La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources;...

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Page 1: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

C O N N O S O T R O S

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LAS ESCUELAS ASOCIADASY LOS CLUBES UNESCO

Cerca de 4250 centros de 137 paiacuteses que abarcan desde parvularios hastaescuelas normales del profesorado pertenecen al Sistema de Escuelas Asociadas

(SEA) Esta red internacional desarrolla iniciativas originales encaminadas areforzar la influencia de la educacioacuten en el aprender a vivir juntos en una

comunidad mundialA veces relacionados con el SEA en proyectos conjuntos como la alfabetizacioacuten y

el medio ambiente existen maacutes de 5000 Asociaciones Centros y Clubes UNESCOrepartidos por 116 paiacuteses Los clubes se dirigen a todos los grupos de edad y

estaacuten establecidos en escuelas universidades y para un puacuteblico maacutes diverso encentros permanentes o asociaciones que los agrupan Para concretar los ideales

de la Organizacioacuten su gama de actividades es casi ilimitada reforestacioacutenproteccioacuten del patrimonio educacioacuten en los derechos humanos y la paz etc

Desde 1981 estaacuten agrupados en la Federacioacuten Mundial de Asociaciones Centros yClubes UNESCO

EL SISTEMA DE LAS NACIONES UNIDASA pesar de estar sometida soacutelo a la autoridad de sus Estados miembros laUNESCO pertenece al sistema de las Naciones Unidas Comparte pues su

mismo ideal y mantiene estrechas relaciones con los organismos que loforman Participa en los mecanismos comunes de ese sistema y gracias a

una concertacioacuten regular trabaja en la mejora de la coordinacioacuten y en unamejor definicioacuten de las actividades comunes a varios organismos

Concretamente intercambia informacioacuten y experiencia con sus compantildeerosen aacutembitos como la lucha para la eliminacioacuten de la pobreza el apoyo a los

procesos democraacuteticos y el medio ambienteLa UNESCO lleva a cabo proyectos conjuntos con los demaacutes organismos o

asume su ejecucioacuten En este caso recibe financiacioacuten extrapresupuestariacontando para 1998-1999 con 250 millones de doacutelares de los que 67

millones proceden del sistema de las Naciones Unidas principalmente delPrograma de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD) y del Fondopara la Poblacioacuten (FNUAP) Tambieacuten cuenta con 185 millones de doacutelares

del Banco Mundial y de los bancos regionales de desarrollo

LAS ORGANIZACIONESNO GUBERNAMENTALES (ONG)Y LAS FUNDACIONESPara involucrarlas en la preparacioacuten y la ejecucioacuten de suprograma la UNESCO mantiene laquorelaciones formales deasociacioacuten de consulta u operativasraquo con 354 ONG y relacionesoficiales con 26 fundaciones Desde 1996 nuevas directivasregulan esas relaciones Su objetivo es intensificar la cooperacioacutencon y entre las ONG y al mismo tiempo facilitar la incorporacioacutena esa red de nuevas organizaciones representativas de lasociedad civil pero implantadas en partes del mundo dondeestaacuten aisladas o son fraacutegiles por razones histoacutericas culturales ogeograacuteficasInternacionales regionales o nacionales las ONG agrupan a losmedios profesionales y a los movimientos asociativos de losaacutembitos de competencia de la UNESCO educadores cientiacuteficosartistas autores bibliotecarios museoacutelogos periodistas editoreso militantes de los derechos humanos A modo de ejemplo sepueden citar organizaciones tan dispares como AmnistiacuteaInternacional y el Consejo Internacional de UnionesCientiacuteficas

LA UNESCO Y SUS

PRINCIPALES COLABORADORES

LASCOMISIONESNACIONALESDe los 186 Estados miembros que tiene la UNESCO (a 31 de juliode 1997) 180 han creado comisiones nacionales Eacutestas estaacutenformadas por eminentes personalidades de la comunidadintelectual y cientiacutefica de su paiacutes y representan un viacutenculo esencialentre la UNESCO y sus Estados miembrosUacutenicas en su geacutenero dentro del sistema de las Naciones Unidaslas comisiones nacionales organizan sus propias actividadesdifusioacuten de informacioacuten publicacioacuten de obras en lengua nacionalexposiciones conferencias Regularmente se organizan reunionesregionales y subregionales para sus responsables con el fin deinformar a la UNESCO de las aspiraciones y necesidades quesienten Para reforzar su misioacuten y permitirles participar maacutesactivamente en la elaboracioacuten la aplicacioacuten y la evaluacioacuten de losprogramas de la Organizacioacuten se preveacuten nuevas medidas comoel establecimiento de un comiteacute permanente compuesto por sussecretarios generales y miembros de la Secretariacutea la constitucioacutende un repertorio -una especie de Whorsquos who- de las comisionesnacionales y la publicacioacuten de una revista sobre sus realizacionesy proyectos futuros

P R I M E R P L A N O

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E l R e i n o U n i d o a c a b a d e r e i n t e g r a r s e a l a U N E S C O c e r r a n d o

e n p a r t e l a b r e c h a a b i e r t a e n l a u n i v e r s a l i d a d d e l a

O r g a n i z a c i oacute n c o n m o t i v o d e s u r e t i r o e n 1 9 8 5 u n a ntilde o

d e s p u eacute s d e l o s E s t a d o s U n i d o s

A d e m aacute s e l i m p o r t e d e l a c o n t r i b u c i oacute n d e e s t o s p a iacute s e s s e

r e d u j o d e l p r e s u p u e s t o d e l a O r g a n i z a c i oacute n A h o r a s e t r a t a d e

d i s c u t i r s i s i m eacute t r i c a m e n t e l a c o n t r i b u c i oacute n d e l R e i n o U n i d o

a u m e n t a r aacute l o s r e c u r s o s d e l a O r g a n i z a c i oacute n ( e s e l d e s e o d e l

d i r e c t o r g e n e r a l ) o s i a l c o n t r a r i o eacute s t o s s e g u i r aacute n s i e n d o m aacute s

o m e n o s l o s m i s m o s y e n c a m b i o l o s E s t a d o s m i e m b r o s

p o d r aacute n r e d u c i r e l i m p o r t e d e s u s p r o p i o s a p o r t e s L a p r oacute x i m a

C o n f e r e n c i a G e n e r a l t o m a r aacute u n a d e c i s i oacute n a l r e s p e c t o c u y a s

i m p l i c a c i o n e s v a n m aacute s a l l aacute d e u n a s i m p l e e c u a c i oacute n f i n a n c i e r a

S u s d e b a t e s iquest e s t a r aacute n o r i e n t a d o s h a c i a l a s l i m i t a c i o n e s

p r e s u p u e s t a r i a s d e m u c h o s d e l o s E s t a d o s m i e m b r o s o h a c i a

l a a m b i c i oacute n d e o f r e c e r a l a O r g a n i z a c i oacute n l o s m e d i o s

n e c e s a r i o s p a r a c u m p l i r l a m i s i oacute n q u e s e l e a s i g n a

U n a g r a n e m p r e s a s e h a i n i c i a d o c o n e l f i n d e r e f o r m a r u n o

d e l o s i n s t r u m e n t o s f u n d a m e n t a l e s d e u n a c o o p e r a c i oacute n

i n t e r n a c i o n a l e n p l e n a t r a n s f o r m a c i oacute n l a O N U i n c l u i d o s l o s

f o n d o s y l o s p r o g r a m a s v i n c u l a d o s a e l l a P e r o s u s e c r e t a r i o

g e n e r a l K o f i A n n a n p r o p o n e t a m b i eacute n l a c r e a c i oacute n d e u n a

c o m i s i oacute n m i n i s t e r i a l p a r a e x a m i n a r l o s e v e n t u a l e s c a m b i o s

q u e s e d e b e n e f e c t u a r a l o s t r a t a d o s d e l o s c u a l e s e m a n a n

l o s m a n d a t o s d e l a s i n s t i t u c i o n e s e s p e c i a l i z a d a s E s t a e s u n a

m u e s t r a a d i c i o n a l d e q u e e s t a t a r e a d e b e a b a r c a r e l

c o n j u n t o d e l s i s t e m a d e l a s N a c i o n e s U n i d a s y p o r

c o n s i g u i e n t e l a U N E S C O E n r e a l i d a d l a O r g a n i z a c i oacute n h a

c a m b i a d o p r o f u n d a m e n t e d e s d e h a c e a p r o x i m a d a m e n t e d i e z

a ntilde o s P e r o iquest d e b e i r a uacute n m aacute s l e j o s y s i e s e l c a s o iquest e n q u eacute

d i r e c c i oacute n

S i n c a e r e n e l c l i c h eacute s e p u e d e p r e d e c i r q u e e n l o s p r oacute x i m o s

d o s a ntilde o s e s t a s d o s s a l i d a s c u y a s c a u s a s y e f e c t o s e s t aacute n

i n t r iacute n s e c a m e n t e r e l a c i o n a d o s d a r aacute n i n d u d a b l e m e n t e u n v i r a j e

d e c i s i v o a l a h i s t o r i a d e l a O r g a n i z a c i oacute n

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Paacuteginas 6 a 16

PAacuteGINAS E IMAacuteGENES 4

HECHOS Y GESTOS 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA 24

PLANETA

Redaccioacuten y difusioacuten FUENTES UNESCO 7 place deFontenoy 75352 Paris 07 SP Tel (33-1) 45 68 16 73Fax (33-1) 45 68 56 54Esta revista de caraacutecter informativo no es undocumento oficial de la UNESCOISSN 1014 5494

MOMENTO CRUCIAL

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artiacuteculos pueden ser librementereproduc idos La redacc ioacuten agradeceraacuteel enviacuteo de una copia del artiacuteculo elegidoLas fotograf iacuteas s in e l s igno copy estaraacutena d i s po s i c i oacuten de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i oacuten que l a s r equ i e r an

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

LA UNESCO EN 1998-1999

R EUN IR

Portada copy The ImageBankG Gladstonecopy Panos PicturesHeldur Netocny

R e n eacute L E F O RT

Estimular el deseo de vivirjuntos

Educacioacuten de adultoslas namibias piden maacutes

Camboya la riqueza delTonle Sap en peligro

Radio comunitariabull COMUNICARES LIBERAR 17

Cultura de pazbullLA UNIDAD POCO A POCO 18

Cultura de pazbull PIEDRA A PIEDRA 19

Educacioacuten de adultosbulliexclVAMOS A APRENDERHOMBRE 20

Medio ambientebull LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteN 23

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

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LIBROS

Entre los tiacutetulos estelares de lasEdiciones UNESCO estaacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA EDUCACIOacuteN analiza lasgrandes tendencias El temacentral del proacuteximo informeque se publicaraacute antes deacabar el antildeo seraacute el profeso-rado y la ensentildeanza en unmundo en transformacioacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA CIENCIA presenta la situacioacutende la ciencia y de la tecnologiacuteaasiacute como sus indicadores lainvestigacioacuten las fuentes definanciacioacuten Proacutexima edicioacutencomienzos de 1998

El INFORME MUNDIAL SOBRELAS CIENCIAS SOCIALES saldraacutepor primera vez en 1999 Seraacutedescriptivo (informacioacuten cuanti-tativa sobre los avances reali-zados y las perspectivas para elsiglo XXI) analiacutetico (estudio delos distintos aacutembitos de lasciencias sociales) y reflexivosobre su situacioacuten en el mundodel conocimiento y de la accioacuten

El primer INFORME MUNDIALSOBRE LA CULTURA estaacute previs-to para 1998 Estudiaraacute lastendencias en materia de culturay desarrollo asiacute como los temassobre la definicioacuten de laspoliacuteticas eacutetica y globalizacioacutencultural cultura urbana relacio-nes hombremujer y cultura

La segunda edicioacuten del INFOR-ME SOBRE LA COMUNICACIOacuteNEN EL MUNDO que se publicaraacutea fines de 1997 dibuja unpanorama de los avancestecnoloacutegicos y analiza lastransformaciones del paisaje delos medios de comunicacioacuten ylos viacutenculos entre informacioacutenderecho y poder

El INFORME MUNDIAL SOBRELA INFORMACIOacuteN editadorecientemente ofrece unasiacutentesis del estado de la cuestioacuten(ver Fuentes nordm 90)

programas de radio y de viacutedeosobre sus actividades TituladoAlcanzar la educacioacuten paratodos uno de los viacutedeos maacutesrecientes presenta en cincoidiomas (ingleacutes franceacutesespantildeol aacuterabe y ruso)iniciativas locales para facilitarel acceso de todos a la educa-cioacuten

CD-ROM

Bases de datos de la UNESCOreferencias de centros deinvestigacioacuten y de formacioacutenbases de datos sobre lasenergiacuteas renovables y lasciudades del patrimoniomundial se encuentran disponi-bles en CD-ROM En prepara-cioacuten el mapa geoloacutegico delmundo y un CD-ROM sobre elagua dirigido a los joacutevenes

INFORMACIOacuteNEN LIacuteNEA

Historia de la UNESCOinformacioacuten sobre sus activida-des y programas lista de lossitios del patrimonio mundial ylas reservas de la biosferacataacutelogo de sus documentostoda esta informacioacuten estaacute alalcance mediante Internethttp wwwunescoorg

El ANUARIO ESTADIacuteSTICO es unverdadero mundo en cifras dela educacioacuten las ciencias lacultura y la comunicacioacuten

ESTUDIOS EN EL EXTRANJERO1998-1999 Cerca de 3000posibilidades en 124 paiacutesespara cursar estudios superioresen el extranjero y obtener ayudaeconoacutemica Esta edicioacuten estaacutedisponible en CD-ROM

OBRASREPRESENTATIVAS

Esta coleccioacuten reuacutene cerca de1000 tiacutetulos procedentes demaacutes de 80 paiacuteses y escritosoriginalmente en un centenar delenguas Favorece el conoci-miento de la literatura mundialfomentando la traduccioacuten y lapublicacioacuten en lenguas de grandifusioacuten de obras redactadasen lenguas menos conocidas

REVISTAS

PERSPECTIVAS editada por laOficina Internacional deEducacioacuten presenta la expe-riencia de educadores e institu-ciones en cuanto a innovacionese investigaciones pedagoacutegicas

NATURALEZA Y RECURSOS tratasobre aspectos interdisci-plinarios del medio ambientefavorables a un desarrollosostenible

La REVISTA INTERNACIONAL DECIENCIAS SOCIALES constituye

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpwwwunesco orgpu-blishing

Con el mandato que le asigna su Constitucioacuten de ayu-dar a la conservacioacuten al progreso y a la difusioacuten delsaber la UNESCO no es ni una editorial ni una em-presa periodiacutestica como las demaacutes Con maacutes de

10000 tiacutetulos publicados desde su creacioacuten 10 re-vistas y maacutes de 50 boletines utiliza ampliamente elsoporte escrito para toda su accioacuten y desde hacepoco multimedia

un foro de intercambiointerdisciplinario sobre grandesproblemas contemporaacuteneos

Pensada para sensibilizar alpuacuteblico en la proteccioacuten de lossitios culturales y naturales laREVISTA DEL PATRIMONIOMUNDIAL permite descubrirsitios tan diversos como lasiglesias de Lalibela (Etiopiacutea) elmundo maya y los ecosistemastropicales

MUSEUM INTERNATIONALpresenta las uacuteltimas tendenciasde la museologiacutea

El BOLETIacuteN DE LOS DERECHOSDE AUTOR trata sobre laproteccioacuten la legislacioacuten y losacuerdos relativos a las obrasliterarias artiacutesticas y cientiacuteficas

La mayor parte de esas revistastrimestrales se publica en ingleacutesfranceacutes y espantildeol y algunastambieacuten en ruso aacuterabe y chino

El CORREO DE LA UNESCO seedita en 30 idiomas En 1998veraacute la luz una nueva foacutermulade esta revista mensual Trataraacutesobre los grandes problemascontemporaacuteneos de los aacutembitosde competencia de la Organi-zacioacuten a traveacutes de datosencuestas reportajes y debates

RADIO Y VIacuteDEO

La UNESCO produce ocoproduce y distribuye

H E C H O S Y G E S T O S

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M i profesioacuten es la facultadEsta soacutelida sede le ha per-

mitido al militante marroquiacute delos derechos humanos OmarAzzimane resistir el viento encontra y las corrientes partidistasA sus 49 antildeos este catedraacutetico dederecho privado titular de la caacute-tedra UNESCO de derechos hu-manos de la Universidad de Rabatdesde 1996 tiene tras de siacute unalarga carrera de pensamiento libre

Cofundador de la AsociacioacutenMarroquiacute de Derechos Humanosen 1979 y en 1988 de la Organi-zacioacuten del mismo nombre de laque fue su primer presidente nodudoacute en dejarlas cuando juzgoacuteque su grado de independenciarespecto de los partidos era in-suficiente ni en saltar al ruedoal convertirse de 1993 a 1995 enministro de Derechos HumanosSopeseacute los pros y los contrasLos contras eran mi experienciaconociacutea las reticencias Pero lascosas cambian Mireacute hacia el fu-turo y dije que siacute No me arrepien-to Algunas de las iniciativas lan-zadas en aquella eacutepoca dan hoysus frutos Acudimos a la UNES-CO para conseguir una caacutetedraque nos ofreciera el acceso a unared y un pequentildeo apoyo econoacute-mico (15000 doacutelares anuales)

Respaldado por 20 juristassocioacutelogos historiadores filoacutesofos

y especialistas en educacioacutenAzzimane tiene un programa pe-sado Primero organizar a loscandidatos doctorados y recogerinformacioacuten especializada Des-pueacutes establecer las necesidadesde las distintas facultades Enmedicina por ejemplo nos gus-tariacutea antildeadir a las clases de deon-tologiacutea una educacioacuten sobre losproblemas de los derechos huma-nos como los relacionados conlas manipulaciones geneacuteticasPero la mayor parte del trabajose realizaraacute en la facultad de de-recho donde no existe una ense-ntildeanza especializada sobre estetema El equipo tambieacuten preveacuteuna formacioacuten permanente paralos no estudiantes abogadosmeacutedicos agentes de la autoridadmilitantespoliacuteticos y asociativosetc Cuando uno milita suscri-be una causa pero no conocenecesariamente las herramientaslegislativas que permiten traba-jar de manera profesional

Se iniciaraacute una enorme obrade investigacioacuten para establecerlos cimientos culturales y filosoacute-ficos de los derechos humanos enel mundo aacuterabe Algunas co-rrientes que tienen intereacutes endescalificarlos invocan su origenexterior Pero la historia demues-tra que si hemos acumulado cier-to retraso no se debe a nuestracultura sino a un bloqueo poliacuteti-co El segundo eje de investiga-cioacuten seraacute el Estado de derecho enMarruecos Nos gustariacutea deter-minar de manera rigurosa las re-ticencias a la aplicacioacuten de lasreformas aprobadas desde 1990Esta tarea seraacute posible gracias ala reciente desdramatizacioacuten delos derechos humanos que ahorapueden ser objeto de una reflexioacutencriacutetica maacutes serena y objetiva

Sophie BOUKHARI

Vengo de una ciudad noruega bombardeada por las

fuerzas de ocupacioacuten durante laSegunda Guerra Mundial Estaacute-bamos conmovidos no soacutelo porlo que nos sucediacutea sino tambieacutenpor lo que viviacutea el otro bandoen Dresde e Hiroshima

Desde nintildeo vivioacute el horrorAsbjoslashrn Eide anda en busca deuna forma racional de concebirlas relaciones humanas Su tra-bajo para varias comisiones de laONU le llevoacute a preocuparse porlos derechos humanos y la obje-cioacuten de conciencia por los pro-blemas de alimentacioacuten y las for-mas de esclavitud contemporaacute-neas Ha denunciado los abusoscometidos desde Israel hasta elCaacuteucaso con organizacionescomo Amnistiacutea Internacionalmanteniendo un pie en el mundouniversitario en su condicioacuten dedirector del Instituto Noruego deDerechos Humanos

Pero Eide regresoacute reciente-mente a su punto de partida conel proyecto de Declaracioacuten sobreel Derecho Humano a la Paz Re-dactado por un grupo de eminen-tes especialistas que eacutel preside eltexto proclama que todo ser hu-mano tiene derecho a la paz quees inherente a su dignidad de per-sona humana Pero para disfru-tarlo los individuos los Estados

y los grupos sociales tienen eldeber de contribuir a construir-la y a conservarla incluso opo-nieacutendose con todos los medioslegiacutetimos a los actos de agresioacuteny a las violaciones sistemaacuteticas delos derechos humanos

Despueacutes de la guerra friacuteanos enfrentamos bruscamente aunas comunidades que reclama-ban su autodeterminacioacuten lo quecondujo a la violencia afirmaEide explicando la razoacuten de serde la declaracioacuten que se presen-taraacute a la proacutexima conferencia ge-neral de la UNESCO El fin pue-de estar justificado pero no losmedios La forma en que algunosgrupos luchan por sus derechosen Sri Lanka y en Burundi porejemplo es realmente contrapro-ducente En el marco de misio-nes de mantenimiento de la pazla fuerza puede resultar necesa-ria admite no obstante Pero ladeclaracioacuten nos recuerda que de-bemos ir a parar y concentrar-nos en la causa inicial a saberla injusticia social

Consciente de los liacutemites decualquier declaracioacuten Eide estaacutemuy preocupado por la escasezeconoacutemica de la ONU Eacutel la ex-plica por el hecho de que el siste-ma ya no es tan uacutetil como en elpasado a algunos agentes muyinfluyentes de la escena interna-cional Pero afortunadamentehay muchos intereses divergen-tes Y pocos pueden darse el lujode abandonar la ONU porque laforma actual de globalizacioacuteninteresa a los agentes maacutes influ-yentes A pesar de todo Eidecree que no se le podraacute oponerninguna resistencia normativa siel sistema de las Naciones Uni-das sigue siendo tan deacutebil comoparece serlo hoy en diacutea

Amy OTCHET

OMAR AZZIMANEY LOS DERECHOS HUMANOS

ASBJOslashRN EIDEO EL DERECHO A LA PAZ

bull LA UNESCO OTORGAPREMIOS cientiacuteficos de alfabeti-zacioacuten de ensentildeanza de losderechos humanos y de la pazde la tolerancia de la comuni-cacioacuten del arte y la artesaniacutea

por la contribucioacuten excepcionala los ideales y objetivos de laOrganizacioacuten El uacuteltimo deellos el Premio Mundial de laLibertad de Prensa UNESCOGuillermo Cano (en homenaje a

un periodista colombianoasesinado hace 10 antildeos) fueconcedido por primera vez esteantildeo Dotado con 25000doacutelares se otorga cada 3 demayo Diacutea Mundial de la

Libertad de Prensa a unapersona organizacioacuten oinstitucioacuten que haya contribuidoa ella en cualquier lugar delmundo sobre todo si para elloha corrido riesgos

LOS RECURSOS DEL PLANETA NO SON ILIMITADOSLA UNESCO SEGUIRAacute BUSCANDO COacuteMO EXPLOTARLOS

DE MANERA DURABLE ECONOacuteMICAMENTE SANA YCULTURALMENTE BENEacuteFICA

(Foto copy Yann Arthus-BertrandldquoLa Terre vue du Cielrdquo)

T E M A C E N T R A L

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

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Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

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Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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T E M A C E N T R A L

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

23

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 2: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

P R I M E R P L A N O

3

E l R e i n o U n i d o a c a b a d e r e i n t e g r a r s e a l a U N E S C O c e r r a n d o

e n p a r t e l a b r e c h a a b i e r t a e n l a u n i v e r s a l i d a d d e l a

O r g a n i z a c i oacute n c o n m o t i v o d e s u r e t i r o e n 1 9 8 5 u n a ntilde o

d e s p u eacute s d e l o s E s t a d o s U n i d o s

A d e m aacute s e l i m p o r t e d e l a c o n t r i b u c i oacute n d e e s t o s p a iacute s e s s e

r e d u j o d e l p r e s u p u e s t o d e l a O r g a n i z a c i oacute n A h o r a s e t r a t a d e

d i s c u t i r s i s i m eacute t r i c a m e n t e l a c o n t r i b u c i oacute n d e l R e i n o U n i d o

a u m e n t a r aacute l o s r e c u r s o s d e l a O r g a n i z a c i oacute n ( e s e l d e s e o d e l

d i r e c t o r g e n e r a l ) o s i a l c o n t r a r i o eacute s t o s s e g u i r aacute n s i e n d o m aacute s

o m e n o s l o s m i s m o s y e n c a m b i o l o s E s t a d o s m i e m b r o s

p o d r aacute n r e d u c i r e l i m p o r t e d e s u s p r o p i o s a p o r t e s L a p r oacute x i m a

C o n f e r e n c i a G e n e r a l t o m a r aacute u n a d e c i s i oacute n a l r e s p e c t o c u y a s

i m p l i c a c i o n e s v a n m aacute s a l l aacute d e u n a s i m p l e e c u a c i oacute n f i n a n c i e r a

S u s d e b a t e s iquest e s t a r aacute n o r i e n t a d o s h a c i a l a s l i m i t a c i o n e s

p r e s u p u e s t a r i a s d e m u c h o s d e l o s E s t a d o s m i e m b r o s o h a c i a

l a a m b i c i oacute n d e o f r e c e r a l a O r g a n i z a c i oacute n l o s m e d i o s

n e c e s a r i o s p a r a c u m p l i r l a m i s i oacute n q u e s e l e a s i g n a

U n a g r a n e m p r e s a s e h a i n i c i a d o c o n e l f i n d e r e f o r m a r u n o

d e l o s i n s t r u m e n t o s f u n d a m e n t a l e s d e u n a c o o p e r a c i oacute n

i n t e r n a c i o n a l e n p l e n a t r a n s f o r m a c i oacute n l a O N U i n c l u i d o s l o s

f o n d o s y l o s p r o g r a m a s v i n c u l a d o s a e l l a P e r o s u s e c r e t a r i o

g e n e r a l K o f i A n n a n p r o p o n e t a m b i eacute n l a c r e a c i oacute n d e u n a

c o m i s i oacute n m i n i s t e r i a l p a r a e x a m i n a r l o s e v e n t u a l e s c a m b i o s

q u e s e d e b e n e f e c t u a r a l o s t r a t a d o s d e l o s c u a l e s e m a n a n

l o s m a n d a t o s d e l a s i n s t i t u c i o n e s e s p e c i a l i z a d a s E s t a e s u n a

m u e s t r a a d i c i o n a l d e q u e e s t a t a r e a d e b e a b a r c a r e l

c o n j u n t o d e l s i s t e m a d e l a s N a c i o n e s U n i d a s y p o r

c o n s i g u i e n t e l a U N E S C O E n r e a l i d a d l a O r g a n i z a c i oacute n h a

c a m b i a d o p r o f u n d a m e n t e d e s d e h a c e a p r o x i m a d a m e n t e d i e z

a ntilde o s P e r o iquest d e b e i r a uacute n m aacute s l e j o s y s i e s e l c a s o iquest e n q u eacute

d i r e c c i oacute n

S i n c a e r e n e l c l i c h eacute s e p u e d e p r e d e c i r q u e e n l o s p r oacute x i m o s

d o s a ntilde o s e s t a s d o s s a l i d a s c u y a s c a u s a s y e f e c t o s e s t aacute n

i n t r iacute n s e c a m e n t e r e l a c i o n a d o s d a r aacute n i n d u d a b l e m e n t e u n v i r a j e

d e c i s i v o a l a h i s t o r i a d e l a O r g a n i z a c i oacute n

13

Paacuteginas 6 a 16

PAacuteGINAS E IMAacuteGENES 4

HECHOS Y GESTOS 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA 24

PLANETA

Redaccioacuten y difusioacuten FUENTES UNESCO 7 place deFontenoy 75352 Paris 07 SP Tel (33-1) 45 68 16 73Fax (33-1) 45 68 56 54Esta revista de caraacutecter informativo no es undocumento oficial de la UNESCOISSN 1014 5494

MOMENTO CRUCIAL

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artiacuteculos pueden ser librementereproduc idos La redacc ioacuten agradeceraacuteel enviacuteo de una copia del artiacuteculo elegidoLas fotograf iacuteas s in e l s igno copy estaraacutena d i s po s i c i oacuten de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i oacuten que l a s r equ i e r an

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

LA UNESCO EN 1998-1999

R EUN IR

Portada copy The ImageBankG Gladstonecopy Panos PicturesHeldur Netocny

R e n eacute L E F O RT

Estimular el deseo de vivirjuntos

Educacioacuten de adultoslas namibias piden maacutes

Camboya la riqueza delTonle Sap en peligro

Radio comunitariabull COMUNICARES LIBERAR 17

Cultura de pazbullLA UNIDAD POCO A POCO 18

Cultura de pazbull PIEDRA A PIEDRA 19

Educacioacuten de adultosbulliexclVAMOS A APRENDERHOMBRE 20

Medio ambientebull LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteN 23

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

4

LIBROS

Entre los tiacutetulos estelares de lasEdiciones UNESCO estaacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA EDUCACIOacuteN analiza lasgrandes tendencias El temacentral del proacuteximo informeque se publicaraacute antes deacabar el antildeo seraacute el profeso-rado y la ensentildeanza en unmundo en transformacioacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA CIENCIA presenta la situacioacutende la ciencia y de la tecnologiacuteaasiacute como sus indicadores lainvestigacioacuten las fuentes definanciacioacuten Proacutexima edicioacutencomienzos de 1998

El INFORME MUNDIAL SOBRELAS CIENCIAS SOCIALES saldraacutepor primera vez en 1999 Seraacutedescriptivo (informacioacuten cuanti-tativa sobre los avances reali-zados y las perspectivas para elsiglo XXI) analiacutetico (estudio delos distintos aacutembitos de lasciencias sociales) y reflexivosobre su situacioacuten en el mundodel conocimiento y de la accioacuten

El primer INFORME MUNDIALSOBRE LA CULTURA estaacute previs-to para 1998 Estudiaraacute lastendencias en materia de culturay desarrollo asiacute como los temassobre la definicioacuten de laspoliacuteticas eacutetica y globalizacioacutencultural cultura urbana relacio-nes hombremujer y cultura

La segunda edicioacuten del INFOR-ME SOBRE LA COMUNICACIOacuteNEN EL MUNDO que se publicaraacutea fines de 1997 dibuja unpanorama de los avancestecnoloacutegicos y analiza lastransformaciones del paisaje delos medios de comunicacioacuten ylos viacutenculos entre informacioacutenderecho y poder

El INFORME MUNDIAL SOBRELA INFORMACIOacuteN editadorecientemente ofrece unasiacutentesis del estado de la cuestioacuten(ver Fuentes nordm 90)

programas de radio y de viacutedeosobre sus actividades TituladoAlcanzar la educacioacuten paratodos uno de los viacutedeos maacutesrecientes presenta en cincoidiomas (ingleacutes franceacutesespantildeol aacuterabe y ruso)iniciativas locales para facilitarel acceso de todos a la educa-cioacuten

CD-ROM

Bases de datos de la UNESCOreferencias de centros deinvestigacioacuten y de formacioacutenbases de datos sobre lasenergiacuteas renovables y lasciudades del patrimoniomundial se encuentran disponi-bles en CD-ROM En prepara-cioacuten el mapa geoloacutegico delmundo y un CD-ROM sobre elagua dirigido a los joacutevenes

INFORMACIOacuteNEN LIacuteNEA

Historia de la UNESCOinformacioacuten sobre sus activida-des y programas lista de lossitios del patrimonio mundial ylas reservas de la biosferacataacutelogo de sus documentostoda esta informacioacuten estaacute alalcance mediante Internethttp wwwunescoorg

El ANUARIO ESTADIacuteSTICO es unverdadero mundo en cifras dela educacioacuten las ciencias lacultura y la comunicacioacuten

ESTUDIOS EN EL EXTRANJERO1998-1999 Cerca de 3000posibilidades en 124 paiacutesespara cursar estudios superioresen el extranjero y obtener ayudaeconoacutemica Esta edicioacuten estaacutedisponible en CD-ROM

OBRASREPRESENTATIVAS

Esta coleccioacuten reuacutene cerca de1000 tiacutetulos procedentes demaacutes de 80 paiacuteses y escritosoriginalmente en un centenar delenguas Favorece el conoci-miento de la literatura mundialfomentando la traduccioacuten y lapublicacioacuten en lenguas de grandifusioacuten de obras redactadasen lenguas menos conocidas

REVISTAS

PERSPECTIVAS editada por laOficina Internacional deEducacioacuten presenta la expe-riencia de educadores e institu-ciones en cuanto a innovacionese investigaciones pedagoacutegicas

NATURALEZA Y RECURSOS tratasobre aspectos interdisci-plinarios del medio ambientefavorables a un desarrollosostenible

La REVISTA INTERNACIONAL DECIENCIAS SOCIALES constituye

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpwwwunesco orgpu-blishing

Con el mandato que le asigna su Constitucioacuten de ayu-dar a la conservacioacuten al progreso y a la difusioacuten delsaber la UNESCO no es ni una editorial ni una em-presa periodiacutestica como las demaacutes Con maacutes de

10000 tiacutetulos publicados desde su creacioacuten 10 re-vistas y maacutes de 50 boletines utiliza ampliamente elsoporte escrito para toda su accioacuten y desde hacepoco multimedia

un foro de intercambiointerdisciplinario sobre grandesproblemas contemporaacuteneos

Pensada para sensibilizar alpuacuteblico en la proteccioacuten de lossitios culturales y naturales laREVISTA DEL PATRIMONIOMUNDIAL permite descubrirsitios tan diversos como lasiglesias de Lalibela (Etiopiacutea) elmundo maya y los ecosistemastropicales

MUSEUM INTERNATIONALpresenta las uacuteltimas tendenciasde la museologiacutea

El BOLETIacuteN DE LOS DERECHOSDE AUTOR trata sobre laproteccioacuten la legislacioacuten y losacuerdos relativos a las obrasliterarias artiacutesticas y cientiacuteficas

La mayor parte de esas revistastrimestrales se publica en ingleacutesfranceacutes y espantildeol y algunastambieacuten en ruso aacuterabe y chino

El CORREO DE LA UNESCO seedita en 30 idiomas En 1998veraacute la luz una nueva foacutermulade esta revista mensual Trataraacutesobre los grandes problemascontemporaacuteneos de los aacutembitosde competencia de la Organi-zacioacuten a traveacutes de datosencuestas reportajes y debates

RADIO Y VIacuteDEO

La UNESCO produce ocoproduce y distribuye

H E C H O S Y G E S T O S

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M i profesioacuten es la facultadEsta soacutelida sede le ha per-

mitido al militante marroquiacute delos derechos humanos OmarAzzimane resistir el viento encontra y las corrientes partidistasA sus 49 antildeos este catedraacutetico dederecho privado titular de la caacute-tedra UNESCO de derechos hu-manos de la Universidad de Rabatdesde 1996 tiene tras de siacute unalarga carrera de pensamiento libre

Cofundador de la AsociacioacutenMarroquiacute de Derechos Humanosen 1979 y en 1988 de la Organi-zacioacuten del mismo nombre de laque fue su primer presidente nodudoacute en dejarlas cuando juzgoacuteque su grado de independenciarespecto de los partidos era in-suficiente ni en saltar al ruedoal convertirse de 1993 a 1995 enministro de Derechos HumanosSopeseacute los pros y los contrasLos contras eran mi experienciaconociacutea las reticencias Pero lascosas cambian Mireacute hacia el fu-turo y dije que siacute No me arrepien-to Algunas de las iniciativas lan-zadas en aquella eacutepoca dan hoysus frutos Acudimos a la UNES-CO para conseguir una caacutetedraque nos ofreciera el acceso a unared y un pequentildeo apoyo econoacute-mico (15000 doacutelares anuales)

Respaldado por 20 juristassocioacutelogos historiadores filoacutesofos

y especialistas en educacioacutenAzzimane tiene un programa pe-sado Primero organizar a loscandidatos doctorados y recogerinformacioacuten especializada Des-pueacutes establecer las necesidadesde las distintas facultades Enmedicina por ejemplo nos gus-tariacutea antildeadir a las clases de deon-tologiacutea una educacioacuten sobre losproblemas de los derechos huma-nos como los relacionados conlas manipulaciones geneacuteticasPero la mayor parte del trabajose realizaraacute en la facultad de de-recho donde no existe una ense-ntildeanza especializada sobre estetema El equipo tambieacuten preveacuteuna formacioacuten permanente paralos no estudiantes abogadosmeacutedicos agentes de la autoridadmilitantespoliacuteticos y asociativosetc Cuando uno milita suscri-be una causa pero no conocenecesariamente las herramientaslegislativas que permiten traba-jar de manera profesional

Se iniciaraacute una enorme obrade investigacioacuten para establecerlos cimientos culturales y filosoacute-ficos de los derechos humanos enel mundo aacuterabe Algunas co-rrientes que tienen intereacutes endescalificarlos invocan su origenexterior Pero la historia demues-tra que si hemos acumulado cier-to retraso no se debe a nuestracultura sino a un bloqueo poliacuteti-co El segundo eje de investiga-cioacuten seraacute el Estado de derecho enMarruecos Nos gustariacutea deter-minar de manera rigurosa las re-ticencias a la aplicacioacuten de lasreformas aprobadas desde 1990Esta tarea seraacute posible gracias ala reciente desdramatizacioacuten delos derechos humanos que ahorapueden ser objeto de una reflexioacutencriacutetica maacutes serena y objetiva

Sophie BOUKHARI

Vengo de una ciudad noruega bombardeada por las

fuerzas de ocupacioacuten durante laSegunda Guerra Mundial Estaacute-bamos conmovidos no soacutelo porlo que nos sucediacutea sino tambieacutenpor lo que viviacutea el otro bandoen Dresde e Hiroshima

Desde nintildeo vivioacute el horrorAsbjoslashrn Eide anda en busca deuna forma racional de concebirlas relaciones humanas Su tra-bajo para varias comisiones de laONU le llevoacute a preocuparse porlos derechos humanos y la obje-cioacuten de conciencia por los pro-blemas de alimentacioacuten y las for-mas de esclavitud contemporaacute-neas Ha denunciado los abusoscometidos desde Israel hasta elCaacuteucaso con organizacionescomo Amnistiacutea Internacionalmanteniendo un pie en el mundouniversitario en su condicioacuten dedirector del Instituto Noruego deDerechos Humanos

Pero Eide regresoacute reciente-mente a su punto de partida conel proyecto de Declaracioacuten sobreel Derecho Humano a la Paz Re-dactado por un grupo de eminen-tes especialistas que eacutel preside eltexto proclama que todo ser hu-mano tiene derecho a la paz quees inherente a su dignidad de per-sona humana Pero para disfru-tarlo los individuos los Estados

y los grupos sociales tienen eldeber de contribuir a construir-la y a conservarla incluso opo-nieacutendose con todos los medioslegiacutetimos a los actos de agresioacuteny a las violaciones sistemaacuteticas delos derechos humanos

Despueacutes de la guerra friacuteanos enfrentamos bruscamente aunas comunidades que reclama-ban su autodeterminacioacuten lo quecondujo a la violencia afirmaEide explicando la razoacuten de serde la declaracioacuten que se presen-taraacute a la proacutexima conferencia ge-neral de la UNESCO El fin pue-de estar justificado pero no losmedios La forma en que algunosgrupos luchan por sus derechosen Sri Lanka y en Burundi porejemplo es realmente contrapro-ducente En el marco de misio-nes de mantenimiento de la pazla fuerza puede resultar necesa-ria admite no obstante Pero ladeclaracioacuten nos recuerda que de-bemos ir a parar y concentrar-nos en la causa inicial a saberla injusticia social

Consciente de los liacutemites decualquier declaracioacuten Eide estaacutemuy preocupado por la escasezeconoacutemica de la ONU Eacutel la ex-plica por el hecho de que el siste-ma ya no es tan uacutetil como en elpasado a algunos agentes muyinfluyentes de la escena interna-cional Pero afortunadamentehay muchos intereses divergen-tes Y pocos pueden darse el lujode abandonar la ONU porque laforma actual de globalizacioacuteninteresa a los agentes maacutes influ-yentes A pesar de todo Eidecree que no se le podraacute oponerninguna resistencia normativa siel sistema de las Naciones Uni-das sigue siendo tan deacutebil comoparece serlo hoy en diacutea

Amy OTCHET

OMAR AZZIMANEY LOS DERECHOS HUMANOS

ASBJOslashRN EIDEO EL DERECHO A LA PAZ

bull LA UNESCO OTORGAPREMIOS cientiacuteficos de alfabeti-zacioacuten de ensentildeanza de losderechos humanos y de la pazde la tolerancia de la comuni-cacioacuten del arte y la artesaniacutea

por la contribucioacuten excepcionala los ideales y objetivos de laOrganizacioacuten El uacuteltimo deellos el Premio Mundial de laLibertad de Prensa UNESCOGuillermo Cano (en homenaje a

un periodista colombianoasesinado hace 10 antildeos) fueconcedido por primera vez esteantildeo Dotado con 25000doacutelares se otorga cada 3 demayo Diacutea Mundial de la

Libertad de Prensa a unapersona organizacioacuten oinstitucioacuten que haya contribuidoa ella en cualquier lugar delmundo sobre todo si para elloha corrido riesgos

LOS RECURSOS DEL PLANETA NO SON ILIMITADOSLA UNESCO SEGUIRAacute BUSCANDO COacuteMO EXPLOTARLOS

DE MANERA DURABLE ECONOacuteMICAMENTE SANA YCULTURALMENTE BENEacuteFICA

(Foto copy Yann Arthus-BertrandldquoLa Terre vue du Cielrdquo)

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

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Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

12

H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

-20

-10

0

10

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90

100

110

12082

47 4153 58

-273

-17

09

-16

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5

27

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13

H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 3: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

T E X T O S E I M Aacute G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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LIBROS

Entre los tiacutetulos estelares de lasEdiciones UNESCO estaacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA EDUCACIOacuteN analiza lasgrandes tendencias El temacentral del proacuteximo informeque se publicaraacute antes deacabar el antildeo seraacute el profeso-rado y la ensentildeanza en unmundo en transformacioacuten

El INFORME MUNDIAL SOBRELA CIENCIA presenta la situacioacutende la ciencia y de la tecnologiacuteaasiacute como sus indicadores lainvestigacioacuten las fuentes definanciacioacuten Proacutexima edicioacutencomienzos de 1998

El INFORME MUNDIAL SOBRELAS CIENCIAS SOCIALES saldraacutepor primera vez en 1999 Seraacutedescriptivo (informacioacuten cuanti-tativa sobre los avances reali-zados y las perspectivas para elsiglo XXI) analiacutetico (estudio delos distintos aacutembitos de lasciencias sociales) y reflexivosobre su situacioacuten en el mundodel conocimiento y de la accioacuten

El primer INFORME MUNDIALSOBRE LA CULTURA estaacute previs-to para 1998 Estudiaraacute lastendencias en materia de culturay desarrollo asiacute como los temassobre la definicioacuten de laspoliacuteticas eacutetica y globalizacioacutencultural cultura urbana relacio-nes hombremujer y cultura

La segunda edicioacuten del INFOR-ME SOBRE LA COMUNICACIOacuteNEN EL MUNDO que se publicaraacutea fines de 1997 dibuja unpanorama de los avancestecnoloacutegicos y analiza lastransformaciones del paisaje delos medios de comunicacioacuten ylos viacutenculos entre informacioacutenderecho y poder

El INFORME MUNDIAL SOBRELA INFORMACIOacuteN editadorecientemente ofrece unasiacutentesis del estado de la cuestioacuten(ver Fuentes nordm 90)

programas de radio y de viacutedeosobre sus actividades TituladoAlcanzar la educacioacuten paratodos uno de los viacutedeos maacutesrecientes presenta en cincoidiomas (ingleacutes franceacutesespantildeol aacuterabe y ruso)iniciativas locales para facilitarel acceso de todos a la educa-cioacuten

CD-ROM

Bases de datos de la UNESCOreferencias de centros deinvestigacioacuten y de formacioacutenbases de datos sobre lasenergiacuteas renovables y lasciudades del patrimoniomundial se encuentran disponi-bles en CD-ROM En prepara-cioacuten el mapa geoloacutegico delmundo y un CD-ROM sobre elagua dirigido a los joacutevenes

INFORMACIOacuteNEN LIacuteNEA

Historia de la UNESCOinformacioacuten sobre sus activida-des y programas lista de lossitios del patrimonio mundial ylas reservas de la biosferacataacutelogo de sus documentostoda esta informacioacuten estaacute alalcance mediante Internethttp wwwunescoorg

El ANUARIO ESTADIacuteSTICO es unverdadero mundo en cifras dela educacioacuten las ciencias lacultura y la comunicacioacuten

ESTUDIOS EN EL EXTRANJERO1998-1999 Cerca de 3000posibilidades en 124 paiacutesespara cursar estudios superioresen el extranjero y obtener ayudaeconoacutemica Esta edicioacuten estaacutedisponible en CD-ROM

OBRASREPRESENTATIVAS

Esta coleccioacuten reuacutene cerca de1000 tiacutetulos procedentes demaacutes de 80 paiacuteses y escritosoriginalmente en un centenar delenguas Favorece el conoci-miento de la literatura mundialfomentando la traduccioacuten y lapublicacioacuten en lenguas de grandifusioacuten de obras redactadasen lenguas menos conocidas

REVISTAS

PERSPECTIVAS editada por laOficina Internacional deEducacioacuten presenta la expe-riencia de educadores e institu-ciones en cuanto a innovacionese investigaciones pedagoacutegicas

NATURALEZA Y RECURSOS tratasobre aspectos interdisci-plinarios del medio ambientefavorables a un desarrollosostenible

La REVISTA INTERNACIONAL DECIENCIAS SOCIALES constituye

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la libreriacutea y a traveacutesde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoriacutea de los paiacuteses Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembroInformaciones y pedidosdirectos por correo fax opor Internet EdicionesUNESCO 7 Place de Fon-tenoy 75352 Paris O7 SP(France) tel (+33) 1)45654300 Fax (+33) 1)4568 5741 Internethttpwwwunesco orgpu-blishing

Con el mandato que le asigna su Constitucioacuten de ayu-dar a la conservacioacuten al progreso y a la difusioacuten delsaber la UNESCO no es ni una editorial ni una em-presa periodiacutestica como las demaacutes Con maacutes de

10000 tiacutetulos publicados desde su creacioacuten 10 re-vistas y maacutes de 50 boletines utiliza ampliamente elsoporte escrito para toda su accioacuten y desde hacepoco multimedia

un foro de intercambiointerdisciplinario sobre grandesproblemas contemporaacuteneos

Pensada para sensibilizar alpuacuteblico en la proteccioacuten de lossitios culturales y naturales laREVISTA DEL PATRIMONIOMUNDIAL permite descubrirsitios tan diversos como lasiglesias de Lalibela (Etiopiacutea) elmundo maya y los ecosistemastropicales

MUSEUM INTERNATIONALpresenta las uacuteltimas tendenciasde la museologiacutea

El BOLETIacuteN DE LOS DERECHOSDE AUTOR trata sobre laproteccioacuten la legislacioacuten y losacuerdos relativos a las obrasliterarias artiacutesticas y cientiacuteficas

La mayor parte de esas revistastrimestrales se publica en ingleacutesfranceacutes y espantildeol y algunastambieacuten en ruso aacuterabe y chino

El CORREO DE LA UNESCO seedita en 30 idiomas En 1998veraacute la luz una nueva foacutermulade esta revista mensual Trataraacutesobre los grandes problemascontemporaacuteneos de los aacutembitosde competencia de la Organi-zacioacuten a traveacutes de datosencuestas reportajes y debates

RADIO Y VIacuteDEO

La UNESCO produce ocoproduce y distribuye

H E C H O S Y G E S T O S

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M i profesioacuten es la facultadEsta soacutelida sede le ha per-

mitido al militante marroquiacute delos derechos humanos OmarAzzimane resistir el viento encontra y las corrientes partidistasA sus 49 antildeos este catedraacutetico dederecho privado titular de la caacute-tedra UNESCO de derechos hu-manos de la Universidad de Rabatdesde 1996 tiene tras de siacute unalarga carrera de pensamiento libre

Cofundador de la AsociacioacutenMarroquiacute de Derechos Humanosen 1979 y en 1988 de la Organi-zacioacuten del mismo nombre de laque fue su primer presidente nodudoacute en dejarlas cuando juzgoacuteque su grado de independenciarespecto de los partidos era in-suficiente ni en saltar al ruedoal convertirse de 1993 a 1995 enministro de Derechos HumanosSopeseacute los pros y los contrasLos contras eran mi experienciaconociacutea las reticencias Pero lascosas cambian Mireacute hacia el fu-turo y dije que siacute No me arrepien-to Algunas de las iniciativas lan-zadas en aquella eacutepoca dan hoysus frutos Acudimos a la UNES-CO para conseguir una caacutetedraque nos ofreciera el acceso a unared y un pequentildeo apoyo econoacute-mico (15000 doacutelares anuales)

Respaldado por 20 juristassocioacutelogos historiadores filoacutesofos

y especialistas en educacioacutenAzzimane tiene un programa pe-sado Primero organizar a loscandidatos doctorados y recogerinformacioacuten especializada Des-pueacutes establecer las necesidadesde las distintas facultades Enmedicina por ejemplo nos gus-tariacutea antildeadir a las clases de deon-tologiacutea una educacioacuten sobre losproblemas de los derechos huma-nos como los relacionados conlas manipulaciones geneacuteticasPero la mayor parte del trabajose realizaraacute en la facultad de de-recho donde no existe una ense-ntildeanza especializada sobre estetema El equipo tambieacuten preveacuteuna formacioacuten permanente paralos no estudiantes abogadosmeacutedicos agentes de la autoridadmilitantespoliacuteticos y asociativosetc Cuando uno milita suscri-be una causa pero no conocenecesariamente las herramientaslegislativas que permiten traba-jar de manera profesional

Se iniciaraacute una enorme obrade investigacioacuten para establecerlos cimientos culturales y filosoacute-ficos de los derechos humanos enel mundo aacuterabe Algunas co-rrientes que tienen intereacutes endescalificarlos invocan su origenexterior Pero la historia demues-tra que si hemos acumulado cier-to retraso no se debe a nuestracultura sino a un bloqueo poliacuteti-co El segundo eje de investiga-cioacuten seraacute el Estado de derecho enMarruecos Nos gustariacutea deter-minar de manera rigurosa las re-ticencias a la aplicacioacuten de lasreformas aprobadas desde 1990Esta tarea seraacute posible gracias ala reciente desdramatizacioacuten delos derechos humanos que ahorapueden ser objeto de una reflexioacutencriacutetica maacutes serena y objetiva

Sophie BOUKHARI

Vengo de una ciudad noruega bombardeada por las

fuerzas de ocupacioacuten durante laSegunda Guerra Mundial Estaacute-bamos conmovidos no soacutelo porlo que nos sucediacutea sino tambieacutenpor lo que viviacutea el otro bandoen Dresde e Hiroshima

Desde nintildeo vivioacute el horrorAsbjoslashrn Eide anda en busca deuna forma racional de concebirlas relaciones humanas Su tra-bajo para varias comisiones de laONU le llevoacute a preocuparse porlos derechos humanos y la obje-cioacuten de conciencia por los pro-blemas de alimentacioacuten y las for-mas de esclavitud contemporaacute-neas Ha denunciado los abusoscometidos desde Israel hasta elCaacuteucaso con organizacionescomo Amnistiacutea Internacionalmanteniendo un pie en el mundouniversitario en su condicioacuten dedirector del Instituto Noruego deDerechos Humanos

Pero Eide regresoacute reciente-mente a su punto de partida conel proyecto de Declaracioacuten sobreel Derecho Humano a la Paz Re-dactado por un grupo de eminen-tes especialistas que eacutel preside eltexto proclama que todo ser hu-mano tiene derecho a la paz quees inherente a su dignidad de per-sona humana Pero para disfru-tarlo los individuos los Estados

y los grupos sociales tienen eldeber de contribuir a construir-la y a conservarla incluso opo-nieacutendose con todos los medioslegiacutetimos a los actos de agresioacuteny a las violaciones sistemaacuteticas delos derechos humanos

Despueacutes de la guerra friacuteanos enfrentamos bruscamente aunas comunidades que reclama-ban su autodeterminacioacuten lo quecondujo a la violencia afirmaEide explicando la razoacuten de serde la declaracioacuten que se presen-taraacute a la proacutexima conferencia ge-neral de la UNESCO El fin pue-de estar justificado pero no losmedios La forma en que algunosgrupos luchan por sus derechosen Sri Lanka y en Burundi porejemplo es realmente contrapro-ducente En el marco de misio-nes de mantenimiento de la pazla fuerza puede resultar necesa-ria admite no obstante Pero ladeclaracioacuten nos recuerda que de-bemos ir a parar y concentrar-nos en la causa inicial a saberla injusticia social

Consciente de los liacutemites decualquier declaracioacuten Eide estaacutemuy preocupado por la escasezeconoacutemica de la ONU Eacutel la ex-plica por el hecho de que el siste-ma ya no es tan uacutetil como en elpasado a algunos agentes muyinfluyentes de la escena interna-cional Pero afortunadamentehay muchos intereses divergen-tes Y pocos pueden darse el lujode abandonar la ONU porque laforma actual de globalizacioacuteninteresa a los agentes maacutes influ-yentes A pesar de todo Eidecree que no se le podraacute oponerninguna resistencia normativa siel sistema de las Naciones Uni-das sigue siendo tan deacutebil comoparece serlo hoy en diacutea

Amy OTCHET

OMAR AZZIMANEY LOS DERECHOS HUMANOS

ASBJOslashRN EIDEO EL DERECHO A LA PAZ

bull LA UNESCO OTORGAPREMIOS cientiacuteficos de alfabeti-zacioacuten de ensentildeanza de losderechos humanos y de la pazde la tolerancia de la comuni-cacioacuten del arte y la artesaniacutea

por la contribucioacuten excepcionala los ideales y objetivos de laOrganizacioacuten El uacuteltimo deellos el Premio Mundial de laLibertad de Prensa UNESCOGuillermo Cano (en homenaje a

un periodista colombianoasesinado hace 10 antildeos) fueconcedido por primera vez esteantildeo Dotado con 25000doacutelares se otorga cada 3 demayo Diacutea Mundial de la

Libertad de Prensa a unapersona organizacioacuten oinstitucioacuten que haya contribuidoa ella en cualquier lugar delmundo sobre todo si para elloha corrido riesgos

LOS RECURSOS DEL PLANETA NO SON ILIMITADOSLA UNESCO SEGUIRAacute BUSCANDO COacuteMO EXPLOTARLOS

DE MANERA DURABLE ECONOacuteMICAMENTE SANA YCULTURALMENTE BENEacuteFICA

(Foto copy Yann Arthus-BertrandldquoLa Terre vue du Cielrdquo)

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

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Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

-20

-10

0

10

80

90

100

110

12082

47 4153 58

-273

-17

09

-16

0 0 0

5

27

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13

H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 4: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

H E C H O S Y G E S T O S

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M i profesioacuten es la facultadEsta soacutelida sede le ha per-

mitido al militante marroquiacute delos derechos humanos OmarAzzimane resistir el viento encontra y las corrientes partidistasA sus 49 antildeos este catedraacutetico dederecho privado titular de la caacute-tedra UNESCO de derechos hu-manos de la Universidad de Rabatdesde 1996 tiene tras de siacute unalarga carrera de pensamiento libre

Cofundador de la AsociacioacutenMarroquiacute de Derechos Humanosen 1979 y en 1988 de la Organi-zacioacuten del mismo nombre de laque fue su primer presidente nodudoacute en dejarlas cuando juzgoacuteque su grado de independenciarespecto de los partidos era in-suficiente ni en saltar al ruedoal convertirse de 1993 a 1995 enministro de Derechos HumanosSopeseacute los pros y los contrasLos contras eran mi experienciaconociacutea las reticencias Pero lascosas cambian Mireacute hacia el fu-turo y dije que siacute No me arrepien-to Algunas de las iniciativas lan-zadas en aquella eacutepoca dan hoysus frutos Acudimos a la UNES-CO para conseguir una caacutetedraque nos ofreciera el acceso a unared y un pequentildeo apoyo econoacute-mico (15000 doacutelares anuales)

Respaldado por 20 juristassocioacutelogos historiadores filoacutesofos

y especialistas en educacioacutenAzzimane tiene un programa pe-sado Primero organizar a loscandidatos doctorados y recogerinformacioacuten especializada Des-pueacutes establecer las necesidadesde las distintas facultades Enmedicina por ejemplo nos gus-tariacutea antildeadir a las clases de deon-tologiacutea una educacioacuten sobre losproblemas de los derechos huma-nos como los relacionados conlas manipulaciones geneacuteticasPero la mayor parte del trabajose realizaraacute en la facultad de de-recho donde no existe una ense-ntildeanza especializada sobre estetema El equipo tambieacuten preveacuteuna formacioacuten permanente paralos no estudiantes abogadosmeacutedicos agentes de la autoridadmilitantespoliacuteticos y asociativosetc Cuando uno milita suscri-be una causa pero no conocenecesariamente las herramientaslegislativas que permiten traba-jar de manera profesional

Se iniciaraacute una enorme obrade investigacioacuten para establecerlos cimientos culturales y filosoacute-ficos de los derechos humanos enel mundo aacuterabe Algunas co-rrientes que tienen intereacutes endescalificarlos invocan su origenexterior Pero la historia demues-tra que si hemos acumulado cier-to retraso no se debe a nuestracultura sino a un bloqueo poliacuteti-co El segundo eje de investiga-cioacuten seraacute el Estado de derecho enMarruecos Nos gustariacutea deter-minar de manera rigurosa las re-ticencias a la aplicacioacuten de lasreformas aprobadas desde 1990Esta tarea seraacute posible gracias ala reciente desdramatizacioacuten delos derechos humanos que ahorapueden ser objeto de una reflexioacutencriacutetica maacutes serena y objetiva

Sophie BOUKHARI

Vengo de una ciudad noruega bombardeada por las

fuerzas de ocupacioacuten durante laSegunda Guerra Mundial Estaacute-bamos conmovidos no soacutelo porlo que nos sucediacutea sino tambieacutenpor lo que viviacutea el otro bandoen Dresde e Hiroshima

Desde nintildeo vivioacute el horrorAsbjoslashrn Eide anda en busca deuna forma racional de concebirlas relaciones humanas Su tra-bajo para varias comisiones de laONU le llevoacute a preocuparse porlos derechos humanos y la obje-cioacuten de conciencia por los pro-blemas de alimentacioacuten y las for-mas de esclavitud contemporaacute-neas Ha denunciado los abusoscometidos desde Israel hasta elCaacuteucaso con organizacionescomo Amnistiacutea Internacionalmanteniendo un pie en el mundouniversitario en su condicioacuten dedirector del Instituto Noruego deDerechos Humanos

Pero Eide regresoacute reciente-mente a su punto de partida conel proyecto de Declaracioacuten sobreel Derecho Humano a la Paz Re-dactado por un grupo de eminen-tes especialistas que eacutel preside eltexto proclama que todo ser hu-mano tiene derecho a la paz quees inherente a su dignidad de per-sona humana Pero para disfru-tarlo los individuos los Estados

y los grupos sociales tienen eldeber de contribuir a construir-la y a conservarla incluso opo-nieacutendose con todos los medioslegiacutetimos a los actos de agresioacuteny a las violaciones sistemaacuteticas delos derechos humanos

Despueacutes de la guerra friacuteanos enfrentamos bruscamente aunas comunidades que reclama-ban su autodeterminacioacuten lo quecondujo a la violencia afirmaEide explicando la razoacuten de serde la declaracioacuten que se presen-taraacute a la proacutexima conferencia ge-neral de la UNESCO El fin pue-de estar justificado pero no losmedios La forma en que algunosgrupos luchan por sus derechosen Sri Lanka y en Burundi porejemplo es realmente contrapro-ducente En el marco de misio-nes de mantenimiento de la pazla fuerza puede resultar necesa-ria admite no obstante Pero ladeclaracioacuten nos recuerda que de-bemos ir a parar y concentrar-nos en la causa inicial a saberla injusticia social

Consciente de los liacutemites decualquier declaracioacuten Eide estaacutemuy preocupado por la escasezeconoacutemica de la ONU Eacutel la ex-plica por el hecho de que el siste-ma ya no es tan uacutetil como en elpasado a algunos agentes muyinfluyentes de la escena interna-cional Pero afortunadamentehay muchos intereses divergen-tes Y pocos pueden darse el lujode abandonar la ONU porque laforma actual de globalizacioacuteninteresa a los agentes maacutes influ-yentes A pesar de todo Eidecree que no se le podraacute oponerninguna resistencia normativa siel sistema de las Naciones Uni-das sigue siendo tan deacutebil comoparece serlo hoy en diacutea

Amy OTCHET

OMAR AZZIMANEY LOS DERECHOS HUMANOS

ASBJOslashRN EIDEO EL DERECHO A LA PAZ

bull LA UNESCO OTORGAPREMIOS cientiacuteficos de alfabeti-zacioacuten de ensentildeanza de losderechos humanos y de la pazde la tolerancia de la comuni-cacioacuten del arte y la artesaniacutea

por la contribucioacuten excepcionala los ideales y objetivos de laOrganizacioacuten El uacuteltimo deellos el Premio Mundial de laLibertad de Prensa UNESCOGuillermo Cano (en homenaje a

un periodista colombianoasesinado hace 10 antildeos) fueconcedido por primera vez esteantildeo Dotado con 25000doacutelares se otorga cada 3 demayo Diacutea Mundial de la

Libertad de Prensa a unapersona organizacioacuten oinstitucioacuten que haya contribuidoa ella en cualquier lugar delmundo sobre todo si para elloha corrido riesgos

LOS RECURSOS DEL PLANETA NO SON ILIMITADOSLA UNESCO SEGUIRAacute BUSCANDO COacuteMO EXPLOTARLOS

DE MANERA DURABLE ECONOacuteMICAMENTE SANA YCULTURALMENTE BENEacuteFICA

(Foto copy Yann Arthus-BertrandldquoLa Terre vue du Cielrdquo)

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

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T E M A C E N T R A L

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

R L

Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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T E M A C E N T R A L

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

A O

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

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Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

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Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

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1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 5: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

LOS RECURSOS DEL PLANETA NO SON ILIMITADOSLA UNESCO SEGUIRAacute BUSCANDO COacuteMO EXPLOTARLOS

DE MANERA DURABLE ECONOacuteMICAMENTE SANA YCULTURALMENTE BENEacuteFICA

(Foto copy Yann Arthus-BertrandldquoLa Terre vue du Cielrdquo)

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

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Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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T E M A C E N T R A L

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

T E M A C E N T R A L

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

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1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

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1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 6: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

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7 En Marte a cientos de millones de ki-

loacutemetros del Planeta Azul Sojournerobedece sin titubeos a las oacuterdenes de susmaestros terrestres transmitieacutendoles sindemora los datos de que dispone Y haceverdaderos milagros Pero eacutestos ya ni si-quiera nos extrantildean

Al mismo tiempo hombres mujeresy nintildeos errabundos siguen a la deriva Esosrefugiados rwandeses son los escasos muyescasos supervivientes de las masacres ydel eacutexodo de hace casi un antildeo A la vista ya sabiendas de todos

Me parece que estos dos ejemplos de-muestran de forma incontrovertible el ver-gonzoso escaacutendalo de este fin de siglo lainicua asimetriacutea Por un lado los impre-sionantes medios de los que disponen laciencia y la tecnologiacutea y las ingentes can-tidades consagradas a desmesurados pro-yectos por el otro el abandono puro y sim-ple de gran parte de la humanidad a undestino que creiacuteamos extirpado de nuestraespecie para siempre el genocidio Por unlado las inmensas potencialidades dispo-nibles por el otro nuestro tiacutemido atrevi-miento con acciones a veces prodigiosaspero demasiado a menudo limitadas y acorto plazo donde el intereacutes general suenacomo un anacronismo

Tan enorme diferencia no puede con-tinuar La humanidad no puede habitar unasola y uacutenica Tierra que se reduce a las di-mensiones de la aldea planetaria y almismo tiempo dividirse en dos columnas

LA UNESCO EN 1998-1999REUNIRiquestCoacutemo reducir la distancia cada vez mayor que separa a los ricos de los pobres iquestCoacutemo compartirlos beneficios del extraordinario progreso cientiacutefico y tecnoloacutegico de este fin de siglo Ardua tareala de alcanzar ese punto de equilibrio justo y armonioso hacia el que seguacuten el director generalFederico Mayor deben converger todos nuestros esfuerzosEl presente tema central trata de la accioacuten que para conseguirlo la UNESCO se propone llevar a caboen el proacuteximo bienio asiacute como de sus prioridades una cultura de paz y un desarrollo para todos

que se alejan daacutendose la espalda Los unosacaparan cada vez maacutes poder saber bie-nes y riquezas los otros -los excluidos-se agotan en su lucha cotidiana por la exis-tencia y ven esfumarse toda esperanza depoder llegar a vivir alguacuten diacutea

Una gran conflagracioacuten parece ace-charnos Augurios signos francamentenegativos nos vienen de la multiplicacioacutende conflictos del incremento de la intole-rancia y de la exclusioacuten de la pobreza croacute-nica y de la amenaza de cataacutestrofes ecoloacute-gicas a no ser que anticipemos y por finveamos la inminencia y la amplitud de laexplosioacuten a no ser que todas las inteligen-cias se unan y juntas disequen las causase imaginen los remedios a no ser que entodas las mentes el nosotros y el yolleguen a hermanarse

NOSOTROS Y YOEs misioacuten primordial de la UNESCO par-ticipar en este nuevo iacutempetu que si llega-se a faltar truncariacutea su objetivo pues lameta de la instauracioacuten universal de la pazde los derechos humanos del progreso esdecir su razoacuten de ser se alejariacutea como unespejismo ya que todo avance en la buenadireccioacuten lo propician la educacioacuten paratodos y el acceso al saber que son su prin-cipal herramienta

Sin embargo la UNESCO no poseela solucioacuten maacutegica Pero considerando elprodigioso trabajo de la comunidad de cien-tiacuteficos docentes artistas y comunicadores

del mundo entero que convergen hacia ellala Organizacioacuten puede fijar prioridades asu accioacuten con la certeza de que eacutestas nosacercaraacuten a ese punto de equilibrio justoy armonioso que debemos alcanzar Paralos dos antildeos venideros quiero sentildealar lascuatro principales

En primer lugar para que abramosbien los ojos transmitir puntualmente a losresponsables de toma de decisiones a to-dos los niveles las sentildeales de alarma -he-chos y datos- que estas comunidades nosenviacutean asiacute como sus proyecciones y pro-noacutesticos La segunda prioridad proviene dela primera estos conocimientos son nece-sariamente fraacutegiles controvertibles in-completos Hay que profundizarlos y pro-pagarlos la UNESCO debe contribuir apotenciar y conjugar talentos a escala mun-dial Tambieacuten debe -tercera prioridad- pa-sar de las ideas a los actos aunque sea amodesta escala experimentar y demostrarla validez de sus soluciones para mostrarel camino Y las tres primeras prioridadesson indisociables de la uacuteltima ensentildearformar a lo largo de toda la vida para quecualquier persona de la maacutes humilde a lamaacutes erudita pueda comprender y actuarsiempre en el momento oportuno Para quela solidaridad moral e intelectual de lahumanidad no sea una simple foacutermula unpiadoso voto inscrito en la Constitucioacuten dela UNESCO sino la irrenunciable meta dela marcha hacia la paz

Federico MAYOR

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T E M A C E N T R A L

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

R L

Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

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Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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T E M A C E N T R A L

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 7: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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B ajo mano la batalla es imponentedada la importancia de sus implica-

ciones La aplicacioacuten de la convencioacuten so-bre los cambios climaacuteticos adoptada en laCumbre de Riacuteo en 1992 que pretende almenos estabilizar y en el mejor de los ca-sos reducir el volumen de la emisiones degases de efecto invernadero entra en unafase maacutes que agitada aprobar antes de fi-nalizar el antildeo unos objetivos en teacuterminoseconoacutemicos y por consiguiente alcanzarun reparto de esfuerzos por grupos de paiacute-ses o por paiacuteses

Los negociadores tienen en su poderdatos poco rebatibles referentes a los vo-luacutemenes actuales de las emisiones a suprobable evolucioacuten a los costes de los dis-tintos futuros posibles Pero iquesten queacute cri-terios -que ademaacutes esteacuten aceptados por to-dos- pueden basarse para contribuir a queese reparto sea justo iquestTenemos dere-cho a autorizar a Asia por ejemplo aincrementar sus emisiones para seguir ade-lante con su crecimiento y eliminar las zo-nas de extrema pobreza que todaviacutea con-tiene a pesar de que de mantenerse la mis-ma evolucioacuten pronto seraacute de lejos el ma-yor contaminador del planeta en ese as-pecto Por el contrario el principal argu-mento norteamericano (la voracidad ener-geacutetica forma parte de nuestro modo devida) iquestes inadmisible porque el ciudadanode ese paiacutes contamina en promedio mu-cho maacutes que cualquier otro iquestQueacute valortiene desde el punto de vista eacutetico la pro-puesta de comprar derechos para seguir

C i e n c i a y t e c n o l o g iacute a

CIENCIA SIN CONCIENCIAEl progreso de las ciencias y teacutecnicas genera nuevos riesgos que hay que conocer y valorardesde la eacutetica Una comisioacuten mundial se encargaraacute de ello

contaminando en el propio paiacutes pagandopor una reduccioacuten equivalente en los de-maacutes paiacuteses La responsabilidad de cadapaiacutes en esta materia iquestse evaluacutea simplemen-te a partir del volumen de sus emisioneso bien iquesthay que ponderarla con la superfi-cie el nuacutemero de habitantes el nivel ymodo de vida etc pero iquestcoacutemo

El planeta contiene al menos trescien-tas cuencas fluviales transfronterizas cuyaexplotacioacuten es tanto maacutes valiosa cuanto queel consumo de agua dulce crece exponen-cialmente Tampoco aquiacute faltan los datoscientiacuteficos Pero iquestcoacutemo se reparte de for-ma equitativa esa agua entre los paiacutesesriberentildeos iquestCoacutemo se evaluacutean sus necesi-dades legiacutetimas en funcioacuten por ejemplode su poblacioacuten de su necesidad de extraerese recurso teniendo en cuenta sus usos ylos valores acaso muy distintos que po-see en las diferentes culturas

Es un toacutepico afirmar que hemos entra-do en una era en que la capacidad de pro-ducir tratar y utilizar la informacioacuten es laprincipal ventaja Pero esto plantea algu-nos interrogantes El desigual reparto deesta capacidad dentro de los paiacuteses iquestnoamenaza su cohesioacuten social y el ejerciciode la ciudadaniacutea Esta misma desigualdadentre paiacuteses iquestno puede aumentar el abis-mo entre el Norte y el Sur iquestNo es posibleacabar con eacutel explotando mejor o de otramanera el potencial cientiacutefico y tecnoloacutegi-co en este campo

Es claro que si desde hace varios antildeosel salto adelante de la geneacutetica ha obligado a

buscar una eacutetica que ha conducido en va-rios paiacuteses a la creacioacuten de comiteacutes debioeacutetica y en la UNESCO a la del ComiteacuteInternacional de Bioeacutetica ya es hora de irmaacutes allaacute Es necesario ofrecer a los respon-sables y a la opinioacuten puacuteblica en todo elmundo propuestas que tengan una basecientiacutefica y que al mismo tiempo garanti-cen que el avance de los conocimientos yde las teacutecnicas se utilicen de forma querefuercen los derechos y libertades funda-mentales de todos los seres humanos

BENEF I C IOSOS Y NOC IVOSLa futura Comisioacuten Mundial de Eacutetica delos Conocimientos Cientiacuteficos y las Tecno-logiacuteas cuya creacioacuten deberiacutea aprobar laproacutexima Conferencia General deberaacute em-pezar analizando los efectos presentes yfuturos beneficiosos y nocivos de esosavances no uacutenicamente en el campo de laeconomiacutea sino tambieacuten en la vida de laspersonas a todos los niveles sentildeala unode los animadores de esos trabajos prepa-ratorios el matemaacutetico noruego Juns ErikFenstad Esa comisioacuten estudiaraacute en primerlugar tres sectores donde los riesgos de ten-siones parecen especialmente graves laenergiacutea la gestioacuten de los recursos de aguadulce y la sociedad de la informacioacutenmientras que las cuestiones de bioeacutetica se-guiraacuten siendo competencia del comiteacute in-ternacional de la UNESCO creado a esosefectos La comisioacuten no seguiraacute un enfo-que de arriba abajo consistente en ela-borar una especie de corpus de reglas eacuteti-cas universales de las que se desprenda larespuesta a cualquier problema derivadodel progreso cientiacutefico y teacutecnico porqueel pluralismo cultural y religioso es insu-perable Al contrario partiraacute de situacio-nes concretas modulables seguacuten los luga-res en torno a las cuales pueda forjarse unconsenso eacutetico Para lograrlo no soacutelo es-tableceraacute puentes entre las comunidadescientiacuteficas de todo el mundo ayudando asiacutea difundir de forma maacutes equilibrada los co-nocimientos sino tambieacuten entre ellas y losdemaacutes agentes sociales En definitiva asiacutepodraacute dar luz a los debates que permitanque dirigentes y sociedades tomen deci-siones tan exactas como justas la de-mocracia sigue teniendo ese precio

R L

Las cuestiones eacuteticas impregnan cada vez maacutes los grandes programas cientiacuteficos de la UNESCO Enefecto los cuatro grandes programas cientiacuteficos que impulsa la UNESCO desde hace antildeos (Programasobre el Hombre y la Biosfera -MAB- Programa Hidroloacutegico Internacional -PHI- ComisioacutenOceanograacutefica Intergubernamental -COI- y Programa Internacional de Correlacioacuten Geoloacutegica -PICG)se ateniacutean tradicionalmente a las ciencias duras Pero cada vez se abren maacutes a las ciencias huma-nas porque su objetivo prioritario es ahora el de proponer unas soluciones concretas y duraderas alas dificultades cotidianas de la poblacioacuten Por eso mismo no es una casualidad que todos ellosformen parte de una actividad denominada la ciencia al servicio del desarrollo Lo mismo sucedecon los maacutes recientes el proyecto relativo al medio ambiente y al desarrollo de las regiones costerasy las islas pequentildeas y por supuesto el programa Gestioacuten de las Transformaciones Sociales (MOST)Su presupuesto total procedente del presupuesto ordinario y de los recursos extrapresupuestariosronda los 60 millones de doacutelares

LA CIENCIA AL SERVICIO DEL DESARROLLO

T E M A C E N T R A L

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etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

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DUC I

DOS

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

-20

-10

0

10

80

90

100

110

12082

47 4153 58

-273

-17

09

-16

0 0 0

5

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 8: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

T E M A C E N T R A L

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

etc La posicioacuten de la UNESCO es que sinperturbar el mercado el acceso a la infor-macioacuten bruta debe quedar exento de dere-chos Hay que construir en el ciberespaciouna especie de equivalente de la bibliote-ca puacuteblica Hace 200 antildeos Thomas Jeffer-son expresoacute esta idea fundamento de la pri-mera enmienda de la constitucioacuten norte-americana la libertad de expresioacuten soacutelopuede ejercerse realmente si existe libertadde acceso a la informacioacuten

Para reducir la desigualdad en elciberespacio la UNESCO llama tambieacuten

la atencioacuten sobre la educacioacuten Vemosemerger una nueva civilizacioacuten de lo vir-tual una nueva forma de pensamiento ca-racterizada por una mayor abstraccioacuten unaespecie de matematizacioacuten de la miradaLo que dirige el mundo son unos modelosy unos instrumentos matemaacuteticos perocuyos efectos son muy concretos Porejemplo las operaciones de los especula-dores que controlan los instrumentos finan-cieros llamados de segunda generacioacutendan lugar a unas decisiones arbitrarias dedespidos A la fractura Norte-Sur entre losinforricos y los infopobres en el sentido dela educacioacuten baacutesica viene pues a sumarseotra entre los infoelegidos de lo virtualy los infoexcluidos que sufren sus con-secuencias socialmente explosivasBill Clinton anuncioacute su voluntad de conver-tir Internet en una zona de libre intercam-bio iquestCuaacuteles seraacuten sus consecuencias

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iquest E S P A C I O D E L I B E R T A D O D E A L I E N A C I Oacute N ( F o t o copy P I X C S i m o n s )

iquestCuaacuteles son las implicaciones eacuteticas delciberespacioPhilippe Queacuteau El teacutermino eacutetica debetomarse en sentido amplio pues abarca losaspectos juriacutedicos poliacuteticos sociales y fi-losoacuteficos de la informacioacuten Muy a menu-do nos hemos limitado a los problemas -por supuesto muy graves- relacionados conla libertad de expresioacuten como la difusioacutende ideas racistas o de imaacutegenes pornograacute-ficas Pero hay otros aspectos la libertadde acceso a la informacioacuten y a la forma-cioacuten y el respeto a la vida privada y a laintegridad de los datos personales

El discurso dominante es que hayque privatizar para acelerar la reduc-cioacuten de las tarifas y por lo tanto elacceso de los pobres a las redes Peroalgunos paiacuteses del Sur ya han expre-sado sus dudas La UNESCO con elapoyo de sus Estados miembros pue-de contribuir a la elaboracioacuten de otrapoliacutetica en este caso puacuteblica Se pue-de prever cierta dosis de desregu-lacioacuten que no prive al Estado de sufuncioacuten a saber la de permitir unamayor justicia en el acceso de los ciu-dadanos a la informacioacuten de la que eacuteles responsable El Estado debe garan-tizar el fomento del dominio puacuteblicode la informacioacuten que tiene tres com-ponentes las obras que caen dentrodel dominio puacuteblico la informacioacutengubernamental como en Estados Unidosdonde toda informacioacuten producida por elGobierno estaacute exenta de derechos y elcopyleft es decir informacioacuten cuyocopyright pertenece a investigadores queno aspiran a una retribucioacuten a cambio sinoa un reconocimiento La paradoja estaacute enque el autor o su universidad debe pagarpor publicar su trabajo en revistas especia-lizadas Ahora bien se pueden establecermecanismos de difusioacuten por ejemplo a tra-veacutes de Internet sin pasar por las editoria-les La UNESCO propone reflexionar so-bre un derecho positivo del copyleft

Pero esto es reducir el campo de maniobradel mercado especialmente de la edicioacutenP Q La labor de las editoriales puede serel fomentar el dominio puacuteblico por ejem-plo los autores claacutesicos pero con un valorantildeadido una criacutetica una edicioacuten especial

P Q Un liberalismo acelerado puede pro-ducir efectos nocivos sobre las garantiacuteasfundamentales Gracias a unos ordenado-res situados en suelo norteamericano losbancos y las compantildeiacuteas internacionales decreacutedito practican ya el data mining esdecir la explotacioacuten en el sentido minerodel teacutermino de los datos personales Estasauteacutenticas minas de oro constituyen la pun-ta de lanza de la economiacutea virtual permi-tiendo establecer perfiles precisos de losconsumidores A partir de ahiacute se puedeapartar a los indeseables poco solven-

tes El simple liberalismo conducepues a un incremento de las desigual-dades atacando la esencia misma dela identidad humana Por esta razoacutenla Comunidad Europea decidioacute limi-tar los flujos transfronterizos de datospersonales Pero los norteamericanosopinan que se trata de barreras noarancelarias a la libertad de comercioLa declaracioacuten de Clinton que es unataque directo contra la directiva eu-ropea es un obstaacuteculo a cualquier vo-luntad de moralizar el ciberes-paciomercantil y de garantizar la proteccioacutendel consumidor Para alimentar el de-bate la UNESCO abre un foro per-manente sobre los aspectos eacuteticos y ju-riacutedicos del ciberespacio que incluyeuna lista de discusioacuten virtual dondeinvitamos a todas las personas intere-

sadas a elaborar propuestas (httpwwwde3embnetinfoethics) Estas dis-cusiones culminaraacuten en la conferenciaInfoeacutetica II (v Fuentes nordm 89) que se pre-veacute celebrar en Montecarlo a fines de 1998

Puesto que Estados Unidos domina el sec-tor de las nuevas tecnologiacuteas y que elciberespacio es un mundo sin fronteras iquestlabatalla no estaacute ya perdida de entradaP Q Decir que el ciberespacio es un meta-mundo es una figura retoacuterica que permitecomprender que un Estado solo es impo-tente En cambio -y es donde la UNESCOpuede influir- se puede hacer mucho si seconsigue un consenso mundial Los norte-americanos quieren globalizar el laissez-faire En frente se estaacute dibujando en laUNESCO una voluntad de globalizar al-guna forma de regulacioacuten

Recogido por S B

Para Philippe Queacuteau director de la informacioacuten y de la informaacutetica construir una eacutetica del ciberespaciodebe pasar por el fomento del dominio puacuteblico de la informacioacuten y la proteccioacuten de la vida privada

CIBEREacuteTICA Y LIBERALISMO

I n f o r m a c i oacute n

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

T E M A C E N T R A L

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

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100

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47 4153 58

-273

-17

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

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1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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17

U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 9: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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E X T R A C T O D E L L O T E P E D A G Oacute G I C OD I S E Ntilde A D O P O R Y P A R A L O S N I Ntilde O S

V I V I R J U N T O S

S in pausas pero sin prisas la idea de unacultura de la paz va avanzando Se ha

introducido en el lenguaje de los poliacuteticosla Asamblea General de las Naciones Uni-das la ha reconocido oficialmente y losmilitares discuten sobre ella las mujeresla impulsan y se ensentildea a los nintildeos Esteconcepto idealista y difiacutecil de acotar queaparecioacute en un congreso internacional ce-lebrado en Yamusukro (Cocircte dIvoire) en1989 se tradujo impulsado por la UNES-CO en iniciativas concretas en todos susaacutembitos de actividad educacioacuten baacutesicaproteccioacuten del patrimonio y del medioambiente lucha por la libertad de prensaY sigue evolucionando y afinaacutendose

Hasta el momento la UNESCO habiacuteacentrado sus esfuerzos sobre todo en laconsolidacioacuten de la paz una vez que sehabiacutean callado los cantildeones En efecto lasactividades posteriores a un conflicto semantendraacuten En Bosnia y en Yugoslaviapor ejemplo la UNESCO ha suministradomaterial indispensable para la radio la te-levisioacuten y la prensa escrita La proacuteximaetapa consistiraacute en preocuparse por los ti-pos de programas y de artiacuteculos que se pro-ducen y por coacutemo pueden los medios decomunicacioacuten de esos paiacuteses contribuir auna paz duradera No obstante a lo largodel proacuteximo bienio se haraacute mayor hinca-pieacute en la prevencioacuten que en la reconcilia-cioacuten Las actividades se llevaraacuten a cabo auna escala mucho mayor en lugar de limi-tarse a las zonas de conflicto La educa-cioacuten y la comunicacioacuten seraacuten los principa-les instrumentos de este programa de 185millones de doacutelares (maacutes unos 12 millo-nes procedentes de fondos extrapresupues-tarios)

LOS COLABORADORESSuscitar una cultura de paz significa cam-biar los sistemas de valores las actitudeslos comportamientos Y la educacioacuten es lamejor manera de lograrlo explica LeslieAtherley director del Programa por unacultura de paz Esa educacioacuten debe adqui-rir seguacuten eacutel muacuteltiples formas y recurrir alos interlocutores maacutes diversos

Esos colaboradores pueden ser los par-lamentarios los alcaldes los defensores delpueblo -ombudsmen- (la Organizacioacuten haayudado a crear una red de esos defensores

C u l t u r a d e p a z

UNA IDEA QUE SE ABRE ESPACIOHacer crecer en todas partes el deseo de vivir juntos para prevenir los conflictos privilegiandola educacioacuten y la comunicacioacuten para lograrlo

de los derechos humanos en Ameacuterica Lati-na y en el Caribe) los medios de comuni-cacioacuten puacuteblicos los dirigentes religiososo las fuerzas armadas todos los cuales ejer-cen una influencia sobre su comunidad ypueden fomentar la reflexioacuten y el diaacutelogosobre los componentes esenciales de unacultura de paz la tolerancia los derechoshumanos la democracia y la comprensioacuteninternacional

Las mujeres tambieacuten intervendraacuten Se-guacuten Ingeborg Breines directora del pro-grama Mujeres y cultura de paz ellas sue-len verse implicadas en guerras sin que seles haya pedido su opinioacuten Nosotros que-remos que eso cambie y trabajamos en tresdirecciones apoyando iniciativas de mu-jeres especialmente en Aacutefrica (formandoa mujeres lsquoartesanas de pazrsquo o fomentandoinvestigaciones sobre las praacutecticas tradi-cionales de resolucioacuten de conflictos y demediacioacuten a traveacutes de las mujeres) traba-jando con aqueacutellas que ocupan puestos deresponsabilidad en especial las parlamen-tarias para facilitar la participacioacuten delas mujeres en el proceso democraacutetico yestimulando el debate sobre los factoresrelacionados con el sexo que obstaculizano favorecen una cultura de paz en aacutembi-tos como la socializacioacuten de los mucha-chos o la concepcioacuten de lo que es la mas-culinidad

Tampoco se ha olvidado a la escuelaEn el marco del Sistema de Escuelas Aso-ciadas (ver p 2) la UNESCO ha prepara-do un lote pedagoacutegico cuyos elementos -elaborados por los alumnos y profesoresparticipantes en los siete festivales regio-nales por una cultura de paz celebrados en1995- estaacuten disentildeados para transmitir loscomponentes esenciales citados anterior-mente Se probaraacute en ingleacutes En funcioacutende los resultados buscaremos colaborado-res para fabricarlo en otros idiomas ex-plica Elizabeth Khawajkie coordinadoradel Sistema

Este programa no soacutelo utiliza nuevosagentes tambieacuten ampliacutea el espectro conestudios sobre las poliacuteticas educativas y losprogramas escolares y universitarios so-bre todo en materia de derechos humanosasiacute como sobre las legislaciones naciona-les vigentes Se ofreceraacute a los Estados miem-bros servicios consultivos sobre este aacutembito

R E V I S I Oacute N Y C O R R E C C I Oacute NEn Ameacuterica Latina los manuales escola-res de historia se estaacuten revisando por ini-ciativa de la UNESCO con el fin de su-brayar los intercambios entre los pueblosy sus puntos en comuacuten en lugar de glorifi-car guerreros y batallas Se estaacute creandouna red regional de centros de ensentildeanzasuperior para elaborar o redefinir los es-tudios sobre prevencioacuten de conflictos yconstruccioacuten de la paz Eacutesta es una de lasnumerosas repercusiones positivas de lascaacutetedras UNESCO sobre la paz los dere-chos humanos y la democracia estableci-das en universidades de maacutes de 25 paiacuteses

En Aacutefrica se haraacute hincapieacute en los me-dios de comunicacioacuten a traveacutes de un pro-grama dotado con ocho millones de doacutela-res que se aplicaraacute en 12 paiacuteses Incluiraacutetalleres sobre la tolerancia los derechoshumanos y la paz destinados a periodis-tas la preparacioacuten y difusioacuten de progra-mas sobre estas cuestiones y el suministrode equipamiento

Nuestro enfoque es global explicaLeslie Atherley Intentamos suscitar unaespecie de movimiento social que agrupea todo el mundo en todas partes y cuyomensaje fundamental sea que debemosaprender a vivir juntos

Sue WILLIAMS

T E M A C E N T R A L

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

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H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

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H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

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1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

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1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 10: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

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L A A L F A B E T I Z A C I Oacute N D E B E P E R M I T I RI N T E G R A R S E A S U M E D I O

P O R E J E M P L O A P R E N D I E N D O A L F A R E R Iacute A

No hay quien lo entienda Mientras quehasta el Banco Mundial loa las virtu-

des socioeconoacutemicas de la educacioacuten baacute-sica sus beneficios no despiertan muchoentusiasmo donde deberiacutean hacerlo maacuteses decir en las zonas rurales de Aacutefrica iquestPorqueacute Porque los magos del desarrollo ol-vidaron una regla de oro la demanda pre-cede a la oferta

En lugar de ensentildearles cosas praacutecti-cas a los nintildeos los programas se basanerroacuteneamente en la idea de que los nintildeosvan a seguir con sus estudios Entoncescuando hay que comprar los uniformes es-colares o arreglaacuterselas en casa o en el cam-po sin los nintildeos los padres miden el costede la educacioacuten mientras que sus benefi-cios distan de ser evidentes explica AiumlchaBah Diallo directora de la Divisioacuten deEnsentildeanza Baacutesica de la UNESCO Inclu-so cuando los nintildeos van a la escuela sue-len abandonar la actividad manual de suspadres para buscar trabajo en la ciudad

En resumen la necesidad de educacioacutenno basta El producto debe responder ala demanda local Con un presupuesto de13 millones de doacutelares y unos recursosextrapresupuestarios de 405 millones losprogramas de educacioacuten baacutesica de laUNESCO van a cambiar de orientacioacuten enel proacuteximo bienio a partir de entonces lascomunidades locales decidiraacuten

TA R E A I N G R ATALa instruccioacuten de las mujeres ilustra bienla cuestioacuten Hasta ahora los proyectos ten-diacutean a dividir la comunidad Los expertosse esforzaban por demostrar a las mujeresque necesitaban cursos de alfabetizacioacuten yde formacioacuten praacutectica Pero les dejaban laingrata tarea de convencer a sus maridosquienes soliacutean sentirse amenazados por laidea de que ellas iban a aprender algo nue-vo Primero las mujeres deben sentirseapoyadas opina Aiumlcha Bah Diallo Tam-bieacuten necesitan un pozo y un bosque comu-nales para dejar de pasarse el diacutea aca-rreando agua y lentildea De lo contrario iquestcoacute-mo tendriacutean tiempo y ganas de estudiar

Esta visioacuten abre unas posibilidades ili-mitadas pero que tienen un mismo puntode partida el saber la lengua y la culturaautoacutectonos Por ejemplo un nuevo lote dealfabetizacioacuten disentildeado en Centroameacuterica

E d u c a c i oacute n b aacute s i c a

LA OFERTA DEBE RESPONDER A LA DEMANDALa alfabetizacioacuten estaacute condenada al fracaso si no se concibe como respuesta a la demandaa la cultura y a las necesidades especiacuteficas de las poblaciones

contiene muy pocas palabras escritas Ensu lugar hay libros de imaacutegenes y cintasque ensentildean alfareriacutea y ebanisteriacutea La al-fabetizacioacuten va maacutes allaacute de la aptitud paramanejar sistemas de siacutembolos explica JanVisser director de la unidad de coordina-cioacuten Aprender sin fronteras Tambieacutendebe permitir una unioacuten con el propio en-torno Nosotros teniacuteamos la costumbre depensar que la capacidad de leer y de es-cribir era una condicioacuten previa del apren-dizaje En realidad puede ser su conse-cuencia

La muestra sin duda maacutes evidente delos cambios que se han producido en laUNESCO estaacute en una nueva serie de pro-yectos para la juventud marginada de paiacute-ses tan diversos como Haitiacute Eritrea Indiay Georgia La situacioacuten es explosiva afir-ma Dieter Berstecher director del Progra-ma Mundial de Accioacuten por la Educacioacutenpara Todos Ya no podemos darnos el lujode presentar el sistema de ensentildeanza tra-dicional como una respuesta adecuada alas necesidades educativas de millones dejoacutevenes urbanos desempleados o margina-dos

Hace dos antildeos un grupo de joacutevenes seformoacute en Aeroporto una chabola de Mapu-to capital de Mozambique Crearon unaasociacioacuten para organizar actividades cul-turales y educativas para los muchachos

de la comunidad pero no teniacutean ni el di-nero ni los conocimientos necesarios paraactuar explica Svein Osttveit especialistadel programa encargado de proyectos paralos joacutevenes Entonces se dirigieron a laUNESCO Pero en lugar de dejar que unasesor extranjero procediera a estimar lasnecesidades aprenderaacuten a hacer su evalua-cioacuten a montar sus servicios y a encontrarfondos De lo contrario iquestcoacutemo quiere queun proyecto continuacutee a largo plazo in-quiere Osttveit

PUNTO DEacuteB I LTambieacuten hay un cambio de rumbo en Fili-pinas donde una ONG muy experimenta-da ERDA ha querido innovar con los ni-ntildeos de la calle Estaacute claro que esos joacuteve-nes no estaacuten dispuestos a sentarse en unaaula recuerda Osttveit Necesitan una ayu-da global flexible de trabajadores socia-les y de actividades de grupo Cada casoes distinto El proyecto preveacute ofrecer maacutesadelante cursos de formacioacuten praacutectica deseis meses por ejemplo de reparacioacuten deautomoacuteviles o de tratamiento de alimen-tos Entonces chocamos con el punto deacute-bil de esos programas la vida despueacutes dela formacioacuten recuerda Por eso intentamosestablecer previamente unos contratos conlas empresas locales Eacutesta es una formade ayudar a esos joacutevenes a reinsertarse ensu comunidad

Este enfoque de abajo arriba podriacuteaadquirir muy pronto una dimensioacuten mun-dial en el marco de la movilizacioacuten de lacomunidad internacional en favor de laeducacioacuten para todos Seguacuten Berstecheres necesario superar los debates entre go-biernos Tenemos que convertir al hombrede la calle en un colaborador activo

Eacutel piensa concretamente en los proyec-tos de internacionalizacioacuten de la campa-ntildea Nintildeos en Peligro lanzada en 1992 enAlemania por Ute-Henriette Ohoven Estaembajadora especial de la UNESCO recau-doacute cerca de 10 millones de doacutelares para pro-yectos de ayuda a los nintildeos en situacioacutendifiacutecil La recogida de fondos es por su-puesto primordial antildeade Berstecher Perolo que realmente cuenta es sensibilizar ala mayor gente posible sobre la suerte deesos nintildeos

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RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

12

H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

-20

-10

0

10

80

90

100

110

12082

47 4153 58

-273

-17

09

-16

0 0 0

5

27

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13

H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

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T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

22

L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

23

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 11: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

RECURSOS Y PERSONAL PARA 1998-99

PRESUPUESTO ORDINARIO 77 PARA LOS PROYECTOS

12

H E C H O S E N C I F R A S

El graacutefico de al lado presenta la distribu-cioacuten del presupuesto ordinario previstopara los antildeos 1998-1999 es decir el que sealimenta con las contribuciones de los paiacute-ses miembros de la Organizacioacuten

Las actividades de la UNESCO recibi-raacuten el 77 y el 23 restante financiaraacute lapoliacutetica general y la direccioacuten (serviciosde la Direccioacuten General la Conferencia Ge-neral y el Consejo Ejecutivo) mantenimien-to y seguridad administracioacuten general etc

El 13 de la parte correspondiente alas actividades -el programa propiamen-te dicho- se destinaraacute al apoyo de su ejecu-cioacuten relaciones con los Estados miembrosy organizaciones de todo tipo etc El 64restante se repartiraacute en varios sectores y sedaraacute en prioridad a la educacioacuten seguidaen orden decreciente de las ciencias exac-tas de las ciencias naturales de la culturade la comunicacioacuten y la informacioacuten y delas ciencias humanas y sociales Cabe des-tacar la importancia que ha adquirido laactividad cultura de paz (34)

Dos tipos de datos se presentan en el graacutefi-co de al lado todos ellos calculados en unvalor constante del dolar (basado en el de1971-72) para eliminar los efectos de lainflacioacuten En negro se observa el porcen-taje del crecimiento -o la disminucioacuten- delpresupuesto ordinario de la UNESCO encada ciclo presupuestario (dos antildeos en ge-neral) con relacioacuten al anterior En rojo sepresenta la curva de evolucioacuten real de esepresupuesto

Sobre esta base el presupuesto de refe-rencia comienza en 91 millones de doacutelaresasciende a 119 millones en 1984-85 y caebruscamente despueacutes del retiro de los Esta-dos Unidos el Reino Unido y Singapur Apesar de que este importe sigue siendo deba-tido para 1998-99 una disminucioacuten real del16 es una hipoacutetesis probable En esecaso con 845 millones de doacutelares (valor de1971-72) el presupuesto de la Organizacioacutenseguiriacutea siendo menor que 25 antildeos antes

PRESUPUESTO ORDINARIO EN DISMINUCIOacuteN

D I S TR I BUC IOacuteN DE L P R ESUPUES TO ORD INAR IO P ARA 1998 -1999 ( PROPUES TAS )

EVO LUC IOacuteN R EA L D E L P R ESUPUES TO ORD INAR IO D ESDE 1971 ( PROPUES TAS )

De acuerdo con el estado actual de las discusiones la proacutexima Conferencia General deberiacutea decidir unareduccioacuten de los recursos - en dinero y en personal - de la Organizacioacuten Pero queda todaviacutea una incoacutegnita

Servicios deinformacioacuteny difusioacuten 44

Educacioacuten paraun futuro sostenible09

Ciencias sociales y humanas 45

Poliacutetica generaly Direccioacuten 71

Mantenimiento y seguridad 62 Diversos 03 Apoyo al programa 102

Educacioacuten199

Ciencias exactasy naturales 119

Cultura 8

Comunicacioacuteninformacioacuten

e informaacutetica 57

Actividadestransversales 83

(incluido el Programade participacioacuten

46)

Gastos deCapital 03

Administracioacuten 89

Cultura de paz 34

1998-99

7172 7374 7576 7778 7980 8183 8485 8687 8889 9091 9293 9495 9697 9899

Millones de $

-30

-20

-10

0

10

80

90

100

110

12082

47 4153 58

-273

-17

09

-16

0 0 0

5

27

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

13

H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

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T E M A C E N T R A L

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T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

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M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

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r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

23

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 12: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

13

H E C H O S E N C I F R A S

DISMINUCIOacuteN SEGURA A NO SER QUE

RECURSOS EXTRAPRESUPUESTARIOS EN DESCENSO

PERSONAL CONTINUacuteAN LAS REDUCCIONES

Fuente Oficina del Presupuesto de la UNESCOLos datos para 1998-99 se basan en las propuestaspresentadas en abril de1997 El Director generallos adapta progresivamente teniendo en cuentalos debates del Consejo ejecutivo y de la Conferen-cia general que decide sobre las cifras definitivas

Infografiacutea A Darmon

LOS R ECURSOS EX TRAPRESUPUES TAR IOS D E 1971 A 1999 ( PREV I S IONES )

EVO LUC IOacuteN DE L NUacuteMERO DE PUES TOS DE P L ANT I L L A F I NANC I ADOS POR E L P R ESUPUES TOORD INAR IO Y P ESO DE LOS GAS TOS DE P ER SONA L ( PROPUES TAS )

Ademaacutes del presupuesto ordinario laUNESCO dispone de recursos extrapresu-puestarios donados ante todo por los prin-cipales colaboradores de las Naciones Uni-das y por los Estados Miembros (en generalson los paiacuteses industrializados los que apo-yan proyectos en el Tercer Mundo) Estosfondos alimentan el volumen de las cuentasespeciales gestionadas por un comiteacute inter-gubernamental y que sirven para financiaractividades permanentes de los fondosfiduciarios que financian acciones deter-minadas y de los fondos de autobenefi-cio a traveacutes de los cuales un Estado pagapor un proyecto que le atantildee Los Estadosprestan a la UNESCO expertos asocia-dos y retribuyen su trabajo

Este graacutefico presenta en rojo la evolu-cioacuten en doacutelares constantes de los recur-sos extrapresupuestarios desde 1971-1972y su distribucioacuten (previsiones) para 1998-99 Pero estos disminuyen como conse-cuencia inevitable de la disminucioacuten gene-ral de la ayuda puacuteblica al desarrollo

La curva de la evolucioacuten del nuacutemero depuestos de plantilla financiados por el pre-supuesto ordinario desde 1971-72 (enrojo) coincide grosso modo con la curva dela evolucioacuten del presupuesto real de la Or-ganizacioacuten Estos deberiacutean seguir dismi-nuyendo 2145 puestos propuestos para1998-99 en vez de 2153 para 1996-97

Este graacutefico ilustra ademaacutes el porcen-taje de los gastos de personal en relacioacutencon el presupuesto total previsto (la sumadel presupuesto ordinario y de los recur-sos extrapresupuestarios) Este porcen-taje representa un poco maacutes de un terciodel presupuesto

por descifrar la contribucioacuten econoacutemica del Reino Unido recien reintegrado a la UNESCO iquestse antildeadiraacutea estos recursos o serviraacute para aligerar las obligaciones de los Estados miembros

1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 199940

60

80

100

120

1401998-99

Cuentas especiales 20 Fondos de autobeneficio 6

Fondos fiduciarios36

Banco Mundial 3Otras fuentes NU 5

FNUAP 6

PNUD 16Millones de $

Expertos Asociados 4

Bancos regionales 4

1972

2000

2200

2400

2600

2800

3000

1974 1976 1978 1980 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999

1998-99

Nuacutemero de puestos aprobados

Otros gastos611

Gastosde personal

389

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

23

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 13: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

14

T E S O R OH U M A N OV I V O D E LJ A P O N( F o t o copyF r a n c i sG i a c o b e t t i P L A N E T )

Hacemos hincapieacute en las culturas vi-vas porque se necesita una gran fuer-

za creativa para reconstruir las socieda-des en esta nueva era planetaria Seguacutenla antropoacuteloga Lourdes Arizpe subdirec-tora general de la cultura es necesario ser-virse de la cultura tradicional para crear ladel futuro reconocer el saber de los ante-pasados y ensentildearlo a los joacutevenes preser-var el patrimonio pero insuflarle tambieacutenuna nueva vida conservando y renovandolas relaciones que mantienen los puebloscon los sitios y paisajes que les dan un sen-timiento de identidad y de pertenencia

Apoyaacutendose en estos dos pilares queson la conservacioacuten y la creatividad elobjetivo principal del Sector de la Culturaconsiste en promover el respeto de la di-versidad cultural gracias al diaacutelogointercultural en el marco de una eacutetica yunos valores universales Para LourdesArizpe la globalizacioacuten soacutelo beneficiaraacute auna eacutelite internacional a no ser que se de-muestre un mayor espiacuteritu creativo en ma-teria de gobernabilidad que se renueve elviacutenculo social y se redefinan las modali-dades de coexistencia de las culturas

MUacuteLT IP L ES ID ENT IDADESLos modelos de desarrollo econoacutemico noreflejan la diversidad cultural El poten-cial de las personas sufre demasiadas li-mitaciones lo que conduce a un replieguesobre identidades antiguas y a reivindicar-las constata Lourdes Arizpe La gentequiere identificarse gracias a sus diferen-cias culturales pero apegaacutendose a distin-tos grupos su comunidad una microrre-gioacuten o un barrio pero tambieacuten una nacioacutenuna macrocultura el mundo como socie-dad civil Alliacute donde los dirigentes inten-tan bloquear las fronteras culturales comoen la ex Yugoslavia nace la guerra Senecesitan fronteras permeables que dejenpasar el flujo de la creatividad Para faci-litar ese movimiento se ha disentildeado el pro-grama lsquoTesoros humanos vivosrsquo Su finali-dad es ayudar a los gobiernos a estable-cer un sistema de becas para hombres ymujeres que dominen un arte o una teacutecni-ca con el fin de permitir que esos artistascuyos conocimientos corren el peligro dedesaparecer con ellos los transmitan a losjoacutevenes que tomaraacuten el relevo

C u l t u r a

VIAJE EN EL TIEMPO Y EN EL ESPACIONegar la diversidad cultural -la globalizacioacuten- o escudarse en ella es igualmente peligrosoUna posibilidad liberar una creatividad sin fronteras anclada en las tradiciones

Esta idea nacioacute en Japoacuten en 1950 Sereprodujo en Corea en Filipinas en Tailan-dia y maacutes tarde en Rumania y en FranciaLa UNESCO invitoacute a todos sus Estadosmiembros a inspirarse en ella y prepara-ron una directrices sobre los criterios deseleccioacuten y los mecanismos de ayuda a losgalardonados El mensaje que se enviacuteaa los gobiernos es el siguiente la cultura

debe formar parte del desarrollo nacionalPor lo tanto hay que adaptar las necesida-des econoacutemicas a la concepcioacuten culturalque tienen las personas de su calidad devida Esto requiere tambieacuten unos disposi-tivos praacutecticos y juriacutedicos con vistas a unenfoque comuacuten de todas las institucionesnacionales afectadas que tenga en cuenta losintereses de las comunidades locales

Este mensaje la UNESCO lo trans-mite desde hace 10 antildeos y ahora estaacute dan-do frutos afirma Mounir Bouchenaki di-rector de la Divisioacuten del Patrimonio Fiacutesi-co Los grandes organismos de preacutestamosnos dan su apoyo en especial para el re-nacimiento de centros histoacutericos urbanosLa mejor forma de salvaguardarlos es me-jorar las condiciones de vida en ellos pararetener a sus habitantes comerciantes yartistas y unirlos a los esfuerzos de apro-vechamiento y de conservacioacuten

La ciudad lao de Luang Prabang es eneste sentido todo un modelo Con sus 33templos sus casas y edificios de maderaejemplos notables de arquitectura tradicio-nal la ciudad real fue inscrita en 1995 enla Lista del Patrimonio Mundial de laUNESCO que incluye 506 sitios de 107paiacuteses Luang Prabang atrae al 30 de los

visitantes extranjeros cuyo nuacutemero pasoacutede 14400 en 1990 a 403000 en 1996 Paraayudar a salvaguardar la ciudad facilitan-do su desarrollo la UNESCO ha creadoun centro consultivo de los ciudadanos

Este centro gestionado por el comiteacutelocal del patrimonio con el apoyo del Go-bierno y financiado por organizacionesinternacionales y ONG ofrece una ayuda

econoacutemica y asesoramiento en materia derestauracioacuten ayuda a las autoridades lo-cales a elaborar normativas sobre arqui-tectura urbanismo y medio ambiente for-ma a artesanos en el uso de materiales tra-dicionales aconseja a quienes desean in-vertir en el turismo sobre la forma de de-sarrollarse sin destruir lo que atrae a losturistas explica Mingja Yang del Centrodel Patrimonio Mundial que supervisa laaplicacioacuten de la Convencioacuten del Patrimo-nio Mundial Es un enfoque pragmaacutetico yglobal que hace intervenir a todos losagentes y se centra en el desarrollosostenible del sitio

Para 1998-1999 el presupuesto delSector de la Cultura es de a 43322400doacutelares a los que es necesario antildeadir32500000 de fondos extrapresupues-tarios Pero Arizpe insiste en la participa-cioacuten de la poblacioacuten y las autoridades lo-cales Son las fuerzas locales las que pue-den y deben influir sobre las fuerzas glo-bales responsabilizando a la gente y po-niendo fin a la polarizacioacuten entre ricos ypobres facilitando el flujo de las culturasLa creatividad y un sinfiacuten de lsquotransaccio-nes culturalesrsquo son sus claves

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

15

E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

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T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 14: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

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Seguacuten Janos Bogardi especialista en edu-cacioacuten del PHI se trata de admitir que losconflictos tienen a menudo un fuerte com-ponente cultural debido a unas percepcio-nes distintas del valor del agua Talleresestudios de casos programas informaacuteticosse dedicaraacuten a las negociaciones y a la ges-tioacuten del agua en Oriente Medio en el su-deste asiaacutetico y en la cuenca del Danubio

Esta accioacuten se enmarca en la perspec-tiva de una convencioacuten internacional am-bicioso objetivo cuando algunos paiacuteses seniegan a intercambiar su informacioacuten so-bre el agua en nombre de la seguridad na-cional Si los acuerdos bilaterales son difiacute-ciles de negociar iquestpor queacute complicar lascosas con un instrumento multilateralLos cursos de agua no respetan las fron-teras responde Adnan Badran directorgeneral adjunto de la UNESCO El accesoal agua es un derecho Por lo tanto nece-sitamos una convencioacuten que apruebe elprincipio fundamental de una cooperacioacutenpara garantizar un reparto equitativo

Eacutel preveacute un tratado que siente las ba-ses indispensables para resolver los con-flictos relacionados con el agua medianteun tribunal internacional que decida encaso de ruptura de las negociaciones Enestos momentos no es maacutes que una ideaPero espero que el PHI encabece el movi-miento cooperando con otras organizacio-nes La Convencioacuten sobre el derecho delmar fue mucho maacutes difiacutecil de negociar ysin embargo la llevamos a buen puerto

A O

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E L A C C E S OA L A G U A E S

U ND E R E C H O

( F o t o copyH O A Q U I

Z i m b a r d o )

Cerca del 70 de la superficie de laTierra estaacute cubierta de agua pero el

planeta azul podriacutea ser soacutelo un espejis-mo De la masa total de agua continentalsoacutelo el 026 es agua dulce y la mayorparte es prisionera de los hielos de laAntaacutertida y de Groenlandia Soacutelo nos que-da el 0007 muy poco frente a una ma-rea de demandas que en un siglo ha au-mentado al doble de velocidad que la po-blacioacuten Antes de 50 antildeos la crisis puedeestallar si los niveles de vida siguen mejo-rando y si los habitantes de los paiacuteses endesarrollo van adoptando el modo de vidatan apreciado del mundo industrializado

No podemos esperar evitar la ley delos rendimientos decrecientes simplementecon un incremento de tecnologiacutea declaroacuteel director general de la UNESCO Fede-rico Mayor ante el Foro Mundial del Aguaen mayo pasado en Marraquech (Marrue-cos) El problema que plantea la crisis delagua es fundamentalmente tambieacuten unproblema de valores Tenemos que fomen-tar un nuevo comportamiento respecto alagua yo hablariacutea incluso de una nuevaeacutetica del agua

QUI EN CONTAMINA PAGAEsto significa llegar a valorar en su justamedida un recurso que muy a menudo semalgasta Lo cual implica modificar lastarifas para que el consumo se pague a unprecio justo y aplicar el principio de quequien contamina paga Pero las solucioneseconoacutemicas acaban aquiacute Para ir al meollodel problema hay que pasar a la educa-cioacuten Por eso los focos apuntan al Progra-ma Hidroloacutegico Internacional (PHI) de laUNESCO el uacutenico del sistema de lasNaciones Unidas que analiza el agua dulcepor medio de las ciencias y de la educacioacuten

Lanzado hace veinte antildeos dispone deun presupuesto de 283 millones de doacutela-res para el proacuteximo bienio y se desplegaraacuteen tres direcciones la lucha contra la de-gradacioacuten de las aguas subterraacuteneas elaprovechamiento de las zonas aacuteridas ysemiaacuteridas y las situaciones de emergen-cia y de conflicto

Un tercio de la poblacioacuten mundial de-pende de las aguas subterraacuteneas Pero amenudo las capas freaacuteticas se vaciacutean maacutesde prisa de lo que se llenan bajo el efecto

de la lluvia y la fusioacuten de las nieves Lacontaminacioacuten complica las cosas ya quees difiacutecil depurar las aguas subterraacuteneas acausa de la duracioacuten de su renovacioacutenAhora bien una agua que contenga mu-chos nitratos por ejemplo puede ser peli-grosa para los recieacuten nacidos

Para delimitar los problemas los co-miteacutes nacionales del PHI se reuacutenen para

unificar sus meacutetodos y las directrices so-bre realizacioacuten de inventarios regionales dela contaminacioacuten de las aguas subterraacuteneasTambieacuten querriacutean crear un sistema de alertaraacutepida en un momento en que seguacuten laOMS maacutes de cinco millones de personasmueren cada antildeo por enfermedades rela-cionadas con el agua Fuente de vida y demuerte iquestpor queacute no puede ser tambieacuten elagua una fuente de cooperacioacuten Para em-pezar una gestioacuten eficaz reduciriacutea las ten-siones surgidas de la escasez de los recur-sos combinada con un fuerte crecimientodemograacutefico sobre todo en las zonas aacuteridasy semiaacuteridas En ellas los rendimientos agriacute-colas ya son inferiores a lo que podriacutean serya que unos sistemas de drenaje malos pro-vocan una salinizacioacuten de los suelos

Al mismo tiempo que intenta compren-der mejor los procesos hidroloacutegicos el PHIseguiraacute concentraacutendose en las teacutecnicas deconservacioacuten elaborando manuales infor-mes teacutecnicos y dispositivos de cooperacioacutenregional y apostando por la formacioacuten yla sensibilizacioacuten

Maacutes en general explora nuevos cana-les poliacuteticos con programas deslumbrantescomo uno sobre el agua y la civilizacioacuten

H i d r o l o g iacute a

HACIA UNA EacuteTICA DEL AGUALa escasez suele ser fuente de conflictos El agua no seraacute una excepcioacuten a menos que se cooperepara secar unas tensiones crecientes

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 15: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

16 E L A N T I G U O

M O G A D O R( E S A U I R A )

U N E J E M P L OD E M A N U A L

( F o t o copyd e r e c h o s

r e s e r v a d o s )

La complejidad es lo que parece carac-terizar a las regiones costeras y a las

islas pequentildeas dada la gran intrincacioacutende las fuerzas que actuacutean en ellas Las cos-tas mosaicos humanos albergan en unafranja de 60 km desde el mar al 60 dela poblacioacuten mundial Este porcentaje pa-saraacute a ser del 75 en el antildeo 2005 comoconsecuencia de la demografiacutea la migra-cioacuten y la urbanizacioacuten De las 23 megaacutepolisde maacutes de 25 millones de habitantes 16se encuentran en el litoral asiacute como unagran parte de los ecosistemas maacutes diver-sos y productivos cruciales para la seguri-dad alimentaria mundial

Todo estaacute imbricado resume AliceAureacuteli de la Divisioacuten de Ciencias del Aguaproblemas aparentemente distintos como la

gestioacuten y la contaminacioacuten del agua lapesca la erosioacuten litoral el turismo la con-servacioacuten del hilvanado antiguo de laartesaniacutea local etc Por ejemplo si sevierten desperdicios y aguas residuales almar los peces se mueren Al disminuir sucantidad los pescadores recurren a meacuteto-dos maacutes agresivos como la pesca con di-namita destruyendo los arrecifes de coraly su capacidad de absorcioacuten de la energiacuteade las olas Eacutestas llegan directamente a lasplayas que erosionan El haacutebitat tradicio-nal y los hoteles costeros se deterioran Laciudad pierde su capacidad de atraccioacuten tu-riacutestica y por ende sus recursos Tiene auacutenmenos medios para invertir en el tratamientode los desperdicios y de las aguas residuales

Es evidente problemas tan entremezcla-dos no pueden requerir soluciones aisladasni puramente teacutecnicas Es necesario que

Z o n a s c o s t e r a s e i s l a s p e q u e ntilde a s

CONFLUENCIA DE TODAS LAS CORRIENTESTrabajando en la interseccioacuten de las ciencias naturales las ciencias sociales y la cultura entre expertosy poblaciones locales se podraacute ayudar a las ciudades costeras a recuperar un equilibrio sostenible

expertos y especialistas de todas las disci-plinas -hidroacutelogos ecoacutelogos socioacutelogosarquitectos etc- aprendan a hacer lo quemenos saben colaborar entre siacute

No es costumbre ni en las organiza-ciones internacionales ni en las universi-dades trabajar en la interconexioacuten entreciencias naturales ciencias sociales y cul-tura admite Dirk Troost que coordina lainiciativa Medio Ambiente y Desarrollo delas Zonas Costeras y de las Islas Pequentildeas(CSI) Es la parte maacutes delicada del tra-bajo dado el compartimentado de las dis-ciplinas en sus meacutetodos sus lenguajes suproyeccioacuten en cuanto a la ayuda a la deci-sioacuten antildeade la universitaria francesa Mary-vonne Bodiguel Pero el esfuerzo pareceobligatorio y es una labor necesaria

Esto es una realidad en la UNESCOque desde 1996 desarrolla una gestioacuten in-tegrada de las costas La nocioacuten de sa-ber cientiacutefico es ante todo una construc-cioacuten occidental explica Kenneth Ruddlecatedraacutetico de la Universidad KuanseiGakuin de Japoacuten Se basa en una divisioacutenestricta entre las disciplinas por oposicioacutena las otras grandes tradiciones basadasen una visioacuten global Seguacuten el hay queabrirse a la experiencia de la poblacioacuten lo-cal para recuperar esa visioacuten En las so-ciedades del mar por ejemplo existe unamezcla de conocimientos empiacutericos sobrelas costumbres de los peces su entorno fiacute-sico y su haacutebitat y de conocimientos so-bre las interacciones entre los distintoscomponentes de los ecosistemas paragarantizar la regularidad de las capturasy a menudo la perduracioacuten de los recursos

Este enfoque integrado se articularaacutealrededor de cuatro ejes de trabajo la ges-tioacuten del agua dulce el apoyo a las comu-nidades dependientes de la conservacioacutende la biodiversidad la migracioacuten hacia lasciudades y el medio ambiente y las reper-cusiones sociales de la erosioacuten costera ydel aumento del nivel del mar En 1998-1999 un presupuesto de 175 millones dedoacutelares financiaraacute proyectos y actividadesde formacioacuten y sobre todo la creacioacuten deuna red de investigadores usuarios respon-sables poliacuteticos y proveedores de fondos

P R U E B A D E F U E G ODespueacutes de una fase de reflexioacuten y de con-sulta el proacuteximo bienio seraacute una especiede prueba de fuego para la CSI si bienhabraacute que esperar tres o cuatro antildeos paratener resultados de verdad explicaTroost Se trata de demostrar la viabilidaddel concepto gracias a una serie de pro-yectos pilotos con el fin de ampliar el ciacuter-culo de colaboradores

En Esauira parece que la cosa funcio-na La medina de esta ciudad de 80000habitantes el tercer puerto pesquero deMarruecos estaacute amenazada La presioacutensobre el agua -sobreexplotacioacuten y conta-minacioacuten la intrusioacuten de agua salada en lacapa freaacutetica la erosioacuten de las costas loobsoleto de las infraestructuras se combi-nan para acelerar la degradacioacuten del me-dio urbano Es casi un ejemplo de ma-nual en el que ponemos a prueba el enfo-que participativo y multisectorial asiacutecomo la colaboracioacuten entre municipios delNorte y del Sur basada en viacutenculos cultu-rales existentes explica Aureacuteli Despueacutesde la peticioacuten de intervencioacuten de laUNESCO del alcalde de Esauira nos di-rigimos a Saint-Malo (Francia) ya queambas ciudades se parecen La primera fueconstruida por un alumno de Vauban elarquitecto de la segunda Tienen los mis-mos problemas de erosioacuten de la murallade presioacuten turiacutestica sobre el agua Lasmunicipalidades ya no pueden seguir es-perando algo de los Estados deben en-contrar una fuerza propia El objetivo dela UNESCO no es hacer de mamaacute que ges-tiona la casa y dice lo que hay que hacerServimos de correa de transmisioacuten

S B

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17

U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

20

Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 16: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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U N A PA U S AP A R A E S C U C H A RL A R A D I OD E S P U Eacute S D E L AC O S E C H A( F o t o copyR R o m e n y )

iquestUn weki no iquestDan fa un weki dan Wekitaangaa taangaaraquo que quiere decir ensaramac Buenos diacuteas iquestestaacutes despiertoiquestCoacutemo te encuentras Bien muy bienAsiacute empieza la jornada de los 350 habitan-tes de Gunsi un pueblo situado en lo maacutesrecoacutendito de la jungla de Suriname

La mayoriacutea de las mujeres trabajan latierra Cultivan cuidan cosechan la man-dioca la batata el ntildeame la banana y elananaacutes Despueacutes transportan la cosecha so-bre sus cabezas en pesados fardos hasta elpueblo que no tiene electricidad ni teleacutefo-no Tambieacuten son ellas las que cuidan delos nintildeos y realizan las tareas domeacutesticasLos hombres cazan y pescan

Cada vez maacutes descontentas con su suer-te las mujeres quieren que el trabajo sereparta mejor y que se respeten sus dere-chos como el de la contracepcioacuten Loshombres las acusan de transgredir unas tra-diciones seculares

Las mujeres solidarias han creado unaasociacioacuten Koni Ku Libi (sobrevivir essaber) gracias a la cual consiguen avan-ces considerables Para su presidenta TreesMajana de 28 antildeos la prioridad es laresponsabilizacioacuten y para lograrla el ac-ceso a la informacioacuten es primordial Unode sus primeros objetivos fue pues obte-ner la ayuda de la UNESCO (con finan-ciacioacuten alemana) para crear una radio co-munitaria Despueacutes de muchos avataresRadio Muye (mujer) empezoacute a emitir enmarzo de 1997 Su local es una cabantildea demadera con unos bancos una estanteriacutea unamesa de lectura y unas bateriacuteas solares

Ritha Linga es una de las mujeres for-madas para presentar las dos horas diariasde programacioacuten Nuestra emisora estuvo

R a d i o c o m u n i t a r i a

bloqueada en Paramaribo la capital du-rante un antildeo el Gobierno temiacutea que hi-cieacuteramos poliacutetica durante la campantildea elec-toral Y despueacutes de las elecciones nos ro-baron una parte del material Pero las mu-jeres de Gunsi no se dieron por vencidasNegociaron para sustituir el equipo finan-ciar una formacioacuten acabar la construccioacuteny que la radio pudiera por fin emitir Losprogramas son en saramac la lengua de sutribu del mismo nombre

No todos sabemos leer explica el bar-quero Waldy Ajaiso que tambieacuten siguioacuteuna formacioacuten Por eso el instructor nosdibujoacute unos signos para emplear durantelos programas una boca significa lsquosigahablandorsquo dos bocas lsquohaga una pregun-tarsquo una nota musical lsquodeje de hablar yponga muacutesicarsquo

Algunos ancianos vienen a contarondro-feni tori historias de antantildeo quepueden ensentildearnos mucho explica Ritha

Emitimos programas infantiles y damosnoticias de los otros pueblos y si recibi-mos perioacutedicos de lo que sucede en Para-maribo

La radio permite hablarle a la gentede su situacioacuten y de la del resto del paiacutesantildeade Nadia Raveles vicepresidenta deKoni Ku Libi Podemos proporcionar unaeducacioacuten sanitaria y medioambientalplantear los problemas domeacutesticos de lasmujeres y la escolarizacioacuten de sus hijosinformarles de todo tipo de posibilidadesde las que no tienen ni idea El eacutexito hasido tan grande que se estaacute estudiando su-bir la antena para emitir maacutes allaacute de losocho km y llevar maacutes lejos el mensaje deRadio Muye

Chandra van Binnendijk Gunsi

Como cada vez maacutes mujeres en el mundo las de Gunsien Suriname se hablan para liberarse

COMUNICAR ES LIBERAR

La p r omoc i oacuten de med i o s d e c omun i c a c i oacutenl i b r e s y p l u r a l i s t a s a s iacute c omo l a l i b e r t adde exp re s i oacuten c on s t i t u yen l a p i ed raangu l a r d e l a a c c i oacuten de l a UNESCO enma te r i a de c omun i c a c i oacuten y dei n f o rmac i oacuten E s t a c on t i ene t r e sp r og ramas e l PROGRAMAI N T E R N A C I O N A L PA R A E LD E S A R R O L L O D E L A C O M U N I C A C I Oacute N( P IDC ) apoya p r oye c t o s c on v i s t a s af o r t a l e c e r l a s c apa c i dade s ei n f r ae s t r u c t u r a s d e l o s pa iacute s e s ende sa r r o l l o A pa r t i r d e 1998 -1999 y c one l f i n d e amp l i a r s u impa c t o a l a r gop l a zo s e r aacuten p r i o r i t a r i o s l o s p r oye c t o s d ea l c an c e r eg i ona l e i n c l u s o i n t e r r eg i ona l Ademaacutes de l o s s e r v i c i o s d e b i b l i o t e c a s ya r ch i vo s e l P R O G R A M A G E N E R A L D EI N F O R M A C I Oacute N ( P I G ) f u e a m p l i a d o p a r ar e sponde r a l o s d e sa f iacute o s eacute t i c o s j u r iacute d i c o sy de s o c i edad de l a s i n f o r r u t a s ype rm i t i r s u a c c e s o a l a s pob l a c i one sa l e j ada s de l a s f u en t e s d e i n f o rmac i oacuten E l PROGRAMA INTERGUBERNAMEN-TAL DE INFORMAacuteT ICA ( P I I ) a yuda al o s pa iacute s e s en de sa r r o l l o a aba s t e c e r s e des i s t emas i n f o rmaacute t i c o s ha c i endo eacuten fa s i sen l a f o rmac i oacuten de u sua r i o s y def o rmado re s y a c r ea r r ede s e l e c t r oacuten i c a sen t r e o r gan i smos c i en t iacute f i c o s e du ca t i v o s ycu l t u r a l e s y s u c onex i oacuten a I n t e r ne t Pa ra l o s t r e s p r og ramas l o s c r eacuted i t o sc on c ed i do s a l a f o rmac i oacuten dee spe c i a l i s t a s aumen tan en un 40

La UNESCO apoya la REDINTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DEEXPRESIOacuteN (IFEX) una iniciativacomuacuten a varias ONG Eacutesta cuenta con260 miembros (particulares uorganizaciones) 161 de los cualesvienen de paiacuteses en desarrollo o entransicioacuten El IFEX sirve de red dealerta y de intervencioacuten en caso deviolacioacuten de la libertad de expresioacuten yde ataque contra los medios decomunicacioacuten Administra un grancentro de intercambio de informacioacutenelectroacutenica accesible en Internet yayuda a la creacioacuten o alfuncionamiento de organismosregionales de defensa de la libertadde expresioacuten

P L A N E T A

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 17: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

del paiacutes Su ambicioacuten es fomentar unareintegracioacuten durable dicho de otromodo un vivir juntos loacutegicamente me-jor que sea al mismo tiempo socialmentearmonioso econoacutemicamente beneacutefico yecoloacutegicamente sano La diversidad de ex-periencias insiste Chicuecue puede ser unfactor de enriquecimiento si todas las ener-giacuteas convergen a un objetivo comuacuten o dedivisioacuten si cada grupo insiste en las dife-rencias

Este objetivo comuacuten comienza a tomarforma Dos profesores reciben 652 nintildeosen una escuela primaria los responsablesde la futura campantildea de alfabetizacioacuten deadultos ya estaacuten formados un campo de-portivo un centro de desarrollo comunita-rio y una escuela secundaria seraacuten cons-truidos Una radio comunitaria de seis ki-loacutemetros de alcance estaacute en proyecto pues la falta de comunicacioacuten advierte VernizGimo ha sido la principal causa de de-sacuerdo

Y aquiacute abordamos lo esencial aunqueinvisible todas estas actividades no cons-tituyen un fin en si mismas sino tambieacuteny sobre todo como expresa Luis Tiburciorepresentante de la UNESCO en Mozam-bique un medio de restaurar un tejido so-cial hecho jirones yendo a las raiacuteces mis-mas de la divisioacuten y de la discordia Sola-mente a traveacutes de la realizacioacuten conjuntade los proyectos en una unidad forjada al-rededor de valores fundamentales talescomo igualdad solidaridad o toleranciala poblacioacuten lograraacute obtener confianza ensiacute misma sin la cual nada durable puedeser construido

C A M I N O D ER E G R E S O

( F o t oU N H C R L

T a y l o r )

RESTAURAR EL TEJIDO SOCIALMillones de mozambiquentildeos regresan a su tierra donde debenaprender a vivir juntosHay paiacuteses como Mozambique a los que lahistoria reserva un destino traacutegico una co-lonizacioacuten sangrienta la guerra de libera-cioacuten maacutes intensa que jamaacutes haya conocidoel Aacutefrica negra y finalmente una guerra ci-vil en la que cientos de miles de mozambi-quentildeos han perdido la vida y millones hantomado el camino del exilio maacutes allaacute desus fronteras o al interior mismo del paiacutesMozambique (uno de los tres paiacuteses maacutespobres del mundo) no solamente estaacute

desangrado pero las heridas abiertas poruna guerra civil de cerca de un tercio de si-glo siguen abiertas

Chiputo en el extremo noroccidental delpaiacutes ilustra bien la situacioacuten La mitad desus 15000 habitantes casi todos agriculto-res huyoacute Nos fuimos pobres y con lasmanos vaciacuteas y regresamos todaviacutea maacutespobres cuenta uno de ellos Alvaro JoseacuteEn Zambia estos refugiados han recibidoa menudo una formacioacuten en ganaderiacutea yagricultura y una alfabetizacioacuten en ingleacutes(la lengua oficial de Mozambique es el por-tugueacutes) En Malawi y en Zimbabwe se can-saron de esperar en campamentos que vi-viacutean soacutelo de la caridad internacional Losmaacutes afectados fueron los refugiados del in-terior replegados en zonas controladas porlos dos bandos adversos perdieron todocuenta Noel Chicuecue uno de los respon-sables de la actividad cultura de paz querealiza la UNESCO en Mozambique Y sinembargo ellos consideran a los refugia-dos como privilegiados por la ayuda deurgencia que han recibido de la Alta Comi-sariacutea para los Refugiados

La UNESCO tomoacute el relevo en 1995ayudando ademaacutes a otras tres comunidades

E l Aacute f r i c a l a s mu j e r e s l a j u ven tud y l o spa iacute s e s meno s ade l an t ado s ( PMA) c on s t i t u -yen l o s GRUPOS PR IOR I TAR IOS a l o sque s e de s t i na raacuten p r oye c t o s e s pe c i a l e s t a l e s c omo Ge s t i oacuten de t i e r r a s aacute r i da s ys em iaacute r i da s en Aacute f r i c a pa ra l u cha r c on t r al a de s e r t i z a c i oacuten y me j o ra r l a p r odu c t i v i -dad ag r iacute c o l a Mu j e r e s hab l an a l a smu j e r e s r ad i o s c omun i t a r i a s d i s entildeado s yge s t i onado s po r mu j e r e s Me j o r a de l a spo s i b i l i d ade s de ap r end i za j e o f r e c i da s al o s j o vene s ma rg i nado s pa ra da r l e s unasegunda opo r t un i dad de adqu i r i r unaedu ca c i oacuten d e ap r ende r un o f i c i o Re f o rma de l a s po l iacute t i c a s d e edu ca c i oacuten enl o s PMA pa ra l u cha r c on t r a l a pob r e za yl a ex c l u s i oacuten en e l p r o c e s o de de sa r r o l l o

El PROGRAMA DE PARTICIPACIOacuteN(cerca de 25 millones de doacutelaresprevistos para 1998-1999) se dedicaa prestar asistencia directa a losEstados miembros Eacuteste permiterealizar actividades de caraacutecternacional subregional regional ointerregional bajo formas diversasayuda de urgencia fortalecimiento delas infraestructuras becas reunionespublicaciones etc

Oto rga r una edu ca c i oacuten p r even t i v a c on t r al a t ox i c oman iacute a en l o s ba r r i o s ma rg i nado sde San t a F e (A rgen t i na ) e qu i pa r c en t r o sde apoyo p s i c o l oacuteg i c o a l o s n i ntildeo s v iacute c t ima sde l a gue rr a en Tu z l a (Bo sn i a yHe r zegov i na ) c on s t r u i r un c en t ro der ehab i l i t a c i oacuten pa ra n i ntildeo s m inu s vaacute l i d o s enl a I nd i a o una e s c ue l a p r ima r i a r u r a l enTanzan i a s on a l guno s de l o sm in i p r oye c t o s ( a l r ededo r de 80 anua l e s )que ayuda a f i nan c i a r e l p r og ramaCO-ACT ION h a c i endo un l l amado a l agene ro s i dad puacuteb l i c a L a s c on t r i bu c i one svan iacute n t eg ramen t e a l p r oye c t o y l o sga s t o s s up l emen ta r i o s e s t aacuten a c a r go del a UNESCO

C u l t u r a d e p a z

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F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

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P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 18: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

E N L O Q U E D U R AU N F E S T I V A L L O S N I Ntilde O SR E D E S C U B R E NQ U E L A V I D AE N C O M Uacute N E SP O S I B L E ( F o t o copyD e r e c h o sr e s e r v a d o s )

Avenida Luxemburgo en pleno centro deBujumbura la capital un edificio perfora-do por numerosas ventanas iquestRidiacutecula laCasa de la UNESCO para una cultura depaz Uno tiene la tentacioacuten de responderque siacute o de burlarse iquestUn equipo de cincopersonas pretende ayudar a cambiar el cur-so de un destino tan traacutegico como el deBurundi

Sin embargo tres antildeos despueacutes de suconstruccioacuten al finalizar los enfrenta-mientos posteriores al asesinato del presi-dente Ndadaye en octubre de 1993 la Casasigue ahiacute firme Es un espacio de encuen-tro para asociaciones juveniles clubesUNESCO periodistas y personalidades dedistintas corrientes poliacuteticas explica

Edouard Matoko de la Unidad de Culturade Paz Pero lo que hace sobre todo laCasa es un trabajo de educacioacuten

El principal blanco es la juventud Tam-bieacuten ella sufre los odios eacutetnicos que hacende Burundi un paiacutes dividido en mil y unbarrios y colinas Lo urgente es recuperarespacios de diaacutelogo En 1996 y 1997 dosfestivales por la paz reunieron a nintildeoshutus tutsis y tuas Es una experienciade vida en comuacuten para nintildeos de distintosentornos y regiones Nuestros colegas queya han caiacutedo dos veces en una embosca-da no pueden trabajar ni en el alto norteni en el sur ni en el oeste del paiacutes

En los escasiacutesimos centros de secun-daria que suelen escapar de labalcanizacioacuten del paiacutes despueacutes de 1993los alumnos han llevado a las aulas la vio-lencia de sus barrios Por eso surgioacute laidea de organizar inspecciones se reuacutene

C u l t u r a d e p a z

PIEDRA A PIEDRALa Casa de la UNESCO para una cultura de paz multiplicasus iniciativas para recuperar espacios de diaacutelogo en Burundi

a los alumnos que pueden explicar los abu-sos que sufren o provocan y deben intentarcomprender sus causas

Pero cuando el conflicto ha provocadouna peacuterdida escolar en un paiacutes donde en1992 el iacutendice bruto de matriacuteculas en se-gundo grado era de soacutelo el 7 hay que irmaacutes allaacute de las paredes de la escuela Parallegar a los joacutevenes no escolarizados a ve-ces organizados en milicias el equipo dela UNESCO se dirige a sus liacutederes Enmayo de 1996 reunioacute a 120 en un semina-rio de formacioacuten en la reconstruccioacuten

Maacutes allaacute de la accioacuten sobre el terrenola Casa de la UNESCO participa con lasautoridades de Burundi en la revisioacuten delos programas escolares Existe un vivo

debate sobre la historia del paiacutes Los pro-gramas ocultan un montoacuten de cosas comolas causas del dominio de una etnia y epi-sodios completos del periacuteodo colonial Porotra parte los conceptos de paz toleran-cia y derechos humanos no entran en la es-cuela El nuevo manual escolar previstopara finales de 1998 se utilizaraacute durantelas clases de educacioacuten ciacutevica Hasta hacepoco los nintildeos no aprendiacutean mucho maacutesque la bandera y los himnos nacional y delpartido

La repercusioacuten de todas estas iniciati-vas que forman como una fina tela tejidahilo a hilo es difiacutecil de medir todaviacutea En1997 ha habido menos violencia en la es-cuela informa Matoko iquestEn queacute medidahemos contribuido a ello Es difiacutecil de de-cir sobre todo porque el clima poliacutetico seha estabilizado un poco

La UNESCO ha ab i e r t o nuevo s e s pa c i o s d ed i aacute l ogo en t r e c u l t u r a s y c i v i l i z a c i one s L aRUTA DE L E SC LAVO e s t ud i a r aacute e lt r aacute f i c o t r an sa t l aacuten t i c o s u impa c t ocu l t u r a l s o c i a l y r e l i g i o s o y e lpa t r imon i o c omuacuten de l o s pueb l o s d eAacute f r i c a y Ameacuter i c a apoyando e spe -c i a lmen t e e l p r oye c t o de Memor i a l d eGo rea ( S enega l ) y o t r o s l uga r e s d ememor i a E l p r oye c t o Conve rgen c i ae sp i r i t ua l y d i aacute l ogo i n t e r c u l t u r a l puen t e

de un i oacuten en t r e l a s RUTAS DE LA F E yl a s d e AL -ANDALUS d e s ve l a r aacute l a sr e l a c i one s en t r e e l j u da iacute smo e lc r i s t i an i smo y e l i s l am a s iacute c omo en t r el o s pueb l o s d e Eu ropa d e l mundo aacute rabey d e l Aacute f r i c a s u b s a h a r i a n a L a R U TA D E LH I ERRO f a vo r e c e raacute una me j o rc ompren s i oacuten de l a i n f l u en c i a de l ame ta l u r g i a en l a e vo l u c i oacuten de l a ss o c i edade s a f r i c ana s

El programa UNISPAR pretendereforzar la colaboracioacuten entre launiversidad y la industria En 1998-99 se haraacute hincapieacute en la creacioacutenen universidades de los paiacuteses endesarrollo de caacutetedras UNESCOde ciencias de la ingenieriacuteapatrocinadas por el sector privado delos paiacuteses industrializados Asiacute lasempresas japonesas MitsubishiHeavy Industries Ltd y Toyota MotorCorporation ya se han mostrado deacuerdo en participar en la creacioacutende cinco caacutetedras cada una(principalmente en China Viet-NamTailandia e Indonesia) sobre laproduccioacuten de energiacutea teacutermica y laproteccioacuten del medio ambiente porejemplo

G O R E A L A C A S A D E L O S E S C L AV O S( F o t o U N E S C O B o i s s o n n e t )

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

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P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 19: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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Todos los lunes a la hora de almuerzo lasprimeras filas de la capilla del hospitalKatutura de Windhoek estaacuten reservadas aun grupo de mujeres de mediana edad To-das visten de rosa y parecen miembros deuna cofradiacutea cristiana rezando por los en-fermos Pero en realidad son las auxiliaresdel hospital que intentan mejorar su edu-cacioacuten

Ellas veinte y un solo hombre formanparte de los cerca de 75000 adultos que si-guen el Programa Nacional de Alfabetiza-cioacuten de Namibia (PNAN) desde sus comien-zos en 1992 Antes de la independencia en1990 las iglesias organizaban algunos cur-sos de alfabetizacioacuten de adultos Actualmen-te es una prioridad nacional que recibe en-tre el 2 y el 3 del presupuesto de educa-cioacuten

P O C O S D AT O S F I A B L E SGracias a la experiencia adquirida por elmovimiento de liberacioacuten cuando estaba enel exilio el nuevo Gobierno estaba con-vencido de que sin una alfabetizacioacuten casigeneral el pueblo no podriacutea reformar lasestructuras poliacuteticas econoacutemicas y socia-les heredadas del apartheid explica el pro-fesor H S Bhola un asesor de la UNESCOque realizoacute una auditoriacutea del PNAN en1995 Al inaugurar personalmente el pro-grama el presidente Sam Nujoma declaroacuteNo negareacute que la gente que no estaacute alfabe-tizada puede hacer muchas cosas Pero locierto es que casi todo puede hacerlo me-jor la gente alfabetizada

Entonces habiacutea pocos datos fiables Ju-lia Namene funcionaria de educacioacuten cuen-ta que el PNAN situaba el iacutendice de alfabe-tizacioacuten entre el 30 y el 40 Pero el cen-so nacional de 1990-91 reveloacute un iacutendicemucho mejor el 65 de los mayores de 15antildeos Hoy el objetivo es alcanzar el 80en el antildeo 2000

La ayuda internacional procede espe-cialmente de Suecia los Paiacuteses Bajos y elUNICEF El programa baacutesico comprendetres niveles de un antildeo cada uno El primerose concentra en la lengua materna y el caacutel-culo elemental El segundo afianza esos co-nocimientos antes de pasar al ingleacutes en eltercer nivel En los uacuteltimos cinco antildeos lasmatriacuteculas casi se han triplicado y 75000de los 290000 analfabetos han dado el paso

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

iexclVAMOS A APRENDER HOMBREEl programa namibio de alfabetizacioacuten de adultos es un eacutexitopero le cuesta llegar a los hombres y encontrar un nuevo empuje

Cada antildeo una campantildea de matriacuteculas seinicia con la Semana Nacional de Alfabe-tizacioacuten del 1 al 8 de septiembre Despueacutesde la cosecha la vida es relativamente tran-quila Las zonas rurales constituyen el ob-jetivo principal mientras que carteles y me-dios de comunicacioacuten ensalzan los benefi-cios de la educacioacuten Al principio la gentese inscribe en masa El Estado paga lossueldos del profesorado y proporciona li-bros y uacutetiles de escritorio Avanzada la es-tacioacuten el entusiasmo decae al reanudarseel trabajo en el campo Pero el iacutendice deabandono un 30 es relativamente bajoseguacuten Canner Kalimba directora de ense-ntildeanza baacutesica Lo maacutes importante es que el55 de los alumnos aprueban sus exaacuteme-nes

En el hospital de Katutura las respues-tas a las preguntas del profesor son raacutepi-das aunque no siempre exactas MariamNdameshime de 54 antildeos madre de ochohijos es muy estudiosa Habla ingleacutes y es-cribe su nombre sin cometer faltas Cuan-do se le pregunta porqueacute se toma la moles-tia de asistir a los cursos responde Quie-ro mejorar mi ingleacutes Veo que he progre-sado Sus conocimientos elevaraacuten sinduda su situacioacuten social pero ella tieneproyectos maacutes ambiciosos estaacute convenci-da de que el ingleacutes la ayudaraacute a crearse unempleo cuando se jubile Ya se ha compra-do una maacutequina de coser para intentar ga-nar dinero en casa El problema es que noentiende todas las instrucciones que estaacutenescritas en ingleacutes

D E S E Q U I L I B R I OTener confianza en siacute mismo es fundamen-tal y a muchos adultos les da algo de ver-guumlenza ponerse a estudiar a su edad Losprofesores procuran no tratarlos como a ni-ntildeos Pero Kalimba insiste en otro proble-ma maacutes chocante el desequilibrio entre lossexos Ella calcula que por lo menos el 70de los estudiantes son mujeres Las muje-res rurales piensan que los hombres queno se han ido a trabajar a la ciudad son de-masiado orgullosos para sentarse en la mis-ma aula que ellas o sencillamente no quie-ren mejorar su situacioacuten Pero hay algomaacutes

Nuestro material de ensentildeanza estaacutedemasiado orientado hacia las mujeres

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E l I n s t i t u t o pa ra l a APL I CAC IOacuteN DELAS T ECNOLOG IacuteAS DE LAINFORMAC IOacuteN A LA EDUCAC IOacuteN i n augu rado en Mo s cuacute a c om i enzo s de1997 a modo expe r imen ta l d ebe r iacute af un c i ona r en 1998 En t r e s u s a c t i v i dade se s t aacuten l a r e c op i l a c i oacuten y l a d i f u s i oacuten dei n f o rmac i oacuten s ob r e l o que s e ha c e en t odoe l mundo en e s t e c ampo y l ao rgan i za c i oacuten de l a f o rmac i oacuten i n i c i a l yc on t i nua en e s pe c i a l a t r a veacute s de l aedu ca c i oacuten ab i e r t a o a d i s t an c i a dandop r i o r i dad a l p e r s ona l do c en t e de l o spa iacute s e s en de sa r r o l l o o en t r an s i c i oacuten Pa rasu s p r ime ro s do s antildeo s de ex i s t en c i a e lI n s t i t u t o debe r iacute a r e c i b i r un m i l l oacuten dedoacute l a r e s

La preparacioacuten de un Informelinguumliacutestico mundial seraacute una de lasactividades que se emprendan en1998-1999 dentro del proyectoLINGUAPAX que favorece ladiversidad linguumliacutestica y elplurilinguumlismo en la educacioacutenRecogeraacute una visioacuten general de lariqueza linguumliacutestica del mundopresentaraacute los conflictos y problemasque amenazan de desaparicioacuten aalgunas lenguas y propondraacuteinstrumentos pedagoacutegicos que ayudena conservarlas

El proyecto tambieacuten se dedicaraacute afomentar la ensentildeanza de idiomas alos grupos desfavorecidos de lospaiacuteses plurilinguumles de Aacutefrica AsiaAmeacuterica Latina y Centroameacuterica

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 20: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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admite Kalimba Ella insinuacutea que algunasde las asignaturas como gestioacuten y econo-miacutea domeacutestica desaniman a los hombrescriados en la idea de que eso no les in-cumbe En cambio a las mujeres les gustamucho Bhola lo confirma el material ini-cial fue disentildeado con prisas e improvisa-cioacuten

Los equipos intentaron hacerlo maacutesatractivo para los hombres a traveacutes de untaller especial celebrado en 1996 Pero noes suficiente Los funcionarios responsa-bles del Proyecto de liacuteneas directrices parala segunda fase del PNAN (1996-2000) de-fienden que hombres y mujeres tienen ne-cesidades especiacuteficas a veces antagoacutenicas

C A S I T R E SC U A R T A S P A R T E SD E L O SB E N E F I C A D O SC O N E LP R O G R A M A S O NM U J E R E S ( F o t ocopy S I P A P R E S S F r i l e t )

La a c c i oacuten edu ca t i v a de l a UNESCO s ea p o y a e n t r e s i n s t i t u t o s L a OF IC INA INTERNAC IONAL DEEDUCAC IOacuteN (O I E ) c on s ede enG ineb ra e s t aacute i nme r sa en un p r o c e so der ede f i n i c i oacuten de s u s p r i o r i dade s S et r an s f o rmaraacute en un c en t r o i n t e r na c i ona lde r e f e r en c i a que p r opo r c i onei n f o rmac i oacuten c ompa ra t i v a s ob r e l aevo l u c i oacuten de l o s s i s t emas de edu ca c i oacuten yl a r enova c i oacuten de l o s p r og ramas En unap r ime ra e t apa s e c on c ede raacute p r i o r i dad al a edu ca c i oacuten pa ra l a paz l o s d e r e cho shumano s y l a d emoc ra c i a a l en t ando l aadop c i oacuten de a cue rdo s na c i ona l e s en t r el o s p r i n c i pa l e s agen t e s d e l p r o c e s oedu ca t i v o a s iacute c omo l a r e v i s i oacuten de l o sl i b r o s d e h i s t o r i a E l INST I TUTOI N T E R N A C I O N A L D E P L A N I F I C A C I Oacute NDE LA EDUCAC IOacuteN ( I I P E ) en Pa r iacute s r e s pon sab l e de l a f o rmac i oacuten de s t i nada af o r t a l e c e r l a c apa c i dad de p l an i f i c a c i oacuten de ge s t i oacuten y de e va l ua c i oacuten de l aedu ca c i oacuten de c ada pa iacute s a c oge raacute a unc en t ena r de r e s pon sab l e s d e 60 E s t ado sm i embro s en l a s do s s e s i one s de s up rog rama anua l d e f o rmac i oacuten Ademaacutes o r g a n i z a r aacute c u r s o s r e g i o n a l e s ysub r eg i ona l e s d e c o r t a du ra c i oacuten pa rac e r c a de 120 c i udadano s de pa iacute s e s ende sa r r o l l o a s iacute c omo s em ina r i o s d ef o rmac i oacuten de i n ve s t i gado r e s L a edu ca c i oacuten de adu l t o s y l a edu ca c i oacutenpe rmanen t e s on c ompe t en c i a de lINST I TUTO DE EDUCAC IOacuteN DE LAUNESCO ( I EU ) ub i c ado en Hambu rgo(A l eman i a ) Eacute l s e r aacute en ca rgado de s egu i rl a C o n f e r e n c i a i n t e r n a c i o n a l s o b r eedu ca c i oacuten de adu l t o s ( j u l i o d e 1997 )

Las 63 FUERA DE LA SEDE de laUNESCO fueron creadas para acercarla Organizacioacuten a sus Estadosmiembros Constituyen una red deexpertos y de informacioacuten en losEstados miembros y de coordinacioacutencon las organizaciones internacio-nales y ONG Tambieacuten deben llevar acabo actividades multisectoriales Asiacuteestaacute previsto descentralizar el 332del presupuesto de la Organizacioacutendedicado a la ejecucioacuten de suprograma

E d u c a c i oacute n d e a d u l t o s

Recomiendan que cuando sea posible yapropiado se organicen clases distintaspara hombres y mujeres en funcioacuten de suspreocupaciones respectivas Unas clasesespeciales para los hombres de 15 a 20antildeos con temas y material adaptados po-driacutean ayudarles a vencer sus reticencias

La formacioacuten profesional puede serotra manera de atraer el intereacutes de hom-bres y de mujeres El Gobierno ya intentoacutecombinar campantildeas de alfabetizacioacuten conproyectos generadores de ingresos porejemplo ensentildeando a dirigir una panade-riacutea comunitaria A pesar de las buenas in-tenciones fue un fracaso Los proyectosnaufragaron mientras que los fondos gu-bernamentales destinados a lanzarlos se re-duciacutean La razoacuten era la falta de la maacutes ele-mental capacidad de gestioacuten La mayorparte ni tan soacutelo distinguiacutea entre benefi-cios y fondo de operaciones asegura unfuncionario

Se ha aprendido del pasado Se estaacutenllevando a cabo dos proyectos uno en

Oshana la regioacuten maacutes poblada del paiacutes si-tuada en la sabana boscosa del norte el otroen el sur en Kara una zona poco pobladacasi deseacutertica Los organizadores de laalfabetizacioacuten del distrito contratados porel Estado empiezan localizando a los em-presarios potenciales Tienen que disponerde un miacutenimo de 200 doacutelares namibios (44doacutelares norteamericanos) en el banco comoprueba de su disciplina financiera Las dospartes elaboran entonces una pequentildea pro-puesta de negocio que enviacutean a la Direc-cioacuten de Educacioacuten Baacutesica de Adultos Si esaprobada el banco privado First NationalBank concede un preacutestamo de entre 500 y4000 doacutelares namibios (entre 109 y 870

doacutelares norteamericanos) garantizado porel Estado Para evitar los errores del pasa-do el Comiteacute Internacional para el Desa-rrollo de los Pueblos una ONG italiana tra-baja en estrecha relacioacuten con los empresa-rios aseguraacutendose de que conocen las re-glas fundamentales en materia de gestioacutende preacutestamos y de reembolsos

Se estaacuten preparando varios proyectos ypropuestas para desarrollar este tipo de pro-grama y antildeadir tres niveles suplementariosde cursos de alfabetizacioacuten Para Bhola noes necesario hacer cambios radicales Sinembargo advierte si no evoluciona elPNAN podriacutea atascarse y burocratizarserealizando cada vez menos cosas y consu-miendo cada vez maacutes recursos Pero si haceel esfuerzo consciente y sistemaacutetico deautocriticarse reinventarse y renovarsepodriacutea alcanzar sus objetivos con una efi-cacia real

Daniel SIBONGOWindhoek

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 21: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

P L A N E T A

To d o s l o s a r t iacute c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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L A C R Oacute N I C A D E R A D Z I W I L L( F o t o copy M D u n n )

Para miacute es el lugar maacutes bucoacutelico de Cambo-ya Al alba se oye a los paacutejaros de las ma-rismas y el suave tuf-tuf de los barcos depesca Estaacute situado en el extremo meridio-nal del Tonle Sap donde el Gran Lago de-sagua en el riacuteo

El Tonle Sap situado al norte de PhnomPenh la capital camboyana es al mismotiempo un lago y un riacuteo acaso el uacutenico delmundo cuyo curso se invierte la mayor par-te del antildeo mana del Gran Lago pero en elmonzoacuten desemboca en el lago Esto signi-fica que el nivel del agua cambia cada mescomo una lenta marea Si uno se va y regre-sa al cabo de tres meses encontraraacute su aacuter-bol preferido sumergido las desembocadu-ras de los afluentes encenagadas y su pue-blo desplazado

En la orilla occidental donde el lago sehace riacuteo se encuentra Chnuk Tru un pue-blo de pescadores diferente estaacute flotandoCuando el lago alcanza su nivel maacuteximolas casas tiendas restaurantes y depoacutesitosde madera estaacuten a lo largo de la orilla Cuan-do el nivel del lago desciende el pueblo seresituacutea Los edificios flotantes se abren pasocomo pueden hasta que la calle principalse coloca perpendicularmente a la orilla

E N C A N TA D O RFrente al pueblo se halla la desembocadurade uno de los riacuteos maacutes largos de Camboyael Sen Al norte arranca de la fronteratailandesa dibuja una curva a traveacutes de laprovincia de Kompong Thom y se une alTonle Sap en la punta meridional del lagoSi se remonta el Sen se descubren unospaisajes encantadores El riacuteo serpentea a tra-veacutes de una espesa maleza en la que los paacute-jaros levantan el vuelo al acercarse emi-tiendo sonidos roncos Es una muestra delo que se puede ver en la cuenca del TonleSap que se extiende por buena parte delcentro y del noroeste del paiacutes ocupando untercio de Camboya El riacuteo une el Gran Lago-el mayor del sudeste de Asia- y el Mekongel riacuteo maacutes largo de la regioacuten Phnom Penhfue construida en la confluencia de esoscursos de agua que se unen durante un ki-loacutemetro se separan y se dirigen hacia el surde Viet Nam para desembocar en el mar deChina del Sur

En el momento maacutes fuerte de la estacioacutende las lluvias en junio y julio el poderoso

M e d i o a m b i e n t e

LAS AGUAS BAJO PRESIOacuteNUna coalicioacuten de agentes locales e internacionales intenta frenarlas amenazas que confluyen en el lago Tonle Sap en Camboya

Mekong sale de su lecho y fuerza su mar-cha hacia el Tonle Sap hasta el lago que lesirve de depoacutesito Su superficie se multi-plica por cinco y medio pasando de270000 hectaacutereas a 1500000 Cuando lasaguas del Mekong se retiran el curso delTonle Sap se invierte y el riacuteo mana de nue-vo del lago La inversioacuten de las aguas esun gran momento del calendario culturalcamboyano dando lugar a tres diacuteas de fies-ta durante los cuales se llevan a cabo pin-torescas carreras de barcos que acaban enlas escaleras del Palacio Real de PhnomPenh

El Tonle Sap no es soacutelo importanteculturalmente Tambieacuten es una regioacuten eco-noacutemicamente vital para Camboya que al-berga una biodiversidad de enorme valorrecuerda el ministro de Medio AmbienteMok Mareth Con sus 200 especies de pe-ces de las que 70 son explotables comer-cialmente el lago contiene el 80 de lasproteiacutenas de Camboya Se cultiva arroz yverduras en las llanuras inundadas y la re-gioacuten tiene un enorme potencial para elecoturismo

S E D I M E N TA C I Oacute NPero seguacuten Bruno Lefegravevre representantede la UNESCO en Camboya las amena-zas que pesan sobre esta reserva uacutenica debiodiversidad proceden no soacutelo de la pre-sioacuten humana sobre los recursos sino tam-bieacuten de la deforestacioacuten y de la explota-cioacuten minera de la cuenca

Tonle Sap y su cuenca ocupan 71 mi-llones de hectaacutereas Maacutes de cuatro millo-nes de personas viven alliacute casi la mitad dela poblacioacuten del paiacutes Los mapas aeacutereosmuestran un aumento del 15 de las zo-nas habitadas y la desaparicioacuten del 18de las selvas entre 1992 y 1996 a lo largode la parte noroccidental del lago Los abo-nos y plaguicidas la explotacioacuten de pie-dras preciosas y la tala de aacuterboles provo-can la sedimentacioacuten del Riacuteo Azul -uno delos principales afluentes- y por consiguien-te un aumento del poso en el lago ya depor siacute poco profundo

Otra amenaza que se vislumbra es re-gional los planes de construccioacuten de em-balses hidroeleacutectricos en los afluentes delalto Mekong en China Laos y CamboyaEn caso de concretarse soltariacutean la misma

La UNESCO e s e l p r ime r o r gan i smoe s t ad iacute s t i c o mund i a l s ob r e edu ca c i oacuten c i en c i a c u l t u r a y c omun i c a c i oacuten quer e coge y d i f unde da t o s s ob r e c e r c a de200 pa iacute s e s C ada ve z r e cu r r en a e l l a maacute sy maacutes va r i ado s u sua r i o s Pa ra s a t i s f a c e re sa s nueva s demanda s s e p r opone l ac r ea c i oacuten de un INST I TUTOE S TA D Iacute S T I C O D E L A U N E S C O Eacute s t epe rm i t i r iacute a c on l a f l ex i b i l i d ad ne c e sa r i a me j o r a r l a c a l i d ad de l o s s e r v i c i o se s t ad iacute s t i c o s y s u u t i l i d ad pa ra l o sr e s pon sab l e s

Para salvaguardar el patrimoniodocumental y facilitar el acceso a eacutella UNESCO lanzoacute hace cinco antildeos elprograma MEMORIA DEL MUNDO Lastecnologiacuteas maacutes recientes permitenrestaurar los originales y difundircopias de ellos en forma de CD-ROMpor ejemplo Esta biblioteca digital

contiene ya manuscritos de PragaSofiacutea Sanaacute y Estambul la croacutenicamedieval rusa de Radziwill y unacoleccioacuten de 3000 postales africanasdel periacuteodo colonial Entre losproyectos figuran la restauracioacuten de7000 horas de grabacioacuten de muacutesicachina de manuscritos indios ylaosianos y de peliacuteculas vietnamitas

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario
Page 22: La UNESCO en 1998-99: reunir; UNESCO sources; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001089/108933S.pdf · SOBRE LA CULTURA está previs-to para 1998. Estudiará las tendencias en materia

F U E N T E S U N E S C O N deg 9 3 S E P T I E M B R E 1 9 9 7

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organizacioacuten de las Naciones Unidaspara la Educacioacuten la Ciencia y la Cultura (tel 33 145681673 fax 33 1 45685654) Las edicionesen ingleacutes y franceacutes se realizan enteramente en lasede las ediciones en espantildeol y catalaacuten con el Cen-tro UNESCO de Cataluntildea Mallorca 285 08037 Bar-celona Espantildea la edicioacuten en chino con la AgenciaXINHUA 57 Xuanwumen Xidajie Beijing Chinala edicioacuten en portugueacutes con la Comisioacuten Nacionalpara la UNESCO Avenida Infante Santo nordm 42 5ordm1300 Lisboa PortugalResponsable de la publicacioacuten R Lefort Re-dactores S Williams S Boukhari A Otchet Se-cretaria de redaccioacuten C Mouillegravere Versioacuten enespantildeol L Sampedro (Pariacutes) E Kouamou (Bar-celona) Compaginacioacuten G Traiano F Ryan Se-cretariacutea y difusioacuten D MaarekFotograbado e impresioacuten en los talleres de laUNESCO Distribucioacuten a traveacutes de los servicios es-pecializados de la UNESCO

C H N U K T R U U N P U E B L OD I F E R E N T E( F o t o copyH O A Q U II C O N E G e l l i e )

cantidad de agua pero a una velocidadconstante durante la mayor parte del antildeoEntonces se reduciriacutean la duracioacuten y el al-cance de las inundaciones del Mekong asiacutecomo las de las zonas huacutemedas situadasen torno al Tonle Sap

Con el fin de dotar al lugar de un ins-trumento de planificacioacuten y de gestioacuten yen algunas zonas de una proteccioacuten juriacute-dica la UNESCO y el Gobierno preveacuten ins-tituir una reserva de la biosfera alrededordel lago y que algunas zonas se inscribancomo sitios naturales en la Lista del Patri-monio Mundial Pero las soluciones a laligera que se inspiran en ideas importa-das no funcionan afirma Christine AlfsenNorodom responsable de medio ambientede la Oficina de la UNESCO de PhnomPenh Hay que favorecer la participacioacutende los gobernadores locales

Pa ra da r a c ono ce r l o s i d ea l e s ya c t i v i dade s de l a UNESCO en t odo e lmundo l a O rgan i za c i oacuten c uen t a c on e lapoyo y l a pa r t i c i p a c i oacuten deEMBAJADORES DE BUENAV O L U N TA D n o m b r a d o s p o r e l D i r e c t o rGene ra l A c t ua lmen t e s on uno s v e i n t e e i n c l uyenpe r s ona l i dade s t an d i s t i n t a s c omoR i gobe r t a Men chuacute Tum y Ms t i s l a vRo s t r opoacutev i c h P e l eacute y P i e r r e Ca rd i n I kuoH i r ayama y Mon t s e r r a t Caba l l eacute

La UNESCO ayuda a elaboraraprobar y ratificar INSTRUMENTOSNORMATIVOS INTERNACIONALESHasta el momento 33 han sidoadoptados bajo sus auspicios siendolos maacutes conocidos la ConvencioacutenUniversal sobre Derecho de Autor(1952) que protege la propiedadintelectual representada por elsiacutembolo copy y la Convencioacuten para laProteccioacuten del Patrimonio Mundialcultural y natural cuyo 25ordm

aniversario se celebra este antildeoLa uacuteltima es la Convencioacuten sobre elreconocimiento de las calificacionesrelativas a la ensentildeanza superior enla regioacuten europea adoptada en abrilde 1997

M e d i o a m b i e n t e

Su servicio ha ayudado a crear la unidadde coordinacioacuten teacutecnica dentro del Minis-terio de Medio Ambiente para reunir atodos los agentes afectados con el fin deadoptar y aplicar unos planes de conser-vacioacuten y unas estrategias de desarrollosostenible elaborados por el Gobierno laUNESCO otros organismos de las Nacio-nes Unidas y algunas ONG

Paralelamente se estaacuten llevando a cabonumerosos estudios sobre la flora los paacute-jaros las pesqueriacuteas la geologiacutea la hidro-logiacutea la topografiacutea la demografiacutea y lascondiciones socioeconoacutemicas Tambieacuten seintenta hacer participar a la poblacioacuten lo-cal mediante una serie de talleres y decampantildeas de informacioacuten y de educacioacutensobre temas como la contaminacioacuten de lasaguas subterraacuteneas y la utilizacioacuten de pes-ticidas Como en todas las reservas de la

biosfera la consulta permanente y la parti-cipacioacuten de la poblacioacuten deben ser funda-mentales

A escala internacional la UNESCOtambieacuten preveacute celebrar una conferenciasobre el Tonle Sap para coordinar la ayu-da de los donantes ya que ese sitio des-pierta el intereacutes de varias organizacionesLa Unioacuten Europea por ejemplo proporcio-na una formacioacuten teacutecnica y cientiacutefica laUnioacuten Mundial para la Naturaleza ayuda ainventariar la biodiversidad y WetlandsInternational colabora en el plan nacionalde accioacuten en favor de las zonas huacutemedasSi bien cada organizacioacuten se concentra ensu aacutembito todas colaboran con las autori-dades camboyanas para establecer los si-tios prioritarios evaluar la biodiversidad yel patrimonio recoger los datos baacutesicos ysensibilizar al puacuteblico Tambieacuten se llevan

a cabo proyectos generadores de ingresosplanes de creacutedito y programas de irrigacioacuteny de piscicultura con la ayuda de organis-mos internacionales de ayuda al desarro-llo

Todas estas acciones en favor del TonleSap en las que participan 13 organizacio-nes y cuatro ministerios cuestan maacutes de13 millones de doacutelares Y demuestran queel Tonle Sap es una regioacuten valiosa y com-pleja donde la conservacioacuten y el uso sen-sato de los recursos deben ir juntos paraque sobreviva Pero los organismos de ayu-da son tambieacuten plenamente conscientes deque el futuro del Tonle Sap depende de laresolucioacuten de la crisis poliacutetica camboyanaque solamente puede venir de dentro

Sue DOWNIETonle Sap

El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

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El ANtildeO INTERNACIONAL DEL OCEacuteANO (1998) seraacute la oportunidad para sensibilizar

a la opinioacuten puacuteblica y en especial a los joacutevenes de la importancia de los oceacuteanos de las zonas costeras y de

sus recursos 1998 seraacute tambieacuten el antildeo del cincuentenario de la DECLARACIOacuteN UNIVERSAL

DE LOS DERECHOS HUMANOS al que se asociaraacute la UNESCO en particular a traveacutes de

actividades de informacioacuten de educacioacuten y de sensibilizacioacuten

Cada antildeo la UNESCO organiza maacutes de treinta conferencias para los representantes de sus Estados miembros y

unos sesenta seminarios y reuniones de expertos de todas las regiones del mundo Ademaacutes de las reuniones

de los COMITEacuteS Y CONSEJOS INTERGUBERNAMENTALES de los diferentes

programas internacionales de la Organizacioacuten he aquiacute las principales REUNIONES PREVISTAS

para 1998-1999 La seacuteptima CONFERENCIA DE LOS MINISTROS DE

EDUCACIOacuteN de los Estados miembros de Aacutefrica sobre el tema de la educacioacuten baacutesica (en un paiacutes

africano el primer trimestre de 1998) La Conferencia Mundial sobre la ENSENtildeANZA SUPERIOR

(en la Sede del 28 de septiembre al 2 de octubre de 1998) La tercera reunioacuten ministerial sobre la educacioacuten

para todos de los NUEVE PAIacuteSES MAacuteS POBLADOS (en la Sede 1999) El segundo

Congreso Internacional sobre la ENSENtildeANZA TEacuteCNICA Y PROFESIONAL (Seuacutel

Repuacuteblica de Corea 1999) La Conferencia Panafricana sobre la GESTIOacuteN INTEGRADA DE

LAS ZONAS COSTERAS en una perspectiva durable (Mozambique 1998) La CONFEREN-

CIA MUNDIAL SOBRE LA CIENCIA basada en la investigacioacuten-desarrollo y la contribucioacuten

de la ciencia al progreso de las sociedades (1999) La Conferencia Intergubernamental sobre las

POLIacuteTICAS CULTURALES PARA EL DESARROLLO con el fin de discutir sobre

estas frente a la diversidad cultural sobre el fomento de la creacioacuten artiacutestica y la financiacioacuten de la cultura

(Estocolmo Suecia 30 de marzo al 2 de abril de 1998)

El CONSEJO EJECUTIVO debe llevar a cabo sus dos sesiones anuales y la CONFERENCIA

GENERAL su 30a sesioacuten el uacuteltimo trimestre de 1999

A G E N D A

U N E S C OFUENTES

  • Sumario