LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL 2011 - valinhos.sp.gov.br · e a roçada dos lotes que não possuem...
-
Upload
nguyenliem -
Category
Documents
-
view
214 -
download
0
Transcript of LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL 2011 - valinhos.sp.gov.br · e a roçada dos lotes que não possuem...
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA
CNPJ: 10.774.000/0001-00
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
2011
Ref.: Notificação nº 25/12
MARCOS MORI Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
2
Índice 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................................... 3
2. ACOMPANHAMENTO MENSAL ................................................................ 3
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...................................................................... 3
3.1. Identificação .......................................................................................... 4
3.2. Ocupação do Solo ................................................................................. 4
3.3. Caracterização ...................................................................................... 4
3.3.1. Área Particular .............................................................................. 4
3.3.1.1. Terrenos Residenciais ................................................................ 4
3.3.2. Área Comum ................................................................................. 6
3.3.2.1. Ruas e Passeios ...................................................................... 6
3.3.3. Arborização Viária ......................................................................... 7
3.3.4. Área para Reservatório e Abastecimento de Água ....................... 8
3.3.5. Área Verde .................................................................................... 8
3.3.6. Rede de Captação de Águas Pluviais ......................................... 12
3.3.7. Rede de Esgoto .......................................................................... 13
3.3.8. Fauna .......................................................................................... 13
3.3.9. Recursos Naturais ....................................................................... 13
3.3.10. Obras e Terraplenagens ............................................................. 14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 14
5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES .......................................................... 15
6. ENCERRAMENTO .................................................................................... 16
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
3
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Em atenção à Notificação nº 25/2012, expedida pela Prefeitura do
Município de Valinhos, por intermédio do Departamento de Meio Ambiente /
Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, em 16 de janeiro de 2012 para o
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA, situado à Alameda Itajubá, nº 820,
elaborou-se o presente documento que visa atender as exigências da Lei
Municipal nº 4.123, de 04 de maio de 2007, que dispõe sobre a necessidade de
caracterização e monitoramento ambiental dos recursos naturais incidentes em
loteamentos fechados e condomínios horizontais residenciais do município de
Valinhos.
Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em visitas
ao referido loteamento e descrevem a atual situação do empreendimento.
O Loteamento Residencial Villa Lombarda está em conformidade com os
artigos 1º e 2º da Lei Municipal nº 4.123/2007, por apresentar laudo técnico
ambiental anualmente à Prefeitura do Município de Valinhos.
Laudo Técnico referente ao ano 2011.
2. ACOMPANHAMENTO MENSAL
O Loteamento Residencial Villa Lombarda atende ao disposto nos artigos
4º e 5º da Lei Municipal nº 4.123/2007, pois este laudo técnico é baseado nos
relatórios mensais de monitoramento do ano de 2011.
Durante visitas técnicas ao local, objeto do presente documento, foram
coletadas informações sobre as alterações na estrutura imobiliária (início e
término de obras de edificação) e observados os procedimentos adotados para
preservação e recuperação dos recursos naturais.
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O Diagnóstico Ambiental descreve a ocupação e uso do solo e trata da
identificação, caracterização e avaliação dos recursos naturais existentes no
empreendimento, conforme segue.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
4
3.1. Identificação
O Loteamento Residencial Villa Lombarda está situado à Alameda
Itajubá, nº 820 e foi instalado em um terreno de 159.606,00 m²,
geograficamente posicionado sob as coordenadas Sx23°.00'.12.10" e
Ox47°.01'.41.68", tendo como marco a portaria principal.
3.2. Ocupação do Solo
O loteamento está dividido em Área Particular e Área Comum,
distribuídas da seguinte forma:
• Área Particular:
i. Terrenos residenciais: ...........................97.636,93 m²;
• Área Comum:
i. Ruas e passeios: ...................................22.018,20 m²;
ii. Área para reservatório.................................182,95 m²;
iii. Área Verde:.............................................31.154,50 m²;
iv. Área Institucional:......................................8.613,42 m².
3.3. Caracterização
3.3.1. Área Particular
3.3.1.1. Terrenos Residenciais
O loteamento é formado por 93
lotes. Os terrenos vazios estão
recobertos com vegetação
rasteira, que é controlada
periodicamente por meio de
roçadas e o material resultante é
espalhado por sua superfície.
Para evitar acidentes e prejuízos
ao meio ambiente, e atendendo à
legislação ambiental de Valinhos,
Lei Municipal nº 2.953, de 24 de
maio de 1996, artigo 56 do
Código de Posturas, é
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
5
expressamente proibido o método de queimadas para limpeza dos terrenos.
Cada condômino é responsável pela manutenção e conservação da
estrutura imobiliária existente no lote de sua propriedade. Fica sob
responsabilidade do loteamento a manutenção das estruturas da Área Comum
e a roçada dos lotes que não possuem construção.
Existem árvores nativas no interior de diversos lotes situados fora de Área
de Preservação Permanente. Torna-se necessário, por parte dos proprietários
dos lotes que contenham tais espécies, solicitar autorização para a supressão
junto aos órgãos competentes e efetuar as medidas compensatórias exigidas,
conforme o disposto no Artigo 8º da Lei Municipal nº 4.123/2007.
Alguns lotes possuem árvores que necessitam de autorização do Departamento de Meio
Ambiente para a realização de podas rasas ou supressão.
Espécies presentes no interior de alguns lotes particulares:
Alecrim-de-campinas (Holocalyx balansae), Amora-de-árvore (Morus nigra),
Aroeira-mansa (Schinus terebinthifolius), Cambuci (Campomanesia phaea),
Canela-fedorenta (Nectandra rígida), Canjarana (Cabralea canjerana),
Caramboleira (Averrhoa carambola), Canudo-de-pito (Carpotroche brasiliensis),
Espatódea (Spathodea nilotica), Eucalipto (Eucaliptus sp), Flamboyant (Delonix
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
6
regia), Goiabeira (Psidium guajava), Grevilea (Grevillea robusta), Grumixama
(Eugenia brasiliensis), Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), Ipê-roxo (Tabebuia
impetiginosa), Jabuticabeira (Myrciaria trunciflora), Jacarandá-mimoso
(Jacaranda mimosifolia), Jacarandá-paulista (Machaerium villosum), Jambeiro
(Syzygium jambos), Jasmim-manga (Plumeria rubra), Nogueira-pecã (Carya
illinoinensis), Paineira (Chorisia speciosa), Palmeira areca-bambu (Dypsis
lutescens), Palmeira imperial (Roystonea oleracea), Palmeira jerivá (Syagrus
romanzoffiana), Palmeira leque-da-China (Livistona chinensis), Palmeira rabo-
de-peixe (Caryota urens), Palmeira seafortia (Archontophoenix cunninghamii),
Pau-d'óleo (Copaifera langsdorffii), Pau-de-viola (Cythalexylum myrianthum),
Pau-ferro (Caesalpinia férrea), Pinheiro (Pinus sp), Pitangueira (Eugenia
uniflora), Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Sibipiruna (Caesalpinia
peltophoroides), Tipuana (Tipuana tipu) e Uvaia (Eugenia pyriformis)
3.3.2. Área Comum
3.3.2.1. Ruas e Passeios
A rede viária do loteamento é formada por 5 (cinco) ruas pavimentadas com
asfalto e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando necessários,
são realizados por empresas especializadas que se responsabilizam pelo
descarte correto das sobras dos materiais utilizados.
Nos lotes edificados os passeios são recobertos geralmente por grama
esmeralda (Zoysia japonica), que permitem a infiltração da água da chuva.
Para facilitar o trânsito de pedestres, alguns são cortados longitudinalmente em
sua porção central por caminhos construídos de alvenaria ou pedra, em
conformidade com a Lei Municipal nº 3.320/99, a qual determina que todos os
terrenos que tenham guias e sarjetas devem ter passeio público. Nas áreas
localizadas em frente às residências é permitida a impermeabilização do
acesso de veículos às garagens. Os proprietários de imóveis em fase de
construção estão atendendo às normas para adequação e construção de
calçadas. Nos terrenos particulares vazios, grande parte dos passeios
apresenta-se recoberto por capim e são roçados sempre que necessário.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
7
3.3.3. Arborização Viária
A arborização viária foi instalada de modo a
pouco interferir nas redes de energia elétrica e
de telefonia que atendem o loteamento. Foram
plantados exemplares de pata-de-vaca
(Bauhinia spp.), escova-de-garrafa (Callistemon
viminalis), flamboyanzinho (Caesalpinia
pulcherrima), ipê-de-jardim (Tecoma stans), ipê
variedades amarelo, rosa e branco (Tabebuia
sp) e quaresmeira (Tibouchina granulosa),
espécies arbóreas de pequeno e médio porte.
São realizadas inspeções periódicas para
avaliar a necessidade de podas de manutenção
e formação das copas. Todas as plantas
apresentam bom estado fitossanitário e boa
parte ainda é tutorada.
As árvores do sistema viário apresentam boa conformação da copa e bom estado fitossanitário.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
8
3.3.4. Área para Reservatório e Abastecimento de Água
As necessidades hídricas do
loteamento são supridas por captação de
água de poço profundo (foto abaixo) e
armazenadas em reservatório com
capacidade para 100 m³ (foto à
esquerda), onde ocorrem os processos
de filtração e cloração, antes da
distribuição na rede interna do
loteamento.
3.3.5. Área Verde
No loteamento existem duas áreas verdes:
Área Verde 1:
Ocupa 10.116,28 m² e contém um fragmento de mata classificado como
Área de Preservação Permanente (APP), em função de uma nascente que
abastece dois lagos. A vegetação arbórea que protege esses corpos d’água é
formada por diversas espécies nativas e exóticas e foi enriquecida por
reflorestamentos.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
9
As zonas de reflorestamento existentes ao redor da nascente e dos lagos
são compostas por espécies nativas. O manejo e os tratos culturais (condução
por meio de tutoramento, poda de formação das copas, controle de formigas
cortadeiras e roçada das plantas rasteiras) destas áreas vêm sendo feitos
regularmente de modo a garantir o pleno desenvolvimento da vegetação.
As mudas presentes no reflorestamento da Área Verde 1 tiveram desenvolvimento satisfatório.
Área Verde 2:
Ocupa 21.038,22 m² e é considerada Área de Preservação Permanente
(APP) devido à existência de quatro lagos. A vegetação arbórea que protege
esses corpos d’água é formada por diversas espécies nativas e exóticas. Existe
uma zona de reflorestamento, que é mantida com vegetação rasteira roçada e
apresenta crescimento satisfatório das plantas.
A infra-estrutura de lazer do loteamento está instalada neste local,
composta por um campo de futebol gramado, salão para festas e
churrasqueira, playground de eucalipto, pista de caminhada, quadras de vôlei
de areia e tênis. Boa parte do terreno é recoberto por grama esmeralda (Zoysia
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
10
japonica), que permite a infiltração da água da chuva e evita a formação de
processos erosivos.
A área reflorestada é mantida roçada e...
... em 2011 foram introduzidas novas mudas na área verde 2.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
11
São encontradas diversas espécies arbóreas nas áreas verdes 1 e 2. Não
foi realizado um inventário florestal com quantificação de indivíduos, mas um
estudo qualitativo das espécies que compõem as matas existentes no
perímetro do empreendimento.
Espécies presentes na mata de vegetação secundária das áreas verdes 1 e 2:
Angico (Anadenanthera macrocarpa), Araticum (Rollinia silvatica), Aroeira-
mansa (Schinus terebinthifolius), Cambará (Gochnatia polymorpha), Canela-
fedorenta (Nectandra rígida), Canjarana (Cabralea canjerana), Coqueiro-da-
bahia (Cocos nucifera), Embira-de-sapo (Lonchocarpus sp), Embiruçu
(Eriotheca sp), Eucalipto (Eucaliptus sp), Goiabeira (Psidium guajava), Leiteiro-
vermelho (Euphorbia caracasana), Mangueira (Mangifera indica), Paineira
(Chorisia speciosa), Palmeira areca-bambu (Dypsis lutescens), Palmeira jerivá
(Syagrus romanzoffiana), Pata-de-vaca (Bauhinia forticata), Pau-de-viola
(Cythalexylum myrianthum), Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), Pau-pólvora
(Trema micrantha), Pitangueira (Eugenia uniflora), Quaresmeira (Tibouchina
granulosa), Saguaraji (Colubrina glandulosa), Sibipiruna (Caesalpinia
peltophoroides), Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Taiúva (Maclura
tinctoria) e Tamanqueiro (Alchornea iricurana).
Espécies arbóreas que compõem o reflorestamento das áreas verdes 1 e 2:
Aldrago (Pterocarpus violaceus), Amora-de-árvore (Morus nigra), Aroeira-
mansa (Schinus terebinthifolius), Aroeira-salsa (Schinus molle), Cabreúva
(Myroxylon peruiferum), Canelinha (Nectandra megapotamica), Canjarana
(Cabralea canjerana), Capixingui (Croton floribundus), Canudo-de-pito
(Carpotroche brasiliensis), Castanha-do-maranhão (Pachira aquática), Córdia
(Cordia superba), Dedaleiro (Lafoensia pacari), Embiruçu (Eriotheca sp),
Fedegoso (Senna macranthera), Flamboyant (Delonix regia), Goiabeira
(Psidium guajava), Ingá (Ingá uruguensis), Ipê-amarelo (Tabebuia
chrysotricha), Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), Jacarandá-mimoso (Jacaranda
mimosifolia), Jacarandá-paulista (Machaerium villosum), Lixa (Aloysia virgata),
Nespereira (Eriobotrya japônica), Oiti (Licania tomentosa), Paineira (Chorisia
speciosa), Palmeira jerivá (Syagrus romanzoffiana), Pata-de-vaca (Bauhinia
forticata), Pau-ferro (Caesalpinia férrea), Pau-de-viola (Cythalexylum
myrianthum), Pau-rei (Pterigota brasiliensis), Pitangueira (Eugenia uniflora),
Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) e
Tipuana (Tipuana tipu).
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
12
Nas dependências do loteamento existem árvores que necessitam de
autorização do Departamento de Meio Ambiente para a realização de podas
rasas ou supressão.
As áreas verdes 1 e 2 apresentam vegetação secundária em estágios
pioneiro, inicial e médio de regeneração (RESOLUÇÃO CONAMA nº 001, de
31 de janeiro de 1994), com fisionomia florestal, apresentando árvores de
variados tamanhos.
3.3.6. Rede de Captação de Águas Pluviais
A captação de águas
pluviais é feita através de
bueiros localizados ao longo
do sistema viário do
loteamento e que se
interligam a galerias
subterrâneas construídas
com tubos de concreto,
exclusivas para este fim. A
estrutura foi devidamente
calculada em função da
área de drenagem e da
declividade do terreno. Em
virtude da topografia do
terreno, parte da água
captada é direcionada para
a rede municipal de águas
pluviais e o restante
deságua em lago existente
na área verde 2 (fotos),
sendo evidente o acelerado processo de assoreamento, como pode ser
observado nas fotos tiradas em 2010 e 2011.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
13
3.3.7. Rede de Esgoto
Todo o esgoto gerado pelas residências do loteamento é coletado através
de sistema canalizado exclusivo para este fim e direcionado para a estação
municipal de tratamento.
3.3.8. Fauna
No perímetro do loteamento existe fauna permanente. Observa-se com
freqüência a presença de bem-te-vis, sabiás, sanhaços, beija-flores, corujas,
maritacas, corruíras, pombas, gaviões e pardais. Entre os mamíferos
encontram-se pequenos roedores, tatús e gambás. Os répteis, raramente
observados, estão representados por lagartos teiús, calangos e outras
espécies de lagartos de menor porte. Não há registro da ocorrência de cobras.
Nenhuma das espécies citadas consta no Decreto Estadual 42.838 de 04 de
fevereiro de 1998 que “declara as espécies da fauna silvestre ameaçadas de
extinção e as provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo
e dá providências correlatas” e na Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de
2.003, do Ministério do Meio Ambiente, que em seu anexo fornece as listas das
espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.
3.3.9. Recursos Naturais
Na área verde 1 encontra-se uma nascente e pelo represamento de suas
águas formam-se dois lagos. Estas estruturas são protegidas por uma mata de
vegetação secundária em estágios inicial e médio de regeneração
(RESOLUÇÃO CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994), com fisionomia
florestal, apresentando árvores de variados tamanhos. Foi respeitado o
estabelecido na Lei Federal nº 4.771/65, que prevê o mínimo de 50 metros de
raio da nascente e faixa de 30 metros às margens da represa como Áreas de
Preservação Permanente.
Porém, os lagos presentes na área verde 2 vêm sofrendo acelerado
processo de assoreamento, por receberem boa parte das águas pluviais
oriundas do próprio loteamento e de uma chácara vizinha.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
14
3.3.10. Obras e Terraplenagens
Devido à moderada declividade do terreno, as obras que envolvam
terraplenagem devem ser bem avaliadas e executadas com precisão, afim de
que a terra resultante das atividades de corte e aterro não seja carreada pela
água das chuvas para a rede de captação pluvial, causando assoreamento em
córregos e represas à jusante do loteamento. A retirada das sobras de terra é
de responsabilidade do proprietário do lote. Em 2011, 2 terrenos tiveram suas
obras iniciadas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por apresentar grande parte dos terrenos sem edificações, o Loteamento
Residencial Villa Lombarda é passível de geração de resíduos impactantes,
tais como sobras de terra provenientes de terraplenagem, restos de concreto e
de materiais de construção. Para que não haja prejuízo ao meio ambiente, os
responsáveis pelo empreendimento estabeleceram que os resíduos são de
responsabilidade dos proprietários dos lotes e devem ser coletados e retirados
da obra por empresas especializadas que garantam o destino correto desses
materiais.
As árvores do sistema viário estão em desenvolvimento, exigindo podas
periódicas para uma boa conformação das copas.
O loteamento mantém um plano de manutenção e preservação das APP’s e
dos recursos naturais existentes em seu perímetro. As áreas de
reflorestamento continuarão a ser roçadas periodicamente para que as
espécies arbóreas possam se desenvolver plenamente e atingir de forma
satisfatória os próximos estágios sucessionais de regeneração.
Durante as visitas de acompanhamento mensal não foram registrados
vazamentos nas redes de água e esgoto.
Existem pontos de erosão laminar no interior do loteamento, ocorrendo com
maior freqüência em lotes sem edificações e com maior declividade do terreno.
Não houve supressão de árvores nativas durante o ano de 2011.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
15
5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES
Os aspectos legais pertinentes ao cumprimento da Lei do Município de
Valinhos nº 4.123, de 04 de maio de 2007 e que nortearam a elaboração deste
estudo, estão inseridos nas seguintes normas ambientais:
• Lei Federal nº 4.771/65 e suas alterações;
• Decreto Estadual nº 42.838 de 04 de fevereiro de 1998 – Declara
as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as
provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e
dá providências correlatas;
• Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de 2003 / Ministério do
Meio Ambiente – Listas das espécies da fauna brasileira
ameaçadas de extinção;
• Resolução CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994;
• Lei Municipal nº 3.320, de 10 de junho de 1999, que dispõe sobre a
execução de muro de alinhamento e passeio-público;
• Lei Municipal nº 2.953, de 24 de maio de 1996, Artigo 56 do Código
de Posturas.
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
RESIDENCIAL VILLA LOMBARDA 2011
16
6. ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a esclarecer, encerro o presente laudo que consta de
16 (dezesseis) folhas impressas eletronicamente de um só lado, datado e
assinado. Acompanha um anexo com imagem de satélite detalhando o
perímetro do condomínio, uma cópia da Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) do engenheiro agrônomo responsável pelo laudo técnico e um
CD contendo arquivo digital do laudo, em atendimento ao artigo 2º da Lei
Municipal nº 4.123/2007, para ser disponibilizado no site da prefeitura para
consulta pública.
Valinhos, 04 de fevereiro de 2012.
__________________________
Marcos Mori
Engenheiro Agrônomo CREA 5061317180
ART nº 92221220120228908
__________________________
João Henrique Chiarini Peixoto
Presidente Associação Residencial
Villa Lombarda