La Estrella Del Norte de Mexico
-
Upload
andresbohorquez001 -
Category
Documents
-
view
218 -
download
0
Transcript of La Estrella Del Norte de Mexico
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
1/131
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
2/131
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
3/131
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
4/131
L A E S T R E L L A D E L N O R T E D E M E X I C O
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
5/131
L A E S T R E L L A D E L N O R T E D E M E X I C O
HISTORI
#
D E L A . MI L A G f t O B A I MA G E N D E
M A R I A S T K j L D E G U A D A L U P E ,
ESCRITA IN EL SIGLO XVII POR EL P. •
F R A N C I S C O D E F L O R E N C I A ,
De la Compañía de Jesús.
NUEVA ED I CI ON CON P ROLOGO DE L S K.
D E . XD A.O- T J S T I I S T 3DE X ^ H O S A .
C a n ó n i g o L e c t o r a l
de la
S a n t a i g l e s i a C a t e d r a l d e ü u a d a l a j a r a .
CON LICENCIA DE LA AUTORIDAD ECLESIASTICA.
» * OCIM
G U A D A L A J A R A .
IM P R EN TA D E J . C A B R ER A . —C A R M EN Y M A ES TR A N ZA , LETR A F .
1895.
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
6/131
B T Ù ù
• G É
f ï
;
m ?
O *
r ^ ç j ^ j j ^ l t ^
—
3
m pío picb ab, ciàççju-saba cov i|ot we á l'a íc-tj á faucr-
bci Sic.
cFtanci.>co 5e £U ba . Se
kï-z-o eî
Óepóaifo cju-c ptcvieuc
Cl ̂ ôh içp (§Íl>¿{.
^
v
" "
FONDO HISTORídO , " «
Bi CARGO COVARRUBfAS
1 5 6 0 9 3
L I C E N C I A D E L A A U T O R I D A D E C L E S I Á S T I C A .
" S ec r e ta r í a de l Gobie r no E c le s iá s t i co de G- uad a la ja r a— E l
Tilmo, y Rmo. Sr . Arzobispo de es ta Metrópoli , ha dado la l icencia
que U. solici tó para la edición que U. trata de hacer , de la obra
m uy e s cas a y m uy apr ec iad le de l P . F r anc i s co de F lor enc ia , in t i tu -
l ada " L a E s t r e l l a de l Nor te de México"
Dígolo á vd. para su conocimiento, y como resultado de su re-
fer ida solici tud.
Dios gua r de á U . m uchos años .— Guad a la j a r a . s ep t i em br e 9
de 1895 . - ( F i r m ado) .— F lor enc io P a r ga , S ec r e ta r io .— S r . L ic . Don
F r anc i s co Ar r oy o de An da . P r e s en te .
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
7/131
OPINION DEL ILMO, SR. OBISPO D E Q UERETARO.
" Obis po de Q ue r é ta r o .— R af ae l S . Cam acho . " - — Q uer é ta r o , s ep-
t i em br e 10 de 1895 .— S eñor L ic . D . F r anc i s co Ar r oyo de Anda .—
Guada la ja r a .— Muy s eñor m ío de m i apr ec io :
Me han dicho que U. es tá haciendo la reimpres ió n de la obra
pr ec ios í sim a t i tu lada " E s t r e l l a de l Nor te , " de l R . P . F lo r enc ia , S . J .
He tenido muc ho gusto con es ta noticia , pues esa o bra es ya muy
rara, y, por tanto, sólo la conocen los eruditos coleccionadores de bue-
nos libros . H oy q ue tanto se necesita dar á conocer los fund ame n-
tos de la creencia en el milagro guad alupan o, creo que la laudabl e
em pr es a de U. p r oduc i r á óp im os f r u to s , pues e s te l ib r o e s uno dé los
mejo res que se h an escr i to sobre la mate r ia , y el que lo lee con
a tenc ión , queda en te r am ente pe r s uad ido de nues t r a c r eenc ia nac iona l .
Do y á U. mis parabienes po r so empresa; y s i U. cree que mi
car ta pueda co ntr ibuir d facil i tar la difus ión de dicha obra, puede U .
hacer de ella el uso que crea conveniente.
Su afmo. que lo aprecia y bendice.
F R A F A E L , O B I S P O D E Q U E R É T A R O .
PROLOGO.
¡ Mar ía de Guad a lupe Hé aqu i e l t í tu lo am abi l í sim o con que
es dado á los fel ices m orado res de Méx ico invoc ar á la Rein a de
los cielos : t í tu lo qu e no sólo comp endia to das las grand ezas de la mi-
s e r i cor d ia de l a Or ea tu r a P ur í s im a e s cog ida pa r a Madr e de l Reden-
to r , s ino que t am bién nos dá á en ten de r que todo el am or , toda
la c lem encia , toda l a ine f ab le ben ign idad de l a Vi r gen S an t í s im a ,
s e hab ían de m ani f e s ta r con r a r a m agni f i cenc ia en f avor de l pueb lo
m exicano . Con m uy s ó l ido f und am e nto podem os a s egur a r lo , s u -
pues to que con l a au to r izac ión em inen tem ente r e s pe tab le de l S uce -
sor del Pr ín cip e de los A pósto les , en todos los años y en tod a la
ex tens ión de nues t r a P a t r i a , s e oye r epe t i r ba jo l a s bóvedas augus -
tas de los templos , que el Señor ha quer id o colocarnos ba jo el pa-
trocinio s ingular de la Santís i ma Virg en Mar ía. S i es s ingu lar es te
pa t r oc in io , t am bién deben s e r s ingu la r e s en f avor de nos o t r os l a s
m ues t r a s de l a p iedad de l a Madr e de l S eñor .
Presenciamos con júbilo en nuestros días , que cada vez es más
f e r v ien te y obs equ ios a l a devoc ión de los m exicanos hac ia l a S an-
t í s im a Vi r gen Mar ía , ba jo e l t í tu lo de Guada lupe . L a S an ta S ede
ha o r denado que con e s ta advocac ión r econozcam os á l a Vi r gen
S ant í s im a com o P a t r ona P r inc ipa l de México , y des ea que en todas
la s ca lam idades púb l i ca s y p r ivadas , acudam os á E l l a , en tend iendo
que e s tá s i em pr e p r on ta pa r a aux i l i a r nos . L a m is m a Vi r gen S an-
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
8/131
IL
t ís ima, cuand o se dignó a parecer al dichoso indio Jua n Diego, of re-
c ió m ani f e s ta r s u p iedad m a te r na l á todos los que deb idam e nte l a
invocaren en sus necesidades; y los hechos incontes tables que cons-
tan en nuestra his tor ia , son la pruéf>a ir ref ragable de que es ta pro-
m es a s e ha cum pl ido con toda pun tua l idad .
E n nues t r os d ía s han invad ido á l a P a t r i a los e r r o r e s de l P r o-
tes tant ismo; y no sólo por m edio de ellos , s ino tam bién de otros
muc hos modos, se ha declarad o la guer ra del inf ierno á la vez con-
t r a l a Reg ión d iv ina que p r of e s am os y con t r a nues t r a que r ida P a -
tr ia , cuyo sér nacional es tá íntimamente l igado con su sér católico.
Estas son las cr í t icas circunstancias en que de un modo espeeialís i-
m o neces i t am os de l am par o de l a e s c la rec ida P a t r on a de México ,
de la amorosa Madre de los mexicanos , la Virgen Santís ima de Gua-
da lupe . L a P r ov idenc ia de l S eñor d i s pus o en s us inexc r u ta b le s
designios , que la
preciosa corona
que ha t an to t i em po hem os des ea -
do presentar á la misma Reina de los Cielos en tes t imonio de grati-
tu d y s imbolizando la glor ia de quien tan tos benef icios l ia hech o á
México, por quien tantos pecadores han vuelto al camino de la sal-
vac ión , ba jo cuyo pa t roc in io s e han p r ac t i cado t an ta s v i r tu des p r i -
vad as y públi cas y se han sos tenido con to da f irmeza la fe y la
p iedad de nues t r o P ueb lo , queda r a r e s e r vada pa r a q ue s e l a o f r e-
ciéramos en la época presen te. De ntro de pocos días será un a rea-
l idad l a Cor onac ión (J e l a I m agen de Mar ía S an t í s im a de Gua da lup e
que s e ha r á á nom br e de l S um o P ont í f i ce y por s u m anda to . E s e
día será para México de glor ia inmor tal; y tan fausto acontecimien-
to , no lo dudam os , t endr á por r e s u l t ado que la m is e r i cor d ia de l
Señor se der rame sobre nosotros con s ingular magnif icencia.
Algú n obs equ io , au nque ins ign i fi can te , deb ié r am os o f r ece r á
l a Vi r gen S an t í s im a cuando t an g r and e honor s e concede á l a Na-
ción mexicana . No hemos podi do h acer otra cosa en nue stra pe-
quenez , s ino r e im pr im i r l a apr ec iab i l í s im a His to r i a Gua da lup ana
escr i ta por el P . Francis co de Florencia, cuya obra es mu y escasa.
Nues t r o t r aba jo con t r ibu i r á á que m uchas pe r s onas t engan un pe r -
f ec to conoc im ien to de los p r od ig ios de am or que im por tan l a s Apa -
r i c iones Guada lu panas . E s pe r am os qu e e l S eñor bend ig a nues t r os
a f anes , y que l a com ple ta ins t r ucc ión que en l a r e f e r ida obr a puede
adqui r i r s e r e s pec to de l d i s t ingu ido f avor que e l S eñor nos d i s pens ó
con l a s Apa r ic iones de l a Vi r gen S an t í s im a , s i r va pa r a aum en ta r
su culto y devoción.
Mar ía , Madr e de Dios y Madr e nues t r a p iados í s im a , s e d igna r á
acep ta r e s te t e s t im onio de nues t r o am or y g r a t i tud .
D r . A g u s t í n d © l a R o s a *
P R O L O G O D E L A U T O R
Tienes ya, benigno lector , en es ta Relación, la deseada His tor ia
de la milag rosa Imagen de Gu ada lup e de México, y en ella achira-
da s u cons tan te t r ad ic ión , des de e l año de 1531 has ta e l p r e s en te
de 1688 ( l) . Ve rás en ella lo q ue escr ibieron los españole s y na-
turales , lo que los extrañ os y propios , u niform es todos en confesar
la grand eza del prodigio , las inform aciones que a hora 22 años se
pr oces a r on por o r den de l V . Dean y Cabi ldo S ede Vacan te , los pa -
sos que en Ro ma se han dado , y algun os progre sos en crédito del
m i lagr o ; los m uchos y g r andes que por e s ta S an ta I m agen ha obr a -
do e l S eñor , p r inc ipa lm ente en México y Nuev a E s paña ; f ina lm ente ,
en e l l a ha l l a r á s l a s novenas que los devo tos des ean pa r a f r ecuen ta r
con e s p í r i tu s u S an tua r io . S i echa r e s m enos en s u abu l t ad o vo lu-
men, algunas cosas que en asunto tan super ior es preciso que ó los
hay a om i t ido el cu idado ó que no l a s h aya encont r ado e l e stud io ,
sabrás , como tan discreto, que así como no se pued e decir cuan to
liay de pr im ores y per fecciones en el Or igi nal Soberano , as í no se
pued e e sc r ib i r cuan to Dios h a obr ado de m ar av i l l a s y bene f ic ios
por s u adm ir ab le I m agen . Mandá r on le á Ape le s p in ta r un g igan te ,
y él delineó en un extendido l ienzo un solo dedo de él , dando^á en-
tende r , que s i endo l a e s ta tua de l g igan te t an g r ande , p in ta r un s o lo
dedo e r a m ucho; p in ta r l a toda , im pos ib le. E l dedo de Dios e s aques -
(1) Este prólogo fué e sc ri to e l año de 168S; pe ro según apa rece de a lgunas re fe renc ia s que
se hacen en e l cue rpo de la obra , é s ta fué e sc ri ta hac ia e l año de 1675. La edic ión que se t iene á
la vi s ta , e s la primera y única mexicana (1741).—Nota de los Edi tores
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
9/131
t a p r od ig ios a I m agen ; de l inea r todo lo q u e lia obrado su poder in-
finito por
ella, 110
cabe en p ince l hum ano . E n te nde r á s por el t am año
del dedo, la indec ib le g r andeza de su e s ta tu r a .
E n t r e l a s obr a s que t r a t a n de es ta S agr ada I m agen , y andan
impresas , son muchos eruditos y doc tos s e r m ones q ue s e han dado
á l a e s tam pa . Algu nos t engo , vene r o y admiro . Eso s cito en el
cuerp o de es ta His tor ia , no tocios , en q u e no he que r ido gas ta r
t iempo, porque como apenas tocan la letra de la His tor ia , por dila-
tarse en lo panegír ico de los conceptos , me h a pa r ec ido no pone r
es tud io en lo que á és ta s irve poco y em bar aza m u c h o . Sólo no h e
podido excus a r , e l da r t e a l g u n a r azón de uno que se predicó en la
Cor te de Madr id á una f ies ta que á es ta Santa Imagen hizo la Sra.
D^ Mar ía L u i s a de T oledo , h i j a de l E x cm o. S eñor M ar qués de
Mancera, el año de 1683, á 13 de diciembre, en el Or a to r io de S an
F e l ipe Ner i , por que s é que has no tado en é l c i e r t a s p r opos ic iones
que pa r ecen opues ta s á la g lo r i a que t an s ingu la r m en te ha dado á
México y á e s te nob i l í s im o K e ino s u adm ir ab le Apar ic ió n , y que
t i enes con t r a m í que ja , por que e s c r ib iendo l a His to r i a de t an p r o-
digioso milagro, me h e da do en ella p or des ente ndid o de lo que
contra el la dice, como s i no tocara á un his tor iad or escr ibir lo que
en su asunto es verda d y deshace r lo q ue á el la se opone. Q uiero
s a t i s f ace r te y d i s cu lpa r a l p r ed icador .
Las proposiciones que en él sobresalen, son: 1.
a
Que esta Sobe-
rana Imagen nació en México y se apareció en Madrid; y que por
aparecida en Madrid, es más lo que ha favorecido á España que lo
que ha favorecido á las Indias. 2
a
Que esta milagrosa Imagen es
más propia de España que de las Indias, porque las Indias sólo le
dieron la palma
(hab la en la opinió n del Lic. Becer ra, que dice se
f or m ó la t i lma, d e aque l géne r o de pa lm as que l l am an los m exica -
nos I czo t l )
de que se tejió el lienzo en que se pintó; pero España le
dió las rosas de Ca stilla q ue la pintaron.
3.
a
Que esta Santa Ima-
gen no tuvo en México ni en las Indias los cultos que deseaba; ni es-
tuvo en las Indias con sosiego, hasta que se los dió la veneración en
Madrid.
4.
a
Que México d ebe á esta Image n los cultos de obliga-
ción; Madrid sólo de obsequio; y que asi como es más ventajoso el
obsequio que la obligación, más ha hecho l a Corte de Madrid en cele-
brarla, que México en aplaudirla.
E s ta s s on l a s m ás s obr es a l i en te s p r opos ic iones á que s e r edu-
cen las que e l Déda lo de l se r m ón a r r o jó á vo la r en las alas de su
ingen io , m ás a l a i r e pop ula r que a l t e a t r o doc to de la Cor te : que
quis ieras , lector conmigo severo y con él no benigno, que mi His to-
r ia las calif icara con ser ied ad y las escarm entara con r igor . Y n o
pienso dar te gusto, s ino s a ti s f acc ión , por que h a b i e n d o Í e í d o dicho
sermón, con el agrado q ue los demás de es te ingenioso orador , ha llo
en él más que agrade cer le que censu rar le , p ues el que rer hacer su-
ya tan prodigiosa Imagen, más es glor ia de México, que por s ingu-
lar favo r de Mar ía posee la or ig inal , que de Es pañ a, que sólo la
goza en sus copias . Y su piado so empeño , por más que diga que
es propia de Madr id por las f lores ele Casti l la que la pintaron y ya
des apa r ec ie ron , no s e l a puede qu i t a r á México , en cuya m an ta pe r -
severa has ta hoy mu y f i ja. Conf ieso qu e p or tesoro el mayo r que
hay en l a s I nd ia s , pud ie r a ( y tuv ie r a buen gus to ) des ea r con los
demás que para Casti l la cr ian fecundos sus minerales , l levarse tam-
b ién aques te á Madr id , á donde v an com o á cen t ro todas s us r iquezas ;
pero es te Celes tial Tesoro más le imp or ta á Españ a acá conservan-
do las Indi as , qu e s i es tuv iera al lá i lus tran do la Cor te . Como el
sermón no se lo l leve con efecto, te impor ta poco que con el afecto
se lo lleve.
Q ue en la p r im er a p r opos ic ión aven ta je l a Apa r ic ió n ( s i e s apa -
r i c ión) de una cop ia que l l evó aque l l a i lus t r e s eñor a á Madr id ; ya
ves , que sólo es pin tar com o quere r . ¿Cuánto más es la Apa r ición d e
la I m agen or ig ina l hecha en l a r ea l idad y en l a ve r dad en México por
la Sob eran a Señora de los Cielos y de la Tier ra , con tan prod igio-
s a s dem os t r ac iones de am or y ben ign idad?
Hab e r s e p in tado con los m a t ice s de l a s que acá l l am an r os as
de Casti l la , y no son s ino rosas de las Indias , donde nacen y donde
las da la t ier ra , es vol unta r io discurso d e su ingenio; por que como
verás en el capítu lo V de es ta His to r ia , de ella sólo consta que la
S an t í s im a Vi r gen d i jo á J uan Diego :
Que en el cerro hallaría diver-
sas flores,
con l a pa labr a m exicana
mochi xocliitl
, que quie re decir
muc has f lores , s in dis t ingu ir ni de la t ier ra , ni de Casti l la . Es ver -
dad que de aque l l a an t igua r e lac ión que c i to a lgunas veces en l a
mía, parece que sacó el Lic. M iguel Sánchez, que
entre las varias
flores de singulares olores y colores, había rosas de Alejandría,
que
son las que l lamamos de Casti l la ; y los pintores , de ordinar io, sólo
pintan és tas , porque como más rozagantes , sobresalen más en sus
p in tu r a s ; pe r o s i por qu e en t r e m uch as de I nd ia s hubo a lgunas de
Casti l la , quie re el predi cado r qu e es ta Sa nta I mag en sea más de
Casti l la qu e de México, en sabien do qu e las más flores eran de las
India s , se verá ob ligado á res ti tu ir á México la m ayor pa r te de ella
com o nues t r a , por l a m is m a r azón que l a p r e tende hace r toda s uya .
Y como en la realidad la deje acá en México, l lévesela á Madr id y
á donde gus ta r e , con e l a f ec to ; que t i ene m uy buen g us to en que-
r e r una p r e s ea que t an to va le . A un hom br e n o m enos r ico que
discreto, le dijeron una vez que tenía muchos codiciosos su dinero,
y r e s pondió con l ibe r a l idad :
como no m e lo saquen de los cofres y
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
10/131
Uevsn, yj Jes doy licencia qae lo codicien.
Si á t í , lector amigo, la
p iados a codicia del predic ador 110 te l leva á Madr id la Sají t a Ima-
gen , qué se te da que con su ingenioso discurso te la robe?
Dice
que se debe á las fiares de Castilla que apareciese esta
Imagen
en
México;
y no dudes que como se debe la fe y cr is t iandad
de es te Reino al católico celo d e Casti l la , se deb e tambié n el que
par a introducirse en él la cr is t ian dad y la fe , se aparecie se en Mé-
xico entre f lores es ta Imagen . Y por es te lado, como los que acá
nacieron de los que vinieron de allá , deben el sér noble que t ienen
á España , debe es ta Imag en, que na ció acá, el sér milagroso q ue
tiene, al celo católico de los de Casti l la , que por él la merecieron.
Y es te dereclio recíproco, prueba que como los hijos son propios de
sus padres , los padres deben ser también muy propios de sus hijos ;
y que como es prop ia de los hijo s de Méx ico es ta Im agen, á q uien es
la dió el Cielo, es prop ia de los de Casti l la , que les dieron el sér ,
es ta Imagen. Y por el mismo tí tulo, tod as las sagra das imáge nes
de España, que son propias de sus padres , serán propias de los ele
las Indias , que son sus hijos ; pero como es te derecho de apropiación
no quita sus milagrosas imágene s á Casti l la para las India s , no de-
be quitar Casti l la á México la s uya pa r a Madr id . As í lo conf ie san
los cuerdos , as í lo platic an y practi can los ingenios , y el sermón lo
confiesa al fin as í; que de o t r a s ue r te , f ue r a cega r s e negando á Mé-
xico lo qu e el Cielo tan l iberal le dió.
La tercera proposición es :
Qae la Santa Imágen de Guadalu-
pe, no tuvo en las Indias los cultos que deseaba, h asta que los tuvo en
la corte de Madrid colmados.
E x tens ive , qu ién lo duda? Com o n i
su Imagen milagrosa del P ilar (y lo mismo digo de otras) los tuvo
en Zaragoza extensive colmados, bas ta que en sus copias salió á re-
cibir los de otras provincias . En e s te sentid o lo dirá el pred icad or ,
que en otro no pud ie r a con ve r dad dec i r lo , pues los que en México
tiene, son sus iguales , aun que los co mpitan los de la Cor te . Dec ir
que no tuvo sosiego en las veneraciones de México hasta que salió á
buscar las de la Corte
, es enca recimien to piadoso, no te emba race.
¡Cuán tas veces hab rás oído á los pred icadores , que Dios , entre los
ándeles , no tuvo en su am or sos iego has ta qu e bajó á bus car sus
delicias entre los hombres
IMitia mía est tecum filis liominumf
Y como no se of enden de e s ta s h ipé r bo le s los ánge le s , que e s tán
m u y seguros en la poses ión de su dicha, ni tú debes hacer caso, en
el gozo incomparable de es ta Soberana Imagen que t ienes , de seme-
jantes encarecimientos .
E n la cuar ta p r opu es ta , ha s r epa r ado que s e a r r o jó á dec i r :
Qu e á esta Imagen, debe los cultos México de obligación, Madrid só-
lo de obsequio-, y que como el obsequio es mis que la obligación, más
hacen Madrid y Castilla en celebrarla, que México y las Indias en
aplaudirla.
Y como quie ra que á todas las imágenes , y más á las
de Mar ía Señora Nuestra , se les debe el culto, la adoración y reve-
rencia, en tocio el mundo católico, de obligación y no sólo de obse-
quio, le parece á tu religioso celo que no hab la como debe, s ino
como quiere, de es ta sagrad a Imag en de Mar ía, e l predic ador . En
sabiendo , como deb es saber , q ue el au tor del sermón es docto, es
piadoso y de extremada devoción á las imágenes de la Señora, in-
terp reta rás con pi edad la proposición, y creerás que en ella se mues-
t r a vene r ador de tu m i lagr os a I m agen , y que l a pa labr a
cultos, en
s u s e r m ón, e s lo m is m o que ap laus os y f e s te jos que l a p iedad y de -
voción de los f ieles suele dar á las imágenes , s in obligación, y por
m er o obs equ io . Y en e s ta com par ac ión , aunq ue a laba con ve r dad
á Madr id, con ella aventaja á México, pues en ella conf iesa, que los
obs equ ios de g r ac ia que Madr id hace á e sta S an ta I m agen , de g r ac ia ,
son en México de jus ticia; y en la buena y cier ta Teología, más es ha-
cer de obligación lo que es sólo de obsequio, que hacer solamente por
obs equ io lo que no e s de job l igac ión . P r egú nta le a l au to r de l se r m ón,
s i e l seglar que po r solo obsequio, con d evoción gu arda pobreza ,
cas tidad y obediencia, s in obligarse con votos , Lace más que el re-
l igioso que con obligación de ellos of rece á Dios ese mismo obse-
quio, y verás lo que como docto y católico te responde; y quizás
por no caer de su propuesta en obsequio de quien la dijo, se acoge-
rá á lo que probó en otro asu nto (de q ue parece quiso olvidarse
por logr a r l a agudeza de s us concep tos ) que t am bién e s p r op ia de
Casti l la , por sus rosas , aque sta Image n; y que como á la Imagen
propia le da Madr id los obsequios de obligación que dice le da Mé-
xico por ser propia; y s i as í lo dijere, como por no contradecir se lo
debe decir , ya es tarán México y Ma dr id tas á tas , en su sermón
por lo menos, que será salir México con ventaja .
Per o s in es tas comparac iones (qu e en cual quiera mater ia son
odiosas) 110 puedes negar , quedejándose de ellas el autor del sermón,
hab la despu és con gran de aprecio, afecto y devoción, de es ta admi-
r ab le I m ágen . A f o ja s 295 , d ice a s í hab la ndo de l a p r end a de s u
protecció n que nos dejó en su Imágen, impresa en la capa del in-
dio:
de esta circunstancia quisiera yo que sacáramos todo s grande
devoción á esta Sagrada Imágen, y grande c onfianza para esperar
su protección-, porque si en alg unos aparic iones se ha. visto el patro-
cinio de María extendiendo esta Señora el manto y defendiendo con
él á ,
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
11/131
co y á nuestra España, quiso quedarse en la capa de un indio, por
que en ella caben los dos espíritus
( s p í r i tus dúp le x)
con que favore-
ce á ambas 'partes. Tan em pleada ha de estar en hacernos beneficios
en esta Corte , como si hubiera aparecido solamente en ella. Tan be-
néfica se muestra en cquel Nuevo Mundo, como si solamente para él
hubiera aparecido. Eso es estar esta lmágen Sagrada en la capa en
donde caben dos espíritus enteros,
( s p í r i tus dúp lex P a l l ium quod ce -
ciderat Elix.) Pud iera s ¡oh lector s iendo de México, decir más de
es ta lm áge n bend i ta , que e s te p r ed icador de Ar agón? ¿P e r dóna le ,
pues , el obsequio á Madr id, y á la Señora á quien predicaba, que es
de Casti l la , s i l levado con vehemencia de él , apropia á Madr id lo
que no l e puede qu i t a r á México .
Y pa r a que m ás b ien t e des p iques en e s te pun to , t e r uego que
de aqueste sermón pases á leer un l ibr i to en octavo, que el año de
1681 im pr im ió en Rom a Anas ta s io N icos e li , en tos cano , de l a apa-
r i c ión m i lagr os a de e s ta s agr ada lm ágen de Guada lupe , s acado de
una relación (como dice en el prólog o) lat ina , qu e de es te milagro
se presentó con las peticiones de la ciudad de México, del Cabildo
S ede Vacan te , y de todas l a s Re l ig iones , en l a S ac r a Congr egac ión
de R i tos , á f in de que l a S an t idad de Ale jand r o P apa S ép t im o h ic ie r a
día de f iesta el de su apar ició n milagrosa , y diese misa y rezo par -
t i cu la r á aque l d ía ; todo lo cua l s e p r e s en tó á l a S agr ada Congr e -
gac ión , en nom bje de l doc to r D. F r anc i s co de S i l e s , Canónigo L ec -
to r a l de l a S an ta I g le s ia de México , P r ocur ado r de l a caus a , con
una ca r t a de l I l lm o. y E xm o. S r . Don Diego Os or io E s coba r y L la -
m as , Obis po de l a P ueb la , Vi r r ey de México y Gob e r nado r de l Ar zo-
bispado, á doce de junio del año de 1663; y las informaciones jur í-
dicas de qu e hab lo en el cap ítulo 13 del año 1667, á 4 de marzo.
E n e s te e legan te y p iados o e s c r i to , ve r á s á tu p r od ig ios a lm ág en
conocida y aplaudida ya, no sólo en la Cor te de España, s ino en la
Cor te de " Rom a , apr obada de l Maes t r o de l S ac r o P a lac io ; m andada
im pr im i r de Mons eñor Vices ge r en te , adm i t ida á exam en en l a S a -
gr ada Con gr egac ión de R i tos , nom br ada de s u au to r :
Commune totius
mundi gaudium,
con S an Ger m án:
Im '¡gen maravillosa, siempre ama-
lle y adorable déla gran M adre de Dios,
ded icado a l R . P F r a y
Ra im undo Capi s ucco , Maes t r o de l S ac r o P a lac io , con o t r a s inum e-
r ab le s exce lenc ia s de e l l a , que p r ueban :
que fué singular favor que
Dios hizo á México en su milagrosa aparición en ella; que es Ima-
gen propia suya, sin que por eso deje de extenderse á toda la Cris-
tiandad, como de común beneficio, su influencia
; que aunqu e f ue r a
del Reino le ha acrecido la piedad nuevos cultos , nunca le l ian falta-
do en los obseq uios religiosos de México , los que debe y se le de-
b e n :
Con ogni maggiore esquisitezsa
(por decir lo con sus mismas pa-
labr a s )
e suntuosita d i pretiosa supellectile di vasi sacri, di lampa-
de, di candilieri de oro & argento & con che ella si custodisce si ve-
de, si venera, & si adora no solo dal frequentissimo concurso di pai-
sani del Messico, ma da tutti popoli de ques to novo Emisphero
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
12/131
H I S T O R I A
D E L A
D E MEX ICO .
C A P I T U L O P R I M E R O .
Sitio de la Aparición de la Smta Imagen de G-uaclalupe.
México, en su genti l idad, Cor te del gran Imper io de los Tolte-
cas y Culhuas , y Cabeza de m uchos Re inos t r ibu ta r ios s uyos , tuyo
su pr incip io y nom bre, según la et imo logía de él , de la apar ició n
de una luna l lena, que no había de preciarse de menos lucido or i-
gen , c iudad de t an ta ce lebr ida d y g r andeza E l ca s o lo cuen tan
así los Naturales , por tradición de sus mayores y por noticias de los
m apas de s us p in tu r a s : Habi endo s a l ido de aque l l a s Reg iones de l
Nor te ( que l ioy n i aun p r obab le s con je tu r a s hay) de l a s cua le s f ue -
r on m uchas f am i l i a s de Culhuas y T o l tecas l l am ados des pués Me-
x icanos , por l a c iudad que f unda r on por los años de novec ien tos y
noven ta de l nacim ien to de nues t r o S a lvador , conduc idos de la voz
de su Oráculo, que era el cadáver ó esqueleto de un ins igue hechi-
cero (por quien les hablaba, cuando vivo, el demonio, y p o r qu ien
m uer to l e s daba r e s pues ta s des de s u f é r e t r o ) e l cua l l e s hab ía m an-
dado que en l l egando á u n p u e s t o en que hab ía n de ha l l a r un águ i l a
s obr e un tuna l , h ic ie s en a l to y f und as en un a c iudad en que h a b í a n
de da r f e l i z p r inc ip io á s u f o r tuna .
L lega r on , pues , pa s ados m u chos años de pe r egr inac ión y de
trab ajo s en ella , una noche, á las or i l las de la gran lagu na, que l la-
m ar on des pués de T excuco , a l t i em po y cuando e s tando to ldado de
es pes as nubes e l c i e lo y con g r ande obs cur idad , s e des pe jó de r epen-
te , y esclareciéndose eí aire , apareció como es cosa natural , per fecta-
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
13/131
men te represe ntad a en el agu a la luna, que entonc es es taba en cre-
c ien te . E s ta r epen t ina apa r ic ión de l a luna y e s ta no im aginada
ilus tración del cielo, como tan dados á la supers tición de los agüe-
ros , tuvieron á especial demo stración y provid encia de su Dios
Hui tz i lopoch t l i ( que a s í s e l l am aba e l hech ice r o) y ha l l ando a l d ía
s iguiente en un I s lote (el cual quieren algunos que sea el s i t io donde
está hoy la Catedral , y el del tunal donde es tá el Humilladero de la
Cruz de los Talabar teros : que no af irmo) que había all í , cerca de la
l aguna , e l águ i l a s obr e e l tuna l , f u nda r o n l a c iudad y l e pus ie r on e l
nom br e de l a luna que en su l engua e s
Metztli, Metzico,
que qu ie r e
decir : donde se apareció la luna. Est a es la his tor ia , y es te el pr in-
cipio de México, según la tradición de los Indios .
Y quié n no ve que es ta ob servancia fu é una vana supers ti-
ción, y que sólo fué verdad para México en los dichosos pr incipios
de su convers ión á la Fe, en que apareciéndose á las or i l las de su
laguna, la luna l lena de luz y de gracia desde el pr imero ins tante
de su sér natu ral , Mar ía, y después den tro de ella su verdade ro re-
t r a to é I m agen de Gu ada lup e en l a capa de un ind io Mexicano ; pu-
do l l am ar s e con ve r dad México , c iudad á qu ien d ió nom br e y da r á
c r éd i to inm or ta l l a apa r ic ión de una im ágen m i lagr os a que t i ene
á los pies la lu na y las apar ic iones de su milagroso Or igin al , a l
t i em po en que d i s pus o l a Al t í s im a P r ov idenc ia y l a ine f ab le m is e r i -
cor d ia de l Dios ve r dade r o , que des hechas l a s d ens as t in ieb la s de
la inf idelid ad, en med io de la obsc ura n oche d e su idola tr ía , es-
clareciese la luz de la F e, en es te nu evo mu ndo amer icano, para
a lum br a r á t an ta s a lm as que e s taban en l a s som br as de l a m ue r te
y enderezar sus pasos por el camino de la vida?
Aque l Or igen y nom br e de l a México gen t i l , s om br a f ué , y un
obs cur o bos que jo de l a c r i s t i ana México , c iudad que tuvo e l s é r de
la vida Cr is t iana, y la luz de la verdad Evangélica, cuando se le apa-
r ec ió l a I m ágen 'de Mar ía S eñor a nues t r a , que dom ina s obr e e l l ago
en que e s tá f unda da , com o la luna s obr e e l m ar . C iudad que en
el s i t io en que se le aparec ió milag rosam ente es ta Santa Im ágen,
había de crecer y descollar por las inf luencias de es ta mís tica luna,
entre las m is descolladas y crecidas de l uno y del otro mund o, a ún
m ás que p
>•
los grandes edif icios que la ennoblecen- por la heroica
piedad con que sus morad ores la edif ican; que hab ía de ser de las
más hermosas , de las más opule ntas , de las más abastecida s , de las
m ás f r ecuen tadas y ap laud idas de l Occ iden te ; en que hab ía de ga-
nar el c ielo po r el culto del Dios verdad ero, por la devoción d e su
S an t í s im a Madr e , por l a s v íc t im as s agr adas de l S ac r i f i c io inc r uen to
de l Al t a r r epe t idas cada d ía en t an tos y t an s un tuos os T em plos
com o ti ene , m ayor núm er o de a lm as p r edes t inad as que l as que s e
tragó el inf ierno, de miserables indios sacr if icados al demonio, en las
torpes adoraciones de sus ídolos y en los crueles sacr if icios de san-
gr e hum ana en s u gen t i l i s m o.
Debiendo con toda l a ve r dad á l a apa r ic ión de e s ta luna Mís t i -
ca que se le d escub r ió en la or i l la de su lag una al raya r en ella la
Relig ión Cr is t iana, su Fe, su pied ad, sus creces y conti nuad os pro
gresos espir i tuales y temporales , mejor que la genti l México, á la
s upe r s t i c ios a apa r ic ión de l a luna , e l nom b r e de q ue t an to s e g lo r í a
en s u nob i l i a r io p r of ano . E s ta apa r ic ión m ar av i l los a de l a S an ta
I m ágen de l a Vi r gen de G uada l upe de M éxico , e s e l a s un to de
aqueste escr i to.
Oh y a s i s t a á m i p lum a s u Or ig ina l s obe r ano , pa r a que a jus -
tánd ose á la verd ad del suceso raro, 110 ofu squ e sus milagro sas lu-
ces con l a obs cur idad de m i des a l iñado e s t i ' o
I
1
-
Ce r ca de M éxico , áun no d i s t an te una l egua caba l , ha y un
pues to , que en s u l engua l l am ar on los Mexicanos
Tepeyaccic,
que
quie r e dec i r : ex t r em idad , pun t a ó na r iz de ce r r o , por l a f o r m a que
en é l r em a tan los que lo r odean por l a band a del Nor te . I í ác ia
es te cer ro, se levanta un f rontón, que señorea con su eminencia los
espacios que miran á México por la par te del Mediod ía: al Ponien-
te t i ene a lgunas pob lac iones , no t an ta s ya , n i t an num er os as com o
en su genti l idad y en los pr incipios de la Conquis ta; a l Or iente, un
es pac ios o ll ano , que s e t e r m ina en l a g r an l agun a de T excuco . A
es te pues to s a le de un ba r r io de l a C iudad que l l am an T la t i lu lco ,
una ca lzada ó d ique , que r em a tando en l a puen te de un a r r oyue lo ,
que cerca de él entra en la Lag una , se divid e en tres pr incip ales
cam inos, que van á d i f e r en te s " P ue b los y P r ov inc ia s , a l N or te , a l
P on ien te , a l Mediod ía .
E s te f r on tón ó ce r r o , e s t á por l a banda de l Nor te , ab ie r to des -
de l a r a íz á l a cum br e en r e s qu ic ios , hend ido en quebr adur as , l l e -
no de r iscos y peña sque r ía , de ta n poca t ier ra y tan es ter i l suelo
en sus altos , que sólo pu ede l leva r m alezas , espinos y espinas , en
tan ta abundanc ia , que apenas hay do nde pone r e l p ie s in e ncon t r a r
abr o jos . He lo p i s ado y pas eado en m i juv en tu d m uchas veces, y
por m ás cu idado que pon ía en los p ie s, s iem pr e ba j aba con a lgo ,
que por m uchos d ía s m e hac ía acor da r y áun s en t i r l a s ub ida .
E n t i em po de s u gen t i l idad , t en ían los Mexicanos en e s te ce -
r ro, un célebre aclorator io, en
que
dab an cu l to á un I do lo l l am ado
en su idioma
Teotenantzin.
Dicen unos que qu ie r e dec i r
Madre de
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
14/131
los Dioses: Tonantzin
ó
Tenantzin
• otros , que es lo m is m o que J / a -
de las gentes ó Madre nuestra
: Dei dad eu su religión supers-
t iciosa ele tanta suposición, como en la an t igüe dad C ibe le s .
Y quiso la Santís ima Virgen, qu e aqu í se diese pr in cipio al
m i lagr o de s u bend i t a I m agen , y s e f undas e s u T em plo , pa r a des -
poseer á es ta men tida mad re de los falsos dioses , ó m adre f ingida
de las gentes , y en su Idolo, al Demonio, de la vana ador ac ión°que
le ciaban los Indios , y mostrar les con m uchos bene f ic ios , "que ella
s o la e r a ve r dade r a Madr e de l Dios ve r dade r o , y Madr e ve r dade r a
de los hombres; y que en es te monte se ver if icara, q u e donde abun-
dó e l de l i to , s obr e abunda r ía la gracia.
Y que el s i t io q u e h a b í a s ido A l t a r in f am e de un t o r p e Idolo,
s e r í a T r ono S agr ado de una P ur í s im a V i r g e n ; y que en el lugar en'
q u e
se
p r ac t i ca r on tan sacr i legos cultos , y se ejecutaron sacr if icios
tan inhum anos , y en e l Ador a to r io en que se dieron t a n m ent i r o -
sas respuestas y oráculos tan engañosos , se e r ig i r í a un T em p lo á
honr a de Dios y de s u madre, como se er igió el que hoy t iene, en
que s e adm in i s t r an á lo s I nd ios lo s S ac r am entos , y se repite el sa-
cr if icio incruento de nues t r a Redenc ión en l a s m uchas Mis as que
cada día se dicen. Se predic a la Ley verdadera, se enseña la Doc-
tr ina Cr is t iana, se rezan los mis ter ios del Ros a r io de l a S an t í s im a
Y
írgen á Coros , se cantan su L e tan ía y S a lve f r ecuen tem ente , r ec i-
ben los f ieles en sus vis i tas y en sus novenas , por inter iores inspi-
raciones , respuestas del oráculo de la Vi r gen , en su m i lagr os a I m á-
gen, p a r a todas las necesidades y negocios que le encomiendan, con
o t r os m u c h o s ejercicios de ve r dade r a Re l ig ión v devoc ión pia-
dos a , que edif ican, enternecen y m ueven á a laba r á Dios , á los que
entran en él , como en un tras lado del Cielo en la t ier ra .
§11.
A la f a lda de es te cer ro, por la par te que mira a l Or ien te en el
l l ano d el camino real , se ve un manantial con su brocal, que lo ci-
ne en ám bi to , en f o r m a de una f uen te ó p i l a capaz ; sus agu as son
algo gruesas* el sabor , olor y color , persuaden que pasan por mine-
r a le s de p iedr a a lum br e ; e l ím pe tu con que b r o ta de l a t i e r r a , le-
v a n t á n d o s e de ella cas i una tercia , con un plumaje r izado que for -
m a^ caus a adm ir ac ión , por qu e pa r ec iendo a l ju ic io hum ano , que
s egún la fuerza con q u e s ube , y la violencia, y l a abundanc ia con
que cae, nab ia de a r r o ja r a l eg ido un buen r auda l de agua , no es
as i , smo que se resuelve en u n hilo ta n ténue , s u t i l y de lgado , que
apenas s e pe r c ibe al des lizarse, pe r m anec iendo s iem pr e al parecer
de los ojos , en su alberca, des pué s de l lena, cas i en un ser , e l cau-
dal de sus aguas , s in recrecer , ni menguar , ni ir en aumento, ni ago-
tarse.
T iéne la s l a expe r ienc ia por m edic ina le s pa r a d ive r s a s enf e r -
m edades , ó por v i r tud na tu r a l de te r s iva y r e s o lu t iva que le s co-
munica el alumbre; ó más, por calidad, como la piedad juzga, mila-
grosa, comun icada de la San ta I inágen, qu e tan cerca de él es vene-
rada, y de la Santís ima V irgen, qu e en el s i t io en que es tá , ó á po-
co trech o de él se apareció á Jua n Diego, y le dió las rosas qu e pin-
t a r on l a S an ta I m ágen . He v i s to va r ia s veces á l a s I nd ia s l ava r
en es te manantial á sus hijuelos con gran fe y devoción; y me af ir -
m ó pe r s ona de todo c r éd i to , que todas cuan ta s v ienen á v i s i t a r l a
San ta Imág en ó pasan por al l í de camino, hacen es ta dil igencia,
bas ta con los n iños de pecho , pa r a r em edio ó p r evenc ión de s us
do lenc ia s : y nunca d uda r é qu e l a m is e r i cord ios a S eñor a que s e e s -
> tam pó y r e t r a tó en la S an ta I m ágen de Guada lu pe pa r a hace r b ien
desde ella , con especiali dad á los Indios , acude á su sencil la con-
f ianza con s ingular as is tencia: j)ues de s í , dice por el Espír i tu San-
to :
que es amante de los que la aman: y que los que la buscan, ha-
llan en ella vida y salud.
E s tu vo e s te m ana n t ia l de s cub ie r to y pa ten te has ta e l año de
mil seiscientos y cuarenta y ocho, ó cuarenta y nueve, con poca di-
f e r enc ia , en que s iendo Cur a y Vica r io de l S an tua r io e l L icenc ia -
do Luis Lazo de la Vega, Sacerdote de gran celo en su of icio, y de
s ingu la r en te r eza de cos tum br es que des pues m ur ió d ign í s im o P r e -
bend ado de México , lo cubr ió , y d i s pus o en f o r m a decen te pa r a los
que s e bañan por devoc ión ó neces idad en é l ; p in tando en l a s pa r e -
des que lo ce r can , he r m os as p in tu r a s de l a s apa r ic iones de l a Vi r -
gen; y le echó l lave, para que se abr iese á pe rsona s seguras y s in
sospecha.
C A P I T U L O I I .
Primera Aparición de la /Santísima Virgen en este sitio.
P or e s te pues to , que por habe r s ido d ichos o t ea t r o de t an
g lor ios as apa r ic iones , lo he que r ido des c r ib i r t an p r o l i j am ente , pa -
saba á caso suyo, y mu y á consejo de la Prov iden cia ele D ios , un
Ind io tan reci ente en la Fé, qu e á lo más pod ía tener de seis á s ie-
t e años de bau t i zado ; pe r o s egún los f avor es que r ec ib ió de l a Ma-
dre ele Dios , tenía ya much os s iglos de consum ado en ella , l lamado
J ua n Diego . S ábad o nueve de D ic iem br e por la m añana , d ía dos
veces consag rado á la Virg en, por sábado , y por el segu ndo de la
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
15/131
oc tava de s u I n m acu lada Concepc ión ; y d ía m il veces dichoso en
los f a s tos de México . Cuand o al l legar e nf ren te de él , por l a banda
que m i r a al P o n i e n t e , oyó de r r epen te una m ús ica tan dulce, y sua-
ve ha r m onía de concep tos , y com pas es t an s upe r io re s , que des de
luego reconoció que 110 era ele l a s o r d ina r ia s de acá de la tierra, si-
no m uy s obr e hum ana , y del Cielo.
B ien que como él tes t if icó, le parecía al oído canto de mu-
chas y sonoras aves , que can taban en ha r m onios a cor r e s pondenc ia
á coros, con tan ex t r aor d ina r io conc ie r to y con s u a v i d a d ta n inex-
p l i cab le , que l e a r r eba tó adm ir ado l a novedad de voces en aque l
ce r ro . De túv o le l a s us pens ión del ánimo el paso; y h a b i e n d o es-
cuchado un poco l a m ús ica , l evan tó , deseoso de ha l l a r l a causa ele
ella , los ojos hácia la em inenc ia de donde l e parecía ven ían las vo-
ces de los acentos ; y vió u n Arco- I r i s de bell ís imos colores , que se
formaba ele los ardientes ref lejos de una gran luz; y acercándose s in
temor á el la , vió en el m e d i o una he r m os í s im a Señora en aquel ta-
l le , forma y be l l eza que quedó des pues m i lagr os am ente cop iada
en l a bend i t a I m ágen que hoy s e cons e r va .
Llamólo por su nombre, y manelóle que subiese á lo al to don-
de ella es taba . Híz olo as í , y e s tando en su presencia, admirado,
pe r o no t em er os o , por que e l agr ado de s u Div ino Ros t r o , y l a Ma-
ges tad apac ib le d e s u am or os a voz l e a u y e n t a b a n el temor , al paso
que l e in f und ían r eve r enc ia , oyó que l e h a b l a b a as í:
Hijo Juan,
á donde va-si Señora,
r e s pondió le él :
Yo voy á la doctrina, que los
Padres de San Francisco nos enseñan en Santiago del Tlaltehdco, y
oir la Misa de la Virgen, que se canta en su Iglesia los Sábados.
No d ice l a His to r i a q u e la S an t í s im a V i r g e n íe aplaudiese y ala-
base la o b r a t an buena á que iba ; p o r q u e se supone, q u e ó con voz
sensible, ó con un a satis facc ión q u e en lo inter ior le causó, se la
aplau dir ía . Sólo dice, qu e prosiguió:
Sab*
f
hijo, que yo soy María
Virgen (esa cuya misa vas á oír') Madre del Verdadero l)ios
(
cu -
ya doctrina _ vas á aprender y rezar) mí voluntad es, que en este si-
tio se m e edifique un Templo en queme mostraré piadosa Madre con-
tigo y con los tuyos: con mis devotos, y con los que me buscaren pa-
ra remedio de sus necesidades. Ve al Obispo, y en nombre mío le
dirás lo que has visto y oído; y que Yo digo, que es voluntad mía
queme edifique un Templo en este
puest\
y Yo con beneficios agra-
decida te pagaré este cuidado.
A c e p t ó co n pa labr a s e le s um is ión y de r end im ien to á su usan-
ZÍI Ju an Diego , e l m ens a je , si n opone r d i f i cu l t ad n i n g u n a : y en su
e jecuc ión pas ó con pr e s teza á l a C iudad ; f ué á la casa Obispal, y
h a b i d a licencia, des pués de l a r go t i em po que los cr iados lo d e t u -
v ie r on , pa r a hab la r a l Obis po , ( que lo era el I lus t r í s i ino D o n F r .
J nan de Z um ár r aga , de l Or den de X. S . P . S . F r anc i s co , e l p r im e-
ro y ú l t im o Obis po que tuvo México , por que á los ú l t im os m es es
de su vida le v ino t í tu lo de Ar zob i s po , ) le clió ele par te de la San-
t í s im a Vi r gen el recado, como ella se lo hab ía m anda do y enco-
m endado . Oyólo el P r e lado ; pe r o s in hace r en lo ex te r io r m ucho
caso del mens ajero, p or ser Indio h umi lde y recien conver tielo,
lo despidi ó, remitié ndol o á otra ocas ión por la res puest a, en qu e
co te jada la grand eza del postulaelo con las noticias de la p erson a
y pr op iedades de l I nd io , y ave r iguadas b ien l a s c i r cuns tanc ia s con
e l t iem po, que todo lo m adur a y s azona , s e tom as e conven ien te r e -
s o luc ión en negocio de tanto peso.
C A P I T U L O I I I .
Aparición segunda de la Santísima Virgen,
Habiendo J uan Diego dado con pun tua l idad s u r ecado , y r e -
c ib ido e l m a l des pacho que d i j e , s a l ió aque l l a t a r de de México , y
volvie ndo para su p ueb lo (qu e á lo epie podem os discur r i r , ser ía
Toltpetlac;
uno de los que e s taban y hoy e s tá á l a vue l t a de l ce r r o
m ás a l to ) pas ó á l a v i s t a de l pa r a je en que aque l l a m añana hab ía
hablado con la Señora, y levantando los ojos á él , como es cosa na-
tu r a l , v ió que a l l í m is m o le e s taba agua r dando pa r a r ec ib i r l a r e s -
pues ta . S ub ió , y con l a s acos tum br adas inc l inac iones , cjue s on en
los Indi os mejic anos sus elemostraciones de cor tes ía y respe to, le
dió razón de su emb ajad a, el iciéndole cóm o le hab ía l levado y da-
da al
Huey--'eopixque,
es to es , sacerdo te grand e, que as í l lam an en
s u l engua a l Opis po .
Que era verdad que lo había recibido huma-
no, que lo había oído con paciencia, y héchole diversas preguntas y
repreguntas sobre el mensaje-, pero del modo de remitirlo, para cuan-
do hubiese más lugar y espacio de e xaminarlo, y saber ¿más de raíz
la verdad del caso; y de la tibieza que en sus p alabras mostró al
despedirlo, colegía que no se había satisfecho de su embajada, ni da-
do entero crédito á sus palabras, juzgando acaso que su propuesta era.
imaginación, ó sueño suyo, y no mensaje de Ella-, que por tanto, le ro-
gaba se dignase de encargar aquel negocio á otra persona de más
suposición y de más lustre, á quien el Obispo diese más ci èdito, que
él no era para ello.
E s cuchóle con agr ado l a S an t í s im a Vi r gen , y
r e s pondió le :
Agradezco, Juan, tu cuidado y obediencia; pero sabe,
que aunque tengo muchos á quien mandarlo, conviene que tú, y no
otro, lo solicites y efe ctúes; y esta es mi voluntad, en cuya confor-
midad te ordeno que mañana vuelvas al Obispo y le digas cóm o por
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
16/131
segunda vez te he maulado le lleves el mümo recado de mi paste.
Ve y haz lo que te mando, que Yo te gratificaré esta diligencia
P r o-
m e t ió J uan D iego obedece r la con gus to y pun tu a l idad ; des p id iós e
de la S eñor a , q ue lo des pachó con s u bend ic ión , y pas ó ade lan te
á s u pueb lo .
E l d ía s igu ien te , que e r a dom ingo , m ad r ugó J uan , v ino á l a Ig le -
s ia de Tlatelulco, oyó misa, as is t ió á la Doctr ina Cr is t iana, y acabada
la cuenta de los fel igreses que se usa con los naturales en cada Par ro-
qu ia por q ue no f a l t en a l p r ecep to de l a m isa y á e s ta s im p or tan te s
funcio nes , volvió á casa del Obispó , y au nqu e le costó esperar mu cho
t iem po, a l f in ob tuvo e l pode r le ve r . Vio le y hab ló le , r ep i t i endo
de par te de la Soberana Señora el mens aje, af irmán dose con lágr i-
mas en lo que hab ía dicho la pr im era vez, y añadió, qu e el volver
ahor a á s u p r e s enc ia , e r a por q ue E l l a a s í lo hab í a m andado , s in
que r e r l e ad m i t i r excus as pa r a no hace rlo . Oyóle e l s ab io y cue r do
P r e lado , ya con m ás a tenc ión , y em pezó á en t r a r en cu idado con l a
em ba jada , cons ide r ando q ue en l a pus i l an im idad de un ind io , l a r e -
pe t ida ins tanc ia a r gü ía s upe r io r im puls o que lo m ovía . Volv ió le
á p r egunt a r y r epr egunta r lo que s obr e l a s ubs tanc ia y acc iden te s
de l m ens a je juzgó hac ia m ás a l ca s o pa r a e l exam en y r e s o luc ión
del negocio; y hecha es ta dil igencia, le dió por respuesta q ue en la
enti dad de mater ia tan grave, no era par a f iada de sólo el s imple
dicho suyo, s ino que dijese á la Señora que lo enviaba, le diese al .
guna s eña l que f ues e i r r e f r agab le t e s t im onio de se r E l l a qu ien lo
m andaba y de s e r aque l l a s u vo lun tad ; y hab iendo acabado , lo des -
pidió algo severo y mesurado, más por lo crespo y sobresaliente del
caso, qu e le hacía entr ar en recelos , ó de falt ar á las leyes de la
cau ta p r udenc ia , c r eyéndos e de l ige r o , ó a l m anda to de l a Re ina de l
C ie lo , no dando c r éd i to á s u m ens a je dem as iadam ente cau to , qu e por
d i s gus to ó des abr im ien to con e l hum i lde y pobr e J uan Diego , que
no pod ía s e r cu lpab le has ta que cons ta s e de la ficción del recad o.
§ H.
Des p id iós e de l P r e lado , hab iendo pr om e t ido vo lve r á l a S eño-
ra y pedir la señal como se le o r denaba , s in pone r d ud a en ello.
V i e n d o el Obis po que e l ind io n i dudaba ni dif icultaba el volver á
la Vi r gen y ped i r la s eña l que l e p r oponía , y padeciéndole que aque-
lla s incera conf ianza era argumento de ve r dade r a s egur idad , en t r ó
en más concepto del caso, y juzgó que lo debía hacer del mensaje y
de l m ens a je r o , y pone r m ás d il igenc ia en des cubr i r s u ve r da d ; y
para es to Je parec ió buen medio, enviar , como envió, dos personas
de su familia y de su mayo r conf iarza , que fuesen al dis imulo en
pos de él , s in perder lo de vis ta , has ta l legar al puesto en que decía
le hab laba la Virg en, y que en él , notasen bien y observasen ccn
quién hablaba y qué decía, y que de todo le trajesen razón exar ta
y pun tua l , pa r a que s u t e s t i fi cac ión f ues e pe r en tor io des engaño de
3a verdad ó q uim era del indio. Ejec utáro nlo as í les dos cr iados ,
fuéron le s igui endo á una vis ta s in que él lo adv ir t iese ; salieron de
México; entraron en la calzada; l legaron á la puente de aquel ar ro-
yo que bien cerca del cer ro desag ua en la lagun a; b ajaron al l lano,
que hoy es pls za. y es tab a entre el cer ro y la puen te; donde s in sa-
ber cómo ni por dónde, se les despareció entrelcs ojos , s in que fue-
s e bas tan te d i l igenc ia a lguna de l a s m uchas que h ic ie r on , r odeando ,
trasegando y escudr iñando el cer ro, ni para dar con el indio, ni pa-
ra oír ó ver otra persona con quien es tuviese ó con quien habla se
en todo él; escondiendo Dios de sus cur ioscs y escudr iñadores ojos ,
el mis ter io que revelaba á la hum ildad y sencil lez del pequef íuelo
en l a hum ana e s t im ac ión .
Quia abscondisti hate ú sapientibus, et
prudentibvs. et revelesti ea párvulo.
No lo echaron hácia es te vigo los eos cr iados , que, 6 cor r idos ,
ó com o des pechados de que hub ie s e a s í bur lado y des vanec ido s u
dil i gencia Ju an Diego , sospecharon mal de él , y acaso atr ibu yero n
aque l r ep en t ino des apa r ec im ie . i to , á hech ice r ía , de que ccm unm en te
han s ido, son y serán notad es de los españoles Ios- indios , no sé s i
con bas tan te s f undam entos s i em pr e . Volv ie r on a l Obis po , con tá -
ronle el caso, agravaron su sospecha, echándolo á engaño del indio,
que se había bur lado de ellos desapareciéndose ásus ojos con ar t if i-
cio, proc uraro n pone r le mal ánimo contra él , para que s i volviese,
no sólo no le diese crédito, s ino que lo hiciese cas tigar , y tratar no co-
m o á em ba jador de l a Vi r gen , s ino com o á em ba jador de l Dem onio .
• C A P I T U L O I V .
/
Tercera Aparición de la Sontísima Virgen.
Mie nt r a s e s to pas aba á los dos c r i ados del Obis po, J uan Diego ,
ignor an te de todo , y de l todo inocen te de l engaño que l e s uponían ,
s ub ió á l a cum br e de l ce r ro , donde ha l ló á Mar ía S an t í s im a , que por
s egunda vez l e agua r dab a con l a r e s pues ta . Hum i l lós e en s u S o-
berana presencia, adoróla, y de rodil las le dijo:
Fui, Señora, como
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
17/131
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
18/131
me mandaste, á ver segunda vez al Obispo, propúsele cómo tú me en-
viabas repetid amente á pedirle Templo en este lugar, no obstante ha-
berte propuesto mi indignidad, y pie enviases á ot ra persona á quien
diese c èdito, con lo demás que entonces me dijiste, y esto con senti-
miento y con lágrimas en mis ojos; pero él, con seve ridad ij mesura
me respondió: Que si quería yo que sólo al dicho de un indio de tan
poca autoridad se moviese un O bispo á una cosa ele tanto peso y á
una obra tan pública? Examinóm e en todo cuanto yo decía de tu
persona y de lo que de tí había olclo y entendido. Y yo, aunque con
rudeza y con toscas palabras, le di razón de tu talle y persona, de
tus palabras y dulzura en el hablar, y á lo que creo, no sin efec to,
porque entre dudoso y persuadido, se resolvió en que me creerá si tú
quieres e nviarle conmigo alguna señal cierta de que eres Mai la, Vir-
gen y Madre de Dios, y de que tu eres quien me envías y quien pides
él Templo en este sitio; y que no es embeleco ó imaginación mía. Yo
le prometí de pedírtela. Vengo, pues, á decirte su resolución, para que
á tu voluntad determines lo que tengo de hacer en el empeño en que
es'oy puesto.
Acabó s u r azonam ien to J uan Diego , j la ben ign í s i -
ma R eyn a de los Cielos , que en m edio de las adoracio nes que le dan
pos t r ados en s u p r e s enc ia los Ange le s , t i ene por pa r t e de s u g r an-
deza humanarse con los humildes y desvalidos , para confusión de los
soberbios y ar rogantes de la t ier ra , le respondió con semblante agra-
dable, as í :
Hijo Juan, mañan a me volverás á ver, y Yo te daré señal tan
bastante, que desempeñe s mi embajada, y den á tus pedabras entero
crédito, con que seas recibido y despachado con aplauso y admira-
ción. Y advierte, q ue no ha de quedar sin premio tu cuidado, ni
htde echarlo en olvido m i gratitud. Acqui te espero mañana; no
me olvides.
Oídas es tas palabras de tan ta afabi l idad y car iño, se
despidió Jua n Die go de la Seño ra con las usadas demo stracion es
de obsequio y de reverencia en que son los indios antes nimios que
cor tos , en especial con personas de respeto, y pasó á su pueblo más
quieto y sereno^ de ánimo qu e lo había qu edado el I lus tr ís im o D on
F r a y J u an de Z um ár r aga , en cuyo pecho hab ían hecho no poca im -
pres ión las dos embaj adas de la Señora, que af irm aba el indio, lo en-
viaba; consid erando la ef icacia y dil igencia con que habí a repetido
su mensaje s in emb argo de la repulsa que se le dió, la segur idad y
conf ianza con que había of recido pedir la señal que le propuso, que
lo era de la sencil lez y verd ad que trata ba. Pon dera ndo los dos
peligrosos escollos en que se hallab a, ó de chocar la pru dencia en
la demasia da facil idad s i le daba luego crédito, ó de dar al través
en la obstinación su obediencia s i se res is t ía á la voluntad de Dics , .
rat if icada una y dos veces por su Ma dre en aquel indio, recelaba
cauto que podr ía ser ilus ión del Demo nio la Apar ición de aquella mu-
jer que decía ser la Virgen; veía por otra par te , que el Templo que
pedía en aquel s i t io de tanta idolatr ía , era obra de que no podía sa-
l ir con ganancia el Demonio, y que por es te lado no parecía suges-
t ión suya tan santa demand a. Y aunq ue la vuelta de los cr iados y
su cr iminación contra el indio, impelían al Obispo al descrédito del
men sajero y del men saje; pero como las cosas de Dios suelen acre-
d i t a r s e por los m edios que p iens a l a hum a na pr udenc ia d es au to-
r izar las , con su venida y su acusación se quedó el Prelado entre du-
doso y confuso, apelando al recurso de D ios y de su Santís ima
Madre, á quienes encomendó más de veras la resolución y expedien-
te en tan arduo negocio.
C A P I T U L O V .
Cuarta Aparición de la Santísima Virgen.
Si el Obispo quedó cuidadoso con la promesa de Juan, lo es tu-
vo más con la dilación de un día que se pasó sin que volviese á su
Palac io con la señal, ni fuese al s i t io á que le orden ó la Sobera na
Seño ra acudie se por ella; y fué la causa, que vuelto del_puesto en
que habló con Ella el día que le perdieron de vis ta los cr iados , á su
casa, halló en ella gravemente enfermo á un t ío suyo, l lamado Juan
Bernardino. Todo el día s iguiente lo gas tó en buscar un médico de
los suyos que le curase, sin efecto, porqu e aunq ue le aplicó algun os de
los s imples que usan y suelen ser ef icaces , y el los l laman en su len-
g u a
Patlis,
es to es , medicam entos , no le aprove charo n, y la enfer -
m edad s e dec la r ó
cocollixti,
que en su idioma es enfermedad, y dan
com o por an tonom as ia e s te nom br e , á una e s pecie de taba r d i l lo en
la s en t r añas , com unm ente m or ta l , y áun con tag ios o ; con que ape la -
ron á los remed ios del alma. El otro día , mu y de mañ ana, par t ió
J ua n Diego de su pueb lo pa r a el Conven to de T la t i lu lco , á l l am ar
un confesor que adminis trase los sacramentos al enfermo, que en el
es tado en que ya es taba, solos el los le podían aprovechar para la sa-
lud del alma . Fu é es te día mar tes , y faustís imo para Méxic o y pa-
r a toda Nueva E s paña .
Era le preciso para ir á Tlati lulco, camin ar por cerca del cer ro
en que las tres veces se le hab ía aparecido la Virg en, y l legando á
vis ta de él , se acordó de que la Señora le había mand ado vo lver al
pues to por donde hab ía de pasar , y le pa reció que s i iba por el ca-
mino ordinar io, en él había de es tar y descubr ir lo, y que descubier -
to, lo hab ía de l lama r y repre nde r por no habe r acudido el día an-
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
19/131
t e ceden te po r la señal; y que si o detenía, se la daba y remitía con
ella a l Obis po , había da hacer fal ta ai enfermo cuyo peligro no suf r ía
dilaciones; y aunque.s imple, juzgó s ab iam ente qu e en la extrem a ne -
ces idad en que s e ha l l aba su tío, e^a pr im er o i r á l l am ar al confesor
qu e acudir al F am am ien to de i a Vi r gen ; y que de ja r á la Madr e de
Dios por Dios y por acudir á la cand ad, no era faltar á la obed ien-
cia. Y as í , se resolvió
é
quitar la ocasión y excusar el lance de
ve r la y cleteaerse, torciendo el camino ordinar io por donde otras
veces había venido, q u e es el que va por la falda del cer ro, que
mira al poniente, y tomar el que va á Tlati lulco por la par te que
mira al mediodía. As í lo ( jecuto, pens ando hur ta r s e co n es ta es-
tratagema, á los ojos de la que desde el Cielo t iene presentes á todos
los s uyos por m i s d i s t an te s qu e es tén, y que cuando es taba dispo-
niendo excusar su encuentro, lo es taba Ella viendo, y s in desagra-
darse de su s incer idad, le permitía que huyese de su presencie para
que la hallase en el mismo camino por donde huía.
§ U N I C O .
Hab iend o torcido Jua n el camino, iba por él con la dil igencia
y á su parecer con segur idad de que la Señora lo viese y es torbase
su pr isa, cuando á pocos pasos , en el s i t io de aqutl manantial que
dij imos en el capítulo pr imero, le salió al encuentro de improviso, y
se halló tan cerca de Ella , que avergonzado de lo qu e hab ía hc-cho,'
y temeroso por no haber venido el día antes por la señal, como se
lo había ordenado, se ar rodil ló en su presencia, y la saludó dándole
los buenos días con gran de hum ildad; pero ¡oh benig nidad sobre
iodo encarecimiento grande de la Reina del Cielo tan lejos es tuvo
de mostrarse sentida de la fal ta qu e al indio tenía confuso, que con la
misma serenidad y apacible semblante que otras veces , le volvió la
salutación, le oyó y admitió la excusa que ya sabía de la enferme-
dad de su t ío; y para asegurar lo, le d i jo :
Qu e no tenia por qué rece-
lar el peligro de su tío en la enfermedad que padecía, teniéndola A
Ella por Madre; que estuviese cierto que Juan Bernardina, desde
aquel punto, estaba enteramente sano y bueno.
Con es tas amorosas
pa labr a s cons o lado J uan Diego , y satis fecho, se puso del todo en
sus manos para que dispusiese de él á su voluntad; y le pidió la se-
ña l que hab ía de l levar al Obisp'o. L a S an t í s im a Vi r gen , dando
unos pasos adelante, y parándose en el lugar en que es tá l a E r m i t a
pequeña , l e m andó
que subiese á la cumbre del cerro en que la había
visto las otras veces, donde hallaría diversas rosas y flores-, que las
cortase y recogiese t das en la tilma y se las trajese.
B i e n sabía el
ind io que no e r a t i em po de flores, por ser ya invierno, y aquel s i t io
t
en especial , mu y f r ío; que el luga r , aunque fuese t iempo de ellas ,
por su es ter i l idad, áun en la pr ima vera, no daba s ino abrojos y es-
pinas ; con que naturalmente no podía prometerse en él f lores ni ro-
sas ; y con todo, s in replicar á 1a Señora, co n aquella fe y conf ianza
que dá Dios en es tas ocas iones á los que se digna escojer para obras
tan grandes , subió dil igente al puesto señalado, en que halló, no s in
admiración del caso, cantidad de f lores y rosas , producidas all i mi-
lagrosam ente. Cor tól as , y recogiéndo las en su pobre y tosca capa,
que l laman en su idiom a
tilma,
baj ó con pres teza á la Sxntís ima
Virgen, y puer to en su presencia, descogió la capa, mostró las f lo-
res , y Ella las tomó con sus dos manos, como que ia .s regis traba, y
habiéndolas santif icado con el precioso contacto de ellas , las volvió
á poner
y
componer en la t i lma, y le dijo:
Ex as flores y rosas son
la señ d que has de l'evar al Obispo, á'quien de mi parte dirás todo
lo que. h s visto, y que por señas de ellas, higa luego lo que le orde-
no.
Fue ra de es to, le man dó que no mostrase á persona algu na ío
que l levaba, ni desenvolviese la t i lma hasta es tar en presencia del
Obispo; que as í conven ia. Ofreció de h acer lo el indio, y tomó el
cam ino de México pa r a e jecu ta r s u m anda to .
C A P I T U L O V I .
Aparición de la Santa Imágcn.
Cam inó J ua n Diego , clesde que S3 apar t ó de la Señora, aque lla
legua, coa indecible cuidado
y
veneración dei milagroso presente
que l l evaba , de r echam ente I ns ta l l ega r á l a ca s a de l P r e lado , y en-
tran do eñ ella , pidió á los cr iados le avisasen que quer ía habla r -
le ;
y
no habie ndo consegu ido p or largo t iem po, volvió á ins tar en
su dema nda. Obse rvaron ellos entonces , que en el regazo de 1a
man ta ó t i lma, aba rcaba cosa que hacía bulto; y como los cr iados
de los señores es gen te cur iosa y amiga de regis trar l o todo, aún lo
que viene para sus dueño s , hicieron ius t anc ii po r saber y ver lo
que traía . Resis t ió se cua nto pudo el indio, s in embarg o de su
natu ral cor tedad; pero ai f ia no pudo es torb ar que por fuerza más
que de grado, no regis trase n el prese nte y se encontrasen coa Üis
rosas ; y admíralos , as í de la hermosura y f ragancia, como de lo in-
tempestivo de ellas por ser invierno, quis ieron toma - algunas; pero
por más que echaron mano de ellas y procuraron por fuerza sacar -
las , no las pudieron desprender ni desas ir de la t i lma, en la cual les
parecía unas veces que es taban pintadas; otras , que es taban cosidas
ó tej ida s en ella . Esto, que con razón les pareció cosa extrao rdi-
nar ia y de much a s ingul ar idad, los apresu ró á dar aviso al Ooispo,
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
20/131
diciéndole que esperaba á entrar y hablar á su Señor ía , e l indio que
otras dos veces había venido, que traía en la t i lma un presente de ro-
sas y f lores , por su buen olor y por lo que él decía verdaderas , pero
á la exper iencia y tacto pin tada s ó tej idas en ella , y que les parecía
era cosa admirable.
Man dó e l O bis po que en t r a s e . E n t r ó , y hac iendo s u aca ta -
miento con hum ildad , reveren cia y devoción, ref ir ió lo que desp ués
que se apa r tó la últ ima vez de su presencia, había pasado por él ;
cómo aq uella tarde misma, (que fué cuand o le perdie ron de vis ta
los cr iados) hib ía es tado en el cer ro coa la Señora, y Ella mand á-
dole volviese all í a l día s iguient e en que le dar ía la señal para que
fuese creído; que habie ndo salido con propósito de ejecu tar lo as í ,
J i ib ía ha l l ado á s u t ío J uan Ber na r d ino m o r ta lm ente en f e r m o, con
que por as is t ir le y traer le médico, no había ido al cer ro el día se-
ña la do ; que e l o t r o d ía , ( que e r a e l p r e s en te ) hab ía s a l ido á bus ca r
un conf es or , y que hab iendo echado por d i f e r en te cam ino pa r a no
encontra se con la Señora, a ' pisar por el otro lado del cer ro no le
había valido su traza, porque en él le había salido al encu entro la
Señora, oídole y ad nit íd ole con benig nidad sus excusa?, y mandá -
dole coger aquellas flort s , t raer l as á su Señor ía en su nombre, co-
m o pr enda y s eña l de q u e er a su vo lun tad q ue le f abr ica s e T e m -
plo en el s i t io q u e otras veces le había dicho; que all í las traía en
su manta, y que aquellas eran.
Descu br iénd olas , y so ltando los dos can tos de l ex t r em o de la
t i lm a en qu e es taba n, ar roj ó sobre la mesa que tenia al l í cerca, un
ve r ge l abrev iado de f lores , f resca s , olorosas , y todav ía húm edas
y salpicadas del rocío de la noche, las cuales descubr ieron, ¡oh m a-
ravil las de Dios p in tada en e l la l a S an ta lm ág en de l a
V I R G E N
M A R Í A ,
M a d r e d e Dios , que h >y se gu arda j c onserva como u n
p ecioso tesoro del Cielo, en su S tn tua r io de Guada lupe de M éxico .
Des cub ie r t a l a m i lagr os a lm ágen en l a f o r m a y talle que diré des-,
pués , se ar rodil l ó el Obispo, y con él todos los presen tes ; y l lenos de
adm ir ac ión , p iedad v a f ec tos de devoción, que les rebozab an por los
ojos en t iernas y copiosas lágr imas, la adoraron y pidieron su amparo
y patrocinio para sí, pa r a toda l a C iudad , y Re ino de Nu eva Es -
paña, es tando en pié el ind io con su t i lmi pendiente del cuello, para
qu e s viese m e jo r l a I m age n . Cu ' l e s s e r í an los a f ec tos de l d ichos o
P r e l a d o y de lo s dem ás c i r cuns tan te s ? Cuí n tos los júb i los de l ven-
turoso Juan Diego, viendo con una se 'ñal tan prodigiosa, y con un
pr od ig io t an s eña lado , d e s e m p e ñ a d a su pa labr a y calificado su m en-
saje? ¡Discúr ralo la piedad de quien e s to l eye r e , que no hay pa la -
br a s q u e bas ten á exp l i ca r 'o pie obra la consideración de es te mi-
lagroso caso en el pecho
Des p ués de buen r a to g as tado en l a adm ir ac ión de tan s obe r a -
no objeto, se levan tó el I lus tr í s imo Pre lad o, y con devoción y res-
peto desató el nudo del cual es taba pendiente la manta en el cuello
de J uan Diego , y l l evando en e l l a l a S an ta lm ágen , l a pus o en s u
Or a tor io , ador nándola , s egún pe r m i t ió l a b r evedad de l t iem po, con
la decencia y aseo que pedía Señora de tal grandeza y vis i ta de tan-
to por te , hac iéndos e por en tonces depos i t a r io de aque l l a m i lagr os a
reliquia.
C A P I T U L O V I L
Ap ir cio n quinta de la Santísima Virgen, á Juan Bernarclino.
T odo aque l d ía de l a m i lagr osa A par ic ión de t a S an ta lm ág en ,
de tuvo y en t r e tuv o e l S r . Obis po á J ua n Diego en s u ca s a , r ega lán-
do le y agas a jándole com o á ins t r um ento de l a d icha que aque l ven-
turos o día se le habí a entrad o en ella s in pensar lo. Al s iguiente, le
l levó en su compañía y de otras personas de autor idad, para que le
most rase el s i t io que la misma V irge n señaló y escogió para qu e se
le edif icase Tem plo. Viero n el cer ro, subieron á la cumbre, no ta-
ron y besaro n el lug ar dond e es tuvie ron sus sagrad as plant as las
tres veces que se apareció en ella; bajaron al s i t io donde le salió al
encuentro al indio, cerca del pozo, que era junto á un árbol que l la-
m an los ind ios
Qi'-auhtzahuate,
de l cual , has ta los t iempo s del Lic.
L u i s de Bece r r a T anco , que m unó e l año de 1 ,672 , h ab ía m em or ia
en el tronco y raíces , que aún perman ecían [y debía ser eterno, s i
como hay en los mexica nos piedad p ara ven erar es te prodigio, hu-
b ie r a curios idad de gua r da r s us s eñas ] y pues ta s s eña le s en todos
ellos , dió el Pré lad o orden que con él [ Ju an Die go] pasasen algu-
nos cr iados suyos de más satis facción, á ver y á aver iguar la mila-
gr os a s a lud que dec ía habe r dado l a Vi r gen á J uan Ber na r d ino , s u
tío, y que se informasen con buena dil igencia del caso para más au-
tor idad del pr incipal milagro; y s iendo as í , lo trajesen á su presen-
cia para exam inar lo por s í mismo, y tomar inmed iatas noticias de
todo lo sucedido . Ei Prelad o se volvió á Méx ico, y el los pasaron
al pueblo y á la casa de J aa n Diego, y l legados á el la , los salió á
recibir Ju an Bern ardin o á la puer ta , y no menos se adm iró el so-
br ino de ver á su t ío bu eno, habiéndo le dejad o el día ante cede nte
deshauc iado, qu e el t ío de ver lo á él con tan lucido acom pañam ien-
to de españoles y tan honrado dé los cr iados del señor Obispo. Pre-
guntó le la causa, y habién dole contado Jua n Diego todo lo ha¡sta
aqu í refer ido, en especial cómo la Sa ntís im a Vir gen íe h abía ase-
gur ado de su salud, y que por esa causa no prosiguió en busca de
-
8/20/2019 La Estrella Del Norte de Mexico
21/131
diciéndole que esperaba á entrar y hablar á su Señor ía , e l indio que
otras dos veces había venido, que traía en la t i lma un presente de ro-
sas y f lores , por su buen olor y por lo que él decía verdaderas , pero
á la exper iencia y tacto pin tada s ó tej idas en ella , y que les parecía
era cosa admirable.
Man dó e l O bis po que en t r a s e . E n t r ó , y hac iendo s u aca ta -
miento con hum ildad , reveren cia y devoción, ref ir ió lo que desp ués
que se apa r tó la últ ima vez de su presencia, había pasado por él ;
cómo aq uella tarde misma, (que fué cuand o le perdie ron de vis ta
los cr iados) hib ía es tado en el cer ro coa la Señora, y Ella mand á-
dole volviese all í a l día s iguient e en que le dar ía la señal para que
fuese creído; que habie ndo salido con propósito de ejecu tar lo as í ,
. hab ía ha l lado á s u tío J uan Ber na r d ino m or ta lm en te enf e r m o, co tí
que por as is t ir le y traer le médico, no había ido al cer ro el día se-
ña la do ; que e l o t r o d ía , ( que e r a e l p r e s en te ) hab ía s a l ido á bus ca r
un conf es or , y que hab iendo echado por d i f e r en te cam ino pa r a no
encontra se con la Señora, a ' pisar por el otro lado del cer ro no le
había valido su traza, porque en él le había salido al encu entro la
S eñor a , o ído le y adn i t ído le con ben ign idad s us excus a? , y m andá -
dole coger aquellas flort s , t raer l as á su Señor ía en su nombre, co-
m o pr enda y s eña l de q u e er a su vo lun tad q ue le f abr ica s e T e m -
plo en el s i t io q u e otras veces le había dicho; que all í las traía en
su manta, y que aquellas eran.
Descu br iénd olas , y so ltando los dos can tos de l ex t r em o de la
t i lm a en qu e es taba n, ar roj ó sobre la mesa que tenia al l í cerca, un
ve r ge l abrev iado de f lores , f resca s , olorosas , y todav ía húm edas
y salpicadas del rocío de la noche, las cuales descubr ieron, ¡oh m a-
ravil las de Dios p in tada en e l la l a S an ta lm ág en de l a
V I R G E N
M A R Í A ,
M a d r e d e Dios , que h >y se gu arda j c onserva como u n
precioso tesoro del Cielo, en su S tn tua r io de Guada lupe de M éxico .
Des cub ie r t a l a m i lagr os a lm ágen en l a f o r m a y talle que diré des-,
pués , se ar rodil l ó el Obispo, y con él todos los presen tes ; y l lenos de
adm ir ac ión , p iedad v a f ec tos de devoción, que les rebozab an por los
ojos en t iernas y copiosas lágr imas, la adoraron y pidieron su amparo
y patrocinio para sí, pa r a toda l a C iudad , y Re ino de Nu eva Es -
paña, es tando en pié el ind io con su t i lmi pendiente del cuello, para
qu e s viese m e jo r l a I m age n . Cu ' l e s s e r í an los a f ec tos de l d ichos o
P r e l a d o y de lo s dem ás c i r cuns tan te s ? Cuí n tos los júb i los de l ven-
turoso Juan Diego, viendo con una se 'ñal tan prodigiosa, y con un
pr od ig io t an s eña lado , d e s e m p e ñ a d a su pa labr a y calificado su m en-
saje? ¡Discúr ralo la piedad de quien e s to l eye r e , que no hay pa la -
br a s q u e bas ten á exp l i ca r 'o pie obra la consideración de es te mi-
lagroso caso en el pecho
Des p ués de buen r a to g as tado en l a adm ir ac ión de tan s obe r a -
no objeto, se levan tó el I lus tr í s imo Pre lad o, y con devoción y res-
peto desató el nudo del cual es taba pendiente la manta en el cuello
de J uan Diego , y l l evando en e l l a l a S an ta lm ágen , l a pus o en s u
Or a tor io , ador nándola , s egún pe r m i t ió l a b r evedad de l t iem po, con
la decencia y aseo que pedía Señora de tal grandeza y vis i ta de tan-
to por te , hac iéndos e por en tonces depos i t a r io de aque l l a m i lagr os a
reliquia.
C A P I T U L O V I L
Ap ir cio n quinta de la Santísima Virgen, á Juan Bernarclino.
T odo aque l d ía de l a m i lagr osa A par ic ión de t a S an ta lm ág en ,
de tuvo y en t r e tuv o e l S r . Obis po á J ua n Diego en s u ca s a , r ega lán-
do le y agas a jándole com o á ins t r um ento de l a d icha que aque l ven-
turos o día se le habí a entrad o en ella s in pensar lo. Al s iguiente, le
l levó en su compañía y de otras personas de autor idad, para que le
most rase el s i t io que la misma V irge n señaló y escogió para qu e se
le edif icase Tem plo. Viero n el cer ro, subieron á la cumbre, no ta-
ron y besaro n el lug ar dond e es tuvie ron sus sagrad as plant as las
tres veces que se apareció en ella; bajaron al s i t io donde le salió al
encuentro al indio, cerca del pozo, que era junto á un árbol que l la-
m an los ind ios
Qi'-auhtzahuate,
de l cual , has ta los t iempo s del Lic.
L u i s de Bece r r a T anco , que m unó e l año de 1 ,672 , h ab ía m em or ia
en el tronco y raíces , que aún perman ecían [y debía ser eterno, s i
como hay en los mexica nos piedad p ara ven erar es te prodigio, hu-
b ie r a curios idad de gua r da r s us s eñas ] y pues ta s s eña le s en todos
ellos , dió el Pré lad o orden que con él [ Ju an Die go] pasasen algu-
nos cr iados suyos de más satis facción, á ver y á ave