LANO ERONTOLÓGICO UNICIPAL PLANO GERONTOLÓGICO … · partilhada com todos os membros do CLAS -...
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MUNICÍPIO DA LOURINHÃCOORDENAÇÃO DE INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL
INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIAESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
JULHO | 20
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LOURINHÃ VENÇÃO SOCIOCULTURAL
LEIRIA AÚDE
JULHO | 2015
[Escreva uma citação do documento ou o resumo de um ponto interessante. Pode posicionar a caixa de texto em
documento. Utilize o separador Ferramentas da Caixa de Texto para alterar a formatação
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 2
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
CONCELHO DA LOURINHÃ
PLANO GERONTOLÓGICO
2016 - 2020
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 3
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Índice
1. SUMÁRIO EXECUTIVO ........................................................................................... 4
2. CONTEXTO .............................................................................................................. 8
3. UM OLHAR ESTRATÉGICO SOBRE O ENVELHECIMENTO POPU LACIONAL .... 9
4. UMA VISÃO POSITIVA SOBRE O ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL ... 10
5. DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA SOBRE ENVELHECIMEN TO ATIVO NO CONCELHO DA LOURINHÃ .............................. ....................................................... 13
5.1 A ESTRATÉGIA DELINEADA ...................................................................................... 14 5.2 O PROCESSO DE CONSULTA PÚBLICA ...................................................................... 15
6. A ESTRATÉGIA SOBRE ENVELHECIMENTO PARA O CONCELH O DA LOURINHÃ EM TRAÇOS GERAIS ......................... ................................................... 20
6.1 A VISÃO ................................................................................................................. 21 6.2 PRINCÍPIOS OPERATIVOS ......................................................................................... 22 6.3 EIXOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................. 22
7. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO GERONTOLÓGICO ........... ................................. 50
7.1 PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA DE PLANO GERONTOLÓGICO .................... 50
8. ANEXOS ................................................................................................................ 65
8.1 ESTATÍSTICAS CONCELHIAS .................................................................................... 66 8.2 MEDIDAS ESPECÍFICAS DE AÇÃO .............................................................................. 70
Índice de figuras
Figura 1: Determinantes sociais. Construído com base no modelo de Dahlgren e Whitehead .................................................................................................................. 11 Figura 2: Viver mais, viver melhor. Construído com base na proposta da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico. ................................................ 12 Figura 3: Ciclo de vida humano ................................................................................. 13 Figura 4: Os determinantes de envelhecimento ativo. Com base na proposta da OMS (2002). ........................................................................................................................ 20
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1. Sumário executivo Vivemos na Era do Envelhecimento, como é intitulada pelas Nações Unidas. No
contexto das consequências e desafios que a maior longevidade acarreta, a
Organização Mundial da Saúde adotou, no final dos anos 90 (século 20), o paradigma
“Envelhecimento Ativo”, entendido como processo de cidadania plena, em que se
otimizam oportunidades de participação, segurança e maior qualidade de vida à
medida que as pessoas envelhecem. Sai-se de uma visão reativa, centrada nas
necessidades básicas e na qual a pessoa é um agente passivo, para uma outra, pró-
ativa, que reconhece a pessoa como elemento capaz e atuante.
A população está a envelhecer, é do conhecimento geral. Segundo a PORDATA –
Base de Dados Portugal Contemporâneo, na Lourinhã, o n.º de idosos por 100 jovens
tem registado um acréscimo:
Lourinhã (Município) 2001 2011 2013 Idosos por cada 100 jovens 108,3 117,4 123,0
Apesar de tudo, à exceção de 2001, o concelho apresenta um valor substancialmente
inferior ao registado no território nacional, 133,5 idosos por cada 100 jovens (2013) e
ao Oeste (132,6, em 2013). Em 2013, 19% da população concelhia tinha 65 ou mais
anos de idade, verificando-se um aumento de 1,3% face a 2001. Segundo Alvarenga
(2001) fatores como a diminuição das taxas de natalidade e o aumento substancial da
esperança média de vida são fundamentais para a situação. O número de
nascimentos, entre 2011 (236) e 2013 (184) diminuiu de forma alarmante, ou seja,
22%.
Porque o Município da Lourinhã estabelece como prioridade política a promoção da
saúde física, mental, social e espiritual dos munícipes, desenvolvendo políticas e
estratégias de proximidade, integração e valorização, a construção do Plano
Gerontológico Municipal (PGM) torna-se um importante instrumento para, em
concertação com os agentes da comunidade com responsabilidade na matéria, divisar
um Envelhecimento Inclusivo, Amigável, Ativo e Saudável no concelho da Lourinhã.
O trabalho já produzido localmente ao longo dos últimos anos espelha a crescente
preocupação pela qualidade de vida dos nossos cidadãos, nomeadamente:
• Adesão à Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, em 2004, estabelecendo como
objetivo estratégico a promoção da saúde dos munícipes e o desenvolvimento
sustentável do concelho, refletindo-se anualmente em diversas ações de
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sensibilização/educação e atividades lúdicas/desportivas (caminhadas, jornada da
saúde e do bem estar, congresso sobre o envelhecimento ativo, passeios sénior,
classe de movimento…);
• Diagnóstico Social, produzido em 2006 pela Rede Social, ao sinalizar a
problemática e fatores determinantes associados (que voltam a evidenciar-se no
nosso inquérito IAtivo 65+, no âmbito do PGM 2015), aconselhando a adoção de
mais respostas sociais de combate ao isolamento da população idosa. Se bem que
não associado especificamente a idosos, refere ainda as vítimas de violência
doméstica (Eixo I – Intervenção dirigida a grupos específicos), e ainda as carências
de respostas ao nível da saúde mental (Eixo III – Promoção da Saúde);
• Implementação de novas respostas, previstas no Plano de Desenvolvimento Social
(PDS), na sequência do Diagnóstico Social realizado, nomeadamente; a) Criação
da Academia Cultural Sénior, em 2007, promovida pelo Município, sendo
posteriormente protocolada a sua gestão e dinamização ao Centro Social Paroquial
da Lourinhã (atualmente com uma oferta formativa de 18 disciplinas); b) Criação do
Banco Local de Voluntariado, em 2006, serviço municipal com mais de 200
voluntários inscritos.
• Plano Estratégico da Lourinhã, que assume um modelo de concelho assente no
território, nas pessoas e na qualidade de vida;
• A existência de respostas, desenvolvidas no setor público e privado, com ou sem
fins lucrativos:
o Respostas sociais de Centros de dia, Centros de convívio, Lares, Apoio
domiciliário (higiene pessoal e habitacional, alimentação e tratamento
de roupas), Residências assistidas;
o Rede Nacional para os Cuidados Continuados Integrados, através de
Unidade de Internamento (Unidade de Cuidados Paliativos, Unidade de
Longa Duração e Manutenção), e, através de equipa domiciliária
(equipa de cuidados continuados integrados)1;
o Contudo, não dispomos de respostas sociais como o Centro de Noite,
Acolhimento Familiar para pessoas idosas, ou estruturas dedicadas ao
idoso com doença mental.
• Outras ações mais recentemente desenvolvidas no concelho que contribuem para
tornar a rede de apoio ao idoso mais consistente e abrangente, tal como, a
prestação de serviço de apoio domiciliário nos 7 dias da semana (5 instituições),
uma sala de snoezelen, e um circuito de manutenção e geriátrico.
1 Fonte: www.acss.min-saude.pt (departamentos e unidades/departamento gestão rede serviços – recursos em saúde/cuidados continuados e integrados)
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Considerámos assim os seguintes objetivos de trabalho para este projeto:
1. Identificar necessidades das pessoas com mais de 65 anos de idade
residentes no concelho;
2. Perspetivar novas respostas de intervenção nesta franja populacional;
3. Incluir a comunidade no plano de intervenção traçado.
A investigação suporta-se na parceria celebrada com o IPL – Escola Superior de
Saúde de Leiria, sob a coordenação do Professor Doutor Baltazar Ricardo Monteiro. O
convite partiu do Município da Lourinhã, considerando a sua experiência positiva tida
no Município de Peniche, na construção do Plano Gerontológico para o concelho de
Peniche 2013-20172.
Inclui na sua análise e proposta de intervenção o contributo das consultas diretas
efetuadas a cidadãos seniores, com autonomia de vida, não institucionalizados (com
recurso à metodologia de focus group e aplicação do inquérito IAtivo 65+), às suas
vivências e preocupações, as auscultações realizadas a técnicos de entidades
públicas e privadas locais (metodologia de focus group), e as observações dos
entrevistadores colaboradores do inquérito IAtivo 65+ (em reunião de avaliação final).
O documento identifica um conjunto de medidas que o Município tenciona promover,
organizar e apoiar no âmbito de 4 eixos de intervenção prioritárias:
I. Remover barreiras à participação social e promover o contínuo envolvimento das
pessoas à medida a que envelhecem, em todas as esferas da vida social, cultural e
económica do concelho da Lourinhã, de acordo com as suas necessidades,
preferências e capacidades;
II. Apoiar as pessoas na manutenção, melhoria e gestão da sua saúde e bem-estar
físico e mental, à medida que envelhecem;
III. Providenciar para que as pessoas envelheçam com confiança, segurança e
dignidade nas suas casas, pelo tempo que entenderem;
IV. Apoiar a investigação o desenvolvimento de respostas inovadoras às necessidades
das populações do concelho da Lourinhã
Cada eixo integra os seus objetivos definidos e medidas, com a respetiva
calendarização, e indicadores de execução.
2 Acessível em www.cm-peniche.pt
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No caminho, os principais obstáculos encontrados centraram-se no inquérito IAtivo
65+, em particular os poucos recursos humanos disponíveis; a dificuldade em
identificar cidadãos a inquirir; o prazo inicial apertado de aplicação do questionário,
dada a morosidade do mesmo; o n.º elevado de questionários a realizar; o período de
execução dos inquéritos ter incluído o verão e férias familiares dos potenciais
inquiridos, forçando-nos a uma interrupção temporária. Por essas razões, houve
necessidade de:
a) Estender a data limite da sua aplicação;
b) Reduzir o n.º de questionários a aplicar nas Uniões de Freguesia (5% da
população idosa, em vez de 10%, com base nos Censos 2011), e reforçar a
importância do apoio das Juntas de Freguesia para identificarem e contactarem
inquiridos e disponibilizarem as suas instalações para o efeito. Por razões de
segurança e confiança do inquirido, privilegiámos a realização das entrevistas
nas sedes das Juntas, que provou ser o mais adequado.
Uma outra dificuldade prendeu-se com o facto da equipa de trabalho (Câmara
Municipal e IPL-ESS) necessitar de conciliar esta tarefa com outras funções
normalmente exercidas e demais responsabilidades que entretanto foram surgindo,
com inevitáveis repercussões na celeridade do projeto.
A linha temporal do plano é prolongada, 5 anos, pelo que será expetável, a
necessidade posterior de readequar objetivos e/ou ações, em sede de Rede Social.
Exigirá a constituição de grupo(s) de monitorização constante ao plano. Significa que,
se a iniciativa e condução do agora intitulado Plano Gerontológico Municipal, é
assumida pelo município, já a responsabilidade da sua aplicação e eficácia é
partilhada com todos os membros do CLAS - Rede Social da Lourinhã, a quem o
documento é apresentado para discussão, aprovação e definição de grupo(s) de
trabalho com vista à sua monitorização.
Agradecimentos devidos a todas as juntas de freguesia, entidades com respostas
sociais ao idoso e farmácias do concelho que se envolveram no processo, bem como
às Paróquias do concelho. Um agradecimento especial aos voluntários que
colaboraram, com determinação e afinco, na aplicação do inquérito Iativo 65+.
O contributo e eficiência da presente proposta de intervenção, multifacetada e
participativa depende da capacidade de todos trabalharmos de forma articulada, de
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forma a ultrapassar obstáculos, e encontrar soluções que melhor nos sirvam enquanto
cidadãos da Lourinhã, às nossas famílias e comunidade no seu todo.
2. Contexto
Envelhecimento individual e populacional – motivos para celebração
O envelhecimento populacional constitui uma história de sucesso, mesmo que muitos
sectores sociais lhe associem implicações profundas do ponto de vista económico,
social e político.
De facto existe uma maior longevidade das populações, particularmente das mulheres
e este fator ocorre ao mesmo tempo a que tem diminuído a natalidade e se reduz a
população ativa. As pessoas vivem cada vez com mais saúde e por mais tempo,
recaindo as necessidades de apoio numa fase cada vez mais tardia das suas vidas.
Existe também, propensão para olhar as pessoas com mais idade como um grupo
social de pessoas com iguais necessidades de apoio e proteção, que pesam cada vez
mais sobre o sistema económico e de segurança social.
Pelo contrário, cada vez recolhe mais apoio a ideia de que a sociedade tem lugar para
todas as gerações, todas acrescem valor para a comunidade e os últimos anos de vida
constituem novos começos e possibilidades. Se olharmos para o envelhecimento
populacional de uma forma dinâmica reconhecemos a verdade nas anteriores
afirmações: vivemos com melhores condições e bem estar, aumentamos a tendência
para participar na família e na sociedade, temos cada vez melhor preparação pessoal
e escolar e percursos profissionais mais diversificados.
Todos estes fatores somados dão-nos a indicação de que as últimas fases da vida
devem ser uma época de fortalecimento da cidadania e da participação social, de
envolvimento com atividades que contribuam para a nossa saúde física e mental, um
tempo de envolvimento com a família, amigos, vizinhos e com outras redes sociais que
escolhermos.
Estes desenvolvimentos possuem uma série de valores subjacentes que necessitamos
de preservar e estimular conjuntamente:
• Uma abordagem positiva acerca do envelhecimento, baseada no conceito de
solidariedade intergeracional.
• Conhecimento acerca dos determinantes de um envelhecimento ativo e
saudável e ênfase na adoção de uma abordagem de ciclo de vida em relação
aos determinantes sociais.
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• Adoção de conceitos positivos acerca do envelhecimento. Envelhecimento
ativo e saudável, envelhecimento positivo e bem sucedido, são conceitos que
transmitem uma questão fundamental: as pessoas mais velhas são capazes de
viver de modo autossuficiente, compensando as perdas com sucesso,
contribuindo para o bem público, ajudando-se a si mesmos e aos outros e
vivendo as suas vidas com dignidade, através de um envolvimento familiar e
social significativo.
3. Um olhar estratégico sobre o envelhecimento populacional
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com as Nações Unidades
(UN) o envelhecimento populacional constitui uma história de sucesso para a
humanidade, mas também um dos maiores desafios e uma enorme oportunidade: o
desenvolvimento de um novo mercado. Não se trata apenas de consumir bens
relacionados com a saúde e a segurança. Trata-se de uma população que tem outros
interesses ligados ao lazer, às viagens e mesmo a produtos quotidianos diferentes.
É por isso que aquelas organizações recomendam que será o modo como planeamos
o envelhecimento populacional, como esperamos lidar com os desafios e as
oportunidades, que determinarão o que poderemos beneficiar individual e
coletivamente em termos dos dividendos da longevidade. Resumidamente, aquelas
organizações propõem que as comunidades que planeiam sobre estas matérias
podem dar-se ao luxo de envelhecer!
O planeamento sobre matérias de envelhecimento populacional está
fundamentalmente relacionado com as formas de manter as pessoas saudáveis pelo
tempo mais longo possível. Mas requer ainda que se pense no impacto positivo que
um grupo populacional cada vez mais numeroso de consumidores, trabalhadores,
mentores, cuidadores, voluntários e sobretudo enquanto cidadãos terá em termos de
oportunidades sociais.
Existem vastas evidências de que a inovação, a cooperação entre os vários sectores,
o planeamento prospetivo e as escolhas políticas elaboradas sobre evidências irá
permitir que se possa gerir devidamente esta tendência demográfica que se manterá
por muitos anos.
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4. Uma visão positiva sobre o envelhecimento ativo e saudável Apesar da forma positiva como as organizações internacionais nos desafiam a olhar o
envelhecimento são várias as dificuldades com que estamos a lidar. Entre as mais
importantes poderemos descrever o nosso pouco envolvimento com a investigação, a
inovação e os estilos de vida saudáveis, a falta de cooperação entre os sectores da
saúde e destes com outras áreas concomitantes, como a segurança social; a
fragmentação do sistema de saúde, a falta de integração de cuidados, as barreiras e
estrangulamentos no acesso aos cuidados de saúde, dificuldades constantes na
interoperabilidade dos sistemas, a inflexibilidade ou desadequação legislativa.
A ideia de envelhecimento ativo e saudável constitui-se num processo de otimização
de oportunidades, participação e segurança, de modo a melhorar a qualidade de vida
das pessoas que estão a envelhecer. O planeamento faz-se fundamentalmente para
quem irá enfrentar esta situação, com base nas lições que retiramos da declaração de
necessidades de quem está já com 65 ou mais anos.
O conceito de envelhecimento ativo e saudável aplica-se às pessoas e aos grupos
populacionais. Ativo porque pressupõe uma contínua participação social, económica,
cultural, espiritual e cívica e não a simples capacidade para se manter fisicamente
ativo ou fazer parte da população ativa. A saúde refere-se à capacidade de adaptação
e de autonomia, face aos desafios sociais, físicos e emocionais.
O bem-estar é um estado mental, social e físico positivo que requer que as
necessidades básicas tenham sido satisfeitas, que as pessoas partilhem o sentido de
uma vida com finalidades e que se sintam capazes de alcançar objetivos importantes
para si e para o coletivo, que desenvolvam sentido de pertença numa sociedade onde
vivam vidas significativas. O bem-estar das pessoas mais idosas decorre desta ideia,
ou seja, um conceito afirmativo de saúde, atividade, positividade, produtividade e
sucesso.
Na figura 1 podem ver-se os fatores que possuem impacto sobre a saúde e o bem-
estar das pessoas (sendo ou não idosas). Ao longo das suas vidas as pessoas lidam
com aspetos que lhes são intrínsecos (a idade, o sexo e a hereditariedade) e com
outros que as afetam de um modo diferente, consoante o nível socioeconómico a que
pertencem e contexto socioeconómico e político onde estão inseridos.
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Figura 1 : Determinantes sociais. Construído com base no mod elo de Dahlgren e Whitehead
Esses fatores são de ordem
ambientais); meso (a produção agrícola e de alimentos, a educação, o ambiente de
trabalho, as condições de vida e de trabalho, o desemprego, o fornecimento de água e
os esgotos, os serviços sociais e de saúde e as condições de habitação;
sociais e comunitárias e os estilos de vida que cada um escolhe ter). Os determinantes
sociais da saúde (figura 1) concentram todos os fatores que têm impacto na saúde e
no bem estar das pessoas, ao longo das suas vidas. São fatores que nos
acompanham no nascimento, no crescimento, na nossa vida adulta, no nosso trabalho
e no nosso envelhecimento. Não são as causas de doenças, mas são as causas de
todas as causas.
Porém, um contexto em que os cidadãos passarão a viver mais anos para além das
habituais idades de reforma, constitui um desafio e terá repercussões em todas as
áreas políticas. Não apenas porque se reconhece que a saúde e o bem estar
dependem de múltiplos fatores (como s
possuem impacto em todas as esferas sociais: uma sociedade produtiva e inovadora é
também uma sociedade saudável. Nessa medida aqueles determinantes não se
relacionam exclusivamente com a saúde, pois tocam todos os asp
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: Determinantes sociais. Construído com base no mod elo de Dahlgren e Whitehead
Esses fatores são de ordem macro (as condições socioeconómicas, culturais e
(a produção agrícola e de alimentos, a educação, o ambiente de
trabalho, as condições de vida e de trabalho, o desemprego, o fornecimento de água e
tos, os serviços sociais e de saúde e as condições de habitação;
sociais e comunitárias e os estilos de vida que cada um escolhe ter). Os determinantes
sociais da saúde (figura 1) concentram todos os fatores que têm impacto na saúde e
star das pessoas, ao longo das suas vidas. São fatores que nos
acompanham no nascimento, no crescimento, na nossa vida adulta, no nosso trabalho
e no nosso envelhecimento. Não são as causas de doenças, mas são as causas de
to em que os cidadãos passarão a viver mais anos para além das
habituais idades de reforma, constitui um desafio e terá repercussões em todas as
áreas políticas. Não apenas porque se reconhece que a saúde e o bem estar
dependem de múltiplos fatores (como se descreveu acima), mas também porque
possuem impacto em todas as esferas sociais: uma sociedade produtiva e inovadora é
também uma sociedade saudável. Nessa medida aqueles determinantes não se
relacionam exclusivamente com a saúde, pois tocam todos os aspetos da sociedade,
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: Determinantes sociais. Construído com base no mod elo de Dahlgren e Whitehead
(as condições socioeconómicas, culturais e
(a produção agrícola e de alimentos, a educação, o ambiente de
trabalho, as condições de vida e de trabalho, o desemprego, o fornecimento de água e
tos, os serviços sociais e de saúde e as condições de habitação; micro (redes
sociais e comunitárias e os estilos de vida que cada um escolhe ter). Os determinantes
sociais da saúde (figura 1) concentram todos os fatores que têm impacto na saúde e
star das pessoas, ao longo das suas vidas. São fatores que nos
acompanham no nascimento, no crescimento, na nossa vida adulta, no nosso trabalho
e no nosso envelhecimento. Não são as causas de doenças, mas são as causas de
to em que os cidadãos passarão a viver mais anos para além das
habituais idades de reforma, constitui um desafio e terá repercussões em todas as
áreas políticas. Não apenas porque se reconhece que a saúde e o bem estar
e descreveu acima), mas também porque
possuem impacto em todas as esferas sociais: uma sociedade produtiva e inovadora é
também uma sociedade saudável. Nessa medida aqueles determinantes não se
etos da sociedade,
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fazendo com que cada um dos sectores sociais assuma as responsabilidades que tem
na influência sobre os determinantes sociais de saúde.
Há contudo uma outra realidade importante: passámos a sofrer de doenças crónicas.
São doenças incuráveis que nos acompanham, em muitas circunstâncias, durante
toda a vida. Se não as podemos curar, temos de as controlar, ou seja, de aprender a
viver com elas, umas vezes com a ajuda da família, outras com a ajuda de
profissionais, seja da área da saúde, se
de saúde em mudança, para se adaptar aos novos desafios, ao mesmo tempo a que
lidamos com a integração de novas tecnologias que podem vir a modificar muito a
forma como lidamos com os serviços de saúde, com o
formas de financiamento desses mesmos cuidados. Quer dizer então que
pode ver na figura 2 – viver mais e melhor significa que tenhamos pessoas cada vez
mais ativas, participantes e independentes, capazes de gerir melho
sua doença e fazendo uso adequado das tecnologias que vão sendo desenvolvidas.
Figura 2 : Viver mais, viver melhor. Construído com base na p roposta da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Económico.
Esta visão da realidade sobre o envelhecimento transporta
importante neste contexto: o envelhecimento positivo. Estamos a trabalhar com esta
ideia até ao momento, na medida em que temos vindo a afirmar que o objetivo do
plano gerontológico é a qualidade de vida e uma ação sobre o ciclo de vida dos
cidadãos residentes na Lourinhã, em vez de nos focarmos exclusivamente nas
pessoas que estão já a viver esta realidade. Focamo
oportunidades que se colocam ao longo
populacional um conceito que deve ser integrado na vida de todo o concelho e ao
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fazendo com que cada um dos sectores sociais assuma as responsabilidades que tem
na influência sobre os determinantes sociais de saúde.
Há contudo uma outra realidade importante: passámos a sofrer de doenças crónicas.
veis que nos acompanham, em muitas circunstâncias, durante
toda a vida. Se não as podemos curar, temos de as controlar, ou seja, de aprender a
viver com elas, umas vezes com a ajuda da família, outras com a ajuda de
profissionais, seja da área da saúde, seja da área social. Por isso, teremos um sistema
de saúde em mudança, para se adaptar aos novos desafios, ao mesmo tempo a que
lidamos com a integração de novas tecnologias que podem vir a modificar muito a
forma como lidamos com os serviços de saúde, com os serviços sociais e com as
formas de financiamento desses mesmos cuidados. Quer dizer então que
viver mais e melhor significa que tenhamos pessoas cada vez
mais ativas, participantes e independentes, capazes de gerir melhor a sua saúde e a
sua doença e fazendo uso adequado das tecnologias que vão sendo desenvolvidas.
: Viver mais, viver melhor. Construído com base na p roposta da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Económico.
Esta visão da realidade sobre o envelhecimento transporta-nos para outro conceito
importante neste contexto: o envelhecimento positivo. Estamos a trabalhar com esta
ideia até ao momento, na medida em que temos vindo a afirmar que o objetivo do
tológico é a qualidade de vida e uma ação sobre o ciclo de vida dos
cidadãos residentes na Lourinhã, em vez de nos focarmos exclusivamente nas
pessoas que estão já a viver esta realidade. Focamo-nos nos desafios e nas
oportunidades que se colocam ao longo da vida, fazendo do envelhecimento
populacional um conceito que deve ser integrado na vida de todo o concelho e ao
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fazendo com que cada um dos sectores sociais assuma as responsabilidades que tem
Há contudo uma outra realidade importante: passámos a sofrer de doenças crónicas.
veis que nos acompanham, em muitas circunstâncias, durante
toda a vida. Se não as podemos curar, temos de as controlar, ou seja, de aprender a
viver com elas, umas vezes com a ajuda da família, outras com a ajuda de
ja da área social. Por isso, teremos um sistema
de saúde em mudança, para se adaptar aos novos desafios, ao mesmo tempo a que
lidamos com a integração de novas tecnologias que podem vir a modificar muito a
s serviços sociais e com as
formas de financiamento desses mesmos cuidados. Quer dizer então que – como se
viver mais e melhor significa que tenhamos pessoas cada vez
r a sua saúde e a
sua doença e fazendo uso adequado das tecnologias que vão sendo desenvolvidas.
: Viver mais, viver melhor. Construído com base na p roposta da Organização para a
nos para outro conceito
importante neste contexto: o envelhecimento positivo. Estamos a trabalhar com esta
ideia até ao momento, na medida em que temos vindo a afirmar que o objetivo do
tológico é a qualidade de vida e uma ação sobre o ciclo de vida dos
cidadãos residentes na Lourinhã, em vez de nos focarmos exclusivamente nas
nos nos desafios e nas
da vida, fazendo do envelhecimento
populacional um conceito que deve ser integrado na vida de todo o concelho e ao
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longo de ciclo de vida de cada um. O envelhecimento positivo visa a continua
integração dos mais velhos na vida da comunidade, vendo-os como agentes de
mudança, de experiência acumulada e de saber que se transmite e se aplica às novas
realidades.
Figura 3: Ciclo de vida humano
Finalmente, convém fazer referência a um pressuposto importante deste plano:
envelhecer em casa. Esta ideia reafirma o desejo manifestado por muitas pessoas de
viverem pelo tempo que lhes seja possível, no domicílio de sua escolha, tenha este a
localização que tiver. Naturalmente que estas casas podem não ter as condições
necessárias e também sabemos que o isolamento e a mudança fazem parte das vidas
de cada um. Em qualquer momento as pessoas podem desejar – ou ter de – mudar
das casas onde escolheram morar, para uma instituição. Porém, é de todo o interesse
respeitar as escolhas de cada um e desenvolver os esforços necessários para corrigir
condições, acompanhar opções e ser presente de acordo com as necessidades. Nesta
matéria, as inovações tecnológicas desempenham já um papel bem evidente.
5. Desenvolvimento da estratégia sobre envelhecimento ativo no Concelho da Lourinhã
Em última análise a abordagem coletiva que fazemos acerca do envelhecimento vai
determinar o modo como nós, as nossas crianças e os nossos netos irão viver os seus
últimos anos de vida. Assim sendo, o concelho da Lourinhã reconhece que as pessoas
idosas possuem o direito a:
• Independência
• Participação
• Cuidados
• Autorrealização
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• Dignidade
Os idosos do nosso concelho são o espelho do nosso modo de lidar com essa
realidade. São uma enorme fatia populacional que continua a contribuir:
• Como consumidores e produtores, na economia e sociedade,
• Para as suas famílias, na qualidade de pais e avós,
• Como voluntários e membros de associações ao nível local.
Integrar estas ideias na vida do concelho corresponde a uma mudança que tem de ser
estimulada e acompanhada, em todos os sectores da comunidade (públicos, privados
e de terceiro sector) e em todas as idades (ao longo do ciclo de vida). A realidade é
que os idosos constituem-se num recurso vital para o desenvolvimento social e
económico do concelho.
O plano que está aqui delineado aponta o modo como se podem criar as
condições necessárias para apoiar pessoas e família s a planearem as suas vidas
futuras. Daí que se defenda a sua importância, não apenas para os que já são
considerados idosos, mas sobretudo para os que aind a não são.
5.1 A estratégia delineada O Município da Lourinhã, preocupado com o desenvolvimento de ações focadas na
população idosa e adaptadas às necessidades sentidas pela população e agentes
locais, decidiu promover um estudo que realize um diagnóstico social, com sinalização
de problemáticas e soluções concretas.
Pretende, desta forma, criar as condições propícias a uma intervenção
interinstitucional concertada e dinâmica que contribua para a melhoria da qualidade de
vida do idoso, de um envelhecimento ativo e saudável, assente num Plano
Gerontológico concelhio.
Para o efeito, contou com a colaboração da Escola Superior de Saúde do Instituto
Politécnico de Leiria em que, sob a coordenação técnico-científica do Professor Doutor
Baltazar Ricardo Monteiro, desenhou-se os moldes da investigação.
Ao Município competiu criar as condições necessárias ao desenvolvimento dos
trabalhos, tendo envolvido a participação de Juntas de Freguesia, Paróquias da
Lourinhã, Força de segurança militar, Empresas públicas e privadas locais com
respostas sociais para idosos, Farmácias, Voluntários e Comunidade em geral.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 15
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
5.2 O processo de consulta pública Embora a sociedade pense muitas vezes na criatividade como um processo individual,
a inteligência e a criatividade resultam em larga medida, da interação e da
colaboração entre as pessoas. Por isso acreditamos que a criatividade é social,
surgindo das atividades que se desenvolvem em contexto e interação com as outras
pessoas, neste caso, com os idosos do concelho da Lourinhã.
Foi por este motivo que, para o desenvolvimento deste projeto se desencadearam
processos de auscultação e participação direta de pessoas idosas. No fundo, o
trabalho aqui apresentado resulta da sua participação, testemunho das suas vivências
e experiências enquanto cidadãos deste concelho, quer através de reuniões quer de
inquéritos por entrevista.
Dos convites efetuados a múltiplas entidades do concelho, realizaram-se seis
reuniões (focus group) distribuídas da seguinte forma:
Três sessões de autodiagnóstico
Data: 13/06/2014
Grupo de alunos da Academia Cultural Sénior, Lourinhã
Foto:
Data: 13/06/2014
Grupo de frequentadores da sala de convívio da União de Freguesias de São
Bartolomeu e Moledo
Foto: sem registo
Data: 23/06/2014
Grupo de cidadãos da freguesia de Ribamar, no Centro Social e Cultural de Ribamar
Foto: sem registo
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 16
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Três sessões com técnicos de serviços/equipamentos do concelho
Data: 16/06/2014
Centro Social Paroquial da Lourinhã
Centro Social Paroquial de Moita dos Ferreiros
Centro Social Paroquial de Reguengo Grande
Centro Social e Cultural de Ribamar
Santa Casa da Misericórdia da Marteleira
Unidade de Cuidados na Comunidade da Lourinhã
Foto:
Data: 19/06/2014
AMETIC
Por Casa 24, Lda
Lar Vila Loba
Associação Cultural e Humanitária de Atalaia
Foto:
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 17
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Data: 23/06/2014
Farmácia Leal
Farmácia Marteleirense
Farmácia Correia Mendes
Farmácia Quintans
Foto:
Assim sendo participaram dez entidades públicas e privadas, com e sem fins lucrativos
com serviços de lar, apoio domiciliário, centro de dia, centro de convívio, bem como
unidades de cuidados continuados e da Unidade de Cuidados Continuados
Integrados. Complementarmente, participaram quatro farmácias do concelho, de um
total de seis existentes.
Os inquéritos por questionário foram realizados durante os meses de junho a outubro
de 2015, com interrupção em agosto. Foram
validados 304 inquéritos, correspondendo a 115
homens e 189 mulheres residentes nas onze ex-
freguesias (posteriormente agregados nas
atuais oito freguesias do concelho, segundo a
divisão administrativa em vigor), que passaram
a constituir a amostra do estudo.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 18
LOURINHÃÃ
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Tendo por base os Censos 2011 – Dados Definitivos, e para garantir a auscultação
efetiva em todas as freguesias, definiu-se uma amostra de 5% nas Uniões de
Freguesia e 10% nas restantes freguesias, tendo alcançado os seguintes resultados:
OBJETIVOS
LOURINHÃ (5%)
ATALAIA (5%)
MARTELEIRA (5%)
MIRAGAIA (5%)
MOITA FERREIROS
(10%)
HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M
90 40 51 20 9 11 20 8 12 18 9 10 47 21 26
Realizados
46 14 32 26 4 22 21 8 13 19 9 10 47 21 26
Desvio
- 44 - 26 - 19 + 6 - 5 + 11 - - - - - - - - -
União de Freguesias da Lourinhã e Atalaia União de Freguesias de Miragaia e
Marteleira
HM H M HM H M
Objetivo 5% 111 49 62 Objetivo 5% 39 17 22
Desvio - 39 - 31 - 8 Desvio + 1 0 + 1
(Continuação)
OBJETIVOS
SÃO BARTOLOMEU
(5%)
MOLEDO (5%)
REGUENGO GRANDE
(10%)
SANTA BARBARA
(10%)
VIMEIRO (10%)
RIBAMAR (10%)
HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M
11 5 6 6 3 3 40 18 22 30 12 18 31 14 17 30 14 16
Realizados
13 1 12 6 3 3 38 16 22 27 11 16 31 14 17 30 14 16
Desvio
+ 2 - 4 + 6 - - - - 2 - 2 0 - 3 - 1 - 2 - - - - - -
União de Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo
HM H M
Objetivo 5% 17 8 9
Desvio - - 4 + 6
O desvio final (concelho) cifrou-se nos 39 questionários por aplicar. De referir o n.º
significativo de questionários não aplicados na U.F.L.A.. Este resultado, de qualquer
modo, não prejudica a análise global.
A GNR foi avisada, para evitar situações de burlas e roubos. A população foi
informada da realização do estudo por intermédio de jornal, rádio, site do município, e
igrejas concelhias. Na maioria dos casos, as entrevistas decorreram em instalações
públicas de referência, conhecidas da população (Juntas de Freguesia, centros de
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 19
LOURINHÃÃ
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convívio). Foram constituídas equipas de entrevistadores por freguesia tendo por base
a sua proximidade/vizinhança face aos inquiridos.
ORIGEM DOS ENTREVISTADORES N.º N.º INQUÉRITOS
APLICADOS % %
Município da Lourinhã 3 101 33 33
Juntas de Freguesia 4 72 23 67
IPSS´S 2 35 11
Voluntários 13 100 33
TOTAL 22 308 (*) 100 100
(*) dos quais 304 inquéritos foram validados, 4 excluídos
Todos os colaboradores encontravam-se devidamente certificados e identificados com
um cartão emitido pelo Município. Receberam formação prévia específica para a
tarefa, tendo-se realizado duas ações, em horário adaptado à disponibilidade destes.
1ª ação de formação de entrevistadores | Data: 21 e 22.05.2015
2ª ação de formação de entrevistadores | Data: 24.05.2015
Concluído o trabalho no terreno, avançou-se para a fase de inserção dos dados
obtidos por questionário em programa informático, durante outubro e novembro.
O inquérito estava construído com recurso às dimensões do envelhecimento ativo3
constantes do diagrama seguinte.
3 World Health Organization (2002). Active ageing: a policy framework. A contribution of the Health Organization to the second United Nations World Assembly on Ageing. Madrid
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ
Figura 4 : Os determinantes de envelhecimento ativo. Com bas e na proposta da OMS (2002).
Os indicadores que constam de cada um dos determinantes foram construídos com
base na literatura disponível e em instrumentos de recolha de dados previamente
existentes e validados para a realidade nacional.
A conjugação dos resultados obtidos foi vertida numa matriz analítica que permitiu
aplicar a estatística descritiva e posteriormente, o desenvolvimento de grandes linhas
de ação, respetivos programas, indicação dos obje
repercussões (outcomes), de forma a poder fazer
políticas.
Para além destas perguntas, também havia outras que se destinavam a conhecer
dados sociodemográficos: sexo, idade, naturalidade,
civil e habilitações literárias. O questionário fic
normalmente 45 a 60 minutos a preencher.
6. A estratégia sobre envelhecimento para o Concelho da Lourinhã em traços gerais
A estratégia destina-se a funcionar como catalisadora de ações e inovação destinada
a promover a saúde, o bem estar e a qualidade de vida entre os cidadãos da Lourinhã,
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
: Os determinantes de envelhecimento ativo. Com bas e na proposta da OMS (2002).
Os indicadores que constam de cada um dos determinantes foram construídos com
base na literatura disponível e em instrumentos de recolha de dados previamente
validados para a realidade nacional.
A conjugação dos resultados obtidos foi vertida numa matriz analítica que permitiu
aplicar a estatística descritiva e posteriormente, o desenvolvimento de grandes linhas
de ação, respetivos programas, indicação dos objetivos, intervenientes, resultados e
), de forma a poder fazer-se avaliação dos programas e das
Para além destas perguntas, também havia outras que se destinavam a conhecer
dados sociodemográficos: sexo, idade, naturalidade, nacionalidade, profissão, estado
civil e habilitações literárias. O questionário ficou com 179 perguntas e demorava
minutos a preencher.
. A estratégia sobre envelhecimento para o Concelho da Lourinhã em traços gerais
se a funcionar como catalisadora de ações e inovação destinada
a promover a saúde, o bem estar e a qualidade de vida entre os cidadãos da Lourinhã,
Coordenação de Intervenção Sociocultural 20
LOURINHÃÃ
: Os determinantes de envelhecimento ativo. Com bas e na proposta da OMS (2002).
Os indicadores que constam de cada um dos determinantes foram construídos com
base na literatura disponível e em instrumentos de recolha de dados previamente
A conjugação dos resultados obtidos foi vertida numa matriz analítica que permitiu
aplicar a estatística descritiva e posteriormente, o desenvolvimento de grandes linhas
tivos, intervenientes, resultados e
se avaliação dos programas e das
Para além destas perguntas, também havia outras que se destinavam a conhecer
nacionalidade, profissão, estado
ou com 179 perguntas e demorava
. A estratégia sobre envelhecimento para o Concelho
se a funcionar como catalisadora de ações e inovação destinada
a promover a saúde, o bem estar e a qualidade de vida entre os cidadãos da Lourinhã,
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 21
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à medida a que vão envelhecendo. Centra-se em aspetos que são relevantes para os
idosos e constitui-se das seguintes componentes:
• Visão
• Princípios operativos
• Quatro eixos estratégicos
• Objetivos gerais e específicos
• Áreas prioritárias
• Avaliação de progresso
6.1 A visão
Destina-se a enunciar onde pretendemos que o concelho da Lourinhã se encontre
posicionado daqui a 5 anos, para que, de modo efetivo consiga satisfazer as
necessidades dos cidadãos que aqui vão envelhecer durante este tempo. Pretende ser
um enunciado transversalmente partilhado, quer entre a governação autárquica, quer
entre todos os sectores desta comunidade, sobre estratégias de envelhecimento e
orientações políticas e de serviço à comunidade.
Todas as gerações acrescem valor a esta comunidade e por isso preparamo-nos
devidamente para apoiar o bem-estar físico, mental e social de todos,
particularmente dos mais velhos, até ao limite do seu potencial. Promoveremos e
respeitaremos o compromisso dos mais velhos com a vida económica, social,
cultural e familiar, estimulando a solidariedade entre as gerações. Promoveremos
neste concelho a equidade, a independência, a participação, o cuidado, a
autorrealização e a dignidade dos mais velhos.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 22
LOURINHÃÃ
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6.2 Princípios operativos
Em apreço por todos os contributos que as pessoas idosas dão ao concelho da
Lourinhã e seguindo as orientações das Nações Unidas4 reconhecemos que as
pessoas idosas possuem o direito a:
• Independência
• Participação
• Cuidados
• Autorrealização
• Dignidade
Assim, estes princípios deverão orientar quaisquer das ações enunciadas à frente e
também ser utilizados para avaliar as políticas, programas e serviços orientados para
as pessoas idosas.
6.3 Eixos estratégicos
Estão baseados nos resultados das várias consultas atrás descritas, são abrangentes
e interrelacionados e podem ser objeto de intervenção e avaliação ao longo do
percurso.
1. Remover barreiras à participação social e promov er o contínuo envolvimento
das pessoas à medida a que envelhecem, em todas as esferas da vida social,
cultural e económica do concelho da Lourinhã, de ac ordo com as suas
necessidades, preferências e capacidades.
1.1. Verificamos que as pessoas idosas inquiridas quase não se mantêm no tecido
produtivo do concelho. Apenas 10,3% das pessoas com idades entre os 60 e
os 69 anos mantêm atividade remunerada.
1.2. Apenas 9,2% estão vinculadas a atividades voluntárias.
1.3. Poucos são os que referem cuidar de netos, mas são muitos mais os que
estão a cuidar de outros idosos (cônjuges) o que supõe ações de suporte aos
cuidadores.
1.4. São 40,1% as pessoas entre os 65 e os 74 anos que possuem dependências
ligeiras nas atividades de vida diária e a percentagem desce para os 35,2%
4 United Nations Assembly (1991). Implementation of the International Plan of Action on Ageing and related activities. 74th plenary meeting. 16 December 1991. Disponível em: http://www.un.org/documents/ga/res/46/a46r091.htm. Acedido a 11 de abril de 2015.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 23
LOURINHÃÃ
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entre os 75 e mais anos. Pressupõem estes valores que os que estão a
envelhecer irão ser mais dependentes em atividades de vida diária.
1.5. Já para as atividades instrumentais de vida diária 34,5% das pessoas entre os
65 e os 74 anos possuem autonomia parcial e 36,8% das pessoas com 75 e
mais anos também estão neste nível de dependência.
1.6. Supõem estes resultados que, embora haja uma diminuição da autonomia,
existem potenciais níveis de participação social que seria urgente estimular.
1.7. No grupo dos 65 e mais anos 1,7% dos homens e 2,1% das mulheres
estariam disponíveis para inscrever-se num curso formal ou informal. Neste
mesmo grupo, apenas 0,9% dos homens e 1,1% das mulheres estariam
disponíveis para iniciar uma nova carreira.
1.8. Este resultado é indicador da dificuldade de aquisição de novas competências
ao longo da vida. Deveria ser estimulada a formação ao longo da vida, neste
concelho.
1.9. Verificamos ainda que as redes sociais dos inquiridos são tanto mais
centradas na família, quanto mais velhos estão. Isto significa que a idade e a
falta de mobilidade e autonomia, fazem com que diminua a disponibilidade
para ir ao encontro ou ser visitado e ajudado por vizinhos e amigos. Reduz-se
deste modo o capital social, ou seja, a possibilidade de dar e receber ajudas
quando necessárias.
1.10. Em termos de rendimentos 17,4% dos homens refere ter entre 501€ e
600€ e 20,1% das mulheres refere ter entre 401 e 500€. As percentagens de
mulheres que referem ter orçamentos abaixo dos 500€ é sempre maior em
relação aos homens, havendo mesmo mulheres que referem ter orçamentos
de 200€ e menos, o que não se passa entre os homens. Os orçamentos acima
de 500€ são maioritariamente dos homens, à exceção do grupo entre os
2001€ e os 2500€ que é de 1,7% para homens e 2,6% para mulheres.
1.11. Estes valores de rendimento ilustram as diferenças de género
existentes no concelho, com forte impacto na saúde e bem estar das
mulheres, por auferirem sempre menores rendimentos.
1.12. A totalidade dos homens inquiridos possui habilitações literárias até ao
12º ano; 97,4% das mulheres possuem até ao 12º ano. Significa portanto que,
as poucas formações superiores são detidas pelas mulheres.
1.13. A população entrevistada em grupo referiu que os transportes públicos
não estão organizados em torno das suas necessidades, mas apenas
daqueles que têm de se deslocar para os empregos.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 24
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1.14. Apelam à revisão das paragens dos autocarros, pois não contemplam
as suas prioridades.
2. Apoiar as pessoas a manter, melhorar e gerir a s ua saúde e bem estar físico e
mental.
2.1. 56,5% dos homens só vão ao médico quando estão doentes; no caso das
mulheres a percentagem passa para os 38,1%. Existe pouco investimento
pessoal na promoção da saúde e na prevenção da doença.
2.2. Somente 36,5% dos homens tomaram a vacina da gripe; no caso das
mulheres foram 32,3%. Os que não tomaram a vacina referem como causa o
seu desmazelo. Outros afirmam que não foram estimulados a fazer a vacina.
2.3. Foram a uma consulta do dentista 2% dos homens e 52,9% das mulheres
inquiridas.
2.4. Quanto aos internamentos hospitalares, apenas 11,3% dos homens teve essa
experiência nos últimos seis meses e a maioria foi para fazer algum tipo de
cirurgia. O mesmo ocorreu com 7,9% das mulheres.
2.5. As depressões ligeiras ocorrem mais entre os homens com 75 e mais anos
(26,2%) e nas mulheres com idades entre os 65 e os 74 anos (25,9%). Já as
depressões graves são mais frequentes nas mulheres entre os 65 e os 74
anos (10,7%) e com 75 e mais anos (10,4%).
2.6. Praticam atividade física 40% dos homens e 43,3 % das mulheres. A adesão à
prática de exercício físico varia com as habilitações literárias, ou seja, quanto
mais baixas as habilitações, menor a atividade física praticada.
2.7. O peso médio dos inquiridos varia consoante a auto-percepção de bem estar
económico: os que se autoavaliam com uma boa situação económica pesam
em média 71,75kg; os que se autoavaliam com uma situação económica
remediada, pesam 70,08kg em média; os que se autoavaliam com uma má
situação económica pesam em média 73,35kg. Conclui-se o seguinte: as
pessoas com menos posses tendem a comer sempre os mesmos alimentos,
muitas vezes hipercalóricos e baratos.
2.8. Os ovos, as leguminosas e os doces não são habituais na dieta dos inquiridos.
2.9. Há quatro conclusões importantes a retirar do inquérito à diversidade
alimentar:
2.9.1. Quanto mais baixa a autopercepção sobre a situação económica, maior
o valor ponderal dos inquiridos.
2.9.2. Quanto melhor a autopercepção da situação económica, maior a
ingestão de carnes.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 25
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2.9.3. As mulheres que se autoavaliam em “má” situação económica não
incluem carne nem peixe na dieta, ao contrário dos homens.
Culturalmente as mulheres abdicam destes alimentos em favor dos
homens.
2.9.4. Maior valor ponderal está relacionado com menor diversidade alimentar
e com uma autoavaliação de possibilidades económicas mais baixa.
2.10. Entre os homens os hábitos de ingestão de álcool são mais acentuados
do que entre as mulheres. Há 35,7% de homens que ingerem 3 copos de
vinho (1,65dl/copo) e 3 cálices de whisky (0,5dl/cálice) por dia. 27% dos
homens ingerem 1 copo de vinho por dia. No caso das mulheres, 22,2%
ingere um copo de vinho por dia.
2.11. Em termos de autopercepção de saúde os homens classificam-se entre
“razoável” (27,8%) e “Boa” (61,7%). As mulheres possuem uma
autopercepção da sua saúde entre “Má” (87,8%) e “Muito má” (96,8%).
3. Providenciar para que as pessoas possam envelhec er com confiança,
segurança e dignidade nas suas casas, pelo tempo qu e entenderem.
3.1. Há 44,4% de todos os inquiridos com idades iguais ou superiores a 75 anos a
viverem sós.
3.2. Os homens possuem maior propensão (75,7%) para se encontrarem todos os
dias com pessoas amigas. A percentagem das mulheres neste item é de
61,9%.
3.3. Há 4,4% de homens que referem ter medo de alguém (dentro ou fora da
família); 7,8% referem ter sido agredidos e 4,3% referem ter sido forçados a
fazer algo que não estava na sua vontade. No caso das mulheres as
percentagens sobem respetivamente para 6,9%; 8,5% e 6,4%.
3.4. Há 12,8% das mulheres que refere passar muito tempo sozinha, apesar de
precisar de ajuda. No caso dos homens esta percentagem desce para 5,2%.
Estes são casos de negligência de cuidados.
3.5. A conjugação dos resultados de 3.3 e de 3.4 permite associar as respostas a
situações de violência sobre idosos.
4. Apoiar a investigação e o desenvolvimento de res postas inovadoras às
necessidades das populações do concelho da Lourinhã .
4.1. As pessoas referem necessidades de participação cultural e de ocupação de
tempos livres.
4.2. Os entrevistados continuam a olhar a institucionalização como um abandono
por parte das famílias, o que vem reafirmar o desejo de se manterem em suas
casas pelo maior tempo possível.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 26
LOURINHÃÃ
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4.3. Num grupo focal foram identificadas algumas dificuldades para que as
pessoas façam uma vida autónoma em casa: barreiras arquitetónicas e falta
de apoios à deambulação.
4.4. Todos os entrevistados possuem duas grandes preocupações na atualidade: a
sua saúde e o bem estar dos seus filhos e netos.
4.5. Existem casos de pobreza declarada (identificadas em reunião de grupo
focal), pelos próprios.
Eixo estratégico 1
Remover barreiras à participação social e promover o contínuo envolvimento das pessoas à medida a que envelhecem, em todas as esferas da vida social, cultural e económica do con celho da Lourinhã, de acordo com as suas necessidades, prefe rências e capacidades.
Os objetivos a desenvolver dentro deste eixo prioritário destinam-se a: promover a
educação e a aprendizagem ao longo da vida; reconhecer a importância da
participação voluntária dos cidadãos, criando condições e apoiando iniciativas e
encorajando a participação dos cidadãos na vida da comunidade e das famílias.
As áreas compreendidas dentro deste eixo estratégico são:
• Emprego e reforma
• Educação e aprendizagem ao longo da vida
• Voluntariado
• Participação social e cultural
• Transportes
Emprego e reforma
Tem-se vindo a verificar que quanto mais tempo as pessoas se mantiverem a
trabalhar, mais saudáveis serão, quer do ponto de vista físico, quer mental. Há
também uma crescente evidência de que a produtividade não decresce
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 27
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necessariamente com a idade, na medida em que as perdas físicas tendem a ser
compensadas com competências associadas à experiência acumulada. Em suma, é
o nível de saúde que se reflete na produtividade e não a idade das pessoas.
Habitualmente as reformas antecipadas, estimuladas em anteriores momentos
sociopolíticos, estavam relacionadas com as pensões auferidas. Este não é o caso
da atualidade, nem dos próximos tempos. O desejo das pessoas é de usufruírem da
possibilidade de se reformarem gradualmente, ou seja, de disporem de condições
para continuarem a contribuir ativamente para a sociedade, mas dentro dos seus
próprios limites e horários. Este processo adaptativo deve ser estimulado, tornando
os locais de trabalho muito mais amigos das pessoas que se pretendem reformar
progressivamente.
A reforma constitui um tempo de profunda mudança. Porém, ao contrário de outros
eventos igualmente importantes na vida das pessoas (algumas doenças e
incapacidades, o luto e outras), a reforma pode ser planeada e a transição pode ser
feita de modo progressivo, de modo a evitar os efeitos deletérios que as mudanças
bruscas produzem nas pessoas.
O que é preciso fazer?
Objetivo 1.1
Desenvolver várias alternativas de empregabilidade (incluindo as reformas
progressivas) para as pessoas que vão ficando mais velhas e identificar as barreiras
(legislativas, atitudinais, tradicionais e práticas) à continuidade do emprego, assim
como as necessidades de formação ao longo da vida.
Educação e aprendizagem ao longo da vida
Se nos reportarmos aos resultados do trabalho prévio a este plano gerontológico
iremos verificar que existe relação entre níveis educativos e saúde, tal como está
descrito em muitos resultados de investigação recente. Assim, quanto maior o nível
académico obtido, maior a atividade e a saúde física e mental das pessoas. De
facto, existe uma relação positiva entre a educação e o bem estar social, físico e
mental dos cidadãos.
É ainda importante verificar as baixas habilitações académicas detidas pelos
entrevistados. A falta de formação ao longo da vida fez com que muitos tivessem de
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 28
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se reformar por não deterem as competências necessárias aos empregos existentes
após a crise económica, financeira e social que se instalou.
Fica-nos a lição de que, à medida a que vai aumentando o número de pessoas
acima dos 65 anos, o desenvolvimento de ações que as mantenham cognitivamente
saudáveis constitui uma prioridade, quer para os indivíduos, quer para a sociedade.
Num mundo em constante mudança e com uma empregabilidade tão volátil como a
atual, deve dar-se prioridade à aquisição de competências, em todos os níveis
educativos.
O que é preciso fazer?
Objetivo 1.2
Promover formação que seja significativa para os cidadãos e que os ajude a
desenvolver competências adequadas a um mercado de trabalho em contínua
mudança. É prioritário o aproveitamento de linhas de financiamento disponíveis para
a formação ao longo da vida, quer por parte das empresas, quer sob a
responsabilidade da autarquia.
Voluntariado
A associação positiva entre o trabalho voluntário e o bem estar de quem dá e usufrui
dessa atividade estão claramente demonstrados, a vários níveis. Quem dá do seu
tempo, do seu saber e das suas experiências obtém frequentemente uma melhor
autoavaliação de saúde, uma melhor funcionalidade, atividade física, satisfação com
a vida, baixando os níveis de hipertensão, depressão e mortalidade.
O voluntariado é também um forte indutor de apoio social e de reconhecimento
pelos pares, algo que reforça a autoestima e a felicidade. Ao nível do concelho o
voluntariado é fundamental a dois níveis: combater o isolamento e reforçar a
capacidade dos mais velhos para lidarem com os seus planos de tratamento.
Foram várias as formas de isolamento detetadas no concelho. Muitas delas são
combatidas pela deslocação a centros de convívio, onde não encontramos ninguém
para animar atividades ou desenvolver iniciativas com e para os mais velhos. Outros
casos encontrámos de pessoas que não se conseguem deslocar às associações ou
centros de convívio. Verificámos também que há especialmente mulheres, com
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 29
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depressões graves e que as redes sociais são muito centradas na família. A ação
negativa destas situações sobre a saúde e o bem estar das pessoas pode ser
combatida pelo recurso a visitação domiciliária feita por voluntários, assim como a
animação sociocultural.
Finalmente, o serviço voluntário pode ajudar a esclarecer dúvidas em termos de
hábitos de higiene, lidar com doenças crónicas, alimentação, procura de serviços de
saúde e sociais. Se a tendência atual é a de ajudar as pessoas a lidar com as
doenças crónicas, os voluntários podem reforçar a ação dos familiares que, em
muitas das ocasiões, não podem estar presentes para essa atividade.
O que é preciso fazer?
Objetivo 1.3
Promover o conceito de cidadania ativa e o valor do voluntariado, encorajando as
pessoas de todas as idades a envolverem-se e contribuírem mais para a sua
comunidade.
Participação social e cultural
A participação em atividades culturais promove o alargamento das redes sociais, a
interação entre as pessoas, a saúde e o bem-estar ao nível mental e físico. Existe
também uma forte relação entre a participação em atividades culturais e a adoção
de estilos de vida saudáveis, incluindo a atividade física. Quanto menos pessoas
contatarmos, maior a possibilidade de podermos ser obesos, contrair doenças
cardiovasculares, problemas mentais e mortalidade em geral. Não frequentar este
tipo de atividade possui os mesmos efeitos que fumar, ter a tensão alta ou
obesidade.
O isolamento mata, pelo facto de estar associado a níveis graves de depressão e
declínio cognitivo. Uma das formas de reverter estas situações é através de
programas culturais – as universidades séniores são um exemplo – e de todas as
iniciativas que consigam combater o isolamento e a solidão.
O que é preciso fazer?
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 30
LOURINHÃÃ
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Objetivo 1.4
Promover o desenvolvimento de oportunidades de envolvimento e participação
social das pessoas em todas as fases do ciclo vital, em atividades de índole
artística, cultural, espiritual, de lazer, aprendizagem e atividade física. As estruturas
onde se promova esta oferta será próxima dos cidadãos ou de fácil acessibilidade.
Transporte
A maioria das pessoas com quem falámos refere com satisfação que se deslocam
em veículo próprio. De facto, ser capaz de conduzir está associado a elevados
níveis de satisfação com a vida, melhor ajustamento social, menor isolamento e uma
elevada sensação de controlo situacional. A mobilidade é um determinante de
acesso a serviços e a atividades na comunidade.
Porém, à medida que as pessoas vão avançando na idade, as doenças crónicas, as
perdas de visão e de audição constituem uma ameaça à autonomia. É por esse
motivo que a resposta em termos de transportes públicos deverá ser orientada para
a satisfação das necessidades das pessoas, à medida a que envelhecem. Se
houver resposta adequada, correremos menos riscos de acidentes de viação e
conseguiremos garantir a participação social de todos os cidadãos,
independentemente da idade.
Este foi um problema identificado por muitos dos participantes, quer nas entrevistas,
quer nos grupos focais. Repensar a localização das paragens de autocarro,
melhorar os circuitos de modo a atender às necessidades das pessoas que
envelhecem é essencial. Há autocarros disponíveis de acordo com os horários
escolares e outros que se coadunam com a entrada e saída dos empregos. Deverão
planear-se circuitos e horários de acordo com as necessidades destes cidadãos.
O que é preciso fazer?
Objetivo 1.5
Planear circuitos de transporte público, que sejam acessíveis, comportáveis e
flexíveis, sobretudo em áreas mais rurais. Atender à colocação dos locais de
paragem dos transportes públicos.
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Eixo estratégico 2
Apoiar as pessoas na manutenção, melhoria e gestão da sua saúde e
bem estar físico e mental, à medida a que envelhece m.
Os objetivos que se vão descrever de seguida destinam-se a contribuir para prevenir
e reduzir os efeitos das perdas de autonomia, das doenças crónicas e a mortalidade
prematura, reduzindo o impacto dos fatores associados às doenças mais comuns no
concelho e promovendo os fatores protetores de saúde ao longo do ciclo de vida.
As áreas que se desenvolvem neste eixo estratégico são as seguintes:
• Envelhecimento saudável
• Saúde e apoio social
• Cuidadores
Envelhecimento saudável
O envelhecimento da população está intimamente ligado às condições de vida
existentes no País. A saúde é apenas um dos fatores que contribuíram para que as
pessoas ultrapassassem com êxito as diferentes idades da vida. À medida a que os
múltiplos fatores que conseguimos incluir no conceito “condições de vida” foram
melhorando, a mortalidade infantil decaiu drasticamente, cada vez mais jovens
chegaram à idade adulta, decresceu a natalidade e as pessoas passaram a viver
mais anos. Estas mudanças reforçaram o crescimento económico, mas também
induziram maior longevidade. É esta dupla consequência que tem de ser resolvida
pelas gerações atuais, quer nos aspetos relacionados com a saúde, quer nos que se
relacionam com a participação social.
A manutenção da saúde é uma questão essencial na resposta ao envelhecimento
que está a ocorrer na nossa sociedade. Baixos níveis de saúde e barreiras à
participação social dos idosos, marginalizam as pessoas, impedem os seus
contributos para uma sociedade melhor e aumentam os custos de manutenção de
uma sociedade progressivamente mais envelhecida. Ao investirmos na saúde dos
mais velhos, diminuímos os correlatos custos, ajudamos a prevenir o isolamento e
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contribuímos para a independência e produtividade das pessoas mais velhas.
Mas a saúde dos mais velhos deve ainda ser compreendida numa outra esfera: o
impacto sobre a família e sobre a sociedade. Quanto mais baixo o nível
socioeconómico da família, maior o impacto da doença individual ou da perda de
autonomia. Na situação atual do País, os doentes permanecem cada vez menos
tempo internados nos hospitais e cada vez maiores cargas de cuidados são
transferidas para as famílias. Se as redes sociais dos mais velhos se vão
progressivamente centrando na família, se esta é cada vez mais pequena e se os
descendentes tendem à mobilidade geográfica dentro do País e à emigração à
procura de emprego, resulta que são cada vez mais os idosos que cuidam de outros
idosos, que há uma redução enorme de possíveis ajudas em caso de necessidade,
que maiores despesas de saúde são suportadas pelas famílias e que aumentará a
probabilidade de pobreza.
As doenças crónicas constituem na atualidade as que são mais frequentes em todas
as idades, particularmente nas mais avançadas, resultando também numa maior
utilização de serviços de saúde. As doenças crónicas são duas a três vezes mais
prevalentes em países pobres ou de médio rendimento, que em países com
elevados rendimentos. Este facto ocorre também dentro de um mesmo país: as
pessoas com rendimentos mais baixos tendem a morrer de doenças banais e a ter
mais doenças que as pessoas de elevados rendimentos. Este gradiente social é
determinante para planear cuidados de saúde, já que estamos a lidar com as causas
das causas, ou seja, não é a falta de dinheiro que provoca doenças... Mas impede
as pessoas de aceder a cuidados de saúde, à informação sobre saúde e a estilos de
vida saudáveis, à educação, ao emprego a boas condições de salubridade, por
exemplo.
Como foi verificado no inquérito à diversidade alimentar, as pessoas tendem a pesar
mais, quanto maiores forem as suas dificuldades económicas percebidas. Entram
aqui fatores culturais, mas também teremos de ter em conta que as pessoas com
menores recursos económicos tendem a reduzir as suas escolhas alimentares,
retirando da dieta habitual os alimentos mais caros. Hoje debate-se se os preços de
alguns alimentos, especialmente os pré-cozinhados e a chamada “comida de
plástico”, não deverão ser mais caros.
É comum aceitar-se que as pessoas pertencentes às classes sociais mais
abastadas tendem a ser elegantes, ao passo que os que pertencem a grupos sociais
de menores recursos tendem a ser obesos. A inversão destas situações é
importante e está fortemente relacionada com hábitos de vida saudável, acesso à
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informação e às medidas de promoção da saúde. Nunca é tarde, na vida das
pessoas, para promover saúde e prevenir doenças ou incapacidades relacionadas
com as doenças já existentes.
O que é preciso fazer?
Objetivo 2.1
Promover a saúde e os comportamentos saudáveis em todas as idades, de modo a
retardar o aparecimento das doenças crónicas e a evitar a mortalidade prematura.
Saúde e apoio social
Embora a saúde e os serviços sociais sejam essenciais para uma vida longa e
participativa, são muitos os determinantes que estão para além do sistema de
saúde. Viver em áreas seguras por exemplo, é essencial a um envelhecimento com
qualidade de vida. As pessoas inquiridas possuem um sentimento de segurança nos
lugares onde moram, mas referem também que não podem confiar em todas as
pessoas que moram junto de si. Queixam-se sobretudo de barulho, mas referem
haver tráfico de drogas, alguns assaltos, fraca iluminação em alguns locais e lixo
nas ruas.
Outra componente importante é a utilização das casas e a existência de apoios à
deambulação segura. Os inquiridos referem que gostariam de obter ajuda para
remover barreiras arquitetónicas dentro das suas casas (degraus, por exemplo) e
para colocação de apoios a uma deambulação segura (barras de apoio nas casas
de banho, por exemplo).
Os custos associados às quedas nestas idades é muito importante. Na população
inquirida percebe-se que 45% das mulheres e 19,1% dos homens sofreram quedas
durante o ano transato. Das pessoas que referiram ter caído, verificou-se que 2,6%
dos homens tiveram de receber tratamento médico e que 8,5% das mulheres
estiveram em situação semelhante. Existirá uma forte relação de alguns fatores com
as quedas, entre as pessoas inquiridas: as tonturas (referidas por 41,7% dos
homens e 59,8% das mulheres) e as alterações sensitivas nos membros inferiores
(41,7% dos homens e 51,9% das mulheres) parecem ser os mais importantes.
A relação entre as quedas, as fraturas, a polimedicação, as admissões hospitalares
e a mortalidade está sobejamente investigada. Utiliza-se o termo polimedicação
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sempre que a pessoa esteja a utilizar entre cinco e dez medicamentos distintos e a
polimedicação excessiva ocorre quando as pessoas estão a tomar mais de 10
medicamentos em simultâneo. Na população inquirida verificamos que 18,3% dos
homens e 10,1% das mulheres tomam entre 5 e 10 comprimidos em simultâneo.
Estão com excessiva polimedicação 10,1% das mulheres, na medida em que estão
a tomar até 17 comprimidos distintos em simultâneo.
Outro importante fator relacionado com as doenças crónicas é a adesão terapêutica.
O comportamento das pessoas face às terapêuticas prescritas começou por ser
pensada em termos passivos, ou seja, em que medida as pessoas seguem o
tratamento que lhe foi prescrito pelo seu médico. Porém, mais importante do que
seguir ordens é a mudança comportamental necessária para seguir um plano de
tratamento, manter uma dieta ou alterar um comportamento de saúde (ingerir menos
sal, deixar de fumar, beber menos álcool). Este é o conceito de adesão terapêutica.
Muitas das doenças crónicas que se manifestam na idade adulta e mais
tardiamente, podem ser prevenidas ou controladas. A adesão aos tratamentos
assume constituir desafio sobretudo nas pessoas mais velhas, com alterações
cognitivas e funcionais e com a crescente complexidade do seu estado de saúde
que pode observar-se pelos resultados da polimedicação. Sem adesão terapêutica,
ou seja, a mudança comportamental que leva a incorporar a necessidade de seguir
um plano de tratamentos, não existe tratamento bem sucedido. Baixos níveis de
adesão atenuam o efeito dos tratamentos e reduzem a efetividade do sistema de
saúde.
Entre a população inquirida, embora se tenha verificado uma elevada adesão
terapêutica entre homens e mulheres, há 18,2% de homens e 22,2% de mulheres
com baixa adesão terapêutica e também 3,2% de mulheres com muito baixa adesão
terapêutica.
Finalmente, em termos de comportamentos preventivos, ou seja, tudo o que pode
ser feito para evitar ou retardar o aparecimento das doenças e para as diagnosticar
precocemente, verificamos que havia 54,8% de homens que nunca fizeram exames
aos intestinos, 45,2% não foram ao dentista e 31,3% não fizeram exames
urológicos. Uma margem residual respondeu não saber ou não respondeu (NS/NR).
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ
Gráfico 1 - Realização de exames e rastreios por parte dos home ns inquiridos.
Entre as mulheres, normalmente mais proactivas em relação à sua saúde 58,2%
referiram que não tinham feito exames ur
ter feito exames aos intestinos. Também verificamos que 40,7% não fez exames
ginecológicos.
Gráfico 2 - Exames de rastreio realizados pelas mulheres pertenc entes à amostra inquirida.
As pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos estão entre os que devem
fazer a vacinação da gripe. Muitas mortes e hospitalizações que ocorrem durante o
inverno estão relacionadas com a gripe que acomete as pessoas acima dos 65
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Realização de exames e rastreios por parte dos home ns inquiridos.
Entre as mulheres, normalmente mais proactivas em relação à sua saúde 58,2%
referiram que não tinham feito exames urológicos e igual percentagem afirmou não
ter feito exames aos intestinos. Também verificamos que 40,7% não fez exames
Exames de rastreio realizados pelas mulheres pertenc entes à amostra inquirida.
pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos estão entre os que devem
fazer a vacinação da gripe. Muitas mortes e hospitalizações que ocorrem durante o
inverno estão relacionadas com a gripe que acomete as pessoas acima dos 65
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Realização de exames e rastreios por parte dos home ns inquiridos.
Entre as mulheres, normalmente mais proactivas em relação à sua saúde 58,2%
ológicos e igual percentagem afirmou não
ter feito exames aos intestinos. Também verificamos que 40,7% não fez exames
Exames de rastreio realizados pelas mulheres pertenc entes à amostra inquirida.
pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos estão entre os que devem
fazer a vacinação da gripe. Muitas mortes e hospitalizações que ocorrem durante o
inverno estão relacionadas com a gripe que acomete as pessoas acima dos 65
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anos. Para além disso, também as pessoas que sofrem de doenças cardíacas e
endócrinas (como a diabetes), problemas respiratórios (asma, por exemplo) estão
entre aquelas em que a gripe pode causar complicações sérias.
Das pessoas inquiridas, apenas 32,3% das mulheres e 36,5% dos homens tomaram
a vacina da gripe.
O que é preciso fazer?
Objetivo 2.2
Incluir a saúde em todas as políticas, ou seja, fazer com que as políticas públicas
que abrangem todos os sectores da vida do concelho se preocupem com as
implicações que sempre têm sobre a saúde e as desigualdades de saúde da
população.
Cuidadores
Existe uma certa indefinição terminológica no que diz respeito aos que
consideramos como cuidadores. Diferentes termos têm sido utilizados para designar
os cuidadores (cuidadores familiares, informais, naturais), diferentes matérias de
cuidados têm sido englobadas (cuidadores de crianças, de adultos dependentes, de
idosos) e também diferentes intensidades de cuidados (mais de uma hora por dia,
por exemplo).
Estas questões são deveras importantes quando se tenta comparar o que ocorre
entre países de uma mesma (ou diferentes) áreas geográficas ou diferentes
patologias em indivíduos de várias idades. É certo que prestar cuidados não
remunerados e não profissionais é predominantemente uma tarefa feminina (embora
aumente a percentagem de cuidadores masculinos acima dos 75 anos) e uma tarefa
familiar (raramente encontramos cuidadores de vizinhos).
Também sabemos que a prestação de cuidados passou a ser uma matéria de dever,
à medida a que aumenta a longevidade e cresce a percentagem de doenças
crónicas na população. A família foi constituída como parceira de cuidados, em
igualdade de responsabilidade com as instituições sociais e de saúde, sobretudo à
medida a que foram aumentando as despesas de saúde e se foi retraindo o Estado
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 37
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Social.
Cuidar de pessoas dependentes do seio familiar pode ser benéfico para a
autoestima individual, uma matéria de dever intrafamiliar, indutor de opções pela
interrupção da atividade (e mesmo de desemprego), mas é também uma causa
determinante de fadiga e de sobrecarga financeira e psicológica. Na amostra
inquirida, existem 74% de mulheres com 75 ou mais anos e 54,5% entre os 65 e os
74 anos que precisam de ajuda nas atividades instrumentais da vida diária (usar o
telefone, fazer compras, gerir dinheiro, tomar medicamentos, usar os transportes,
preparar refeições, fazer a lida da casa e lavar/tratar da roupa). Nos homens
verifica-se que 90% com 75 ou mais anos e 81,5% entre os 65 e os 74 anos já
precisam de ajuda nas atividades acima descritas.
Em termos de ajuda nas atividades de vida diária (alimentação, higiene, eliminação,
transferências, deslocação, espaço de vida, fala, visão, audição, memória,
comportamento e humor), verifica-se que 78,6% das mulheres entre os 65 e os 74
anos e 63% dos homens no mesmo grupo etário necessitam de ajuda moderada. O
mesmo se passa no grupo dos 75 e mais anos, com 80% dos homens e 76,6% das
mulheres (ajuda moderada).
Estas constatações aliadas ao facto dos inquiridos afirmarem que cuidam mais de
idosos que de netos, leva a crer que os familiares lidam já com cargas de cuidados
significativas que tenderão a agravar-se futuramente, já que a longevidade atual,
embora acompanhada de doenças crónicas (principalmente doenças
cardiovasculares, diabetes e doenças reumáticas) não tem sido indutora de
dependências severas.
O que é preciso fazer?
Objetivo 2.3
Contribuir para o desenvolvimento de cuidados centrados no cidadão, melhorando o
acesso à informação, promovendo literacia em saúde, cuidados individualizados na
comunidade e identificando doentes de alto risco, através de processos de
estratificação (maior número de atendimentos em urgência ou menores recursos
económicos ou patologia mais frequente) aos quais se aplicam as mais recentes
evidências científicas.
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Eixo estratégico 3
Providenciar para que as pessoas envelheçam com con fiança, segurança e
dignidade nas suas casas, pelo tempo que entenderem .
Os objetivos contidos neste eixo estratégico destinam-se a assegurar proteção,
segurança e dignidade às pessoas que irão envelhecer no município da Lourinhã, na
medida em que se orientam para aspetos sociais, financeiros e físicos.
As áreas de intervenção contidas neste eixo estratégico são:
• Segurança financeira
• Habitação
• Área construída
• Abusos sobre idosos
Segurança financeira
Os estudos acerca da qualidade de vida insistem habitualmente que o nível de
rendimento das pessoas afeta fortemente a sua satisfação com a vida e o seu bem
estar. Estas questões são também muito difíceis de estudar de uma forma direta,
recorrendo-se para isso a indicadores gerais e outros que de forma indireta
permitem ter uma perspetiva sobre o problema do rendimento individual. De acordo
com o Instituto Nacional de Estatística5 (2015) a taxa de risco de pobreza para a
população idosa aumentou para 15,1% em 2013, face aos 14,6% no ano anterior.
Mantém-se porém uma tendência decrescente, na medida em que está a menos
13,9 p.p. do que a taxa verificada em 2003 e a menos 4,9 p.p. desde 2010.
Estes resultados representam bem o papel que as transferências sociais têm na
redução da taxa de risco de pobreza. Só para citar o valor mais recente, olhamos
para os valores de 2013 (valor provisório, INE, 2015): a taxa de risco de pobreza
antes de transferências sociais era de 47,8% e caiu para os 19,5% após
transferências sociais. É bem este o papel que as pensões representam para as
pessoas entrevistadas. Os homens vivem sobretudo com pensões entre os 501€ e
5 Instituto Nacional de Estatística. O risco de pobreza continuou a aumentar em 2013. Destaque de 30 de janeiro de 2015. Disponível em: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=223346238&DESTAQUESmodo=2. Acedido a 19 de abril de 2015.
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os 600€ (para 17,4% dos inquiridos), ao passo que as mulheres vivem com pensões
entre os 401€ e os 500€ (para 20,1% das entrevistadas).
Isto ocorre em simultâneo com dois acontecimentos também importantes:
Em primeiro lugar a assimetria na distribuição de rendimentos entre grupos
populacionais com maiores e menores recursos. O rácio que mede a distância entre
os 20% da população com maiores recursos e os 20% da população com mais
baixos recursos tem vindo a aumentar, na medida em que era de 5,7 em 2010, de
6,0 em 2012 e foi de 6,2 em 2013. Significa que o rendimento monetário líquido
equivalente dos 10% da população com maiores recursos era 11,1 vezes superior
ao rendimento monetário líquido equivalente dos 10% da população com menores
recursos (10,7 em 2011 e 9,4 em 2010.
Em segundo lugar, a taxa de risco de pobreza aumentou, particularmente nas
famílias constituídas por um adulto com pelo menos, uma criança (de 22,2% em
2012 para 23,0% em 2013. O mesmo ocorreu para o grupo etário até aos 18 anos:
passou de 24,4% em 2012 para 25,6% em 2013.
Este último facto é muito importante dado que são cada vez mais os idosos
endividados para ajudar os filhos, particularmente os desempregados e os que,
sendo divorciados e com filhos contraíram obrigações bancárias que já não
conseguem manter.
Em matéria de segurança financeira cabem ainda dois aspetos importantes: a
violência financeira sobre idosos e as burlas, as quais em certa medida podem ser
sobreponíveis. Em primeiro lugar teremos de compreender que muitas são as
ocasiões em que as pensões dos idosos são geridas pelos filhos. São-lhes
delegadas tarefas de ir levantar a reforma e, por esse motivo, esse dinheiro é
integrado no rendimento do agregado familiar.
Em segundo lugar, são muitas as situações em que os idosos são alvo de burlas,
parte das quais são reveladas. Por vergonha ou porque não lhes é dada voz para
darem a conhecer as burlas de que foram alvo, não se chega a conhecer o roubo –
na maioria das vezes por parte de membros da família – ou as burlas, as quais
possuem reflexos severos e duradouros sobre as vidas dos idosos.
Estas matérias devem ser equacionadas face à degradação mental e cognitiva que
vai ocorrendo progressivamente, o que conduz a uma perda de capacidade para
gerir o dinheiro e para compreender o raciocínio de quem lhes quer fazer mal.
Associemos ainda, o grau de sofisticação e de violência das abordagens de
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marketing, seja telefónica, presencial ou através da Internet.
O que é preciso fazer?
Objetivo 3.1
Promover medidas protetoras da violência financeira e das burlas sobre idosos, que
sejam efetivas, transparentes e capazes de identificar novos riscos.
Habitação
Vivem em casa própria 93,0% dos inquiridos. Porém 16,7% dos homens vivem
sozinhos e o mesmo acontece com 33,0% das mulheres. São 67,5% os homens que
vivem com a esposa e 43,1% das mulheres vivem com o marido.
Ter uma casa não é apenas ter um teto sobre a cabeça. É um local a partir do qual
as pessoas podem aceder a serviços, contactar pessoas, receber pessoas, estreitar
laços sociais, viver e morrer. Uma boa qualidade da habitação é crucial para a
promoção da autonomia e qualidade de vida.
Já foi referido o facto dos inquiridos assumirem que necessitam de fazer obras em
casa e que têm eles próprios de as fazer (40,9% dos homens) ou pagar a quem as
faça (67% de homens e igual percentagem de mulheres). Mas também referem que
lhes chove em casa, têm bolor e humidade, têm frio e necessidade de obras. Existe
uma forte relação entre o frio e a morbilidade e mortalidade por doenças
cardiovasculares e respiratórias. Embora vivendo em casas próprias, estas não
possuem as condições necessárias de eficiência energética e aquecimento,
favorecendo-se deste modo a progressão das doenças crónicas e as complicações
com elas relacionadas.
À medida a que envelhecem, as pessoas tendem a viver com limitações físicas,
alterações mentais e necessidades médicas que podem dificultar a utilização das
suas casas. As alterações estruturais dos domicílios podem facilitar a vida dos
residentes, adaptando a habitação às limitações dos seus utilizadores. O mesmo
ocorre com os acessos, que podem ser determinantes para que as pessoas venham
participar na vida da comunidade.
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O que é preciso fazer?
Objetivo 3.2
Fazer com que os cidadãos idosos possam viver em casas com manutenções
adequadas, seguras e adaptadas às limitações impostas pela idade.
Ambiente edificado
As pessoas idosas tendem a aceder a serviços, utilizar instituições públicas e
encontrar-se com vizinhos e amigos em espaços próximos de si. O planeamento e
construções da área edificada tem sido muito orientada para quem se move bem e
está na plena posse das suas capacidades físicas e cognitivas. Recordemo-nos da
necessidade que houve em regulamentar a construção para que houvesse acesso a
pessoas com alguns tipos de deficiência, para encontrarmos facilmente razão para
estarmos preocupados com estas matérias. Até porque o aumento da esperança
média de vida é matéria recente e as necessidades das pessoas com deficiências
não estão ainda satisfeitas.
As pessoas que foram entrevistadas em focus groups admitiram que os centros de
convívio constituem uma mais valia para a sua vida social. Contudo referiram
também que lhes falta apoio para desenvolverem atividades.
As pessoas inquiridas por entrevista referiram que lhes faltam: apoios sociais (onde
se incluem: lar, creche, lar para fins de semana, centro de convívio, campo de
futebol, centro de dia, escola para séniores, igreja, passeios), de saúde (onde se
incluem: centro de saúde, médico, farmácia, apoio a toxicodependentes), de
segurança (onde se incluem: forças de segurança, GNR a funcionar, patrulhas
policiais), de lazer (onde se incluem: cinema, restaurante, café, comida pronta,
ginásio, espaços verdes e bancos de jardim, talho e piscina) e serviços (onde se
incluem: caixa multibanco, dependência bancária, correio, paragem de autocarro,
melhores transportes, sapateiro e supermercado).
A primeira prioridade para as mulheres (46,0%) e para os homens (58,3%) é a falta
de apoios sociais, logo seguidos dos apoios de saúde: 29,1% das mulheres e 24,3%
dos homens (ver gráfico 3).
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ
Gráfico 3 - Quais os apoios necessários, em primeira prioridade, na área em que reside.
Também em segunda prioridade são os apoios sociais que mais parecem ser
necessários construir. Veja
homens refere essa necessidade priorit
infraestruturas de lazer (onde se incluem: cinema, restaurante, café, comida pronta,
ginásio, espaços verdes e bancos de jardim, talho e piscina), por 11,1% das
mulheres. Para os homens a segunda prioridade são os
onde se incluem: centro de saúde, médico, farmácia, apoio a toxicodependentes.
Gráfico 4 - Necessidades infraestruturais colocadas em segunda opção pelos entrevistados.
Finalmente, os apoios sociais volta
Por parte de 86,2% das mulheres e 95,7% dos homens.
Estas referências são particularmente importantes quando se constata que existem
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Apoio social Apoios de
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Apoio social Apoios de
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural
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apoios necessários, em primeira prioridade, na área em que reside.
Também em segunda prioridade são os apoios sociais que mais parecem ser
necessários construir. Veja-se no gráfico 4 que 75,1% das mulheres e 81,6% dos
homens refere essa necessidade prioritária. Em segundo lugar foram referidas as
infraestruturas de lazer (onde se incluem: cinema, restaurante, café, comida pronta,
ginásio, espaços verdes e bancos de jardim, talho e piscina), por 11,1% das
mulheres. Para os homens a segunda prioridade são os apoios de saúde (5,3%),
onde se incluem: centro de saúde, médico, farmácia, apoio a toxicodependentes.
Necessidades infraestruturais colocadas em segunda opção pelos entrevistados.
Finalmente, os apoios sociais voltaram a ser referidos em terceira prioridade
Por parte de 86,2% das mulheres e 95,7% dos homens.
Estas referências são particularmente importantes quando se constata que existem
Apoios de saúde Segurança
LazerServiço
Apoios de saúde Segurança
LazerServiço
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apoios necessários, em primeira prioridade, na área em que reside.
Também em segunda prioridade são os apoios sociais que mais parecem ser
que 75,1% das mulheres e 81,6% dos
ária. Em segundo lugar foram referidas as
infraestruturas de lazer (onde se incluem: cinema, restaurante, café, comida pronta,
ginásio, espaços verdes e bancos de jardim, talho e piscina), por 11,1% das
apoios de saúde (5,3%),
onde se incluem: centro de saúde, médico, farmácia, apoio a toxicodependentes.
Necessidades infraestruturais colocadas em segunda opção pelos entrevistados.
ram a ser referidos em terceira prioridade
Estas referências são particularmente importantes quando se constata que existem
M
H
M
H
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 43
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
lugares mais isolados e distantes no concelho, onde faltam os estímulos para que as
pessoas saiam de suas casas e se encontrem com quem deseje também, partilhar
algum do seu tempo. Os ambientes amigos dos cidadãos idosos podem fazer a
diferença entre a dependência e a independência para todas as pessoas, mas em
particular para aqueles que são mais velhos. Por exemplo, as pessoas que vivem
em lugares inseguros ou com barreiras arquitetónicas no ambiente construído,
possuem maior probabilidade de isolamento, depressão, reduzida capacidade física
e acréscimo de problemas de mobilidade, seja em casa ou fora desta.
O que é preciso fazer?
Objetivo 3.3
Aplicar políticas de construção de equipamentos sociais e de lazer, transportes e
edifícios que sejam amigos dos cidadãos idosos.
Violência sobre idosos
A violência sobre idosos é um assunto complexo e pode envolver várias formas de
violência (física, psicológica, financeira, sexual e negligência). Num estudo de
prevalência realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Projeto
Envelhecimento e violência 2011-2014) estimou que 123 em cada 1000 pessoas
com 60 ou mais anos foi vítima de alguma forma de violência.
Constituem exemplos de violência: tomar decisões sem consultar a pessoa visada;
tratar alguém de modo a que esta se sinta intimidada, ameaçada ou inibida; tocar
alguém da forma que ela não queira; forçar alguém a fazer o que está contra a sua
vontade, deixar o idoso só por muitas horas, mesmo sabendo que precisa de algum
tipo de ajuda.
Nas pessoas inquiridas verificamos que há 14,8% de homens e 19,7% de mulheres
que afirmam que as decisões são impostas por algum dos seus familiares; há 4,4%
de homens e 6,9% de mulheres que sentem medo de alguém (dentro ou fora da
família); há 7,8% de homens e 8,5% de mulheres que foram agredidos; há 4,3% de
homens e 6,4% de mulheres que foram forçados a fazer algo que não estava na sua
vontade. Em termos de negligência verificamos que 5,2% de homens e 12,8% de
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 44
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mulheres permanecem sós por muito tempo, mesmo precisando de ajuda.
Ficamos ainda a saber que as pessoas que foram agredidas tendem a contar os
casos aos seus familiares (4,3% dos homens e 5,9% das mulheres) ou a não contar
a ninguém (1,7% dos homens e 3,2% das mulheres).
O que é preciso fazer?
Objetivo 3.4
Incrementar a consciência sobre o que é violência sobre idosos, como se deteta e
se relata, manter a vigilância e criar mecanismos de proteção.
Eixo estratégico 4
Apoiar a investigação e o desenvolvimento de respos tas inovadoras às
necessidades das populações do concelho da Lourinhã
As políticas orientadas para as pessoas idosas devem apoiar-se nos resultados do
conhecimento que resulte de investigação e que seja sensível à monitorização de
resultados. A transparência das políticas, a prestação de contas sobre as decisões e
decidir com base em factos, constituem hoje matérias obrigatórias. Assumem
especial importância em matérias de envelhecimento, sobretudo quando se conhece
que aumentam as questões intergeracionais em torno da despesa que envolve o
envelhecimento.
São duas as áreas que se incluem neste eixo estratégico:
• Suporte ao doente em casa com recurso a novas tecnologias
• Procura ativa de financiamentos para resolver necessidades dos idosos do
concelho
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Suporte ao doente em casa com recurso a novas tecnologias
Estamos a lidar neste momento com fortes necessidades de integração de cuidados
de saúde, de forma a dar resposta, quer às necessidades que decorrem do quadro
das doenças crónicas que acometem a população, quer às mudanças que estão a
ocorrer no sistema de saúde. Verificámos já que estamos a lidar com pessoas com
elevada complexidade das suas situações de saúde (várias doenças crónicas,
múltipla medicação) e também com a resultante de novos modos de abordar os
tratamentos (cirurgia de ambulatório, por exemplo), uma maior facilidade de lidar
com a tecnologia (doentes ventilados em casa, por exemplo) e com o medicamento
(tratamentos que já não exigem internamento, como a quimioterapia feita em
hospital de dia).
Acontece ainda que estão a ser adotadas estratégias para a contenção da despesa
em saúde e que isso tem repercussões sobre os indicadores de produção hospitalar,
tendendo a diminuir os tempos de internamento, as camas disponíveis, fazendo com
que os doentes tenham alta mais cedo, trazendo para casa elevadas cargas de
cuidados. Estes têm de ser mantidos, quer pelos familiares, quer pelos profissionais,
através das estruturas existentes, as quais podem ser melhoradas pela intervenção
tecnológica que permite monitorizar parâmetros vitais, medir as condições
ambientais e aspetos ligados com a segurança (quedas, por exemplo).
O reconhecimento daquela que é denominada como Silver Technology pode vir a
desempenhar um papel fundamental no contexto da reorganização dos cuidados de
saúde, particularmente no contexto de uma população que envelhece.
Progressivamente Portugal tem vindo a desenvolver ou a aderir a projetos
tecnológicos que se dirigem aos cuidados de saúde, particularmente os cuidados
integrados, no quadro do envelhecimento ativo e saudável, donde pode resultar a
implementação das recomendações do Trading and Investing in the Smart Economy
(2010), que recomenda especificamente investimentos na Silver Tech, como uma
prioridade.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 46
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O que é preciso fazer?
Objetivo 4.1
Colaborar em projetos que venham a melhorar a qualidade assistencial das pessoas
idosas, enquanto estas permanecerem em suas casas.
Procura ativa de financiamentos para resolver necessidades dos idosos do
concelho
Em 2007, a Declaração da União Europeia sobre envelhecimento descrevia a
investigação como um recurso vital para o desenvolvimento de políticas e
programas decorrentes das resoluções do encontro internacional de Madrid (2002).
De facto, a investigação sobre envelhecimento é uma área de forte impacto social,
político e económico e o European Innovation Partnership (EIP), criado em 2012 e
que está na sua fase de implementação, reunindo mais de 300 organizações -
pretendeu identificar as áreas de maior fragilidade europeia nesta área e financiar
intervenções de modo a que se alcancem os objetivos EU2020, para um
crescimento inovador e inclusivo.
São prioridades identificadas pelo EIP:
• Prescrição e adesão aos planos de tratamento
• Gestão personalizada da doença e prevenção de quedas
• Prevenção e diagnóstico precoce do declínio funcional e mental
• Replicação e tutoria de cuidados integrados inovadores, em casos de doença
crónica, incluindo a monitorização remota ao nível regional
• Desenvolvimento de tecnologias de suporte à vida independente
• Construções, cidades e ambientes inovadores e amigáveis
É neste contexto que se deverão desenvolver esforços – quer através de gabinetes
já existentes ou a criar - para recolher financiamentos através do atual Quadro
Comunitário de Apoio ou de outras fontes, em áreas como:
• Promoção da inclusão social e combate à pobreza e qualquer tipo de
discriminação.
• Apoio financeiro e técnico a organizações da sociedade civil sem fins
lucrativos.
• Rede de cuidadores de proximidade.
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• Cuidados especializados a idosos (demências, por exemplo).
• Formação de técnicos especializados e ações de sensibilização/(in)formação
no âmbito das reformas nos serviços sociais e de saúde.
O que é preciso fazer?
Objetivo 4.2
Obter financiamentos orientados para soluções inovadoras na resolução de
problemas existentes e que se espera que venham a ocorrer entre a população
idosa do concelho.
Objetivos transversais
Das iniciativas de consulta dos diversos intervenientes ao nível local, identificaram-
se dois temas transversais importantes: o idadismo e a falta de informação sobre
recursos existentes. Estas duas questões possuem especial impacto sobre a
inclusão social das pessoas idosas.
Num relatório recente6 (Lima et al, 2010) dizia-se que em Portugal existem
experiências de discriminação que tendem a aumentar com a idade, ou seja, os
idosos são os mais discriminados. À semelhança de outros países europeus, os
jovens e os idosos são tidos como mais simpáticos que competentes. Dizia o
relatório que “embora ambos os grupos sejam vistos com admiração, os mais idosos
são vistos também com pena” (Lima et al, 2010: 4). Os idosos são vistos
principalmente como contribuindo pouco para a economia, enquanto que no que se
refere aos jovens a grande preocupação dirige-se à criminalidade e ao emprego. Em
resumo, o idadismo em Portugal é “mais frequente face aos idosos do que aos
jovens” (Lima et al, 2010: 4).
Torna-se assim necessário criar uma imagem positiva do envelhecimento, através
de:
• Integração do envelhecimento em todas as políticas
• Promoção da solidariedade intergeracional
6 Lima, M., Marques, S., Batista, M. e Ribeiro, O. (2010). Idadismo na Europa. Uma abordagem psicossociológica com o foco no caso português. Relatório 1. Lisboa: Centro de Investigação e Intervenção Social e European Research Group on Attitudes to Age. Disponível em: http://www.ienvelhecimento.ul.pt/images/Relatorios/relatorioidadismo_i_iscte.pdf. Acedido a 26 de abril de 2015.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 48
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• Auscultação de expectativas dos idosos
Avaliar as implicações das decisões políticas sobre os idosos, incluindo a legislação,
políticas e programas em todas as áreas e níveis, é uma estratégia para fazer com
que as preocupações e as expectativas das pessoas que vão envelhecendo sejam
parte integrante da conceptualização, da implementação e da avaliação de todas as
iniciativas nas esferas política, económica e social.
O crescente envelhecimento da população tem feito com que haja um cada vez
maior endeusamento da juventude. Por isso, incluir o envelhecimento em todas as
iniciativas e ações políticas é essencial para obter uma sociedade para todas as
idades.
Também a solidariedade entre gerações, a todos os níveis – familiar, na
comunidade e no país – é fundamental para se conseguir uma sociedade para todas
as idades. Quer o idadismo, quer os constrangimentos económicos e sociais, quer
mesmo a dispersão geográfica e a emigração têm tido profundo impacto sobre as
relações intergeracionais.
Os constrangimentos que o envelhecimento está a agravar em termos de
sustentabilidade do sistema de saúde e da segurança social tornam evidente que
terá de haver uma progressiva convergência de interesses e de solidariedades entre
gerações. Embora a natureza e os contributos de cada geração variem durante o
ciclo de vida e ao longo dos anos, o dar e receber entre gerações é particularmente
importante para se conseguir a estabilidade económica e social.
Uma vez que os estereótipos sobre o envelhecimento se baseiam em mitos e falta
de informação face a um fenómeno novo e a um debate social muitas vezes mal
informado, torna-se essencial conhecer melhor o que está a acontecer. Uma das
melhores formas de assegurar que a realidade sobre o envelhecimento se reflete
nas iniciativas políticas e serviços é assegurar que a opinião das pessoas, à medida
a que envelhecem, são tidas em boa conta.
O que é preciso fazer?
Terá de ser feito o seguinte:
• Promover atividades que combatam o idadismo e promovam a solidariedade
intergeracional.
• Trabalhar com os media locais de modo a promover uma ideia positiva do
envelhecimento, baseada nos contributos que as pessoas idosas dão para a
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 49
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comunidade.
• Assegurar que não são tomadas decisões políticas que vão de encontro às
expectativas das pessoas que estão a envelhecer, através da inclusão das
suas expectativas e contributos.
• Fazer da solidariedade intergeracional um tema que vale a pena debater e
do qual possam surgir novas ideias de colaboração conjunta.
Melhorar a informação sobre recursos existentes
Apesar de haver uma série de estereótipos sobre o envelhecimento e os idosos,
como seja a ideia de que se trata de um grupo social caraterizado por analfabetismo
e dificuldade em navegar nos sistemas de segurança social e de saúde, é também
certo que não se trata de um conjunto de ideias corretas e estáticas. Em primeiro
lugar porque não se trata de um grupo social, mas sim de pessoas com
características próprias, pertencentes a diversos estratos sociais, com distintas
habilitações, rendimentos e competências. Em segundo lugar, porque não podemos
identificar o grupo que está agora acima dos 65 ou dos 70 anos, com a geração que
irá entrar nesse grupo etário.
Embora nunca tenha havido tanta informação, através de tantos suportes e
disponível para tão distintos públicos, a população atualmente acima dos 65 anos
com muita dificuldade lhe pode aceder. Sobretudo terá muita dificuldade na sua
interpretação. Porém, aqueles que estão agora acima dos 50 anos utilizam a
informação disponível no seu quotidiano e transformam-se em utilizadores mais
exigentes, mais informados e com distintas formas de relação com os serviços.
Estamos, por isso, face a duas realidades distintas: uma coorte da população a
quem tem sido vedada informação sobre serviços e recursos, não por falta de
divulgação, mas sobretudo por falta de competência na elaboração e disponibilidade
para ajudar a interpretar o que se divulga e outra à qual acabaremos por estimular a
consulta aos serviços e seus profissionais em vez de se orientarem pela pletora
informativa de que dispõem.
O que é preciso fazer?
Os objetivos a alcançar seriam:
• Assegurar que as pessoas mais idosas consigam exercer os seus direitos de
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 50
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cidadania e controlo sobre as suas vidas, através de um acesso amigável,
compreensivo, adequado e coordenado à informação sobre temáticas
essenciais.
• Assegurar que a linguagem é adequada e que estão disponíveis recursos
que permitam a acessibilidade, apesar de alterações sensoriais resultantes
do envelhecimento.
• Promover serviços que advoguem em favor dos idosos, em termos de
direitos, mas também do lugar que ocupam na sociedade e no acesso aos
recursos disponíveis.
7. Implementação do plano gerontológico
7.1 Plano de implementação da proposta de plano ger ontológico O plano gerontológico que resultou de todo o trabalho de diagnóstico de situação
que envolveu muitos dos habitantes e representantes associativos e institucionais do
concelho traça as linhas estratégicas, delimita os objetivos e aponta direções de
atuação. Depois de aceites pelos responsáveis políticos locais, deverão ser criadas
condições para o desenvolvimento de um plano de implementação, baseado nas
orientações estratégicas aqui contidas, tendentes a facilitar:
• A translação dos eixos e objetivos estratégicos para uma estrutura de ação
coerente e eficaz no terreno;
• Desenvolvimento dos produtos finais resultantes da ação e que passam a
incorporar o tecido social concelhio;
• O desenvolvimento de intervalos temporais de aplicação e desenvolvimento
dos indicadores que permitam avaliar o trabalho realizado;
• A especificação dos responsáveis por cada uma das ações, quer ao nível da
organização autárquica, quer dos intervenientes da sociedade civil.
Para que sejam mais exequíveis, os eixos estratégicos e os seus objetivos são aqui
desmontados em áreas prioritárias de ação. Não se trata de uma prescrição de
medidas específicas de ação, mas apenas de indicar direções estratégicas. Significa
isto que as medidas específicas ficarão a cargo dos responsáveis locais, tendentes
a melhor organizar o que se faz de acordo com a realidade, os recursos e a
convergência de vontades.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 51
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Todos sabemos o momento socioeconómico e financeiro que vivemos, os
constrangimentos existentes a todas as políticas sociais. Mas todos sabemos que,
de um modo ou de outro terão de se desenvolver esforços de manutenção desse
estado social mínimo que garanta qualidade de vida em termos de equidade, a
todos os cidadãos, independentemente do local em que habitam. Como plano
estratégico que é, este conjunto de propostas terá um tempo limitado de vigência, ao
longo do qual as ações terão de ser desencadeadas e articuladas, de forma a dar
resposta às necessidades identificadas.
Interessa ainda reafirmar a capacidade local para a implementação do plano
gerontológico proposto . Embora se aponte a necessidade de haver responsáveis
pelo desenvolvimento do plano apresentado, será essencial que o esforço seja
partilhado por múltiplos intervenientes. Há cada vez mais exemplos de intervenção
de organizações (nacionais e internacionais) no desenvolvimento deste tipo de
intervenções sociais, cabendo aos responsáveis públicos o contacto, a partilha de
ideias e a capacidade para gerar consensos essenciais à dinamização e aplicação
das ideias. Mais do que disponibilizar dinheiros públicos, os organismos terão de
desenvolver capacidades de mobilizar vontades e de aceder a linhas de
financiamento disponíveis, prestando contas da utilização e dos resultados obtidos.
ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO
Eixo estratégico 1
Remover barreiras à participação social e promover o contínuo envolvimento
das pessoas à medida a que envelhecem, em todas as esferas da vida social,
cultural e económica do concelho da Lourinhã, de ac ordo com as suas
necessidades, preferências e capacidades.
Objetivo 1.1 Áreas de ação Agendamento
Desenvolver várias
alternativas de
empregabilidade
(incluindo as reformas
progressivas) para as
pessoas que vão
ficando mais velhas e
1.1.1
Locais de trabalho
capazes de se
adequarem às
capacidades dos
trabalhadores,
sobretudo os que têm
mais idade
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
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LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
identificar as barreiras
(legislativas, atitudinais,
tradicionais e práticas)
à continuidade do
emprego, assim como
as necessidades de
formação ao longo da
vida.
1.1.2
Contratos de trabalho
adequados a pessoas
que pretendem
continuar a trabalhar
apesar da idade que
têm
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2016-2017
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
1.1.3
Flexibilidade de
organização do
trabalho (horários,
duração, por exemplo)
1.1.4 Reformas graduais
1.1.5 Planeamento de
reformas
Objetivo 1.2 Áreas de ação Agendamento
Promover formação que
seja significativa para
os cidadãos e que os
ajude a desenvolver
competências
adequadas a um
mercado de trabalho
em contínua mudança.
É prioritário o
aproveitamento de
linhas de financiamento
disponíveis para a
formação ao longo da
vida, quer por parte das
empresas, quer sob a
responsabilidade da
autarquia.
1.2.1
Literacia, numeracia e
competências
tecnológicas
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
1.2.2
Adequação das
competências
adquiridas às novas
exigências do trabalho
1.2.3
Identificar e resolver as
barreiras à formação
ao longo da vida
(disponibilidade
pessoal, oferta
formativa, custos, falta
de transporte,
adequação dos meios
existentes)
1.2.4 Promover em
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 53
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
permanência ofertas
formativas que
envolvam formadores e
formandos de várias
gerações, num
processo de ajuda
intergeracional
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
Objetivo 1.3 Áreas de ação Agendamento
Promover o conceito de
cidadania ativa e o valor
do voluntariado,
encorajando as
pessoas de todas as
idades a envolverem-se
e contribuírem mais
para a sua comunidade.
1.3.1
Desenvolver parcerias
com organizações do
terceiro sector visando
o apoio domiciliários e
desenvolvimento de
ações de continuidade
de cuidados
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
1.3.2
Assegurar, através de
grupos de voluntários,
a ativação de
competências dos
doentes para lidar com
doenças crónicas
(diabetes, por
exemplo)
1.3.3
Formar grupos de
visitadores
domiciliários que
ajudem a combater o
isolamento e as
depressões
associadas.
Objetivo 1.4 Áreas de ação Agendamento
Promover o
desenvolvimento de 1.4.1 Promover passeios e
excursões em grupo Posição da autarquia:
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
oportunidades de
envolvimento e
participação social das
pessoas em todas as
fases do ciclo vital, em
atividades de índole
artística, cultural,
espiritual, de lazer,
aprendizagem e
atividade física. As
estruturas onde se
promova esta oferta
será próxima dos
cidadãos ou de fácil
acessibilidade.
para visitas a
património cultural e
artístico, tanto ao nível
local quanto nacional.
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
1.4.2
Dinamizar o
associativismo local de
modo a gerar
dinâmicas sociais que
privilegiem as áreas
culturais e artísticas.
1.4.3
Recriação de tradições
e atividades culturais
significativas ao nível
local.
1.4.4
Promover a abertura
dos espaços culturais
às pessoas idosas,
mediante a realização
de eventos específicos
em bibliotecas, museus
e outras estruturas
locais.
1.4.5
Promover animação
sociocultural de
proximidade, seja nas
associações
recreativas, nos
centros de convívio ou
nos domicílios.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 55
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Objetivo 1.5 Áreas de ação Agendamento
Planear circuitos de
transporte público, que
sejam acessíveis,
comportáveis e
flexíveis, sobretudo em
áreas mais rurais.
Atender à colocação
dos locais de paragem
dos transportes
públicos.
1.5.1
Estudar circuitos de
transportes públicos
que permitam aceder a
serviços utilizados pela
população idosa
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
1.5.2
Utilizar meios de
transporte adaptados
às pessoas idosas.
1.5.3
Adaptar os meios de
transporte e os locais
de paragem existentes
às necessidades dos
idosos.
1.5.4
Incentivar as boleias
entre vizinhos e as
solidariedades
existentes.
Desaconselhar o uso
de transporte próprio
nas deslocações
habituais e de curta
duração.
Eixo estratégico 2
Apoiar as pessoas na manutenção, melhoria e gestão da sua saúde e bem
estar físico e mental, à medida a que envelhecem.
Objetivo 2.1 Áreas de ação Agendamento
Promover a saúde e os
comportamentos
saudáveis em todas as
idades, de modo a
2.1.1 Tomar iniciativa e/ou
colaborar ativamente
em atividades
promotoras de saúde,
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 56
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
retardar o aparecimento
das doenças crónicas e
a evitar a mortalidade
prematura.
preventivas da doença
e de educação para a
saúde durante todo o
ciclo de vida.
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
2.1.2 Tomar iniciativa e/ou
colaborar ativamente
em atividades que
potenciem as
capacidades dos
cidadãos para lidarem
com as doenças
crónicas.
2.1.3 Promover ações de
cessação tabágica.
2.1.4 Promover ações
tendentes a diminuir o
consumo de álcool.
2.1.5 Promover a realização
de exames de
diagnóstico precoce e
rastreios.
2.1.6 Manter e/ou intensificar
a disponibilidade de
consultas e
continuidade de
tratamentos na área da
saúde mental.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 57
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
2.1.7 Incentivar/difundir
alimentação saudável
e confeção culinária
diversificada e
adequada às
necessidades dos mais
idosos.
Objetivo 2.2 Áreas de ação Agendamento
Incluir a saúde em
todas as políticas, ou
seja, fazer com que as
políticas públicas que
abrangem todos os
sectores da vida do
concelho se preocupem
com as implicações que
sempre têm sobre a
saúde e as
desigualdades de
saúde da população.
2.2.1 Adotar e/ou
desenvolver programas
específicos de
prevenção de quedas
nos idosos.
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
2.2.2 Incentivar a atividade
física.
2.2.3 Priorizar a eliminação
das desigualdades em
saúde.
2.2.4 Alimentação saudável:
todos os residentes
acedem aos alimentos
disponíveis perto de
suas casas.
Incentivam-se preços
mais baixos para
alimentos saudáveis,
limitando o acesso aos
alimentos pré-
cozinhados.
2.2.5 Saúde pública: os
autarcas estão
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 58
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
conscientes dos
impactos que cada
uma das suas decisões
pode acarretar para a
saúde de todos.
Objetivo 2.3 Áreas de ação Agendamento
Contribuir para o
desenvolvimento de
cuidados centrados no
cidadão, melhorando o
acesso à informação,
promovendo literacia
em saúde, cuidados
individualizados na
comunidade e
identificando doentes
de alto risco, através de
processos de
estratificação (maior
número de
atendimentos em
urgência ou menores
recursos económicos
ou patologia mais
frequente) aos quais se
aplicam as mais
recentes evidências
científicas.
2.3.1 Desenvolver sinergias
entre serviços de
saúde e de apoio
social
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2017
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
2.3.2 Criar um serviço de
apoio domiciliário
dirigido às pessoas
idosas mais
carenciadas
2.3.3 Incentivar e
disponibilizar apoio
para o
desenvolvimento de
cuidados integrados
2.3.4 Responsabilizar uma
entidade ou grupo pela
identificação de
situações de grave
carência de apoios
sociais e de saúde e
planeamento de
intervenções
Eixo estratégico 3
Providenciar para que as pessoas envelheçam com con fiança, segurança e
dignidade nas suas casas, pelo tempo que entenderem .
Objetivo 3.1 Áreas de ação Agendamento
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 59
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Promover medidas
protetoras da violência
financeira e das burlas
sobre idosos, que
sejam efetivas,
transparentes e
capazes de identificar
novos riscos.
3.1.1 Criar um gabinete de
aconselhamento aos
consumidores locais
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
3.1.2 Publicar informação
acerca de
procedimentos em
caso de suspeita de
ações fraudulentas,
disponibilizando meios
de ajuda
3.1.3 Disponibilizar recursos
aos quais os cidadãos
possam recorrer se
sujeitos a algum tipo
de violência
Objetivo 3.2 Áreas de ação Agendamento
Fazer com que os
cidadãos idosos
possam viver em casas
com manutenções
adequadas, seguras e
adaptadas às limitações
impostas pela idade.
3.2.1 Criar serviços que
promovam a
identificação de casos
de necessidade de
apoio na manutenção
de domicílios habitados
por idosos (sós ou
apenas com o seu
cônjuge), planeiem as
intervenções, elaborem
o orçamento que,
depois de autorizado,
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 60
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
cubra as obras
necessárias a uma
vida condigna
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
3.2.2 Desenvolver parcerias
com
empreendedorismo
social de modo a dar
resposta às
necessidades de
permanência dos
idosos em suas casas,
pelo tempo que lhes for
possível
Objetivo 3.3 Áreas de ação Agendamento
Aplicar políticas de
construção de
equipamentos sociais e
de lazer, transportes e
edifícios que sejam
amigos dos cidadãos
idosos.
3.3.1 Mobilidade ativa: todos
os residentes no
concelho podem
caminhar de modo
seguro, deslocarem-se
de bicicleta ou ir de
transporte público para
a escola, para o
trabalho e para os
demais destinos que
lhe são habituais.
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
3.3.2 Habitação salubre:
todos os idosos podem
recorrer a ajuda e
aconselhamento sobre:
adaptação da casa às
suas necessidades e
limitações, segurança
contra incêndios e
utilização do gás e
eletricidade, proteção
contra roubos e
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 61
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
utilização de alarmes. Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
3.3.3 Espaços públicos:
existem espaços
verdes devidamente
equipados que
permitem atividades
físicas e de lazer.
3.3.4 Segurança: todos os
residentes podem
circular nos espaços
públicos sem receio de
violência ou
criminalidade
Objetivo 3.4 Áreas de ação Agendamento
Incrementar a
consciência sobre o que
é violência sobre
idosos, como se deteta
e se relata, manter a
vigilância e criar
mecanismos de
proteção.
3.4.1 Contribuir para uma
consciência critica face
ao problema dos
abusos sobre idosos
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2017
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
3.4.2 Desenvolver respostas
locais para
identificação de casos
de violência e
mobilização de meios
interventivos
3.4.3 Criar sinergias com
organismos locais e
nacionais de luta
contra a violência
sobre idosos
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 62
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
Eixo estratégico 4
Apoiar a investigação e o desenvolvimento de respos tas inovadoras às
necessidades das populações do concelho da Lourinhã
Objetivo 4.1 Áreas de ação Agendamento
Colaborar em projetos
que venham a melhorar
a qualidade assistencial
das pessoas idosas,
enquanto estas
permanecerem em suas
casas.
4.1.1 Colaborar na
implementação de
projetos de
monitorização a
distância de pessoas
que permanecem em
casa lidando com as
suas doenças crónicas
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
Realização
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 63
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Objetivo 4.2 Áreas de ação Agendamento
Obter financiamentos
orientados para
soluções inovadoras na
resolução de problemas
existentes e que se
espera que venham a
ocorrer entre a
população idosa do
concelho.
4.2.1 Atribuir prioridade à
criação de serviços
orientados para idosos
portadores de
demências,
providenciando
serviços de apoio
domiciliário e
institucional
adequados.
Posição da autarquia:
• Coordenação
• Incentivador
• Financiador
• Mediador
Intervenientes:
• Cidadãos
• Comunidade
Intermunicipal
• Município
• Instituições
• Terceiro sector
• Empresas privadas
Prazos:
• 2020
Natureza das ações:
• Estudos
• Informação/
Comunicação
• Concertação
• Coordenação
• Criação
• Realização
4.2.2 Promover identificação
permanente de
necessidades dos
cidadãos de modo a
possibilitar a oferta
adequada de soluções
(políticas baseadas em
evidência)
Objetivos transversais
Combater o idadismo
Objetivos Responsáveis
Promover ações que combatam a discriminação baseada
na idade e que desmonte estereótipos existentes.
Todas as instâncias
autárquicas, instituições e
demais atores sociais Incentivar os meios de comunicação social a enfatizarem
as realizações da população em todas as idades e para
dedicarem espaço à inclusão social das pessoas idosas.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 64
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Criar oportunidades de convívio intergeracional, seja em
processos de ensino-aprendizagem ou em situações de
lazer, chamando as associações, parceiros sociais e os
cidadãos à interação e partilha.
Aplicar mecanismos de consulta para identificação de
expectativas das pessoas idosas.
Melhorar a informação sobre recursos existentes
Assegurar que as pessoas mais idosas consigam exercer
os seus direitos de cidadania e controlo sobre as suas
vidas, através de um acesso amigável, compreensivo,
adequado e coordenado à informação sobre temáticas
essenciais.
Todas as instâncias
autárquicas, instituições e
demais atores sociais
Assegurar que a linguagem é adequada e que estão
disponíveis recursos que permitam a acessibilidade,
apesar de alterações sensoriais resultantes do
envelhecimento.
Promover serviços que advoguem em favor dos idosos,
em termos de direitos, mas também do lugar que ocupam
na sociedade e no acesso aos recursos disponíveis.
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 65
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
8. Anexos
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 66
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
8.1 Estatísticas concelhias DADOS DOS CENSOS 2011 - Resultados Definitivos da Região Centro Os municípios do Oeste e Médio Tejo ganharam população. Existe maior percentagem de jovens no litoral, destacando-se o Oeste (15,2%) como a sub-região com o valor mais elevado. O envelhecimento da população, verificado na última década, ocorreu de forma generalizada em toda o país. Na região Centro, o índice de envelhecimento passou de cerca de 130 idosos por cada 100 jovens, em 2001, para 163 idosos por cada 100 jovens em 2011. Na região Centro, o índice de longevidade aumentou na última década, passando de 43,3 em 2001 para 49,9 em 2011. As mulheres apresentam um índice de longevidade superior ao dos homens, 52,6 e 46,1, respetivamente. Comparativamente, o índice de longevidade da população na região Centro é superior ao verificado em termos nacionais, o qual para 2011 é de 47,9. O índice de longevidade relaciona a população com 7 5 ou mais anos com o total da população com 65 ou mais anos.
A região Centro apresenta um índice de rejuvenescimento da população ativa inferior ao do país, respetivamente 86 e 94. Na região Centro, o índice de rejuvenescimento da população ativa caiu cerca de 32%, uma vez que em 2001 era de 126. Na região Centro, o índice de sustentabilidade potencial agravou-se na última década, passando de 3,4 em 2001 para 2,8 em 2011. A tendência segue a trajetória do resto do país, cujo indicador era em 2001 de 4,1 e em 2011 passou para 3,5. Na região Centro, o índice de sustentabilidade potencial diminuiu em todos os municípios, o que significa que em 2011 havia menos indivíduos em idade ativa por cada indivíduo idoso. O índice de sustentabilidade potencial dá a medida do número de indivíduos em idade ativa por cada individuo idoso. Em 2011, o Oeste é a sub-região com maior capacidade de atração (7,1%) da região Centro. Na região Centro, em 2011, o número de pessoas a residir em estabelecimentos de apoio social é de 30 814, sendo 9 980 homens e 20 834 mulheres, e representam em 80,2% a população com 70 ou mais anos. Face a 2001, o número de pessoas a residir em estabelecimentos de apoio social cresceu 51,8% na região Centro, valor superior ao verificado para o total do país 37,6%. Em 2011 a proporção de famílias unipessoais constituídas por pessoas com 65 ou mais anos aumentou na região Centro, situando-se em 2011 nos 11,8%. Em 2001 era de 10,5%. Em 2011, na região Centro, os núcleos familiares monoparentais representam 12,5% do total de núcleos (face a 2001 a proporção aumentou), para um valor é de 14,9% a nível nacional.
AGRAVAMENTO FUTURO DA SITUAÇÃO DOS IDOSOS EM TERMOS DE APOIO FAMILIAR.
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LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
INDICADORES
2001 2011 2013
Lourinhã (Município)
Oeste (NUTS
III) Portugal Lourinhã
(Município)
Oeste (NUTS
III) Portugal Lourinhã
(Município)
Oeste (NUTS
III) Portugal
População residente 23.395 339.824 10.362.722 25.760 362.688 10.557.560 25.681 360.732 10.457.295
Superfície em Km2 146,8 2.220,6 92.151,8 147,2 2.220,2 92.212,0 147,2 2.220,2 92.225,2
Densidade populacional
159,3 153,0 112,5 175,0 163,4 114,5 174,5 162,5 113,4 número médio de indivíduos por km2 Jovens (%)
16,4 15,8 16,2 15,8 15,4 15,0 15,4 14,9 14,7 menos de 15 anos População em idade activa (%) 65,9 66,2 67,3 65,7 65,1 66,1 65,6 64,9 65,7 15 aos 64 anos
Idosos (%) 17,7 18,0 16,5 18,5 19,5 18,9 19,0 20,1 19,6
65 e mais anos Índice de envelhecimento
108,3 114,3 101,6 117,4 127,3 125,8 123,0 134,8 133,5 idosos por cada 100 jovens Indivíduos em idade ativa por idoso
3,7 3,7 4,1 3,5 3,3 3,5 3,5 3,2 3,3
Nascimentos (1) 235 3.541 112.774 236 3.188 96.856 184 2.655 82.787
Óbitos 270 3.984 105.092 274 4.008 102.848 257 4.108 106.545 Consultas nos centros de saúde
66.077 1.025.695 27.652.305 82.813 1.059.415 27.892.050 - - -
População activa (2)
10.461 161.345 4.990.208 ┴ 11.900 ┴ 171.676
┴ 5.023.367 - - - População
empregada + População desempregada
(2) - Dados censitários (1) - Os valores apresentados referem-se ao município de residência da mãe (e não de nascimento da criança). ┴ Quebra de série - Ausência de valor
Fonte: PORDATA, Fonte de dados: INE, APA/MAOTE, CGA/MEF, INAG/MAOTE, DGEEC/MEC, BP,
II/MSESS, DGAI/MAI, ISS/MSESS, DGEG/MAOTE, DGPJ/MJ, IGP, SEF/MAI, DGS/MS, DGO/MEF,
ICA/SEC, IEFP/MSESS
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LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Anuário da Região Centro 2013 (Edição INE de 2014)
Estatísticas Oficiais – Informação disponível até 3 0 de setembro de 2014
Indicadores de População
2013 POPULAÇÃO RESIDENTE 25-64 ANOS
HOMENS MULHERES
POPULAÇÃO RESIDENTE 65 -74 ANOS
HOMENS MULHERES
POPULAÇÃO RESIDENTE 75 E + ANOS
HOMENS MULHERES
CONCELHO LOURINHÃ
19 809 H-9 565 M-9 244
4 911 H-2 146 M-2 765
2 413 H-985 M-1 428
2013 ÍNDICE DE
ENVELHECIMENTO ÍNDICE DE
DEPENDÊNCIA IDOSA
ÍNDICE DE LONGEVIDADE
CONCELHO LOURINHÃ 125% 29,2% 49,1% Indicadores Prestações Sociais
2013
PENSÃO DE
VELHICE VALOR MÉDIO
ANUAL
Nº DE PENSIONISTAS
PENSÃO DE VELHICE MILHARES DE EUROS
CONCELHO LOURINHÃ
5 070 4 829 24 485
Indicadores de Saúde
2013
ENFERMEIROS P/MIL HAB.
MÉDICOS P/MIL HAB.
CONSULTAS P/HAB.
CONSULTAS MEDICINA
GERAL/FAMILIAR
CONSULTAS TOTAIS *
CONCELHO DA LOURINHÃ 1.4 1.2 3.0 63 294 76 348
*Inclui, além da Medicina geral/familiar, o Planeamento Familiar, a Saúde materna e infanto-juvenil. • O Centro da saúde da Lourinhã não possui especialidades como: Estomatologia, Ginecologia/Obstetrícia,
Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria. Possui Psiquiatria (1) outras especialidades (6).
2013
TAXA MORTALIDADE P/ DOENÇAS
DO APARELHO CIRCULATÓRIO
TAXA DE MORTALIDADE P/ TUMORES MALIGNOS
CONCELHO LOURINHÃ
3.3 2.8
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 69
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Distribuição da população com 65 ou mais anos de idade, por freguesias da Lourinhã
(Censos 2011 – Resultados definitivos, INE)
Zona Geográfica
População residente (N.º) por Local de residência, e Sexo
Total
HM H M
Total concelho 5051 2251 2800
Lourinhã 1802 790 1012
Atalaia 392 176 216
União de Freguesias da Lourinhã e Atalaia 2194 966 1228
Miragaia 364 170 194
Marteleira 401 169 232
União de Freguesias de Miragaia e Marteleira 765 339 426
Moledo 107 50 57
São Bartolomeu dos Galegos 220 108 112
União de Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo 327 158 169
Moita dos Ferreiros 466 209 257
Reguengo Grande 394 176 218
Santa Bárbara 302 125 177
Vimeiro 304 138 166
Ribamar 299 140 159
Legenda:
Anterior divisão administrativa
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 70
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
8.2 Medidas específicas de ação
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Eixo estratégico 1
Remover barreiras à participação social e promover o contínuo envolvimento das pessoas à medida a que envelhecem, em todas as esferas da vida social, cul tural e económica do concelho da Lourinhã, de acordo com as suas necessi dades, preferências e capacidades.
Objetivo 1.1 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Desenvolver várias alternativas de empregabilidade (incluindo as reformas progressivas) para as pessoas que vão ficando mais velhas e identificar as barreiras (legislativas, atitudinais, tradicionais e práticas) à continuidade do emprego, assim como as necessidades de formação ao longo da vida.
1.1.1 Contratos de trabalho adequados a pessoas que pretendem continuar a trabalhar apesar da idade que têm
1.1.1.1 Promover uma campanha para consciencializar as pessoas sobre a discriminação com base na idade
Que as pessoas tomem consciência das descriminações existentes com base na idade
N.º de ações empreendidas
1.1.1.2 Promover junto de pequenas e médias empresas o benefício de acomodar os trabalhadores com mais idade, em defesa da cultura de empresa e solidez dos processos produtivos
Que os empresários vejam benefício na retenção de trabalhadores, mesmo que estes estejam com mais de 65 anos.
N.º de ações empreendidas
1.1.2 Flexibilidade de organização do trabalho (horários, duração, por exemplo)
1.1.2.1 Nomear uma equipa de projeto capaz de promover a adaptação dos locais de trabalho às necessidades dos trabalhadores com mais idade, no caso destes pretenderem manter-se a trabalhar
Existência de uma equipa técnica capaz de avaliar os postos de trabalho ocupados por pessoas com mais de 55 anos
Equipa técnica; n.º de locais de trabalho inspecionados
1.1.3 Locais de trabalho capazes de se adequarem às capacidades dos trabalhadores, sobretudo os que têm mais idade
1.1.3.1 Distinguir as empresas que aceitem trabalhadores (independentemente do cargo) após o 65 anos
Consciencialização sobre as capacidades que perduram, apesar do envelhecimento populacional e os seus benefícios para a produtividade empresarial
Nº ações realizadas/ano
1.1.4 Reformas graduais
1.1.4.1 Apoiar o empreendedorismo sénior
Informar sobre as linhas de apoio à criação de negócios
Nº ações realizadas/ano
1.1.4.2 Estimular a mudança de carreira profissional ao longo da vida ativa
Divulgação dos benefícios da mudança de carreiras ao longo da vida ativa
Nº ações realizadas/ano
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LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Reconhecimento da capacidade de iniciativa da população sénior
1.1.5 Planeamento de reformas 1.1.5.1 Criação de plano de ação de preparação para a reforma de funcionários da CML
Associar à gestão provisional de recursos humanos, um programa de aproximação à reforma
Nº ações realizadas/ano
1.1.5.2 Ação de sensibilização às empresas concelhias para a importância do apoio a trabalhadores em pré-reforma
Contribuir para a noção da importância de apoiar os trabalhadores nessa fase
N.º de empresas abrangidas; n.º ações
1.1.5.3 Promover sessões sobre técnicas e habilidades sociais para estabelecer e manter sistemas de apoio social e relações sócio-familiares positivas, durante a fase de reforma
Dinamizar sessões sobre técnicas e habilidades sociais
N.º de ações realizadas; n.º de presenças por sessão
1.1.5.4 Elaborar um programa de informação geral sobre serviços e recursos sociais existentes na comunidade que estejam orientados para o envelhecimento populacional.
A informação deve ser feita através dos media locais e em todos os locais públicos e deve incluir direitos e deveres dos cidadãos idosos
n.º de anúncios/textos divulgados
Objetivo 1.2 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Promover formação que seja significativa para os cidadãos e que os ajude a desenvolver competências adequadas a um mercado de trabalho em contínua mudança. É prioritário o aproveitamento de linhas de financiamento disponíveis para a
1.2.1 Literacia, numeracia e competências tecnológicas
1.2.1.1 Dinamização de ações de formação orientadas para a info-inclusão
Realização de ações nas freguesias concelhias
n.º de ações de formação por freguesia/ano, n.º de participantes
1.2.2 Adequação das competências adquiridas às novas exigências do trabalho
1.2.2.1 Realização de feira com propostas formativas para adultos
Informar sobre as oportunidades de educação formal/não formal para seniores no concelho e limitrofes
N.º de atividades realizadas; n.º de entidades aderentes; n.º de participantes
1.2.2.2 Promover o intercâmbio com universidades sénior de outros locais e países
Visitas e encontros culturais com instituições nacionais e
n.º de visitas e encontros culturais, nacionais e internacionais
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 73
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formação ao longo da vida, quer por parte das empresas, quer sob a responsabilidade da autarquia.
internacionais
1.2.2.3 Incentivar a formação nos locais de trabalho, criando um diretório municipal que incentive, apoie, registe, divulgue e avalie a formação realizada.
Constituição do diretório da formação municipal
diretório criado
1.2.2.4 Criar acesso a partir da página da Internet da Câmara Municipal, aos Cursos Online Abertos e Massivos (MOOC) do Instituto Politécnico de Leiria, Universidade de Coimbra e Universidade Aberta
Ter acesso disponível às ofertas das três instituições; Registar pedidos de cursos adequados à procura local.
Acesso disponibilizado; ter um pedido de curso adequado às necessidades locais.
1.2.3 Identificar e resolver as barreiras à formação ao longo da vida (disponibilidade pessoal, oferta formativa, custos, falta de transporte, adequação dos meios existentes)
1.2.3.1 Realização de auscultação à população participante na feira de oferta formativa
Obter uma listagem de barreiras à formação e elaborar propostas de resolução.
n.º de propostas de resolução de barreiras implementadas por entidades participantes na feira/ano
1.2.3.2 Auscultação a entidades formadoras no concelho sobre a participação de adultos + 50 anos e obstáculos à participação
Apresentação de propostas de solução
Plano de resolução do acesso de pessoas com 50 ou mais anos na formação de adultos
1.2.4 Promover em permanência ofertas formativas que envolvam formadores e formandos de várias gerações, num processo de ajuda intergeracional
1.2.4.1 Criação de Espaços Senior, de convivialidade e formação seniores nas freguesias para maiores de 50 anos
Intercâmbio e valorização de experiências e conhecimentos
n.º de espaços criados/ano/freguesia,n.º e tipo de atividades desenvolvidas, n.º de empresas envolvidas, n.º de voluntários, medição da satisfação dos intervenientes
Valorização da aprendizagem ao longo da vida
Privilegiar o voluntariado e a responsabilidade social empresarial como recursos humanos e materiais
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Objetivo 1.3 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Promover o conceito de cidadania ativa e o valor do voluntariado, encorajando as pessoas de todas as idades a envolverem-se e contribuírem mais para a sua comunidade.
1.3.1 Desenvolver parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade (Cuidados de Saúde Primários)
1.3.1.1 Identificar pessoas em risco, quer do ponto de vista social (isolamento, falta de recursos económicos ou outros), quer do ponto de vista da saúde (múltiplos recursos ao serviço de urgência, diabéticos, insuficiência cardíaca, ou outros)
Desenvolver a parceria entre a Rede Social e a Unidade de Cuidados na Comunidade
Protocolo assinado entre as partes
1.3.1.2 Desenvolver um plano de intervenção (social ou de saúde) que antecipe a resposta às necessidades que irão ser colocadas pelos doentes
Existência de uma lista de doentes em risco com planos de intervenção (social e saúde) associado
Identificação de uma lista de doentes em risco e dos respetivos planos de intervenção
1.2.1.3 Obter a designação de um gestor de caso (área social e de saúde) que se responsabilize pela transição de doentes do hospital para casa
Identificação de Gestores de Caso
Existir um Gestor de caso, pelo menos
1.2.1.4 Integrar tecnologias disponíveis na monitorização e acompanhamento dos doentes, evitando o recurso aos
hospitais.
Tecnologia incorporada na prestação de
cuidados sociais e de saúde
Existir pelo menos uma nova tecnologia assistencial
incorporada
1.3.2 Assegurar, através de grupos de voluntários, a ativação de competências dos doentes para lidar com doenças crónicas (diabetes, por exemplo)
1.3.2.1 Criação de um grupo de voluntariado de proximidade no apoio a pessoas idosas, no desempenho dos seus autocuidados.
Aumentar as competências dos
doentes para lidar com as doenças crónicas e o desempenho dos seus
autocuidados
n.º de parcerias com organizações, n.º de
voluntários envolvidos, N.º de projetos de apoio
desenvolvidos; Grau de satisfação dos destinatários
da ação
1.3.2.2 Incrementar a criação de grupos de autoajuda, tendo como denominador comum uma das doenças crónicas mais comuns no concelho
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PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
1.3.2.4 Implementação de um café memória, em colaboração com a Associação Nacional de doentes com Alzheimer.
1.3.3 Formar grupos de visitadores domiciliários que
ajudem a combater o isolamento e as depressões
associadas
1.3.3.1 Criar um grupo de voluntários disponível para ler, conversar ou
desempenhar atividades que proporcionem ocupação da pessoa
isolada
Sinalização de idosos isolados no concelho
Relatório de sinalização de idosos isolados, N.º de
projetos de apoio desenvolvidos
Implementação de projetos nas freguesias com maior n.º de idosos isolados
Objetivo 1.4 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Promover o desenvolvimento de oportunidades de envolvimento e participação social das pessoas em todas as fases do ciclo vital, em atividades de índole artística, cultural, espiritual, de lazer, aprendizagem e atividade física. As estruturas onde se promova esta oferta será próxima dos cidadãos ou de fácil acessibilidade.
1.4.1 Promover passeios e excursões em grupo para visitas a património cultural e artístico, tanto ao nível local quanto nacional.
1.4.1.2 Organização de passeios
Planeamento e divulgação das ações em parceria com entidades locais que desenvolvem ações do género
n.º de ações/tipo/ano; n.º de participantes/ano; grau de satisfação dos participantes
Envolver idosos da totalidade do concelho
1.4.1.2 Continuação do desenvolvimento de atividades intermunicipais decorrentes da parceria da “Festa Sénior”
Elaboração de programa anual
1.4.2 Dinamizar o associativismo local de modo a gerar dinâmicas sociais que privilegiem as áreas culturais e artísticas.
1.4.2 Organização de Chá dançante itinerante
Estimular exercício físico, mental e lúdico
n.º de ações/ano/freguesias; n.º de participantes/ano
Envolvimento de juntas de freguesia, associações e IPSS
Abrangência da totalidade do concelho
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 76
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
1.4.3 Recriação de tradições e atividades culturais significativas ao nível local.
1.4.3.1 Registo de memórias do povo
Recolha, Registo e Divulgação de histórias, cantares, imagens, artes, jogos, etc. junto dos séniores n.º e tipo de memórias
recolhidas; n.º de exposições realizadas
Promoção de trocas de saberes entre diferentes gerações
Exposição itinerante pelo concelho
1.4.4 Promover a abertura dos espaços culturais às pessoas idosas, mediante a realização de eventos específicos em bibliotecas, museus e outras estruturas locais.
1.4.4.1 Promover a abertura de espaços culturais e religiosos num circuito concelhio, em horários adequados para as pessoas idosas
Criação e dinamização de rota concelhia de visita a monumentos
n.º de visitas de grupo; n.º de participantes seniores
1.4.4.2 Estimular a itinerância de exposições temporárias num conjunto de espaços preparados para as receber
Organizar visitas de seniores, clientes de respostas sociais na
proximidade n.º de crianças e idosos envolvidos, n.º de visitas organizadas
Organização de visitas para crianças, nas quais os seniores do concelho sejam os guias
1.4.5 Promover animação sociocultural de proximidade, seja nas associações recreativas, nos centros de convívio ou nos domicílios.
1.4.5.1 Organização de Olimpíadas seniores
Abranger uma quantidade significativa de idosos do concelho
n.º de ações e de participantes/ano
1.4.5.2 Incentivar e apoiar iniciativas solidárias e de integração social apresentadas por pessoas com 55 ou mais anos
Envolver de juntas de freguesia, associações e IPSS n.º de freguesias
participantes, n.º de ações desenvolvidas e de idosos proponentes e participantes
Nomear um técnico que ajude a desenvolver os programas apresentados por pessoas de 55 ou mais anos
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 77
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Objetivo 1.5 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Planear circuitos de transporte público, que sejam acessíveis, comportáveis e flexíveis, sobretudo em áreas mais rurais. Atender à colocação dos locais de paragem dos transportes públicos.
1.5.1 Estudar circuitos de transportes públicos que permitam aceder a serviços utilizados pela população idosa
1.5.1.1 Mapeamento de principais obstáculos à mobilidade senior nas freguesias
Identificar, no curto prazo quais as barreiras à utilização do serviço público de transportes e quais os percursos carenciados de serviço
Relatório que apresente: barreiras identificadas, mapa atual de necessidades de transporte e de serviços mais procurados pelos cidadãos idosos
1.5.1.2 Identificar serviços públicos e percursos mais utilizados por idosos que careçam de transporte público
1.5.1.3 Criar um serviço público a pedido Existência de uma resposta adequada aos pedidos individuais
Existência de, pelo menos, uma oferta de transporte público a pedido, preferencialmente nas áreas limitrofes da cidade
1.5.2 Utilizar meios de transporte adaptados às pessoas idosas.
1.5.2.1 Substituir todos os autocarros existentes nos circuitos de transportes públicos que apresentem barreira à utilização por parte de pessoas idosas
Todos os autocarros existentes na rede local de transportes são amigos das pessoas idosas
Listagem dos autocarros que obedecem aos requisitos de mobilidade de cidadãos idosos
1.5.3 Adaptar os meios de transporte e os locais de paragem existentes às necessidades dos idosos.
1.5.3.2 Fazer levantamento dos locais de paragem e verificar com as populações locais quais as que terão de ser mudadas ou colocadas de novo
Criar resposta à falta de mobilidade em zonas não servidas por serviços públicos
Relatório que apresente: locais de paragem à data e novas propostas, de acordo com as necessidades das cidadãos idosas. Recomendação de data para a revisão da atual proposta
1.5.3.3 Promover a adequação dos locais de paragem às necessidades da população idosa, através de estudos periódicos
Adaptar o sistema de transportes públicos às necessidades da população, na medida em que estas mudam, ao longo do tempo
1.5.4 Incentivar as boleias entre vizinhos e as solidariedades existentes. Desaconselhar o uso de transporte próprio nas deslocações habituais e de
curta duração.
1.5.4.1 Promover campanhas de segurança rodaviária para idosos
Promover a consciência de que o envelhecimento acompanha-se de fragilidades que incapacitam para atividades quotidianas
n.º e tipo de ações de divulgação da ideia de envelhecimento ativo e saudável, das alterações cognitivas, comportamentais e físicas do envelhecimento
Disseminar estratégias para lidar com as fragilidades que sempre acompanham o envelhecimento
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 78
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
1.5.4.2 Desincentivar o uso do transporte individual, através da oferta de um serviço de transportes amigo, próximo e prático
Obter uma taxa de utilização dos transportes públicos por parte da população idosa, acima dos valores atuais
Apresentação de estudos de impacto das medidas adoptadas em termos de política local de transportes públicos
Objetivo 2.2 Áreas de Ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Incluir a saúde em todas as políticas públicas, abrangendo todos os
setores da vida do concelho e tendo em
conta as implicações da saúde e suas
desigualdades na população.
2.2.1 Adotar/Desenvolver programas específicos de prevençãode quedas nos
idosos
2.2.1.1 Introduzir políticas que promovam a formação contínua de profissionais que lidam com idosos na área do impacto da atividade física sobre a qualidade de vida dos idosos
Promover programa de formação para profissionais que lidam com idosos institucionalizados em todas as instituições (públicas ou privadas)
Nº ações; n.º de formandos; n.º de instituições
2.2.1.2 Promover programas de atividade física para idosos que sejam de fácil acesso, próximos dos cidadãos e adequados
Uma atividade física para idosos acima dos 65 anos em cada freguesia N.º de atividades; n.º de
idosos
Aderir à Estratégia Nacional para a Promoção da Atividade Física e Bem-estar
2.2.1.3 Introduzir como prioridade concelhia, políticas orientadas para a promoção da esperança de vida com saúde
Ter parcerias com instituições da área da saúde - públicas, privadas ou sociais - na área da promoção da saúde entre a população idosa
Nº de protocolos; Instituições envolvidas
2.2.2 Incentivar a atividade física
2.2.2.1 Promoção de atividades desportivas nas freguesias
Dar continuidade das Classes de Movimento Sénior existentes, potenciar a criação de outras, incentivar Grupos de Caminhadas locais
Nº participantes/ano/tipo de atividade; freguesias aderentes
2.2.3 Priorizar a eliminação das desigualdades em saúde
2.2.3.1 Criar Programa de Auxilio Económico p/ idosos carenciados p/ tratamentos dentários e óticos
Aumentar o acesso a cuidados dentários e óticos
N.º de apoios concedidos/ano
2.2.3.2 Disponibilização de consultas/tratamentos dentários e óticos
Aumentar a diversidade da tipologia de consultas
Tipo de consulta implementada; n.º de atendimentos/ano
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 79
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
2.2.3.3 Identificar as pessoas que vivem isoladas e em locais com menores recursos e providenciar com elas atividades de promoção da saúde e prevenção da doença
Referenciar concretamente as pessoas isoladas e carenciadas
Lista de pessoas que vivem isoladas e programa de ação de combate ao isolamento
2.2.3.4 Promover ativamente a construção de recursos de saúde e sociais suficientes para abranger a população independentemente do seu estatuto socioeconómico
Obter, pelo menos, mais um edifício onde funcionem cuidados de saúde primários
Quantidade de USF ou UCSP a funcionar no concelho, acima do número atual
2.2.3.5 Promover parcerias com as entidades responsáveis pela saúde, de modo a diminuir o número de cidadãos sem médico de família
Obter cobertura total da população com médicos de família
Número de pessoas sem médico de família abaixo do número atual
2.2.3.6 Desenvolver, com as entidades responsáveis pela saúde um programa "A cada doente seu enfermeiro de família"
Obter a total cobertura da população com enfermeiros de família
Número de pessoas abrangidas por enfermeiros de família acima do atual
2.2.3.7 Criar parcerias que ajudem a levar a vacinação contra a gripe a toda a população sénior do concelho
Obter a cobertura total da população acima dos 65 anos com a vacinação antigripal
Número de pessoas, acima dos 65 anos, com vacina da gripe
2.2.4 Alimentação saudável: acesso a alimentos perto de casa, incentivar preços + baixos p/ alimentos saudáveis e limitar acesso a pré-cozinhados
2.2.4.1 Promover sessões de esclarecimento e/ou ações individuais que promovam a alimentação saudável entre as pessoas acima dos 55 anos
Promover a educação para a saúde através da alimentação saudável e adequada à idade cronológica
Número de ações promotoras de educação saudável
2.2.4.2 Identificar situações de carência alimentar e promover programas específicos para resolver as situações
Resolver situações de carência alimentar através de programas personalizados
N.º de pessoas apoiadas com esta medida
2.2.4.3 Criar um grupo de trabalho especializado que introduza boas práticas de confeção, acondicionamento e distribuição de alimentos entre as pessoas que contratualizaram serviços de alimentação em casa
Zelar pela situação nutricional dos cidadãos que estão envolvidos em programas de alimentação em casa
Grupo de trabalho criado, norma de boas práticas adotada; auditoria realizada
2.2.4.4 Desenvolver sessões de preparação de alimentos em eventos públicos
Promover alimentação saudável entre a população do concelho
Sessões realizadas; local de realização
2.2.4.5 Sensibilizar os autarcas para as implicações da decisão de aprovar a instalação de certos tipos de ofertas de produtos alimentares, em locais primordialmente habitados por idosos
Diminuir a oferta de alimentos pré-cozinhados
Ações de vigilância para diminuir a oferta de alimentos pré-cozinhados
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 80
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
2.2.5 Consciencializar autarcas do impacto das suas decisões na saúde dos idosos
2.2.5.1 Criar um serviço que ajude as pessoas mais idosas a fazerem alterações nas suas moradias que permitam a utilização plena da habitação
Permitir que as pessoas envelheçam nas suas casas
Serviço criado; moradias modificadas; tipologia das ações
2.2.5.2 Criar uma lista de instituições públicas que não tenham acessibilidades adequadas às fragilidades que os idosos vão apresentando e produzir um programa de adaptações
Criar condições para que todos os lugares públicos sejam amigos dos cidadãos
N.º de alterações produzidas/n.º de alterações necessárias
2.2.5.3 Rever o mobiliário urbano de modo a adaptá-lo a todas as idades.
Tornar a Lourinhã num concelho amigo dos cidadãos
Alterações produzidas/alterações necessárias
2.2.5.4 Criar o conceito "Lourinhã, uma terra para todas as idades", aplicável a todos os organismos públicos
As políticas encetadas permitem a inclusão social de todos os cidadãos, independentemente da idade e das suas características pessoais
Declaração política
Objetivo 2.3 Áreas de Ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Contribuir para o desenvolvimento de cuidados centrados no cidadão, melhorando o acesso à informação, promovendo a literacia em saúde, os cuidados individualizados na comunidade e identificar doentes de alto risco através de processos de estratificação (> nº de atendimentos em urgência, <recursos económicos ou patologia mais frequente) aos quais se aplicam as atuais evidências científicas
2.3.1 Desenvolver sinergias entre serviços de saúde e de apoio social
2.3.1.1 Desenvolver um website específico de apoio a cuidadores informais que contenha pelo menos informação sobre os seguintes tópicos: apoios financeiros; questões práticas que envolvem os cuidados; saúde; trabalho e carreira profissional; manter as suas relações; equipamento e tecnologia; obter apoio em casa; obter recursos.
Ter um website desenvolvido com a informação pertinente de apoio a cuidadores informais
website construído, tipo de assuntos disponibilizados
2.3.2 Incentivar/facultar apoio ao desenvolvimento de cuidados integrados
2.3.3.1 Informar através de site municipal os cidadãos das escolhas que podem fazer para obter acesso a cuidados de saúde e apoio social
Disponibilizar informação imparcial e completa sobre a oferta de cuidados existente no concelho (pública, privada e IPSS) Website construído;
informação disponível
Informar sobre direitos e deveres dos utentes
Informar sobre taxas moderadoras e copagamentos em vigor
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 81
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Manter ligações úteis a sites como: Portal do Utente e Portal da Saúde
2.3.3 Responsabilizar entidade/grupo pela identificação de situação de carência grave de apoio social e saúde, e pelo planeamento de intervenções
2.3.4.1 Trabalhar com as autoridades de saúde de modo a identificar as pessoas que mais recorrem aos serviços de urgência e acompanhar a sua transição para o domicílio
Protocolar um serviço de identificação e apoio aos utentes
Serviço criado, n.º de doentes apoiados
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 82
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Eixo estratégico 2
Apoiar as pessoas na manutenção, melhoria e gestão da sua saúde e bem-estar físico e mental, à medida que envelhecem.
Objetivo 2.1 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização 2016 2017 2018 2019 2020
Promover a saúde e os comportamentos saudáveis em todas as idades, de modo a retardar o aparecimento das doenças crónicas e evitar a mortalidade prematura
2.1.1 Tomar iniciativa e/ou colaborar ativamente em atividades promotoras de saúde, preventivas da doença e educação p/a saúde durante ciclo de vida.
2.1.1.1 Dinamizar ações regulares de sensibilização/conversas informais entre idosos e técnicos das áreas sociais e da saúde (médicos, enfermeiros, dietistas, nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos, animadores socioculturais etc.);
Realizar ações nas freguesias do concelho
Nº freguesias, Nº participantes, Nº ações
2.1.1.2 Criar, divulgar e explicar material de informação e sensibilização p/ saúde e realizar ações práticas (preparar refeições equilibradas e fáceis c/ produtos diferentes, etc.);
2.1.1.3 Realizar rastreios de avaliação dos fatores da saúde (peso, altura, IMC, intolerância alimentar, tensão arterial, colesterol, glicemia, saúde oral, audição e visão) – atração de participantes aquisição de informação s/ níveis de saúde individual (prevenir e corrigir)
2.1.2 Tomar iniciativa e/ou colaborar ativamente em atividades potenciadoras das capacidades dos cidadãos em lidarem c/ doenças crónicas
2.1.2.1 Criar, divulgar e explicar material de informação sobre como lidar com as doenças crónicas
Realizar ações nas freguesias do concelho
n.º de folhetos distribuidos/freguesia
2.1.3 Promover ações de cessação tabágica e diminuição do consumo de álcool
2.1.3.1 Criar, divulgar material de informação sobre a matéria Realizar ações nas
freguesias do concelho
Nº ações/tipo/freguesias; Nº panfletos distribuidos/freguesia
2.1.3.2 Promover consultas de aconselhamento
2.1.4 Promover realização de exames diagnóstico precoce e rastreios
2.1.4.1 Realização de ações de diagnóstico precoce e rastreio
Realizar ações nas freguesias do concelho
Nº freguesias; N.º de parcerias; Nº participantes; Nº ações; Nº entregas
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 83
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
2.1.5 Manter/intensificar disponibilização de consultas e a continuidade de tratamentos na área da saúde mental
2.1.5.1 Promover a disponibilização de consultas/tratamentos
Aumentar a diversidade da tipologia de consultas em saúde mental Nº ações/tipo/freguesias; Nº
panfletos distribuidos/freguesia
2.1.5.2 Criar, divulgar material de informação sobre a matéria
Divulgação da oferta de serviços locais na área da saúde mental
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 84
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Eixo estratégico 3
Providenciar para que as pessoas envelheçam com con fiança, segurança e dignidade nas suas casas, pelo tempo que entenderem.
Objetivo 3.1 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Promover medidas protetoras da violência financeira e das burlas sobre idosos, que sejam efetivas, transparentes e capazes de identificar novos riscos.
3.1.1 Criar um gabinete de aconselhamento aos consumidores locais
3.1.1.1 Implementação de serviço ao senior em algumas freguesias, com equipa multidisciplinar e em articulação com entidades nacionais e locais, para prevenção, acompanhamento psicossocial e encaminhamento de situações
Criação serviço nas freguesias com maior indice de idosos
Nº de pessoas atendidas e frequência por ano
3.1.1.2 Criação de um website com informação adequada aos idosos e familiares
Website da autarquia que concentre informação aos cidadãos e aos cuidadores informais
Website criado
3.1.1.3 Disseminação de informação nos media locais e através dos centros de convívio e associações recreativas sobre violência financeira e burlas
n.º de ações realizadas nos media e espaços associativos
3.1.2 Publicar informação acerca de procedimentos em caso de suspeita de ações fraudulentas, disponibilizando meios de ajuda
3.1.2.1 Divulgação/ informação de ações de sensibilização em articulação com PSP, GNR, Bombeiros, Deco
Realização de ações de prevenção de atos passiveis de constituir crime em todas as freguesia
Nº de ações realizadas; entidades participantes
3.1.2.2 Criação e Divulgação de folheto dirigido aos idosos sobre a temática da prevenção financeira e outros assuntos pertinentes na área gerontológica
Criar folheto de divulgação de prevenção de riscos, atividades, serviços, informações uteis
Nº de ações realizadas; Nº de folhetos distribuídos/ano
3.1.3 Disponibilizar recursos aos quais os cidadãos possam recorrer se sujeitos a algum tipo de violência
3.1.3.1 Apoiar o serviço de teleassistência no concelho da Lourinhã, em especial nas situações das pessoas que vivem sozinhas, e com dificuldades financeiras
Elaboração de regulamento; Definição de n.º idosos a apoiar por ano
Nº de apoios concedidos
Objetivo 3.2 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Fazer com que os cidadãos idosos possam viver em casas com manutenções adequadas, seguras e adaptadas às limitações impostas pela idade.
3.2.1 Criar serviços que promovam a identificação de casos de necessidade de apoio na manutenção de domicílios habitados por idosos (sós ou apenas com o seu cônjuge),
3.2.1.1 Reformulação do Regulamento de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidas do concelho para recuperação de habitação própria.
Reativar o apoio de realização de pequenas obras, nos domicílios da população sénior com mais dificuldades financeiras.
Valor estipulado por ano pelo executivo Camarário; Nº de apoio concedidos; valor total atribuido
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 85
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
planeiem as intervenções, elaborem o orçamento que, depois de autorizado, cubra as obras necessárias a uma vida condigna
3.2.1.2 Implementação de uma oficina domiciliária, direcionada para a populações seniores mais carenciadas
Aquisição de uma viatura e requisição da prestação de serviço de um colaborador.
Nº de intervenções por categoria/ freguesia/ano
3.2.2 Desenvolver parcerias com empreendedorismo social de modo a dar resposta às necessidades de permanência dos idosos em suas casas, pelo tempo que lhes for possível
Divulgação dos projetos junto das entidades locais; Estabelecimento de parcerias
N.º de projetos rececionados, N.º de projetos divulgados
Objetivo 3.3 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Aplicar políticas de construção de equipamentos sociais e de lazer, transportes e edifícios que sejam amigos dos cidadãos idosos.
3.3.1 Mobilidade ativa: todos os residentes no concelho podem caminhar de modo seguro, deslocarem-se de bicicleta ou ir de transporte público para a escola, para o trabalho e para os demais destinos que lhe são habituais.
3.3.1.1 Integração do conceito “Cidade Amiga das Pessoas Idosas” nos princípios orientadores do Plano Municipal de Acessibilidade
Consulta dos documentos e estabelecimento de prioridades nas adaptações no domínio público, em colaboração com a Divisão de Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente
Nº de intervenções por freguesia
3.3.2 residências apoiadas: todos os idosos podem recorrer a ajuda para viverem nas suas casas ou mudarem para casas que tenham em consideração as suas fragilidades físicas e mentais
3.3.2.1 Desenvolver residências apoiadas para idosos, seja por iniciativa da autarquia ou de cooperativas
Constituição de residências apoiadas a partir do ambiente já construído ou a construir, sendo que este último deve ser de aluguer residências construídas;
idosos acolhidos
Nomear um gestor dessas residências
Construir áreas de utilização comum: lavandaria, sala de estar e jardim
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 86
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
3.3.3 Espaços públicos: existem espaços verdes devidamente equipados que permitem atividades físicas e de lazer.
3.3.3.1 Implementar equipamento geriátrico para a motricidade senior nas zonas de lazer
Implementação pelo município de um
equipamento geriátrico para a motricidade
senior na sede concelhia
N.º de equipamentos implementados
3.3.3.2 Rever o mobiliário urbano de modo a adaptá-lo a todas as idades
Consulta com os técnicos de arquitetura paisagista e juntas de freguesia para planeamento dos espaços verdes, estabelecimento de parcerias
N.º de espaços verdes remodelados
3.3.4 Segurança: todos os residentes podem circular nos espaços públicos sem receio de violência ou criminalidade
3.3.4.1 Contribuir/ colaborar no Programa Apoio 65 – idosos em segurança do programa de policiamento de proximidade
Elaboração de um protocolo de colaboração com as entidades policiais
Celebração de protocolo; N.º de ações realizadas
Objetivo 3.4 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Incrementar a consciência sobre o que é violência sobre idosos, como se deteta e se relata, manter a vigilância e criar mecanismos de proteção.
3.4.1 Contribuir para uma consciência critica face ao problema dos abusos sobre idosos
3.4.1.1 Formação continua dirigida a profissionais com contato preferencial com pessoas idosas.
Estabelecer parcerias com a UCC, GNR, IPSS's, CHO Torres Vedras, Centro de Estudos para a Intervenção Social
Nº de formandos; Nº de ações realizadas
3.4.1.2 Divulgação do estatuto do idoso Defender ativamente os direitos dos cidadãos idosos
Divulgação em website da Câmara Municipal
3.4.2 Desenvolver respostas locais para identificação de casos de violência e mobilização de meios interventivos
3.4.2.1 Criação de resposta integrada, multidisciplinar e efetiva ao idoso vitima de maus tratos
Formalizar a constituição da equipa multidisciplinar
Nº de casos identificados; n.º de encaminhamentos realizados
3.4.2.2 Implementar uma Comissão de Proteção dos direitos dos idosos.
Elaboração de um Plano de Ação
Nº de parceiros; n.º de ações realizadas
Estabelecimento de parcerias
3.4.2.3 Estudo sobre os maus tratos no idoso no concelho da Lourinhã
Conhecer o fenómeno dos maus tratos no idoso no concelho
Parcerias realizadas, Apresentação de relatório do estudo
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 87
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
3.4.3 Criar sinergias com organismos locais, regionais e nacionais de luta contra a violência sobre idosos
3.4.3.1 Ações de sensibilização e divulgação de materiais produzidos por organizações de luta contra a violência no idoso junto das associações cívicas, locais públicos e outros, desde que frequentados por idosos
Estabelecimento de acordos de cooperação
n.º de ações realizadas; n.º de acordos celebrados
MUNICÍPIO DA LOURINHÃ – Coordenação de Intervenção Sociocultural 88
LOURINHÃÃ
PLANO GERONTOLÓGICO MUNICIPAL
Eixo estratégico 4
Apoiar a investigação o desenvolvimento de resposta s inovadoras às necessidades das populações do conc elho da Lourinhã
Objetivo 4.1 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Colaborar em projetos que venham a melhorar a qualidade assistencial das pessoas idosas, enquanto estas permanecerem em suas casas.
4.1.1 Colaborar na implementação de projetos de monitorização a distância de pessoas que permanecem em casa lidando com as suas doenças crónicas
4.1.1.1 Serviço de teleassistência que contribua para a manutenção da autonomia dos idosos no seu domicílio que disponibilize dados que permitam gerir doenças crónicas com o menor recurso possível aos internamentos hospitalares
Apoio à implementação do serviço de teleassistência, Elaboração de regulamento; Definição de n.º idosos a apoiar por ano
Nº de idosos abrangidos pelo serviço de teleassistência/ano
Objetivo 4.2 Áreas de ação Ação Metas Indicadores Calendarização
2016 2017 2018 2019 2020
Obter financiamentos orientados para soluções inovadoras na resolução de problemas existentes e que se espera que venham a ocorrer entre a população idosa do concelho.
4.2.1 Atribuir prioridade à criação de serviços orientados para idosos portadores de demências, providenciando serviços de apoio domiciliário e institucional adequados.
4.2.1.1 Desenvolver respostas assistenciais especialmente dirigidas a idosos com qualquer dos tipos de demência, captando financiamentos para o efeito
Identificar práticas inovadoras para implementar junto da população sénior
Nº de candidaturas submetidas
4.2.1.2 Evitar que os idosos com qualquer tipo de demência sejam internados em instituições generalistas
Apoiar a elaboração/submissão
de candidaturas de respostas especializadas
Nº de candidaturas aprovadas
4.2.1.3 Atribuir prioridade à criação de serviços orientados para idosos portadores de demências providenciando serviços de apoio domiciliário e institucional adequados
Apoio no acompanhamento/ implementação de
projetos piloto
Nº de projetos implementados