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1 Título: LABORATÓRIO DE ESTUDOS EPISTEMOLÓGICOS E DE DISCURSIVIDADES MULTIMODAIS - LEEDIM Proponente: Prof. Dr. Roberto Leiser Baronas Departamento de Letras Programa de Pós-Graduação em Lingüística Universidade Federal de São Carlos - UFSCar Linhas de Pesquisa: Linguagem e discurso Resumo: O Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades Multimodais - LEEDIM está organizado em torno de dois grandes programas de pesquisa. No primeiro, objetiva-se discutir inicialmente, os deslocamentos epistemológicos e metodológicos produzidos por autores brasileiros e franceses no domínio da Análise do Discurso de orientação francesa do final dos anos oitenta até os dias atuais; num segundo momento, verifica-se em que medida esses deslocamentos epistemológicos e metodológicos podem ser aplicados a diferentes corpora de diferentes geografias e, por último, faz-se uma descrição/interpretação da escrita da história linguageira dos conceitos da Análise do Discurso de orientação francesa tanto na geografia francesa quanto na brasileira. No segundo, busca-se compreender o modo como os mais diversos suportes midiáticos por meio de textos multimodais constroem uma escrita da história de campanhas presidenciais brasileiras bastante distinta da história oficial veiculada nos editoriais, nos artigos de opinião, nas análises políticas, por exemplo. Elege-se como corpus de análise textos multimodais: fotografias derrisórias, fotomontagens, charges impressas, charges eletrônicas, caricaturas políticas, textos sobre o anedotário político brasileiro e bloga de comentários políticos veiculados por jornais, sites e revistas brasileiras de grande circulação nacional durante os primeiros e segundos turnos das campanhas presidenciais brasileiras de 1998, 2002, 2006 e 2010. A Análise do Discurso de orientação francesa em diálogo com os estudos da Nova História

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Título:

LABORATÓRIO DE ESTUDOS EPISTEMOLÓGICOS E DE

DISCURSIVIDADES MULTIMODAIS - LEEDIM

Proponente:

Prof. Dr. Roberto Leiser Baronas – Departamento de Letras – Programa de

Pós-Graduação em Lingüística – Universidade Federal de São Carlos -

UFSCar

Linhas de Pesquisa:

Linguagem e discurso

Resumo:

O Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades Multimodais

- LEEDIM está organizado em torno de dois grandes programas de pesquisa.

No primeiro, objetiva-se discutir inicialmente, os deslocamentos epistemológicos e metodológicos produzidos por autores brasileiros e franceses no domínio da Análise do Discurso de orientação francesa do final dos anos oitenta até os dias atuais; num segundo momento, verifica-se em que medida esses deslocamentos epistemológicos e

metodológicos podem ser aplicados a diferentes corpora de diferentes geografias e, por último, faz-se uma descrição/interpretação da escrita da história linguageira dos conceitos da Análise do Discurso de orientação francesa tanto na geografia francesa

quanto na brasileira. No segundo, busca-se compreender o modo como os mais

diversos suportes midiáticos por meio de textos multimodais constroem uma

escrita da história de campanhas presidenciais brasileiras bastante distinta da

história oficial veiculada nos editoriais, nos artigos de opinião, nas análises

políticas, por exemplo. Elege-se como corpus de análise textos multimodais:

fotografias derrisórias, fotomontagens, charges impressas, charges eletrônicas,

caricaturas políticas, textos sobre o anedotário político brasileiro e bloga de

comentários políticos veiculados por jornais, sites e revistas brasileiras de

grande circulação nacional durante os primeiros e segundos turnos das

campanhas presidenciais brasileiras de 1998, 2002, 2006 e 2010. A Análise do

Discurso de orientação francesa em diálogo com os estudos da Nova História

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são as perspectivas teórico-metodológicas que sustentam os programas de

pesquisa do LEEDIM. A criação do Laboratório justifica-se entre outras

razões diante da necessidade premente de se constituir redes de pesquisa

envolvendo diversas universidades brasileiras como forma de solidificar a

pesquisa no campo das Ciências da Linguagem e, sobretudo, nos domínios da

epistemologia da Análise do Discurso e das discursividades multimodais

nessas instituições. O LEEDIM congregará pesquisadores de diversas

Universidades Públicas Brasileiras tais como a Universidade Federal de São

Carlos – UFSCar, a Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, a

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT - e a Universidade

Estadual da Bahia - UNEB.

Palavras chave:

Discurso, epistemologia, história, política e mídia.

Identificação da proposta:

Diante da necessidade premente de se constituir redes de pesquisa envolvendo

diversas universidades brasileiras como forma de solidificar a pesquisa no

campo das Ciências da Linguagem nessas instituições, e, sobretudo, nos

domínios da epistemologia da Análise do Discurso e das discursividades

multimodais, propõe-se a criação de um Laboratório de Estudos

Epistemológicos e de Discursividades Multimodais - LEEDIM, congregando

pesquisadores de diversas Universidades Públicas Brasileiras tais como a

Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, a Universidade Federal de

Mato Grosso - UFMT, a Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

- e a Universidade Estadual da Bahia - UNEB. O LEEDIM está organizado em

torno de dois grandes programas de pesquisa. No primeiro, objetiva-se discutir

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inicialmente, os deslocamentos epistemológicos e metodológicos produzidos por

autores brasileiros e franceses no domínio da Análise do Discurso de orientação

francesa do final dos anos oitenta até os dias atuais; num segundo momento, verifica-se

em que medida esses deslocamentos epistemológicos e metodológicos podem ser

aplicados a diferentes corpora de diferentes geografias e, por último, faz-se uma

descrição/interpretação da escrita da história linguageira dos conceitos da Análise do

Discurso de orientação francesa tanto na geografia francesa quanto na brasileira. Para

tanto toma-se como corpus livros e artigos de analistas do discurso e de

historiadores do discurso (brasileiros e franceses) cujo objeto foi rastrear a

escrita da história da Análise do Discurso de orientação francesa. No segundo,

busca-se compreender o modo como os mais diversos suportes midiáticos por

meio de textos multimodais, que se dão a circular como menos opinativos,

constroem uma escrita da história de campanhas presidenciais brasileiras

bastante distinta da história oficial veiculada nos editoriais, nos artigos de

opinião, nas análises políticas, por exemplo. Tais textos por seu caráter

eminentemente humorístico, satírico dizem o que um artigo de opinião não

poderia dizer. Elege-se como corpus de análise textos multimodais:

fotografias derrisórias, fotomontagens, charges impressas, charges eletrônicas,

caricaturas políticas, textos sobre o anedotário político brasileiro e blogs de

comentários políticos, veiculados por jornais, sites e revistas brasileiras de

grande circulação nacional. Serão analisados discursivamente no

“entremisturar” descrição e interpretação textos multimodais publicados na

Folha de S. Paulo; no Estado de S. Paulo; na Revista Veja, na Revista Época,

no site Youtube e no site do UOL, durante os primeiros e segundos turnos das

campanhas presidenciais brasileiras de 1998, 2002, 2006 e 2010. A Análise do

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Discurso de orientação francesa em diálogo com os estudos da Nova História

são as perspectivas teórico-metodológicas que sustentam os programas de

pesquisa do LEEDIM. O Laboratório congregará pesquisadores em diversos

níveis: graduandos, iniciação científica, mestrandos, doutorandos e doutores.

Objetivos a serem alcançados:

O objetivo geral da presente proposta é constituir uma rede interinstitucional

de pesquisa por meio da criação de um Laboratório de Estudos

Epistemológicos e de Discursividades Multimodais que se proponha a analisar

por um lado a história linguageira conceitual da Análise do Discurso. Para

tanto toma-se como corpus livros e artigos de analistas do discurso e de

historiadores do discurso (brasileiros e franceses) cujo objeto é rastrear a

escrita da história da Análise do Discurso de orientação francesa. Por outro

lado, busca-se analisar o modo como os mais diversos suportes midiáticos por

meio de textos multimodais, que se dão a circular como menos opinativos,

constroem uma escrita da história de campanhas presidenciais brasileiras

bastante distinta da história oficial veiculada nos editoriais, nos artigos de

opinião, nas análises políticas, por exemplo, congregando pesquisadores de

diversas universidades públicas brasileiras. Tais textos por seu caráter

eminentemente humorístico, satírico dizem o que um artigo de opinião ou uma

análise política não poderia dizer. Elegemos como corpus empírico de análise

textos multimodais: fotografias derrisórias, fotomontagens, charges impressas,

charges eletrônicas, caricaturas políticas, textos sobre o anedotário político

brasileiro e blogs de comentários políticos, veiculados por jornais e revistas

brasileiras de grande circulação nacional. Serão analisados discursivamente no

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seu conjunto textos multimodais publicados na Folha de S. Paulo; no Estado

de S. Paulo; na Revista Veja, na Revista Época, no site Youtube e no UOL,

durante os primeiros e segundos turnos das campanhas presidenciais

brasileiras de 1998, 2002, 2006 e 2010.

Metas a serem cumpridas:

a) Constituir uma rede de pesquisa que se debruce sobre a epistemologia

da Análise do Discurso e as discursividades multimodais, congregando

pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, da

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, da Universidade do

Estado de Mato Grosso – UNEMAT e da Universidade Estadual da

Bahia – UNEB como forma de solidificar a pesquisa nos domínios da

epistemologia da Análise do Discurso e de discursividades multimodais

nessas instituições;

b) Criar junto ao Departamento de Letras e do Programa de Pós-

Graduação em Lingüística da UFScar de uma espécie de Webmemória:

um arquivo de sites de jornais e revistas brasileiros que contenha os

mais variados gêneros discursivos sobre as eleições presidenciais

brasileiras de 1998 a 2010. Arquivo esse que depois de implementado

terá acesso gratuito a todos os interessados;

c) Implementar junto ao Departamento de Letras e do Programa de Pós-

Graduação em Lingüística da UFScar um site contendo todas as

informações sobre o Laboratório de Estudos Epistemológicos e de

Discursividades Multimodais - LEEDIM;

d) Criar junto ao Departamento de Letras e do Programa de Pós-

Graduação em Lingüística da UFSCar uma publicação semestral

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eletrônica em forma de Cadernos de Estudos do LEEDIM com as

publicações oriundas dos trabalhos desenvolvidos no laboratório e

também de pesquisadores de outras instituições brasileiras e do exterior;

e) Realizar anualmente um ciclo de palestras com a presença

pesquisadores do LEEDIM e de outros laboratórios brasileiros e do

exterior sobre a epistemologia da Análise do Discurso e as

discursividades multimodais;

f) Criar junto ao Departamento de Letras e do Programa de Pós-

Graduação em Lingüística da UFSCar uma publicação anual eletrônica

para disponibilizar gratuitamente as palestras ministradas nos

seminários do LEEDIM;

g) Avançar na discussão sobre a epistemologia e os princípios teórico-

metodológicos da Análise do Discurso, principalmente no que concerne

à análise discursiva dos textos multimodais;

h) Estimular atividades de cooperação internacional em pesquisa sobre a

epistemologia da Análise do discurso e da análise discursiva dos textos

multimodais entre distintas instituições acadêmicas e a UFSCAR.

Qualificação do principal problema a ser abordado:

No Brasil, são relativamente poucos os laboratórios de estudos existentes que

se dedicam sobre a epistemologia da Análise do Discurso e a análise de textos

multimodais. Quando o fazem no caso da epistemologia se restringem a contar

a história da disciplina. Esses trabalhos deixam de lado, por exemplo, como os

conceitos da Análise do Discurso foram sendo revisitados por diferentes

autores e como essas revisitaçãoes produziram diversos deslocamentos nos

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próprios conceitos. E no caso dos textos multimodais se debruçam sobre único

gênero discursivo, ou seja, não há uma preocupação nesses trabalhos em

analisar os textos multimodais no seu conjunto, evidenciando as escanções

históricas e temáticas que os determinam. Esses trabalhos em sua grande

maioria ao analisarem o objeto em si, não têm uma preocupação em pensar a

relação desses textos com a heterogeneidade que constitui os acontecimentos

discursivos veiculados pela mídia, isto é, tais trabalhos não se questionam

como a mídia transforma enunciados passíveis de interpretação em enunciados

logicamente estáveis, o que interdita a interpretação. Em outros termos, tais

trabalhos não produzem uma discussão de como a mídia por meio desses

textos escrevem uma história paralela do presente da política brasileira. Diante

dessa lacuna nos estudos discursivos, acreditamos que uma reflexão discursiva

que aborde as operações historiográficas da mídia por meio de textos mistos

na construção da história do presente da política brasileira seja bastante

relevante tanto do ponto de vista social quanto do ponto de vista teórico da

análise de discurso francesa. Relevante socialmente, pois nos ensina a

apreender a realidade política brasileira não mais com base em uma macro

história, mas a partir de um pequeno número de variáveis textuais menos

nobres, pois são “essas migalhas textuais” que efetivamente escrevem a

história do presente da política brasileira e, teoricamente relevante, pois

contribui para o tratamento de textos multimodais pela análise de discurso.

Teoria que tradicionalmente tem se debruçado somente sobre textos verbais.

Referencial teórico-metodológico:

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A formulação dos objetivos acima enunciados leva-nos a assumir a Análise de

Discurso de orientação francesa e a Nova História como teorias de base.

Estruturada pelo filósofo Michel Pêcheux, a partir do final dos anos sessenta

na França, a Análise de Discurso situa sua reflexão sobre a Lingüística e a

Teoria do Discurso, valendo-se da articulação de três regiões do

conhecimento: o materialismo histórico, com base na releitura que Louis

Althusser faz de O Capital, de Karl Marx; a Lingüística, como teoria dos

mecanismos sintáticos dos processos de enunciação; e a Teoria do Discurso,

como teoria da determinação histórica dos processos semânticos. Essas teorias

são atravessadas por uma teoria psicanalítica da subjetividade ou, mais

precisamente, pela releitura que Jacques Lacan faz dos textos de Sigmund

Freud. Diferentemente de outras perspectivas que também se debruçam sobre

a compreensão da língua e da linguagem, a Análise de Discurso defende a tese

de que a linguagem possui uma relação com a exterioridade, essa entendida

não como algo fora da linguagem (a situação ou o contexto), mas como

condições de produção do discurso que irrompem na materialidade lingüística

como interdiscurso, isto é, como um “já dito” que condiciona o que ainda vai

ser dito. Com base nessa relação da linguagem com a exterioridade, com o

interdiscurso, a Análise de Discurso problematiza alguns domínios da

Lingüística que concebem a linguagem ora como expressão do pensamento,

ora como instrumento de comunicação, uma vez que de um ponto de vista

discursivo a linguagem é concebida como um trabalho no nível do simbólico

que possui uma estreita relação com a prática política. Ou seja, para

Hebert/Pêcheux (1966, p.152), “o instrumento da prática política é o discurso,

ou mais precisamente, que a prática política tem como função, pelo discurso,

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transformar as relações sociais reformulando a demanda social”. Para a

Análise de Discurso, o sujeito é atravessado tanto pela ideologia quanto pelo

inconsciente, o que não produz mais a compreensão de um sujeito uno ou do

cogito como em algumas teorias da enunciação, mas um sujeito cindido,

clivado, descentrado, que não se constitui na fonte e origem dos processos

discursivos que enuncia. Esse sujeito, no entanto, tem a ilusão de ser a fonte e

origem do seu discurso (ilusão-esquecimento n.1) e de ser o mestre absoluto

do seu dizer (ilusão-esquecimento n.2).

Esses dois esquecimentos propostos pelo filósofo francês apontam para o fato

de que, na constituição do sujeito do discurso, intervêm dois aspectos:

primeiro, o sujeito é social, interpelado pela ideologia, porém se acredita livre,

individual, e segundo, o sujeito é dotado de inconsciente, contudo acredita

estar o tempo todo consciente. Afetado por esses esquecimentos e assim

constituído, o sujeito produz o seu discurso. Ademais, do mirante da Análise

de Discurso o sujeito constitui-se numa posição limite entre o que é de

dimensão enunciativa e o que é de dimensão do inconsciente, sem se limitar a

nenhum dos dois aspectos, pois é nesse lugar que se inclui o que é de

dimensão ideológica. Desse modo, o sujeito do discurso é uma forma-sujeito,

ou seja, uma forma pela qual, segundo Pêcheux (1975, p. 167):

o „sujeito do discurso‟ se identifica com a formação discursiva que o constitui tende

a absorver-esquecer o interdiscurso no intradiscurso, isto é, ela simula o

interdiscurso no intradiscurso, de modo que o interdiscurso aparece como o puro

„já-dito‟ do intra-discurso, no qual ele se articula por „co-referência‟. Parece-nos,

nessas condições, que se pode caracterizar a forma-sujeito como realizando a

incorporação-dissimulação dos elementos do interdiscurso: a unidade (imaginária)

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do sujeito, sua identidade presente-passada-futura encontra aqui um de seus

fundamentos.

Assim, enquanto algumas teorias da enunciação se constituem em

teorias subjetivas da linguagem, a Análise de Discurso se constitui numa

teoria não-subjetiva que concebe o sujeito não como o centro do discurso,

porém como um sujeito cindido, interpelado pela ideologia, dotado de

inconsciente e sem total liberdade discursiva. Ou seja, ao produzir o seu

discurso o sujeito sofre uma tripla determinação: a da língua, a da ideologia e

a do inconsciente. Desse modo, para a Análise de Discurso, não é possível

pensar na transparência dos sentidos, ou que o sentido de um texto existe em

si mesmo, visto que os sentidos são condicionados pelas posições ideológicas

nas quais o sujeito produz o seu discurso. Com efeito, sob uma base invariante

de língua são produzidos diversos processos discursivos: logo, enuncia-se de

diferentes posições a partir de uma mesma língua.

No Brasil e na França diversos trabalhos têm realizado um diálogo

bastante produtivo entre a Análise do Discurso de linha francesa e a Nova

História1. Entendemos como um diálogo produtivo, pois além de essas duas

1 A título de exemplo citamos inicialmente o trabalho de Guilhaumou e Maldidier (1989) Da enunciação ao

acontecimento discursivo em Análise do Discurso. Nesse trabalho, os autores ao compreenderem que para a

Análise do Discurso a enunciação funcionava como um metadiscurso, trazem do domínio da história a noção

de acontecimento. Para esses autores, as marcas subjetivas dependem de um processo singular de construção

do sujeito da enunciação. Assim, segundo eles toda interpretação de um lugar enunciativo necessita levar em

conta a consciência lingüística da época considerada, bem como a forma como a questão da enunciação é

colocada. E também o trabalho de Pedro Navarro Barbosa (2004) Navegar foi preciso? O discurso do

jornalismo impresso sobre os 500 anos do Brasil. Nesse trabalho, num viés bastante foucaultiano, o autor

analisa as representações construídas pelo discurso jornalístico impresso sobre o V Centenário do Brasil, a

respeito dos trajetos temáticos: as comemorações dos 500 anos, o “encontro” entre dominantes e dominados e

a identidade cultural brasileira. Para Navarro os sentidos vinculados aos enunciados jornalísticos recitam,

reconfiguram e deslocam o imenso “arquivo” que a nossa sociedade dispõe sobre o descobrimento do Brasil,

sobre o “mito das três raças” e sobre o conceito de brasileiro, o qual demarcado no interior de duas grandes

formações discursivas: a do “Brasil 500 anos”, de cunho ufanista, e a do “Brasil: outros 500”, que fez

oposição à forma como as festividades foram idealizadas. Essas representações são analisadas, a partir da

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áreas compreenderem a história como ruptura, descontinuidade, permitem por

lado não restringir a prática de análise discursiva à compreensão das relações

entre o lingüístico e o ideológico, evidenciando que há outras condições de

possibilidade das discursividades e, por outro, permitem não tomar a prática

de análise histórica tendo a materialidade lingüística como mera representação

dos fatos históricos. Dessa forma, entendemos que conciliar a Análise do

Discurso e a Nova História possibilita pensar como um conjunto de condições

histórico-lingüísticas, enquanto “princípios de controle, delimitação e

rarefação” (Foucault, 1995, p.12) possibilitam/autorizam a inscrição do sujeito

na língua e na história como sujeito de seu discurso.

Os trabalhos que falam do discurso do lado da história ou da história do

lado do discurso na sua grande maioria tomam como objeto ou o discurso

histórico – o discurso revolucionário francês do século XVIII, no caso de

Guilhaumou e de Maldidier ou o discurso jornalístico impresso nos seus mais

variados gêneros – no caso de Pedro Navarro. Em termos mais específicos,

tais trabalhos procuram compreender como esses discursos (re)constroem,

ressignificam os acontecimentos históricos, ou como os acontecimentos

discursivos (re)atualizam os acontecimentos históricos. No caso dos discursos

jornalísticos, os suportes eleitos são geralmente jornais e revistas de grande

circulação nacional.

Nossa proposta, embora se inscreva nesse “transdominio” Análise do

consideração de que essa efeméride é um acontecimento que permite pensar “a operação historiográfica”

realizada pela escrita jornalística contemporânea. O autor assevera que a sua proposta foi a de compreender

como se efetua a relação entre prática jornalística, prática histórica e memória na descrição-interpretação dos

temas referidos acima. A fim de esclarecer o funcionamento dos mecanismos lingüístico-discursivos e

imagéticos acionados por essa escrita, Pedro Navarro analisa a relação entre a série de enunciados

jornalísticos organizada e os 500 anos do Brasil, procurando examinar nessa relação as posições de sujeito, o

campo associado recortado e articulado e o regime de materialidade que define a identidade das narrações

múltiplas que reformulam sem cessar esse acontecimento.

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Discurso e Nova História, tenta produzir um deslocamento tanto teórico

quanto metodológico, pois toma como objetos tipos particulares de discurso

que são o discurso dos historiadores do discurso e o discurso multimodal. Por

discurso dos historiadores do discurso entendemos o discurso que toma como

objeto a escrita da própria Análise do Discurso de orientação francesa. Por

multimodal entendemos o discurso que une diferentes materialidades

significantes inscritas na história e que ataca violentamente uma pessoa ou

uma instituição e que circula nos mais diversos suportes midiáticos, em

portadores que dão a circular textos menos “sérios”: charges, caricaturas,

fotomontagens, viodeomontagens, etc. Acreditamos que tal qual o discurso

jornalístico sério o discurso multimodal realiza também operações

historiográficas, isto é, ele também ajuda a “escrever a história do presente”

(Certeau, 2000) a partir da mobilização de mecanismos lingüístico-discursivos

e imagéticos. Contudo, na construção dessa escrita, a primeira prática

discursiva mobiliza mecanismos lingüístico-discursivos e imagéticos distintos

da segunda. Assim, enquanto no discurso jornalístico a vocalidade discursiva2

se dá num tom de seriedade, no discurso panfletário a vocalidade pode se dar

por meio da zombaria, da chacota, da derrisão3. Ademais, se na prática

2 Dominique Maingueneau (2008) ao (re)pensar a noção de ethos no domínio da Análise do Discurso afirma

que qualquer texto, independentemente de ser escrito ou oral, “tem uma “vocalidade” específica que permite

relacioná-la a uma caracterização do corpo do enunciador, a um “fiador” que, por meio de seu “tom”, atesta o

que é dito”. É esse fiador que garantirá que a enunciação da instância subjetiva seja aceitável ou recusável. Há

para Maingueneau “um mundo ético do qual o fiador é parte pregnante e ao qual ele dá acesso. É por meio de

sua própria enunciação que um discurso, apoiando-se em estereótipos culturais, deve encarnar o que

prescreve”. 3 A derrisão é definida por Bonnafous (2003, p. 35) como “a associação do humor e da agressividade verbal

que a caracteriza e a distingue da pura injúria”. Trata-se de um conjunto de violências verbais tais como as

zombarias, gracejos, trocadilhos, jogos de palavras irônicos, etc. que visam ridicularizar algo ou alguém. A

derrisão diferentemente da ironia que se apresenta “subvertendo a fronteira entre o que é assumido e o que

não é pelo locutor” (Maingueneau, 2005, p. 98) mostra um locutor assumindo na materialidade lingüística o

que diz com o objetivo de desqualificar o destinatário e/ou o seu oponente.

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discursiva jornalística geralmente a imagem funciona como um atestado de

veracidade dos fatos narrados, ou seja, a imagem reafirma o que foi enunciado

verbalmente por estar numa relação de complementaridade com o verbal, a

segunda, estruturada geralmente numa relação de disjunção entre imagem e

enunciado verbal, funciona como um “operador de memória social”4, pois

“define posições de leitor abstrato [em] que o espectador concreto é convidado

a vir ocupar a fim de poder criar, de uma certa maneira um acordo de olhares”

(DAVALLON, 1999, p. 31). Em outros termos, a imagem presente na prática

discursiva multimodal interpela o leitor a pertencer a um grupo de

espectadores que têm o mesmo ponto de vista. Não há o lugar para o

confronto, para a polêmica. Caso o leitor não ocupe este lugar, ele poderá ser

acusado de não ter senso de humor, por exemplo.

Para a análise discursiva da epistemologia da Análise do Discurso e dos textos

multimodais adotaremos os pressupostos teórico-metodológicos da Análise do

Discurso de orientação francesa e dos historiadores da Nova História. Tal

opção no caso da epistemologia se justifica por acreditarmos que esse diálogo

possibilita descrever e interpretar as revisitações pelas quais passaram os

principais conceitos da análise do discurso ao longo de suas trajetórias

teóricas, e, no caso dos textos multimodais por entendermos que “assim como

o enunciado, também o quadro, o trecho de música [a charge, a caricatura, a

fotografia, a fotomontagem, etc] estão submetidos por sua prática discursiva a

um certo número de condições que definem sua legitimidade (Maingueneau,

2005, p. 148). Ou seja, os diferentes suportes intersemióticos que circulam na

4 Defendemos que a imagem dada a circular nos discursos jornalísticos não seja um operador de memória

social, ou pelo menos se trata de um operador de estatuto diferente, não apenas pelo fato de ela reiterar

iconicamente o que foi narrado verbalmente, criando um efeito de realidade, mas pelo fato mesmo de permitir

ao leitor “discordar” do que foi narrado.

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nossa sociedade não são independentes uns dos outros, pois estão submetidos

às mesmas escanções históricas, as mesmas restrições temáticas. Inicialmente

toma-se como corpus livros e artigos de analistas do discurso e de

historiadores do discurso cujo objeto foi rastrear a escrita da história da

Análise do Discurso de orientação francesa. No tocante aos textos

multimodais, toma-se como corpus fotografias derrisórias, fotomontagens,

charges impressas, charges eletrônicas, caricaturas políticas e, textos sobre o

anedotário político brasileiro, veiculados por jornais e revistas brasileiras de

grande circulação nacional. Procuraremos analisar o nosso objeto no

“entremisturar” descrição e interpretação, isto é, faremos todo um trabalho de

descrição minuciosa da materialidade lingüística, imagética e sonora dos

textos selecionados e no mesmo processo evidenciaremos como essas

materialidades trabalham os acontecimentos políticos dados a circular pela

mídia. Tal procedimento como assevera Pêcheux (1982, p. 55): “não se

constitui em duas fases sucessivas, mas de uma alternância, de um batimento,

não implicando que a descrição e a interpretação sejam condenadas a se

“entremisturar” no indiscernível”. Por se tratar de um corpus constituído por

diferentes gêneros discursivos, mobilizaremos o conceito de trajeto temático

pensado por Guilhaumou e Maldidier (1994), procurando evidenciar os

percursos interpretativos que governam tais gêneros. E, por último,

mobilizaremos a categoria analítica de “prática intersemiótica”, pensada por

Maingueneau (2005) para dar conta de objetos discursivos multissemióticos

como as pinturas dos jansenistas e dos humanistas devotos, com o objetivo de

refletir sobre o funcionamento discursivo dos textos multimodais. Dito de

outro modo, essa categoria maingueneana nos possibilitará evidenciar quais

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são as vocações enunciativas, as intericonicidades que estão na base desses

textos multimodais. Acreditamos que tal procedimento, embora não se

constitua num algoritmo, que determine precisamente os critérios de

pertencimento dos textos a uma determinada prática discursiva, poderá

evidenciar com mais exatidão as intericonicidades que sustentam tais textos e,

também como essas intericonicidades, enquanto ordem do enunciável,

saturam, esquecem ou (in)significam os acontecimentos discursivos.

Plano de trabalho dos pesquisadores envolvidos:

a) Elaborar um projeto de pesquisa a partir das temáticas propostas pelo

Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades

Multimodais - LEEDIM;

b) Criar nas instituições de origem dos pesquisadores uma extensão do

Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades

Multimodais – LEEDIM-Local;

c) Capturar junto aos sites de revistas e jornais brasileiros textos que

comporão a Webmemória, o arquivo do Laboratório de Estudos

Epistemológicos e de Discursividades Multimodais – LEEDIM.

Arquivo esse que depois de implementado terá acesso gratuito a todos

os interessados;

d) Contribuir para criar junto às instituições de origem dos pesquisadores

uma publicação semestral eletrônica em forma de Cadernos de Estudos

do LEEDIM-Local, abrigando textos de IC e trabalhos de conclusão de

curso;

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Plano de Trabalho dos Bolsistas de IC:

e) Ler e resenhar a bibliografia elencada para o desenvolvimento da

proposta;

f) Elaborar um projeto de IC a partir das temáticas propostas pelo

Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades

Multimodais - LEEDIM;

g) Capturar junto aos sites de revistas e jornais brasileiros textos que

comporão a Webmemória, o arquivo do Laboratório de Estudos

Epistemológicos e de Discursividades Multimodais – LEEDIM.

Arquivo esse que depois de implementado terá acesso gratuito a todos

os interessados;

h) Contribuir para criar junto ao Departamento de Letras e do Programa de

Pós-Graduação em Lingüística da UFSCar uma publicação semestral

eletrônica em forma de Cadernos de Estudos do LEEDIM;

i) Ajudar a realizar anualmente um ciclo de palestras com a presença

pesquisadores do LEEDIM e de outros laboratórios brasileiros e do

exterior sobre a epistemologia da Análise do Discurso e as

discursividades multimodais;

j) Ajudar na manutenção do site do LEEDIM;

k) Elaborar o relatório final da pesquisa de IC;

l) Transformar o relatório final em artigo científico e submeter a uma

revista especializada da área com vistas à sua publicação;

m) Apresentar os resultados parciais e finais em eventos da área de estudos

lingüísticos e ou discursivos;

n) A partir do relatório final, elaborar um projeto de pesquisa e submeter a

um programa de pós-graduação em lingüística com vistas a cursar um

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mestrado.

Principais contribuições científicas e tecnológicas:

Esperamos que a constituição deste laboratório contribua inicialmente para a

solidificação da pesquisa no domínio da epistemologia e da multimodalidade

em diferentes instituições brasileiras, criação da Webmemória dos estudos

linguísticos e divulgação cultural e científica, isto é, a construção de um

arquivo do Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades

Multimodais – LEEDIM. Arquivo esse que depois de implementado terá

acesso gratuito a todos os interessados e, também para uma melhor

compreensão do poder da mídia, que por meio de textos multimodais constrói

uma outra história das campanhas políticas brasileiras, ou dizendo com

Manoel de Barros, compreender como a mídia constrói “histórias tão

verdadeiras que às vezes parece que são inventadas”, bem como, para os

desenvolvimentos da teoria da análise o discurso no tocante à analise do

funcionamento discursivo de textos mistos, bem como para a criação de uma

rede de pesquisa que envolva diversas instituições públicas brasileiras.

Orçamento detalhado:

Os equipamentos e os livros abaixo descritos serão utilizados para fins de

pesquisa, estruturação de projetos, constituição de corpora de pesquisas,

análise de materiais, procedimentos de arquivologia, como por exemplo,

digitalização de documentos, captação de imagens, gravações de vídeo e

áudio.

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Quantidade Produto Descrição Valor5

02 Computador

Desktop

Processador Intel

Core i7, 6GB de

memória RAM, HD

500 GB, monitor 19

polegadas (LED ou

LCD), adaptadores

Wireless e

Bluetooth, Gravador

DVD, placas de

vídeo, som, modem

integradas. Sistema

operacional

Windows 7 home

Premium e pacote

Office 2010.

4,200,00

01 Notebook Processador Intel

Core i7, 8GB de

memória RAM, HD

750 GB, tela 13

polegadas (LED ou

LCD), adaptadores

Wireless e

Bluetooth, Gravador

DVD, leitor de

cartão, webcam,

HDMI, placa de

vídeo 512k; placa de

som e modem

integradas. . Sistema

operacional

Windows 7 home

Premium e pacote

Office 2010.

3,100,00

01 Impressora

colorida

Impressora HP

Laserjet Color, com

wireless, resolução

de 600 dpi, somente

impressora.

617,00

5 Valores referentes ao mês de agosto de 2011.

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19

01 Scanner Um scanner de mesa

profissional

enterprise 7500, com

resolução de

900.000 dpi,

profundidade 48 bit,

portas USB.

4,520,00

01 Máquina

fotográfica digital

14.1 megapixels,

cartão de memória,

entrada e saída USB.

286,00

A granel Livros na área de

teoria linguística

e Nova História

5,000,00

Total Geral: R$ 17,723,00

Identificação dos participantes do projeto:

Roberto Leiser Baronas - UFSCAR – Coordenador;

Luciana Salazar Salgado - UFSCAR - Pesquisadora

Maria Inês Pagliarini Cox – UFMT – Pesquisadora;

Marilena Inácio de Souza – UNEMAT – Pesquisadora;

Sidnay Fernandes dos Santos - UNEB – Pesquisadora;

Samuel Ponsoni - PPGL-UFSCAR – Pesquisador;

Paula Matinez Domingues – DL-UFSCAR – Aluna;

Giovanna Santurbano da Silva – DL-UFSCAR – Aluna;

Maria Renata Casonato Motta – DL-UFSCAR – Aluna;

Sara Naime Vidal – DL-UFSCAR – Aluna;

Tamires Bonani Conti – DL-UFSCAR – Aluna.

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Cronograma de atividades:

Etapas Ano / Meses

2011 2012 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

Primeira Etapa

- (Re)leitura da bibliografia elencada; - - - - - - - - - - - - - - - -

- Levantamento dos textos-objeto a serem

analisados;

- -

- Coleta do e constituição do corpus; - - - - - -

- Primeiras análises parciais do corpus; - - - -

Segunda Etapa

- Criação do site do LEEDIM; - -

- Criação da Webmemória das eleições

pressidenciais brasileiras 1998 a 2010;

- - - - - - -

- Criação dos Cadernos de Estudos do LEEDIM; _ _ _ _ _

- Realização do I Ciclo de Palestras do LEEDIM; _

- Divulgação das análises parciais; - - - -

- Participação em eventos para apresentação de

comunicação e painéis;

- - - - -

Etapas

2013

J F M A M J J A S O N D

Terceira Etapa

- Socialização dos resultados obtidos a toda

comunidade acadêmica;

- - - -

Quarta Etapa

- Realização do II Ciclo de Palestras do

LEEDIM;

_

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- Elaboração do relatório final da pesquisa e

participação em eventos;

- - - -

Quinta Etapa

- Publicação dos resultados obtidos em revista ou

livro especializado e busca de parceria com

outros laboratórios do exterior.

- -

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