudes morais e cívicas do sector agiu de forma atenta e descentralizada. Com regulari-dade, efectuou rondas de visi-

tas pelas associações e corpos de bombeiros do Continente, Açores, Madeira e antigo Ultra-mar, a fim de se inteirar da realidade e poder encontrar soluções para os problemas identificados no terreno.

Participou activamente no Comité Técnico Internacional do Fogo (CTIF), para o qual foi eleito vice-presidente em 1966 e 1970. Numa fase posterior passou à condição de vice-pre-sidente honorário.

Devido ao seu empenha-mento, no âmbito das relações mantidas com o CTIF, contri-buiu para o aumento do prestí-gio internacional dos bombei-ros portugueses, ao propor a realização, em Lisboa, do II Congresso Mundial do Fogo, o que veio a acontecer entre 22 e 26 de Agosto de 1962. Nesta importante jornada de afirma-ção, que se revestiu do maior sucesso, estiveram presentes 162 congressistas, em repre-sentação de 28 países da Euro-pa, América do Sul, África e Ásia. O governo vigente distin-guiu-o pouco tempo depois com o grau de oficial da Ordem de Benemerência.

Foram muitos e diversos os momentos altos que viveu ao serviço dos bombeiros, recor-dando com frequência a entre-ga do primeiro Crachá de Ouro ao Papa Pio XII, durante o I

Congresso Mundial do Fogo, realizado em Roma (1956), e o facto de ter sido designado pelo presidente do Comité Técnico Internacional do Fogo para o representar na presidência do 1.º Congresso Mundial dos Bombeiros Latino-Americanos, reunido no Rio de Janeiro (1965).

Ficou igualmente célebre a sua entrega aos Bombeiros Vo-luntários de Alvaiázere, terra natal de seus pais, intervindo no respectivo processo de instala-ção. Foi, de resto, sob a sua condução que entrou na vila de Alvaiázere a primeira ambulân-cia daquele Corpo de Bombei-ros, facto histórico que denota bem a relação de proximidade ali mantida e o seu consequente envolvimento na vida associati-va, contribuindo para o progres-so local. Diante disso, a Câmara Municipal de Alvaiázere enten-deu prestar-lhe homenagem, atribuindo o seu nome a uma das artérias do concelho.

Em 1975, ano no qual cessou funções, os bombeiros portu-

gueses decidiram, por ocasião do Congresso Extraordinário do Estoril, distinguir António de Moura e Silva com o título de “Presidente Honorário” da LBP, prestando-lhe tributo pela dedi-cação e competência colocadas ao serviço da causa.

Longe de se afastar, em abso-luto, do meio dos bombeiros, a sua prestigiada presença conti-nuou a ser uma constante nas mais variadas ocasiões, sendo--lhe solicitada, com regularida-de, preciosa colaboração.

Faleceu a 14 de Agosto de 2006. Em 7 de Janeiro do mes-mo ano, havia sido condecora-do, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses, realizada no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, com o primeiro Colar de Mérito, a mais alta distinção ho-norífica da Confederação.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

ANTÓNIO DE MOURA E SILVA (1914-2006)

Evocando os 100 anos do seu nascimento

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7NOVEMBRO 2014

Anabela Rodrigues, de 60 anos, doutorada em ciên-cias Jurídico-Criminais, é

a primeira mulher a assumir a pasta da Administração Interna, substituindo no cargo Miguel Macedo, que se demitiu do Go-verno na sequência do caso dos

Vistos Gold. Anabela Rodrigues já tomou posse e vai continuar a contar com os dois secretários de Estado do MAI. Os secretá-rios de Estado de Miguel Macedo foram reconduzidos, mantendo--se Fernando Alexandre como secretário de Estado adjunto da

ministra e João Pinho de Almei-da como secretário de Estado da Administração Interna.

Logo após ter tido conheci-mento do nome da nova res-ponsável pela pasta dos bom-beiros, Jaime Marta Soares re-feriu que Anabela Rodrigues, é

ANABELA RODRIGUES É A NOVA MAI

Bombeiros têm garantiade continuidade na ação

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) já disse que a nova ministra da Administração Interna terá “toda a colaboração” dos

bombeiros para resolver os problemas da classe. É a reação à nomeação de Anabela Rodrigues que sucede a Miguel Macedo. O ex-ministro da Administração Interna demitiu-se no passado dia 16 de novembro. O país dos bombeiros foi apanhado de surpresa

com a saída de um ministro que todos dizem “fica para a história”. O “melhor ministro a seguir ao 25 de abril”, na opinião de Jaime

Marta Soares.

Texto: Patrícia Cerdeira

“O Ministro Miguel Macedo foi essencial para que nos últi-

mos anos se tenham resolvido mui-tas questões, relativas aos bombei-ros, que esperavam solução há muitos anos. Para além dos assun-tos que foram resolvidos, há outros que estão em curso. Estes conti-nuarão com o mesmo rumo e o mesmo ritmo. Essa é a melhor for-ma de honrar o trabalho que foi fei-to até aqui e de lhe dar sequência”. Esta é a posição de João Almeida, secretário de Estado da Administração Inter-na, em resposta ao Jornal Bombeiros de Por-tugal.

Na sequência da demissão de Miguel Mace-do, e numa altura em que a Liga dos Bombei-ros Portugueses negociava vários dossiês, o nosso jornal questionou João Almeida, recon-duzido no cargo, sobre os eventuais reflexos da saída do ministro que liderou os trabalhos nos últimos três anos. Confrontado com um dos temas que mais preocupam o setor - a

futura Lei de Financiamento, João Almeida diz ao ‘BP’ que o objetivo de enviar o diploma para o Parlamento até ao “final do ano” man-tém-se. “A realização desse objetivo está ape-nas dependente da conclusão da negociação do II Pilar (LBP-ANMP), uma vez que as nego-ciações entre a LBP e o MAI estão concluídas. O MAI acredita e deseja que rapidamente essa negociação esteja concluída, por forma a cumprir os prazos estabelecidos”, esclarece o responsável do Governo.

MAI garante continuidade

“uma ilustre académica que ao longo dos anos tem afirmado o seu valor e competência nos lu-gares onde tem estado”. Para Jaime Soares, a sua “grande di-mensão académica e intelec-tual” são “um garante ao exer-cício de um cargo difícil como é o de ministra da Administração Interna”. Ainda segundo Marta Soares, a nova ministra pode contar com a colaboração dos bombeiros para encontrar, “com rapidez, a resolução para os problemas que atingem os agentes de proteção civil”, que têm ao seu cuidado a defesa das populações. “Da nossa par-te, a senhora ministra terá toda a colaboração, toda a lealdade, mas também todo o nosso sen-tido de reivindicação”, para que seja possível “a resolução dos muitos ‘dossiês’ que estão em cima da mesa”, muitos dos quais já em fase avançada, sus-tentou.

Jaime Marta Soares subli-nhou que os bombeiros são “pessoas de fé e de esperança” e acreditam que, “com diálogo”, os problemas que irão colocar à nova ministra terão a conse-quência que desejam.

“Acreditamos com toda a sin-ceridade que possamos conti-nuar a desenvolver um bom

trabalho como fizemos neste úl-timos três anos com o titular da pasta Miguel Macedo” e colabo-rar para que “a senhora minis-tra tenha êxito no exercício da sua missão como ministra da Administração Interna”, con-cluiu.

Esta não foi uma sucessão natural. Miguel Macedo Miguel Macedo anunciou a sua demis-são do cargo de ministro da Ad-ministração Interna, três dias depois de ter visto o seu nome envolvido no processo dos Vis-tos Gold que levaram à deten-ção de 11 arguidos, dois dos quais amigos de Miguel Mace-do. Numa curta declaração pro-duzida num domingo à noite, o ex-ministro garantiu não qual-quer intervenção no processo, reconheceu que a investigação em curso o deixou com “autori-dade diminuída”, e um “minis-tro da Administra Interna não pode estar diminuído na sua autoridade”, referiu um dos braços direito do Primeiro-Mi-nistro que justificou desta for-ma a sua saída.

Miguel Macedo não festejou

A demissão de Miguel Macedo aconteceu horas antes da ceri-

mónia de apresentação do ba-lanço do DEFIC 2014. Aliás, esta foi a primeira vez que os res-ponsáveis máximos do ministé-rio da Administração Interna não estevão presente nesta ini-ciativa anual, num ano em que Miguel Macedo poderia congra-tular-se e chamar a si os louros de uma das melhores campa-nhas de verão de sempre.

Com o MAI demissionário, a cerimónia acabou por ficar mar-cada por todas estas convul-sões. Questionado sobre a si-tuação, Jaime Marta Soares lembrou que Miguel Macedo “foi o melhor ministro da Adminis-tração Interna” para os bombei-ros desde o 25 de abril de 1974, referiu à margem da cerimónia de apresentação do balanço do Dispositivo Especial de Comba-te a Incêndios Florestais de 2014.

O presidente da LBP adiantou que Miguel Macedo vai ser difícil de substituir, significando a sua demissão “uma perda muito grande” para os bombeiros por-tugueses. “Para nós é um recuo muito grande, uma preocupa-ção ainda maior, é uma perda para tudo aquilo que nós dese-jávamos ver desenvolvido e com resultados práticos”, sus-tentou.

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Quem éa nova ministra

Anabela Rodrigues, ex-diretora da Fa-culdade de Direito da Universidade de

Coimbra, é a nova ministra da Adminis-tração Interna. Anabela Rodrigues, de 60 anos, é penalista, membro do Conselho Superior de Magistratura, foi diretora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e presidiu à comissão de reforma do siste-ma de execução de penas. Foi também a primeira mulher a doutorar-se, em 1995, na Faculdade de Direito em Coimbra.

A nomeação para o CEJ em 2004 foi feita pelo então ministro da Justiça, José Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da Defesa.

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8 NOVEMBRO 2014

A promoção de programas de segurança e saúde ocu-

pacional (SSO) nos bombeiros tem sido desenvolvida em di-versos países, com particular destaque nos Estados Unidos da América. É certo que a apli-cação de medidas de seguran-ça e saúde ocupacional na missão dos bombeiros repre-senta um grande desafio, ao contrário de outras áreas pro-fissionais. Ora, veja-se:

• Num cenário com elevados riscos associados, para salvar vidas e proteger bens patrimo-niais e ambientais, os bombei-ros, em vez de se afastarem do perigo, enfrentam-no!

• A população tem sempre a expectativa (quantas vezes, ir-realista) que a missão dos bombeiros é salvar a qualquer custo, esperando que os profis-sionais de socorro se coloquem em risco, mesmo quando esses riscos superam claramente eventuais benefícios daí obti-dos;

• Frequentemente, os inci-dentes que os bombeiros en-frentam desenvolvem-se a uma velocidade enorme, por vezes de forma inesperada, e, em certos casos, sem que a equipa de socorro tenha expe-riência prévia na resolução da-quela situação em concreto.

No entanto, os benefícios da promoção da SSO nos Corpos de Bombeiros (CBs) ultrapas-sam largamente o investimen-to associado.

VALOR DA VIDA HUMANANos últimos dez anos, entre

2003 e 2013, faleceram, em serviço operacional, 73 bom-beiros. A natureza das causas varia: acidente de viação (29), incêndio florestal (22), emer-gência pré-hospitalar (11), in-cêndio urbano (5), instrução (2) e diversas (4).

Compreende-se, assim, que CADA VIDA HUMANA SALVA PELA IMPLEMENTAÇÃO DE ME-DIDAS DE SSO TEM UM VALOR INCALCULÁVEL. E é, por isso

mesmo, que este é um investi-mento que vale a pena!

Impacto dos acidentes em serviço

O elevado número de aci-dentes em serviço nos bom-beiros portugueses implica, em primeiro lugar, inúmeras lesões físicas e psicológicas graves, algumas com reper-cussões para toda a vida nas mulheres e homens que, em regime profissional ou volun-tário, se dedicam a esta mis-são. Um estudo internacional revela que os bombeiros es-tão sete vezes mais sujeitos a acidentes, que requerem um período de baixa, do que a população profissional em ge-ral.

Associado a estes acidentes estão também períodos de baixa ao serviço operacional, com as respetivas consequên-cias e/ou, mesmo, o afasta-mento precoce dos CBs.

Legalidade do serviço operacional

De acordo com a legislação em vigor, todos os bombeiros portugueses encontram-se abrangidos por um seguro, seja de acidente de trabalho, no caso dos profissionais, seja de acidentes pessoais, no caso dos voluntários. Em caso de acidente, a cobertura por par-te da apólice de seguros pres-supõe que foram implementa-das as medidas de SSO ade-quadas à natureza da ativida-de, para evitar repercussões ainda mais graves para o bom-beiro acidentado e sua família,

bem como para o próprio CB e entidade detentora.

Aumento da produtividade

e eficiciência do corpo de bombeiros

A promoção da SSO por par-te da entidade detentora e Co-mando do CB revela a sua preocupação para com os ho-mens e mulheres que se dedi-cam ao socorro das popula-ções. O seu impacto na satis-fação e motivação para inte-grar uma atividade de risco é muito positivo, particularmen-te nos voluntários. Bombeiros

motivados correspondem a um quadro ativo sem falta de vo-luntários que assegure as es-calas de piquete e as necessi-dades operacionais de um CB e maior êxito nas operações de socorro.

Iniciar um programa de SSO nos bombeiros portugueses é um enorme desafio, porém, é com estas medidas que as As-sociações Humanitárias e os CBs podem garantir que “A Vida dos Bombeiros está pro-tegida!”.

[email protected] – Núcleo de Segurança e Saúde

da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC)

Importância da promoção da segurança e saúde ocupacional num corpo de bombeiros

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

O portal “Bombeiros.pt” assinalou o seu

10.º aniversário com uma conferência nacional sobre “A importância da comunicação nos bom-beiros portugueses”. Tema candente que o responsável pelo portal, Sérgio Cipriano, e a sua equipa, escolheu para, também em nome da As-sociação Amigos dos Bombeiros do Distrito da Guarda, para reunir jor-nalistas e bombeiros em animado e frutuoso debate.

A sessão de abertura contou com a presença do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Gil Barreiros, e do segundo comandante distrital de socorro da ANPC, José António Oliveira, e tam-bém com a participação de Rui Rama da Silva, enquanto diretor do jornal da LBP “Bombeiros de Portu-gal”.

O primeiro painel do encontro, moderado por Daniel Rocha, foi subordinado ao tema “A visão do jornalista local, regional e nacional” e contou com os testemunhos dos jornalistas, Paulo Prata (“Notícias de Gouveia”) e Jorge Esteves (RTP-Guarda).

O segundo painel,”A comunicação interna e externa dos corpos de bombeiros”, permitiu pela primeira vez uma apresentação conjunta de grupos de comunicação e imagem dos Bombeiros de Esmoriz, Penela, Gouveia e Al-cabideche, e um balanço, igualmente oportu-no, dos “bombeiros portugueses - passado, presente e futuro” de João Paulo Teixeira, jor-nalista e antigo editor do “Bombeiros de Por-tugal”.

Depois seguiram-se mais quatro painéis, o primeiro, moderado por Paulo Reis, sobre a “a presença dos bombeiros nas redes so-ciais”, com a apresentação do “Diário de um bombeiro”, por António Santos, e “Bombei-ros On-Line”, por Rui João.

Seguiu-se “A importância da comunica-ção institucional”, moderado pela jornalista Mónica Costa, “comunicar sobre pressão em teatro de operações”, moderado por Sérgio Cipriano, e, por fim, um painel dedicado ao próprio portal organizador, que incluiu a en-trega dos prémios ao vencedores do con-curso de fotografia promovido também no âmbito do 10º aniversário do “Bombeiros.pt”.

GOUVEIA

Portal promove debateDecorreram, no passado dia

15 de novembro, em Vila Real, no salão nobre da sede/quartel dos Bombeiros Voluntá-rios de Vila Real – Cruz Verde, as I Jornadas de Cidadania e Voluntariado sob o tema «Moti-var para Salvar».

Esta iniciativa contou com a presença de diversas entidades convidadas, nomeadamente, do presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares. Este, no uso da palavra na sessão de en-cerramento, enalteceu a opor-tunidade da iniciativa e dos pró-prios temas, a qualidade dos intervenientes e a capacidade que as associações têm de-monstrado para organizar ini-ciativas do género, “ e que são uma marca indelével de que os Bombeiros Voluntários têm qualidade, apostam na forma-ção e na reflexão, querem sa-ber sempre mais para salvar ainda melhor”.

Do programa das Jornadas constaram quatro comunica-ções cujos temas eram: «Princí-pios do Voluntariado» (Padre Lúcio), «Ser Voluntário» (Prof.ª Dr.ª Vera Mendonça), «Motiva-ção para o Voluntariado» (Prof.ª Dr.ª. Ana Paula Monteiro) e «Desafios do Voluntariado» (Dr. António Gentil Magalhães). A moderação esteve a cargo do presidente da assembleia-geral da Associação, Manuel Praze-res, que apresentou os diversos oradores fazendo depois uma síntese final dos trabalhos.

Conforme a comissão organi-

zadora, “os temas foram esco-lhidos de forma a promover-se um conhecimento diversificado e abrangente do que é, o cara-teriza e motiva o voluntariado na atualidade, permitindo ainda que as comunicações se com-plementassem de acordo com a opinião, a experiência, a forma-ção e a prática dos diversos oradores”.

A Câmara Municipal de Vila Real fez-se representar na ceri-

mónia de encerramento pela vi-ce-presidente, Profª Eugénia Al-meida, que aproveitou a oportu-nidade para cumprimentar to-dos os presentes e dar os parabéns pela iniciativa levada efeito. Apresentou também a sua opinião acerca do volunta-riado e as iniciativas que estão a decorrer e outras que serão im-plementadas brevemente pela autarquia, ao nível do volunta-riado.

VILA REAL

«Motivar para Salvar» tema de jornadas

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9NOVEMBRO 2014

Paralelamente a uma reor-ganização mais ampla que visará algumas das unida-

des orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Francisco Grave Perei-ra, o presidente da ANPC, orde-nou uma auditória à Força Es-pecial de Bombeiros (FEB). A equipa de inspetores nomeada tem andado a percorrer o país nas últimas semanas para pro-ceder ao levantamento de toda a realidade desta estrutura operacional. Ao que o ‘BP’ apu-rou, estão a ser inspecionadas as vertentes operacional e ad-ministrativa com o objetivo de perceber o que pode ser altera-do para tornar esta estrutura mais sólida, mais eficaz e tam-bém menos dispendiosa. Se-

gundo uma fonte liga a este processo, o presidente da Au-toridade não vê com bons olhos a sustentação jurídica da FEB, nomeadamente, no que diz respeito aos vínculos laborais que sustentam os 270 elemen-tos desta estrutura, os quais continuam a ser pagos via Es-cola Nacional de Bombeiros. Grave Pereira já fez saber que pretende que esta situação seja resolvida o mais breve possível para que além dos di-reitos, possam ser definidos os deveres de forma mais clara. Assumindo a FEB como um “braço armado” da ANPC, o presidente pretende, ao que apurámos, avaliar o presente para depois definir o “futuro” dos canarinhos.

A par desta avaliação já feita pela direção da ANPC, esta au-ditória versará ainda verificar a veracidade de algumas denún-cias que apontam para “despe-sismos não justificados”, no-meadamente, na utilização das viaturas. “Há casos de chefes de equipa, brigada e de grupo que fazem mais de seis quiló-metros por mês”, referiu a fonte ao ‘BP’, assinalando que esta si-tuação está já a causar algum mau estar.

No terreno, os inspetores questionaram o efetivo sobre diferentes matérias, sendo que há uma pergunta comum a to-das as audições: “Como será possível poupar”, um claro sinal de que os custos também estão em causa na realização desta

auditoria que deverá estar pon-ta até ao final do ano, por or-dem de Grave Pereira.

A par disto, o presidente da ANPC criou ainda um grupo de

trabalho para definir preto no branco os deveres e direitos dos canarinhos. Deste grupo fazem parte a Direção Nacional de Bombeiros, a Direção Nacional

de Recursos de Proteção Civil, o segundo Comandante Opera-cional Nacional e o Comandante da FEB.

Patrícia Cerdeira

PRESIDENTE DA ANPC DETERMINA AUDITORIA À FEB

Grupo de trabalho avalia futuro

As 44 associações e corpos de bombeiros aa Área Metropolitana do Porto

(AMP) vão receber até ao final do ano equipamentos de prote-ção individual contra incêndios em espaços naturais.

Segundo Lino Ferreira, presi-dente da comissão executiva da AMP, os novos equipamentos vão ser atribuídos a um total de 1750 bombeiros dos 17 municí-pios da região.

A entrega destes equipamen-tos é o culminar de um proces-so que teve início em 30 de maio de 2013, com a publica-ção em Diário da República de um concurso público para far-damento dos bombeiros. No âmbito deste con-curso, que representa um investimento total de 800 mil euros, a AMP consegue equipar 50 por cento de todos os homens das 44 corporações da região, duas das quais de sapadores (Porto e Gaia).

“Obtivemos financiamento comunitário do QREN, através do Programa Operacional Valoriza-ção do território (POVT), no valor de 85 por cento”, disse Lino Ferreira. O restante do montante foi as-segurado pela Autoridade Nacional de Proteção Ci-vil (7,5 por cento) e pela AMP (7,5 por cento).

MAIS DE UM ANO DEPOIS

Porto vai receber EPIA Guarda Nacional Republicana (GNR) deu

início a um projeto inédito no Alto Minho que inclui a utilização de meios aéreos não tripulados, os denominados drones, na pre-venção de incêndios. Segundo foi avançado pela Guarda, em comunicado, a GNR tem já no terreno um “projeto inédito” orientado para a vigilância e prevenção de fogos flores-tais em zonas prioritárias do Alto Minho com emprego de meios aéreos não tripulados (RPAS). De acordo com o comunicado envia-do às redações, a força policial destaca que a “utilização dos drones surge no âmbito de

um protocolo de cooperação assinado com o grupo tecnológico português TEKEVER”. Tan-to a formação, como o treino e os primeiros testes ocorreram esta semana no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, distrito de Viana Castelo, durante o Exercício PENE-DA14.

Para o primeiro ano de utilização, estão previstas cerca de 8 mil horas de voo na re-gião do Alto Minho, com o objetivo de refor-çar as “capacidades de comando e controlo” durante a fase de combate a incêndios, res-caldo e pós-rescaldo.

GNR TESTA “DRONES” NOS INCÊNDIOS

Projeto arranca no próximo verão

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José Amaro Nunes, presidente dos Bombeiros Voluntários de

Tarouca, lidera a única lista concorrente às eleições para a Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, que se reali-zam no próximo dia 29 de no-vembro. O antigo vereador da proteção civil da autarquia de Tarouca e advogado de carreira, foi, e ao que apurámos, o ho-mem escolhido por vários diri-gentes e comandantes do dis-trito de Viseu que logo após a realização do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, fi-zeram saber que era preciso apostar numa “mudança”. A constituição da Lista A terá nas-cido através de um movimento “espontâneo”, cujos apoiantes se reuniram no início deste mês

para afirmar a vontade de cons-tituição de uma lista alternativa à de Joaquim Rebelo Marinho, que se apresentou como recan-didato ao cargo.

Na carta de compromissos para o triénio 2015/2017, Joa-quim rebelo Marinho apresen-tou várias propostas tendo como lema de candidatura “Uma federação mais próxima! Uma federação sempre presen-te”. A carta de compromisso en-viada aos corpos de bombeiros do distrito está datada de 18 de novembro.

Dois dias depois, a 20 do mesmo mês, Joaquim Rebelo Marinho volta a enviar nova missiva às 33 associações e corpos de bombeiros do distri-to. Numa página e meia, o diri-

gente informou que em nome da unidade dos bombeiros de-cidiu não ir a votos. “Pactuar com um processo eleitoral que, no seu desenvolvimento , colo-ca direções e comandos em lis-tas opostas, com um processo que, supostamente, permite a aceitação de cargos sem se fa-zerem acompanhar dos com-petentes instrumentos de de-signação, é alimentar divisões dentro das próprias AHBV, é uma tropelia que eu nunca permitiria fazer à minha cons-ciência e uma rasteira que eu jamais aceitaria fazer ao meu passado, e ao meu presente, de dirigente associativo, que muito me honra”, justifica Re-belo Marinho referindo que “esta é a linha vermelha” que

se recusa pisar . “Aperceben-do-me que as divisões inter-nas, repito, internas, surgem, afasto-me e prefiro diminuí--las, a bem da proteção e do socorro, e da segurança das comunidades”, acrescenta o di-rigente que lidera a federação há 12 anos. Com esta tomada

de posição, resta uma única lista concorrente, a Lisa A, na qual estão representadas 22 das 33 associações e corpos de bombeiros do Distrito de Vi-seu. “A nossa candidatura tem a relevância de ser um contri-buto, uma manifestação de ci-dadania, um exercício do direi-to de participar, que todos te-mos na construção de uma Fe-deração melhor, para todos e em que todos têm importância, com vista a alcançar o bem co-mum, realizando os nossos fins estatutários”, lê-se na nota in-formativa assinada pelo candi-dato a presidente. Acrescenta José Amaro Nunes, numa rea-ção clara alusão às acusações de divisionismo: ”Recusamos veementemente a imputação

dirigida a esta candidatura como promotora de fraturas, pois ainda assim sempre pau-támos a nossa defesa pela li-berdade de ideias e pelos prin-cípios democráticos do direito de opção. E se bem o dissemos assim o fizemos, o que se irá comprovar com a publicitação da lista A. (…) Não contem connosco para invocar alega-dos valores e princípios para encobrir os nossos fracassos, para nos justificarmos, levia-namente, dos nossos insuces-sos, para atirar as nossas cul-pas contra os outros”, lê-se na nota que termina com a se-guinte citação: “Um Problema da nossa época é que as pes-soas não querem ser úteis, mas sim importantes”

JOSÉ AMARO NUNES LIDERA LISTA ÚNICA

Joaquim Marinho desiste das eleições

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10 NOVEMBRO 2014

Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz perderam recen-

temente o adjunto de comando do Quadro de Honra (QH), Ál-varo de Sá Alves da Rocha (“Judeu”) depois de um longo período de doença.

Álvaro da Rocha foi admitido no corpo activo dos Bombeiros de Esmoriz em 1967 e desen-volveu a carreira de bombeiro ao longo de mais de 42 anos. Depois de deixar o serviço acti-vo, em 2009, manteve-se na companhia dos bombeiros, ex-plorando o Café Incêndio até adoecer.

O apelido “Judeu”, que assu-miu sempre com orgulho, foi herdado do seu pai, o conheci-do chefe Rocha, também dos Voluntários de Esmoriz.

Conforme mensagem que

nos foi enviada, a Direcção, Comando, Corpo Activo, Qua-dro de Honra, Fanfarra, Nada-dores Salvadores, Secção Des-portiva, Órgãos Sociais e fun-cionários desta Associação en-dereçam “sentidos pêsames, muito em especial à família mas também aos companhei-ros e amigos que deixou”. O corpo esteve em câmara ar-

dente na Capela da Penha, em Esmoriz. Era seu desejo ex-presso levar o fardamento, mas não sair do quartel mas sim da Capela, próxima de onde morou.

Após as cerimónias fúnebres o féretro seguiu da Capela da Penha para a Igreja Matriz de Esmoriz onde se celebrou a missa de corpo presente, após a qual foi sepultado no cemité-rio de Esmoriz. Foram muitos os que participaram nas ceri-mónias de homenagem e des-pedida ao “Judeu”, incluindo, além dos bombeiros, comando e dirigentes da sua Associação, representantes de várias cor-porações do distrito, o presi-dente da Federação dos Bom-beiros do Distrito de Aveiro, o CADIS e o CODIS de Aveiro.

ESMORIZ

Associação mais pobreMorreu o antigo comandante

Carrondo Leitão. Faleceu no passado dia 8 de novembro o anti-go comandante dos Bombeiros Vo-luntários Torrejanos, coronel Antó-nio Manuel Carrondo Leitão. O ex-tinto foi Comandante dos Voluntá-rios Torrejanos de 13/06/2008 a 15/06/2013, de forma absoluta-mente voluntária, tendo-se retira-do devido à idade e a problemas de doença que já o começavam a afetar. Nesse período de cinco anos dirigiu superiormente os destinos operacionais do corpo de bombeiros. Foi um cidadão, um Bombeiro e um Militar exemplar.

O comandante Leitão fez também parte dos ór-gãos sociais da Federação dos Bombeiros do Dis-trito de Santarém no mandato que ainda está em curso.

Durante a sua longa carreira de militar da For-ça Aérea Portuguesa atingiu o posto de Coronel.

Por feitos em combate, aos comandos do “seu” ALIII, numa Campanha na Guiné, foi condecora-

do com a Cruz de Guerra, para além de outras condecorações e louvores que constam na sua extensa folha de serviços.

Apesar de ter estado “só” cinco anos nos Bombeiros, a sua ação foi reconhecida e a maior prova aconteceu no seu funeral onde se incorporaram inúmeros Bombeiros, não só de Torres Novas como de mui-

tos outros Corpos de Bombeiros da região, no-meadamente muitos Dirigentes Associativos e Comandantes ainda em funções e outros já no Q.H.

À entrada do Cemitério de Torres Novas, onde os seus restos mortais ficaram a repousar, mere-ceu honras militares prestadas por uma Secção da B.A. 5 de Monte Real, comandada por um Al-feres.

À família enlutada e aos Bombeiros Voluntários Torrejanos, as nossas condolências sentidas.

Carlos Pinheiro

TORRES NOVAS

Torrejanos perdem comandante

O surto de legione-lla que assolou a

zona de Vila Franca de Xira nas últimas semanas, até à hora do fecho desta edi-ção, causou mais de 330 casos diagnosti-cados e 10 vítimas mortais, a primeira das quais um bom-beiro dos Voluntários de Vialonga. Fernan-do Azeitona, de 59 anos, fazia parte do quadro de reserva dos Bombeiros de Vialonga e prepara-va-se para assumir responsabilidades na área da manutenção da frota automóvel.

Fernando Azeitona era uma figura estimada no corpo de bombeiros. Encontrava-se fragilizado por antecedentes com problemas respiratórios e consumo de tabaco, que poderão ter ditado a di-ficuldade do seu organismo em ajudar a debelar a doença.

Os Bombeiros Voluntários de Vialonga, bem como os restantes corpos de bombeiros voluntá-

rios locais intervieram de forma muita ativa no apoio às populações com sintomas de legionella, transportando para o hospital de Vila Franca e transferindo para outras unidades a grande maio-ria das pessoas afetadas. Esse facto levou a que nas redes sociais tivesse circulado, a propósito, um agradecimento coletivo das populações de Vialonga, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria aos bombeiros.

LEGIONELLA

Surto mata no quartel

O bombeiro de 1.ª , Virgílio Ma-nuel Duarte dos Santos, dos

Bombeiros Voluntários de Moi-menta da Beira faleceu no passa-do dia 5 na sequência do aciden-te de trabalho ocorrido em teatro de operações.

Virgílio Santos foi vítima de queda em altura no dia 28 de ou-tubro, tendo sofrido vários feri-mentos graves. Foi evacuado para o Hospital de Vila Real, sen-do posteriormente transferido para o Hospital de Stº. António no Porto. Infelizmente, o seu quadro clínico não sofreu alteração até ao dia 5 de no-vembro, dia em que faleceu já no Hospital de La-mego para onde, entretanto, havia sido transferi-do.

Virgílio Manuel Duarte dos Santos foi admitido

nos Voluntários de Moimenta da Beira, no primeiro dia de 1984 e foi promovido a bombeiro de 1ª em 1996.

Foi condecorado com as meda-lhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) grau cobre (5 anos), grau prata (10 anos), grau ouro (15 anos) e grau ouro (20 anos).

No último aniversário da Asso-ciação, celebrado em dezembro

de 2013, foi condecorado com a medalha de de-dicação (25 anos).

Passou uma vida dedicada aos Bombeiros. Dei-xa viúva, funcionária da Associação desde 1985 e duas filhas, também ligadas ao Corpo de Bombei-ros. A Raquel, bombeira de 3.ª e a Lucia, que in-tegra a atual escola de estagiários.

MOIMENTA DA BEIRA

Morte em serviço

“Caros Amigos, Caros Colegas,A todos quantos estiveram ao meu lado agra-

deço o tempo que me haveis dedicado.Finalmente e ao fim de quase 26 meses de

baixa médica, preenchida por inúmeros procedi-mentos médicos / cirúrgicos vou retomar a mi-nha atividade profissional amanhã (17 de no-vembro) na Yazaki Saltano com alta parcial.

Apesar das limitações inerentes desta fatalida-de, o sorriso volta timidamente aos meus lábios e quero partilhá-lo com todos vós.

Obrigado.Armando Sousa”

Com esta mensagem enviada ao nosso jornal, o oficial bombeiro dos Bombeiros Voluntários

de Lourosa, Armando Sousa, vai iniciar uma nova etapa da sua vida profissional e, esperamos também para breve, a retoma da sua atividade como bombeiros voluntários.

Na edição de janeiro de 2013 o “Bombeiros de Portugal” inseriu uma notícia subordinada ao tí-tulo: “Lourosa – Depois de um grave acidente bombeiros sonham regressar ao ativo”. Demos então conta do balanço do grave acidente suce-dido em 22 de setembro de 2012 com o oficial--bombeiro Armando de Sousa e o bombeiro de 1.ª Ricardo Sá. Ambos recuperavam então do capotamento ocorrido com a viatura de comando onde se dirigiam para um incêndio. Do acidente resultaram ferimentos graves para ambos mas Armando Sousa seria o mais atingido, com se-quelas de que ainda hoje está a recuperar mas que, para já, permitem-lhe parcialmente reto-mar a sua atividade profissional.

Ao longo do tempo fomos mantendo contacto regular direto com o Armando e através dele com o Ricardo. De ambos só temos a testemunhar a vontade permanente de voltar a sua atividade de bombeiro voluntário. E disso fomos também dan-do conta nas páginas do jornal.

O Armando, cuja convalescença se vai prolon-gar por mais tempo, não deixou de abordar com coragem os momentos difíceis por que foi pas-sando, as frustrações pelos eventuais atrasos ou contratempos nas sucessivas intervenções a que foi sujeito, as demoras decorrentes das também sucessivas fases de restabelecimento a seguir a cada uma delas. Mas, foi sempre, também, um testemunho vivo de coragem, tenacidade, vonta-de de vencer a adversidade que o atingia, etapa a etapa, dificuldade a dificuldade.

Um jovem de fibra que honra a sua família, a sua Associação e todos os Bombeiros Portugue-ses e a quem, no início desta nova etapa, não queremos deixar de testemunhar a nossa amiza-de e admiração.

LOUROSA

Armando Sousa ganha nova etapaCOIMBRA

Bombeiro brasileiro agradecidoO oficial bombeiro brasileiro, Jectan Vital de Oliveira, solicitou-nos a divulgação do seu agra-

decimento aos Bombeiros Sapadores de Coimbra pelo excelente acolhimento que lhe foi prestado naquele corpo de bombeiros, durante o qual assinalou a conclusão do seu mestrado de segurança em incêndios urbanos.

Jectan Oliveira é oficial bombeiro militar, engenheiro civil, capitão QOBM Combatente, Co-mandante da 3.ª SB de Araci-Ce, Brasil.

Aquele bombeiro faz questão de salientar que, apesar de tudo, a própria conclusão do mes-trado “pouco representa diante dos amigos que fiz, através dos quais ganhei um engrandeci-mento pessoal muito mais valoroso que o transmitido nas cadeiras da academia”.

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11NOVEMBRO 2014

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) deci-diu alargar o atendimento telefónico para

o seu departamento de formação. Assim, os contactos podem agora ser feitos às terças e quintas-feiras, das 9h00 às 12h30, e às quar-tas-feiras (14h00 às 17h30).

A ENB explica que esse alargamento se fica a dever ao facto de “terem vindo a ser ultra-

passados os motivos que levaram à limitação dos contactos telefónicos” com o seu departa-mento de formação.

A ENB sugere aos comandantes que, apesar do alargamento feito no horário para contacto telefónico, “devem privilegiar sempre o con-tacto pelo correio eletrónico [email protected] “.

ENB

Atendimento telefónico alargado

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) promoveu o primeiro Curso de So-

brevivência e Equipa de Intervenção Rápida (Firefighter Survival and Rapid Intervention Crew), orientado por for-madores britânicos do Fire Service Col-lege. O curso destinou-se a prevenir fe-rimentos e perdas humanas em incên-dios urbanos e industriais.

A primeira ação realizada em Portu-gal, decorreu no Polo da ENB em São João da Madeira no último fim de sema-na de outubro, e os primeiros dias fo-ram dirigidos a 14 formadores da ENB, os quais preparam agora uma nova equipa de formadores que sejam capazes de replicar os en-sinamentos.

Entre os formadores está Bob Mckee, um expe-riente bombeiro norte-americano que, para além das condecorações, esteve em alguns dos maio-res teatros de operações do mundo: ataque ao World Trade Center, o desastre do vaivém espa-cial Columbia e o furacão Katrina. Em declarações aos jornalistas, Bob Mckee, referiu estar impres-sionado com o “entusiasmo” e “competência” dos formadores portugueses. Lembrando que a atua-ção dos bombeiros em todo o mundo é similar, referiu que o que muda de país para país é a lín-gua. Há uma linha em comum – salvar”. Para isso defende, há que melhorar as competências dos bombeiros em matéria de proteção individual”.

A partir deste primeiro conjunto de cursos, se-rão os formadores da ENB a assegurar esta for-mação certificada internacionalmente, com base na norma NFPA 1407, pelo Fire Service College. O protocolo de cooperação estabelecido com o Fire Service College incide sobretudo no intercâmbio de formadores das duas escolas. Para além da formação ministrada pela entidade inglesa em di-

versas áreas, está previsto, para muito breve, o envio de formadores ingleses à ENB para que co-mecem a ter contacto com a formação que os bombeiros portugueses recebem na área do com-bate a incêndios florestais.

Segundo a ENB, o curso de sobrevivência e equipa de intervenção rápida “foi especialmente desenvolvido com o objetivo de evitar ferimentos ou perdas humanas, reduzindo os riscos que os bombeiros enfrentam no combate a incêndios ur-banos e industriais”.

Devido ao número limitado de vagas, as inscri-ções foram reservadas a formadores externos de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais e a bombeiros profissionais. No entanto, o curso SEIR estará brevemente disponível na oferta for-mativa da ENB já que os seus formadores inter-nos receberam formação e a devida certificação. Esta formação diferenciadora distingue-se pela sua metodologia maioritariamente prática e visa elevar os procedimentos operacionais de segu-rança no corpo de bombeiros através da qualifi-cação de quem integra ou lidera operações de socorro, especialmente na Equipa ou Brigada de Intervenção Rápida.

ENB PROMOVE FORMAÇÃO EM SOBREVIVÊNCIA

Fire Service College esteve em Portugal

Analisando o Recen-seamento Nacional

de Bombeiros Portugue-ses, a Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil diz que o número de bom-beiros no ativo é hoje superior quando com-parado com os números de 2011. “É muito claro na amostragem da evo-lução do número de bombeiros nos diferen-tes quadros nestes últi-mos quatro anos, verifi-cando-se um aumento de elementos na generalidade”, sublinha a ANPC numa nota tornada pública. A posição da Autori-dade surgiu no seguimento de uma notícia publi-cada no Jornal de Noticias, a 26 de outubro, sob o título “5000 Bombeiros Emigraram em Três Anos”. A notícia terá sido feita com base em da-dos fornecidos pela Associação dos Bombeiros Voluntários e pela Associação dos Bombeiros Pro-fissionais. Segundo pode ler-se na manchete do

diário, o socorro pode “estar em causa” por causa da falta de operacionais. Na nota enviada às re-dações, a ANPC diz que “não põe em dúvida” que a eventual emigração de bombeiros, possa ter impacto na “diminuição do número de bombei-ros” em algumas regiões do país, contudo, rejeita que “esteja em causa a garantia da proteção e socorro das populações”.

PC

PORTUGAL TEM 30387 BOMBEIROS

ANPC recusa que socorro esteja em causaDados do Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses

Quadro 30-jun-2011 30-jun-2012 30-jun-2013 30-jun-2014 Ao dia de hoje(27-out-2014)

QuadroAtivo 27742 28223 28119 28689 29266

Quadro Comando 1112 1111 1117 1135 1121

Total elementos 28854 29334 29236 29824 30387

27742 28223 28119 28689 29266

1112

30-jun-2011 30-jun-2012 30-jun-2013 30-jun-2014 Ao diade hoje27-out-2014

11111 1117 1135 11210

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

Quadro Ativo Quadro Comando

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12 NOVEMBRO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios do Lordelo prepara-

-se para avançar com obras de ampliação no quartel, prosse-guindo assim um processo de renovação encetado há uma década e que não mais parou, conforme relata Manuel Moreira da Costa que há, precisamente, 10 anos, e depois de ter ocupa-do várias outras funções na or-ganização, assumiu a cadeira da presidência, podendo, hoje, e em jeito de balanço orgulhar--se da obra feita.

“Estamos a falar de um in-vestimento global na ordem dos dois milhões de euros” que in-clui, segundo o nosso interlocu-tor várias obras de beneficiação das instalações, a remodelação de camaratas, a construção de uma camarata feminina, bem como a aquisição de viaturas e de equipamento de proteção in-dividual e, ainda, a instalação de uma nova e moderna central de telecomunicações.

Mas a empreitada de requali-ficação deste complexo só fica-rá concluída com a construção de um novo parque de viaturas, uma obra orçada em cerca de 300 mil euros, e que deverá ob-ter financiamento da Câmara Municipal de Paredes, que tam-bém assegurou a execução do projeto.

O presidente partilha as vitó-rias alcançadas nos últimos

anos com o comandante Pedro Alves, que se afirmou desde sempre disponível para apoiar a direção a concretizar cada um dos objetivos de um arrojado plano de atividades, que visava alcançar o patamar da excelên-cia.

Assim, o processo de requali-ficação do quartel foi acompa-nhado por um outro de valori-zação do corpo ativo. O que permitiu não só motivar, mas também unir os bombeiros, fa-ze-los sentir orgulho por inte-grarem os Voluntários do Lor-delo.

Pedro Alves não esconde as dificuldades iniciais associadas a rigorosos critérios de exigên-cia impostos, mas que, regista, foram ultrapassadas de forma serena, quase natural.

“Era preciso valorizar cada um destes homens e mulheres, apostando na sua progressão na carreira, na sua formação, porque na verdade estes são os únicos incentivos que podemos dar a quem serve o próximo de forma tão abnegada”, assinala o responsável operacional.

“Os bombeiros não são o que eram há 20 anos. São, agora, operacionais bem preparados, com formação, não trabalham com a força, mas com a cabe-ça” e é essa a imagem que im-porta fomentar dentro e fora do quartel,

Atualmente, integram as fi-

LORDELO

Uma década marcada pelo investimentoComando e direção unem-se na

concretização de um arrojado projeto que, em 10 anos, permitiu inverter o curso da

história e elevar a Associação dos Bombeiros Voluntários do Lordelo ao

“patamar da excelência”.Esta é uma instituição que surge a todos os

níveis renovada, mas esta equipa não se acomoda, preparando-se, agora, para

avançar com a ampliação da área operacional.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

leiras dos Voluntários do Lorde-lo 97 elementos, a que junta-rão, em breve, mais 12 jovens, que se encontram, neste mo-mento, a cumprir estágio. Estes números, reveladores da vitali-dade do voluntariado, tranquili-zam comando e direção que

desta forma vão conseguindo não apenas renovar, mas tam-bém reforçar o efetivo.

Aliás, com apenas os 11 fun-cionários, esta instituição tem nos voluntários um valor segu-ro, uma garantia de qualidade e prontidão no socorro prestado

às cerca 22 mil pessoas das fre-guesias de Lordelo, Vilela e Duas Igrejas.

O sucesso dá muito trabalho, é sabido, mas o esforço desta equipa é compensado pelos os apoios que vão chegando ao quartel, não apenas da autar-quia, mas também de muitas empresas locais e das popula-ções, particularmente sensibili-zadas para a causa, fruto de um trabalho de campo que tem vin-do a (re)-aproximar a comuni-dade dos seus bombeiros.

Em jeito de balanço, Manuel Moreira da Costa não esconde a satisfação de conseguir dar aos

operacionais condições para que possam cumprir a missão de salvar vidas, com toda a dig-nidade, devidamente equipados e preparados para enfrentarem todos os teatros de operações, para desempenharem com su-cesso a mais complexa das mis-sões.

Fundada na década 70 do sé-culo passado, a Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários do Lordelo afirma-se pelo carisma, pela perseverança, pelo dinamismo mas sobretudo pela paixão à causa, afinal a matéria-prima para a concreti-zação de todos os projetos.

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13NOVEMBRO 2014

A reunião de avaliação do Dis-positivo Especial de Combate

a Incêndio Florestais (DECIF 2014), de Setúbal contou com a participação do Comandante do Agrupamento Sul (CADIS Sul), do comandante operacional. do presidente da Federação dos bombeiros, bem como dos co-mandantes e presidentes de di-reção dos bombeiros do distrito..

Este encontro visou a apre-sentação dos dados relativos ao dispositivo distrital para o perío-do compreendido entre 1 de ja-neiro e 30 de setembro, nomea-damente no que respeita aos tempos de resposta, eficácia dos meios terrestres e aéreos, rede SIRESP, interface entre os sistemas de registo de ocorrên-cias dos Corpos de Bombeiros e o SADO, mobilização e empe-nhamento de máquinas de ras-to, meios de reforço. Este en-

contro permitiu ainda analisar pontos fracos e oportunidades de melhoria e recolher propos-

tas e contributos de comandos e direções para futuras campa-nhas.

SETÚBAL

DECIF em análise

A Escola Nacional de Bombei-ros (ENB) participou, re-

centemente, num workshop promovido, em Berlim, por Dri-ving Innovation in Crisis Mana-gement for European Resilien-ce (DRIVE), subordinado ao tema “Estudos Avançados na Gestão de Crise”, no qual, es-pecialistas europeus de dife-rentes áreas, debateram e ava-liaram a formação e o treino em gestão de crise reunindo.

DRIVER é um projeto da União Europeia que tem por objetivo reforçar a resiliência da velho continente face a si-tuações de crise através do aperfeiçoamento da capacida-de de resposta e da coordena-ção. Iniciado em maio do pre-sente ano, este projeto visa promover a investigação e ino-vação na gestão de crise, reu-nindo especialistas de 37 orga-nizações, nomeadamente re-presentantes do setor da segu-rança e defesa, entidades científicas e académicas e di-versas outras instituições euro-peias.

Para alcançar os objetivos traçados esta equipa vai traba-

lhar nos domínios do desenvol-vimento de um banco europeu de testes realizados em infraes-truturas de treino virtualmente conectadas entre si e em labo-ratórios de crise. Outro dos pla-nos é a criação de um portfólio de ferramentas de gestão de crise e, por fim, a conceção de uma definição comum a toda a Europa do que é a gestão de crise junto dos profissionais do setor, autoridades políticas, empresas fornecedoras de tec-nologia e sociedade civil.

Em Berlim, o tema central do workshop foi a formação, ava-liada com base na informação agregada nos últimos meses pelos especialistas que perten-cem ao subprojeto “Estudos Avançados”do DRIVE. Em foco estiveram questões relaciona-das com as competências e o seu enquadramento, sistemas de “lições aprendidas”, forma-ções para os decisores de alto nível e a colaboração entre pro-fissionais do setor e o público em geral.

FORMAÇÃO E TREINO EM GESTÃO DE CRISE

ENB participaem workshop europeu

Realizou-se no dia 22 de novembro, sem qual-quer vínculo institucional, sob o lema “Conti-

nuar a Servir”, o 6.º Encontro de Antigos Opera-cionais, Dirigentes e Apoiantes dos Bombeiros Vo-luntários de Agualva-Cacém (BVAC), cujo progra-ma compreendeu uma visita guiada ao quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Da-fundo (BVD), seguida de sessão evocativa e almo-ço-convívio.

Com a presença de meia centena de participan-tes, a iniciativa só foi possível “graças à inexcedí-vel colaboração da direção e do comando dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, através do seu presidente, Armando Cardoso Soares, e do seu comandante, Carlos Jaime Fonseca dos San-tos”, salientou a organização.

Na ocasião, a Comissão Executiva dos Encontros de Antigos BVAC, constituída por Luís Miguel Bap-tista, Francisco Rosado, João Simões e Ângelo Sousa, ofertou a instituição com uma fotografia emoldurada de Carlos Charbel, comandante fun-dador dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Ca-cém e cofundador, em 1912, dos BVD, assinalando desse modo um forte elo de ligação que justificou a deslocação àquela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários.

“O modelar quartel-sede dos Bombeiros Volun-tários do Dafundo, sinónimo de uma organização que persegue o objetivo da excelência”, conforme ali referido, foi muito apreciado por todos e mere-ceu os mais rasgados elogios.

Além do comandante Carlos Jaime Fonseca dos Santos e de Luís Miguel Baptista, tomou assento na mesa da honra da sessão evocativa, em repre-sentação da Comissão de Honra do 6.º Encontro, o ex-dirigente e ex-presidente da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém, António Sebastião Antunes, referência de autarca que, entre outros aspetos, felicitou e elogiou a ação cívica e solidária da Co-missão Executiva dos Encontros de Antigos BVAC.

ANTIGOS BVAC

“Continuar a Servir”

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra promoveu, em Miró, Pe-

nacova um encontro sobre o dispositivo especial de combate a incêndios naquele território.

Foram mais de 400 operacionais dos corpos de bombeiros do distrito e representantes do GIPS/GNR, SEPNA/GNR, Sapadores Florestais, AFOCE-LCA e instituto da conservação da natureza e das florestas (ICNF), que num jantar convívio ouvi-ram os agradecimentos do comandante Carlos Luís, que enalteceu o profissionalismo, abnega-

ção e capacidades de articulação nos vários cená-rios, revelando-se satisfeito por, em conjunto, ter sido possível cumprir os objetivos, em segurança com “baixas zero”.

A capacidade de intervenção, mobilização e in-teração de todos os agentes no terreno foi ainda elogiada pelo comandante agrupamento centro--norte António Ribeiro e pelo presidente da Fede-ração dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, co-mandante António Simões.

Sérgio Santos

COIMBRA

Encontro distrital

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14 NOVEMBRO 2014

Prestes completar 125 anos de existência os Bombeiros de Colares, no concelho de

Sintra, mostram-se pouco pre-dispostos para festejos. As difi-culdades são muitas e torna-se cada vez mais difícil gerir os magros orçamentos, quando as despesas são cada vez maiores e as receita diminutas.

Depois do terramoto causado pela nova legislação em maté-ria de transporte de doentes não urgentes, a associação ten-ta gerir os danos, como uma gestão de rigor, conforme reve-la ao jornal Bombeiros de Por-tugal, Rui Lopes, o presidente da direção dos Voluntários de Colares.

Os compromissos assumidos com os 32 funcionários não po-dem ser quebrados, até porque esta é “força mínima para asse-gurar o funcionamento a asso-ciação e garantir a operacionali-dade do corpo de bombeiros”, declara o dirigente.

Por outro lado, impõem-se obras de beneficiação do quar-tel construído há mais de 40

anos, mas que, por agora, não passam de um projeto adiado, como afiança o comandante dando conta que a Câmara Mu-nicipal de Sintra reduziu os apoios aos bombeiros e deixou de assegurar uma verba proto-colada, destinada a investimen-tos.

Ainda assim, a adversidade é contrariada com trabalho, com a dinamização de iniciativas vá-rias, que garantam proventos à associação que, registe-se, dis-põe de uma piscina e de um centro clínico, duas fontes de receita, mas sobretudo dois serviços importantes prestadas à comunidade.

Esta é uma associação volta-da para o exterior, muito ligada às populações, muito vocacio-nada para o apoio social, sobre-tudo aos mais idosos. Da mes-ma forma, também a população escolar merece uma atenção especial dos Bombeiros de Co-lares, num projeto de proximi-dade que começa a ar frutos, tendo em conta que, atualmen-te, frequentam a escola de in-

fantes e cadetes mais de duas dezenas de jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, e que se tudo correr pelo melhor podem vir a refor-çar o efetivo.

Apesar dos problemas expos-tos não faltam ânimo e vontade de servir aos cem operacionais que cumprem a nobre missão de salvar vidas, são aliás estes homens e mulheres que conti-

nuam a inspirar o comandante Luis Recto, que não desiste de lutar pela causa que abraçou aos 13 anos e pela casa onde in-gressou há quase meio século.

Como em muitos outros quartéis, também em Colares não existem, talvez, todas as viaturas desejadas, contudo a frota continua a dar garantias, a responder às necessidades da área de intervenção do corpo de

bombeiros, muito embora o responsável operacional fale da necessidade de aquisição de um veículo tanque bem como de encetar o processo de renova-ção das ambulâncias.

A formação surge como pon-to forte dos Bombeiros de Cola-res sempre dispostos a saber mais para intervir melhor, numa exigente área de intervenção que abrange as freguesias de S.

Martinho, S. João das Lampas e parte de Colares.

Dificuldades muitas, mas não as suficientes para desmobilizar este grupo de profissionais bem preparados, sempre prontos a salvar vidas, cumprindo o mes-mo desígnio que em março de 1890 norteou os fundadores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cola-res.

COLARES

Política de proximidade garante reforços

Dificuldades várias marcam o dia-a-dia da Associação Humanitária dos Bombeiros dos

Colares, nada que assuste direção, comando e corpo ativo, habituados a

fazerem das fraquezas forças, a bem da comunidade que servem

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Sérgio Santos

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15NOVEMBRO 2014

Fundada em 1978, a Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros de Pataias, aco-

lheu formalmente o corpo de bombeiros uma década mais tarde e só em 2006 se instalou num verdadeiro complexo ope-racional, projetado para dar respostas à reais necessidades de um contingente de meia centena de operacionais.

Durante anos, os Voluntários de Pataias ocuparam uma anti-ga escola primária, sem quais-quer condições operacionais, por isso, a mudança para um novo complexo operacional trouxe um novo alento à insti-tuição, que pode finalmente, começar a projetar o futuro.

Situado numa zona privile-giada, fora do núcleo da vila, o quartel dispõe de amplas áreas, de espaço para a realização de um sem número de iniciativas, mas, sobretudo, para as ações de formação dos bombeiros, conforme salienta o comandan-te Nélio Gomes.

“A nossa aposta formativa tem sido o mais abrangente possível, cumprimos o plano anual de instrução, mas esten-demos essas ações durante o verão, aproveitando o maior número de efetivos no quartel”, diz o comandante, sublinhando,

que “em Pataias formação é contínua”.

Refira-se que este corpo de bombeiros tem a seu cargo ¼ do concelho de Alcobaça, uma área de 107 quilómetros qua-drados, que contempla quatro freguesias onde residem cerca de 11 mil pessoas. Ainda que 60 por cento deste território seja ocupado por floresta, a verdade é os acidentes rodoviá-rios e os incêndios urbanos são as ocorrências mais frequentes.

Ainda que o parque de viatu-ras corresponde às exigências da área de intervenção, Nélio Gomes dá conta da necessidade da substituição de uma ambu-lância de socorro, bem como da aquisição de uma viatura de combate a incêndios urbanos e industriais, mas esta é uma la-

cuna que só poderá ser suprida com uma candidatura a fundos comunitários. Da mesma for-ma, Nélio Gomes considera fun-damental o investimento em equipamentos de proteção indi-vidual para combate a incên-dios urbanos.

Esta é uma casa organizada, arrumada, conforme afiança vi-ce-presidente, José Manuel Trindade. Só uma gestão rigo-rosa permite ir atendendo às solicitações do corpo de bom-beiros, atestam o tesoureiro Adérito Neves e presidente do conselho fiscal, Raul Catarino

Para esta estabilidade finan-ceira contribui, em muito, o di-namismo de bombeiros e diri-gente que se entregam à pro-moção de eventos vários, no-meadamente no belíssimo

auditório da associação. Por ou-tro lado, importa sublinhar o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça, sempre atenta às ne-cessidades dos bombeiros. Da mesma forma também algumas empresas, nomeadamente a ci-menteira Cibra cooperam com a instituição, tal como a popula-ção sempre disponível para par-ticipara nas iniciativas promovi-das pela instituição..

Este dinamismo não afasta operacionais e dirigentes de ou-tros objetivos, nomeadamente o de garantir a renovação do corpo de bombeiros. Nesta im-portante vertente, o futuro co-meçou a ser escrito há cerca de cinco anos, com a criação de uma escola de infantes e cade-tes que ano após anos reúne mais de duas dezenas de crian-

ças e jovens com idades com-preendidas entre os 6 e os 16 anos, e embora haja uma certa rotatividade, a verdade é que esta escola já deu seis novos elementos ao corpo de bombei-ros.

Trabalhando em várias fren-tes, determinados, os Bombei-ros de Pataias tudo investem na qualidade do serviço prestado à população, conferindo excelên-cia a nobre missão de salvar vi-das.

PATAIAS

Exigência e profissionalismoDepois de muitos

anos instalados no quartel improvisado,

os Bombeiros Voluntários de

Pataias ocupam desde 2006 um novo e moderno complexo

operacional, uma mudança que

alterou por completo as rotinas de uma

instituição que hoje se destaca no

concelho de Alcobaça pelo

serviço de excelência prestado

à comunidade.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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16 NOVEMBRO 2014

A assinalar 125 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombei-

ros Voluntários da Lixa, no con-celho de Felgueiras, não acusa qualquer desgaste, nem tão pouco o peso da tradição que tantas vezes condiciona ou compromete o futuro. Esta é uma instituição completamente adaptada às exigências do pre-sente.

As amplas, modernas, bem apetrechadas e operacionais instalações são como que com-plementadas ou rentabilizadas com uma dinâmica direção, um exigente comando e um bem preparado corpo ativo, tudo a bem da qualidade do socorro prestado às populações.

Por aqui não se escondem as dificuldades, ainda que dirigen-tes e operacionais prefiram des-tacar o trabalho de equipa que tem permitido “levar o barco a bom porto”. Uma dessas con-quistas foi, sem dúvida, o quar-tel inaugurado em 1998, um “verdadeiro palácio para quem

durante anos viveu numa casa humilde”, conforme destaca o comandante José Campos. Nas velhas e obsoletas instalações, entretanto remodeladas para acolherem a Casa da Cultura da Lixa, faltava tudo, até mesmo as condições mínimas para os bombeiros, nomeadamente para as mulheres que dispu-nham de uma acanhada cama-rata improvisada num pavilhão.

Os Bombeiros da Lixa dis-põem, agora, de amplas insta-lações, onde as áreas associati-vas e operacionais não parti-lham espaços, o que permite respeitar as exigências funcio-nais de um quartel sem com-prometer a dinâmica da asso-ciação que importa fomentar, até porque direção e comando consideram ser “ténue ligação com população”, que participa nas festas e em iniciativas pon-tuais da associação, mas que se “envolve pouco na vida desta associação, não participando sequer nos atos eleitorais”, como destaca o tesoureiro Car-los Martins, recordando “outros tempos”, quando a sede dos bombeiros era “local de encon-

tro e de convívio da comunida-de”.

Atualmente o corpo de bom-beiros é a grande, a maior preocupação dos dirigentes porque o que realmente impor-ta é “responder às necessida-des de população não só da Lixa, mas também nos conce-lhos limítrofes de Amarante e Celorico de Basto, nomeada-mente no âmbito da emergên-cia e dos incêndios florestais e urbanos”, salienta o comandan-te José Campos, até porque as exigências, a todos os níveis, são crescentes.

Registe-se que em 1980 o corpo de bombeiros teria “uns 22 operacionais”, hoje são mais de 130, uma força musculada que contraria a propalada crise do voluntariado, prevendo-se que, brevemente, o efetivo seja reforçado com 13 novos ele-mentos.

A associação conta atual-mente com 17 funcionários, “14 dos quais, bombeiros”, ainda sim poucos para dar resposta às inúmeras solicitações.

“Fomos forçados a reduzir em um terço a nossa força de

trabalho, mas o número de serviços não decresceu”, revela o presidente da direção Armin-do Gomes Coelho, sublinhando que só com o esforço e entrega dos voluntários tem sido possí-vel manter a qualidade no ser-viço prestado.

Há muito que comando e di-reção defendem a importância de garantir ao quartel da Lixa uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), mas a Câ-mara de Felgueiras nunca foi sensível a esta solicitação, mui-to embora o presidente da dire-ção revele que “o atual executi-vo tem feito um esforço enorme para atender às solicitações deste corpo de bombeiros”. Mas nem sempre assim foi:

“Faltou equidade no trata-mento dado às duas associa-ções do concelho, situação que sempre penalizou os Voluntá-rios da Lixa”, denuncia dirigen-te.

Re-eleita em fevereiro, esta equipa com vasta experiência na associação deu início a um processo de restruturação, um projeto que envolveu direção e comando e que visou, no es-

sencial, “adaptar a instituição às exigências do presente”.

A situação financeira da insti-tuição obriga a uma gestão ri-gorosa, até porque a receita é cada vez menor.

Carlos Martins recorda, com nostalgia, os “beneméritos de outros tempos” que tanto apoia-vam a instituição. “Hoje essas comparticipações são mais difí-ceis de assegurar”, sublinha, ainda que por ocasião do 125.º aniversário a associação tenha sido beneficiadas com “dois do-nativos muito significativos”. Também este ano, os Voluntá-rios da Lixa foram beneficiados com a herança de um emigran-te, mas, segundo os dirigentes, estes são cada vez “casos mais raros”, até mesmo as empresas, que no passado muito colabora-vam com os bombeiros, estão agora menos sensibilizadas para a causa.

Apesar dos lamentos, na ver-dade esta é uma casa organiza-da, com prioridades, perfeita-mente definidas, pelo que os operacionais dispõe de equipa-mentos e viaturas “para respon-der às solicitações”, até porque

muitos investimento tem vindo a ser feitos. José Campos refere que o objetivo é agora a renova-ção dos veículos transporte de doentes.

Da mesma forma, comando e direção têm apostado muito na formação. Segundo o responsá-vel operacional “nos últimos 15 meses foram cumpridas mais de 20 mil horas de formação em todas as áreas, que beneficia-ram todo o corpo ativo “ dos bombeiros, dos de 3.ª aos che-fes”.

Atualmente, corpo de bom-beiros zela pela segurança e so-corro de um toral de 22 mil pes-soas, uma responsabilidade que os operacionais encaram com o profissionalismo exigido a um bem preparado contingente.

Neste quartel da Lixa, rigor, brio e entrega à causa são ca-racterísticas dos homens e mu-lheres que trajam de soldados da paz, tal como a união, a de-terminação e a vontade de fazer mais e melhor que, certamente, também inspirou o grupo de pioneiros que em 1889 começou a escrever a história desta ve-nerável instituição.

LIXA

Justiça impõe equidadeUnião, determinação

e vontade de fazer mais e melhor fazem

parte do “código genético” dos

Voluntários da Lixa, que a assinalar 125 anos de existência,

mantêm a matriz.Os desafios do

presente não amedrontam uma

grande e coesa equipa, determinada em servir o próximo, em cumprir todos os

dias o lema “Vida por Vida”.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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17NOVEMBRO 2014

No âmbito de um já antigo acordo de cooperação com a Associação de Bombeiros Voluntários no Es-

tado de Santa Catarina, no Brasil, os Bombeiros de de Cacilhas acolheram, durante cerca de duas semanas, dois operacionais do corpo de Guaramirim, uma das 42 instituições que integram esta confederação do país irmão.

Os jovens William Henrique Fritzke e Maicon Rodrigo Ewald, tiveram, assim, a oportunidade de tomar contacto com a realidade nacional do setor que, em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal consideraram “muito idêntica ao do Estado de Santa Catarina”.

Durante este “estágio”, os operacionais acom-panharam os camaradas de Cacilhas em distintos teatros de operações e de participaram em ações de formação, simulacros e exercícios, numa ex-periência que classificam de “muito positiva” que, defendem, deveria ter sentido duplo, permitindo que também operacionais portugueses se pos-sam deslocar ao Brasil. Esta ideia é, aliás, corro-borada por Clemente Mitra, presidente da Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas que diz estar a ponderar a viabilidade dessa viagem, que, também, considera impor-tante para seus bombeiros.

Por agora salienta a “satisfação de poder rece-ber os amigos brasileiros” e sublinha a disponibi-lidade para intensificar estas ações. “Eles só pa-gam a viagem, tudo o resto é por nossa conta”, adianta.

William Fritzke, repórter policial de profissão, herdou o amor à causa do avô, que foi “o primei-ro motorista dos bombeiros da sua cidade, onde permaneceu por 35 anos”. Também Maicon Ewald seguiu a tradição familiar e, embora, atualmente, seja funcionário da corporação de Guaramirim e responsável pela área de treino e formação, in-gressou nestas fileiras como “mirim” com apenas 13 anos de idade.

Os jovens brasileiros falam das semelhanças ao nível “protocolos de atuação”, mas registam sobretudo no que toca à natureza das interven-ções:

“Praticamente não temos incêndios florestais, contudo os acidentes são muito mais graves, até porque o povo brasileiro é meio mal-educado no trânsito”, conforme revela William Fritzke. Os bombeiros sublinham, ainda, que os apoios con-cedidos aos bombeiros portugueses, tanto pelo Estado como pelas autarquias permitem a aquisi-ção, “de mais e melhores viaturas”, situação que não se verifica no Brasil, onde os voluntários não contam com qualquer tipo incentivos.

No balanço falam sobre o “muito” que tiveram oportunidade de aprender, e da experiência ím-par que a todos os níveis os enriqueceu.

O comandante Miguel Silva salienta a impor-tância deste intercâmbio que permite fomentar a

partilha de boas práticas e de conhecimentos, que a todos beneficia.

No quartel 14 do Estado de Santa Catarina, aos 60 operacionais é exigido que cumpram semanal-mente 12 horas de voluntariado, em prol de uma comunidade com cerca de 35 mil habitantes, que recebem este serviço “totalmente de graça”, como faz questão de salientar Maicon Ewald,

Já de regresso ao Brasil, estes dois bombeiros levaram na bagagem muitas e boas recordações de uma viagem que, certamente vão querer re-petir, até porque por cá ficaram muitas amizades.

Registe-se que a Associação de Bombeiros Vo-luntários no Estado de Santa Catarina, fundada em 1994, quando existiam apenas 11 corpora-ções voluntárias no Estado, representa, atual-mente, 43 instituições e um total de 3 741 opera-cionais, na sua maioria voluntários, com qualifi-cação e treino para garantir a eficácia do socorro, combatendo incêndios, em ações de busca e sal-vamento, desabamentos, inundações, catástro-fes e calamidades públicas.

Este acordo de geminação luso-brasileiro tem permitido a realização de iniciativas várias tanto por cá, como por terras de Vera Cruz, sendo que nos re-encontros se reforçam laços de coopera-ção, mas, também, de amizade que perduram no tempo.

Sofia Ribeiro

CACILHAS

Brasileiros vêm conhecer realidade nacional

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LIXA

Justiça impõe equidade

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18 NOVEMBRO 2014

Já regressaram a Portugal os três elementos dos Bombeiros Voluntários de Bragança que participaram na missão humanitária interna-

cional “Projeto Sahara 2014/2015” em apoio à ONG espanhola “Bomberos En Accion” sediada em Cartagena e com delegação em Zamora.

A ação humanitária, em que se integraram o segundo comandante Carlos Martins e os bom-beiros de 2.ª João Múrias e Paulo Ferro, decorreu na Argélia durante 12 dias.

Está assim concluída a primeira fase do pro-jeto que visa a obtenção e distribuição de depó-sitos de água e melhoramentos complementa-res seguindo-se também a análise da qualidade da água potável aos dispor nos locais a visitar, nomeadamente, campos de refugiados saha-rauis.

A segunda fase do projeto decorre em feverei-ro de 2015 e centra-se no envio de viatura de combate e formação de brigada contra incên-

dios, reforço da distribuição de depósitos de água e melhoria no controlo da água potável.

O projeto da ONG, com a parceria dos Volun-tários de Bragança, é coordenado no terreno pelo bombeiro de Zamora, Javier Moran, com o apoio dos três bombeiros portugueses e ainda, Ramon Sanchez (Zamora), Juan Carlos Teruel (Valência) e Cristobal Fundora (Proteção Civil Pa-namá).

BRAGANÇA

Apoio a ONG na ArgéliaOs Bombeiros Voluntários de

Vila do Bispo protagoniza-ram com sucesso mais uma operação de resgate, neste caso, de dois turistas holande-ses resgatados de uma falésia. A equipa que procedeu ao res-gate foi composta, pelo coman-dante Joel Ramos, o segundo comandante José Pedro, pelos bombeiros de 2.ª Telmo Mar-tins, David Rodrigues, Roberto Diogo e Filipe Silva, e pelos bombeiros de 3.ª Pedro Graça, Vando Gonçalves e Roberto Martins.

A operação de resgate durou perto de uma hora, ao início da noite, numa zona de falésias entre a Praia da Salema e a da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo.

Os dois holandeses, de 43 e 45 anos, que não necessitaram de assistência médica, foram resgatados da falésia a cerca de cinquenta metros de altura pela equipa de salvamento em gran-

de ângulo dos bombeiros com o apoio de três viaturas de socor-ro.

“Os turistas tinham ido pas-sear à Praia da Salema quando a certa altura, em estilo de aventura, começaram a subir por uma falésia numa zona are-nosa e bastante perigosa, mas que não conheciam, encontra-vam-se bastante nervosos e encostados a um canto de uma rocha quando chegámos junto deles, mas não necessitaram de receber assistência médica”, explicou o comandante dos

Bombeiros de Vila do Bispo, Joel Ramos.

VILA DO BISPO

Resgate de turistas em falésia

Os Bombeiros de Albergaria-a--Velha foram acionados pelo

CODU para um despiste ao quilo-metro 225 da A1, no sentido Norte/Sul. Uma viatura despis-tou-se e foi colidir com um pi-nheiro junto a vedação da au-toestrada, onde ficou imobiliza-da.

Depois de estabilizadas pelas equipas de emergência, das víti-mas foram transportadas para o Hospital de Coimbra, os traba-lhos foram concluídos as 11 ho-ras.

As operações de socorro envol-

veram oito bombeiros apoiados duas ambulâncias de socorro e um veículo de desencarceramen-to, e ainda uma ambulância dos

Voluntários de Oliveira do Bairro, elementos da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana e do concessionária Brisa.

ALBERGARIA-A-VELHA

Despiste com vítimas

Treze elementos da equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de

Almoçageme resgataram com vida uma mulher que havia caído numa ravina com 60 metros de altura junto do Cabo da Roca.

Os bombeiros socorreram a vítima, que havia caído de um trilho sem protecção, estabilizaram-

-na, com apoio de elementos dos INEM, e asse-guraram-lhe todo o apoio necessário durante as tentativas de retirada do local. A primeira tenta-tiva foi prevista por via marítima, através da lan-cha do Instituto de Socorros a Náufragos mas fa-lhou. Depois, optou-se com êxito, pela via aérea através de um helicóptero Kamov da ANPC.

ALMOÇAGEME

Operação bem sucedida

O Bombeiros de Ferreira do Alentejo, com o apoio dos Voluntários de Aljustrel, Alcácer do

Sal Grândola e Beja, resgataram cerca de uma centena de ovelhas do rio zona de Santa Marga-rida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo.

Relatos locais dão conta que, manhã cedo, o rebanho pastava nas margens do rio, quando uma chuva forte provocou uma subida repentina das águas, deixando os animais isolados.

Participaram nesta operação de resgate, que permitiu salvar 92 das 100 ovelhas, 16 operacio-nais, sete viaturas e cinco embarcações. No local estiveram ainda elementos da Guarda Nacional Republicana de Ferreira do Alentejo.

FERREIRA DO ALENTEJO

Bombeiros salvam rebanho

O alerta chegou à central dos Bombeiros de Albergaria-a-Ve-

lha via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), dando conta da queda de um eucalipto so-bre um trabalhador de uma explora-ção florestal, na encosta entre os lugares de Vila Nova de Fusos e a Foz do Rio Mau.

A vítima do sexo masculino, com 61 anos de idade, apresentava, além de múltiplas escoriações, si-nais de traumatismos crânio encefá-lico e vertebromedular.

Para os trabalhos de estabilização e evacuação, devido à orografia adversa do ter-reno e ao estado da vítima, foi necessário re-correr ao Grupo Especial de Salvamento em Grande Ângulo, e posteriormente a deslocação de uma viatura 4x4 da corporação para o trans-porte do homem para a ambulância.

A vítima depois de uma complexa e morosa

operação a vítima foi conduzida ao Hospital Uni-versitário de Coimbra acompanhada pela equipa de emergência e equipa da VMER de Aveiro.

Estiveram no local, nove Bombeiros de Alber-garia apeados por três viaturas e ainda a VMER de Aveiro e GNR de Albergaria, que tomou con-ta da ocorrência.

ALBERGARIA A VELHA

Queda de Eucalipto provoca ferido grave

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19NOVEMBRO 2014

Os Bombeiros Voluntários de Lagos, em con-junto com a GNR e Proteção Civil Municipal,

participaram num simulacro de um incêndio ur-bano e evacuação dos utentes no Lar de Bensa-frim, Lagos.

Estes simulacros têm como objetivos, testar planos de segurança, bem como, sensibilizar e formar os funcionários das instituições para eventuais situações de emergência, permitindo

aos Bombeiros Lagos testar e por em prática co-nhecimentos e procedimentos.

Esta ação mobilizou um Veículo Urbano de Combate a Incêndios e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Lagos e ainda uma pa-trulha da Guarda Nacional Republicana, que ob-servou a operação e procedeu ao corte de algu-mas ruas ao trânsito agilizando movimentação dos meios de socorro.

LAGOS

Lar de idosos testa meios

Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro reali-

zaram recentemente mais dois simulacros, o primeiro na empre-sa Tanquipor, e o segundo no Fó-rum Barreiro.

No primeiro caso, tratou-se de um exercício de rotura da tuba-gem de compressão de uma bomba existente naquela insta-lação industrial.

A atuação dos bombeiros teve

o enfoque na mitigação do risco de incêndio e explosão bem como no socorro a uma vítima si-mulada.

Neste exercício estiveram en-volvidos 12 bombeiros com qua-tro viaturas operacionais, uma urbana de combate a incêndios (VUCI), um tanque tático urbano (VTTU), uma ambulância de so-corro r um veículo de comando tático.

No caso do exercício no Fórum Barreiro tratou-se de um exercí-cio simulado de incêndio numa viatura no parque de estaciona-mento subterrâneo daquele cen-tro comercial, no âmbito do pla-no de emergência daquela in-fraestrutura.

Neste caso, estiveram envolvi-dos 12 bombeiros e 4 viaturas, um VUCI, uma ambulância de socorro e 2 veículos de comando.

BARREIRO

Operacionais em treino

Os Bombeiros Voluntários de Sines participa-ram no simulacro realizado no passado dia 23

de outubro, no Hotel Sinerama, em Sines. A ini-ciativa teve como objetivo testar a capacidade de resposta da unidade hoteleira em situações de incêndio.

O cenário caracterizou-se com dois supostos focos de incêndio, um numa sala técnica do hotel situada no 1.º andar, e o outro no 3.º piso. O exercício inclui o resgate de um indivíduo que se encontrava no interior do hotel.

No teatro de operações estiveram envolvidos 5 veículos do corpo de bombeiros, incluindo ambu-lâncias de socorro, um veículo urbano de comba-te a incêndios e um veículo de apoio, guarnecidos por 15 operacionais. O simulacro contou também com a articulação com a GNR de Sines e a Prote-ção Civil Municipal.

Para o comando do Bombeiros Voluntários de Sines estes simulacros “são uma mais-valia, pois possibilitam o aperfeiçoamento técnico dos ope-racionais, além de possibilitar que os bombeiros conheçam ainda melhor a estrutura e funciona-

mento do hotel em eventuais situações que pos-sam ocorrer no edifício”.

Este é já o segundo ano em que os Bombeiros Voluntários de Sines são convidados por aquela unidade hoteleira para simulacros realizados nas suas instalações, o que prova, também, “a cres-cente aproximação do Corpo de Bombeiros às empresas e entidades do concelho de Sines”.

SINES

Simulacro em unidade hoteleira

A consolidação de procedi-mentos e o trabalho em

equipa foram reforçados numa iniciativa que juntou bombeiros sapadores de Setúbal e milita-res da GNR num treino de bus-ca e resgate em estruturas co-lapsadas.

“O balanço do exercício é muito positivo”, sublinha o co-mandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setú-bal (CBSS), Paulo Lamego, ao destacar que durante os cinco dias da iniciativa, “além da forte componente de treino técnico, houve um importante fomento nas relações institucionais”.

Paulo Lamego adianta que o treino, com ações teóricas e práticas no quartel dos Sapado-res de Setúbal, na Serra da Ar-rábida e em unidades indus-triais abandonadas, permitiu “testar as capacidades opera-cionais em exercícios dinamiza-dos com equipas constituídas por elementos das três forças envolvidas no treino”.

Operações de escoramento de edifícios, demolições, corte e perfuração de estruturas, tra-balhos de desencarceramento em viaturas e exercícios de ex-tração de vítimas em espaços confinados foram algumas das ações dinamizadas no âmbito deste treino conjunto realizado em Setúbal.

O workshop “Busca e Resga-te em Estruturas Colapsadas”, uma organização conjunta da Companhia de Bombeiros Sa-padores de Setúbal e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, com a presen-

ça de meia centena de opera-cionais, permitiu ainda testar o

trabalho em equipa em prol da segurança da população.

SETÚBAL

Exercício com balanço positivo

Os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave sal-varam no passado dia 9 de outubro uma mu-

lher de se afogar em pleno Rio Ave, em Ponte de Caniços, freguesia de Bairro.

Esta foi uma intevenção complexa, que levou os operacionais a percorrer as margens do rio pelo meio de silvados e vegetação diversa para puderem identificar em que zona se encontrava a mulher levada pelo leito do rio. Foi em simultâneo dada indicação para o fecho das comportas da barragem para assim acalmar a corrente e facili-

tar o resgate da vítima como explicou ao “BP” o 2.º comandante André Morais.

Nesta operação estiveram envolvidos os bom-beiros Luís Abreu, Rui Maia, Tiago Costa, Vítor Almeida, Sofia Machado e Hugo Oliveira dos Vo-luntários de Riba de Ave que procederam à pri-meira intervenção, contando, ainda, com o apoio da equipa de mergulhadores dos BV Vila das Aves, VMER do INEM, GNR e Policia Municipal de Santo Tirso.

Sérgio Santos

RIBA DE AVE

Intervenção salva vida

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20 NOVEMBRO 2014

Os Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia têm dado continuidade ao programa de simu-

lacros em diferentes entidades com o objetivo co-mum de testar os respetivos planos de emergên-cia internos. No dia 28 de outubro, apoiaram a realização de mais um nas instalações da Toyota Caetano Portugal, SA situadas na Avenida Vasco da Gama, Oliveira do Douro.

Esse exercício traduziu-se na simulação de um incêndio com início na área administrativa do ar-mazém de peças, obrigando à evacuação de todo o edifício e causando um ferido. Participaram neste exercício 95 pessoas.

No passado dia 29 de outubro a escola básica e jardim-de-infância da Afurada de Cima, do agru-

pamento de escolas D. Pedro I, realizou um exer-cício de evacuação, envolvendo uma comunidade escolar de 172 pessoas. A Proteção Civil Munici-pal e os Bombeiros Sapadores, mais uma vez, estiveram presentes como observadores.

VILA NOVA DE GAIA

Sapadores testam respostas

Decorreu no final de outubro na Unidade Local de Forma-

ção (ULF) dos Bombeiros de Vila Real de Santo António uma nova formação da Escola Nacio-nal de Bombeiros (ENB) de Operações Essenciais de Extin-ção de Incêndios Urbanos e In-dustriais NII, antes designada como curso chefe de equipa.

A formação pretendeu prepa-rar e formar bombeiros com competências técnico- opera-cionais para chefiar uma pri-meira intervenção em cenários de incidentes estruturais.

A ação foi frequentada por elementos dos Bombeiros de Portimão, Albufeira, Faro e La-goa, tendo como formadores de combate a incêndios urbanos e industriais da ENB, Válter Rai-mundo, adjunto de comando dos Bombeiros de Portimão e

João Horta, dos Bombeiros Mu-nicipais de Tavira.

Esta ULF, não obstante o pro-jeto em curso para outra a edifi-car em Monchique, é ainda a única na região algarvia, em funcionamento desde 2012. Dis-põe de espaços de manobra que

permitem a prática de exercícios destinados a simular incêndios em estruturas, permitindo aos bombeiros formandos a proximi-dade com a realidade que en-contram numa situação real, tanto na execução da manobra como tácitos e como comando.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Formação na ULF prossegue

Iniciou-se no passado dia 10 de outubro, nas instalações

dos Bombeiros de Águas de Moura um curso em emergência médica, que permitirá a 12 ope-racionais terão acesso à forma-ção em Tripulante de Ambulân-cia de Socorro (TAS).

Esta ação ministrada pela as-sociação AFPS – Associação For-mar para Salvar, acreditada pelo Instituto Nacional de Emergên-cia Médica (INEM), permitirá, segundo o comando de Águas de Moura, “fortificar o compro-misso continuado e de longa

data enquanto assumido por esta entidade responsável e de

qualidade no socorro prestado à população que dela necessite”.

ÁGUAS DE MOURA

Quartel recebe reforço TAS

Teve início, no passado dia 27 de outubro, no pavilhão do

Corpo de Bombeiros de Porti-mão um programa diário de condição física destinado aos operacionais e , integrado no plano diário de atividades da Força Mínima de Intervenção.

Este projeto, coordenado tec-nicamente pela Divisão de Des-porto da Câmara Municipal de Portimão, resulta de uma pare-ceria entre os bombeiros e a autarquia, que visa manter a capacidade física dos operacio-nais.

O plano de ação para esta importante vertente da prepa-ração do corpo de bombeiros pressupõe um processo de ava-liação rigoroso que inclui ativi-dades de cariz interno e exter-no.

Esta iniciativa é considerada pelos responsáveis operacio-nais como “fundamental para a intervenção desta unidade”.

PORTIMÃO

Operacionais com preparação física

Decorreu recentemen-te no pavilhão muni-

cipal de Cerva aquele que, segundo a organiza-ção, “foi até hoje o maior exercício “mass training” de suporte básico de vida realizado em Portugal”.

Neste evento, segundo Tiago Silva, bombeiro em Cerva e organizador do evento, “participaram quase 800 formandos, tendo sido administrados ensinamentos bási-cos de suporte básico de vida por quase 40 formadores”.

A sessão de abertura contou com a presen-ça de várias entidades locais: Desde logo, Carlos Carvalho, presidente da direção dos Bombeiros de Cerva, que salientou a impor-tância deste tipo de exercício para uma popu-lação que deve estar cada vez mais informada dos procedimentos a usar em caso de para-gem respiratória. O comandante distrital de Vila Real da ANPC, Álvaro Ribeiro, fez questão de salientar que “Cerva tem um corpo de Bombeiros que deve servir de exemplo a mui-tos outros pelas iniciativas que vão tendo ao longo do ano”. Rui Alves, presidente da Câma-ra Municipal de Ribeira de Pena, também fez questão de estar presente neste evento, e na sessão de abertura fez questão de dizer que a câmara sempre apoiou e continuara a apoiar todos os corpos de bombeiros do seu conce-lho.

A responsável do INEM, enfermeira Isabel Costa, não conseguiu disfarçar a felicidade por estar presente no evento organizado pelo cor-po de bombeiros de Cerva como “um prazer enorme estar presente naquele que é o maior exercício de Mass Training SBV realizado até hoje em Portugal”.

Tiago Silva, no final afirmou que, “após 2

meses e alguns dias de puro trabalho, eis que os resultados estão a vista. Dedicação e em-penho são as palavras de ordem e o combus-tível para continuarmos” e que “ já amanhã uma nova surpresa começa a ser preparada para o dia 24 de janeiro de 2015 contamos com a visita de todos novamente a Cerva”.

Neste evento, além dos formadores do INEM e dos Bombeiros de Cerva, estiveram presentes também formadores dos Bombeiros de Vimioso, de Miranda do Douro, de Ribeira de Pena, dos Celoricenses, do Juncal, de Se-ver do Vouga, de Entre-os-Rios, dos Cabecei-renses e da Cruz Branca de Vila Real.

O evento contou com os apoios, do INEM, do Município de Ribeira de Pena, da união de freguesias de Cerva e Limões, da Juvebom-beiro - Núcleo de Cerva e do “Bombeiros para Sempre”.

CERVA

Mass training em grande escala

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21NOVEMBRO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários da Ribeira Grande luta com dificul-

dades para substituir o motor avariado da sua embarcação de salvamento por outros dois ade-quados à missão, a 4 tempos de menor cavala-gem individual mas com o mesmo desempenho. “Para que possamos continuar a desempenhar a nossa missão, que não é mais do que proteger a vida e os bens das pessoas, que são no fundo a razão da nossa existência”, confiou-nos o coman-dante José Nuno Moniz.

A embarcação está inoperacional depois do único motor se ter avariado na última missão de recuperação do cadáver de um pescador desapa-recido na costa norte de S. Miguel, conforme foi logo reportado às autoridades locais.

Em 1998, os Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, por iniciativa própria, e em resultado das muitas solicitações da população do concelho da

Ribeira Grande e da Ilha de S. Miguel formou uma equipa de mergulhadores, inicialmente constituí-da por 10 elementos. Esta equipa tinha por obje-tivo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas.

Foi necessário dar formação a todos estes ele-mentos. Na altura, e nos anos seguintes deslocou--se a S. Miguel um formador do Batalhão de Sapa-dores do Porto, Victor Hugo, a fim de ministra as especialidades necessárias ao bom desempenho da equipa. Foram dadas as especialidades de bus-ca e recuperação, navegação subaquática, admi-nistração de oxigénio, mergulho noturno, salva-mento subaquático e mergulhador socorrista.

Paralelamente, e de modo a que aqueles ele-mentos pudessem operar com os meios de salva-mento – mota de água e embarcação, obtivemos as cartas de marinheiro e patrão local.

Para além da formação e dos equipamentos, para dar apoio a esta equipa, a Associação adqui-

riu em 1999 uma embarcação semirrígida – “tor-nado”, na altura, a única equipa de mergulhado-res de bombeiros em toda a Ilha de S. Miguel.

A equipa de mergulhadores dos bombeiros da Ribeira Grande é atualmente constituída por 22 mergulhadores. Desde a sua constituição a equi-pa de mergulhadores, sempre em colaboração

com as autoridades responsáveis nesta área – Capitania do Porto de Ponta Delgada e Instituto de Socorro a Náufragos – respondeu presente a todas as missões para que foi solicitada, onde se incluem o socorro a náufragos, buscas subaquá-ticas, recuperação de vitimas e viaturas e até mesmo desencarceramento subaquático.

RIBEIRA GRANDE

Missão: Recuperar embarcação

O secretário de Estado da Administração Interna, João de Almeida presi-

diu, no passado dia 2 de no-vembro, à cerimónia de inau-guração do novo complexo operacional dos Bombeiros Vo-luntários dos Carvalhos, na qual marcaram igualmente presença, entre outras indivi-dualidades locais e nacionais, o presidente da Câmara Munici-pal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues e o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares.

Os Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, a assinalar 103

anos de atividade ao serviço da proteção civil, dispõe de agora de um quartel com capacidade e condições de excelência para albergar as valências de socor-ro e emergência, de combate a incêndios e de transporte de doentes não urgentes.

Neste novo e moderno equi-pamento, para operacionalida-de, não foi esquecido o mereci-do conforto dos cerca de 130 operacionais que, abnegada-mente, garantem o socorro e proteção dos milhares habitan-tes na União de Freguesias de Serzedo e Perosinho. Desta for-ma, direção e comando consi-deram estar reunidas ”as me-

lhores condições para o cum-primento da missão, bem como a prestação de serviço mais pronto e eficaz às populações”

O complexo localiza-se na Avenida Moreira de Sousa, jun-to ao nó dos Carvalhos numa área que aguarda ainda e

construção de uma rotunda que garantirá o acesso a todas as principais vias rodoviárias do concelho de Gaia.

O novo quartel operacional, construído em terrenos cedi-dos pela autarquia de Gaia, re-presenta um investimento na ordem de 1,5 milhões de eu-ros, co-financiamento, em 85 por cento, por verbas comuni-tárias, sendo o montante em falta garantido pela câmara municipal, por mecenas e be-neméritos e ainda pela Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários dos Carva-lhos.

A obra, que cumpriu escru-

pulosamente o caderno de en-cargos, sem qualquer tipo de derrapagem financeira, tem autoria do arquiteto António Martins, colaborador da Câma-ra Municipal de Vila Nova de Gaia, de acordo com o progra-ma estipulado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil para os designados “Quartéis de 3.ª Geração”.

Para além da harmonia entre a área construída e as necessi-dades de utilização, este com-plexo energeticamente susten-tável, afirma-se como uma bela peça de arquitetura, mar-cada pelos 800 m2 de vidro, onde pontifica a luz natural.

CARVALHOS

Bombeiros têm novo quartel

O Centro de Forma-ção dos Bombei-

ros Voluntários de Es-moriz foi cenário para o Seminário de Técni-cas Avançadas de Ele-vação, ação que con-tou com a participa-ção de cerca de uma vintena de operacio-nais de todo o país

A iniciativa, coordenada por formadores da Heavy Rescue permitiu centrou-se nas novas técnicas e materiais que facili-tam e apoiam o trabalho de desencarceramento em grande escala e em cenários complexos evolvendo, por exemplo, veí-culos de grande tonelagem. No âmbito desta formação, em Esmoriz, foi recriado o despiste de um autocarro, com várias

vítimas, exercido que permitiu confirmar a importância dos procedimentos, mas, também, do trabalho de equipa.

No balanço desta iniciativa, os bombeiros esmorizenses sa-lientam a mais-valia destas novas experiências e do contacto com inovações tanto a nível de equipamentos, como das téc-nicas usadas.

ESMORIZ

Técnicas avançadas de elevação

Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro) realizaram no dia 21 de novembro um simulacro de incêndio no arquivo geral do Banco

BNP Paribas, no Parque Empresarial do Barreiro.Após a receção do alarme simulado, foram deslocados oito operacionais

apoiados por veículos. Depis da ordem de entrada nas instalações, foram os bombeiros procederam à busca e resgate do funcionário e ao ataque ao foco de incêndio com proteção de exposições interiores.

BARREIRO

Exercício no banco

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22 NOVEMBRO 2014

É com entusiamo e visível satisfação que os Voluntá-rios de Avintes recebem o

jornal Bombeiros de Portugal para darem a conhecer o proje-to de ampliação e requalificação do quartel-sede.

Há mais de uma década que a obra se impõe, contudo, essa aspiração foi sendo adiada, mercê de um conjunto de reve-ses, que inviabilizaram, até, uma candidatura a fundos co-munitários.

Já este ano, a direção “aven-turou-se” na compra de um imóvel contiguo ao complexo que alberga a associação, e avançou de imediato com um conjunto de melhoramentos. Agora a ordem é para não pa-rar, conforme anuncia o presi-dente da direção, Manuel dos Santos Silva, dando conta do apoio e do envolvimento da Câ-mara de Vila Nova de Gaia nes-te processo, nomeadamente com a disponibilização de mão--de-obra, sendo que “os traba-lhos que vão decorrendo a bom ritmo”.

Uma comitiva composta pelo comandante José Pereira, o ad-junto António Santos e os diri-gentes Manuel Santos Silva, José Paiva Loureiro, José Cruz e António Gouveia conduzem os os jornalistas numa visita guia-da ao quartel-sede inaugurado

em 1967, que há muito pede intervenção.

No exterior, são já visíveis al-guns melhoramentos, mas muitas outras intervenções es-tão previstas, com o intuito de assegurar condições de traba-lho aos 76 operacionais que ga-rantem proteção e socorro aos cerca de 70 mil habitantes das freguesias de Avintes, Oliveira

do Douro e Vilar de Andorinho, como sublinha o comandante.

O responsável operacional

salienta, ainda, que em maté-ria operacional são muitos os desafios, num território com 10

quilómetros do rio Douro, qua-tro praias fluviais, duas zonas industriais, uma rede viária

com enorme volume de tráfe-go, que inclui a A20, A29, A32, A23 e EN 222, aglomerados po-pulacionais de grande dimen-são, bairros socialmente pro-blemáticos, núcleos habitacio-nais antigos e uma importante mancha florestal protegida. Esta realidade não se compa-dece com “amadorismos”, im-põe ao corpo de bombeiros prontidão, preparação, profis-sionalismo.

“Não basta comprar viaturas é preciso não esquecer outras necessidades nomeadamente ao nível da formação e da se-gurança, para que estes ho-mens e mulheres cumpram exemplarmente a sua missão”.

Por outro lado, o dirigente defende ainda que o efetivo deve sentir-se bem no quartel, onde importa garantir algum conforto nesta que é para mui-tos uma segunda casa, e assim sendo para além da renovação das áreas operacionais, está prevista a requalificação das camaratas, dos balneários e também das áreas de convívio.

AVINTES

Novo cicloA assinalar 83 anos de existência, a

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avintes relança-se e

renova-se, como que interrompendo um ciclo marcado pela estagnação.

Parecem, agora, estar reunidas as condições, os apoios e a equipa que

permitem a concretização da empreitada de ampliação e requalificação do quartel, uma

aspiração antiga, que, por circunstâncias várias, foi sendo adiada.

Textos: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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23NOVEMBRO 2014

Onze pares de botas para combate a incên-

dio florestal foram entre-gues por Nuno Pandeira-da, secretário da direção da Soluções D’Aventura aos Bombeiros de Vagos, fruto da organização de um passeio todo-o-terre-no que rendeu cerca de dois mil euros.

“Optámos por comprar equipamento que estives-se em falta na associação. Foram indi-cadas as botas e estamos aqui a proce-der à sua entrega», disse Nuno Pandei-rada, porta-voz da associação vaguen-se, revelando disponibilidade para reforçar este tipo de apoios.

Neste momento, quase todos os ele-mentos têm botas de combate a incên-dios florestais, faltando apenas equipar os mais de vinte bombeiros de 3ª.

O comandante Miguel Sá, salienta a

importância deste gesto e agradece o apoio dado, “uma vez mais”, pela Solu-ções d’Aventura.

O esforço da direção, o empenho de todos os bombeiros e o apoio da comu-nidade permitirão, certamente, que, até ao final do primeiro trimestre de 2015, todos os bombeiros disponham de botas apropriadas para o combate a incêndios florestais, segundo revela o comandante dos voluntários de Vagos.

VAGOS

Soluções d’ Aventuradão botas aos bombeirosCom o intuito de melhorar as condições do seu quartel, os

Bombeiros Voluntários de Felgueiras lançaram a campa-nha “CONTA CONTIGO”.

Esta iniciativa conta com o apoio da agência de marke-ting “Essência Completa”, do gabinete de contabilidade “Contárea”, do gabinete de arquitetura “Ad Quadratum Ar-quitetos” e do promotor externo Ismael Lourenço do Banco Santander Totta.

A campanha, que decorrerá até ao próximo dia 31 de de-zembro, visa a angariação de fundos para obras de requali-ficação do complexo operacional. Traduz-se no fomento da abertura de contas ordenado ou contas reforma em qual-quer agência da instituição bancária, fazendo referência ex-pressa à campanha dos Bombeiros Voluntários de Felguei-ras. Em função de cada conta aberta, o promotor bancário contribui com uma determinada verba para as obras a rea-lizar no quartel dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras.

Na apresentação da campanha, marcaram presença, o comandante e o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Felgueiras, Júlio Pereira e Arnaldo Freitas, respetivamente, o presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Inácio Ribeiro, o arquiteto José António Lo-pes, da “Adquadratum” e Ismael Lourenço, promotor exter-no do Banco Santander Totta.

Na breve cerimónia, o presidente da Associação salientou que ‘não é possível continuar a dar aos nossos homens e

mulheres as condições que temos dado, atendendo a que eles, pelo trabalho que fazem por toda a comunidade, me-recem mais”.

Arnaldo Freitas aproveitou ainda a oportunidade para agradecer a todos os presentes porque ‘o usual e normal é quando o alarme toca serem os bombeiros a tudo largar para socorrer a nossa comunidade. É a nossa missão. São os nossos valores. Ajudar os outros. Por isso é muito grati-ficante hoje ver que quando nós apelamos à nossa comuni-dade ela também nos atende e aceita o nosso convite para nos ouvir.’

FELGUEIRAS

Conjugação de esforços para obras

garante renovaçãoDentro em breve, possivel-

mente com o recurso a verbas comunitárias, terá início a construção de um módulo que, para além do parque de viatu-ras, albergará gabinetes para o comando e para as chefias para além de salas de formação. A empreitada prevê ainda a liga-ção do quartel-sede ao imóvel recém-adquirido.

Este é, contudo, um investi-mento “muito ponderado”, até porque “os compromissos as-sumidos com duas dezenas de funcionários são sagrados”, conforme salienta Manuel San-tos Silva, que faz questão de salientar que a “associação tem as contas todas em ordem”.

Para além do apoio da autar-quia de Gaia, os Voluntários de Avintes podem contar ainda com algumas empresas de maior dimensão, solidárias com os bombeiros. No entanto, co-mando e direção dão conta de um certo alheamento da popu-lação.

Na verdade, diz o comandan-te, nos últimos anos os Bom-beiros de Avintes “andaram es-condidos”, por isso importa res-tabelecer a proximidade com a comunidade, ideia aliás tam-bém defendida pelo presidente que acredita que a nova dinâ-mica da instituição será sufi-ciente para despertar as gentes de Avintes para a causa.

O comandante tomou posse há pouco tempo, contudo o su-ficiente para se inteirar de to-das as questões que realmente importam, considerando ser prioritária essa aproximação. A campanha de captação de jo-vens voluntários para o corpo de bombeiros e os vários proto-colos de cooperação estabeleci-

dos com várias empresas da região, confirmam que a asso-ciação começa de facto a vol-tar-se para o exterior.

“Precisamos de nos expor mais, mas com toda a dignida-de, mas para isso há que inves-tir na nossa imagem”, argu-menta o responsável operacio-nal.

Em várias frentes, José Pe-

reira tenta “arrumar a casa”, ao mesmo tempo que regista as necessidades e estabelece ob-jetivos, sendo que a formação dos operacionais surge como questão prioritária.

Em matéria de equipamen-tos o comandante afiança que, por agora, dispõe do necessá-rio para garantir o socorro na sua área de intervenção, dando

conta que a associação adqui-riu, recentemente, duas ambu-lâncias, suprindo uma lacuna há muito identificada.

Ainda que sejam muitas as necessidades e parcos os re-cursos, o presidente dos Volun-tários de Avintes, não descura a segurança e proteção indivi-dual dos bombeiros, questão que está, aliás, a ser analisada

e orçamentada, para que em breve seja ultrapassada.

“Mais que um dever é nossa obrigação garantir a segurança destes homens e mulheres”, afirma Manuel dos Santos Sil-va, crente que “passo a passo” é possível traçar novas metas e objetivos, para tal conta com o apoio da nova estrutura de co-mando que em poucos meses,

imprimiu o seu novo cunho, uniu o grupo e devolveu-lhe o entusiasmo que, certamente, também animou os sete jo-vens, com idades compreendi-das entre os 16 e os 20 anos, que no início da década de trin-ta do século passado fundaram a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avin-tes.

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24 NOVEMBRO 2014

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Es-tremoz apresentou, recentemente, à população, um

nova ambulância (ABSC).Esta viatura, que vem substituir uma outra roubada e da-

nificada a 10 de maio de 2013, está equipada com a mais recente tecnologia, dispondo de desfibrilhador automático externo (DAE), monitor de parâmetros vitais e ventilador.

Registe-se que a aquisição desde novo meio envolveu ver-bas comunitárias mas também os donativos de várias em-presas e particulares, conforme faz questão de sublinhar, em tom de agradecimento, José Capitão Pardal, presidente da direcção dos Voluntários de Estremoz.

ESTREMOZ

Ambulânciachega ao quartel

As bombeiras de Portugal estiveram reunidas na vila de Brasfemes, em

Coimbra no passado dia 9 de novembro em encontro nacio-nal.

Mais de 150 mulheres oriun-das de norte a sul do País inicia-ram estas terceiras jornadas com um colóquio sobre a im-

portância do papel das mulhe-res nos corpos de bombeiros, ouviram histórias das pioneiras do corpo de bombeiros anfitrião e assistiram à intervenção da comandante Ana Matias dos Bombeiros Voluntários de Ana-dia, versando a temática das mulheres nas estruturas de co-mando.

Neste encontro, o coman-dante distrital Carlos Luís e o comandante Acácio Monteiro deixaram deram conta do im-portante desempenho dos ele-mentos femininos no sector dos bombeiros e da proteção civil reconhecendo-lhes “eleva-das competências, destreza e profissionalismo” e responsabi-

lidades na mudança de menta-lidades,

Do programa destaque tam-bém para a atuação da fanfarra dos Bombeiros de Brasfemes, um passeio turístico pela cida-de de Coimbra e o almoço con-vívio que reuniu bombeiras dos voluntários de Brasfemes, Constância, Crato, Cruz Branca

(Vila Real), Figueiró dos Vi-nhos, Góis, Miranda do Corvo, Montemor-o-Novo, Paredes, Pedrogão Grande, Póvoa de La-

nhoso, São Brás de Alportel, Serpins, Soure e ainda dos Sa-padores de Coimbra.

Sérgio Santos

BRASFEMES

Encontro no feminino

Ó

SE TENS ENTRE 15 E 44 ANOS

Á

ÇÕ[email protected]

Os Bombeiros Voluntários de Penela re-ceberam uma importante ajuda em

equipamento usado de qualidade, essen-cialmente, para o combate de incêndios ur-banos e industriais e para uso em mano-bras de desencarceramento, desta vez vin-do da Holanda. E, “tal como aconteceu com o equipamento que recebemos em junho passado advindo da Suíça, este também foi a custo zero”, segundo nos informou o ga-binete de comunicação daquela Associação.

Entre o equipamento, contavam-se botas de combate, capacetes urbanos, fatos-de--macaco em Nomex e luvas, tudo material perfeitamente adequado ao combate a in-cêndios urbanos. “Para nossa surpresa ain-da, vinha incluído um conjunto de várias agulhetas, de diferentes calibres e um ca-nhão monitor portátil”, segundo informa o mesmo gabinete.

Esta oferta, partiu de uma relação criada entre a corporação e um cidadão holandês de boa vontade a residir no concelho de Pe-nela, Erwin Looyestein, que no seu país na-tal é bombeiro profissional. Segundo o pró-prio, todo o equipamento terá sido doado de várias corporações de bombeiros profis-sionais do seu país, e ele próprio procedeu à sua recolha e transporte para Penela.

Recorde-se que o comando dos Bombei-

ros de Penela, com a aquisição de um VUCI (Veículo Urbano de Combate a In-cêndios) em 2013, comprometeu-se a equipar, de forma gradual até ao final do corrente ano, todos os seus bombeiros com o devido EPI (Equipamento de Prote-ção Individual). “Esse objetivo está prati-camente conseguido” mas “vamos conti-nuar a procurar na Europa Central “ami-gos-dos-bombeiros” que nos ajudem a completar o que falta”.

Algum deste equipamento ainda precisa-

rá de pequenos restauros (principalmente com a pintura dos capacetes) mas, “contas feitas, os Bombeiros de Penela estimam que o valor do equipamento ascenda a mais de 50 mil euros”.

O comando, direção, corpo ativo dos Vo-luntários de Penela expressam “um honro-so agradecimento ao bombeiro profissional holandês, e nosso recente co-penelense, Erwin Johannes Adrianus Looyestein, assim como também ao bombeiro Ricardo Santos por servir de elo de ligação”.

PENELA

CB recebe equipamento holandês

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25NOVEMBRO 2014

Autor: António Freitas

Aos 25 anos concretizou o seu sonho de criança, ser

bombeiro. Vítor Oliveira Gomes nasceu no Luxemburgo e seus pais – Manuel Gomes da Silva e Clementina são naturais de A--Ver-O-Mar da Póvoa de Var-zim. É o mais jovem bombeiro a assumir o posto no Luxemburgo e o primeiro comandante luso--descendente, que, optou só pela nacionalidade luxembur-guesa, já que refere “devido ao péssimo serviço do consulado de Portugal no Luxemburgo e para não andar sempre com di-ficuldades em renovar os meus documentos de identificação portugueses optei só pela na-cionalidade luxemburguesa, apesar de adorar Portugal, visi-tar a terra dos meus pais mui-tas vezes e falar bem o portu-guês”. Numa breve passagem por Lisboa e arredores que não conhecia bem e juntamente com sua namorada, luxembur-guesa de origem italiana, o EMIGRANTE/MUNDO PORTU-GUÊS falou com este jovem, que comanda os bombeiros da cidade luxemburguesa de Schi-fflange. Tinha estado em Lisboa a última vez quando decorreu a Expo 98, salienta. Porém a sua estadia de férias em Portugal e,

como cicerone da companheira, iniciou-se na terra Natal de seus pais - Póvoa de Varzim, desceu ao Algarve depois Lis-boa e Sintra. Mas o “bichinho” dos bombeiros sempre presen-te levou-o a visitar algumas corporações dentro da cidade, como nos contou.

O seu pai, assinante de lon-ga data deste jornal, foi um dos que se envolveu na nobre causa da “contagem do tempo de tro-pa para efeitos de reforma” e o Vítor lembra-se bem da luta do seu pai, em nome de tantos companheiros, para que o Esta-do português fizesse justiça, para com os que defenderam Portugal na Guerra Colonial.

Voluntário desde os 14 anos de idade

Foi uma causa perdida e daí certamente também uma das razões por não ter optado pela dupla nacionalidade. Sobre o seu percurso e a sua escolha de tão nobre missão profissional, em regime de voluntariado, sempre em prol de ajudar os outros, conta-nos “ofereci-me aos 14 anos como voluntário e a razão é simples, quando era muito pequeno, a cave do pré-dio onde moravam os meus pais em Esch-sur-Alzete incen-diou-se e os bombeiros foram chamados ao local para nos acudir. Houve um bombeiro que

me agarrou ao colo e me retirou e desde aí que quis ser bombei-ro. A minha irmã já estava nos bombeiros, era tripulante nas ambulâncias, onde se alistou, e a minha vontade crescia todos os dias, apesar de ter que espe-rar pelos meus 14 anos e lutar contra a relutância dos meus pais, que me diziam que pri-meiro estavam os estudos. Como passei de ano, a minha irmã lá os convenceu a deixar--me alistar na secção jovem dos bombeiros”.

Ganhamos “sessenta minutos por hora”

Durante alguns anos, Vítor Gomes, saía das aulas de por-tuguês e, passava uma hora por dia nas instalações dos bombei-ros. Tinha exercícios às terças e sextas-feiras. Acabada a escola de bombeiros, e depois de to-dos os cursos exigidos veio a desempenhar o lugar de subco-mandante e neste ano de 2014 assumiu mesmo os comandos da corporação. “O antigo co-mandante, ao fazer sete anos de funções de comando, deixou a função, apesar de ainda os ajudar como voluntário e foi-me feito o desfio” recorda. Gostava de ser profissional bombeiro, ou seja só ter esta profissão já que, bombeiro não é o seu “ga-nha-pão”. No Luxemburgo só os bombeiros da capital são profis-

sionais, todos os outros são vo-luntários e a comuna de Schi-fflange não tem verbas para contratar mais pessoal, refere. Schifflange, é uma cidade com cerca de 10 mil habitantes. “Se um dia a câmara municipal op-tar por me contratar como pro-fissional, deixo o meu emprego

e passo só a ser bombeiro” re-fere o jovem comandante.

Vítor Gomes trabalha numa multinacional automóvel, é me-cânico com certificação profis-sional, embora esteja no aten-dimento e apoio pós venda aos clientes.

Por mês, as saídas dos bom-

beiros são muitas, desde incên-dios a desastres nas estradas. Sob o seu comando, 30 homens e duas mulheres e, só recebem do Estado 1 euro por hora, valor simbólico do seu voluntariado, mas cuja missão é tão profissio-nal como a das corporações que tem só bombeiros, como única exclusiva profissão. Todos os voluntários têm que cumprir um mínimo 10 horas por mês de permanência no posto de co-mando. “Ganhamos 60 minutos por hora” refere o Vitor a sorrir, daí o grande problema de aliciar jovens para esta nobre missão “ já que se optarem pelo futebol mesmo nos escalões baixos ga-nham alguma coisa”. Fazemos tudo o que em Portugal está in-cumbido à Proteção civil, servi-ço de 112, ambulâncias, refere Vitor Gomes “temos troços de autoestrada que estão na nossa jurisdição”. Os meios de que a corporação dispõe são do Esta-do e da câmara. Vítor sai do em-prego em Leudelange e vai dire-to para o quartel dos bombeiros e, é no silêncio da noite, quan-do está de serviço, que muitas vezes recorda os casos mais dramáticos do dia a dia e que tem que enfrentar e que lhe dão alento para ser bombeiro, como o senhor que teve um ataque cardíaco e que ajudou a salvar, e recordando aquele bombeiro que o salvou do fogo em casa dos pais, quando era criança!

LUXEMBURGO

Primeiro comandante luso-descendente

O corpo de bombeiros da Associação Humanitária

de Bombeiros Voluntários de Melo, concelho de Gouveia, dispõe de um novo coman-dante, Rui Miguel Melo Abran-tes, cuja posse decorreu re-centemente.

A cerimónia de posse con-tou com as presenças, do vi-ce-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Gil Barreiros, do co-mandante distrital de socorro da ANPC, António Fonseca, do comandante José António, em representação da Federa-ção de Bombeiros da Guarda, do presidente da assembleia

– geral e do presidente da di-reção dos Voluntários de Melo, respetivamente, Cesar Martinho e José Caramelo, dos comandos dos Bombeiros de Fornos, Gouveia, Vila Nova, Seia, S. Romão, Loriga, Cheires, Salto, Barcelinhos, Lourosa, Cruz Verde – Vila Real e Vale de Besteiros, e dos comandantes do Quadro de Honra (QH), Moço, José Maranhos e Fernando Figuei-redo.

O novo comandante dos Bombeiros de Melo ingressou na instituição em 1999, tendo sido promovido a 3.ª (2000), a 2.ª (2004) e a 1.ª (2014).

Frequentou, entretanto, o curso de quadros de comando da Escola Nacional de Bom-beiros em maio e junho do corrente ano.

O comandante Rui Abran-tes é licenciado em enferma-gem pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gul-benkian de Lisboa e é enfer-meiro militar, no posto de 1.ª sargento, da Força Aérea Portuguesa (FAP). É ainda possuidor de um vasto currí-culo nas áreas da emergên-cia e catástrofe, na fisiologia de voo, da emergência neo-natal e do trauma, entre ou-tras.

MELO

Estrutura renovadaOs Bombeiros Volun-

tários da Pontinha, concelho de Odivelas, contam com um novo comandante, cuja posse decorreu recentemente. Trata-se de Paulo Ro-cha, formador da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) e ex-adjunto de comando dos Voluntá-rios de Cascais.

Paulo Rocha substitui no comando Pedro San-tos, que vai permanecer no corpo de bombeiros como oficial bombeiro.

Marcaram presença na singela cerimónia diver-sas entidades, a Câmara Municipal de Odivelas, representada pelo Vereador do Proteção Civil, Ed-gar Vales, a Liga dos Bombeiros Portugueses, através de Barreira Abrantes, do conselho supe-rior consultivo, o Comando Distrital de Lisboa da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), através do seu segundo comandante, André Fer-nandes, a presidente da Junta de Freguesia de

Famões e Pontinha, Corália Viçoso, e muitos cole-gas do empossado na ENB, elementos de coman-do e dirigentes de associações congéneres.

A presidir à cerimónia esteve o presidente da assembleia-geral dos Voluntários da Pontinha, António Carlos Neto da Silva, acompanhado da presidente da direção, Maria José Guedes, e de outros dirigentes da instituição.

Retificação

Na última edição, por lapso, na reportagem so-bre a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários da Pontinha indicámos o comandante em funções como sendo António Rodrigues, quando de facto se tratava de Pedro Santos. An-tónio Rodrigues, efetivamente, já exerceu as fun-ções de comandante dos Voluntários da Pontinha tendo então, como segundo comandante, Pedro Santos. Este viria a assumir o comando até ao presente. Fica aqui o nosso pedido de desculpas aos visados.

PONTINHA

Quartel tem novo responsável operacional

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26 NOVEMBRO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do

Zambujal, Loures, conta com um novo comando do seu corpo de bombeiros.

Joaquim Manuel Vicente, bombeiro há 41 anos e coman-dante há 22, entendeu ter che-gado o momento de “dar o lugar aos novos” como ele próprio ex-plicou. E soube fazê-lo em arti-culação com a direção de forma serena e continuada. Assim, o antigo segundo comandante, Sérgio Paulo Pontes Mendes, foi empossado como comandante e

o anterior adjunto, Paulo Jorge Mateus Pereira, como segundo comandante. Ambos, apesar de jovens, já com muita experiên-cia. Fruto, também, do bom professor que tiveram no agora comandante do Quadro de Hon-ra Joaquim Vicente, conforme também foi referido na cerimó-nia de posse.

A cerimónia, muito concorri-da, foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, e contou com as presenças, do vice-pre-sidente da Liga dos Bombeiros

Portugueses, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa,

Rui Ferreira, do comandante distrital da ANPC, comandante Carlos Mata, do presidente da

junta de freguesia, anfitreados pelo presidente da assembleia--geral, Eduardo Coelho, do pre-

sidente da direção, Norberto Fernandes, e dos restantes ele-mentos dos órgãos sociais.

ZAMBUJAL

Comando passa testemunho

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Palmela cele-

brou a passagem do seu 77.º aniver-sário no dia 16 de novembro com a inauguração de duas novas viaturas.

Após a formatura do corpo ativo que acolheu as entidades convidadas, assistiu-se à bênção e inauguração de uma nova ambulância de socorro (ABSC) apadrinhada pelas empresas “Casa Ermelinda Freitas”, “Hempel” e “Parmalat” e de um veículo de apoio (VALE) que foi apadrinhado pelo presi-dente do conselho de gerência da “Volkswagen Autoeuropa”, António de Melo Pires.

Na sessão solene que se seguiu, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jai-me Marta Soares, elogiou o trabalho desenvolvido pela instituição, nomea-damente pela sua direção, junto de mecenas que caracterizou como de-monstração “ da expressão mais alta

da cidadania na procura constante permanente da relação com a socie-dade civil para com ela, e através dela, se possam criar condições para que esta estrutura esteja à altura a

cada momento para as solicitações do socorro”.

“Uma riqueza incalculável para este país” foi assim que o presidente da di-reção Octávio Machado se referiu aos

homens e mulheres que são formados nas fileiras dos corpos de bombeiros. No uso da palavra o dirigente deixou ainda preocupações com a gestão das associações pela falta de apoios insti-

tucionais, alertando para a necessida-de de reajustamento dos financiamen-tos municipais para este setor dos bombeiros e proteção civil.

Um dos momentos altos da cerimó-nia foi a imposição dos galões de 2.º comandante a Eduardo Martins que foi seguida de promoções na carreira de bombeiros nas categorias de bombeiro de 1.º e Subchefe e o ingresso de cinco elementos no corpo ativo a que se pre-senciou ao juramento de bandeira ao lema “Vida por Vida”. Houve ainda a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses a vários ope-racionais que foram entregues pelo presidente da câmara municipal de Palmela, Álvaro Amaro, pelo presiden-te da LBP, comandante Jaime Marta Soares, pelo segundo comandante dis-trital Rui Costa (ANPC), e pelo presi-dente da Federação dos bombeiros do distrito de Setúbal, Eduardo Correia.

Sérgio Santos

PALMELA

Presidente da LBP elogia trabalho da direção com mecenas

José Duarte, bombeiro de 3.ª dos Voluntários da Mealhada,

foi indigitado no passado mês de outubro, para segundo co-mandante do corpo de bombei-ros.

A posse será efectivada logo que o operacional termine Cur-so de Comando, conforme anunciou aos bombeiros o co-mandante Nuno Antunes João.

José Duarte tem 39 anos, re-side na Vimieira, no concelho da Mealhada, e é o responsável pela oficina da Fiat/Kia no Gru-po MCoutinho, em Coimbra.

MEALHADA

Indigitadosegundo comandante

Vitor Vilaça é o novo adjunto dos Bombeiros de Barcelinhos, um jo-

vem, “disciplinado e conciliador”, se-gundo destaca o comandante José Beleza, “a pessoa ideal com as carac-terísticas pretendidas para ocupar o cargo, dotado das competências téc-nicas pretendidas para defender os interesses das populações”, como su-blinha José Costa, presidente da di-recção Vitor Vilaça, tem 42 anos e mais de 25 ao serviço dos Voluntários de Barcelinhos, onde era, até agora subchefe.

Vitor Vilaça é o terceiro adjunto de comando, uma nomeação que resulta de um processo de restruturação que visa “colmatar uma lacuna na hierarquia” e “criar condições de trabalho a estes

operacionais, que a direcção da asso-ciação classifica de “melhores bom-beiros do mundo”.

“Vitor Vilaça é um homem discipli-nado, cumpridor e conciliador, um dos Bombeiros”, sublinha José Beleza.

Na cerimónia de tomada de posse, Carlos Brito, vereador da Protecção Civil do município de Barcelos, con-gratulou-se com a escolha e deixando largos elogios à instituição que consi-

derou “um orgulho” para o concelho.O ato de posse foi testemunhado por muitos convidados, dos

quais se destacam Vitor Azevedo, da Protecção Civil de Braga, Marinho Gomes, presidente da federação distrital de bombeiros e Fernando Vilaça, Provedor do Bombeiro.

BARCELINHOS

Empossado novo adjunto

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27NOVEMBRO 2014

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Val-

bom festejou recentemente o seu 87.º aniversário. As comemora-ções começaram em 3 de Outu-bro último, prosseguindo nos dias 18 e 19 do mesmo mês.

No dia 3 assinalou-se o arran-que das comemorações com sal-va de morteiros e hastear das bandeiras.

No dia 18 decorreu a sessão

solene, presidida pelo presidente da assembleia-geral, Leonel Via-na, e nas presenças, do presiden-te da Câmara Municipal de Gon-domar, Marco Martins, do presi-dente da Assembleia Municipal, Aníbal Lira, do presidente da Fe-deração de Bombeiros do Distrito do Porto, comandante José Mi-randa, do pároco local, padre Marcos Faria, e do presidente da União de Freguesias de Gondo-

mar (S. Cosme) Valbom e Jovim, José Macedo, anfitreados pelo presidente da direcção, José Pe-reira Gonçalves de Oliveira, pelo presidente do conselho fiscal, Américo Viana, e do comandante do corpo de bombeiros, José Al-ves.

Durante a sessão procedeu-se à entrega de diversas distinções e medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Câmara Munici-

pal e, ainda, à entrega de diplo-mas de desempenho no ano de 2013 a diversos bombeiros.

No dia 19, as comemorações foram retomadas com a roma-gem ao cemitério paroquial de Valbom, seguindo-se uma missa de sufrágio pelos bombeiros e as-sociados falecidos, o desfile em direcção ao quartel e, por fim, a deposição de ramos de flores no Monumento ao Bombeiro.

VALBOM

Bombeiros comemoram 87.º aniversário

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da

Malveira aasnalou o 70.º aniver-sário com um conjunto de inci-tativas que permitiram eviden-ciar a missão dos homens e mu-lheres servem a instituição.

Ao desfile apeado seguiu-se a sessão solene, tendo o coman-dante Miguel Oliveira proferido palavras de reconhecimento ao corpo ativo, enaltecendo “o tra-balho e empenho de cada um dos bombeiros”. Falou ainda dos investimentos, nomeadamente na formação do pessoal e na aquisição de equipamentos de proteção individual. O respon-sável operacional deu ainda conta da necessidade de substi-

tuição do veículo urbano de combate a incêndios (VUCI), bem como de obras de requalifi-cação das instalações, projectos que aliás deverão concretiza-se em breve.

O comandante Miguel Oliveira

recebeu do presidente da Câ-mara Municipal de Mafra, Hélder Silva a medalha de 25 anos de bons e efetivos serviços em prol da comunidade e dos bombei-ros. Na cerimónia foram, ainda distinguidos os soldados da paz,

com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros.

Foram, também, entregues di-plomas de reconhecimento a em-presas solidárias, nomedada-mente a Fapil, a Vipfarma, a Lac-timonte e Transportes Florêncio

Silva, agraciadas, igualmente, com o título “sócio benemérito”.

Entre as entidades convidadas destaca-se a presença do presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares; do comandante

distrital Carlos Mata (ANPC); de Rui Ferreira da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa; representantes da Guarda Nacio-nal Republicana e de associações congéneres do concelho.

Sérgio Santos

MALVEIRA

Distinções para soldados da paz

Os Bombeiros de Águas de Moura Para assinalaram os

34 anos de existência, com uma cerimónia marcada pelo ingresso de oito novos elementos do cor-po activo. Na sessão foi, ainda, condecorado com a medalha de serviços distintos, o bombeiro de 1.ª Gregório Palhoça pela dedi-cação ao corpo de bombeiros du-rante 37 anos, e que passa, ago-ra, a integrar o quadro de honra.

Em dia de festa e reunião des-ta grande família, o comando não esqueceu os merecidos agradecimentos aos operacio-nais que, este ano, integraram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Associaram-se às comemora-ções, entre outras entidades, o presidente da Câmara Municipal de Palmela, o comandante Ope-racional Distrital, o representan-

te da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, o presi-dente da União de Freguesias, de vários presidentes e coman-dantes de associações congéne-res.

Registe-se que a homologação do Corpo de Bombeiros de Águas de Moura data de 17 de setem-bro de 1980, sob a presidência de Arménio Pacheco e o coman-do de Álvaro Carreira.

ÁGUAS DE MOURA

Reforços chegam em dia de festa

O acampamento partilhado de cadetes e infantes dos

Bombeiros Voluntários de Se-ver do Vouga com elementos mais velhos do corpo de bom-beiros realizado no Alto do Ro-çário realizado entre 17 e 19 de outubro último foi, no fun-do, o primeiro ato do progra-ma comemorativo do 54.º ani-versário da Associação.

O acampamento juntou duas dezenas de elementos e constituiu, sem dúvida, uma experiência fora do comum de troca de experiência e conhe-cimentos, em particular, para a escola de cadetes e infantes.

As brincadeiras, os jogos e al-guns momentos de formação mais sérios tiveram em co-mum o enriquecimento e o fortalecimento da unão entre os futuros os bombeiros e os atuais.

No dia 19, último dia do acampamento, foi comemora-do o aniversário da Associa-ção, quer com nova jornada de convívio mais alargada a mais bombeiros e aos familiares dos jovens cadetes e infantes, com desfile, a promoção a bombei-ro de 1.ª de Luís Almeida e, ainda, a inauguração da nova ambulância de transporte.

SEVER DO VOUGA

Aniversário arranca com acampamento

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28 NOVEMBRO 2014

A Real Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntá-

rios da Póvoa de Varzim rece-beu mais 9 elementos estagiá-rios, que terminaram o período probatório e que foram promo-vidos dias depois a bombeiros de 3ª. A cerimónia foi um dos pontos altos das comemora-ções do 137º aniversário da instituição.

Os novos elementos são: Nelson Ferreira, Sayler Rodri-guez, Nataliia Dzyga, Catarina Alves, Pedro Moura, Carla Oli-veira, Pedro Padilha, Jorge Santos e Elisabete Padrão.

As comemorações iniciaram--se no sábado, 4 de outubro, com a abertura do quartel à po-pulação, incentivando a visita às instalações, o conhecimento dos equipamentos ao serviço dos bombeiros e uma coleção de motivos alusivos aos bom-beiros, incluindo muitas minia-turas, doada pelo subchefe Luís Teixeira.

No domingo, dia 5, realizou--se a tradicional romagem ao cemitério e uma missa, este ano celebrada no salão nobre do quartel.

Seguiu-se a bênção de uma nova am-bulância de socorro medicalizável apa-drinhada pela empresa têxtil “Vilar e Fi-gueiredo”. Esta empresa contribuiu para a Associação com a reparação de farda-mentos e equipamentos de proteção in-dividual bem como com a oferta de 50 fatos de resgate em grande ângulo e 100 coletes para socorro pré-hospitalar.

A sessão solene contou com a presen-ça, do presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão, e do representante da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto e presidente doa Bombeiros Vo-luntários de Amarante, Adelmo Guima-rães.

Na sessão foram atribuídos medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A medalha de 25

anos foi entregue ao subchefe Manuel Ferreira, aos bombeiros de 1ª, José Ma-nuel Pontes e Nelson Ferreira, e ao bom-beiro de 3ª, Armando Ramalho. A meda-lha de 20 anos foi entregue aos bombei-ros de 2ª, José Manuel Fonseca, Carlos Gonçalves e Rui Silva, e ao bombeiro de 3ª, Aparício Silva.

As medalhas de 15 e 5 anos foram en-tregues, no primeiro caso, aos bombei-ros de 3ª, Ricardo Barros e, no segundo caso, Miguel Correia e Andreia Fernan-des.

A Federação de Bombeiros do Porto também distinguiu os bombeiros com 25 anos de serviço prestado.

No âmbito dos dirigentes, a LBP e a Federação distinguiram com as respeti-vas medalhas de 10 anos de assiduida-de, o vice-presidente da assembleia-ge-ral, António Nova Araújo, e a vice-presi-dente da direção, Tânia Ribeiro.

PÓVOA DE VARZIM

Efetivo reforçadoALCOCHETE

Homenagem a benfeitores

A “Bridgestone Portugal” e a “Transgrua”, através do seu sócio João Frade, foram distinguidas com a me-

dalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP) por proposta da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcochete.

A entrega das medalhas decorreu durante a sessão solene comemorativa do 66.º aniversário da instituição.

A “Bridgestone” tem colaborado com a Associação desde 2009 através de donativos de pneus para as via-turas de socorro e a “Transgrua” custeou integralmente a construção de um novo parque para veículos de socor-ro pesados, no valor de 70 mil euros, e tem dado o apoio oficinal direto à manutenção das referidas viatu-ras.

Durante a sessão solene, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Franco, foi também homenageado um antigo presidente da di-reção, Fernando Pessoa, pelos serviços relevantes prestados à instituição entre 2002 e 2011.

Decorreu a promoção a bombeira de 3.ª da estagiá-ria Cristina Catita, apadrinhada por seu irmão Carlos Catita.

Foram entregues diversas medalhas de assiduidade da LBP, sendo de destacar a de 25 anos, atribuída ao bombeiro de 2.ª Nuno Antunes.

O segundo comandante, José Martins, foi louvado pelo trabalho desenvolvido, nomeadamente, durante o período de doença do comandante Paulo Vieira.

Foram ainda entregues louvores, aos bombeiros de 1.ª, Carlos Catita e José Carlos Mateus, aos bombeiros de 2.ª, Carlos Santos, André Jesus e Rui Pintado, e ao bombeiro de 3.ª, Paulo Carraço.

Destaque também para o agradecimento ao bombei-

ro de 1.ª, Diamantino Costa, pelo trabalho desenvolvi-do com a reaparecida fanfarra, e aos bombeiros Gonça-lo Ventura (1.ª) e Armando Neves (2.ª) pelo trabalho desenvolvido nos trabalhos de reparação e melhora-mentos efetuados no quartel à frente de uma equipa alargada de outros bombeiros.

Foi feito um agradecimento aos Bombeiros Voluntá-rios de Sintra e ao trabalho desenvolvido de intercâm-bio entre as equipas de cadetes, nomeadamente, no âmbito dos concursos de manobras, onde a formação de Alcochete foi estreante.

A sessão solene contou ainda com as presenças, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do vice-pre-sidente da Federação de Bombeiros de Setúbal, Carlos Lopes, do segundo comandante distrital da ANPC, Rui Costa, do presidente da Assembleia Municipal, Miguel Boieiro, do presidente da junta de freguesia de Alco-chete, Estêvão Boieiro, anfitreadas pelo presidente da assembleia-geral, Jorge Arroje, do presidente da dire-ção, Norberto Barão, do comandante Paulo Vieira, e outros dirigentes da instituição.

O 2.º comandante Vítor Eusé-bio e o bombeiro de 2.º Rui

Franco foram distinguidos com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) nas celebrações do 83º aniver-sário da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Agualva Cacém, presidida pelo secretário de Estado da Admi-nistração Interna, João Almei-da.

A efeméride celebrada no dia 16 de novembro teve início com a formatura do corpo ativo que após receber as entidades con-

vidadas iniciou um desfile pelas artérias da cidade. De seguida inaugurou-se uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM) apadrinhada pelo presidente da assembleia municipal de Sintra, Domingos Quintas.

No uso da palavra durante a sessão solene que se seguiu, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, fazendo um balanço entre o mandato a acabar e o futuro lembrou que “ há muito que fazer, a vida dos bombeiros portugueses conti-nua a não estar fácil mas está

muito melhor que há 3 anos a esta parte e estamos a traba-lhar para que muito do que está hoje em cima da mesa seja re-solvido”.

O comandante Jaime Soares lembrou que, apesar da crise, esta instituições mantém a por-ta aberta e nunca negam apoio seja em que circunstância for”, precisando que “Nenhuma cida-dão alguma vez ficou abando-nado por que os bombeiros por-ventura por questões de situa-ção crítica de sustentabilidade os deixaram abandonado”.

O presidente da LBP, a propó-sito, frisou que “os bombeiros não podem continuar no sufoco da sustentabilidade financeira e muitas vezes a terem que ser eles próprios a pagar para socor-rer” e sublinhou que “não deixa-remos que esta situação conti-nue”.

Durante a sessão solene, o comandante Luís Pimentel sensi-bilizou os presentes fazendo uma análise das ocorrências e intervenções operacionais do corpo de bombeiros, frisando que é necessário um grande es-

forço para responder as missões diárias. Ao concluir este respon-sável deixou agradecimentos aos órgãos sociais, funcionários, fanfarra e corpo ativo da asso-ciação, sendo estes agradeci-mentos partilhados na interven-ção do presidente da direção Luís Silva.

Houve ainda um momento para a imposição de medalhas aos operacionais por parte da Câmara Municipal de Sintra, da LBP e da Associação, por vários anos de abnegados serviços em prol do próximo e aos associa-

dos entregues emblemas por 50 anos de associativismo.

Estiveram presentes nesta ce-rimónia, além do secretário de Estado da Administração Interna e do presidente da LBP, o presi-dente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Francisco Pereira, o comandante distrital Carlos Mata, o comandante Pedro Araú-jo, vice-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e representantes das as-sociações geminadas dos Cabe-ceirenses e Portimão.

Sérgio Santos

AGUALVA-CACÉM

Presidente da LBP lembra que ainda há muito para fazer

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29NOVEMBRO 2014

No dia 8 de novembro, decorreu no salão dos Bombeiros Volun-tários de Cantanhede, um Chá Solidário, em prol da Associação

Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia e do projeto Arco-íris, com animação a cargo do Grupo de Fados de Coimbra.

A funcionar há três anos em Cantanhede, na Fundação Pires Ne-grão, o projeto Arco-íris desenvolve atividades ocupacionais e pré--profissionais nas áreas de pastelaria, jardinagem, agricultura bio-lógica e atividades de percurso educativo, dando apoio a uma de-zena de jovens com epilepsia e/ou incapacidade e deficiência.

CANTANHEDE

Chá, fado e solidariedade

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Lagos integrou no programa co-

memorativo do feriado municipal, comemorado em 26 de outubro último, a “2.ª Corrida/Cami-nhada Vida por Vida 2014”, patrocinada pela loja local do “Intermarché”.

A iniciativa saldou-se mais uma vez por um êxito, com cerca de 560 participantes, entre ca-minhantes e atletas. A prova concluí-se em fes-ta convívio no quartel dos bombeiros, com al-

moço convívio e entrega de prémios e, ainda, no âmbito da campanha nacional realizada pelos “Mosqueteiros/Intermarché” em prol dos bom-beiros, da entrega dos 5 equipamentos de pro-teção individual (EPI) atribuídos àquela Associa-ção.

Na organização da prova, os Voluntários de Lagos, contaram com a prestimosa colaboração, da Câmara Municipal, da PSP, do Moto Clube e de outras instituições locais.

LAGOS

A correr pelos bombeiros

Os Bombeiros Voluntários de Mangualde aca-bam de receber mais um donativo de 11.

200 dólares, da comunidade local radicada na diáspora, nos Estados Unidos da América (EUA), em Cumberland..

O donativo resultou da generosidade dos participantes no 37.º Convívio Mangualdense realizado nos EUA.

Após a entrega formal do donativo à Associa-ção, representada pelo seu presidente, João Soares, o organizador do convívio deste ano, José Costa, fez questão de dizer que “foi um enorme prazer ter trazido para os Bombeiros de Mangualde esta verba, que deu muito trabalho a mim e a toda a minha família e à equipa que me ajudou organizar, mas que também nos dá um grande orgulho fazê-lo”.

João Soares, agradecendo o apoio realçou que “é uma enorme ajuda à instituição e por isso um grande bem-haja a todos os que contribuíram” e

lembrou grato todas as iniciativas promovidas antes com o mesmo objetivo de apoiar os bom-beiros.

Desta vez, a verba angariada foi menor do que tem sido habitual dado que, em nome dos Bom-beiros de Mangualde, parte da verba inicial foi destinada a ajudar nos tratamentos de uma criança luso-americana vítima de doença grave.

MANGUALDE

Donativo vem dos EUA

A junta do Beato, na cidade de Lisboa, homenageou os

homens e mulheres que vo-luntariamente servem na As-sociação Humanitária de Bom-beiros Voluntários do Beato no decorrer da IV gala da fregue-sia.

“O que de bom se faz deve receber o devido mérito e me-recem estes aplausos, porque construir um Beato me¬lhor é uma responsabilida¬de de to-dos, contribuindo com ideias, sugestões e trabalho para me-lhorar a freguesia.”, disse a

apresentadora da cerimónia aquando da entrega dos diplo-mas de agradecimento ao cor-po de bombeiros e outras cole-tividades e associações que com os seus serviços voluntá-rios se distinguem nas ações de apoio ao próximo.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Beato fez-se representar na cerimónia pelo presidente da direção José Alves Nunes, o comandante Mário Ribeiro e um grupo de soldados da paz.

Sérgio Santos

BEATO

Mérito reconhecidoA Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique assinalou o seu 98.º aniversário com o ju-ramento de quatro novos bom-beiros de 3ª, após conclusão do respetivo estágio.

Durante a sessão solene co-memorativa foram também en-tregues medalhas de assiduida-de da Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) e diversos di-plomas de reconhecimento e medalhas da Associação a bombeiros e dirigen-tes.

A sessão foi presidida pelo vereador da Câmara Municipal de Lisboa, responsável pelo pelouro da Proteção Civil, Carlos Castro e contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), Rui Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, do comandante distrital de socorro da ANPC, Carlos Mata, do segundo comandante do Regimento Sa-padores Bombeiros de Lisboa (RSB), major Tiago Lopes, da vice-presidente da APBV, Paula Tocha, e do presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, Pedro Cegonho, anfitreados pelo pre-sidente da direção, coronel Leopoldo Almeida Amaral, do presidente da assembleia-geral, José

Moreno, do comandante Paulo Alfar e restantes órgãos sociais da instituição.

À beira do centenário, uma das expectativas dos Voluntários de Campo de Ourique é conseguir até lá resolver o problema do quartel, em situa-ção precária e provisória há 34 anos.

CAMPO DE OURIQUE

Escola garante novos elementos

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30 NOVEMBRO 2014

ANIVERSÁRIOS1 de dezembroBombeiros Voluntários de Sines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Bombeiros Voluntários de Tarouca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403 de dezembroBombeiros Voluntários de Fornos de Algodres . . . . . . . . . . . 665 de dezembro Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta . . . . . . . 87Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva. . . . . . . . . . . . 39Bombeiros Voluntários de Sendim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 de dezembroBombeiros Voluntários de Valadares . . . . . . . . . . . . . . . . . 1007 de dezembroBombeiros Voluntários de Ourique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378 de dezembroBombeiros Voluntários de Rio Maior . . . . . . . . . . . . . . . . . 122Bombeiros Voluntários de Murça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8610 de dezembroBombeiros Voluntários da Batalha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3711 de dezembroBombeiros Municipais de Gavião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6712 de DezembroBombeiros Voluntários Lisbonenses . . . . . . . . . . . . . . . . . 104Bombeiros Voluntários de Ribeira Brava . . . . . . . . . . . . . . . 2813 de dezembroBombeiros Voluntários de Arronches. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3515 de dezembroBombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha . . . . . . . . 80

16 de dezembroBombeiros Municipais de Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15417 de dezembroBombeiros Voluntários de Viatodos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32Bombeiros Privativos do Meridien – Porto . . . . . . . . . . . . . . 2819 de dezembroBombeiros Voluntários de Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . 132Bombeiros Voluntários de Portalegre . . . . . . . . . . . . . . . . 116Bombeiros Voluntários de Ansião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Bombeiros Voluntários de Portel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3520 de dezembroBombeiros Voluntários de Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81Bombeiros Voluntários de Vila Verde . . . . . . . . . . . . . . . . 10122 de dezembroBombeiros Voluntários de Alfândega da Fé . . . . . . . . . . . . . 8125 de dezembroBombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar . . . . . . . . . . 9726 de dezembroBombeiros Voluntários de Bombarral . . . . . . . . . . . . . . . . . 9029 de dezembroBombeiros Voluntários de Moimenta da Beira . . . . . . . . . . . 86Bombeiros Voluntários de Montalegre . . . . . . . . . . . . . . . . . 6530 de dezembroBombeiros Voluntários de Pedrouços . . . . . . . . . . . . . . . . . 3331 de dezembroBombeiros Voluntários Tirsenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

Fonte: Base de Dados LBP

Os Bombeiros de Óbidos ini-ciaram uma nova campa-

nha de apelo ao voluntariado, tendo como slogan “Vem fazer parte da nossa equipa.”.

Garantir a continuidade do trabalho do corpo de bombei-ros, demonstrar que é possível fomentar uma dinâmica partici-pativa e responsável na socie-dade, são objetivos desta ini-ciativa que visa “juntar um gru-po de jovens aptos para inte-grar a próxima recruta, mostrando que é possível a qualquer um de ser voluntário”, conforme salientam os responsá-veis dos Voluntários de Óbidos.

ÓBIDOS

Nova campanhaao voluntariado

Mais um vez, a adrenalina e as emoções marcaram presença no Passeio Todo o Terreno promovido pela Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.A quarta edição desta iniciativa, superou todas as expectativas,

tendo reunido na linha de partida 103 motos e 64 jipes, num total de quase 300 participantes, vindos de norte a sul do país e também do estrangeiro, nomeadamente de França e da Suíça.

No final, o balanço não podia ser mais positivo. Não faltou quem tecesse elogios ao passeio, tanto pela organização, “excelente”, como pela qualidade dos percursos apresentados, conforme salien-ta a organização, dando enfoque ao cariz solidário do evento cuja receita será investida na qualidade do serviço prestado à popula-ção.

SOLIDARIEDADE

Passeio TT junta 300

Os Bombeiros Voluntários de Fafe cumpriram mais uma vez a tradição ao realizarem a romagem aos cemitérios no Dia de

Todos os Santos, após a formatura geral do corpo de bombeiros. O primeiro cemitério a ser visitado, foi o de Silvares S. Clemente, onde está depositado o saudoso presidente, Prof. Humberto Gon-çalves. De seguida, a formatura seguiu para Moreira de Rei, onde está depositado o corpo do fundador e primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários de Fafe, João Crisóstomo. Por fim, a forma-tura foi até ao Cemitério Municipal, prestar as honras aos bombei-ros, diretores, sócios e beneméritos já falecidos, em frente ao Ja-zigo da corporação.

FAFE

Bombeiroscumprem tradição

Os Bombeiros de Águas de Moura receberam, no início de no-vembro, nas suas instalações mais de três dezenas de escutei-

ros do Agrupamento 64 de São José, Setúbal.Foram dois dias repletos de atividades e muita animação, nos

quais os mais jovens tiveram a oportunidade de conhecer e expe-rimentar a rotina e as tarefas dos bombeiros, além das atividades próprias do escutismo.

ÁGUAS DE MOURA

Escuteiros no quartel

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31NOVEMBRO 2014

e a federação bombeiros de Beja pela colaboração garanti-da, mos últimos anos, aos dele-gados da juvebombeiro.

Pela sua forte atividade, e cooperação que têm desenvol-vido ao longo do último ano, fo-ram, ainda, o delegado da Vidi-gueira, Emanuel Pestana; o subdelegado de Cuba, Pedro Carapeto e o Núcleo de Moura.

Nesta ocasião, a JuveBom-beiro de Vidigueira agraciou a ex-comandante Noémia Ra-mos; o Núcleo de Moura, os aderentes Válter Monteiro e Fá-bio Val-Freixo, e o Núcleo de Beja, a delegada Ana Água-Do-ce e a subdelegada Susana Henriques.

Nesta iniciativa, promovida pela JuveBombeiro Distrital e pelo Núcleo de Beja, participa-ram cerca de noventa convivas de vários corpos de bombeiros dos distritos de Beja, Évora e Setúbal

O papel importante da Juve-Bombeiro nos quartéis foi subli-nhado por Rodeia Machado, presidente da direção dos Bom-beiros de Beja, bem como pela

ex-comandante dos Voluntários da Vidigueira, Noémia Ramos e por Manuel Baganha, em repre-sentação do presidente da Fe-deração dos Bombeiros do Dis-trito de Beja.

Da mesma forma, também o coordenador distrital, João Le-mos, frisou que os jovens são o futuro dos Bombeiros em Portu-gal, pelo que “importa não bai-xar os braços”.

em novembro de 1994

O salão dos Voluntários de Beja foi palco, no passado

dia 1 de novembro, da III Gala Distrital da JuveBombeiro even-to, uma vez mais marcado pela camaradagem e pelo convívio.

Nesta gala foram distinguidos o comandante António Gomes dos Bombeiros de Ferreira do Alentejo, o chefe José Casca-lheira dos Voluntários de Cuba,

BEJA

Juve em gala

O núcleo da Juvebombeiro de Oleiros promoveu, pela primeira vez, uma peregrinação a pé a Fátima.

A jornada reuniu 16 peregrinos, na maioria elementos do quadro ativo dos Voluntários de Oleiros, que se puseram ao caminho no dia 17, bem-dispostos e unidos pelo companheirismo, ainda que esta não fosse uma missão fácil.

Depois de três dias de partilha, o grupo chegou ao santuário to-mado pela paz, reconfortado pela fé, determinado a repetir a expe-riência, já no próximo ano.

OLEIROS

Bombeiros em peregrinação

O portal “Bombeiros.pt” pro-moveu um concurso de fo-

tografia para assinalar o seu 10.º aniversário. Estão de para-béns, o Sérgio Cipriano e a equipa que coordena pela notá-vel adesão a este primeiro con-curso organizado pelo portal, subordinado ao tema “Os Bom-beiros Portugueses”, pelo regis-to de 70 participantes com 203 imagens. Destas, após a análise e decisão do júri, chegaram 123 à fase final do concurso.

Apurar e decidir sobre as 5

imagens vencedoras foi a tarefa ciclópica a que o júri, a seguir, se dedicou. E aí estão os vence-dores: André Granja (1.º e 4.º), António Tedim (2.º), José Meira (3.º) e Rui Gouveia (5.º).

BOMBEIROS.PT

Concurso assinala 10.º aniversário

O dia 18 de outubro passado foi o dia escolhido para

mais dois bombeiros darem o nó. O local aprazado foi Sintra mas o noivo, bombeiro de 3ª, Carlos Rodolfo Araújo Mar-ques de Rocha dos Voluntários de Oeiras e a noiva, bombeira de 2ª, Mariana Ferreira Mar-ques de Rocha é o dos Volun-tários da Pontinha, Odivelas.

Será que estamos prestes a assistir a alguma transferên-cia entre corpo de bombeiros? O nó está dado. E, se calhar, a

transferência de um deles também poderá vir a cami-

nho. Felicidades para os noi-vos!

OEIRAS E PONTINHA

Juntos na missão e na vida

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32 NOVEMBRO 2014

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Senhora Ministra da Administra-ção Interna, acaba de chegar a

um mundo porventura diferente da-quele onde, segundo se diz por aqui, deu meças e demonstrou ser rija e determinada. Nós aqui nos bombei-ros também somos assim. Por isso, acho que estamos predestinados a entendermo-nos bem e a fazer coi-sas boas para os bombeiros, logo, para bem das populações.

Aqui das serranias que este ano por esta altura continuam verdes por que até este ano não arderam como aconteceu nos outros anos lembrei-me de lhe mandar uma mensagem. Um mensagem de bem, de gente rude habituada a lutar con-tra a adversidade, a suportar a dor própria e a alheia mas sempre pron-

ta a antes quebrar que torcer. Não é que sejamos propriamente teimo-sos, acho eu. O que se passa é que para muitos de nós a vida nem sem-pre foi suave. Por isso quando che-gamos às associações e também de-paramos com as dificuldades não só nada nos é estranho como também não é nada que nos faça recuar ou arrepiar caminho. O que muitos de nós aprendemos na vida transporta-mos para as nossas associações para que a vida seja mais suave a quem socorremos.

Se me perguntasse a razão por que fazemos isto não teria que pen-sar muito para lhe dizer que nos está na massa do sangue, corre-nos nas veias. A explicação até pode nem ser muito compreensível mas a

certeza que temos, a convicção com que damos o tudo por tudo para manter estas casas abertas e conti-nuar a lutar pela segurança dos nos-sos concidadãos pode ajudar a per-ceber alguma coisa.

Antes, muitos de nós era gente simples e rude com força e coragem para tudo. Hoje a coragem e a força continuam a não faltar mas já faze-mos de outro modo. Já temos gente com cursos, médicos, engenheiros, psicólogos, enfermeiros e até advo-gados. Somos gente com mais pre-paração, mais treino, mais conheci-mentos mas que não alterou a for-ma simples e pouco dada ao espetá-culo de ver as coisas e de trabalhar. Por que o objetivo da nossa ativida-de não é nós, são os outros.

Ora acho que é isto que também vamos ter muito comum consigo, o trabalho para os outros, o trabalho cada vez melhor para os outros.

Porventura nunca vamos ter a oportunidade de nos encontramos. Eu sou um dos muitos milhares com quem vai falar através da nossa Liga. É com ela que vai acertar tudo e se estiver com ela estará connos-co.

Senhora Ministra, aproximasse mais um Natal e um Fim do Ano. Como sempre, também nesses dias os bombeiros vão estar alerta nos quartéis, longe das famílias mas perto daqueles que socorrem a qual-quer momento.

Senhora Ministra, nas suas novas funções conhecer essa realidade e

poder contar com ela este ano por certo vai ter outro sabor para si nes-ta época que se aproxima. E para nós também. Somos boa gente, acredite. Não seremos melhor que muitos outros, mas de certeza so-mos diferentes. Tudo de bom para si, certos de que também nos quer bem.

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Tudo bom para quem nos quer bem

O corpo feminino dos Vo-luntários de Portel pro-mete conferir beleza a

todos os 12 meses do ano 2015, num calendário que é já um êxito. A ousadia de 16 mu-lheres está a fazer correr muita tinta ainda que do trabalho as-sinado pelo fotojornalista Hugo Rainho, só sejam conhecidas al-gumas imagens, parece impe-rar sensualidade e bom gosto.

As verbas angariadas com a venda deste calendário desti-nam-se apoiar a atividade dos corpo de bombeiros, conforme revelou ao BP Jesuíno Moedas, presidente da direção da Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Portel.

Mulheres “normais”, enver-gando fardas de trabalho, ma-nuseando ferramentas várias, ou operando viaturas pesadas,

marcam esta produção, que, ainda assim, não perde encan-to. As bombeiras dão a conhe-cer-se exatamente como são, mas Hugo Rainho consegue captar-lhes nessa naturalidade os traços femininos que a farda oculta.

O desafio lançado pela dire-ção e comando, numa primeira fase, assustou o corpo femini-no dos Voluntários de Portel, contudo, a vontade de apoiar o trabalho da instituição que ser-vem, falou mais alto e empur-rou o grupo para uma grande aventura, que não será esque-cida tão cedo. Recearam a rea-ção da família e da comunida-de, mas a ideia foi aceite por todos sem reservas, nomeada-mente pelos camaradas com quem, diariamente, cumprem a missão de salvar vidas, cer-

PORTEL

Modelos por uma causaDepois dos Sapadores de Setúbal, que o

ano passado surpreenderam o País ao assumirem o papel de modelos num

calendário solidário que muito deu que falar, chegou a vez das Bombeiras de Portel

ousarem numa produção fotográfica, que está a causar furor.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

tamente, orgulhosos do arrojo com que estas 16 mulheres se entregaram a esta campanha solidária, conforme faz ques-tão de sublinhar o comandante Arsénio Grilo.

Integram este grupo de “modelos por uma causa” Ana Naito, Hélia Amador, Elisabete Chícharo, Helena Correia, Isa-bel Enfermeiro, Maria João Chícharo, Maria Margareta, Marisa Ramalho, Mariana Va-quinhas Marta Cachaço, Marta Pires, Patrícia Caeiro, Sandra Correia, Sara Grilo, Susana Pa-

trão, Susana Pires e Vanessa Horta

O calendário está em fase fi-nal de produção e deverá ser colocado à venda, “por uma quantia quase simbólica”, já a partir dia 27 de novembro, na Feira do Montado, o evento que mais visitantes atraem a Portel. Depois, estará disponí-vel para todos os interessados que devem consultar a página de Facebook dos Bombeiros Voluntários de Portel e, assim, apoiar o meritório trabalho desta instituição.

Ao grupo de cidadãos da zona de Vila Fran-ca de Xira que, através das redes sociais, di-rigiram um agradecimento aos Bombeiros Voluntários de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria pelo apoio inexcedível durante o surto de legionella

Aos cidadãos que muitas vezes, por razões estranhas mas sempre repreensíveis, amea-çam ou até agridem os bombeiros nos tea-tros de operações enquanto estes cuidam de chegar às vítimas para as socorrer.

LOUVOR/REPREENSÃO