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  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    1/12

    Abril 20Xi

    LARANPARA ALM DOPRETO E BRANCOAJ

    ABRIL 20Xi

    CAd

    POR BRUNA MARENGONI [181]E RAPHAEL LAEZ [180]

    PelofimdA

    nAturAlidAdePOR AMANDA MATTA [183.XI],

    JLIA CRUZ [183.22]

    E THALES COIMBRA [181]

    JAChAmosAs

    biblioteCAs. eAgorA?

    Panorama rerofma (da)Poltica

    curtasctricas

    8e9

    4 e 510 E XI

    AsPrestAes,

    frum?Tesouraria,Transparncia e a

    atual Gesto do XI

    de Agosto

    STPHANIE SAMAHA [182]

    entrevistA: movimento Pr-ACervo 6 e 7

    umA PubliCAo movimento resgAte ArCAdAs

    Planodiretor

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    lArAnJA2 Abril 20XilArAnJA mAro 20Xi2

    Panorama

    oAmbiente estudAntil do Lar-

    go de So Francisco passa porum momento de mudana,

    mudana que afeta diretamente a sua for-

    ma de encarar a poltica acadmica. D-

    -se importncia aos fatos corriqueiros e

    que influenciam de fato no dia-a-dia dos

    alunos sem que isso signifique esquecer

    do lado de fora dos muros da Faculdade.

    Assim, essa edio foca-se em pautas co-

    tidianas e, em sua maioria, internas So

    Francisco.

    Buscando desenvolver o pensamen-

    to crtico e estimular novas vises de

    mundo, o Resgate considera o Laranja,

    sem dvida alguma, um importante meio

    de politizar as Arcadas do modo como

    acreditamos dever ser feito. Tentamos tra-

    zer aos estudantes, assim, jornais smbo-

    los do que acreditamos ser o verdadeiro

    pluralismo: defender as prprias opinies,

    sem incorrer em intolerncia; apreciar

    opinies diversas, sem cair na neutralida-

    de. Demonstramos nossos pontos de vista

    sem dicotomias, pr-determinaes ou

    preconceitos, os quais andam nas bitolas

    da atual situao do que considerado a

    esquerda e a direita na poltica.A ordem do dia a Campanha contra

    Homofobia e sobre ela no poderamos

    deixar de nos manifestar. O jornal traz o

    apoio incondicional do Resgate ao com-

    bate homofobia, alm de crer acertada a

    sua criminalizao. Plural que almejamos

    ser, entretanto, reconhecemos que h,

    mesmo entre os homossexuais, aqueles

    que no acreditam nessa medida como a

    melhor soluo possvel. Uma discusso

    anterior ao lanamento da campanha pelo

    XI que trouxesse os dois lados no se fa-

    ria prejudicial em nenhum sentido.

    Ainda muito sensvel a um grande

    nmero de franciscanos a questo das

    bibliotecas. Vivenciamos, em 2010, um

    momento histrico nas Arcadas, no qual

    em um ato com mais de 1000 pessoas de-

    cidiu a Faculdade pela paralisao com-

    pleta das aulas at que medidas fossem

    tomadas. E medidas foram tomadas. Sem

    dvida, uma grande vitria dos alunos.

    Passado um ano, porm, e j em 2011 no

    se ouve mais falar das bibliotecas. O que

    est sendo feito pela Diretoria e pelo nos-

    so Centro Acadmico? Qual a situaoatual do acervo? Com uma entrevista ao

    movimento pr-acervo, o Laranja busca

    esclarecer essas questes, e levar o aluno

    realidade do Plano Diretor.

    Em mbito nacional, ressurge um

    tema que de to batido est quase virando

    clich: a reforma poltica. Se banalizado

    e exaustivamente discutido, por que mo-

    tivos o tema permanece em alta? Por que

    a Reforma nunca saiu do papel? E, ainda

    mais, qual o papel da Reforma? mudar

    a poltica para sempre? A grande questo

    no se a reforma vai ser aprovada, mas

    qual reforma vai ser aprovada.

    Por fim, e entre outros, como no

    poderia faltar, o gostinho da fruta se faz

    cido nas curtas ctricas.

    Queremos uma So Francisco cr-

    tica, atuante, interada. Queremos uma

    viso alm do preto e branco. Queremos

    que os estudantes enxerguem colorido,

    mesmo que esse colorido no seja o nos-

    so Laranja.

    EDITORIAL

    CrtiCAs, sugestes, querPArtiCiPAr? [email protected] fACebook movimento resgAte ArCAdAs

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    lArAnJA 3Abril 20Xi REFORMA POLTICA

    A Reforma

    (da) PolticaPOR ANDR TREDEZINI [183.XI], GUILHERME CARVALHO [182],GUILHERME GERMANO [183.22] E JOS PAULO NAVES [183.22]

    AdisCusso sobre a reformapoltica no nova. H pelomenos quinze anos j se apon-tavam graves deficincias de nosso sis-

    tema poltico-eleitoral. Em 1995, o (en-

    to e agora) presidente do Senado, Jos

    Sarney, constituiu uma Comisso paraestudar uma possvel reforma poltico-

    -partidria. As propostas chegaram a ser

    votadas no Senado, mas nunca foram

    objeto de deliberao na Cmara. Em

    2000, PT e PFL fizeram uma inusitada

    aliana para elaborar medidas relativas

    reforma. No deu em nada. No primeiro

    ano do governo Lula, criou-se uma nova

    comisso, desta vez na Cmara, para

    condensar propostas relativas reformaque ento tramitavam pelo Congresso

    Nacional. O PL 2679/03, entretanto, foi

    rejeitado.

    Nos ltimos anos, porm, o tema

    ganhou fora indita. Em 2009, o Pla-

    nalto encaminhou para o Congresso di-

    versas propostas que pretendiam alterar

    significativamente o sistema eleitoral

    brasileiro. Apesar dos projetos terem

    se perdido nos corredores da Cmara,ao menos reacenderam a discusso. Em

    2010, durante a campanha presidencial,

    todos os candidatos afirmaram a neces-

    sidade de uma reforma poltica. Em fe-

    vereiro deste ano, o Senado e a Cmara

    instituram Comisso Especial para es-

    tudar o assunto.

    A discusso sobre a reforma po-

    ltica extensa e complexa. A questo

    comea pela definio de quo profun-das devem ser as mudanas. No rol das

    possveis alteraes h propostas ambi-

    ciosas como o voto distrital ou voto

    em lista e pontuais como a diviso

    do tempo na televiso. A variedade qua-

    se infinita de projetos dificulta o debate

    sobre o tema. Para evitar esse problema,

    importante, antes de discutir o mrito

    de cada ideia, entender o sentido geral

    que a reforma toma. Afinal, a reformapoltica surge como resposta a uma s-

    rie de deficincias de nosso sistema, e

    as solues variaro, portanto, conforme

    os diagnsticos. Caso essa perspectiva

    mais geral seja esquecida, corre-se o

    risco da aprovao de propostas incoe-

    rentes entre si.

    Apesar dos inmeros problemas

    que podem ser apontados em nosso re-

    gime poltico, alguns se destacam. O

    desconhecimento geral sobre o funcio-

    namento do sistema eleitoral provocagraves distores nos resultados das

    eleies. O grande nmero de candida-

    tos e partidos leva a uma indistino de

    planos ideolgicos e a um elevado custo

    de campanha. Para cobrir este ltimo,

    os polticos rendem-se com frequncia

    aos grandes financiadores, vinculando-

    -se aos seus interesses. Passadas as elei-

    es, fazem-se malabarismos polticos

    (e morais) em nome da governabilidade.Uma reforma poltica eficiente deve,

    portanto, responder a todos esses defei-

    tos de maneira consistente.

    A reforma poltica tem grandes

    chances de ser aprovada. Afinal, polticos

    e eleitores tm interesse na mudana de

    nosso sistema poltico. No entanto, cada

    qual tem razes diferentes. A questo ade-quada, portanto, no se a reforma polti-

    ca ser aprovada, mas antes qual reforma

    poltica ser aprovada. A pluralidade de

    propostas permite que os parlamentares

    simultaneamente atendam ao anseio da

    sociedade aprovar uma reforma pol-

    tica e criem um sistema que lhes seja

    mais favorvel. a que reside o perigo.

    Como impedir que a reforma poltica seja

    transformada em pretexto para mudar asregras do jogo em favor de determinado

    grupo poltico (ou at da classe poltica

    como um todo)?

    aqui que est a importncia da

    mobilizao da sociedade brasileira em

    torno dessa pauta. Se bem feita, a reforma

    poltica produzir grandes resultados para

    nosso pas, talvez renovando as esperan-

    as de nossos cidados; por outro lado, se

    mal feita, o problema pode tornar-se aindamais grave, aprofundando o abismo entre

    polticos e sociedade. A aprovao da Lei

    Ficha Limpa, em 2010, mostrou que a mo-

    bilizao possvel. fundamental, para

    tanto, um amplo debate sobre o tema.

    A responsabilidade dos estudantes

    nesse contexto imensa. Espera-se que

    as Universidades sejam foco intenso de

    discusso em torno do tema. impres-

    cindvel que o maior nmero possvel deestudantes envolva-se com a pauta, colo-

    cando eventuais discordncias e precon-

    ceitos de lado em nome dessa causa to

    cara. Quantas vezes no reclamamos de

    nossa poltica, quantas vezes no deseja-

    mos que ela fosse diferente! Ao contrrio

    do que dizem muitos, isso no imposs-

    vel. tnue a linha entre o ceticismo e o

    conformismo. A oportunidade da mudan-

    a est a. Esperamos que ns, estudan-tes, saibamos reconhecer o papel que nos

    cabe nesse processo e no nos furtemos

    nossa responsabilidade.

    A questo adequada,

    portanto, no se areforma poltica seraprovada, mas antesqual reforma polti-ca ser aprovada.

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    lArAnJA4 Abril 20XiBIBLIOTECAS

    J encontramos a

    Biblioteca. E agora?Tranferidas ano passado sem qualquer planejamento, asbibliotecas iniciam o ano abertas. Suas condies, no en-

    tanto, so precrias e muito aqum do padro de quali-

    dade ao qual deveria se ater a maior biblioteca jurdica da

    Amrica Latina. No deveramos nos movimentar?

    POR STPHANIE SAMAHA [182]

    AmAior biblioteCA jurdica da

    Amrica Latina enfrentou gran-

    des dificuldades ao longo de2010. Depois de uma atabalhoada transfe-

    rncia para um prdio sem a menor estru-

    tura fsica, um vazamento que danificou

    alguns livros e um grande ato no Ptio,

    finalmente parte do acervo voltou ao pr-

    dio Histrico e as Bibliotecas reabriram.

    inegvel que toda a movimenta-

    o de 2010 trouxe muitas conquistas e

    mudanas substanciais para as Bibliote-

    cas. Hoje aquele cenrio catico de livrosencaixotados expostos ao sol em um pr-

    dio caindo aos pedaos no existe mais.

    O prdio Anexo IV j possui alvars de

    segurana, no existem mais livros nos

    andares destrudos e todo o acervo j est

    em prateleiras e organizado nos departa-

    mentos, disponveis para os alunos.

    Para quem acompanhou o processo

    de perto, chega a ser um alvio ver as coi-

    sas dessa maneira - ao mesmo tempo em

    que se percebe que claramente isso no

    o suficiente. Ainda existem problemas

    muito graves e que precisam ser resolvi-

    dos. Em conversa com funcionrios da

    Biblioteca, temos a informao de que

    a consulta ao acervo diminuiu vigorosa-mente depois da transferncia. Essa di-

    minuio j deveria ser esperada, j que

    o acervo est divido em dois prdios, o

    que dificulta muito o acesso imagine-

    -se a dificuldade que se teria numa pes-

    quisa interdisciplinar. Alm disso, faltam

    salas de estudos adequadas atualmente,

    a Biblioteca conta apenas com um tmido

    esboo de sala de estudos no Prdio Ane-

    xo IV (leia-se: apenas uma mesa com ca-pacidade para 6 ou 8 pessoas estudarem).

    Muitos livros foram extraviados desde a

    transferncia, o que faz com que os alu-

    nos tenham que recorrer a outras biblio-

    tecas ou at mesmo tenham que compr-

    -los. Por fim, h uma grande dificuldade

    de consultar e encontrar livros, especial-

    mente nas bibliotecas departamentais que

    esto no Prdio Histrico, onde o espao

    muito apertado e h uma clara desorga-nizao das prateleiras.

    E os problemas no param por a.

    H uma grande dificuldade de acesso ao

    Prdio Anexo IV, uma vez que no h ele-

    vadores ou rampas. Mais que isso, nossa

    biblioteca no cumpre mais sua precpua

    funo de maior biblioteca jurdica pbli-

    ca do pas: o acesso ainda se mantm res-

    trito comunidade USP, excluda a possi-

    bilidade de consulta por demais pessoas,

    estudiosos e profissionais, alheios Uni-

    versidade. O Movimento Pr Acervo das

    Arcadas, que teve uma atuao relevante

    em 2010, discute essas e outras questes

    na entrevista (pg. 6).

    Em 2010, em meio a toda confuso

    das bibliotecas, foi criada uma Comisso

    Especial das Bibliotecas, presidida pelo

    professor Lus Virglio Afonso da Silva,

    que contava com a presena de dois Re-

    presentantes Discentes (um da graduao

    e outro da ps graduao), alm de de-

    mais professores e da prpria diretora das

    bibliotecas. Desde junho do ano passado,

    no entanto, no se ouviu mais falar dessa

    comisso. Seu presidente licenciou-se no

    exterior e os trabalhos foram paralisados

    at a sua volta. A comisso voltou a se

    reunir? A comisso considerou satisfat-

    ria a situao atual das bibliotecas e en-

    cerrou suas atividades?

    E o Congresso Interno? Em setem-

    bro de 2010, organizamos, enquanto ges-

    to do XI e em parceria com a Represen-

    tao Discente, uma semana de debates

    sobre a Universidade. Seu resultado: um

    documento, elaborado no ltimo ms da

    gesto anterior, com premissas para que

    se discuta um Plano Diretor srio para

    nossa Faculdade; algumas delas bastantesimples, com possibilidade imediata de

    efetivao.

    Infelizmente, ao que parece, tanto o

    Congresso Interno, quanto nossas biblio-tecas caram num silncio ensurdecedor,

    no marasmo e esquecimento. Talvez isso

    tenha acontecido pela aparente sensao

    de problema resolvido, afinal, as biblio-

    tecas j esto abertas. Outros consideram

    o assunto so last season. E nesse con-

    texto que no vemos uma postura ativa e

    responsvel de nosso Centro Acadmico

    XI de Agosto e da Representao Discen-

    te no sentido de trazer as discusses e os

    problemas da Biblioteca para os alunos.

    O esquecimento da gesto Frum

    da Esquerda em relao a essa pauta to

    cara aos alunos um tanto quanto inco-

    Nossas bibliotecas ca-ram num silncio en-

    surdecedor, no maras-

    mo e esquecimento.

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    lArAnJA 5Abril 20Xi BIBLIOTECAS

    erente. Afinal, quem no se lembra dos

    adesivos Cad a Biblioteca?, usados a

    todo momento para relembrar os alunos

    da situao difcil que a Biblioteca estava

    passando? Quem no se lembra de uma

    carta programa recheada de iniciativas do

    grupo, como reunies abertas e comis-

    ses permanentes, para tocar a pauta das

    Bibliotecas e do Plano Diretor, ao longo

    da gesto? Ser que o prprio Frum da

    Esquerda esqueceu que se elegeu sob a

    mxima Vote em quem sempre defendeu

    a Biblioteca com voc, presente em in-

    meros cartazes afixados nas Arcadas, nos

    dias de eleio para o XI? A Biblioteca e

    os interesses dos alunos ainda precisam

    ser defendidos. H muito ainda a ser feito.

    E s o que vemos uma postura passiva

    da gesto Frum da Esquerda diante dos

    acontecimentos.

    Mas que acontecimentos?

    quemfrequentAoprdio AnexoIV certamente j se deparou comum banner com os seguintes di-

    zeres: Este prdio est em reforma paramelhor atend-lo. Entre as melhorias

    propostas est a construo de amplas sa-

    las de leitura, reunio e palestras, espao

    para estudos individuais, sala multimdia,

    acessibilidade, oficina de restaurao e

    conservao de obras, entre outros. De

    fato parece um avano. Mas algum sabia

    que a Biblioteca estava em reforma? Os

    alunos, juntos com o XI, RD e Comisso

    de Bibliotecas no iriam participar da ela-borao e discusso de um projeto de re-

    forma? Essa no seria uma das vertentes

    do to falado Plano Diretor?

    Em conversa com o Diretor, Anto-

    nio Magalhes Gomes Filho, nos foram

    esclarecidos alguns pontos. A Biblioteca

    no est em reforma ainda. Na verdade, os

    banners foram uma iniciativa da Diretora

    da Biblioteca e de sua existncia o pr-

    prio Diretor da Faculdade desconhecia,

    afinal, no existe nada em andamento.

    Isso mostra um claro descompasso entre

    a Diretoria da Faculdade e a Diretoria da

    Biblioteca. Nesse momento inevitvel

    no se perguntar: se no h reforma, por

    que os cartazes? Ser que eles so apenas

    uma forma de evitar que os alunos per-

    cebam que os problemas no esto sendo

    resolvidos?

    Segundo o Diretor, o projeto final

    para a Biblioteca ainda est sendo elabo-

    rado e as licitaes para a reforma(como

    as necessrias construo de elevadores e

    melhoria da acessibilidade) sero realiza-

    das pela Coordenadoria de Espaos Fsi-

    cos da USP (COESF). Alguns engenhei-

    ros da COESF j estiveram na Faculdade

    para ver o Prdio Anexo IV e tambm

    tratar de outras obras necessrias.

    O que realmente ser um problema

    que a Faculdade de Direito no possui

    recursos nem para iniciar a reforma, por

    isso ter que contar com a boa vontadeda Universidade para obter tais recursos,

    ... E algum acredita que haver alguma

    boa vontade de Joo Grandino Rodas em

    disponibilizar algum recurso para a So

    Francisco? Da, por exemplo, a impor-

    tncia de uma postura mais pr-ativa de

    nossos representantes.

    Tudo isso s mostra que a reforma

    algo bem mais distante do que pens-

    vamos, afinal, no existem nem recursospara a obra. Sempre existe a possibilidade

    de recorrer ao capital privado, mas de-

    pois da tentativa de nomeao das salas

    Pinheiro Neto e Pedro Conde, grandes

    escritrios tm receio de patrocinar qual-

    quer reforma na So Francisco. Alm

    disso, inexiste um claro posicionamento,

    sequer dos alunos, acerca de qual deve ser

    a relao entre a Universidade Pblica e a

    iniciativa privada e, at agora, salvo o

    Congresso Interno de 2010, ningum sus-

    citou essa discusso, em momento algum.

    E essa questo parece ser um tabu para

    alguns setores dos alunos da Faculdade,

    j que todas as tentativas de fazer uma

    discusso qualificada acerca do uso de

    capital privado na Universidade Pblica

    sempre so boicotadas.

    Da surge a necessidade da So

    Francisco retomar (mais) uma discusso

    esquecida: o Plano Diretor, bem como os

    debates do Congresso Interno de 2010.

    fundamental que sejam definidas

    algumas premissas e regras para a modifi-

    cao do nosso espao fsico, que seja feita

    uma discusso qualificada sobre o projeto

    poltico-pedaggico que queremos para a

    So Francisco, e que seja garantida a par-

    ticipao efetiva dos alunos nesse proces-

    so (ver box na pg. 7). Ficou evidente, ao

    longo de 2010, que h uma demanda por

    parte dos estudantes de discutir em con-

    junto com a Diretoria um projeto para a

    Biblioteca. Porm, essas questes j esto

    em andamento, sem o conhecimento do

    corpo discente mais uma vez. bastan-

    te desolador que o atual grupo gestor do

    XI, que tanto se orgulhou por considerar a

    si mesmo o grande defensor das reformas

    na Faculdade na poca das eleies, tenhafeito tudo cair num esquecimento aptico.

    fundamental que todos voltem a

    encarar a questo como um problema e

    se mobilizem em torno dessa causa, que

    muito maior do que uma mera promessa

    eleitoral vazia e que est correndo o risco

    de ser esquecida. Todos devem partici-

    par da elaborao de um projeto que seja

    mais do que um tapa buraco. Afinal,

    a reforma deve ser encarada no apenas

    como uma resposta falta de espao, mas

    como oportunidade de trazer s nossas bi-

    bliotecas as melhorias de infraestrutura e

    tecnologia necessrias e condizentes com

    a melhor Faculdade de Direito do pas.

    A Biblioteca e os interes-

    ses dos alunos ainda pre-cisam ser defendidos. H

    muito ainda a ser feito.

    Ficou evidente, ao longo de

    2010, que h uma demandapor parte dos estudantes

    de discutir em conjunto

    com a Diretoria um pro-jeto para a Biblioteca.

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    lArAnJA6 Abril 20XiBIBLIOTECAS

    Entrevista com o Movimento

    Pr-Acervo das ArcadasA ntegra da entrevista pode ser conferida no blog http://182-21.blogspot.com/Resgate: Quais eram os objeti-

    vos do Movimento Pr-Acervo?

    Movimento Pr-Acervo: O gru-

    po no era ambicioso quanto aos seus

    objetivos, uma vez que metas de longo

    prazo exigiriam grupos com maior arti-

    culao. Pareceu-nos mais eficaz tentarreunir os coletivos j existentes em torno

    de um objetivo comum, superando even-

    tuais obstculos ideolgicos. Elegemos,

    ento, trs metas, mesmo sob o risco de

    sermos criticados: 1) a proteo de nos-

    so acervo, afastando-o imediatamente

    de situao de risco e de danos irrever-

    sveis; 2) a disponibilizao do acervo,

    preocupando-nos especialmente com os

    pesquisadores e com os colegas que ela-boravam suas teses de lurea; 3) a livre

    manifestao de ideias e opinies afi-

    nal, era isso que estvamos colocando

    em prtica e percebemos algumas ini-

    ciativas negativas, que precisavam ser

    enfrentadas.

    Vocs consideram que esses ob-

    jetivos foram cumpridos?

    Como Franciscanos, certamente noestamos satisfeitos com os resultados. No

    entanto, preciso reconhecer que aquele

    risco imediato cessou e, por essa limita-

    da perspectiva, seria possvel dizer que o

    Pr-Acervo atingiu seus objetivos. Mas h

    que se comemorar a histrica oportunida-

    de experimentada por toda uma gerao

    de Franciscanos, que se uniram em prol do

    presente e do futuro da Academia, refor-

    ando valores h muito construdos. Somomentos de unio, como aqueles que vi-

    venciamos, que elevam o esprito do Fran-

    ciscano para muito alm da mediocridade.

    Boa parte do acervo retornou

    ao prdio histrico e hoje a Biblio-

    teca est dividida. Vocs acreditam

    queas bibliotecas esto em boas

    condies? Quais so os grandes

    desafios que devero ser enfren-

    tados para que a Biblioteca volte ater condies adequadas, tanto de

    armazenamento dos livros quanto

    de consulta? O que devemos cobrar

    da Diretoria e da Comisso de Bi-

    bliotecas?

    Correndo o risco de incorrer em

    inexatides e simplificaes, responde-

    remos a estas questes tentando mirar

    em sua essncia. As medidas paliativas

    implementadas reduziram os riscos ir-

    reparveis e iminentes a que o Acervo

    se submetia. Por sua natureza provis-

    ria, decerto tais medidas no supriram

    as necessidades e falhas apontadas no

    incio da mobilizao e, consequente-

    mente, subsiste a necessidade de res-

    postas concretas da Instituio. So in-

    meros os problemas identificados, que

    vo desde o cumprimento da legislao

    relativa segurana e ao acesso de pes-

    soas com deficincia, at a elaborao

    de ampla discusso de um projeto que

    v alm de um remendo. A mudan-

    a para um novo edifcio no deve ser

    apenas uma resposta falta de espao

    para salas de aula, mas a oportunidade

    de trazer s nossas bibliotecas as me-

    lhorias de infraestrutura e tecnologia

    que as preparariam para o futuro. Porfim, importante observar que se as

    condies ainda no so as ideais, h de

    se ressaltar que, no fosse a ao dos

    funcionrios das bibliotecas, com certe-

    za a situao seria muito pior: houve a

    instalao de mesas na BCI e na sala de

    estudos do prdio na Senador Feij, o

    servio de reserva de livros on-line tem

    sido eficaz e a unificao e a moderni-

    zao do sistema de emprstimo de li-vros est funcionando.

    O Movimento Pr-Acervo no

    ligado a nenhum grupo poltico

    da Faculdade. Qual o papel dos

    alunos nesse processo? Como fazer

    as cobranas necessrias? Como

    incluir os calouros nessa discus-

    so, j que eles no participaram

    das movimentaes de maio?

    Houve consenso de que o Pr-

    -Acervo deveria buscar a neutralidade

    para manter nossa agenda transparen-

    te, evitando a natural polarizao da

    poltica na Faculdade. Como alunos e

    cidados, cada um de ns tem suas con-

    vices e simpatias polticas, exercidas

    livremente, sem prejuzo da persecuo

    dos objetivos eleitos. Afinal, no seria o

    fato de utilizarmos camisetas de cores

    diferentes que nos afastaria de termos

    interesses em comum. Talvez o cami-

    nho para incluir os Novos Franciscanos

    nessa e noutras discusses relevantes

    para o nosso futuro seja identificar o

    que vem a ser o verdadeiro esprito

    Franciscano. Quem sabe seja possvel

    incluir na agenda novas formas de ini-

    ciar os calouros no porqu de nos or-gulharmos tanto de sermos parte desta

    Academia, abraando todas as ideolo-

    gias, doutrinas e partidos.

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    7/12

    lArAnJA 7Abril 20Xi BIBLIOTECAS

    Vocs pretendem continuar

    atuando em 20XI?

    Como movimento ou coletivo, o

    Pr-Acervo esgotou-se em seus ob-

    jetivos. Nossas ltimas visitas s bi-bliotecas mostraram-nos que houve

    progressos, infelizmente muito aqum

    do que desejvamos. Novas preocu-

    paes esto surgindo, no sabemos

    se h uma luz no fim do tnel ou se o

    que se aproxima nos derrubar. Preci-

    samos reconhecer o trabalho de servi-

    dores dedicados que se preocupam como acervo, mas igualmente necessrio

    assinalar que lhes faltam meios, que

    precisam ser providos pela Instituio.

    Contudo, resta reforada a convico de

    que, quando so nobres e legtimos os

    valores, unem-se as vozes e mais uma

    vez se revelam os verdadeiros Francis-

    canos que imaginvamos pertencer aopassado, mas que percebemos presentes

    em cada um de ns, participemos destes

    movimentos ou no.

    O que ?

    Trata-se de uma proposta levada Diretoria da Faculdade,

    em 2010, pelas gestes de ento do XI e da RepresentaoDiscente. Propunha-se, que fossem elaboradas diretrizes

    vinculantes que especificassem as reformas, fsicas e peda-

    ggicas, de que a Faculdade tanto necessita: reestruturao

    da grade curricular, remodelagem do sistema de ensino,

    planejamento de reformas fsicas.

    Congresso Interno?

    Realizamos, em conjunto com a RD, entre os dias 20 e 23 de se-

    tembro de 2010. Foram discutidos temas como Ensino, Interdis-

    ciplinariedade, Grade Curricular, Pesquisa, Avaliao Docente,

    Extenso, Internacionalizao e intercmbios, entre outros. Foielaborado um documento final, que compilou os pontos discu-

    tidos e elencou os pontos urgentes para reforma, algumas das

    quais poderiam ter sido feitas ainda no incio de 20XI.

    Quais as propostas mais urgentes e de im-

    plementao imediata?

    Excesso de aulas: temos uma quantidade excessiva de

    aulas no currculo. Embora as medidas mais extremas de-

    vam ser discutidas num segundo momento (alteraes no

    nmero de semestres ou currculo integral nos primeiros

    anos), algumas delas poderiam ter sido implementadas no

    incio do ano. A principal delas seria expandir a possibili-

    dade de se cumprirem crditos em disciplinas e atividades

    fora da sala de aula tradicional, atravs da extenso (DJ,

    SAJU, Clnica), pesquisa(Iniciao Cientfica, PET) e es-

    tgio facultativo. Hoje, h um limitado nmero de crditos

    em que se permitem atividades extra-aula.

    Desorganizao (total, absoluta e irrestrita) da Gradua-

    o: qualquer veterano sabe a confuso que se tornou re-

    alizar sua matrcula num semestre da Graduao. Grade

    horria que nunca sai, disciplinas conflitantes, falta de sa-

    las de aula, desarticulao entre os 09 Departamentos da

    Faculdade. Uma proposta simples, importante e igualmen-

    te esquecida seria a contratao de um coordenador peda-

    ggico, com a criao de uma Comisso de Coordenao

    de Curso (COC). J h muitos anos patente a necessidade

    de um profissional responsvel nica e exclusivamente emfazer o curso funcionar, resolver problemas e dvidas dos

    alunos, alm de prestar uma orientao pedaggica, como

    ocorre na POLI.

    PLANO DIRETOR

    Quais as conseqncias de o esquecermos?

    A) J perdemos o prazo para sugerir alteraes pontuais em

    nossa grade curricular (expanso de crditos-extenso e cr-

    ditos-pesquisa; possibilidade de se atriburem crditos a ativi-

    dades realizadas em outras Faculdades da USP), que expirou

    no ltimo dia 31 de maro. Assim, essas primeiras, simples eimediatas propostas, sugeridas no ltimo Congresso Interno, j

    no podero ser mais aplicadas no 2 semestre de 2011. Espe-

    ramos que no se perca tambm o prazo para alteraes para o

    prximo ano (30 de setembro).

    B) Os quintoanistas, bem como os demais veteranos, sentiram

    na pele a verdadeira misso impossvel que foi realizar a ma-

    trcula nesse semestre. Quantas matrculas infernais os alunos

    tero que ter para que o XI e a RD pressionem a contratao de

    um coordenador pedaggico que faa nosso curso funcionar?

    Divulgao dos projetos de Pesquisa da Faculdade: infeliz-

    mente, nem a Faculdade, nem o XI ou a RD cumprem essa

    importante diretriz retirada no ltimo Congresso Interno.

    Incentivos aos projetos de extenso por meio de bolsas-au-

    xlio: tema no qual o XI pode ter grande influncia, mas que

    infelizmente, a atual Gesto deixou de lado. No tem nego-

    ciado com a Faculdade para, por exemplo, institucionalizar o

    estgio e extenso no Juizado Especial Federal de nossa Fa-

    culdade. Alm disso, a Clnica de Direitos Humanos contava

    com bolsas-auxlio da USP a negociao pela renovao se

    estendeu por 2010 e, ao que parece, tambm foi esquecida pela

    Gesto do XI.

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    8/12

    lArAnJA8 Abril 20Xi

    Tesouraria, Transparncia e a

    atual Gesto do XI de AgostoPOR BRUNA MARENGONI [181.21] E RAPHAEL LAVEZ [180]ANTIGOS TESOUREIROS DO CENTRO ACADMICO XI DE AGOSTO - GESTO 2010

    JquAserepetitivo lembrar comoas eleies de 2010 trouxeramuma verdadeira transformao aogrupo Frum da Esquerda: no melhor

    estilo FHC e suas teses sociolgicas so-

    bre subdesenvolvimento e dependncia,

    aquilo que em outros tempos defendi,

    no defendo mais. E os exemplos no

    so poucos.

    O Frum da Esquerda, depois do

    estardalhao que fez na questo do con-

    trato do Poro em 2010, assinou, em

    plenas frias, um contrato de locao

    no Campo do XI que vinculou 40% das

    receitas do XI e entidades pelas prxi-

    mas 25 gestes, sem que qualquer aluno

    tivesse a mnima noo sobre o assun-

    to. Num genuno saem strippers, entra

    Bonde do Tigro, a Gesto mostrou

    incoerente a velha crtica vermelha s

    festas opressoras. Abandonou sem

    qualquer cerimnia a promessa eleitoral

    de um debate minimamente qualificado

    e plural. Engavetou as pautas das Biblio-

    tecas, justamente o grupo que sempre

    defendeu as bibliotecas com voc!.Todos elementos evidentes de que, por

    coerncia, grupo nenhum faria uma opo-

    sio mais contundente atual Gesto do

    XI que o prprio Frum da Esquerda do

    ano passado.

    No entanto, no foi s no mbito da

    atuao poltica que o ex-presidente tu-

    cano fez escola aos vermelhos.

    A vitoriosa campanha dos verme-

    lhos em 2010 teve um tom muito mar-cante: severas e contundentes crticas

    Tesouraria do XI daquela Gesto Resga-

    te estratgia eleitoral bastante oportuna

    e conveniente, j que o candidato a pre-

    sidente adversrio foi tesoureiro daquele

    ano.

    As crticas giravam em trs eixos:

    i) ataques estrutura do Fundo do XI,

    bem como denncias de falta de trans-

    parncia; ii)explorao da mo-de-obra

    dos professores do Centro de Idiomas,

    uma vez que no eram contratados sob

    o regime da CLT, o que consideravam

    os vermelhos uma ilegalidade, alm de

    afronta aos direitos; e iii) falta de trans-

    parncia, deficincias nas prestaes de

    contas, realizao de apenas uma reu-

    nio aberta de tesouraria.

    Aps terem sido lanadas crticas s

    vsperas das eleies, era de se esperar

    que assistssemos a profundas reformas

    no mecanismo do Fundo do XI. No en-tanto, as transformaes anunciadas na

    campanha eleitoral no se concretiza-

    ram. No houve qualquer alterao no

    regulamento do Fundo. No houve qual-

    quer alterao das empresas que assesso-

    ram o XI de Agosto. No houve qualquer

    alterao no tocante transparncia das

    operaes. Em verdade, nada se concre-

    tizou justamente porque, de duas, uma:

    ou Frum da Esquerda se convenceu queo modelo praticado pela gesto anterior

    era o mais adequado, esvaziando sua

    crtica eleitoral ou, simplesmente, o que

    propunham em outubro no era factvel.

    Criticava-se a alocao dos inves-

    timentos entre renda fixa e varivel. E

    o que foi feito? Mais uma vez a Gesto

    Frum da Esquerda manteve rigorosa-

    mente as regras e mecanismos desenvol-

    vidos nas gestes anteriores do Resgate.

    Felizmente, o Frum abandonou as crti-

    cas eleitorais. O modelo do Fundo do XI,

    nosso maior patrimnio, que j hoje cor-

    responde a R$ 7,5 milhes, foi delibera-

    do pelos alunos em Assemblia Geral e

    implementado ao longo de 2009 e 2010.

    E se revelou um modelo bastante satis-

    fatrio! At o final da Gesto anterior, o

    Fundo do XI apresentou um rendimen-

    to, ao longo de 2009 e 2010, superior a

    35%, ou seja, por esses dois anos, o FIXI

    bancou as entidades e, ainda, teve um

    expressivo aumento em seu capital.

    O conceito do Fundo, qual seja, re-

    tiradas mensais que permitam, tambm,

    um acrscimo ao capital principal no

    final do ms justamente o mecanismo

    que nos traz a segurana da manuteno

    de todas nossas atividades XI e entida-des por longussimo prazo.

    Quanto ao nosso Centro de Idio-

    mas, desde sua criao, em 2008, o F-

    rum da Esquerda tem criticado o regime

    de contratao dos professores. Ora, se

    os vermelhos criticavam as Gestes Res-

    gate por essa questo, por que no apro-

    veitaram a oportunidade que tm, sendo

    Gesto do XI, e no sanaram esse vcio

    que outrora consideraram inadmissvel?De duas, uma: ou constataram que era

    uma crtica sem fundamento, que de fato

    estvamos certos quanto ao regime dos

    Grupo nenhum faria uma

    oposio mais contundente

    atual Gesto do XI queo prprio Frum da Es-

    querda do ano passado.

    POLTICA ACADMICA

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    9/12

    lArAnJA 9Abril 20Xi

    professores (e da, falta a honestidadepoltica de prestar contas aos alunos que

    neles votaram esperando a alterao); ou

    criticavam por criticar, num vazio polti-

    co que objetivava to somente desgastar

    seu adversrio eleitoral.

    E, novamente, a nova Gesto do

    XI manteve o modelo das Gestes an-

    teriores, um modelo que foi vital para a

    consolidao do nosso curso de idiomas.

    Importante lembrar que, ainda na Gestoanterior, obtivemos a autorizao da Fa-

    culdade para que as aulas do C.I. ocor-

    ressem no prprio prdio da Faculdade.

    Alm de trazer a economia nos aluguis

    do atual espao, uma importante con-

    quista que garantiria uma grande expan-

    so do oferecimento de vagas e cursos!

    Quanto s prestaes de contas e

    transparncia, a situao se agrava. O

    Frum da Esquerda, nas ltimas eleies,

    foi contundente nessa questo. Acusava

    os membro do Resgate, a torto e a direi-

    to, de falta de transparncia. Nessa seara,

    propunham a publicao de prestaes de

    contas rigorosamente pontuais, reunies

    abertas peridicas de tesouraria e o lana-

    mento de uma verdadeira maravilha tec-

    nolgica: o Portal da Transparncia, espa-

    o virtual em que seriam publicadas todas

    as movimentaes (leia-se, cada cheque

    emitido) da Tesouraria, alm de presta-

    es, infogrficos, planilhas, entre outros.

    E o que aconteceu? Mais uma vez,

    as proposta eleitorais no se concretiza-ram. No tivemos nenhuma prestao

    de contas at o momento. O Portal da

    Transparncia ningum viu. A primeira

    vez que a Gesto toca no assunto de Te-

    souraria e Transparncia, pautas que lhe

    eram to caras na campanha, somente

    no incio de Abril, numa Reunio Aberta

    que, alm de tardia, no faz sentido, vez

    que no h nenhuma prestao de contas

    publicada para que dvidas possam sersanadas.

    Como antigos tesoureiros, temos

    em mente que pequenos atrasos nas pu-

    blicaes de prestaes so tolerveis

    ao contrrio do que, alis, fez o Frum

    enquanto oposio. Entretanto, algumas

    questes so muito preocupantes. O per-

    odo dezembro-janeiro , de longe, aquele

    de mais simples e pequenas movimenta-

    es. Assim, por que o atraso, j que so

    as mais simples prestaes de todo o ano?

    Mais que isso, por que um grupo que se

    mostrava to caro, preocupado e diligen-

    te com a questo negligenciou-a logo em

    sua primeira oportunidade na Gesto? J

    estamos h mais de 30 dias sem as de-

    vidas prestaes, ao menos do bimestre

    dezembro-janeiro. Os alunos sequer ima-

    ginam qual o planejamento financeiro

    do XI. O Portal da Transparncia, at esta

    altura, na quase metade da Gesto, no

    passou de mais uma promessa.

    Essa incoerncia bastante preocu-

    pante pois, justamente em matria de Te-souraria, nos traz uma grande inseguran-

    a: por que essa negligncia? O que h

    na Tesouraria 20XI do XI que o Frum

    quer esconder? Se o site est fora do ar (e

    dessa forma est desde janeiro), por que

    no transformar o Portal da Transparn-

    cia, num simples, modesto e bem mais

    eficiente Mural da Transparncia, afixan-

    do-se os dados e prestaes nas paredes

    da Faculdade? Uma Reunio Aberta detesouraria marcadas s depois de quase

    5 meses de gesto, sem a publicao de

    nenhuma prestao de conta, sequer a de

    dezembro de 2010, est, no mnimo, bas-

    tante atrasada.

    Uma Tesouraria transparente mais

    que uma questo meramente administra-

    tiva ou burocrtica. Tesouraria poltica.

    Abrir as contas do XI permitir que os

    alunos possam conhecer a realidade de

    seu Centro Acadmico. Transparncia

    garante que os alunos possam compreen-

    der, debater, criticar e apresentar propos-

    tas quanto viabilidade de todas as ativi-

    dades da Faculdade. Por que determinada

    entidade deste ou daquele jeito?

    Mais que isso, comprometimento

    e transparncia fundamental para que

    haja uma accountability em nosso XI.

    Seu oramento bastante significativo e

    imperativo que se garantam mecanismos

    que o mantenha inclume de operaes

    de moralidade bastante duvidosa.

    Ademais, a atual gesto do Centro Acadmico alterou

    a distribuio dos investimentos entre renda fixa e vari-

    vel estabelecida na Assembleia de 2008: havia sido de-

    cidido que no mnimo 67% do capital seria investido em

    renda fixa e o restante em renda varivel [na verdade,

    foi decidido justamente o contrrio!]; hoje, mais de 80%

    do valor do Fundo encontra-se investido em renda vari-

    vel (Frum da Esquerda, Carta Programa 20XI, p. 8)

    PORTAL DA TRANSPARNCIA uma ferramenta online que

    tem por objetivo promover a transparncia de gesto e estimular,

    por meio do acompanhamento da execuo financeira de programas

    e aes, a participao e o controle social. () Comprometido comuma gesto transparente e responsvel, o Frum da Esquerda apli-

    car esse bem-sucedido modelo tambm no Centro Acadmico XI

    de Agosto. O sistema contar com a Tesouraria Online, espao onde

    sero publicizadas as movimentaes financeiras da gesto. Alm dis-

    so, disponibilizar as seguintes informaes: balancetes pontualmente

    bimestrais do Centro Acadmico, obrigao estatutria da Diretoria

    do XI, contendo grficos e notas explicativas sobre as receitas e as

    despesas (Frum da Esquerda, Carta Programa 20XI, p. 9).

    DIZIA O FRUMDA ESQUERDA...

    Fundo do XI

    Transparncia

    POLTICA ACADMICA

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    10/12

    lArAnJA10 Abril 20Xi

    Pelo fm da

    naturalidadeA homossexualidade ganha cada vez mais espao na so-

    ciedade em media contrria homofobia, que vem cada

    vez menos sendo tolerada. Notcias de grande repercusso

    como a agresso aos homossexuais na Paulista e a volta

    do Projeto de Lei 122 puxaram a pauta, qual o XI res-

    pondeu com o Ato contra a Homofobia. O Resgate no

    poderia deixar de se manifestar.

    POR AMANDA MATTA [183.XI],

    JLIA CRUZ [183.22]

    E THALES COIMBRA [181]

    No vou discutir promiscuida-

    de com quem quer que seja. No corro

    esse risco porque os meus filhos foram

    muito bem educados e no viveram em

    ambientes como lamentavelmente o

    teu. A frase dirigida pelo deputado Jair

    Bolsonaro cantora Preta Gil fez com

    que critic-lo, nos ltimos dias, tenha se

    tornado regra. Infelizmente, Bolsonaro

    parece no ter entendido a indignao

    nacional, j que em nota de esclareci-

    mento reforou sua postura preconcei-

    tuosa ao esclarecer que no estava se

    referindo a negros, mas a homossexu-

    ais. A atitude sintomtica, na medida

    em que demonstra como grupos igual-

    mente discriminados ainda so tratados

    como diferentes. A real preocupao do

    deputado no superar preconceitos,

    mas negar ter proferido uma frase racis-

    ta conduta criminalizada e condenada

    pela sociedade.

    Para combater tal incoerncia do

    Estado, que condena certos tipos de

    discriminao mas se cala quanto a ou-tros, foi proposto o PLC 122. Ele altera

    a lei nmero 7716/89 e o 3 do artigo

    140 do Cdigo Penal para punir, alm

    do preconceito de raa, cor, etnia e re-

    ligio, incluir o sde origem, condio

    de pessoa idosa ou com deficincia,

    gnero, sexo, orientao sexual ou iden-

    tidade de gnero. Embora polmico,

    o projeto de lei um passo necessriopara a concretizao da igualdade no

    apenas formal, mas tambm material e

    efetiva.

    A igualdade, este valor to caro

    democracia, inexiste enquanto duas pes-

    soas ainda enfrentam diferentes graus

    de obstculos para o acesso aos mes-

    mos direitos. Ela negada e continuar

    sendo sumariamente violada enquanto a

    orientao sexual de uma pessoa servir

    como fato gerador de danos. Danos es-

    tes de natureza material, na medida em

    que so vedados os direitos a penso e

    previdncia, por exemplo. Mas princi-

    CAMPANHA CONTRA A HOMOFOBIAEm 2009, o Resgate, enquanto 107 diretoria do XI, criou um grupo de estudos sobre a diversidade sexual, o GEDS. O que

    comeou com encontros descolados em que se conversava sobre experincias sobre ser gay acabou ficando srio. Tantoque em 2010 o GEDS passou a funcionar como grupo de extenso. As atividades envolviam um grupo de estudos, agra-

    dveis noites de conversa no Tmulo, uma parceria com o Centro de Combate Homofobia da Prefeitura de So Paulo,

    a exibio de filmes e a participao na matrcula dos calouros de 2010. O grupo refletia a sede dos alunos (de calouros a

    veteranos) por um espao de diversidade sexual institucionalizado, o que, ao que parece, mudou a cara da Faculdade. J tem

    gente, inclusive, que chame a Sanfran de gay friendly.

    Mas, no devemos nos enganar. A formao sobre a sexualidade (de heteros ou no-heteros) ainda precria tanto que

    h gente que ainda acredita na existncia de uma opo sexual assim como a abordagem em sala de aula que quase

    sempre cai num vazio legalismo. Por isso, o Resgate, de forma coerente com a sua atuao nos ltimos anos, expressa

    seu apoio campanha do XI de Agosto contra a homofobia e se coloca disposio para discutir a questo em pro-fundidade junto com a Gesto e com os demais alunos. Acreditamos que as formas de atuao e os fins da campanha

    devam ser discutidos amplamente com os alunos. Por isso, pedimos que a Gesto abra um espao de discusso o mais rpido

    possvel, seja atravs de reunies abertas ou uma comisso permanente.

    HOMOFOBIA

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    11/12

    Abril 20Xi lArAnJAmAro 20Xi Xi

    palmente danos imateriais: hostilizao

    familiar, humilhao pblica, presso

    psicolgica e tratamento diminutivo a

    uma minoria. So todas situaes com

    as quais um dito Estado Democrtico deDireito no pode ser conivente. A demo-

    cracia, neste caso, no est em respeitar

    a opinio da maioria sobre o assunto,

    mas em afirmar a garantia inviolvel de

    uma minoria dignidade.

    lamentvel que seja necessrio

    ao legislador especificar cada minoria

    no corpo da lei, mas esta pormenorie-

    dade um preo baixo a ser pago se amudana tornar-se efetiva. O enraiza-

    mento de comportamentos homofbi-

    cos na sociedade torna naturais posturas

    discriminatrias. Diante deste cenrio,

    para que a naturalidade seja rompida,

    faz-se necessrio um baque, um cho-

    que de realidade. Poderiam s-lo, esse

    baque, as falas do deputado. Mas elas

    no foram o suficiente. Os conhecidos

    relatos de agresso

    fsica no foram o

    suficiente. Os vdeos

    chocantes registrando

    leses corporais no

    foram o suficiente. A

    divulgao do nvel de

    suicdios entre jovens

    homossexuais no foi

    o suficiente. As mor-

    tes de ativistas ho-

    mossexuais no foram

    o suficiente. Quanto

    mais precisa ser perdido para que a ho-

    mofobia cotidiana passe a ser, de fato,

    condenada?

    O Estado no pode continuar ne-

    gligenciando tais fatos. Para mostrar

    sociedade a necessidade de mudana,talvez seja a lei o nico caminho pos-

    svel para se trazer tona a pauta da

    discriminao e negao de direitos

    aos grupos LGBTT. com esta propos-

    ta que dialoga o PL122, equiparando a

    homofobia a outras formas de discrimi-

    nao (como a decorrente de raa ou re-

    ligio). Embora muitotenha se dito quanto

    a um suposto cercea-

    mento da liberdade de

    expresso, o Projeto de

    Lei vem, na verdade,

    apenas para determinar

    que tambm a discri-

    minao homofbica

    punvel de acordo coma lei 7.716 e com o arti-

    go 140 do Cdigo Penal. Nos artigos da

    primeira, fica explcito o tipo de discri-

    minao a que se alude: a ttulo exem-

    plificativo, pode-se citar o art. 5 (recu-

    sar ou impedir acesso a estabelecimento

    comercial, negando-se a servir, atender

    ou receber cliente ou comprador), mui-

    to similar aos que o seguem. Embora

    no se possa negar que

    se trata de uma restrio

    da liberdade individual

    do prestador de servio,

    ela at mesmo esperada

    frente ao princpio con-

    traposto: a dignidade hu-

    mana. Da mesma forma,

    o art. 20, que criminaliza

    a prtica, induo ou in-

    citao da discriminao,

    um limite liberdade

    de expresso plenamente

    justificvel em nossa ordem jurdica,

    visto que visa garantia democrtica de

    tutela dos direitos das minorias. No se

    v, portanto, embasamento na defesa de

    que o PL seria um ataque liberdade de

    opinio, visto que sua redao enfoca asprticas discriminatrias, e no valores

    individuais.

    Embora seja extremamente vlida

    uma discusso sobre a eficcia da cri-

    minalizao de determinadas condutas,

    incoerente que se trave tal discusso

    apenas no tocante homofobia. No s

    o prprio PL 122, comotambm a legislao bra-

    sileira j positivada trata

    como crimes prticas dis-

    criminatrias relativas

    a religio ou raa, por

    exemplo. Se a sociedade

    se prope a reavaliar esta

    dimenso de nosso orde-

    namento, h que faz-lode forma qualificada e

    coesa, e no apenas relativamente a um

    grupo. Isto apenas refora a diminuio

    da minoria em questo.

    Incoerncias como esta demons-

    tram que a possvel aprovao do PL

    no , de forma alguma, o fim da luta

    pelos direitos da populao LGBTT.

    Uma lei que criminaliza a homofo-

    bia refora a legitimao dos direitos

    desse grupo, mas no vai impedir, por

    exemplo, que pais probam seus filhos

    de irem brincar na casa de amiguinhos

    possivelmente gays e nem vai conceder

    definitivamente aos homossexuais os

    direitos unio civil. No entanto, ela

    educativa por criar um ambiente hostil

    ao preconceito, em que o diferente no

    estigmatizado. Um meio tolerante per-

    mite que mais homossexuais se sintam

    vontade para assumirem suas reais

    condies e o consequente convvio

    com o diferente estimula ainda mais tal

    tolerncia.

    A consolidao de um ambiente re-

    ceptivo ao antes estigmatizado no f-

    cil: so necessrias ainda mais mudanas

    na legislao e a realizao de polticaspblicas, principalmente educacionais. A

    aprovao da lei no a soluo, mas ,

    sem dvida, um comeo.

    O enraizamento de

    comportamentos ho-mofbicos na socie-

    dade torna naturais

    posturas discrimina-trias. Diante deste

    cenrio, para quea naturalidade seja

    rompida faz-se neces-

    srio um baque, umchoque de realidade.

    Embora seja ex-

    tremamente vlida

    uma discusso sobrea eficcia da crimi-

    nalizao de deter-

    minadas condutas, incoerente que se

    trave tal discusso

    apenas no tocan-

    te homofobia.

    HOMOFOBIA

  • 8/7/2019 Laranja Edio 2

    12/12

    Transparncia

    Prestaes de contas sempre

    pontuais. Foi o que prometeu o

    Frum da Esquerda em sua Carta

    Programa do ano passado, en-quanto injustamente acusava o

    Resgate de faltar com a trans-

    parncia. Completos 4 meses de

    gesto, no entanto, as prestaes

    bimestrais ainda no saram.

    Parcialidade

    Falta no ltimo jornal do XI o texto do om-

    budsman, reafirmando mais uma vez, comperdo da redundncia, sua parcialidade.

    Problemas na gesto a serem criticados no

    faltam e, ainda assim, ele abstm-se de apon-

    tarem-nos.

    Cartazes Depredados

    Boa parte dos 50 cartazes do Resgate co-

    lados na ltima semana pela Faculdade foi

    rasgada, arrancada, amassada e depredada.

    Sabemos que alguns deles foram retirados

    por um funcionrio da Faculdade junto com

    todas as outras publicaes nas paredes,

    mas esse, infelizmente, no foi o destino da

    grande maioria deles. Pedimos a todos que

    respeitem nossos textos. Caso discordem de

    nossas ideias, publiquem vocs mesmo tex-

    tos de resposta e, se assim desejarem, colem-

    -nos pela Faculdade, tendo a certeza de que

    no arrancaremos nenhum.

    Jornal Rasgado

    Vimos um membro da atual gesto do Centro Acadmico rasgando um exem-

    plar de nosso primeiro Laranja. Mais uma vez, pedimos que respeitem nossaspublicaes. Justificava-se a pessoa dizendo que escrevamos mentiras. O

    gesto denota intolerncia, pois, para o intolerante, s verdade aquilo que

    ele prprio acredita, taxando de mentira todas as ideias a ele contrrias. O

    fato s reafirma a importncia da defesa de um ambiente plural nas Arcadas.

    Primrio a isso, o jornal foi rodado com a cota livre de xrox do prprio XI.

    O livreda expresso, entretanto, no significa ilimitado e irrestrito, muito

    menos desonerado. Tudo o que rodado sai do patrimnio do Centro Acad-

    mico. Rasgar nosso jornal , portanto, e antes de tudo, desrespeitar o patri-

    mnio do XI de Agosto e, por conseguinte, dos alunos.

    Apoio Campanha Contra a Homofobia

    O Resgate apoia toda e qualquer manifestao de repdio a todo e qualquer

    tipo de preconceito, inclusive homofobia. O ensejo parece fcil e oportunis-

    ta, mas realmente acreditamos ser louvvel a iniciativa do Centro Acadmico

    de promover tal ato. Manifestamos, por meio desta nota, nosso apoio, com a

    esperana de que bandeiras dessa magnitude e importncia possam superar di-

    ferenas ideolgicas entre os partidos para ganharem, como merecem, o Largo

    de So Francisco por inteiro.

    Crtica Campanha Contra a Homofobia

    Tendo manifestado nosso apoio incondicional causa

    LGBTT, temos, no entanto, crticas ao modo de conduo

    da campanha. Questionamos, por exemplo, a presena de

    Marta Suplicy no ato de lanamento, quando em sua cam-

    panha insinuou-se uma suposta orientao sexual do ento

    concorrente Kassab como sendo relevante para a disputa.

    Atentamos ainda absoluta falta de discusso acerca da

    criminalizao da homofobia. Ainda que apoiemos a causa,entendemos que mesmo dentre os homossexuais a pauta

    no consenso. Seria rico para o debate e respeitoso com

    as opinies diversas que esse outro lado fosse trazido.

    Para qu Canhoto...

    ...se agora temos O Onze de Agosto? Esse parece ser

    o pensamento da atual gesto quanto ao jornal institu-

    cional do Centro Acadmico. Durante nossa gesto do

    ano passado, estava em vias de consolidao um proje-

    to de jornal que previa a criao de um Conselho Edi-

    torial independente para a realizao de publicaes

    verdadeiramente dos alunos. O Frum, no entanto, re-

    chaou nossa proposta e descontinuou o projeto, acre-

    ditando de maneira nada institucional que a verdadeira

    vocao d O Onze de Agosto servir de instrumento

    do partido para transmisso de seus ideais.

    Kassab EngraadinhoDepois da inusitada criao de um novo partido (que alguns consideram nascido para mor-

    rer), nosso prefeito voltou a nos deliciar com suas plulas de sabedoria. Logo aps se au-

    todefinir como "um poltico sem ambio", essa semana, no Roda Viva (da TV Cultura), o

    lder do PSD lanou: "So Paulo, embora tenha trnsito, uma cidades maravilhosa, cheia

    de lugares lindos pra se visitar!"

    Curtas Ctricas

    lArAnJA12 Abril 20XiCURTAS CTRICAS