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BOLETIM INFORMATIVO DA SAÚDE A Secretaria de Saúde de Londrina vai instalar o Laboratório de Referência Municipal de Análise de Água para o consumo humano. O Laboratório de Águas vai verificar a qualidade da água consumida em Londrina realizando exames de turbidez, teor de fluoreto, análise de cloro residual livre e análise microbiológica de coliformes. Página 3. Referência Municipal de Análise de Água para o consumo humano. O Laboratório de Águas vai verificar a qualidade da água consumida em Londrina realizando exames de turbidez, teor de fluoreto, análise de cloro residual livre e análise microbiológica de coliformes. A Secretaria de Saúde de Londrina vai instalar o Laboratório de Página 3. Ano XII - nº 44 Novembro 2008 Laboratório de águas Laboratório de águas Parcerias com outras instituições garantem programas de saúde. Pág. 4 e 5. Instrumentos de gestão são ferramentas importantes para a saúde. Pág. 6 Projetos se consolidam em novas práticas de saúde e melhoram atendimento. Pág. 8 Parcerias com outras instituições garantem programas de saúde. Instrumentos de gestão são ferramentas importantes para a saúde. Projetos se consolidam em novas práticas de saúde e melhoram atendimento. Pág. 4 e 5. Pág. 6 Pág. 8

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BOLETIM INFORMATIVO DA SAÚDE

A Secretaria de Saúde de Londrina vai instalar o Laboratório de

Referência Municipal de Análise de Água para o consumo

humano. O Laboratório de Águas vai verificar a qualidade da

água consumida em Londrina realizando exames de turbidez,

teor de fluoreto, análise de cloro residual livre e análise

microbiológica de coliformes. Página 3.

Referência Municipal de Análise de Água para o consumo

humano. O Laboratório de Águas vai verificar a qualidade da

água consumida em Londrina realizando exames de turbidez,

teor de fluoreto, análise de cloro residual livre e análise

microbiológica de coliformes.

A Secretaria de Saúde de Londrina vai instalar o Laboratório de

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Parcerias com outras

instituições garantem

programas de saúde.

Pág. 4 e 5.

Instrumentos de gestão

são ferramentas

importantes para a saúde.

Pág. 6

Projetos se consolidam em

novas práticas de saúde e

melhoram atendimento.

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Parcerias com outras

instituições garantem

programas de saúde.

Instrumentos de gestão

são ferramentas

importantes para a saúde.

Projetos se consolidam em

novas práticas de saúde e

melhoram atendimento.

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Unidade de Saúde Maria Cecília em obras

2 Novembro 2008

INSTRUMENTOS DEMOCRÁTICOS

O marco legislatório do Sistema Único de Saúde (SUS) é fértil em estabelecer as normas para a consolidação de um sistema público de saúde eficiente e universal. São leis, portarias, decretos e normas que regulam a prestação de serviços e interferem diretamente na vida da população brasileira.

É importante ressaltar que a legislação é pródiga em pactuar a atuação das três esferas de governo: o município, o estado e a União. Esse pacto tem que ser feito dentro das possibilidades do município, já que na municipalização, é no nível local que as relações se estreitam e mostram o avanço ou o retrocesso do sistema. E cada esfera tem que cumprir o seu papel para a qualidade de vida da população.

Para se ter uma idéia, a Constituição Federal determina que os municípios invistam 15% do orçamento na área de saúde. A Prefeitura de Londrina investe 23% no setor, ou seja, uma diferença de mais de 50%. Esses percentuais mostram a disposição da prefeitura em garantir um serviço de qualidade à população.

No entanto, somente a legislação não é garantia de que as normas por si só serão cumpridas. È necessário, no dia-a-dia, instrumentos de gestão com informação em abundância para facilitar o processo de administração que envolve os quatro segmentos que compõem o SUS.

Estão à disposição da comunidade ferramentas como o Plano Municipal de Saúde, a Programação Anual de Saúde e o Relatório Anual de Gestão, além das audiências públicas realizadas periodicamente. Esses são documentos importantes que traçam diagnósticos, estabelecem diretrizes e metas.

São informações necessárias para uma gestão participativa e democrática que devem ser apropriadas por toda a comunidade para um controle social efetivo e uma participação popular abrangente.

Marlene ZucoliSecretária de Saúde de Londrina

ENDEREÇO PARA CONTATO - telefone (43) 3376-1941 - CEP: 86010-340

Rua Atílio Otávio Bisato, 480 - Vila Siam

Londrina - Paraná - e-mail: [email protected]

EXPEDIENTE

Nedson MicheletiPrefeito de Londrina

Marlene ZucoliSecretária Municipal de Saúde

Conselho EditorialMargaret Shimiti, Marilda Kohatsu, Maria Luiza IwakuraMoacir Teodoro, Reinaldo Zanardi, Simone R. GonçalvesSonia Fernandes, Sônia Regina Nery

ColaboradoresClaudia R. Hildebrando, José Carlos Salvador, Lílian Poly, Luiz Cândido de Oliveira, Maria Terezinha Punhagui de Carvalho e Sonia Hutul.

Fotografia: Luiz Jacobs

Jornalista ResponsávelSalvador Francisco - MTB: 1184

Redação e Edição: Reinaldo César Zanardi - MTB: 3124

Editoração Eletrônica: Ed. Progressiva

Tiragem: 5.000 exemplares

Boletim Informativo da Saúde (BIS) é uma publicação daPrefeitura de Londrina, por meio da Secretaria de Saúde

Ano XII - nº 44 Novembro 2008

E D I T O R I A L

A Secretaria de Saúde de Londrina desenvolveu um cronograma para realizar obras e reparos nas unidades básicas de saúde. Conforme José Carlos Salvador, Diretor de Serviços de Apoio, para atender a demanda foi realizado um levantamento de prioridades e estabelecido um cronograma que permitiu preparar e organizar o material e a mão-de-obra necessária. As adequações e reparos têm objetivo de melhorar a infra-estrutura para trabalhadores e usuários da rede municipal de saúde.

Segundo a Diretora de Ações em Saúde Simone Gonçalves, a execução das obras foi organizada para que a unidade permanecesse fechada por alguns dias enquanto o serviço fosse realizado. O atendimento aos pacientes da área de abrangência foi transferido para unidades da mesma região, sem prejuízo para a população. Os serviços de reparo incluíram, conforme o caso, melhoria na recepção e nas salas, adequação de farmácia, pintura, reparos nas instalações elétrica e hidráulica, troca de vidros, forro, entre outros.

Estão incluídas no cronograma, as unidades básicas Alvorada, Pind, Ouro Branco, Ernani, CSU, Vila Brasil, Centro, Guanabara, Marabá, União da Vitória, Cafezal, Armindo Guazzi, Milton Gavetti, Carnascialli, Selva, Lerroville, Paiquerê e sede da Secretaria de Saúde. As obras devem ser concluídas até o final do ano.

Salvador diz que estão incluídos reparos também em algumas salas e no auditório da Vila da Saúde e a implantação de portões nas sedes do SAMU. Acrescenta que, estão em andamento as obras de reforma (325,50 m²) e ampliação de 102,23 m² da unidade de saúde do Maria Cecília (total de 432,74 m²). O valor de edital da obra é de R$ 182.909,62 e previsão de conclusão é para o final de dezembro deste ano.

Na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai estão previstas obras de reforma e manutenção. O processo de licitação está em curso.

Ainda estão previstas as obras para reforma das unidades do Itapoã, Leonor, Bandeirantes, Mister Thomas e as construções de novas unidades no Patrimônio Regina e ainda na Vila Ricardo.

Secretaria realiza reparos nas unidades básicas

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Novembro 2008

Laboratório municipal garante controle na qualidade da água

A Secretaria de Saúde está articulando a montagem do Laboratório de Referência Municipal de Análise de Água para o Consumo Humano. A estratégia faz parte do Programa Nacional Vigiágua, do Ministério da Saúde. O laboratório já está instalado com previsão de funcionamento para o próximo mês.

Segundo Moacir Gimenez Teodoro, gerente de Ações Sobre o Meio que coordena o Vigiágua, as análises básicas exigidas pelo Vigiágua são de turbidez, ou seja, partículas em suspensão, presença de sais em excesso ou colônias de bactérias; teor de fluoreto, porque a fluoretação é obrigatória para sistemas públicos de abastecimento, com o objetivo de reduzir a incidência da cárie dentária; análise de cloro residual livre, ou seja, do teor de cloro contido na água que chega até a casa do consumidor; e análise microbiológica de coliformes, que verifica a presença ou não da bactéria E.coli que provoca diarréias e desidratação.

O Coordenador diz que o laboratório é uma das mais importantes ferramentas no controle de doenças e agravos relacionados com o consumo de água. “O laboratório vai realizar um monitoramento das diversas formas de abastecimento.”

Conforme o Coordenador, o laboratório contará com um pessoal técnico qualificado que realizará desde a coleta até análises de água potável para consumo humano. Esse trabalho será feito tendo como base os parâmetros da Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.

“Este monitoramento vai possibilitar identificar as características e impurezas presentes em águas potáveis, pois serão avaliados parâmetros físico-químicos, biológicos bem como a importância de cada um inclusive no que diz respeito à saúde da população”, diz Teodoro.

Atualmente são coletadas, em média, 50 amostras de água, nas regiões norte, sul, leste, oeste, centro e rural do município, entre águas do sistema público oficial (Sanepar) e soluções alternativas (poços rasos e profundos e minas).

O coordenador explica que as amostras são encaminhadas para os laboratórios da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para a realização das análises bacteriológicas e físico-químicas. “Com a implantação do laboratório municipal é previsto que se dobre a quantidade de amostras coletadas melhorando a abrangência do monitoramento”. Teodoro diz que também está sendo realizado o cadastramento das fontes alternativas de abastecimento que vai alimentar o banco de dados do Sisagua.

Outra ação que está sendo executada, conforme o coordenador, é de intimar todos os locais que são atendidos por soluções alternativas coletivas como condomínios residenciais, comerciais, clubes para realizar o tratamento e o controle das águas prevenindo o desenvolvimento de colônias de bactérias nocivas à saúde humana.

O Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) do Ministério da Saúde tem como finalidade coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente e padronizados de forma a produzir informações necessárias à prática da vigilância da qualidade da água de consumo humano por parte das secretarias municipais e estaduais de saúde. O sistema cumpre a legislação vigente do Ministério da Saúde. “Portanto o Sisagua é uma importante ferramenta de informação que deve ser usada pelo município para avaliar as

diversas formas de abastecimento de água e, de forma mais efetiva, avaliar os mesmos”, disse Moacir Gimenez Teodoro.

O que é Sisagua?

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4 Novembro 2008

O conceito de intersetorialidade consiste na articulação de pessoas de diversos setores sociais e seus respectivos saberes, poderes e vontades para enfrentar os problemas de saúde da população. Para Maira S. Sakay Bortoletto, enfermeira da Diretoria de Ações em Saúde, a intersetorialidade busca construir novas relações que possibilitem a superação da fragmentação dos conhecimentos e das estruturas sociais para produzir efeitos mais significativos na saúde da população.

S e g u n d o M a i r a , o s e s p a ç o s d a intersetorialidade, portanto, são espaços de compartilhamento de saber e de poder, de construção de novas linguagens, de novos conceitos que não se encontram estabelecidos ou suficientemente experimentados.

Diversas experiências da Secretaria de Saúde e n f a t i z a m a ç õ e s m u l t i p r o f i s s i o n a i s , interinstitucionais e intersetoriais como estratégia para superar os problemas. Isso só é possível com a construção de parcerias entre diferentes segmentos, como o serviço, as instituições de ensino, e de organizações comunitárias. A intersetorialidade envolve expectativa de maior capacidade de resolver situações, de efetividade e de eficácia, porque, em todas as experiências reconhece-se claramente que ela se constrói sobre a necessidade das pessoas e setores de enfrentar problemas concretos.

A Gerência de Apoio Social tem como objetivo contribuir para o acesso da população às informações e serviços de saúde, bem como atender às demandas imediatas. Atua na perspectiva da intersetorialidade interagindo entre os diversos níveis do SUS e as demais políticas sociais do município.

As demandas sociais mais freqüentes que emergem no atendimento, segundo a gerente de Apoio Social, Ivana Paula F. Rodolpho, estão relacionadas aos fenômenos sociais como desemprego, abandono e negligência, violência, resistência à adesão aos tratamentos de saúde e dificuldade de acesso a bens e serviços.

Desse modo, a partir da demanda individual apresentada pelos usuários, a Gerência de Apoio Social articula ações. Destaca-se alguns resultados obtidos em 2008.

1º ) Articulação entre usuários, Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação (Daca) da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), CMTU;

Empresas de Transporte Coletivo: (TCGL e Francovig), Câmara de Vereadores, Grupo de Assistentes Sociais da Saúde (GRASS), Ministério Público e rede de ensino municipal e estadual para alteração do artigo 36 da lei nº 6.971/97. Essa lei trata da concessão do passe livre e o objetivo era incluir usuários que realizam tratamento contínuo. A nova lei nº 10.450/08 passou a contemplar usuários para tratamento de fisioterapia, transtornos mentais, doentes de aids, cobalto e quimioterapia.

2º) Organização do fluxo para atendimento de leites especiais para crianças com indicação médica, em integração das diretorias da AMS e Hospital Universitário para assegurar a atenção integral à saúde dos usuários.

3º) Representação da AMS nos Conselhos Municipais de Assistência Social, Idoso e Pessoa com Deficiência, contribuindo para formulação, gestão e avaliação das políticas públicas e acesso a direitos sociais, garantindo melhoria das condições de vida da população.

Gerência articula ampliação do atendimento

Secretaria mantém parcerias em programas de saúde

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Secretaria mantém parcerias em programas de saúdeNovembro 2008

A rede municipal de saúde de Londrina abriga diversas atividades relacionadas ao ensino, principalmente, nas unidades básicas. São estágios curriculares e extracurriculares e internatos. Há parcerias com instituições de ensino superior, principalmente, nos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Serviço Social e Farmácia .

Segundo Mara Lucia Rocha Ramos, gerente de Educação em Saúde da AMS, os campos de estágio possibilitam que os serviços possam contribuir de

Estágio contribui para melhor formação maneira mais efetiva para a formação de profissionais com perfil e práticas que contribuam para melhorar o atendimento à saúde da população. A rede de saúde de Londrina conta ainda com a Residência Multiprofissional, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, implantado em março de 2007, que tem como objetivo responder às necessidades de formação e de qualificação dos recursos humanos em saúde, em sintonia com o processo de reorientação das práticas profissionais no contexto de construção do SUS.

O Projeto de Atividade Física, implementado nas Unidades de Saúde do Bandeirantes e Alvorada na região oeste em abril de 2007, tem parceria com a Universidade do Norte do Paraná e a Secretaria do

Projeto estimula atividades para idososIdoso, tornando-se uma aliança forte desde a sua implementação, avaliação e desenvolvimento que continua até hoje. Segundo Lídia Hokama, coordenadora da Unidade de Saúde Alvorada os resultados são bastante positivos e após um ano e meio de funcionamento do projeto foi possível avaliar como a iniciação de um programa de e x e r c í c i o s d e f o r m a r e g u l a r e c o m acompanhamento de profissionais de saúde contribui para o fortalecimento da relação positiva entre prática de exercício físico e a melhoria e/ou m a n u t e n ç ã o d a s c a p a c i d a d e s f í s i c a s e c o n s e q ü e n t e m e n t e a m a n u t e n ç ã o d a independência funcional do idoso, fatores i m p o r t a n t e s d a q u a l i d a d e d e v i d a n o envelhecimento.

Controle do Tabagismo é descentralizado

Grupo de idosos da UBS Bandeirantes

No Programa de Combate ao Tabagismo, para atendimento na atenção básica, a Secretaria de Saúde buscou alianças com o Instituto Nacional de Câncer, com a 17ª Regional de Saúde e outras instituições para a capacitação dos profissionais para a abordagem, bem como no controle e na avaliação das ações desenvolvidas. Segundo Regina Lucia N. do Amaral, responsável pelo Programa, além do abandono do tabagismo pelos usuários houve uma grande sensibilização tanto da população, que cada dia mais procura locais onde acontecem os ambulatórios, como dos profissionais que querem implantar este atendimento em suas Unidades.

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O documento, segundo Shimiti, deve expressar as diretrizes e as metas a serem perseguidas no período de quatro anos para a área da saúde. O plano deve conter análise situacional e, para isso, deve ser utilizado diagnóstico das peculiaridades e das necessidades da população, bem como as características da capacidade instalada de serviços de saúde.

O material deve ainda apresentar os fatores condicionantes e determinantes da saúde. A partir do diagnóstico, devem ser apresentados objetivos, diretrizes e metas para a gestão da saúde. O Plano de Saúde deve ser submetido à apreciação e à aprovação do Conselho Municipal de Saúde.

O Relatório de gestão é um produto do monitoramento e da avaliação dos objetivos e das metas estabelecidos no Plano Municipal de Saúde, nas Programações de ações prioritárias e da aplicação de recursos, ou seja, a execução orçamentário-financeira do ano. “O relatório deve demonstrar como a aplicação de recursos financeiros resultou em ações de saúde para a população, incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços e como essas ações refletiram nos indicadores de saúde da população.”

O Relatório de Gestão também deve ser submetido à apreciação do Conselho Municipal de Saúde até o final do primeiro trimestre do ano subseqüente e encaminhado para a instância estadual (Regional de Saúde/Comissão Intergestores Bipartite) e acompanha a Prestação de Contas Anual do Executivo Municipal para o Tribunal de Contas do Estado.

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Conforme Margaret Shimiti, a utilização de instrumentos para a gestão dos serviços de saúde está regulamentada através de portarias ministeriais e se constituem em importante avanço para o Sistema Único de Saúde. “A participação popular e o controle social podem contar com esses instrumentos que sistematizam a informação diagnóstica da saúde da população e dos serviços de saúde, análise situacional e de proposições para a gestão da saúde”, explica Shimiti.

A uniformidade desses instrumentos entre os gestores do SUS proporciona a comparação entre municípios, ou a

Saúde conta com instrumentos de gestão

evolução entre diferentes períodos num mesmo município, preservando a diversidade e as necessidades locais e regionais.

Os instrumentos básicos integrantes do processo de planejamento são o Plano de Saúde, a Programação Anual de Saúde e o Relatório Anual de Gestão. Esses instrumentos devem ser compatíveis com o Plano Plurianual (PPA) e o Plano Diretor, a lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) . O Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo de Londrina, capítulo da Saúde, consta na página 7.

Plano Municipal de Saúde Relatório de Gestão

Audiências PúblicasBaseado no artigo 9º do Decreto 1.651, de 28 de setembro

de 1995, devem ser realizadas audiências na Câmara de Vereadores para ampla divulgação sobre o montante e a fonte de recursos aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas no

período, bem como a oferta e produção de serviços na rede assistencial própria, contratada ou conveniada. As informações devem ser trimestrais. Cópias das atas devem ser encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado.

Pacto pela SaúdeO Pacto pela Saúde é um conjunto de compromissos

públicos acordados pelas esferas de governo para estabelecimento de responsabilidades, objetivos, ações e metas para garantir os avanços para a consolidação do Sistema Único de Saúde. O pacto busca resgatar os princípios da universalidade, integralidade e participação social incorporando a equidade nas ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como as diretrizes do comando único em cada esfera de governo, a descentralização e a regionalização. O Pacto pela Saúde é composto pelos pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão (Portaria Ministerial nº 399 /GM, de 22 de fevereiro de 2006).

O Pacto pela Vida estabelece compromissos de atingir metas sanitárias entre os gestores do SUS, com base na definição de prioridades que resultem em real impacto no nível de vida da

saúde da população. As prioridades estabelecidas são: saúde do idoso; câncer de colo de útero e de mama; mortalidade infantil e materna; doenças emergentes e endemias com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; promoção da saúde e atenção básica à saúde. O Pacto pela Vida utiliza planilha de indicadores de morbi-mortalidade.

O Pacto em Defesa do SUS estabelece estratégias de mobilização social na defesa dos princípios dessa política pública conforme inscrito na Constituição.

O Pacto de Gestão define as responsabilidades de cada gestor municipal, estadual e federal para a gestão do SUS nos aspectos da gestão do trabalho, educação na saúde, descentralização, regionalização, financiamento, planejamento e programação, regulação, controle, avaliação e auditoria e participação e controle social.

“Atuação contínua, articulada, integrada e solidária de planejamento das três esferas de gestão do SUS.” O preceito legal consta das portarias ministeriais nº 3.085 e nº 3.332 de dezembro de 2006, que regulamentam as orientações

gerais sobre os instrumentos de planejamento do SUS.

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O Plano Diretor orienta e normatiza a atuação do poder público e privado prevendo políticas, diretrizes e instrumentos para assegurar o adequado ordenamento territorial, a contínua melhoria das políticas sociais e o desenvolvimento sustentável do município, tendo em vista as aspirações da população integrando aos demais processos de planejamento municipal.

Este é o instrumento global da política de desenvolvimento municipal, conforme estabelece o artigo 182 da Constituição Federal chamado Estatuto

Saúde, direito de todosPlano Diretor Participativo de Londrina

da Cidade, Lei Federal nº 10.257 e Lei Orgânica Municipal. O plano é determinante para todos os agentes públicos e privados que atuam no município.

O documento tramita na Câmara de Vereadores e é uma revisão da legislação municipal elaborada em 1998 incorpora as alterações que ocorreram ao longo do tempo na legislação federal e estadual sobre o assunto, além da sua compatibilização com o Estatuto da Cidade. Confira abaixo, alguns trechos das diretrizes para a política de saúde para Londrina.

Capítulo IDa Política Municipal de Saúde

Art. 16. A Política Municipal de Saúde objetiva promover o cumprimento do direito constitucional à saúde, visando a redução do risco de agravos e o acesso universal e igualitário às ações para a sua promoção, proteção e recuperação, assegurando a equidade na atenção, diminuindo as desigualdades e promovendo serviços de qualidade, observados os seguintes princípios:

I - integralidade e intersetorialidade nas ações e nos serviços de saúde;

II - ênfase em programas de ação preventiva; III - humanização do atendimento; IV - gestão participativa do Sistema Municipal de

Saúde.

Art. 17. São diretrizes da Política Municipal de Saúde:

I - reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde;

II - aprimorar o modelo assistencial;III - ampliar o acesso aos serviços de saúde, com a

qualificação e humanização da atenção conforme critérios de contingente populacional, acessibilidade física e hierarquização dos equipamentos de saúde;

IV - promover programas de educação em saúde, incluindo os de prevenção contra o consumo de bebidas alcoólicas, drogas e cigarros;

V - executar ações de vigilância em saúde, compreendendo a epidemiológica, sanitária e ambiental, visando a redução de riscos e agravos;

VI - promover a integralidade das ações de saúde de

forma interdisciplinar, por meio de abordagem integral e contínua do indivíduo no seu contexto familiar, social e laboral;

VII - aprimorar os mecanismos de controle social garantindo a gestão participativa no sistema municipal de saúde e o funcionamento em caráter permanente e deliberativo do Conselho Municipal de Saúde;

VIII - assegurar o cumprimento das legislações federal, estadual e municipal que definem o arcabouço político-institucional do Sistema Único de Saúde, bem como a implementação das diretrizes operacionais estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Art. 18. São ações estratégicas da Política Municipal de Saúde:

I - ampliar a oferta de serviços na atenção básica à saúde na lógica da Estratégia da Saúde da Família;

II - implementar equipe multiprofissional na atenção básica à saúde;

III - ampliar o programa de saúde bucal, segundo critério de risco;

IV - oferecer serviços especializados de média complexidade (ambulatorial e hospitalar);

V - implementar serviços de saúde mental;VI - implementar os sistemas de informações para

gestão da saúde;VII - aprimorar os mecanismos de regulação de

assistência à saúde nos diversos níveis, com implantação de um complexo regulador em saúde;

VIII - implementar política de educação permanente em saúde.

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Novembro 2008

Projeto se consolidam em novas práticas de saúdeA busca de alternativas para os problemas de saúde da população levou à implantação de projetos que se

consolidaram e foram incorporados à prática dos serviços municipais de saúde de Londrina oferecendo à população novas práticas na assistência à saúde.

Entre esses projetos estão a Policlínica Municipal, o Programa de Fitoterapia, o Programa de Controle da Asma, o Comitê de Aleitamento Materno (Calma) e o Programa de Terapia Comunitária. Confira alguns desses programas!

Policlínica Municipal A policlínica foi implantada em 2004, concebida com a tarefa

de ampliar o acesso a especialidades de suporte para a atenção básica com aumento da capacidade de resolução e comunicação eficiente entre os diferentes níveis do sistema.

Conforme a coordenadora da Policlínica, Andreza Alves dos Santos, o serviço está diretamente ligado às equipes Saúde da Família numa relação de complementaridade e de apoio às ações desenvolvidas pelas equipes na atenção básica, oferecendo consultas médicas nas especialidades de cardiologia, endocrinologia, reumatologia, pneumologia, neurologia e acupuntura.

A policlínica conta com fisioterapia e nutrição como suporte para as especialidades. “Nos dois últimos anos foi ampliado o atendimento com a inclusão de geriatria (ambulatório de Alzhmeir), hebiatria (atenção ao adolescente) e estruturação de atendimento à hanseníase e infecto-pediatria”, diz Andreza.

A partir de 2008, o serviço passou a contar também com atendimento a crianças que necessitam de leite especial, com acompanhamento de equipe multiprofissional. Os pacientes são encaminhados pelas equipes de Saúde da Família, através de agendamento informatizado.

Respira LondrinaO Programa Municipal de Controla da Asma (PMCA)

Respira Londrina foi implantado em julho de 2003 com o objetivo de reestruturar o atendimento à doença em todos os níveis de complexidade (primário, secundário e terciário).

Conforme a coordenadora do programa, a médica Luci Kuromoto de Castro, os resultados aparecem com um importante indicador, a redução das internações hospitalares e dos procedimentos de inalação nas unidades básicas. Isso melhora a qualidade de vida da população. O programa conta ainda com um Conselho Consultivo que tem por objetivo planejar as ações de forma integrada e permanente contando com a participação de representantes da sociedade civil organizada como a Associação Londrinense de Asmáticos. “Neste contexto, o Programa Saúde da Família catalisa todas essas ações, porque é dentro das unidades de saúde da

Plantas medicinais A partir de agosto de 2003, o Programa Municipal de Fitoterapia foi implantado em todas as

unidades básicas da área rural (13) e na UBS do jardim Eldorado. Atualmente são 11 unidades urbanas além das rurais num total de 24 onde são disponibilizados 35 fitofármacos e seis tipos de chás para prescrição médica e odontológica.

Os produtos são adquiridos em farmácia de manipulação, através de licitação, o que reduziu o custo e permitiu a ampliação do número de fitofármacos. Os resultados alcançados se multiplicam. No caso do uso da valeriana, a enfermeira Gisela Aroceno afirma “a mais evidente melhoria em tratamentos foi o desmame dos pacientes em uso de benzodiazepínicos, no caso o diazepan. Hoje a Unidade de Saúde do Patrimônio Regina (Distrito Rural) tem apenas um paciente usando o diazepan” que entre outros efeitos colaterais causa sonolência e desenvolve dependência nos pacientes.

Comitê de Aleitamento MaternoO Comitê de Estímulo ao Aleitamento Materno de Londrina

(Calma) tem 13 anos de existência. O órgão foi criado em setembro de 1994 com o objetivo de apoiar e integrar as instituições de assistência, ensino e pesquisa de Londrina na promoção, proteção e manejo do aleitamento materno.

O Calma é um comitê interinstitucional, coordenado pela Secretaria de Saúde, e conta com a participação da Associação Médica de Londrina; Cefil; 17 ª Regional; hospital da Zona Norte, da Mulher, Evangélico, Infantil, Mater Dei; Pastoral da Criança; secretarias da Mulher, de Educação; UniFil, Inesul, UEL, Unopar; secretarias de saúde de Cambé, Ibiporã e Rolândia; e hospital São Rafael de Rolândia.

“Atualmente o Calma conta com a participação de municípios como Cambé, Ibiporã e Rolândia, o que demonstra sua capacidade de aglutinar forças em prol do aleitamento materno”, disse Lilian Poli, coordenadora do Calma. “O comitê oferece um apoio relevante às instituições de saúde na realização de ações de promoção, proteção e manejo do aleitamento materno. A Secretaria de Saúde de Londrina entende que o Calma tem um importante papel na redução da morbi-mortalidade infantil no município.”

f a m í l i a q u e t u d o a co n te ce”, a f i r m a a coordenadora.