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Laudo de Avaliação SP-0043/10-01 SEARA ALIMENTOS S.A.

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SEARA ALIMENTOS S.A.

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LAUDO: SP-0043/10-01

DATA BASE: 31 de dezembro de 2009.

SOLICITANTE: MARFRIG ALIMENTOS S.A., com sede à Av. Brigadeiro Faria Lima, n° 1.912, 7-B, bairro Jardim Paulistano, na cidade de São

Paulo, no estado de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o n° 03.853.896/0001-40, doravante denominada MARFRIG.

OBJETO: SEARA ALIMENTOS S.A. (ex-SEARA ALIMENTOS LTDA.), com sede à Avenida Vereador Abrahão João Francisco, n° 3.655, na

cidade de Itajaí, estado de Santa Catarina, inscrita no CNPJ sob o n° 02.914.460/0001-50, doravante denominada SEARA.

OBJETIVO: Determinação do valor das quotas da empresa SEARA, que é uma subsidiária de Babicora Holding Participações Ltda., a ser

adquirida pela MARFRIG, conforme disposto pelo artigo 256 da Lei das S/A (Lei 6.404/76).

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SUMÁRIO EXECUTIVO

A APSIS foi nomeada pela MARFRIG para determinação do valor das quotas da

empresa SEARA, para atender o Art. 256, §§ 1º e 2º da Lei 6.404/76 (Lei das

S.A.), em função da aquisição futura de 100% das ações da mesma, que é uma

subsidiária de Babicora Holding Participações Ltda. A avaliação é feita através

das metodologias citadas na lei mencionada, em seu artigo 256, II:

a) Cotação média das ações em bolsa ou no mercado de balcão organizado,

durante os 90 (noventa) dias anteriores à data da contratação;

b) Valor do patrimônio líquido da quota, avaliado o patrimônio a preços de

mercado;

c) Valor do lucro líquido por quota.

Os procedimentos técnicos empregados no presente laudo estão de acordo com

os critérios estabelecidos pelas normas de avaliação.

O quadro abaixo apresenta o resumo dos resultados calculados, comparando o

valor de aquisição com o maior dos três valores encontrados:

Valor da cotação média das ações em bolsa nos últimos 90 diasnão aplicável

Valor do patrimônio líquido por ação, avaliado a preços de mercado

R$ 0,93

Valor do Lucro líquido por açãonão aplicável

Valor de aquisição por ação Comparação com o valor de aquisição

R$ 0,83 0,89

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 4

2.PRINCÍPIOS E RESSALVAS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5

3.LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6

4.METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7

5.CARACTERIZAÇÃO DA SEARA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 9

6.ANÁLISE SETORIAL ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10

7.AVALIAÇÃO - COTAÇÃO MÉDIA DAS AÇÕES EM BOLSA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24

8.AVALIAÇÃO - VALOR DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A MERCADO POR AÇÕES ------------------------------------------------------------------------------------------------ 25

9.AVALIAÇÃO - VALOR DO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30

10.AVALIAÇÃO - VALOR DE AQUISIÇÃO POR AÇÃO DA SEARA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 31

11.CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 32

12.RELAÇÃO DE ANEXOS ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

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1. INTRODUÇÃO

A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL Ltda., doravante denominada APSIS, com

sede na Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar, Centro, na Cidade e Estado do

Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF 27.281.922/0001-70, foi nomeada por

MARFRIG para determinação do valor das ações da empresa SEARA, que é uma

subsidiária de Babicora Holding Participações Ltda, adquirida pela MARFRIG,

conforme disposto pelo artigo 256 da Lei das S/A (Lei 6.404/76).

Na elaboração deste trabalho foram utilizados dados e informações fornecidos

por terceiros, na forma de documentos e entrevistas verbais com o cliente. As

estimativas utilizadas neste processo estão baseadas nos documentos e

informações, os quais incluem, entre outros, os seguintes:

Balanços de SEARA de 2007, 2008, 2009 e na data-base;

Demonstrações financeiras de SEARA de 2007, 2008, 2009 e na data-base;

Laudos de avaliação do ativo imobilizado.

A equipe da APSIS responsável pela realização deste trabalho é constituída pelos

seguintes profissionais:

AMILCAR DE CASTRO Diretor Bacharel em Direito

ANA CRISTINA FRANÇA DE SOUZA Sócia-diretora Engenheira civil (CREA/RJ 91.1.03043-4) Pós-graduada em ciências contábeis

ANTÔNIO LUIZ FEIJÓ NICOLAU Gerente de projetos

ANTÔNIO REIS SILVA FILHO Diretor Engenheiro civil (CREA/SP 107.169) Mestrado em administração de empresas

BETINA DENGLER Gerente de projetos

CARLOS MAGNO SANCHES Gerente de projetos

CLAUDIO MARÇAL DE FREITAS Contador (CRC/RJ 55029/O-1)

FELLIPE F. ROSMAN Gerente de projetos

GABRIEL ROCHA VENTURIM Gerente de projetos

LUIZ PAULO CESAR SILVEIRA Diretor Engenheiro mecânico (CREA/RJ 89.1.00165-1) Mestrado em administração de empresas

MARGARETH GUIZAN DA SILVA OLIVEIRA Diretora Engenheira civil (CREA/RJ 91.1.03035-3)

RICARDO DUARTE CARNEIRO MONTEIRO Sócio-diretor Engenheiro civil (CREA/RJ 30137-D) Pós-graduado em engenharia econômica

RENATA POZZATO CARNEIRO MONTEIRO Gerente de projetos

SERGIO FREITAS DE SOUZA Diretor Economista (CORECON/RJ 23521-0)

WASHINGTON FERREIRA BRAGA Contador (CRC/RJ 024100-6/ CVM 6734)

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2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS

O relatório objeto do trabalho a seguir enumerado, calculado e particularizado, obedece criteriosamente os seguintes princípios fundamentais:

Os consultores não têm inclinação pessoal em relação à matéria

envolvida neste relatório e tampouco dela auferem qualquer vantagem,

não havendo conflito de interesses que os impeça de preparar este

laudo.

No melhor conhecimento e crédito dos consultores, as análises, opiniões

e conclusões expressas no presente relatório são baseadas em dados,

diligências, pesquisas e levantamentos verdadeiros e corretos.

O relatório apresenta todas as condições limitativas impostas pelas

metodologias adotadas, que afetam as análises, opiniões e conclusões

contidas nos mesmos.

Os honorários profissionais da APSIS não estão, de forma alguma,

sujeitos às conclusões deste relatório.

A APSIS assume total responsabilidade sobre a matéria de Engenharia de

Avaliações, incluídas as implícitas, para o exercício de suas honrosas

funções, precipuamente estabelecidas em leis, códigos ou regulamentos

próprios.

Assumem-se como corretas as informações recebidas de terceiros, sendo

que as fontes das mesmas estão contidas no referido relatório.

O relatório foi elaborado pela APSIS e ninguém, a não ser os seus

próprios consultores, preparou as análises e respectivas conclusões.

Para efeito de projeção, partimos do pressuposto da inexistência de

ônus ou gravames de qualquer natureza, judicial ou extrajudicial,

atingindo os imóveis em questão, que não os listados no presente

relatório.

O presente relatório atende a especificações e critérios estabelecidos

pelo USPAP (Uniform Standards of Professional Appraisal Practice),

além das exigências impostas por diferentes órgãos, tais como:

Ministério da Fazenda, Banco Central, Banco do Brasil, CVM – Comissão

de Valores Mobiliários, SUSEP - Superintendência de Seguros Privados,

RIR – Regulamento de Imposto de Renda, etc.

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3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE

Para elaboração deste relatório, a APSIS utilizou informações e dados de

históricos auditados por terceiros ou não auditados e dados projetados

não auditados, fornecidos por escrito ou verbalmente pela administração

da empresa ou obtidos das fontes mencionadas. Assim, a APSIS assumiu

como verdadeiros os dados e informações obtidos para este relatório e

não tem qualquer responsabilidade com relação a sua veracidade.

O escopo deste trabalho não incluiu auditoria das demonstrações

financeiras ou revisão dos trabalhos realizados por seus auditores.

Nosso trabalho foi desenvolvido para o uso da SOLICITANTE e dos demais

imóveis envolvidos no projeto, visando ao objetivo já descrito.

Não nos responsabilizamos por perdas ocasionais à SOLICITANTE, aos seus

acionistas, diretores, credores ou a outras partes como consequência da

utilização dos dados e informações fornecidos pela empresa e constantes

neste relatório.

As análises e as conclusões contidas neste relatório baseiam-se em

diversas premissas, realizadas na presente data, de projeções

operacionais futuras, tais como: preços, volumes, participações de

mercado, receitas, impostos, investimentos, margens operacionais etc.

Assim, os resultados operacionais futuros da empresa podem vir a ser

diferentes de qualquer previsão ou estimativa contida neste relatório.

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4. METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO

ABORDAGEM DE MERCADO: COTAÇÃO EM BOLSA

Esta metodologia visa avaliar uma empresa pela soma de todas as suas ações a

preços de mercado. Como o preço de uma ação é definido pelo valor presente

do fluxo de dividendos futuros e de um preço de venda ao final do período, a

uma taxa de retorno exigida, em um Mercado Financeiro Ideal, esta abordagem

indicaria o valor correto da empresa para os investidores.

ABORDAGEM DOS ATIVOS – PL A MERCADO

Esta metodologia é derivada dos princípios contábeis geralmente aceitos

(PCGA), no qual as demonstrações financeiras são preparadas com base no

princípio do custo histórico, ou custo de aquisição. Devido a este princípio, e ao

princípio fundamental da contabilidade, o valor contábil dos ativos de uma

empresa menos o valor contábil de seus passivos é igual ao valor contábil do seu

patrimônio líquido.

Por outro lado, os princípios básicos de economia nos permitem criar a seguinte

técnica de avaliação: o valor definido para os ativos menos o valor definido para

os passivos é igual ao valor definido para o patrimônio líquido de uma empresa.

Dentro de uma perspectiva de avaliação, as definições relevantes de valor são

aquelas apropriadas ao objetivo da avaliação.

A abordagem dos ativos, portanto, visa avaliar uma empresa pelo ajuste do

valor contábil (saldo líquido) aos seus respectivos valores justos de mercado. Os

ativos e passivos julgados relevantes são avaliados pelo valor justo de mercado,

sendo feita a comparação entre este valor e seu valor contábil (saldo líquido).

Estes ajustes, devidamente analisados, são somados ao valor do Patrimônio

Líquido contábil, determinando assim o valor de mercado da empresa pela

abordagem dos ativos. O valor justo de mercado da empresa será o valor do

Patrimônio Líquido, considerados os ajustes encontrados para os ativos e

passivos avaliados.

ABORDAGEM DA RENDA: RENTABILIDADE FUTURA

Esta metodologia define a rentabilidade futura da empresa pelo lucro líquido

projetado e trazendo este resultado a valor presente.

O período projetivo do lucro líquido é determinado levando-se em consideração

o tempo que a empresa levará para apresentar uma atividade operacional

estável, ou seja, sem variações operacionais julgadas relevantes. O lucro líquido

é então trazido a valor presente, utilizando-se uma taxa de desconto que irá

refletir o risco associado ao mercado, empresa e estrutura de capital.

PROJEÇÃO PARA RESULTADOS FUTUROS

Para o cálculo da rentabilidade futura, utilizou-se como medida de renda o

Lucro Líquido, onde:

Lucro antes de itens não-caixa, juros e impostos (EBITDA) ( - ) Itens não-caixa (depreciação e amortização) ( = ) Lucro líquido antes dos impostos (EBIT) ( - ) Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CSSL) ( = ) Lucro líquido depois dos impostos

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VALOR RESIDUAL

Após o término do período projetivo é considerada a perpetuidade, que

contempla todos os fluxos a serem gerados após o último ano da projeção e seus

respectivos crescimentos. O valor residual da empresa (perpetuidade)

geralmente é estimado pelo uso do modelo de crescimento constante. Este

modelo assume que após o fim do período projetivo, o lucro líquido terá um

crescimento perpétuo constante. O mesmo calcula o valor da perpetuidade no

último ano do período projetivo, através do modelo de progressão geométrica,

transportando-o, em seguida, para o primeiro ano de projeção.

TAXA DE DESCONTO

A taxa de desconto a ser utilizada para calcular o valor presente dos

rendimentos determinados no fluxo de caixa projetado representa a

rentabilidade mínima exigida pelos investidores, considerando que a empresa

será financiada parte por capital próprio, o que exigirá uma rentabilidade maior

que a obtida numa aplicação de risco padrão, e parte por capital de terceiros.

Esta taxa é calculada pela metodologia WACC - Weighted Average Cost of

Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média ponderada

do valor econômico dos componentes da estrutura de capital (próprio e de

terceiros), descrito a seguir.

Custo do capital próprio

Re = Rf + beta*(Rm – Rf) + Rp + Rs

Rf Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do Tesouro Americano para títulos de 30 anos, líquida da inflação americana de longo prazo

Rp Risco País – representa o risco de se investir num ativo no país em questão em comparação a um investimento similar em um país considerado seguro.

Rs Prêmio pelo tamanho - risco adicional dependendo do porte da empresa

Rm Risco de mercado – mede a valorização de uma carteira totalmente diversificada de ações para um período de 30 anos.

beta Ajusta o risco de mercado para o risco de um setor específico.

beta alavancado Ajusta o beta do setor para o risco da empresa.

Custo do capital de terceiros

Rd = CDI

CDI CDI – Certificado de Depósito Interbancário. são os títulos de emissão dos bancos, que lastreiam as operações do mercado interbancário

Taxa de desconto

WACC = (Re x We) + Rd (1 –t) x Wd

Re = Custo do capital próprio.

Rd = Custo do capital de terceiros.

We = Percentual do capital próprio na estrutura de capital.

Wd = Percentual do capital de terceiros na estrutura de capital.

T = Taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social da cia.

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5. CARACTERIZAÇÃO DA SEARA

História

A história da empresa Seara Alimentos inicia-se no ano de 1956, no dia 18 de

novembro, com a inauguração do primeiro frigorífico de grande porte da região.

Em 1956, a empresa foi fundada na cidade de Seara, oeste de Santa Catarina. A

ampliação dos negócios e os investimentos ajudaram a construir a marca SEARA.

No início da década de 80, a Ceval, maior processadora de soja da América

Latina, adquiriu a Seara conservando a marca já consolidada no mercado e

impulsionando a sua capacidade de investimentos. Além disso, ampliou o

número de unidades industriais, dotando-as de tecnologia adequada ao seu

mercado de atuação.

Em 1981, a SEARA adquiriu a Safrita S.A. em Itapiranga, Santa Catarina, voltada

para o abate de frangos e suínos.

Em 1989, a Ceval incorpora a Seara Industrial e com isso a Seara passa a ser uma

marca da Ceval. Aquisição das plantas de Jacarezinho, no Paraná, e Nuporanga,

em São Paulo.

Em 1996, a SEARA foi a primeira empresa do ramo, no Brasil, a obter a

certificação de qualidade ISO 9002 para toda a cadeia produtiva de frango.

Fortemente voltada ao mercado externo, a empresa decide abrir escritórios

comerciais em Buenos Aires (Argentina), Amsterdã (Holanda), Cingapura (Ásia),

Tóquio (Japão) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). A Seara passa a controlar a

unidade portuária Braskarne e realiza uma série de investimentos para a

melhoria e a qualificação de todos os processos desenvolvidos em 1999.

Em 2005, a Seara Alimentos passa a ser controlada pelo grupo Cargill, um dos

maiores grupos de alimentos do mundo, e em 2009 a empresa foi adquirida pelo

grupo Marfrig.

Unidades Produtivas

Com sede administrativa localizada em Itajaí, Santa Catarina, a Seara conta

com unidades produtivas nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e

Mato Grosso do Sul.

Gestão de Qualidade

A Seara adota princípios diferenciados de proteção e zelo na produção do

alimento seguro e de qualidade, visando o mais alto nível de segurança e

satisfação do cliente consumidor, o que permitiu à empresa avançar em longo

dos anos no mercado nacional e internacional, consolidando a marca.

A Seara Alimentos foi a primeira empresa de aves e suínos na América Latina a

conquistar o certificado de qualidade ISO 9000:94, culminando com a

certificação de 100% dos processos em todas as suas unidades agroindustriais e

comerciais na década de 90.

Posteriormente, migrou para o sistema ISO 9001:2000 para a gestão da

qualidade, e atualmente atua com um sistema de qualidade baseado no

controle de processo.

Os processos são auto-gerenciáveis, seguindo os princípios e as diretrizes de

produção de Alimento Seguro, e da qualidade baseada no controle gerencial

pró-ativo, no qual são aplicadas diversas ferramentas de melhoria contínua.

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6. ANÁLISE SETORIAL

O Setor Mundial de Carne Bovina

Consumo

A carne bovina é uma fonte de nutrição rica em proteínas, é o tipo de carne

mais consumido no mundo depois das carnes suína e avícola. Segundo a USDA,

em 2008, consumiram-se mundialmente cerca de 57,8 milhões de toneladas de

carne bovina. Os maiores consumidores de carne bovina no mundo são os

Estados Unidos, seguido pela União Europeia, Brasil e China. A Argentina é o

quinto maior consumidor de carne bovina no mundo, porém, em termos per

capita, é o maior consumidor com cerca de 69 Kg de carne per capita/ano,

segundo a USDA.

Apesar do consumo mundial de carne bovina ter se mantido estável nos últimos

anos, prevê-se um crescimento em médio e longo prazo segundo estudo da FAO.

O crescimento da população mundial e o aumento da renda em países em

desenvolvimento devem impulsionar o consumo mundial de carne bovina nos

próximos anos, já que o consumo per capita de carne bovina é fortemente

correlacionado ao crescimento econômico. Além disso, acreditamos que o

consumo de carne bovina aumentará em todo o mundo conforme diminuam, de

modo geral, as preocupações sanitárias com o produto, incluindo BSE e a febre

aftosa, e também as preocupações com a saúde, mediante a consolidação dos

benefícios do valor nutritivo da carne bovina nos grandes mercados

consumidores.

Produção

Com um rebanho de cerca de 179,8 milhões de cabeças de gado em 2008 (USDA

dados preliminares), o Brasil possui o maior rebanho do mundo para fins

comerciais. A Índia, apesar de ter o maior rebanho do mundo, não cria um

número significativo de cabeças de gado para fins comerciais por razões

religiosas.

Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de carne bovina. A

expectativa é de que produção de carne bovina continue aumentando ao redor

do mundo, acompanhando a demanda pela carne.

A taxa de abate ou taxa de desfrute é a relação entre o número de cabeças de

gado abatidas, e o tamanho do rebanho no período de um ano.

Exportação

Segundo relatório da FAO, as exportações de carne bovina crescerão nos

próximos anos para acompanhar a crescente demanda mundial, principalmente

em países em desenvolvimento. Desde 2004, o Brasil é o maior exportador de

carne bovina do mundo, com a Austrália e os EUA em seguida.

Importação

Atualmente, os Estados Unidos e a Rússia são os países que mais importam carne

bovina. Nos próximos anos, a tendência é de que a União Europeia, que hoje é a

quarta maior importadora de carne bovina do mundo, aumente suas

importações do produto, conforme os pecuaristas da União Europeia sejam

obrigados a reduzir sua produção para se adequarem aos regulamentos do bloco

(Fonte: USDA). A tabela abaixo mostra os países que mais importaram carne

bovina no mundo de 2005 a 2010 (estimado):

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Laudo SP-0043/10-01 11

Competitividade

A competitividade de um produtor de carne bovina no mercado internacional

sofre impacto significativo de sua estrutura de custos. Os dois principais

componentes da estrutura de custos do setor são: o custo de matérias-primas e

de industrialização. O custo efetivo líquido de um produtor leva em conta a

receita gerada pela venda de subprodutos da produção de carne bovina, tais

como o couro acabado (wet blue) e os miúdos. A competitividade de uma planta

no mercado internacional também é afetada pelos custos de transporte e

distribuição. Segundo a ABIEC, o custo de produção do bovino brasileiro se situa

entre os mais baixos do mundo, o que traz uma grande vantagem competitiva.

A receita gerada pela venda de subprodutos comestíveis e não comestíveis

extraídos do gado após o abate é um fator importante de redução de custos

operacionais líquidos de produtores de carne bovina. A receita dessas vendas,

geralmente chamadas “quinto quarto,” pode ser substancial e, em

determinados casos, pode cobrir grande parte dos custos fixos de operação de

abatedouro. Os produtos do “quinto quarto” podem ser divididos nas seguintes

categorias: carne de linguiça branca, carne de linguiça vermelha (fígado,

coração e língua), outras carnes de linguiça (pâncreas, intestino e estômago),

gorduras e outros (sangue, ossos e couros).

Restrições Comerciais e Riscos Sanitários

O mercado internacional de carne bovina é dividido entre o bloco do Pacífico

(América do Norte, América Central, Austrália, Nova Zelândia e Extremo

Oriente) e o bloco do Atlântico (Europa, África, Oriente Médio e América do

Sul). Essa divisão reflete vínculos históricos e geográficos, assim como

determinados critérios de caráter sanitário. O bloco do Pacífico proíbe

importações de carne bovina (exceto produtos industrializados e pré-cozidos) de

países ou regiões onde há programas ativos de vacinação contra febre aftosa. A

Europa permite a importação de carne in natura de determinadas regiões de

países que já foram afetados pela febre aftosa, desde que as regiões

exportadoras desses países não tenham sido diretamente afetadas. Contudo, a

União Europeia restringiu o livre comércio de carne bovina in natura mediante

um sistema de cotas de importação, e também baniu a importação de carne

bovina tratada com hormônios e esteróides anabolizantes. Portanto, a União

Europeia restringe a carne bovina dos Estados Unidos, que é tratada com

hormônios, para promover seu crescimento, citando preocupações com questões

de saúde.

Em 2008, a União Europeia restringiu a importação da carne bovina brasileira

alegando falhas no sistema de rastreabilidade (isto é, no registro e identificação

do rebanho bovino e bubalino do território nacional, possibilitando o

rastreamento do animal desde o nascimento até o abate, disponibilizando

relatórios de apoio à tomada de decisão quanto à qualidade do rebanho nacional

e importado). Durante o ano de 2008, foram realizadas diversas visitas técnicas

de autoridades europeias com o objetivo de inspecionar e avaliar o sistema de

rastreabilidade brasileiro. Segundo a ABIEC, até agosto de 2009,

aproximadamente 1.400 fazendas foram habilitadas a fornecer gado para

exportação de carne in natura, para a União Europeia, o que representa uma

quantidade muito inferior ao número de fazendas habilitadas antes do embargo.

Riscos sanitários envolvem surtos de doenças no gado. Os acordos bilaterais

sanitários variam entre países. Surtos de doenças podem provocar barreiras

comerciais entre as nações. Principais surtos de doenças em bovinos são:

Febre Aftosa (Foot and Mouth Disease): Febre aftosa é um tipo de doença

contagiosa que afeta bovinos e suínos. O vírus é transmitido pelo ar, água e

alimento. Os animais afetados apresentam febre alta e feridas na boca e nas

patas. Apesar de não afetar os humanos, o surto de febre aftosa quando

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detectado pode provocar a imposição, por alguns países, de barreiras sanitárias.

O último caso no Brasil ocorreu em 2005, nos estados do Mato Grosso do Sul e

Paraná, o que gerou restrições de alguns países contra a carne brasileira. Em

2008, 17 estados brasileiros que haviam perdido o status de livre de febre aftosa

com vacinação, tiveram seu status recuperado pela OIE (World Organization for

Animal Health). Santa Catarina é o único estado brasileiro com o status de livre

de febre aftosa sem vacinação. Argentina e Uruguai carregam o status de livre

de febre aftosa com vacinação.

BSE: Segundo a OIE, o risco de países como o Brasil, Argentina e Uruguai

contraírem BSE é controlado, vistos como países menos vulneráveis à doença

porque seus gados ficam livres em pastos ou são alimentados com rações

vegetais que não contêm subprodutos de origem animal. Além disso, o Brasil é

classificado pelo Comitê Diretivo Científico (SSC, na sigla em inglês) da

Comissão Europeia (Regulamento (EC) nº 999/2001) como país Nível II em

termos de ocorrência da BSE. Essa classificação significa que a ocorrência da

BSE no Brasil é “improvável, mas não descartável.”

O Setor de Carne Bovina Brasileiro

Consumo

Segundo a USDA, o Brasil tem um enorme mercado interno, que atualmente

consome aproximadamente 80% da produção de carne bovina do país. As vendas

no mercado interno obtêm aumentos de receitas através da otimização do valor

da carcaça. Entretanto, o crescimento das exportações brasileiras tem

impulsionado um aumento geral da produção interna.

Produção

Com uma estimativa de 179,8 milhões de cabeças de gado em 2009, de acordo

com a USDA, o Brasil possui o maior rebanho do mundo para fins comerciais. A

Índia, apesar de ter o maior rebanho do mundo, não cria um número

significativo de cabeças de gado para fins comerciais por razões religiosas.

A produtividade dos pecuaristas brasileiros, medida pela taxa de abate, vem

aumentando nos últimos anos. Segundo a USDA, atingiu 23,0% em 2008. A taxa

de abate representa a porcentagem de todo o gado brasileiro que chega ao

estado de maturidade necessário para o abate em um dado ano. Todavia, essa

porcentagem é baixa em comparação com as de outros países. Rússia, China,

Estados Unidos e União Europeia têm taxas de abate acima de 30%.

O Brasil se beneficia da abundante disponibilidade de terras; custo de terras

mais baixo que em outros países produtores na América do Norte, Europa,

Austrália, Nova Zelândia e Ásia; clima favorável; maior rebanho comercial do

mundo com potencial para aumentar a produtividade; consumo do mercado

interno aquecido; gado predominantemente criado no pasto alimentando-se de

gramíneas, o que mitiga os risco de surto de doenças; setor tem recebido apoio

do governo, principalmente, através do BNDES; baixo custo de produção.

O ano de 2008 foi marcado pela baixa disponibilidade de gado como

consequência do abate de matrizes em anos anteriores. A escassez de gado fez

com que o preço da arroba bovina no país aumentasse significativamente. Em

2009, a baixa disponibilidade de gado continuou, porém, uma vez que

frigoríficos representando aproximadamente 25% da capacidade instalada de

abate no Brasil pediram recuperação judicial ou paralisaram suas operações

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Laudo SP-0043/10-01 13

afetados por problemas de liquidez, houve um aumento na oferta de gado a

partir de março, com os preços da arroba em tendência de queda.

Segundo dados preliminares do MAPA, nos primeiros nove meses de 2009, foram

abatidos 15,4 milhões cabeças de gado (considerando somente animais

inspecionados pelo Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura)

contra 17,5 milhões no mesmo período de 2008. A queda de 11,6% no abate

reflete a menor oferta de animais e a menor utilização da capacidade instalada

das empresas no setor.

As empresas produtoras de carne bovina que entraram em recuperação judicial

ou estavam com as atividades paralisadas representavam cerca de 25% da

capacidade instalada no país, sendo que o market share dessas empresas nas

exportações de carne in natura é de 35%.(estimativas da Consultoria Agro-

Econômica). As dificuldades enfrentadas pelo setor são explicadas pela crise

financeira mundial que levou alguns países importadores a reduzirem seus

pedidos, principalmente a Rússia, principal importador do Brasil. A queda na

demanda, associada ao fechamento de capacidade instalada, provocaram queda

no preço da arroba bovina. O preço médio, no primeiro trimestre de 2009,

apresentou uma queda em cerca de 7,7% em relação ao último trimestre de

2008, chegando a atingir R$ 70,19 em março (média de 17 praças). Em meados

de 2008, o preço da arroba bovina superou os R$ 90,0 em algumas praças.

(Fonte: CEPEA/ESALQ).

Diante da dificuldade enfrentada pelo setor, o governo Brasileiro resolveu

melhorar o acesso ao crédito concedendo alguns benefícios, através de linhas

especiais de crédito (empréstimos, capital de giro e ACC), e ampliou um pacote

de R$ 10 bilhões para a agroindústria, (Fonte: CMN) (frigoríficos, usinas de

álcool, e cooperativas rurais) a fim de restabelecer condições melhores para as

empresas do setor operarem.

Exportação

Ao longo dos últimos 15 anos, o setor de carne bovina brasileiro passou por um

intenso processo de internacionalização, e as exportações de carne bovina do

país cresceram de um patamar de 7,5% da produção interna em 1994, para

aproximadamente 24,0% em 2008. Decrescendo em 2009, para

aproximadamente 22% em função da crise global. Além disso, a participação do

Brasil no total de exportações mundiais de carne bovina aumentou de

aproximadamente 5,0% no início dos anos 90, para aproximadamente 25% em

2009 (Fonte: MDIC e USDA), apesar de o País ter acesso a menos de 50% dos

mercados de carne in natura do mundo (o Bloco do Pacífico, incluindo os países

da América do Norte, proíbe importações de carne in natura do Brasil) (Fonte:

ABIEC). Segundo dados da Agra FNP (ANUALPEC 2009), as exportações brasileiras

de carne bovina aumentaram 256% em volume e 441% em receita entre 1999 e

2009, em consequência:

• do aumento da produtividade do setor de carne bovina brasileiro, bem

como da queda de seus custos de produção;

• do incremento dos trabalhos de publicidade e marketing;

• do aumento do número de destinos de suas exportações; e

• da redução de barreiras sanitárias e comerciais.

Nos Mercados internacionais, a lenta recuperação e a variação cambial afetaram

as exportações, reduzindo exportações de carne em 10,1% para 1,24 milhões de

toneladas em 2009, contra 1,38 milhões de toneladas em 2008. De acordo com

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Laudo SP-0043/10-01 14

a SECEX, o preço médio de exportação em 2009 foi US$3.308/ milhão de

toneladas, uma queda de 14,0% frente a 2008 (US$3.848/ milhão de toneladas).

Frente à queda nos volumes e preços, a receita de exportação caiu 23,0% para

US$4,1 bilhões.

Apesar de o Brasil ser o maior exportador de carne bovina do mundo, ainda há

espaço para o país aumentar suas exportações, visto que há uma série de

embargos e barreiras comerciais contra o produto brasileiro. Segundo relatórios

da USDA e Bradesco Corretora, entre os 20 maiores importadores de carne

bovina (que representam cerca de 90% do total do volume importado), o Brasil

tem alta penetração em 10 deles, nos quais a participação do Brasil varia de

22% a 90% de todo o volume importado. O Brasil não exporta para países como

Japão, Coreia do Sul e México, e a penetração dentro dos EUA é pequena, com

exportações basicamente de carne enlatada de baixo valor agregado.

Volumes e preços iniciaram em 2009 em níveis baixos e aumentaram

gradualmente em longo do ano. Em janeiro 2009, preços médios estavam em

US$3.125 por toneladas, encerrando ano a US$3.576 por tonelada. Volumes

também cresceram, iniciando o ano a 81.812 toneladas e encerrando a 105.652

toneladas/mês. Alguns importantes destinos, como União Europeia, Rússia,

Oriente Médio aumentaram a demanda por carne bovina brasileira. Além disso,

o Chile reabriu o Mercado para carne brasileira in natura. Outros países como

Iran, cresceram e se tornaram importantes destinos para a carne brasileira in

natura.

Vantagens Competitivas

O Brasil oferece várias vantagens competitivas na produção de carne bovina em

relação aos seus concorrentes no mercado internacional, entre elas:

• Baixo custo de produção: segundo relatório da Moodys, o Brasil tem

mais terras aráveis disponíveis que qualquer outro país do mundo, sendo

o custo da terra no Brasil mais baixo do que na maioria dos grandes

países produtores da América do Norte, Europa, Ásia, bem como da

Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, os produtores utilizam o modelo de

produção extensiva, que tem um custo menor do que o modelo de

confinamento utilizado nos Estados Unidos, Canadá e países da União

Europeia. Adicionalmente, a alimentação natural do gado brasileiro tem

um custo menor do que a alimentação baseada predominantemente em

cereais geralmente utilizada em outros países produtores;

• Práticas na criação de raças resistentes a doenças: ao contrário de

outros grandes produtores de carne bovina (incluindo os Estados Unidos,

a União Europeia e a Austrália), por exemplo, o gado brasileiro é

alimentado com gramíneas, o que é um fator que reduz o risco de um

surto de BSE no país; e

• Vantagens de saúde e qualidade: a carne bovina de animais criados a

pasto, que é a prática mais comum no Brasil, tem sido cotada como uma

das mais nutritivas, segundo dados da ABIEC, tendo várias pesquisas

concluído que o produto contém concentrações elevadas de

betacaroteno e a-tocoferol, níveis maiores de ácidos graxos Omega 3,

proporção maior e mais desejável de Omega 3, Omega 6, e níveis altos

de ácido linoléico conjugado, todas estas substâncias sabidamente de

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Laudo SP-0043/10-01 15

efeitos favoráveis à saúde humana. A carne de animais criados a pasto

tem menos teor de gordura do que os criados confinados.

Restrições Comerciais e Riscos Sanitários

Os mesmos fatores que conferem ao País uma de suas mais importantes

vantagens competitivas – o baixo custo de produção – são também as principais

razões para a carne bovina brasileira estar sujeita à restrições comerciais em

alguns dos mais importantes mercados internacionais. Embora o Brasil seja o

maior exportador de carne bovina do mundo, seus produtos possuem presença

consolidada em apenas 10 dos 20 maiores mercados importadores. Países como

os Estados Unidos, México, Canadá, Japão e Coreia do Sul atualmente estão

entre os mercados mais importantes nos quais as exportações de carne bovina

brasileira ainda não estão presentes.

Riscos sanitários são considerações importantes no setor de carnes de qualquer

país. Hoje, o Brasil adota um regulamento sanitário que leva em conta

distinções regionais. Esse método de regulamento sanitário é chamado de

zoneamento (ou regionalização) e estabelece que, no caso de ocorrência de

uma doença no território de um dado país, leva-se em consideração a

localização geográfica da doença, para que o país possa continuar exportando

produtos (de fontes animais e vegetais) das regiões livres da doença. O

zoneamento foi reconhecido, por exemplo, pela União Europeia, Egito,

Argentina, Filipinas, Romênia, Rússia e Hong Kong. Ainda não foi aceito,

entretanto, por outros importantes importadores de carne bovina e, em

consequência, o Brasil não exporta carne in natura para esses países.

Febre Aftosa: O Brasil é dividido em zonas em relação à presença da febre

aftosa. Nos últimos sete anos, o Brasil progrediu muito em seu controle da febre

aftosa, principalmente considerando-se que praticamente todo o território

brasileiro foi afetado pela doença em 1998. Segundo o MAPA, hoje, 59% do

território nacional está livre de febre aftosa e 89% do gado brasileiro está

localizado em áreas livres da febre aftosa. Tal êxito se deve a esforços

governamentais para erradicar a doença e à maior preocupação dos criadores de

gado brasileiro, que resultaram no aumento dos níveis de vacinação (em 2009,

estima-se que o Brasil vacinará cerca de 96,8% de seu gado). O Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu o Programa Nacional de

Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa dentro da meta de sua limitação no

Continente Sul Americano até o ano de 2009, de acordo com o Plano

Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa. É importante observar que a febre

aftosa é um problema de saúde animal e não afeta seres humanos. As

exportações de carne in natura são limitadas durante surtos a fim de evitar

prejuízos econômicos no mercado externo.

Esses esforços, contudo, não evitaram a descoberta de um caso de febre aftosa

no início de outubro de 2005 no sul do Estado do Mato Grosso do Sul, uma área

situada na zona livre com vacinação. Consequentemente, aproximadamente 57

países suspenderam ou restringiram suas importações de carne bovina in natura

do Brasil por prazo indeterminado (Fonte: jornal O Estado de São Paulo –

10/11/2006). Vários desses países (incluindo o Egito) baniram as importações

apenas do Estado do Mato Grosso do Sul, enquanto outros (incluindo a União

Europeia) também baniram a importação de carne bovina in natura dos Estados

vizinhos do Paraná e de São Paulo. Alguns outros países (incluindo o Chile e a

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África do Sul) suspenderam as importações de carne bovina in natura de todo o

Brasil.

Em 2007 e 2008, 17 estados brasileiros, que haviam perdido o status de livre de

febre aftosa com vacinação, tiveram seu status recuperado pela OIE (World

Organization for Animal Health). Santa Catarina é o único estado brasileiro com

o status de livre de febre aftosa sem vacinação.

No final de 2008, o Chile suspendeu o embargo contra a carne brasileira

(segundo o MAPA). O próximo passo para a retomada das exportações para o

Chile são as auditorias em fazendas, que já estão sendo feitas.

O Setor Mundial de Carne de Frango

Consumo

Segundo a USDA, a carne de frango é a segunda mais consumida do mundo, atrás

apenas da carne suína. Em 2009, foram consumidos 71,2 milhões de toneladas

de frango, crescimento de 13,9% em relação a 2005, de acordo com a mesma

fonte supracitada. Os maiores consumidores de carne de frango do mundo são os

Estados Unidos, seguido pela China, União Europeia, Brasil e México.

Produção

De acordo com o USDA, os EUA são os maiores produtores de carne de frango do

mundo seguidos pela China, Brasil e União Europeia.

Exportação

Desde 2004, o Brasil é o maior exportador de frango do mundo, segundo dados

compilados pelo USDA. No ano de 2009, as exportações brasileiras

representaram cerca de 38,5% das exportações mundiais de frango. O segundo

maior exportador são os Estados Unidos, seguido pela União Europeia e

Tailândia.

Importação

Segundo a USDA, o maior importador de frango do mundo é a Rússia, que

representou cerca de 11,3% das importações mundiais em 2009. A União

Europeia e Japão são o segundo e terceiro maiores importadores,

respectivamente. A região do Oriente Médio, principalmente países como Arábia

Saudita e Emirados Árabes, tem aumentado as importações de frango nos

últimos anos. Outro país que aumentou consideravelmente as importações em

2008, mais do que dobrando o volume em relação a 2007, foi a Venezuela.

Competitividade

A competitividade de um produtor de carne de frango no mercado internacional

sofre impacto significativo de sua estrutura de custos. O principal custo de

produção de aves é a ração à base de milho, correspondendo a mais de 60,0%

dos custos totais, segundo a CONAB. Outros fatores que afetam a

competitividade são custos de transporte e distribuição, além de barreiras

comerciais impostas por mercados importadores.

Barreiras Comerciais e Riscos Sanitários

As barreiras comerciais abrangem ações à importação de produtos brasileiros

(como na Rússia, por exemplo), tarifas protecionistas (como na União Europeia,

por exemplo), subsídios diretos e indiretos para produtores locais, exigências de

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licenças (como na China, por exemplo) e restrição total à importação. A maioria

dos países exige acordos sanitários com o Brasil antes de importar produtos

brasileiros (como é o caso dos Estados Unidos, o qual não possui acordos

sanitários com o Brasil relacionados a produtos suínos e aves).

Riscos sanitários envolvem surtos de doenças em aves. Os acordos bilaterais

sanitários variam de país para país. Surtos de doenças podem provocar barreiras

comerciais entre as nações. Principais surtos de doenças em aves são:

Doença de Newcastle: Doença contagiosa, afeta aves em qualquer idade. O vírus

pode afetar e causar lesões no sistema digestivo, respiratório e nervoso,

causando a morte da ave. A doença é atualmente combatida através de

vacinação. Fonte: Ministério da Agricultura.

Influenza ou Gripe Aviária: Doença contagiosa que afeta aves e pode contagiar

as pessoas que consomem a carne do frango contaminada. Atualmente, os casos

da doença concentram-se principalmente no sudeste asiático. O vírus da gripe

aviária pode ser destruído através do cozimento da carne da ave ou do ovo a

71ºC. Alguns países produtores de aves, como a Tailândia, responderam aos

surtos de gripe aviária mediante a mudança de sua produção de aves para a

produção de produtos cozidos. O comércio global de produtos de aves pode ser

negativamente afetado pela evolução da gripe aviária de alta patogenicidade (o

vírus H1N1), em especial na Ásia, mas também, mais recentemente, na Europa e

África. Desde o início de 2003, houve mais de 330 casos confirmados de gripe

aviária em humanos e mais de 200 mortes, de acordo com a Organização

Mundial da Saúde, tendo o número de mortes aumentado a cada ano desde

2003. Casos humanos foram registrados em vários países na Ásia, no Oriente

Médio e África em 2006, e diversos países na Europa registraram casos de gripe

aviária em pássaros. Até o momento, a gripe aviária não foi detectada no Brasil

ou em qualquer outro local do continente americano. Fonte: OMS.

O Setor de Carne de Frango no Brasil

Consumo

Segundo o USDA, o consumo de frango no Brasil totalizou 7,8 milhões de

toneladas em 2009, crescimento de 18,4% em relação a 2005. O país é o quarto

maior consumidor de carne de frango do mundo, com cerca de 11,0% do

consumo global. Em 2009, o Brasil consumiu aproximadamente 71,3% de sua

produção de carne de frango.

Produção

Segundo dados compilados pelo USDA, relacionados ao montante da produção

em toneladas, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial, além de principal

exportador de aves do mundo. Os volumes de produção, consumo e exportação

de aves aumentaram consideravelmente nos últimos cinco anos, e o Brasil

passou a ocupar o primeiro lugar como exportador mundial no ano de 2004. Em

2009, a produção de frangos brasileira atingiu 11,0 milhões de toneladas,

crescimento de 17,4% em relação a 2005.

O setor de aves enfrentou dificuldades ao longo do ano, com a queda nos

volumes e preços no mercado externo associada à desvalorização cambial do

ano que afetou os preços em dólar norte-americano. A partir do 2º semestre

verificou-se uma recuperação gradual, contudo, o ano encerrou abaixo dos

patamares verificados no ano de 2008.

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Laudo SP-0043/10-01 18

O mercado interno brasileiro mostrou-se flexível em relação ao consumo de

frangos, porém a maior oferta doméstica por conta da queda nos volumes

exportados associado a uma grande desvalorização do dólar norte-americano

também reduziu os preços internos no 1º semestre de 2009.

Exportação

No ano, as exportações de frango atingiram 3,6 milhões de toneladas, 0,3%

inferiores ao volume exportado em 2008. A receita atingiu US$ 5,8 bilhões,

16,3% inferior ao ano de 2008, devido à queda de 16,1% no preço médio, que

saiu de US$ 1.906/tonelada em 2008 para US$ 1.600/tonelada em 2009. Além da

lenta recuperação econômica em alguns destinos importantes, a volatilidade

cambial também foi responsável pela demorada recuperação no mercado de

exportação de aves.

Apesar de o Brasil ser o maior exportador de carne de frango do mundo, ainda

há espaço para o país aumentar suas exportações através do desenvolvimento

de novos canais de vendas no exterior, por exemplo, como a Malásia ou EUA.

Vantagens Competitivas

As principais vantagens competitivas dos produtores de frango brasileiros são:

• potencial de expansão do mercado local e das exportações;

• melhores margens em relação a outros grandes produtores, tais como

Europa, Estados Unidos e Tailândia, devido à combinação de amplo

acesso aos grãos usados na alimentação das aves (tanto em termos de

quantidade quanto em termos de preço) e como custo de mão de obra

inferior aos países mais desenvolvidos.

Barreiras Comerciais e Riscos Sanitários

Os produtores de frango do Brasil reportaram no início de 2009 casos de

aumento de protecionismo. Neste ano, já foram relatadas tentativas de barrar a

carne brasileira na Espanha, na África do Sul, no Canadá e a própria União

Europeia. As tentativas de protecionismo começaram a ser observadas a partir

de outubro do ano de 2008, mas ficaram mais visíveis este ano, porém, os casos

foram sanados (com exceção da discussão na UE). Atualmente, uma das maiores

preocupações do setor exportador de frango do Brasil recai sobre o movimento

da União Europeia para tentar aumentar as barreiras ao produto brasileiro.

Recentemente, o bloco começou a rediscutir o conceito de frango fresco para

impedir os produtores de industrializados "frescos" de usarem essa denominação

quando o produto for fabricado com frango congelado. Os Estados Unidos não

possuem acordos sanitários com o Brasil relacionados a produtos suínos e aves.

Em relação aos riscos sanitários, atualmente, o Brasil não apresenta Doença de

Newcastle e Gripe Aviária. No entanto, há uma crescente preocupação por parte

da ANVISA sobre o uso abusivo de antibióticos.

O Setor de Carne de Frango na Europa

A União Europeia (27 países membros) tem um papel relevante no setor mundial

de carne de frango. Segundo a USDA, UE-27 é a terceira maior consumidora de

carne de frangos do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China, com um

consumo de 8.610 mil toneladas no ano de 2009. A UE-27 é também a quarta

maior produtora dessa proteína no mundo (8.620 mil toneladas em 2009), a

segunda maior importadora e a terceira maior exportadora.

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Uma questão de muita relevância para o setor de carne de frango na UE-27 é a

preocupação com o meio-ambiente e com o bem-estar animal. Nos últimos anos,

com as mudanças climáticas, tem se intensificado a produção de

biocombustíveis, elevando assim preços de grãos. A Comissão Europeia tem

estabelecido medidas para padronizar a qualidade de processos de produção,

garantindo assim o bem-estar animal, a qualidade dos produtos e evitando o

surto de doenças.

Desempenho em 2009

A crise global afetou a economia europeia. Os efeitos das mudanças climáticas

na política e economia também geraram pressão na produção de alimentos. No

setor de carne de frango na Europa, as principais mudanças verificadas são:

• Consumidores cada vez mais preocupados com o meio ambiente;

• Políticas voltadas para a redução de impactos ambientais e com as

mudanças climáticas, minimizando os efeitos na indústria;

• Crescimento da população e da demanda global por alimentos e

combustíveis;

• Investimentos na indústria de carne de frango e consolidação do setor;

• Aumento do protecionismo e volatilidade cambial; e

• Com a crise, os consumidores têm migrado o consumo para alimentos

mais baratos, como a carne de frango.

O consumidor europeu apresentou uma clara mudança de comportamento

durante o período de crise. A redução do poder de compra da população

impulsionou a realização de refeições em casa, em detrimento do consumo fora

do domicílio, favorecendo as proteínas mais baratas como o frango, que

permanece com boas perspectivas para 2010. Segundo a AVEC (Associação dos

Produtores de Frango da Europa), a produção de frangos no Reino Unido ficou

estável, atingindo 1.216 mil toneladas em 2009, contra 1.214 em 2008. O

consumo per capita de frango também apresentou estabilidade, ficando em 23,6

kg/ano.

Em relação às exportações, a União Europeia enfrentou a competição de outros

países com custos de produção mais baixos, como Brasil, Tailândia, China e

EUA. A previsão da AVEC é de que as exportações de frango da Europa atinjam

610 mil toneladas, contra 740 mil estimadas em 2008, o que representa uma

queda de 17,6%. Essa queda é explicada pelos efeitos da crise, afetando

importantes mercados como Rússia e Ucrânia. A Rússia estabeleceu novas regras

sanitárias tornando-se necessária a aprovação de todas as companhias

exportadoras, o que ocasionou um atraso nos embarques. A Ucrânia, atingida

pela crise e a desvalorização da moeda, taxou em 13% todos os produtos

importados.

O Setor Mundial de Carne Suína

Consumo

Segundo o USDA, a carne suína é a proteína mais consumida no mundo. Em

2009, foram consumidas no mundo mais de 100 milhões de toneladas de carne

suína, contra 71,2 milhões de carne de frango e 57,5 milhões de carne bovina.

Os maiores consumidores de carne suína no mundo são os chineses,

representando cerca de 48,3% do consumo mundial em 2009. Na sequência, vem

a União Europeia, EUA, Rússia e Japão.

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Produção

De acordo com os dados do USDA, a China é o maior consumidor do mundo e

também o maior produtor de carne suína, produzindo quase que a totalidade de

seu consumo interno. A União Europeia é o segundo maior produtor, seguido

pelos EUA e Brasil.

Exportação

Atualmente, os EUA são os maiores exportadores de carne suína do mundo.

Segundo as estimativas da USDA, em 2008 os EUA exportaram 2,1 milhões de

toneladas de carne suína, correspondendo a 34,4% da exportação mundial. O

segundo maior exportador é a União Europeia, seguido pelo Canadá e Brasil.

Importação

Segundo o USDA, o maior importador de carne suína do mundo é o Japão,

representando cerca de 23,3% das importações mundiais, em 2009. Rússia,

México e Coreia do sul vêm em seguida.

Competitividade

A competitividade de um produtor de carne suína no mercado internacional

sofre impacto significativo de sua estrutura de custos. O principal custo de

produção de suínos é a ração, correspondendo a mais de 70,0% dos custos totais,

segundo dados da CONAB. Outros fatores que afetam a competitividade são

custos de transporte e distribuição, além de barreiras comerciais impostas por

mercados importadores.

Barreiras Comerciais e Riscos Sanitários

Assim como nos casos dos bovinos e frangos, no caso dos suínos, as barreiras

comerciais e riscos de doenças em animais oferecem riscos ao desempenho das

empresas do setor. As barreiras comerciais abrangem ações à importação de

produtos brasileiros, tarifas protecionistas, subsídios diretos e indiretos para

produtores locais, exigências de licenças e restrição total à importação. A

maioria dos países exige acordos sanitários com o Brasil antes de importar

produtos brasileiros (como é o caso dos Estados Unidos, que não possui acordos

sanitários com o Brasil relacionados a produtos suínos e aves).

Gripe A (H1N1) ou Gripe A: nos últimos meses, vários casos da Gripe A (H1N1),

conhecida inicialmente como “gripe A”, foram relatados em humanos

principalmente no México e Estados Unidos e, com menor número de casos, em

diversos outros países, incluindo o Brasil. Este vírus possui alta capacidade de

ser transmitido entre humanos e, tendo em vista que os meios de comunicação

nem sempre informam que o consumo de carne suína devidamente preparada

não é transmissor da gripe, as pessoas imediatamente criam uma certa

resistência a curto-prazo ao consumo de derivados do animal quando se dá à

gripe o nome de “gripe A”. Dessa forma, a primeira medida das pessoas é

diminuir o consumo desses produtos.

Febre Aftosa (Foot and Mouth Disease): O Brasil é dividido em zonas em relação

à presença da febre aftosa. Nos últimos sete anos, o Brasil progrediu muito em

seu controle da febre aftosa, principalmente considerando-se que praticamente

todo o território brasileiro foi afetado pela doença em 1998. Segundo o MAPA,

hoje, 59% do território nacional está livre de febre aftosa e 89% do gado

brasileiro está localizado em áreas livres da febre aftosa. Tal êxito se deve a

esforços governamentais para erradicar a doença e à maior preocupação dos

criadores de gado brasileiros, que resultaram no aumento dos níveis de

vacinação (em 2009, estima-se que o Brasil vacinará cerca de 96,8% de seu

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Laudo SP-0043/10-01 21

gado). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu o

Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa dentro da meta

de sua limitação no Continente Sul Americano até o ano de 2009, de acordo com

o Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa. É importante observar que

a febre aftosa é um problema de saúde animal e não afeta seres humanos. As

exportações de carne in natura são limitadas durante surtos a fim de evitar

prejuízos econômicos no mercado externo.

Azul Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos (PRRS) ou Doença da

Orelha Azul: A PRRS é uma enfermidade que pode causar abortos próximos ao

parto, partos prematuros, mumificação fetal, leitões fracos e natimortos,

infertilidade e sinais respiratórios em diversas faixas etárias, sendo endêmica

(persiste por muito tempo em uma população) em vários países. No Brasil, não

há evidências da existência da doença e, portanto, devem ser empenhados

esforços para evitar sua introdução, principalmente através da importação de

animais. A doença consta na Lista da OIE (junção das antigas listas A e B),

sendo, por esta razão, classificada como enfermidade de notificação

obrigatória.

Peste Suína Clássica: A Peste Suína Clássica (PSC), também conhecida como

febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença contagiosa e frequentemente

fatal dos suínos, e foi reconhecida pela primeira vez no século XIX e sua

etiologia viral foi estabelecida no início do século XX. Atualmente, algumas das

áreas ou países mais importantes na produção de suínos são livres de PSC, mas

apesar dos esforços para sua erradicação, a doença permanece endêmica ou

recorrente em outras áreas. A probabilidade de propagação da doença é maior

em áreas com alta densidade populacional suína. Em países onde a PSC é

endêmica, geralmente a vacinação é usada extensivamente para prevenção de

perdas, embora não seja um método efetivo para erradicação da doença.

O Setor de Carne Suína no Brasil

Consumo

Segundo a USDA, o consumo de suínos no Brasil totalizou 2,5 milhões de

toneladas em 2009, crescimento de 27,1% em relação a 2005. O país é o sexto

maior consumidor de carne suína do mundo, com cerca de 2,5% do consumo

global. Dados da USDA mostram que o consumo de carne suína vem crescendo

no Brasil, sendo que a previsão é que em 2010 o consumo atinja 2,549 milhões

de toneladas, superando o consumo do Japão. No mercado interno, houve uma

evolução no consumo per capita, encerrando o ano com 13,8 Kg per capita/ano

segundo a USDA.

Produção

Segundo a USDA, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador e sexto maior

consumidor de suínos do mundo, e apesar de apresentar alta competitividade no

seu processo produtivo, esse segmento sofre com as restrições sanitárias dos

principais mercados. Como alternativa, o País exporta principalmente para

outros mercados, como Rússia e Hong Kong.

O setor de suínos enfrentou dificuldades em longo do ano, com a queda nos

volumes e preços no mercado externo associada à desvalorização cambial do

ano, que afetou os preços em dólar norte-americano. A partir do 2º semestre

verificou-se uma recuperação gradual, contudo, o ano encerrou abaixo dos

patamares verificados no ano de 2008.

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Laudo SP-0043/10-01 22

O mercado interno brasileiro mostrou-se flexível em relação ao consumo de

suínos, porém a maior oferta doméstica por conta da queda nos volumes

exportados associado a uma grande desvalorização do dólar norte-americano

também reduziu os preços internos no 1º semestre de 2009.

Segundo a ABIPECS (Associação Brasileiras da Indústria Produtora e Exportadora

de Carne Suína), os principais fundamentos da cadeia suína brasileira em 2009

foram: o aumento robusto da produção, devido principalmente ao aumento da

produtividade resultante de avanços tecnológicos, a maior oferta das carnes

concorrentes a preços competitivos, a comercialização prejudicada pela crise

econômico-financeira, a acentuada queda nos preços, a valorização do Real e a

forte pressão sobre os custos no primeiro semestre.

Exportação

Em 2009, foram exportadas 607.500 mil toneladas, representando uma elevação

de 14,7% sobre 2008. A receita gerada com as exportações de carne suína teve

uma queda de 17%, pela redução de 27,7% no preço médio, saindo de US$

2.794/ tonelada em 2008 para US$ 2.019/ tonelada em 2009. Os principais

importadores da carne suína brasileira continuam sendo a Rússia, Hong Kong e

Angola.

A diminuição dos estoques em alguns importantes importadores e a melhora na

oferta de crédito na Rússia trouxeram efeitos positivos para as exportações já

no 1º trimestre de ano. Os volumes já seguem uma tendência de alta, sendo que

os preços ainda não demonstraram um processo de recuperação.

Barreiras Comerciais e Riscos Sanitários

Segundo a ABIEC e de acordo com as diretrizes estabelecidas pela OIE, o Brasil é

dividido em zonas em relação à presença da febre aftosa. Nos últimos sete anos,

o Brasil progrediu muito em seu controle da febre aftosa, principalmente

considerando-se que praticamente todo o território brasileiro foi afetado pela

doença em 1998.

A demanda global por produtos de aves, suínos e de carne bovina provenientes

do Brasil sofre impactos significativos de barreiras comerciais, exigências

sanitárias e barreiras relacionadas a doenças, a questões religiosas e condições

econômicas, além de outros fatores, conforme o mercado para o qual o produto

será exportado. As barreiras comerciais abrangem ações à importação de

produtos brasileiros (como na Rússia, por exemplo), tarifas protecionistas (como

na União Europeia, por exemplo), subsídios diretos e indiretos para produtores

locais, exigências de licenças (como na China, por exemplo) e restrição total à

importação. A maioria dos países exige acordos sanitários com o Brasil antes de

importar produtos brasileiros (como é o caso dos Estados Unidos, o qual não

possui acordos sanitários com o Brasil relacionados a produtos suínos e aves).

Além disso, os surtos de doenças animais podem resultar em barreiras à

importação (como é o caso da Rússia, que impediu a importação de produtos

suínos brasileiros tendo em vista a febre aftosa que afetou o gado em dois

estados brasileiros). O Oriente Médio, que consiste em uma região ativa para a

venda de aves por produtores brasileiros, não importa produtos suínos devido à

restrição da religião muçulmana ao consumo de carne de porco. Acima de tudo,

as condições econômicas de determinado mercado de exportação (seja ele

nacional ou regional) podem influenciar a demanda por todos os tipos de

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Laudo SP-0043/10-01 23

produtos suínos, de carne bovina e aves, como também por produtos

processados.

Matéria Prima

Grãos

Segundo os dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), de janeiro a

dezembro de 2009, o preço médio da saca do milho (60Kg) no atacado, no

estado de SP, foi de R$ 18,77, o que representa uma queda de 21,8% em relação

a 2008, quando foi de R$ 24,01. Já a soja apresentou uma elevação de 4%,

saindo de R$ 42,43 em 2008 para R$ 44,15 em 2009.

De acordo com a última pesquisa realizada pela CONAB no período de 15 a 26 de

março de 2010, a soja apresentou a maior safra 2009/10, além da maior

elevação em área plantada. A expectativa é um crescimento de 6,8% na área

plantada e 17,9% na safra, alcançando 67,3 milhões de toneladas, ou 10,2

milhões de toneladas a mais que as 57,21 milhões em 2008/2009. Para o milho,

é esperado uma redução de 13,3% na área plantada durante a safra 2009/10,

sendo impactado negativamente pelos atuais preços baixos e elevados níveis de

estoques. A CONAB estima um decrescimento de 0,7% na produção do milho em

2009/2010 comparado com 2008/2009.

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Laudo SP-0043/10-01 24

7. AVALIAÇÃO - COTAÇÃO MÉDIA DAS AÇÕES EM BOLSA

A SEARA era uma empresa limitada e, portanto, não possuía ações negociadas em bolsa e em balcão organizado.

Esta metodologia não se aplica nesta análise.

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Laudo SP-0043/10-01 25

8. AVALIAÇÃO - VALOR DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A MERCADO POR AÇÕES

Foi adotada no presente laudo a abordagem dos ativos para a avaliação do Patrimônio Líquido consolidado, a valor de mercado, da SEARA. Foram adotadas as seguintes

premissas para os valores de mercado, conforme quadros abaixo:

EVENTOS E AJUSTES CONSIDERADOS NA AVALIAÇÃO

As Demonstrações Contábeis auditadas tomadas como base para o presente laudo foram preparadas pela Sociedade já com a adoção pelo cumprimento integral

da Lei nº11. 638/07. O quadro a seguir apresenta os critérios gerais definidos para avaliação de cada conta e/ou grupo de contas das empresas envolvidas na

operação:

GRUPO DE CONTAS PREMISSAS CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

GERAL Contas com valor inferior à R$100 mil não foram analisadas, mantendo-se

o valor contábil, com exceção daquelas consolidadas em algum grupo

específico.

Valor de mercado idêntico ao contábil.

Disponibilidades Representados por:

• Caixa e Bancos

• Equivalentes a Caixa – Investimentos de curto prazo, com

vencimentos originais de noventa dias ou menos e prontamente

conversíveis em caixa.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

Contas a Receber de Clientes

Representado substancialmente por:

• Contas a Receber de clientes em moeda nacional e

estrangeira, registrados pelo valor faturado e não tem

incidência de juros e líquido de provisão para devedores

duvidosos.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

Estoques Representados substancialmente por:

• Produtos acabados

Avaliados pelos seguintes critérios:

• Produtos acabados – Valor de venda

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Laudo SP-0043/10-01 26

• Produtos em elaboração

• Matéria – prima

• Animais em formação para abates

• Outros

• Provisão para perdas

líquido dos impostos e despesas de

comercialização.

• Demais itens - Valor de mercado

idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado

relevante.

Impostos a Compensar Representado por:

• Imposto de Renda e Contribuição Social, Diferidos – Apurados

sobre diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa

da contribuição social.

• Créditos Tributários – Compostos por:

ICMS

IPI

Antecipação de imposto de renda e contribuição social

PIS e COFINS

Outros

Saldo ajustado pela reversão das provisões para

imposto de renda e contribuição social diferidos.

Despesas Pagas Antecipadamente Representado substancialmente por:

• Prêmios de seguros e outras despesas antecipadas.

Os saldos foram anulados.

Partes Relacionadas Representado substancialmente por operações de vendas mercantis para

sua controlada e relacionadas.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

Participação em Controladas Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

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Laudo SP-0043/10-01 27

Outros Investimentos Representado por direitos de uso de telefone. Saldo anulado.

Construções Benfeitorias e

instalações

Representado pelas obras civis, instalações hidráulicas e elétricas e

utilidades.

Valor de Mercado.

Máquinas e Equipamentos Representado por todos os equipamentos de processo. Valor de Mercado.

Plantéis e Matrizes e Aves em

Formação.

Representado por plantéis e matrizes em período de formação e já em

ciclo de produção.

Mantido pelo valor contábil por estar próximo ao

valor de mercado.

Terrenos

Representado substancialmente pelos diversos terrenos que compõem as

plantas, localizados em áreas rurais e urbanas.

Valor de mercado.

Móveis e Utensílios, Computadores,

Veículos e Outros

Ativos considerados de pouca relevância para o negócio com prazos de

depreciação adequados para a vida útil da categoria.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

Intangível

Representados substancialmente por:

• Sistemas de Processamento de Dados

• Marcas e Patentes

• Sistemas de Processamento de Dados –

Valor contábil idêntico ao contábil.

• Marcas e Patentes - Valor econômico.

Empréstimos, Financiamentos e

Instrumentos Financeiros Derivativos

Representados por Financiamentos nacionais e estrangeiros e

instrumentos financeiros derivativos.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

Fornecedores Representado saldos a pagar a fornecedores cujos prazos de pagamento

são curtos.

Valor de mercado idêntico ao contábil por não

apresentar sinal de ajuste a mercado relevante.

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Laudo SP-0043/10-01 28

Impostos, Taxas, Contribuições e

Impostos Diferidos.

Representado por diversos tributos a pagar ou diferidos. Ajustado pelo IR/CS incidentes sobre os ajustes a

mercado sujeitos a este tipo de tributação.

Pessoal, Encargos e Benefícios

Sociais, provisão para férias e 13º

salário.

Representado substancialmente por provisões sobre folha de pagamento

e encargos.

Mantido o valor contábil. Valor de mercado idêntico

ao contábil por não apresentar sinal de ajuste a

mercado relevante.

Provisão para Contingências Representada pelo saldo das provisões para contingências cujos riscos são

classificados como PROVÁVEIS líquido dos depósitos judiciais, efetuados

por exigência legal ou por uma opção de cautela.

Na avaliação das Sociedades as contingências classificados segundo as

chances de ocorrência de sua exigibilidade com grau de risco POSSÍVEL

ou REMOTO, não são provisionadas, apesar de em alguns casos, assuntos

semelhantes podem estar enquadrados em diferentes classificações de

grau de risco, fato justificado pela situação fática e processual peculiar

de cada processo, no entanto, em algumas situações, por exigência legal

ou por uma opção de cautela, são efetuados depósitos judiciais.

Mantido o valor contábil. Valor de mercado idêntico

ao contábil por não apresentar sinal de ajuste a

mercado relevante.

Outras Contas a Pagar Substancialmente representado por fretes e outras contas a pagar.

Mantido o valor contábil. Valor de mercado idêntico

ao contábil por não apresentar sinal de ajuste a

mercado relevante.

Patrimônio Líquido • Capital, Reservas e Prejuízos Acumulados

• Ajustes a Mercado – Resultado da avaliação dos Bens Direitos e

Obrigações, avaliados a mercado, líquido dos efeitos

tributários.

Ajustado pelos efeitos das mais valias líquidas

tributadas, quando aplicável, pelo IR/CS.

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Laudo SP-0043/10-01 29

ATIVO CIRCULANTE 763.641 6.717 770.358

Caixa e Equivalente de Caixa 33.208 - 33.208

Instrumentos Financeiros 15.599 - 15.599

Contas a Receber de Clientes 131.664 - 131.664

Estoques 430.686 6.717 437.403

Partes Relacionadas 79.738 - 79.738

Impostos a Compensar 13.393 - 13.393

Despesas pagas antecipadamente 1.122 - 1.122

IR/CS sobre Diferenças Temporárias 8.566 - 8.566

Outros 49.666 - 49.666

ATIVO NÃO CIRCULANTE 913.197 1.367.340 2.280.537

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 166.142 - 166.142

Impostos a Recuperar 153.356 - 153.356

IR/CS sobre Diferenças Temporárias - - -

Outros Créditos 12.786 - 12.786

PERMANENTE 747.055 1.367.340 2.114.395

Investimentos 93.678 - 93.678

- Participações em Controladas: 93.420 - 93.420

- SEARA Internacional 100,00% 93.420 - 93.420

- Outros Investimentos 258 - 258

Imobilizado 647.753 772.759 1.420.512

- Terrenos 22.208 93.310 115.518

- Construções e Benfeitorias e Instalações 263.084 593.662 856.746

- Máquinas e Equipamentos 270.519 82.898 353.417

- Veículos 6 35 41

- Móveis e Utensílios e Computadores 8.679 2.854 11.533

- Plantéis e Matrizes 11.233 - 11.233

- Aves em Crescimento e Postura 53.416 - 53.416

- Florestamento e Reflorestamento 3.646 - 3.646

- Outros 3.183 - 3.183

- Obras em Andamento 11.508 - 11.508

- Adiantamentos a Fornecedores 271 - 271

Intangível 5.624 594.581 600.205

- Ágios - - -

- Sistemas de Processamento de Dados 5.001 - 5.001

- Marcas e Patentes 623 594.581 595.204

- Outros Intangíveis - -

TOTAL DO ATIVO 1.676.838 1.374.057 3.050.895

SEARA ALIMENTOS S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PRO FORMA

BALANÇO PATRIMONIAL (REAIS MIL) SALDOS EM 31/12/2009

(*)

AJUSTES A MERCADO

SALDOS AJUSTADOS

PASSIVO CIRCULANTE 679.349 - 679.349

Empréstimos e Financiamentos 385.127 - 385.127

Fornecedores 153.765 - 153.765

Impostos, Taxas e Contribuições 15.988 - 15.988

Dividendos a Pagar - - -

Salários e Férias a Pagar 47.426 - 47.426

Partes Relacionadas 16.313 - 16.313

Pessoal, Encargos e Benefícios Sociais - - -

Valores a Pagar de Contratos Futuros - - -

Impostos Diferidos - - -

Outras Obrigações 60.730 - 60.730

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 455.423 467.179 922.602

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 455.423 467.179 922.602

Empréstimos e Financiamentos 21.458 - 21.458

Plano de Benefícios a Empregados - - -

Provisão para Contingências 428.518 - 428.518

Plano de Opção de Compra de Ações - - -

Dívidas com Pessoas Ligadas - - -

Impostos Diferidos - 467.179 467.179

Outras Obrigações 5.447 - 5.447

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 542.066 906.878 1.448.944

Capital Social 1.564.940 - 1.564.940

Ajustes de Avaliação Patrimonial (1.441) - (1.441)

Prejuizos Acumulados (584.473) - (584.473)

Ajustes Balanço de Abertura (436.960) (436.960)

Ajustes a Mercado - 906.878 906.878

TOTAL DO PASSIVO 1.676.838 1.374.057 3.050.895

SEARA ALIMENTOS S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PRO FORMA

BALANÇO PATRIMONIAL (REAIS MIL) SALDOS EM 31/12/2009

(*)

AJUSTES A MERCADO

SALDOS AJUSTADOS

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Laudo SP-0043/10-01 30

9. AVALIAÇÃO - VALOR DO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

A abordagem da renda para o atendimento ao critério de avaliação do Lucro Líquido por ação, não se aplica no caso da SEARA, já que a mesma apresentou prejuízo nos

dois exercícios sociais anteriores à data de aquisição. O artigo 256 da Lei das S/A limita a avaliação por este critério, conforme segue: “c) valor do lucro líquido da

ação ou quota, que não poderá ser superior a 15 (quinze) vezes o lucro líquido anual por ação (artigo 187 n. VII) nos 2 (dois) últimos exercícios sociais, atualizado

monetariamente.”

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Laudo SP-0043/10-01 31

10. AVALIAÇÃO - VALOR DE AQUISIÇÃO POR AÇÃO DA SEARA

O valor a ser pago pela MARFRIG por ações equivalentes a 100% do capital social da SEARA foi de R$ 1.291 milhões.

Considerando o Patrimônio Líquido contábil de MARFRIG na data base de 31.12.2009 no valor de R$ 4.184 milhões, o preço de compra em SEARA será superior a 10%

do seu Patrimônio Líquido contábil, portanto caracterizando um investimento relevante, conforme disposto nos artigo 256, Inciso I e artigo 247 § único.

Valor de Aquisição por

AçãoValor de Aquisição

Número de Ações

AdquiridasNúmero Total de Ações

0,83R$ 1.291.481.203,00R$ 1.564.940.000 1.564.940.000

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Laudo SP-0043/10-01 32

11. CONCLUSÃO

À luz dos exames realizados na documentação anteriormente mencionada e

tomando por base estudos da APSIS, concluíram os peritos que o valor a ser pago

pela MARFRIG por ação da SEARA, conforme tabela ao lado, não ultrapassa uma

vez e meia o maior dos três valores calculados, de acordo com as metodologias

previstas no artigo 256, II da Lei 6.404/76 (Lei das S.A.), na data base de 31 de

dezembro de 2009, portanto não sujeito ao direito de retirada do acionista

dissidente conforme disposto no § 2º do artigo acima mencionado.

Conforme o artigo 256, §2º combinado com o artigo 137, II ambos da lei das

S.A., também conclui-se que não haverá direito de retirada uma vez que as

ações da Marfrig Alimentos S.A. apresentam liquidez, por integrar índice geral

representativo de carteira de valores mobiliários (Índice Bovespa e IBRX50), e

possuem dispersão, considerando que seu acionista controlador detém menos da

metade de seu capital social.

Estando o laudo SP-0043/10-01 concluído, composto por 33 (trinta e três)

folhas digitadas de um lado e 02 (dois) anexos, a APSIS Consultoria Empresarial

Ltda., CREA/RJ 82.2.00620-1 e CORECON/RJ RF/2.052-4, empresa especializada

em avaliação de bens, abaixo representada legalmente pelos seus diretores,

coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que, porventura, se

façam necessários.

Rio de Janeiro, 28 de março de 2011.

Valor da cotação média das ações em bolsa nos últimos 90 diasnão aplicável

Valor do patrimônio líquido por ação, avaliado a preços de mercado

R$ 0,93

Valor do Lucro líquido por açãonão aplicável

Valor de aquisição por ação Comparação com o valor de aquisição

R$ 0,83 0,89

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Laudo SP-0043/10-01 33

12. RELAÇÃO DE ANEXOS

1. CÁLCULOS DOS INTANGÍVEIS

2. GLOSSÁRIO E PERFIL DA APSIS

SÃO PAULO – SP Av. Angélica, nº 2.503, Conj. 42 Consolação, CEP: 01227-200 Tel.: + 55 11 3666.8448 Fax: + 55 11 3662.5722

RIO DE JANEIRO – RJ Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar Centro, CEP: 20011-001 Tel.: + 55 21 2212.6850 Fax: + 55 21 2212.6851

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ANEXO 1

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Laudo SP-0043/10-01 1

1. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO - ATIVOS INTANGÍVEIS

O reconhecimento da importância dos ativos intangíveis no mundo

dos negócios tem crescido velozmente, pois cada vez mais as

empresas têm sido negociadas em função dos seus ativos off-balance.

O trabalho de avaliação de propriedade intelectual e ativos

intangíveis não se dispõe a determinar com exatidão um valor

específico, mas sim reunir o maior número possível de dados e

informações sobre o negócio e seu mercado, que juntos, analisados e

modelados, permitam ao avaliador determinar um valor provável

para o objeto em estudo, em função das características específicas

da situação e finalidade estudada.

Todas as empresas possuem um portfólio de ativos, que são

responsáveis pela realização e continuidade das operações, visando

uma geração de lucros que represente um retorno satisfatório sobre

o capital investido. Estes ativos são divididos em três categorias:

Ativos monetários – representados pelo capital circulante líquido,

que é a diferença entre o ativo circulante (caixa, investimentos

de curto prazo, duplicatas a receber, estoques etc.) e o passivo

circulante (fornecedores, contas a pagar, imposto de renda etc.).

Ativos fixos (tangíveis) – são aqueles que podem ser tocados, ou

seja, possuem existência física. Incluem as máquinas e

equipamentos, terrenos, veículos, imóveis, entre outros;

Ativos intangíveis e propriedade intelectual – os ativos intangíveis

são aqueles que não possuem existência física, mas proporcionam

direitos e privilégios aos seus possuidores. São representados

principalmente pela carteira de clientes, contratos,

relacionamento com os clientes, franchising etc. A propriedade

intelectual geralmente se refere às marcas e patentes,

copyrights e know-how. Representa uma classificação especial

dentro dos ativos intangíveis, pois seu proprietário é protegido

por lei contra a exploração ilegal por terceiros da propriedade

intelectual.

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Laudo SP-0043/10-01 2

Todas as abordagens para a avaliação de ativos partem do princípio

de substituição. Este princípio presume que um comprador prudente

não irá pagar por uma propriedade um valor maior do que o custo de

aquisição de uma propriedade substituta com a mesma utilidade.

A partir do princípio de substituição, são definidos três tipos de

abordagens que podem ser utilizadas para a determinação de valor

de um ativo intangível. Para cada avaliação deve ser escolhida a

abordagem mais adequada podendo, no entanto, serem utilizadas em

conjunto. São elas:

Abordagem de mercado - visa comparar o ativo em análise a outros

análogos recentemente vendidos ou em oferta;

Abordagem de custo - mede o investimento necessário para reproduzir

um ativo semelhante, que apresente uma capacidade idêntica de

geração de benefícios;

Abordagem da renda - define o valor do ativo como sendo o valor atual

dos benefícios futuros que resultam do seu direito de propriedade.

No caso específico da avaliação das marcas registradas da, foi

escolhida como metodologia uma derivação da abordagem da renda

para avaliação de marcas, recomendada quando a indústria tem

como prática comum o pagamento de royalties. Esta abordagem,

conhecida como “suspensão de royalty” (relief-from-royalty

approach), tem como base o fluxo de caixa incremental após

impostos derivado do fato da empresa não ter que pagar royalties a

terceiros pela utilização de determinada marca. Como existe um

mercado mundial ativo de royalties, consegue-se desta maneira

segregar o valor das marcas de outros ativos intangíveis menos

explícitos que participam da geração de caixa de uma empresa, como

o fundo de comércio (goodwill). O valor de mercado (fair value) da

marca pode então ser atribuído ao fluxo de caixa gerado por estas

economias, trazido a valor presente através de uma taxa de desconto

que represente o risco associado. Como marcas não possuem uma

vida mensurável, é também acrescentada uma perpetuidade ao fluxo

de caixa.

TAXA DE DESCONTO

A taxa de desconto a ser utilizada para calcular o valor presente dos

rendimentos determinados no fluxo de caixa projetado representa a

rentabilidade mínima exigida pelos investidores considerando que a

empresa será financiada parte por capital próprio que irá exigir uma

rentabilidade maior que a obtida numa aplicação de risco padrão e

parte por capital de terceiros.

Esta taxa é calculada pela metodologia WACC - Weighted Average

Cost of Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado

pela média ponderada do valor de mercado dos componentes da

estrutura de capital (próprio e de terceiros), descrito a seguir:

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Laudo SP-0043/10-01 3

Custo do capital próprio

Ke = Rf + beta*(Rm – Rf) + Rs + Rp

Rf Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do Tesouro Americano para títulos de 10 anos, líquida da inflação americana de longo prazo

Rp Risco País – representa o risco de se investir num ativo no país em questão em comparação a um investimento similar em um país considerado seguro.

Rm Risco de mercado – mede a valorização de uma carteira totalmente diversificada de ações para um período de 30 anos.

Rs Prêmio pelo tamanho define um risco adicional dependendo do porte da empresa avaliada.

beta Ajusta o risco de mercado para o risco de um setor específico.

beta alavancado Ajusta o beta do setor para o risco da empresa.

Custo do capital de terceiros

kd = CDI

CDI CDI – Certificado de Depósito Interbancário. são os títulos de emissão dos bancos, que lastreiam as operações do mercado interbancário

Taxa de desconto

WACC = (Ke x We) + Kd (1 –t) x Wd

ke = Custo do capital próprio.

kd = Custo do capital de terceiros.

We = Percentual do capital próprio na estrutura de capital.

Wd = Percentual do capital de terceiros na estrutura de capital.

T = Taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social da companhia.

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Laudo SP-0043/10-01 4

2. AVALIAÇÃO DAS MARCAS DA SEARA

De acordo com a metodologia descrita anteriormente, foram selecionados os portfólios ou famílias de marcas de propriedade da SEARA, no

segmento de industrializados:

As premissas adotadas para a projeção do fluxo de caixa gerado pelas economias de royalties (Anexo 1), de acordo com a metodologia utilizada,

estão detalhadas no quadro abaixo:

PREMISSAS PARA PROJEÇÃO – MARCAS SEARA:

PARÂMETRO PREMISSAS LÓGICA

ROYALTY Aplicada a taxa de 3,6% a.a. sobre a Receita Operacional

Líquida para produtos industrializados, tanto no mercado

interno, como no mercado externo.

Os royalties variam de 2% a 5% sobre a ROL na

indústria de alimentos industrializados, de

acordo com a média analisada;

De modo conservador, optamos por utilizar a

taxa de royalty média do amostra analisada;

Para os demais segmentos não foram aplicados

royalties, uma vez que foi considerado que a

marca não exerce influência na venda de

produtos in natura, entre outros.

VOLUME DE VENDAS O volume de vendas foi projetado para família de produtos

industrializados pertencentes à SEARA , conforme fluxo anexo.

Recuperação do mercado consumidor com o

reaquecimento da economia brasileira e global,

influenciando o aumento de consumo de

produtos proteinados;

Variação de volume de acordo com as projeções

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Laudo SP-0043/10-01 5

plurianuais da empresa.

RECEITA OPERACIONAL

LÍQUIDA (ROL)

A ROL é o volume de vendas em cada família multiplicado pelo

preço líquido de descontos, abatimentos, devoluções e

tributos.

De acordo com projeções plurianuais da

empresa, considerando impacto inflacionário.

ROL – MARCAS PRÓPRIAS Para a ROL projetada em cada família, foi aplicado o market

share relativo às marcas próprias.

Segmentar apenas a ROL proveniente das

marcas próprias, objeto desta análise.

ROYALTIES SAVINGS ROL de industrializados x 3,6% x (1-34%) – que é a taxa de IR +

CSSL aplicável.

Demonstração das economias geradas por cada

marca

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTO

Foi calculada pela metodologia WACC - Weighted Average Cost of

Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média

ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de

capital (próprio e de terceiros) a taxa real de desconto em moeda

constante no Brasil de 13,3% a.a.

VALOR DAS MARCAS

A partir do Fluxo de Caixa das economias geradas pelo não

pagamento de royalty da marca, projetado para os próximos 10 anos,

e do valor residual deste fluxo a partir de então (considerando uma

taxa de crescimento na perpetuidade de 4,5% ao ano), descontamos

estes valores a valor presente, utilizando a taxa de desconto real

descrita no item anterior, chegando aos seguintes valores para cada

marca própria:

crescimento na perpetuidade 4,5%

taxa de desconto (a.a.) 13,3%

VALOR TOTAL DA MARCA SEARA 594.581

VALOR TOTAL DA MARCA SEARA (R$ MIL)

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - BALANÇO 31.12.2009

SEARA ALIMENTOS LTDA (R$ MIL)BALANÇO 31/12/2009ATIVO 1.774.183 PASSIVO 1.774.183

CIRCULANTE 780.269 CIRCULANTE 679.349

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 33.208 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 385.127INSTRUMENTOS FINANCEIROS 15.599 INSTRUMENTOS FINANCEIROS -CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 131.664 FORNECEDORES 153.765ESTOQUES 455.879 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 15.988PARTES RELACIONADAS 79.738 SALÁRIOS E FÉRIAS A PAGAR 47.426IMPOSTOS A RECUPERAR 13.393 PARTES RELACIONADAS 16.313DESPESAS ANTECIPADAS 1.122 OUTRAS CONTAS A PAGAR 60.730OUTROS CRÉDITOS 49.666 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -

REALIZÁVEL LONGO PRAZO 246.859 EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO 115.808EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 21.458

IMPOSTOS A RECUPERAR 234.073 PROVISÃO PARA CONTIGÊNCIA 88.903OUTROS CRÉDITOS 12.786 OUTRAS CONTAS A PAGAR 5.447

PERMANENTE 747.055 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 979.026INVESTIMENTOS 93.678IMOBILIZADO 647.753 CAPITAL SOCIAL 1.564.940INTANGÍVEL 5.624 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL -1.441

LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS -584.473

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 1/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - DRE 31.12.2009

DRE - 31/12/2009

RECEITA BRUTA 2.994.924Vendas de Produtos 2.984.575Serviços Prestados 10.349

DEDUÇÕES -223.032 Impostos sobre as vendas -173.786 Devoluções e abatimentos -49.246

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.771.892

CMV -2.679.254

LUCRO BRUTO 92.638

RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS -424.468 Vendas -275.157 Gerais e Administrativas -119.037 Resultado Financeiro Líquido -55.524 Resultado da Equivalência Patrimonial 22.967Outras Despesas/Receitas Operacionais 2.284

PREJUÍZO ANTES DO IR/CSLL -331.830 Imposto de Renda e Contribuição Social -767

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO -332596,8

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 2/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - DADOS SEARA

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019MERCADO INTERNOINDUSTRIALIZADOS 196 216 237 249 262 270 278 286 295 303

MERCADO EXTERNOINDUSTRIALIZADOS 12 17 20 19 18 16 15 16 16 16

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019MERCADO INTERNOINDUSTRIALIZADOS 4,6 4,8 5,0 5,3 5,5 5,8 6,0 6,3 6,6 6,9

MERCADO EXTERNOINDUSTRIALIZADOS 5,0 5,3 5,5 5,8 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019MERCADO INTERNO 906 1.042 1.197 1.314 1.441 1.551 1.670 1.797 1.935 2.082INDUSTRIALIZADOS 906 1.042 1.197 1.314 1.441 1.551 1.670 1.797 1.935 2.082

MERCADO EXTERNO 59 87 109 108 106 102 100 107 113 121INDUSTRIALIZADOS 59 87 109 108 106 102 100 107 113 121

FATURAMENTO TOTAL SEARA 965 1.129 1.306 1.422 1.547 1.654 1.770 1.904 2.048 2.203

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

DIVISÃO BOVINO BRASIL 0 841 967 1.061 1.164 1.253 1.349 1.452 1.563 1.682

DIVISÃO ARGENTINA 0 30 34 38 41 45 48 52 56 60

DIVISÃO URUGUAI/CHILE/ZENDA 0 4 5 5 6 6 6 7 8 8

DIVISÃO EUROPA 0 166 191 209 229 247 266 286 308 331

FATURAMENTO TORAL MARFRIG 0 1.041 1.197 1.313 1.441 1.551 1.669 1.797 1.934 2.081

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Desc. e Abat. / Devoluções (%) -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1% -1,1%

Tributos sobre a ROB (%) -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0% -13,0%

VOLUME DE VENDAS - SEARA (Tons)

PREÇO MEDIO (R$ / Kg)

FATURAMENTO SEARA (R$ MM)

OUTROS DADOS OPERACIONAIS

FATURAMENTO MARFRIG (R$ MM)

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 3/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - TAXA DE DESCONTO

ESTRUTURA DE CAPITAL

EQUITY 51,9%

DEBT 48,1%

EQUITY + DEBT 100,0%

TAXA LIVRE DE RISCO (Rf) 4,3%

BETA d 0,52

BETA r 0,84

PRÊMIO DE RISCO (Rm - Rf) 5,7%

RISCO BRASIL 1,8%

PRÊMIO PELO TAMANHO (Rs) 0,9%

DIFERENCIAL DA INFLAÇÃO 2,5%

Re (=) 14,3%

CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

( ) ,

CUSTO DA DÍVIDA

CDI 12,3%

Rd (=) 12,3%

WACC

CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 14,3%

CUSTO DA DÍVIDA 12,3%

TAXA DE DESCONTO NOMINAL (=) 13,3%

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 4/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - ROYALTY

PROPRIETÁRIO LICENCIANTE OBJETO DA LICENÇA RAMO DE ATIVIDADETAXA DE

ROYALTY (% RECEITA)

Atlas International Food and Equipment Co. Inc. Mexican Foods Inc. and Sparta Foods Inc. Preparação de alimentos e produtos semelhantes Alimentos entre 2% e 3%Bestfoods Hibernia Foods PLC Congelados Alimentos 5%Olympia Dukakis Famous Fixings Inc Mercearias e produtos relacionados Alimentos 5%RSPCA Australia Pastoral Pork Company n/a Alimentos 2%

Taxa Aplicada 3,6%

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 5/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - FLUXO DO INTANGÍVEL

ROL - MARCAS PRÓPRIAS ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

R$ milhões 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Faturamento 965 2.170 2.503 2.735 2.988 3.204 3.439 3.701 3.982 4.284

Desc. e Abat. / Devoluções (%) -11 -25 -28 -31 -34 -36 -39 -42 -45 -49

Receita Operacional Bruta 954 2.145 2.475 2.704 2.954 3.168 3.400 3.659 3.937 4.236

Tributos sobre a ROB (%) -124 -278 -321 -351 -384 -411 -441 -475 -511 -550

Receita Operacional Líquida 830 1.867 2.153 2.353 2.571 2.757 2.959 3.184 3.426 3.686

Royalty aplicado sobre ROL (%) 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6%

Imposto de Renda e Contribuição Social 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0% 34,0%

Royalties Savings - after tax 19,9 44,7 51,5 56,3 61,5 66,0 70,8 76,2 82,0 88,2

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 6/7

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LAUDO DE AVALIAÇÃO SP-0043/10-01 ANEXO - VALOR DO INTANGÍVEL

crescimento na perpetuidade 4,5%taxa de desconto (a.a.) 13,3%VALOR TOTAL DA MARCA SEARA 594.581

VALOR TOTAL DA MARCA SEARA (R$ MIL)

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 7/7

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ANEXO 2

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ABL – área bruta locável. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Abordagem da renda - método de avaliação pela conversão a valor presente de benefícios econômicos esperados. Abordagem de ativos - método de avaliação de empresas onde todos os ativos e passivos (incluindo os não contabilizados) têm seus valores ajustados aos de mercado. Também conhecido como patrimônio líquido a mercado. Abordagem de mercado - método de avaliação no qual são adotados múltiplos comparativos derivados de preço de vendas de ativos similares. Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou goodwill) - benefícios econômicos futuros decorrentes de ativos não passíveis de serem individualmente identificados nem separadamente reconhecidos. Amortização - alocação sistemática do valor amortizável de ativo ao longo de sua vida útil. Amostra – conjunto de dados de mercado representativos de uma população. Aproveitamento eficiente – aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, em uma data de referência, observada a tendência mercadológica nas circunvizinhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente. Área equivalente de construção - área construída sobre a qual é aplicada a equivalência de custo unitário de construção correspondente, de acordo com os postulados da ABNT. Área homogeneizada - área útil, privativa ou construída com tratamentos matemáticos, para fins de avaliação, segundo critérios baseados no mercado imobiliário. Área privativa - área útil acrescida de elementos construtivos (tais como paredes, pilares etc.) e hall de elevadores (em casos particulares).

Área total de construção – resultante do somatório da área real privativa e da área comum atribuídas a uma unidade autônoma, definidas conforme a ABNT. Área útil – área real privativa subtraída a área ocupada pelas paredes e outros elementos construtivos que impeçam ou dificultem sua utilização. Arrendamento mercantil financeiro - o que transfere substancialmente todos os riscos e benefícios vinculados à posse do ativo, o qual pode ou não ser futuramente transferido. O arrendamento que não for financeiro é operacional. Arrendamento mercantil operacional - o que não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do ativo. O arrendamento que não for operacional é financeiro. Ativo - recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados dos quais se esperam benefícios econômicos futuros para a entidade. Ativo imobilizado - ativos tangíveis disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, na locação por outros, investimento, ou fins administrativos, esperando-se que sejam usados por mais de um período contábil. Ativo intangível - ativo identificável não monetário sem substância física. Tal ativo é identificável quando: for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, tanto individualmente quanto junto com contrato, ativo ou passivo relacionados; ou origina direitos contratuais ou outros direitos legais, independente desses serem transferidos, separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. Ativos não operacionais - aqueles não ligados diretamente às atividades de operação da empresa (podem ou não gerar receitas) e que podem ser alienados sem prejuízo do seu funcionamento. Ativos operacionais - bens fundamentais ao funcionamento da empresa. Ativo tangível - ativo de existência física como terreno, construção, máquina, equipamento, móvel e utensílio. Avaliação - ato ou processo de determinar o valor de um ativo.

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BDI – percentual que indica os benefícios e despesas indiretas incidentes sobre o custo direto da construção. Bem – coisa que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de direito, que integra um patrimônio. Benefícios econômicos - benefícios tais como receitas, lucro líquido, fluxo de caixa líquido etc. Beta - medida de risco sistemático de uma ação; tendência do preço de determinada ação a estar correlacionado com mudanças em determinado índice. Beta alavancado – valor de beta refletindo o endividamento na estrutura de capital. Campo de arbítrio – intervalo de variação no entorno do estimador pontual adotado na avaliação, dentro do qual se pode arbitrar o valor do bem desde que justificado pela existência de características próprias não contempladas no modelo. CAPEX (Capital Expenditure) – investimento em ativo permanente. CAPM (Capital Asset Pricing Model) - modelo no qual o custo de capital para qualquer ação ou lote de ações equivale à taxa livre de risco acrescida de prêmio de risco proporcionado pelo risco sistemático da ação ou lote de ações em estudo. Geralmente utilizado para calcular o Custo de Capital Próprio ou Custo de Capital do Acionista. Capital investido – somatório de capital próprio e de terceiros investidos em uma empresa. O capital de terceiros geralmente está relacionado a dívidas com juros (curto e longo prazo) devendo ser especificadas dentro do contexto da avaliação. Capitalização - conversão de um período simples de benefícios econômicos em valor. Códigos alocados – ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as características qualitativas dos imóveis. Combinação de negócios - união de entidades ou negócios separados produzindo demonstrações contábeis de uma única entidade que reporta. Operação ou outro evento por meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independente da forma jurídica da operação.

Controlada - entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal como uma associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora). Controladora - entidade que possui uma ou mais controladas. Controle - poder de direcionar a gestão estratégica política e administrativa de uma empresa. CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis Custo – total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de um bem em uma determinada data e situação. Custo de capital - taxa de retorno esperado requerida pelo mercado como atrativa de fundos para determinado investimento. Custo de reedição – custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em vista o estado em que se encontra. Custo de reprodução – gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar eventual depreciação. Custo de substituição – custo de reedição de um bem, com a mesma função e características assemelhadas ao avaliando. Custo direto de produção – gastos com insumos, inclusive mão de obra, na produção de um bem. Custo indireto de produção – despesas administrativas e financeiras, benefícios e demais ônus e encargos necessários à produção de um bem. CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Dado de mercado – conjunto de informações coletadas no mercado relacionadas a um determinado bem. Dano – prejuízo causado a outrem pela ocorrência de vícios, defeitos, sinistros e delitos, entre outros.

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Data base – data específica (dia, mês e ano) de aplicação do valor da avaliação. Data de emissão – data de encerramento do laudo de avaliação, quando as conclusões da avaliação são transmitidas ao cliente. DCF (Discounted Cash Flow) - fluxo de caixa descontado. D&A – Depreciação e Amortização. Depreciação - alocação sistemática do valor depreciável de ativo durante a sua vida útil. Desconto por falta de controle - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de 100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de parte ou da totalidade de controle. Desconto por falta de liquidez - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de 100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de liquidez. Dívida líquida – caixa e equivalentes, posição líquida em derivativos, dívidas financeiras de curto e longo prazo, dividendos a receber e a pagar, recebíveis e contas a pagar relacionadas a debêntures, déficits de curto e longo prazo com fundos de pensão, provisões, outros créditos e obrigações com pessoas vinculadas, incluindo bônus de subscrição. Documentação de suporte – documentação levantada e fornecida pelo cliente na qual estão baseadas as premissas do laudo. Drivers – direcionadores de valor ou variáveis-chave. EBIT (Earnings Before Interests and Taxes) - lucro antes de juros e impostos. EBTIDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization) - lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Empreendimento – conjunto de bens capaz de produzir receitas por meio de comercialização ou exploração econômica. Pode ser: imobiliário (ex.: loteamento, prédios comerciais/residenciais), de base imobiliária (ex.: hotel, shopping center, parques temáticos), industrial ou rural.

Empresa - entidade comercial, industrial, prestadora de serviços ou de investimento detentora de atividade econômica. Enterprise value – valor econômico da empresa. Equity value – valor econômico do patrimônio líquido. Estado de conservação – situação física de um bem em decorrência de sua manutenção. Estrutura de capital - composição do capital investido de uma empresa entre capital próprio (patrimônio) e capital de terceiros (endividamento). Fator de comercialização – razão entre o valor de mercado de um bem e seu custo de reedição ou substituição, que pode ser maior ou menor que 1 (um). FCFF (Free Cash Flow to Firm) - fluxo de caixa livre para a firma, ou fluxo de caixa livre desalavancado. Fluxo de caixa - caixa gerado por um ativo, grupo de ativos ou empresa durante determinado período de tempo. Geralmente o termo é complementado por uma qualificação referente ao contexto (operacional, não operacional etc.). Fluxo de caixa do capital investido – fluxo gerado pela empresa a ser revertido aos financiadores (juros e amortizações) e acionistas (dividendos) depois de considerados custo e despesas operacionais e investimentos de capital. Fração ideal – percentual pertencente a cada um dos compradores (condôminos) no terreno e nas coisas comuns da edificação. Free float – percentual de ações em circulação sobre o capital total da empresa. Frente real – projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso. Gleba urbanizável – terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana, visando o seu aproveitamento eficiente, por meio de loteamento, desmembramento ou implantação de empreendimento. Goodwill – ver Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou goodwill)

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Hipótese nula em um modelo de regressão – hipótese em que uma ou um conjunto de variáveis independentes envolvidas no modelo de regressão não é importante para explicar a variação do fenômeno em relação a um nível de significância pré-estabelecido. Homogeneização – tratamento dos preços observados, mediante a aplicação de transformações matemáticas que expressem, em termos relativos, as diferenças entre os atributos dos dados de mercado e os do bem avaliando. IAS (International Accounting Standard) – Normas Internacionais de Contabilidade. IASB (International Accounting Standards Board) – Junta Internacional de Normas Contábeis. Idade aparente - idade estimada de um bem em função de suas características e estado de conservação no momento da vistoria. IFRS (International Financial Reporting Standard) – Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo IASB. Imóvel – bem constituído de terreno e eventuais benfeitorias a ele incorporadas. Pode ser classificado como urbano ou rural, em função da sua localização, uso ou vocação. Imóvel de referência – dado de mercado com características comparáveis às do imóvel avaliando. Impairment – ver Perdas por desvalorização Inferência estatística – parte da ciência estatística que permite extrair conclusões sobre a população a partir de amostra. Infraestrutura básica – equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de acesso. Instalações - conjunto de materiais, sistemas, redes, equipamentos e serviços para apoio operacional a uma máquina isolada, linha de produção ou unidade industrial, conforme grau de agregação.

Liquidação forçada – condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em prazo menor que a média de absorção pelo mercado. Liquidez – capacidade de rápida conversão de determinado ativo em dinheiro ou em pagamento de determinada dívida. Loteamento – subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com abertura de novas vias de circulação de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das já existentes. Luvas – quantia paga pelo futuro inquilino para assinatura ou transferência do contrato de locação, a título de remuneração do ponto comercial. Metodologia de avaliação – uma ou mais abordagens utilizadas na elaboração de cálculos avaliatórios para a indicação de valor de um ativo. Modelo de regressão – modelo utilizado para representar determinado fenômeno, com base em uma amostra, considerando-se as diversas características influenciantes. Múltiplo – valor de mercado de uma empresa, ação ou capital investido, dividido por uma medida da empresa (EBITDA, receita, volume de clientes etc.). Normas Internacionais de Contabilidade - normas e interpretações adotadas pela IASB. Elas englobam: Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS); Normas Internacionais de Contabilidade (IAS); e interpretações desenvolvidas pelo Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRIC) ou pelo antigo Comitê Permanente de Interpretações (SIC). Padrão construtivo – qualidade das benfeitorias em função das especificações dos projetos, de materiais, execução e mão de obra efetivamente utilizados na construção. Parecer técnico – relatório circunstanciado ou esclarecimento técnico, emitido por um profissional capacitado e legalmente habilitado, sobre assunto de sua especificidade.

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Passivo - obrigação presente que resulta de acontecimentos passados, em que se espera que a liquidação desta resulte em afluxo de recursos da entidade que incorporam benefícios econômicos. Patrimônio líquido a mercado - ver Abordagem de ativos. Perdas por desvalorização (impairment) - valor contábil do ativo que excede, no caso de estoques, seu preço de venda menos o custo para completá-lo e despesa de vendê-lo; ou, no caso de outros ativos, seu valor justo menos a despesa para a venda. Perícia – atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos. Pesquisa de mercado – conjunto de atividades de identificação, investigação, coleta, seleção, processamento, análise e interpretação de resultados sobre dados de mercado. Planta de valores – representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de metro quadrado de terreno ou do imóvel em uma mesma data. Ponto comercial – bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial, decorrente de sua localização e expectativa de exploração comercial. Ponto influenciante – ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera significativamente os parâmetros estimados ou a estrutura linear do modelo. População – totalidade de dados de mercado do segmento que se pretende analisar. Preço – quantia pela qual se efetua uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele. Prêmio de controle - valor ou percentual de um valor pró-rata de lote de ações controladoras sobre o valor pró-rata de ações sem controle, que refletem o poder do controle. Profundidade equivalente – resultado numérico da divisão da área de um lote pela sua frente projetada principal.

Propriedade para investimento - imóvel (terreno, construção ou parte de construção, ou ambos) mantido pelo proprietário ou arrendatário sob arrendamento, tanto para receber pagamento de aluguel quanto para valorização de capital, ou ambos, que não seja para: uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, como também para fins administrativos. Rd (Custo da Dívida) – medida do valor pago pelo capital provindo de terceiros, sob a forma de empréstimos, financiamentos, captações no mercado, entre outros. Re (Custo de Capital Próprio) – retorno requerido pelo acionista pelo capital investido. Risco do negócio - grau de incerteza de realização de retornos futuros esperados do negocio, resultantes de fatores que não alavancagem financeira. Seguro - transferência de risco garantida por contrato, pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança de prêmio, a indenizar a outra pela ocorrência de sinistro coberto pela apólice. Sinistro - evento que causa perda financeira. Taxa de capitalização - qualquer divisor usado para a conversão de benefícios econômicos em valor em um período simples. Taxa de desconto - qualquer divisor usado para a conversão de um fluxo de benefícios econômicos futuros em valor presente. Taxa interna de retorno – taxa de desconto onde o valor presente do fluxo de caixa futuro é equivalente ao custo do investimento. Testada - medida da frente de um imóvel. Tratamento de dados – aplicação de operações que expressem, em termos relativos, as diferenças de atributos entre os dados de mercado e os do bem avaliando. Unidade geradora de caixa - menor grupo de ativos identificáveis gerador de entradas de caixa que são, em grande parte, independentes de entradas geradas por outros ativos ou grupos de ativos.

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Valor atual - valor de reposição por novo depreciado em função do estado físico em que se encontra o bem. Valor contábil - valor em que um ativo ou passivo é reconhecido no balanço patrimonial. Valor da perpetuidade - valor ao final do período projetivo a ser adicionado no fluxo de caixa. Valor de dano elétrico - estimativa do custo do reparo ou reposição de peças, quando ocorre um dano elétrico no bem. Os valores são tabelados em percentuais do Valor de Reposição e foram calculados através de estudos dos manuais dos equipamentos e da experiência em manutenção corretiva dos técnicos da Apsis. Valor de investimento - valor para um investidor em particular, baseado em interesses particulares no bem em análise. No caso de avaliação de negócios, este valor pode ser analisado por diferentes situações tais como sinergia com demais empresas de um investidor, percepções de risco, desempenhos futuros e planejamentos tributários. Valor de liquidação - valor de um bem colocado à venda no mercado fora do processo normal, ou seja, aquele que se apuraria caso o bem fosse colocado à venda separadamente, levando-se em consideração os custos envolvidos e o desconto necessário para uma venda em um prazo reduzido. Valor de reposição por novo – valor baseado no que o bem custaria (geralmente em relação a preços correntes de mercado) para ser reposto ou substituído por outro novo, igual ou similar. Valor de seguro - valor pelo qual uma companhia de seguros assume os riscos e não se aplica ao terreno e fundações, exceto em casos especiais. Valor de sucata - valor de mercado dos materiais reaproveitáveis de um bem, na condição de desativação, sem que estes sejam utilizados para fins produtivos. Valor depreciável - custo do ativo, ou outra quantia substituta do custo (nas demonstrações contábeis), menos o seu valor residual.

Valor em risco - valor representativo da parcela do bem que se deseja segurar e que pode corresponder ao valor máximo segurável. Valor em uso - valor de um bem em condições de operação no estado atual, como uma parte integrante útil de uma indústria, incluídas, quando pertinentes, as despesas de projeto, embalagem, impostos, fretes e montagem. Valor (justo) de mercado - valor pelo qual um ativo pode ser trocado de propriedade entre um potencial vendedor e um potencial comprador, quando ambas as partes têm conhecimento razoável dos fatos relevantes e nenhuma está sob pressão de fazê-lo. Valor justo menos despesa para vender - valor que pode ser obtido com a venda de ativo ou unidade geradora de caixa menos as despesas da venda, em uma transação entre partes conhecedoras, dispostas a tal e isentas de interesse. Valor máximo de seguro - valor máximo do bem pelo qual é recomendável que seja segurado. Este critério estabelece que o bem com depreciação maior que 50% deverá ter o Valor Máximo de Seguro igual a duas vezes o Valor Atual; e aquele com depreciação menor que 50% deverá ter o Valor Máximo de Seguro igual ao Valor de Reposição. Valor presente - estimativa do valor presente descontado de fluxos de caixa líquidos no curso normal dos negócios. Valor recuperável - valor justo mais alto de ativo (ou unidade geradora de caixa) menos as despesas de venda comparado com seu valor em uso. Valor residual - valor do bem novo ou usado projetado para uma data, limitada àquela em que o mesmo se torna sucata, considerando estar em operação durante o período. Valor residual de ativo - valor estimado que a entidade obteria no presente com a alienação do ativo, após deduzir as despesas estimadas desta, se o ativo já estivesse com a idade e condição esperadas no fim de sua vida útil. Variáveis independentes – variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel objeto da avaliação.

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Variáveis qualitativas – variáveis que não podem ser medidas ou contadas, apenas ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por exemplo, padrão construtivo, estado de conservação e qualidade do solo). Variáveis quantitativas – variáveis que podem ser medidas ou contadas (por exemplo, área privativa, número de quartos e vagas de garagem). Variáveis-chave – variáveis que, a priori e tradicionalmente, são importantes para a formação do valor do imóvel. Variável dependente – variável que se pretende explicar pelas independentes. Variável dicotômica – variável que assume apenas dois valores. Vício – anomalia que afeta o desempenho de produtos e serviços, ou os torna inadequados aos fins a que se destinam, causando transtorno ou prejuízo material ao consumidor. Vida remanescente – vida útil que resta a um bem. Vida útil econômica - período no qual se espera que um ativo esteja disponível para uso, ou o número de unidades de produção ou similares que se espera obter do ativo pela entidade. Vistoria – constatação local de fatos, mediante observações criteriosas em um bem e nos elementos e condições que o constituem ou o influenciam. Vocação do imóvel – uso economicamente mais adequado de determinado imóvel em função das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais. WACC (Weighted Average Cost of Capital) - modelo no qual o custo de capital é determinado pela média ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital (próprio e de terceiros).

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! Assessoria a Investidores e Fundos

! Estudos de Vocação e Viabilidade de Empreendimentos

! Busca de Novos Investidores

! Fundamentação de Ágio (Regulamento da Receita Federal e CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis)

! Fusões e Aquisições (M&A)

! Reestruturação Societária (Lei das S/A)

! Acompanhamento de Resultados e Desempenho Econômico

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! Teste de Impairment - Redução ao Valor Recuperável de Ativos ! Avaliação para Alocação de Preço de Aquisição (PPA - Purchase Price Alocation) ! Combinação de Negócios ! Propriedade para Investimento ! Cálculo de Vida Útil Econômica e Valor Residual

O mundo empresarial entrou na era do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, através do tripé fundamental PATRIMONIAL, AMBIENTAL E SOCIAL, que acentua a percepção da empresa, sua imagem e reputação, onde atuamos de forma estratégica, agregando aos serviços patrimoniais e financeiros, novos serviços nas áreas de GESTÃO AMBIENTAL E GESTÃO SOCIAL.

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! Avaliação para Alocação de Preço de Aquisição (PPA - Purchase Price Alocation)

!Alocação de Valores de Ativos Intangíveis

!Avaliação de Softwares

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!Gestão de Ativo Imobilizado

!Outsourcing Patrimonial

!Cálculo de Vida Útil Econômica e Valor Residual

!Inventário e Emplaquetamento de Bens

!Avaliação para Fins de Seguro

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!Avaliação Imobiliária e Pesquisa de Mercado

!Renegociação de Aluguéis

!Prospecção de Produtos Imobiliários (Tenant Representation)

!Imóveis Sob Medida (Built-to-suit)

!Desmobilização e Locação de Imóveis (Sale & Leaseback)

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