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l»4v^OC# informa boletim mensal Ano 7 - n. 11 (53} novembro 1975 Redator responsáveis Frei Romeu Dalfi,op nm. M UCBG 0 Boletim da UCBG temj neste número, o especial prazer de apresentar duas experiências que estão sendo levadas adiante por alguns seus membros: COMÜMCAÇÃO IICMEIO RURAL A primeira, pela Eaculdade de Comunicagao da ÜG de MG, sdcia da UGEC, cujos alunos estão trabalhando numa das regiões mais pobres do Estado de Ifinas Gerais, o vale do Joquitinhonha » Agradecemos a notícia recebida e que damos a seguir; "A Faculdade de Comunicação- da Universidade Católica de Minas Gerais, atravás do CEPECC (Centro de Estudos e Pesquisas de Comunicação de Comunidade), vem de senvolvendo trabalhos de comunicação rural no Vale do Jequitinhonha, com o ob jetivo de viabilizar na prática a proposta da Eaculdade de buscar novas for- mas de comunicação : mais adequadas ao nosso meio social e mais voltadas para o homem, seu desenvolvimento e transformação. Os trabalhos no Vala vêm sendo realizados dois anos sob este enfoque e ser- vem de suporte para a reflexão teórica sobre o tema, a qual, num processo dia- lético, vem realimentando esta mesma prática. A dinâmica dos trabalhos I a seguintes mensalmente, a Eaculdade envia para Ara çuar estagiários que passam por um treinamento p±évio, onde se discute a co- municação rural e seu papel na nossa realidade, o setor agrário brasileiro e suas relações com o meio urbano, a cultura popular etc. Chegando lá, os esta- giários desenvolvem projetos específicos de comunicação, ou atuam como área suporte em trabalhos multidisciplinares. As atividades se processam em dois veiss comunicação com um publico urbano (população de Araçuaí) e comunicação com as comunidades rurais (Arraial dos Griolos, Itira, Taquari, Virgem da Lapa) Dentre os projetos existentes, poderíamos citars - Jornal "0 Araçuaí" - criadojpelos estudantes de comunicação e elabo rado por membros da população da eida de, com 4 páginas, periodici- dade mensal, contendo infoimaçoes sobre educação, saúde e saneamen- to, esporte, noticiais- sociais etc "* Jornal Mural feito pelos habitantes das comunidades, com a orien- tação dos estagiários, visando ativar a comunicação na qual a pró- pria comunidade ê a emis sora inicial das mensagens - valorização da arte populars folclore e artesanato - atividades no Centro Cultural do Mobral em Araçuaí - elaboração e realização de pesquisass " pesquisa lingüísticas levantamento do vocabulário regional ~ pesquisa de religiosidades populars a religião como fator de passividade social pesquisa de avaliação dos teabalhos da oaraunicaçao no Vale (em fase de elaboração) UCbC União Cristã Brasileira de Comunicação Social - Av. Graça Aranha, 416, s. 724-ZC-P-20.000-fJio de Janeiro, GB- Brasil

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l»4v^OC# informa

boletim mensal Ano 7 - n. 11 (53} novembro 1975

Redator responsáveis Frei Romeu Dalfi,op

nm. M UCBG

0 Boletim da UCBG temj neste número, o especial prazer de apresentar duas experiências que estão sendo levadas adiante por alguns d© seus membros:

COMÜMCAÇÃO IICMEIO RURAL A primeira, pela Eaculdade de Comunicagao da ÜG de MG, sdcia da UGEC, cujos alunos estão trabalhando numa das regiões mais pobres do Estado de Ifinas Gerais, o vale do Joquitinhonha » Agradecemos a notícia recebida e que damos a seguir;

"A Faculdade de Comunicação- da Universidade Católica de Minas Gerais, atravás do CEPECC (Centro de Estudos e Pesquisas de Comunicação de Comunidade), vem de senvolvendo trabalhos de comunicação rural no Vale do Jequitinhonha, com o ob jetivo de viabilizar na prática a proposta da Eaculdade de buscar novas for- mas de comunicação■: mais adequadas ao nosso meio social e mais voltadas para o homem, seu desenvolvimento e transformação.

Os trabalhos no Vala vêm sendo realizados há dois anos sob este enfoque e ser- vem de suporte para a reflexão teórica sobre o tema, a qual, num processo dia- lético, vem realimentando esta mesma prática.

A dinâmica dos trabalhos I a seguintes mensalmente, a Eaculdade envia para Ara çuar estagiários que passam por ■um treinamento p±évio, onde se discute a co- municação rural e seu papel na nossa realidade, o setor agrário brasileiro e suas relações com o meio urbano, a cultura popular etc. Chegando lá, os esta- giários desenvolvem projetos específicos de comunicação, ou atuam como área suporte em trabalhos multidisciplinares. As atividades se processam em dois n£ veiss comunicação com um publico urbano (população de Araçuaí) e comunicação com as comunidades rurais (Arraial dos Griolos, Itira, Taquari, Virgem da Lapa) Dentre os projetos existentes, poderíamos citars

- Jornal "0 Araçuaí" - criadojpelos estudantes de comunicação e elabo rado por membros da população da eida de, com 4 páginas, periodici- dade mensal, contendo infoimaçoes sobre educação, saúde e saneamen- to, esporte, noticiais- sociais etc

"* Jornal Mural — feito pelos habitantes das comunidades, com a orien- tação dos estagiários, visando ativar a comunicação na qual a pró- pria comunidade ê a emis sora inicial das mensagens

- valorização da arte populars folclore e artesanato

- atividades no Centro Cultural do Mobral em Araçuaí

- elaboração e realização de pesquisass

" pesquisa lingüísticas levantamento do vocabulário regional

~ pesquisa de religiosidades populars a religião como fator de passividade social

— pesquisa de avaliação dos teabalhos da oaraunicaçao no Vale (em fase de elaboração)

UCbC União Cristã Brasileira de Comunicação Social - Av. Graça Aranha, 416, s. 724-ZC-P-20.000-fJio de Janeiro, GB- Brasil

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— discussão em grupos com membros das comunidades, visando despertar formas mais conscientes e críticas de participação das populações no seu processe d© desenvolvimento»

JOBML MBOEATQEIQ NO BAIRRO

0 prof, Jorge Eaptista, sócio da UGBC, ê professor de Técnica de Jornal na Faculdade "ELqy de Souza" em Natal (RH) e responsável por um jorijal—laboratório iSE LUIZâ, do qual nos fala na notícia que acaba de nos enviar. Ei—Ia;

"Estou remetendo-lhe o jornal—laboratório "LÊÍe Luiza". Trata -se de instm- raento principal de nossas aulas práticasj aqui na Eaculdade de Jornalismo"E- loy de Souza", de Natal» 0 jornal foi criado por nós no ano passado e — a tran cos e barrancos — chegamos agora ao sexto número»

Tem o "Mae Luiza" duas finalidades clarass - servir de instrumento de ensino aos'estudantes de jornalismo| — e de instrumento de reivindicação às coraunida des de mie Luiza e Aparecida, que Jjabitam o morro de. Ivlae Luiza, nas abas de Natal. São 15 mil habitantes, sul>-empregaáos, marginalizados» Felizmente, e- les já sentem o jornal como uma coisa deles, da qual podem dispor (e de que dispõem).

A idóia fundamental que orientou a criação do "Mãe Luiza" i um jornal-laborato rio deve abarcar o máximo da realidade, não devendo, pois, ficar limitado a

uma fração dela» Assim, os jornais-labotatórios "estudantis", "acadêmicos", cujo universo acaba sendo apenas o dos professores e alunos da escola, ou se- ja, cujo componente social ê apenas o de elementos da classe média (por aí) - esses jornais seriam insuficientes para a prática dos alunos de jornalismo Importante que os alunos se metam no mundo real, vivo, quente, com todos os problemas do cotidiano, para perceberem as contradições fundamentais de um contexto» Como uma escola como a nossa não pode, por limitações materiais,fa zer -um1, jomal-laboratório para uma cidade inteiraj tomamos uma comunidade co- mo nosso universo, Para nós, a comunidade é a cidade»"

A quem interessa, r possas Prof, Jorge Baptista, rua Ipanguaçu n6 1029 (Tirol) - Natal (RG)»

A MORTE DO JORNALISTA ¥. HERZOG

Nascido em 1937 na Iugoslávia, de onde saiu durante a guerra para escapar ao nazismo, ingressou no jornalismo em 1959 como repórter de "0 Estado de Sao Pau Io", enquanto curs ava a Eac.de Filosofia da ÜSP» Nesse jornal permaneceu até 1965, exercendo ainda funções de redator e de chefe de reportagem0 Apaixonado por cinema, já em 1963 estava inscrito no Curso de Cinema Socumental, no Rio, e meses depois estagiava no Dep. de Filmes da Escola de Cinema da Universidad dei Litoral, em Santa Fe (Argentina). Data desse ano seu documentário "Ivbrira- básü e, de 1964, seu trabalho como as sistente de produção em "Tiramundo" e "Subterrâneos do Futebol", Foi,em seguida,chefe de reportagem da T7 Excels ior (SP). Em 1965» áá está em Londres para trabalhar como produtor, locutor e assistente de produção do Ser- viço Brasileiro da BBC (até 1968) e fazer o curso de Cinema e TV da mesma BBC» De volta ao Brasil, foi editor cultural de "Yisão" (1960/5)» "Desse período de convivência diário, o mínimo que se poderia dizer do amigo Vlado é da sua in- tegridade e honestidade profissional»,»" Foi professor de telejornalismo da FAAP e da USP5 e, de 1972 a 1974» foi secre tário de redação e editor do telejornal "Hora da Notícia" da TV Cultura (SP), para onde retornou em julho de 1975» como diretor do Dep o de Jornalismo. Este ano ele estava tentando concretizar um grande sonho, um filme sobre Canu- dos» "lia manhã do ultimo dia, 25 de outubro (depois de procurado por ag-entes de se- gurança na noite anterior, em seu local de trabalho), Vladimir Herzog apresen- tou-se à sede do DOI, do II Exército, em São Paulo, para prestar depoimento •

Ali Vlado morreu." r ■ ■, •, j mr- ~^tT in -n n*} (condensado de "Vxsao",10-11-75;

Dia 26 de outubro vários jornais publicaram uma nota oficial do Sindicato dos Jorna- listas Profissionais do Estado de Sao Paulo, em que seu presidente, Audalio Dantas , comunicava a prisão de mais um jornalista, Vladimir Herzog, Diretor do Dep, de Jor-

-3- nalisrao da TV-C-ultura, ele fora proourado àia 24 ^ noite em seu local de trabalho por ; agentes da segurança para leva—Io para o DOI, do II Ebíercito. Após uma série de inter ferências e consultas concordou-sG em que o jornalista se apresentasse no dia seguin- te, -à s 8 da manha, para prestar depoimento, "0 jornalista compareceu no horário esta helecido, mas ficou detido. Até à noite, mo havia retornado h sua residência."

No dia seguinte, 27 de outubro, o Comando do II Exército informava, em comunica do oficiai, que depois de prestar esclarecimentos e de ter assinado uma declaração re- conhecendo sua militância comunista, ter-se-ia suicidado, A família recebeu o corpo num esquife selado, não pode abri-lo, nem foi autorizada a promover uma autópsia por conta, própria.

Coordenada pela, direção do Sindicato dos Jornalistas profissionais do Ssta- do de São Paulo, a reaçço de jornais como "0 Estado de São Paulo", o "Jornal da Tar- de", o "Jornal do Ikasil" foi imediatas o jornalista não estava sob a custódia do DOI? teria mesmo ssido suicídio? 0 "jornal do Brasil" e "0 Estado de São Paulo" em e- ditoriais se perguntam o que estará aconteBondo, Senadores e deputados • federais do MHB interpelara o goverso a respeito.

Dia 31 de outubro, o cardeal de Sao Paulo - D,Paulo Evaristo Arns - o rabino Henry I, Sobel e o pastor James Wright, na catedral da Sé superlotada, umas 9.000 pes- soas,, incluindo as que não puderam entrar — apesar de toda uma série de "acidentes" de trânsito ("nas ruas e avenidas um estranho bl&queio", mancete de o ESP, l.ll) - cele- braram um culto ecumênico que alcançou repercussão nacional,

No Rio, o cardeal D.Eugênio Sales, nao tendo autorizado a celebração de uma missa promovida pela, ABI, uns 300 jornalistas improvisaram um ato em memória de We Herzog no próprio auditório da ABIo

Em Brasília, 300 pessoas assistiram à missa aí celebrada"; celebrações foram também realizadas ora Campinas (SP), Paraná, Santa Catarina»., A secçao da OAB de Sao Paulo solidarizou-se com a família e com o Sindicaio dos Jornalistas, anunciando

envio de ofício ao presidente da Republica,

0 presidente Geisel , de viagem marcada para Sao Paulo (SP),teria sido^aconse- Ihado-" a cancelá-la» Mao concordando, cumpriu o seu programa e, em face da reação - serena- mas geral — encontrada, nomeou um militar de sua confiança para promover um inquérito sobre as verdadeiras ra,zoes da morte do jornalista,

A SIP, era reunião do emergência, em Miarai (USA) expres sou "o alarma e a preo cupação da entidade era conseqüência da prisão de 11 jornalistas e da morte de W.Her- zog" (ESP, 5,11,75) Nesse mesmo dia, por unanimidade, a bancada do MDB na Câmara, Fe- deral aprovou uma mensagem de solidariedade aos jornalista,s por todos esses aconteci- mentos» Também nesse dia 5, o presidente da ABI, Prudente de Morais Neto, esteve em São Paulo onde veio para solidarizar-se pessoalmente com o jornalista Audalio Dantas, pela maneira serena mas firme com que se comportou em face dos graves acontecimentos (%

ocorridos com os jornalistas presos, mas de modo todo especial por ocasião da moi^e de Hadimir, Acontecimento que, dias depois, ainda repercutia no"New York Times" (cf

ESP, 15.11.75)• (a reportagem mais completa sobre o acontecimento e suas repercussões encontra-se no mensário EX, edição de no-

vembro 1975, pgs» 53/40)

NASCIMENTO, VIDA E MORTE DOS ffiS

NOVA REVISTA Parte dos editores pertenceu ao grupo da revista EK. Acabam de fundar BIMESTRAL uma nova : editora, a VERSUS, e de lançar um jornal bimestral "de re-

portagens, idéias e cultura". Alguns textos do primeiro números as confissões de um repórter argentino perseguido pela AáA? literatura de cordel? o diário de um escaitor peruano que viveu no Chile...

EM CRISE Depois de, no ano passado, ter comprado a Cia. Editora Nacional,o BNDE assumiu agora o controle da Editora José Olímpio, Com isso ele passa a deter a maior parte dos títulos didáticos do país e 8C$> do mercado

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de ficção» ensaio historiografia da literatura "brasileira. Também a Graneis co Alves nao está mais nas mãos de seus antigos dirigentes, pois foi comr- prada por um armador de navios, Ariosto imado, (Jornal da Semana,S.Paulo,

25.11.75)

SILVIO SAITOS 0 animador Senor Abravanel - Sílvio Santos - adquiriu em leilão, no dia COMUMIá 29 de outubro, por 605 mil cruzeiros, os bens da extinta TV Continental. EM ASGSíSÃO Uma semana antes o presidente Geisel assinara decreto outorgando à TV Es-

túdios Silvio Santos Lirb concessão para instalar uma emissora de TV na ci- dade do Eio de Janeiro (EJ), utilizando-se do Canal 11. Concorrendo com três outros grupos - Manchete, 0 Dia (Rio) e A^Bazeta (Sg) - a escolha de Silvio Santos, segundo o Ministro das Comunicações, teria levado em consi- deraçao dois pontos; a sua ca pacidade financeira, para executar o serviço de radiodifusão da imagem o som e o tipo de programação que o empresário pretende trans mitir, "voltada para um grande publico com mensagens posi-

tivas." (ESP 24.10.75)

MAKfflGA COM TV

MâMMBTO, J0EKA1 DO POVO

150 MOS DE VIDA

NOVO LIVRO DE BOLSO

RQMâHCBS PARA ESTUDO

Dia 25 de setembro foi oficialmente inaugurada a TV Cultura de Maringá(PR) Canal 8, D. Jaime Coelho, bispo da cidade, é o diretor-prosidente dessa

nova emissora paranaense.

S o nome da nova publica,ção que acaba de nascer em Sao João da Boa Vista (SP) sob a responsabilidade do jornalista Hamilton de Souza. Sob a forma

de tabloide, "Manifesto" é mensal.

Dia 7 de novembro, "Diário de Pernambuco" completou 150 anos de vida movi- mentada e até mesmo atrbula.da. Foi fundado pelo tipógrafo Antônio José de Miranda Falcão, revolucionário típico pernambmeano das revoluções de 1817 e 1821, o que lhe valeu 14 meses de prisão. Cansado de lutas políticas , vendeu o jornal em 1835 a Manoel Figueroa de Paria,mais empresário e admi nistrador que jornalista. Sob esta direção o jornal cresceu como empresa. Poucos meses depois Figueroa fundiu o Diário com o "Diário da Administra- ção Publica", transformando-o num órgão do governo, o que tomou o jornal o órgão oficial dos governos provinciais e estaduais até 1911» com exceção de curtos períodos. 0 "Diário de Pernambuco" sempre teve expressiva íK>- portância colturai na vida pernambucana,. Grandes pensadores e escrito- res - nordestinos foram colaboradores do jornalí Tobias Barreto, Castro Alves, Oliveira Lima, Manuel Bandeira, entre outros, e cinco de seus reda- tores chegaram à ABLs Mucio Leão, Gilberto Anado, Artur Orlando, Assis Cha teaubriand e Mauro Mota. Na campanha da redemocra-tização (1944/5) J 0

jornal., sob o comando de Anibal Fernandes, viveu um de seus grandes momen- tos quando, em 3 de março de 1945} discursando da sacada $.0 jornal Gilber to Freire, ai foi morto — atingido por disparos da polícia, — o estudante Democrito de Sousa Filho,

Desde 1951 o jornal foi incorporado aos "Diários Associados", Hoje é di- rigido por Antônio Camelo, diretor executivo. Sua, tiragem diária é de 35 nil exemplares, elevando-se para 70 mil aos domingos.

0 mais antigo jornal da, América Latina e a mais antiga publicação diária, eK1 língua, portuguesa, foi ura dos primeiros jornais, brasileiros a trabar- Ihar com o noticiário das agências internacionais (Havas e Aaericana) em I8735 trinta e quatro anos antes da Lei Áurea, ele já se batia pela liber tação dos escravos. E foi o velho jornal que realizou em 1925» ano do seu centenário, sb primeiro estudo prospectivo sobre o Nordeste (cf. ESP 9.lis Visão 24.ll)

Uma nova editora, a Sdibolso, acaba de surgir consagrando-se ao Livro de Bolso. Para começar, lançou catorze títulos, com tiragem média de .... 15.000 exemplares, incluindo autores nacionais e estrangeiros, como Joa- quim Manoel de Macedo, Erico Veríssimo, Agatha Cgrisüe, entre. Fundada em fevereiro de 1975, com 30^ de participação da Editora Abril, a Edibol- so tem como dirstor-gerente Anrico Eastelli, 32 anos.

Ê a nova, coleção lançada pela Livraria Francisco Alves e que é dirigida pelo prof. da PUC do Rio de Janeiro (xij), Affonso Romano de SanfAnna .

TEMAS DO MOMENTO

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Já foxam publicados quatro volumes, todos consagrados a romancistas brasi- leiros! A moreninha, Quincas Borba, Iracema e Memdrias de um sargento de milícias.

A Editora Etcéteraj, de José Álvaro e Fernando Ferro, acaba de criar umaco- leçao de fascículos exrplorando os temas do momento. Já lançou o primeiro, de Heloneida Studaxts " feminismo - a luta da mulher,,| e entre os previs- tos já se encon^ams "0 choque das gerações" de Lauro de Oliveira Lima, "A violência - a fera no homem" de Alceu Moroso Lima, "A poluição - a morte da vida" de Rose Marie Muraro.

SEROMEIOS, CURSOS

PEEGAÇlO E COLIONICAÇlO

A MttHEK MS COMÜICECAÇOES

COMPOSITORES TAMBÉM SE ENCONTRAM

EtTSUTO HE CIHEMA.

0 Instituto de Teologia e Ciências religiosas da PUC-RS deu iniício a 3 de setembro passado a um seminário, coordenado pelo prof. ürabano Zilles, sobra "Pregação e comunicação" com o seguinte temários problemática atual - crise e chance5 um modelo de comunicação5 o ouvinte (receptor)? o pre- gador (emissor); a mensagem|, a linguagem e situação da pregação atual,

1 Faculdade de Comunicação da PAAP realizou, de 20 a 24 de setembro,a Yl Semana d-a eoraunicaçcos, tendo consagrado um dia ao estudo- da participa - ção da mulher nas diversas áreas da comunicação, com a participação^de Ve- ra Giangrande, Lenita Perrcy, Leilah. Assunção, Aurora Portela, Haidee Guer soni e Cecilia Zionio

0 Movimento de Erongelização da arquidiocese de Olinda e Recife^(PE) pro- moveu, a 23 de novembro, um Encontro de Compositores. Pela manha, houve^ uma troca de experiências e à tarde os compositores apresentaram suas mú- sicas, acompanhados-, de cantores e rmstrumentistas.

De 26 de outubro a 18 de novembro, promovido pela FEFIEG ( Pod. Escolas '.. Federais do Estado da Guanabara) em Arcozelo (RJ), um Simpósio sobre o Ensino de Cinona reuniu professores e cineastas para estudo de currículos mínimos nas áreas 12,29gr.,superior,0 resultado foi levado ao Conselho Fe deral de Educação do MEC. A comissão encarregada das escolas superiores propôs unicamente um levantamento da situação real dessas escolas, como primeiro passo para a criação de um currículo. 0 relatório da comissão de 18 e 2° graus frisou a necessidade de oferecer -uma educação visual e a desmistificaçao da técnica cinematográfica à criança e ao^adolescente e um apoio capaz de estimular vocações e urgiu a capacitação de profes» sores na manipulação da linguagem e técnica do cinema, com extensão aos professores de Comunicação e Expressão. ParalelamentE, houve a I Mostra de Filmes de Alunos, com apresentação de trabalhos nacionais e estrangei-

ros.

FESTIVAIS, PRfflIOS

LRUMMOKD E Dia 29 de outubro, na Casa de Rui Brabosa, no Rio de Janeiro (RJ), foi en ASSIS BBÁr- trogue o prêmio nacional Walmap de Literatura, no valor de 55 ml crusex- SIL rosl ao poeta Carlos Druramond de Andrade, na categoria de obra publicada

^'As impurezas do branco") e ao crítico o romancista Assis Brasil, na ca- tegoria de livros inéditos(,,Os que babem como os cães").

HISTORIA 0 pioneiro das edições de história em quadrinhos no Brasil, Adolfo Aizen, M recebeu o Prêmio "Telia;,' Fàd" que o Salão Internacional de Cômica (Lucca, OJADPuGTÍJDS Itália) dedica aos desenhistas e editores. 0 prêmio foi entregue na sede

da Editora Brasil/America, da qual o premiado é diretor-t;eral. Adolfo ^a- zen introduziu os quadrinhos em 1934, quando lançou o Suplemento Juvenil. 0 prúneúro brasileiro a receber o prêmio foi o desenhista paulista Maurí- cio de Sousa, em 1971»

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CENSOM, PROCESSOS, CASSAÇOES

EROUBIDOS Continua crescendo a cada mês o número de livros proibidos pelo ministro M da Justiça. 01 últimos sãos "A hora do amor" de Christopher Palmcr (Arte

; nova),r,0 preço de Marta" de Mareia Fagundes Varella (L. Oren), "Novas pá- ginas eréticas" trad. Luiz Barreiras (Lider Ltda), "Guia para o amor sen- sual" do Robert Charthan (Arteuova).

MHíISOIRO 0 juiz Canisio Biaisfeld, da 4a. Vara Crminál de Porto Alegre (RS), detorrai PERDE nou o arquivamento da, representação do ministro da Justiça, Armando Ealcao, AÇlO que pretendia enquadrar os ãornais gaúchos ZERO HORA e EOLHâ DA TARDE como

incErsos na Lei de Segurança ou na de Segurança Nacional. A ação fora so- licitada pelo ministro Paulinelli, da Agricultura (ESP 25»10«75)

SENADOR 0 Senador Jarbas Passarinho, da Arena do Pará, em comunicação no Senado,es- TEM ARTIGO tranhou que um artigo seu publicado num jornal paulista tenha sido censura- CEBSÜRADO do posteriormente na TRIBUNA DA IMPRENSA. E manifestando-se contra a censu -

ra à imprensa alegou que "a melhor censura ê aquela feita peloopúblico, a que 6 realizada pelo própria povo"; e terminou dirigindo um apelo ao minis- tro da Justiça para que "seja adotado um tratamento realmente igual a to-

dos os órgãos de informação e periódicos do país". (ESP 4*1I»75) "A censura brasileira é igual à s oviética". A comparação foi feita ontem pelo Senador Jarbas Passarinho, em conversa informal., quando voltou a co- mentar a sensura sofrida por um artigo de sua autoria. E nessa conversa e- le defendeu a necessidade de "lutarmos pela •suspenso'"' integral da censu

ra vigente sobre a imprensa brasileira" (SSP5«1I»75)

A LEGIS- 0 grupo de trabalho criado pelo atual rainistro da Justiça, para consolidar LAÇSO as leias da censura, parece estar chegando ao término de suas atividades,

com algumas conclusões à vistas "seria impossível elaborar criterioâ obje- tivos para o setor, sem o risco de cair-ee no casuísmo. Desse modo, preten dera elaborar um documento com cerca de 50 artigos, deixando que o detalha monto da, matória seja- feito durante a regulamentação da lei. Consideram "" aimda que a criação de ura Conselho de censura (que nada teria a ver com o C.Superior de Censura, sancionado pelo presidente Costa e Silva em 1968 daria ao sistema um órgão intermediário entre o DPP e o Ministério da Jus- tiça, para rever as decisões da Divisão de Censura Federal, em grau de re- curso". Este Conselho seria pequeno - cinco elementos, talvez - e teria de merecer a confiança do Governo e do público. (Folha SP 23.11«75)

CANCELADO Sem nenhuma, explicação convincente, foi cancelado o concurso nacional de pe CONCURSO ças teatrais realizado no mês passado pelo Instituto Estadual do Livro do NO SUL RS. E os autores das peças-premiadas - "Delito carnal" e "Alvará de Cpn -

sejuvação" — ao em vez de dirheiro prometido receberam um lacônico comunica do de que a promoção havia sido suspensa e que os prêmios nao mais seriam entregues. tSSP 4.11.75)

CIDINIIA Depois de vários meses de apresentação e em vários Estados, a peça de Ci- dinha Campos, Heloneida Studart e Rose Marie Muraro - "Homem não entra" - foi proibida.

OUTRA l/EZ Por 12 votos contra 1 — do ministro Jarbas Nobre — o TER negou ontem o DERROTADO mandado de segurança impetrado pelo teatrólogo Plinio Marcos contra a deci-

são fo ministro da Justiça proibindo sua peça "Abajur lilás".

TEATROS 0 Teatro Oficina, depois de duas exibições da peça "Bolingbrook & Cia ou, E ALVARÁS Casadas Solteiras" foi interditado tendo tido o seu alvará de funcionamer- CASSADOS to cassado. 0 mesmo aconteceu com o Teatro da Praça que ia iniciar a exi-

bição da peça, "Na prática a teoria é outra". Os dois tratros funcionam cm

São Paulo (SP) (Folha SP 1.11.75)

RADIO 0 Dentei cassou a permissão de funcionamento da Rádio Fronteira do Sul , NO SUL de São Borja (RS), sob a alegação de sucessivas infringências à legisla-

ção, entre elas a transferência são autorizada de ações.

LnasRiíâDE m IMEBENSA

CEHSORâ iláAERA QSLsromA

CHíSUBA PEÊVIA

Declarações recentes? o ex-presidente do STF, Aliomar Baleeiro, ao receber a "Medalha do Mérito Forense" referiu-se à liberdade de imprensa, que defen- deu; condenou qualquer critério discriminatório, dizendo mo. entender que alguns jornais e revistas publiquem "artigos ousados", enquanto outros sao impedidos de fazê-lo (ESP 11,11.75). E o deputado Celio Borja, presidente da Câmara, ao encerrar a homenagem ao "0 Estado de Sao Paulo", declarava? "a primeira liberdade é o nome que, nas democracias represenátativas, se cor;,

fere à liberdade de imprensa". (ESP 21.11.75)

"0 Estado de S.Paulo" da 25.10 publica o tgücto integral da minuta enviada peto ministro Armando Falcão às TVs e referente, a novas normas para a apro- vação das telenovelas o A mais rigorosa delas consiste na exigência pela Cqn sura da entrega na íntegrajpela emissora, do texto da telenovela para que possa obter o certificado de liberação (cf. art. 2°)

+ 0 Superintendente da Policia Federal do Araazonhas enviou ofício, dia 4 de novembro, h direção do Jornal A NOTICIA, de Manaus (AM), comunicando-Ihe o restahelecimento da censura prévia; mas não explica as razoea da medida « Seria conseqüência do destaque dado a um portosto dos motoristas de taxi contra a falta do segurança; o da publicação de um artigo s obre a morte

do jornalista WJÍeraog? (ESP 5.11.75)

+ A comissão editorial da revis ta DEBATE E CRITICA, formada por Flerestan Fernandes, Jayme Pinsky o José de Souza Marques, informou i ontem a suspen- são das atividades da publica ção - cujo n, 7 estava para sair - por nao concordar com a censura prévia que lhe foi imposta.

DIFICUL- DADES

FLORA PÜRBI

VARIAS

0 aumento de tarifas da EBCT, para entrega de jornais, atingiu cerca àe 300^ cm relação aos preços do início do ano, o que afeta de modo especial

os pequenos jornais do interior.

Já nos ESA há vários anos essa cantora brasileira acaba de ser eleita s

pela segunda vezr, por cinco publicações americanas como a melhor cantora do

país.

25 AKC9 Angela Maria, descoberta em 1950 pelo divulgador Erasmo Silva, reuniu seus DE CARREIRA amigos num jantar de buate para comemorar os vinte e cinco anos de carrei

ra.

NUMERAÇÃO Já aprovado na Comissão do Educação do Senado que o preparou, acaba de sei DE DISCO aprovado também na Comissão do Justiça do mesmo, a 7 de novembro, o proje-

to que manda numerar os discos e outras gravações de obras artísticas,li- terárias e científicas; esta -áltima destacou a eficiência da providência como proteção aos direitos autorais e ao fisco; governamental.

EM . A fim de cumprir a parte que lhe toca no projeto de lei que cria a radio- EXPANSÃO brás - a produção de programas educativos e instrutivos - O MEC vai assi-

nar um acordo bilateral com a Republica Federal da Alemanha, no valor de

10 milhões 295 mil e 945 marcos (ESP 4.11«75)

CNBB M Pe. Alfredo Novak, secretário executivo do Setor de MCS da CNBB-Nacioml? CURTA- participou da IV Jornada Brás ileira de^Curta-ÍIetragem realizada em Salva- METRAGM dor (EA) no mês de setembro. E najDcasião, em entrevista â VOZ DO PAEMC.

afirmou a necessidade da manutenção do contato da CNBB com os cineastas 5 o que, aliás, ela já vem fazendo, de modo especial desde a instituição do prêmio "Margarida de Prata", e que foi dinamizado com o Congresso Interna- cional promovido pela OCIC, em Pctrépolis, no mês de abril passado. Peja» fredo reuniu-se durante essa Jornada com cineastas, dentre eles Guido A- raujo (EA), Cosme Alves Neto (Cinemateca do MâM-Rio)^e Fernando Ferreira (crítico de 0 Globo), a fim de estudar a concretização das propostas apro-

vadas no Congresso de abril.

CAXIAS E A Na oportunidade das comemorações da Dia da Imprensa, era Caxias do Sul (RS;, IMPRENSA foi criada a Ass, Caxiense de Imprensa, quando foram aprovados seus esta-

tutoé e eleita a diretoria provisória.

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iíEESMSlO Nuina operação iniciada a 15 de outubro e que se encerrou ttn mês depois, o DE HPF, da censura e da Associação Brasileira de Produtores de Discos, apreen- CASSETES deu 8.000 fitas cassetes e dezenas de duplicadoras, todas clandestinas, em

/várias cidades do interior do Estado de S.Paulo, Essa operação tem por fim reprimir o mercado das "fitas piratas" que, s6 em São Paulo, comoroializa anualmente cerca de 1 milhão e 800 mil unidades.

ML Portaria ministerial n. 459> âe 25.9.75» informa que o IKLivro, órgão do MEÇ COMPRA decidiu adquirir diretamente das editoras livros de "comprovado interesse ESTOQUES cultural", considerados em geral como encalhe. A medida "beneficia apenas

editoras brasileiras filiadas à Câmara Eras ileira do Livro ou do Sindica- to Nacional dos Editores de Livros, Texto integral da portaria em EOIM DE SÃO PAULO do 20.10,75.

PRISÕES, SDLTÜEAS

++ Paulo Sérgio íferkhum, chefe de reportagem da TV Cultura, canal 2, de Sao Paulo (SP), foi detido a 18 de outubro por agentes de segurança que o leva- ral para o BOI do CODI? foi libertado dia 4 de novembro,

■w- Dia 4 de novembiio foram libertados os jornalistas Luis Weiss, Uarinilda lüar- chi, Rodolfo Kondor e Luis. Vital Pola Galé. Foram também libertados os JOE- nalistas Luis Paula Costa (29,10), Anthony de Christo (50,10) e Ceorge Bo- nigno Jathay Duque Estrada (2,li).

++ Continuavam detidos a 50 de novembros Sérgio Gomes da Silva, Ricardo Moraes Monteiro e Frederico Pessoa da Silva,

Hovos lançamentos na_ároa da_Comunicação

ABERT, AJtadiodifusão no Brasil, Brasília, 1975»

Aluisio Magalhães, Antônio Houaiss e outros. Editoração hoje, Eioj FGV, 1975

Aaerico Pcllegrini Filho, ^lond^^^ dOCTjmGntdrio de folclore paulista, São PaulosIns- tituto Musical de Sao Paulo, 1975

Anderson e Smith, Manual do Livreiro, Rios Artenova, 1975.

Anthony Oetinger. 0 que os computadores não podem fazer - uma crítica da -. T3;Zap_gxt±f±r ciai, Rios A casa do Livro Eldorado, 1975

AiDaMjiMattelart, Ia cultura como empresa multinacional, Buenos Airess Editorial Baler- m, 1974

Cohen, Bremond e Genette, Pesquisas de retórica, Vol, 10 da coleção "Novas perspsctxvas em comunicação", Petrópoliss Vozes, 1975

Estevão Bettencourt o.s.b.,Dom, Evangelização e MCS, Rio de Janeiro: em"Convergência", revista da CRB nacional n, 85, 1975.

F, Riopardense de Macedo, Hipólito da CojLta^e^umverso. da liberdade. Porto Alegres Sulina/âRI, 1975

Gôorgò D. Butler. Recreação, Rio: Lidador, 1973

Haas Magma Enzensberger. Elementos pa^ una teoria de los médios AQ-g^gS-.02-^11. » Barcelonas Editorial Anagrama, 1974

José Marques de Melo, Comunicação Social: Teoria e Pesquisa». 4a» e^,, Petrópolis: Vo- zes, 1975