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O TICO-TICO 2 —. 1 — Janeiro — 1941

ENTRE TODOS OS PRESENTES QUE "PAPAI NOEL"TRAZ ÁS CRIANÇAS

Almanaque _ 0 TICO-TICOE*

O QUE MAIS ALEGRIA CAUSA tk PETIZADA

PORQUEe O ANUARIO INFANTIt MAlS^. ^^^_ _^"^>L

/. BONITO E MAIS BEM FEITO. ^T _-*^~'^^^>taX_ |

^\

f^ CONTENDO HISTORIAS LINDIS K- áT ^\ ir *r \ \SIMAS PASSATEMPOS. MONO \ / J^^^^^~\S, (.Slíl V A

LOSOS AVENTURAS. CURIOSl. \A '/rr-^ /C/Y ^__ _\

OADES. ENSINAMENTOS. ETC. I SZY^~ i-» \ Á I/PM..) w"^ \

¦¦¦¦¦¦ ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦

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(aa i «Sa i ffà-ír Diretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA

SEMANÁRIO INFANTILASSINATURAS

BRASIL:1 ano 25$00ü6 meses 13*000EXTERIOR:1 ano 75$09'i6 meses 88$00i)

As assinaturas começam sempre no dia Ido mêa em que forem tomadas.

Propriedade da S A. "O MALHO" -Travessa do Ouvidor, 26 — Rio.

Soas bestas

f li \

<M IJlno cttcvo

E STA é a primeira edição de O TICO-TICO que aparece em 1941, e justamente no dia de

começo do novo ano. Todos vocês estão entregues aos festejos e às alegrias das come-

ir.orações desse acontecimento do calendário, e o nosso desejo é o de que nem um só

dos nossos amiguinhos tenha hoje motivos para estar triste. O TICO-TICO, que é hoje

a revista predileta de todos vocês, assim como foi, em tempos passados, a prediletaleitura de seus papás e mamas, tem assinalado em suas páginas muitas entradas

de ano novo e mudou, já, em seu cabeçalho, 35 vezes., o ano de publicação.Apezar disso, entretanto, não envelheceu, não perdeu o entusiasmo por tudo

o que diz respeito à infância, aos seus anseios e desejos, e tem, hoje, quandomais um ano começa, 9 mesmo programa que sempre teve, o mesmo in-

teresse em divertir e alegrar os pequeninos, com lindas histórias, con-tos bonitos, exemplos de integridade, coragem, patriotismo, altruis-

mo, abnegação — todas essas coisas que dignificam o homem pe-rante seus semelhantes — representando ao mesmo tempo um

conselheiro, um mestre e um companheiro das horas alegres.E' com esse propósito que "O TICO-TICO" entra em 1941 e

que, desejando festas felizes a vocês todos, espera merecer,no ano novo, as mesmas provas de estima e de predi-

leção que sempre recebeu.

19 4 1 NÃO ANO BIS X T O

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Copyright de Wal. Disney. Reprodução' proibida

AlAventuras

doCamon-dongoIC»E¥

— Você é incorri- ngivel ! Ainda vaiacabar mal! Agora *_vamos para casa. ^^vSv.

^aJ) Thu__níC'

* — Mas deixe lá que vo-"¦A cê foi gosado!

—>sr-

•^C^^----^. 2-8

— Meu Deus! Algumacoisa se quebrou! I

Cf?Ãsi*"ír~^}-=^ i_^ _

'1

-•— Afiliai, apesar do sono, Mickey foi sempre — E nem viu que o prisioneiro fugia,buscar o indio Terça-Feira, no Casino.

— Quando ouviu...

jvuwwwva^va ^AVWíAvvv^v^,v^AwwíJvvvvv^vwvvvu^v^AVv^AVi^w^d^yílftí,.

Ri ^l^PL^%<3> K WÍ ~™ ^ü^^^/^^to __ Tera que pagar o

] iC7 -Desculpe, sim, "seu-

^^r^^l ^^(!^^'V_á>. V°Cêl ^rSftjí ^^, prejuízo,

"seu" Mickey... V7 Zacarias?

^ íP f^^W^^ ^^^t^PY^à W^-Pi^^P f tf\ so,-_o _?e"a li ""^n/"- "—"'

__ K<7~~*" >=~_^ /rY\- . ^"T-v*_ ifí Copr. 1540, Wílt Disney ProJocCioni <_ .Q ^"""^ V P-—^" -—A-^*"^C>_-J _~?*5.1- _.. c J . I IvJAÜr J ll-S.NBY^^' World _j_fi Rracrvtd <- S> -^-A, ^^<7 _.T-Ct^—^ ^^^ Distribui.-br Kine Feiturc. S.,na.-_te. In. VJt^rrfa—*. <_^_>*¦ ^PH-^a \ r*r •<—^^^——_.—¦¦¦ -____________^_______________i»___¦. ,_____^___—__-__-___-_---—^J t—_-___^__-___-_fr ¦ ,._¦ i._-_i——i—¦¦_-¦__¦______—!

1

Já Terça-Feira tinha quebrado o vitrine, para "matar" o bode empalhado! — O doié da fabrica de bichos empalhados estava jurio-so a valer,

ti rriianáo Ja crnuora...

3

2

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^^-^s^ÇrMl J^ ps^SsSã — Policia! I— Nao faça isso! ) tal_ -SOCORRO! UM IN- f^^\á% HS I fUDIO BANDIDO!! |lUW~1^# P<^WM

' ^T y\^%>-^0í^\M IICIpat:'1'peteté t;l i"bi! ) ^ /;

(íOalt^T^Wn^

PARA NAO

HAVER BA-

RULHO,

MICKEY PA-

GOU TODAS

AS DENTA-

DURAS E \

VITRINE

QUEBRADA.

1 — Agora vamos paracasa. Vais ficar preso lá acorrente!

^ST — Ba-e-té * ( y-y bibi. ) r™

Copr lí>40. Wall Disney'Productiori _ -__. ^^*^^ ^^^>/^World Righis Re«rved <d'lVj ^-»-*^ J^-»*^ L^g^

,;'d /iai'ia ciifra encrencai Terça-Feira tinha entrado cm uma loja 'de artigos dentários,roubando varias dentaduras.

B o indio jicóu iodo fagueiro com aquele colaresquisito...

— Minnie tinha ra-zão. Fui louco mesmo 1

Se fui!

— Bibi-tatá-xúxú

— Que amisadeé essa com oGodof redo ?

— Aonde irá ele? >¦ f

// ^«Éj.^^»f^H^p^r\ Para que que-^*^Ç > / r0 tudo isso?

Distributed 1-y: King Features Syndicace, Inc. ClÍ)Ai.YT2<St<«$'— Terça-Feira viu qualquer coi.

• 9

PORQUE SERÁ' QUE O-

INDIO E' AMIGO DO GO-

DOFREDO? DEVE HAVER

NISSO UM MISTÉRIO. VA-

MOS DESVENDA-LO NA

PRÓXIMA SEMANA?

• • • Terça-Feira corre para êle e lhe oferece as dentaduras todas,Vendo o Godofredo. .. com assombro de Mickey.

No próximo numero outro episódio completono

oo

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_ iCO-TICO 6 1 — Janeiro 1911

AVENTURAS DE TINOCO CAÇADOR DE FERAS (Desenho de Théo)

Tinoeo, além de caçador, é o homem para contar: — Certa vez, levava meu cara com um terrível urso pardo. Como li-de todos os esportes. Outro dia, falava-se planador para a montanha, quando dei de vrar-me da fera? Logo tive uma idéiade planadores aéreos e ele logo teve uma salvadora. Corri montanha acima, com o

bicho no meu encalço e logo que cheguei ao no espaço, vendo cá em baixo o urso apa- O inglês não se admira mais das aven-cume joguei-me com o planador pela en- lermado com o meu vôo. turas do Tinoeo. Admira-se, sim, quandocosta abaixo. Em poucos segundos estava ele não conta uma desse tamanho...

O Ano Novo em diversos países

Na Birmânia as pessoas se molham com aguo perfumada

NiO

é igualmente festejado o ano novo em iodos ospaises do mundo. Cada'povo tem seu habito, seucostume, sua forma tradicional para receber um

ano que surge. Emquanfo no Turkestão, por exemplo, o

pir;o se reúne para ver nascer a lua; em Tonkin, na Chinaos inimigos fazem as* pazes e na Birmânia se faz um ver-õdeiro Carnaval, com entruão... Quando os gatos miam

na véspera do Ano-Bom, os filhos de Annan não saem árua no dia seguinte, para não sofrer acidentes.

Assim, em cada pais ha uma coisa curiosa acerca do1.° dia do ano. Se vocês se interessam por isso, que é bemcurioso e instrutivo, vejam o Almanaque d'0 Tico-Tico,

Wm\ wJmMÊÈÊkfmmmm^ímMLmwm

A refeição do dia de Ano-Novo no Japão

onde esse assunto aparece bem detalhr.cio, e ilustrado,que foi de onde tiramos estas duas estampas que aqui cs-tão vendo.

ALMANAQUE D'O TICO-TICO — A VENDA

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1 — Janeiro — 1941 — 7 O TICO-TICO

S à iV TII §_ E Ai e IIIIIsa

<È0^qOx

^?>3(po

Bolinha estava desolado. O seu terno de estimação, o mais alinhado, não sabiacomo, se sujara, com uma nódoa de gordura.

— Deixe isso por minha conta, propôs Bolonha. Eu darei um geito...

T;íl=n "a, iirff.il¦ ^SV /7w IHH

.»> -BC--——71 f ^ II (\ li B

43 f VJS Ml ^^J.E Bolinha se foi, confiado na habilidade do amigo. Êle é burro como uma porta, pen-

sou, porém, com um pouco de água e sabã_, a mancha saíra facilmente...

\\M "FÉS /^ ?^r 'rLw

Estás vendo, Bolinha ? A mancha desapareceu completamente !Grande animal! Derramaste um vidro de tinta preta sobre a nódoa ! !Pois, então? Agora só se vê a mancha preta. A outra desapareceu...

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O TICO-TICO 8 —< 1 — Janeiro — 19.1

As ^fioí^m à^^(á^\%®^

I #**£—**/¦'-¦'

COM MUITO SACRIFÍCIO, O F*TOFESSO^COAJSEGUE ALCANÇARO AVI AO. .'#11

&///'A/ ¦ '. _//////yfâfo ^r&y>y-». /jffly __________> W- *\ ^«ín. í_§!v'-: - A- ¦. ¦*• y __ _____________ a / -vs.

^""^¦^^^^^ J______________-____________B__f_fr v' ____>^_____.I,^^____________C __________________ _______! aà%afféià9f7 ' __¦!_______'-

-_______>- —""_ ^**m^^^^30^^ m ' _£ """Sr^^^"^^ «-.^x*-—*^^__l_____^~_í__f _<__. ^^^P^

^^_____.-":"'l__! W^T^ __, ^«—^^^^ -"* ____. <9amam\ -' jff,, --—t ^^ ___-ía_P ^_______ !___. ^fSJr*r __. 7 _» __-_5 _____' ________ ___________ _____ *^^___5 _______T ~_~~TY

W AH/AU! O QUE vejo! SZANCO PE ^[ /_fl/-f PERSEGUIDO PoR UM MONSrPo'W

fk TENHO <?(/£ SALVA-Lo ! NAO //A âms. tempo a Perder! ^M

WÊÊÊmÊW AmmW^Èb f

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FMQUAUTO oPROFESSOR VAIA CABINE DO AVIÃOPARA APANHARUMA ARMA, OMONSTRO ATACABRANCO DE NEVElYERÚULI/ANDO

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COM ÊLE 5EGÜ-RO DB UNHASB ÜEjMTES A Ut%pa'* Barbatanas.

mmwgmmX^mmmmmm\m\\ ly^ 7" " - ' - -_-7_-^:-^5JgW--_-A.-fc^gfe_

iJMPVPV^^^^^^^^^ip-HiP^BL.. líiaP-r \___P-*?^-______^ffi5wflp-__-^-'gjB ¦^^=-::r;_--£_^'

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| —'Janeiro — 1941 9 — O TICO-TICO

CONCURSO*ESCOLAR

PERMANENTE

¦l* STAMOS em plena época dasférias, em que os colegiais dei-

-iam a cidade, após o durissimo préliodos exames, trocando-a pelas delicias

do campo, das faiendas, das estaçõesde agua ou balnearias, afim de, emcontacto com a natureza, revigorarem,as forças acaso prejudicadas com os

esforços exigidos pelos estudos.

Os estabelecimentos de ensino te-

rão cerradas as suas portas e ficarão

Vasios por algum tempo.

Vê-se, por isso. O TICO-TICO na

contingência de suspender têmpora-

riamente, isto é, pelo periodo das fé-

fias, o seu Concurso Escolar Perma-

rtente, que será re-iniciado logo quetenha começo o novo periodo de au-

Ias de 1941.

Ao recomeçar o Concurso Escolar

Permanente, é nosso pensamento dar-

lhe nova e mais interessante feição, e

estamos cuidando de amplia-lo ainda

mais, assim como de melhorar e au-

mentar o numero de prêmios se-

manais.

® Anno Novo nuAntiga Roma

Na antiga Roma, os presentes de festa que eram dadosaos rapazes e meninos estavam sempre em harmonia como caracter belicoso que distinguia os habitantes da CidadeEterna. Eram pequenos capacetes com cimeiras douradas,e penachos. Eram leves escudos cobertos de desenho, re-preséntando os acontecimentos notáveis registados durar.teo ano que acabava de terminar. Eram espadas em miniatura,cujos punhos eram enriquecidos por pedrarias. Emfim todoo equipamento dos combatentes. Os presentes serviam paraentreter no coração dos jovens, e mesmo das crianças aqueleardor belicoso que tinha garantido a Roma o império domundo. .

. Ás damas e donzelas ofereciam-se tecidos e jóias.Quanto aos bonbons e balas, não eram conhecidos em

Roma. Não se encontra em autor antigo menção algumaque tenha analogia com eles; é de crer que os bonbonssejam invenção muito mais moderna. Mas os antigos co-nheciam as pastelarias, porque nos festins do dia do AnoNovo ofereciam aos convivas enormes bolos representandomonumentos, assuntos mitológicos, deuses, deusas, recor-dações históricas e nacionais etc.

Nas residências dos altos dignitarios, na entrada donovo ano, os escravos obtinham alguns dias de repouso, oslibertos, concessões de terrenos; os clientes e protegidosganhavam gratificações e, muitas vezes empregos lucrati-vos, em troca de suas bajulações.

O TICO ~ TICO APRESENTA

BJII NOVO HERÓI SEMANAL : F E R R A B O D EI Ouuma Tcn&a\ ícQ£io ooty& MP

i Ihuinlio de -.«mato )

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O Ms proezas de Gato Felix QC Desenho de Pat Sullivan—Exclusividade d' O TICO-TICO para o Brasil ^ggp

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- Ah! Que rio *'' jjj ^Bll^

J^^^i.

Copr 1939, KinE Futures Syudic-tie, Inc. Wwl- ngNf i.son

O

/^ — Se ele aparecer eu ^«j .'dou um mergulho!

_?_ _^ y^ "" ^ vem ° da~ "*% tll.

11/ nado! E' horal ) ^-J^*

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íAêm,: m

"^ _ *" " 'í-fl — Algum eu hei de— Uue lindo dia ~„ *^S-_

( C O N T I N Ú a )

Numa propriedade chilena, no seu limite com outra, passava um córrego. Um individuo que havia comprado a ou-

tra propriedade, muito arbitrariamente desviava toda a água do córrego para seu uso, deixando o outro sem água. Não

querendo brigar, o lesado parecia conformado. Mas, após um certo tempo, o córrego secou de todo. O lesado havia,

ocultamente, cavado um encanamento que ia captar as águas do córrego pouco acima da sua nacen.e.

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O TICO-TICO 12 Janeiro. — 1ÍH1

Um Ratinho de tom coraçãoCONTO

de Ga 1 vão de Queiroz

Dom Ratinho, como cantor deradio, era um sucesso! Todos lheadmiravam a voz maviosa e as suas

faris eram tantas que êle não sabiamais a conta delas 1

Dom Ratinho cantava valjas sen---mentais, foxes e tangos argenti-

aos, e na hora de entoar um sambaEra uma coisa incrivel.

Dentre todos os astros do broad-casting dos bichos, seu nome erao maior, o mais citado, o mais que-rido, o que todos queriam ouvir,Ninguém podia com êle.

Recebia presentes, recebia cartasde; admiradores, e pedidos de re-tratos, e convites para festas e re-citais.. , ¦,;¦,.¦

Se vocês são capazes de ima-ginar, sem eu precisar dizer maisnada, o que é a vida de uma dessaspessoas que de uma hora para outraficam notáveis, poderão calcular oque era a vida de Dom Ratinho:

Não havia dia nem havia noiteem que não tivesse um jantar parair, uma festa a comparecer. Só an-dava de automóvel, tinha secretário

particular, emfim, era um granfinoperfeito*r^iziA-sE, por isso, nas rodas ma-

liciosas, que êle, que todos ti-nham conhecido modesto e po-bre, simples empregado de umfabricante de queijos, — dizia-se

que estava ficando emprôado, quenão conhecia mais os velhos amigos,

os antigos companheiros, e que li-!'¦

'

dando com êle a gente até ficava

com raiva, diante de tanto con-

vencimento I• <— Coitado ! i— diziam as pessoas

de bom senso. Não devia procederassim. Um dia será castigado, poisesses modos não são bonitos nem

uma pessoa de bons sentimentos

deve proceder assim.

.'¦<¦— O que êle tem hoje, diziam

outros, pôde perder amanhã. Essa

popularidade é enganosa e passa-

geira. Se perder a voz, perderá o

emprego na estação e ninguém lhe

dará mais a menor importância!

E, assim como estes, outros comen-

tarios eram feitos, no mesmo tom,

fes —-T -

ÊÈÁ ]n#f#*Wm W'Amsobre a impressionante pessoa de

Dom Ratinho.

Entretanto, um dia, um aconte-

cimento veio provar que nin-

guem tinha razão para julga-loassim.

Estava Dom Ratinho no estúdio,

a ensaiar um número de sucesso

quando ouviu que Zé Esquilo, queera tesoureiro da emissora, se quei-xava amargamente, chorando.

Indagou o que era e veio a saber

que Zé Esquilo, seu antigo com-

panheiro nos tempos da pobreza, ao

fazer as contas encontrara falta de

dinheiro na Caixa 1

O tesoureiro, coitado, tinha fa-milia, filhos em penca, e ninguémpodia duvidar de que era honesto.Se estava dizendo que perdera odinheiro, é que o dinheiro tinha,mesmo, desaparecido.

— Que é que vai ser de mim.Dom Ratinho?! Que é que vai sèrde mim ? O Dr. Leão, meu patrão,já me deu o aviso de que se eu

perdesse dinheiro seria despedido!Se eu lhe disser que perdi êle nãpacredita e vai é pensar que eu fn.r-tei!! i

Zé Esquilo chorava como um nênê

que ainda não sabe lêr O TICO-jTICO e não entende que choraré muito feio. • "

Dom Ratinho, então, ficou pc-inalisado. Seu coração, que era bom,;se encheu de dó pelo sofrimento do!'nfeliz. E não teve duvida!

Foi a um canto, tomou de umavassoura e, sem mais demora, cò-imeçou a varrer o chão com energia.

Quem seria capaz de imaginar tal;coisa ? Dom Ratinho, o aristocrataido microfone, o cantor das grandes

platéas, o astro máximo do radio, jde vassoura em punho a varrer o.estúdio !

Aquilo era de espantar !Depois de ter varrido todas as

dependências, o que foi áté muito

—— —. —¦ -—- ¦ | ^. ¦—— wvju -jv-xuuv. \J

\\~ fSF estúdio estava

i la*vÍAW p r e c i s a n-

^-^ViSwjü^ Jfc> do mesmo de(i^nfijjSij^ji I ii ma limpeza

___J-*lM^__£j Jas, Dom Ra-,

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1 — Janeiro —' 1941 13 — O TICO-TICO

,tinho surgiu, triunfante,com uma moeda de cin-co mil réis entre osdí-dos I

— Achei! Achei,amigo Zé Esquilo !

O infeliz tesoureirodeu pulos de contente \

Vocês podem achar que cinco milréis é importância muito pequenapara que Zé Esquilo estivesse tão

. triste por te-la perdido., Mas não. Lembrem-se de quecom cinco mil réis se comprammuitas nozes, que são o alimentedos esquilos, e muito queijo, que éo alimento dos ratos. .. Logoaquella quantia era, para eles, ume

' fortuna. Demais a mais, rão erai'« só pela quantia perdida. O que afli-

gia Zé Esquilo era ter perdido o

.dinheiro, não importa que fosse

pouco. Êle era honesto e para as

pessoas honestas tanto faz perderum tostão, que não lhe pertença

como muitos contos dereis, porque elas se

preocupam d a mesmafôrma. Estão compreen-dendo ?

A noticia da bonitaação de Don Ra-

tinho logo se espalhou. Toda

gente comentava a atitude do can-tor dos mais lindos sambas, fo-xes e valsas sentimentais E logo,

pro proposta do Coelho lhe pre ja-raram uma grande e ruidosa mani-

festação. A orquestra do estúdio sereuniu. Houve discursos, vivas, húr-ras, e, depois, Uma grande passeiataem homenagem a Dom Ratinho.

Assim, pois, com um gesto tãosimples, o cantor de radio mostrou

que não era uma criatura sem senti-mentos, e conseguiu manter a es-tima de todos, que já estava quaseperdendo. Isto mostra que só agrada

quem sabe se conservar bom e sim-

pies, mesmo quando atinge posiçõesde destaque.

OS INDIOS que povoam ainda as regiões amazônicas, especial-mente os que ainda permanecem refratários á civilisação, comuni-cam-se por uma especial- linguagem das flechas. Os guerreiros quevigiam as aldeais e passam o dia internados no mato, quando perce-bem a presença de estranhos, deixam uma flecha fincada no troncode uma árvore. Sc não se oporem a entrada desses estranhos, a dire-ção das flechas é para dentro, na direção da aldeia e são estas queservem de guia para indicar que se opõem a intromissão, as flechassão espetadas no chão e segura entre duas ha uma terceira na dire-

•ção do inimigo. Sc as flechas forem encontradas colocadas no chão,mas com a ponta para o ar, isso é sinal que o visitante será bemacolhido.

Os bons livros para a infância"Viagem através É Biasil"As "Edições Melhoramentos"

continuando na publicação da sé-ric "VIAGEM ATRAVÉS DOBRASIL", iniciada com os vo-lumes referentes à Amazônia c aoNordeste, acabam de nos enviaros volumes números 3 e 4 daquelacoleção, referindo-se aos Estadosda Raia, a Espirito Santo, e Riode janeiro e ao Estado de Mi-nas Gerais, respetivamente.

Em "VIAGEM ATRAVÉSDO BRASIL", que é o enfeixedas lições proferidas por AriostoEspinheira, atravéz do microfoneda PRF 4, em seu "Programa In-íantil", sob a fôrma de unia ex-cursão aérea e que tanto sucessoobteve, quer pela originalidade,quer pelo valor altamente educa-tivo c patriótico, o Autor desven-da aos olhos das novas geraçõesbrasileiras, e, quiçá de muitosbrasileiros, o que seja â nossagrande t':rra, o Brasil.

Iniciando "VIAGEM ATRA-VÉS DO BRASIL'-, com o rela-te da luta do homem contra a tia-tureza bruta na vasta e extibe-rante Amazônia, suas pobrezas eriquezas, Ariosto Espinheira,apresenta agora no 3.° volume aregião Oriental do Brasil \a Baía,com os seus tabuleiros, caatin-jgas, suas igrejas e elevadores: oEspirito Santo, mais ao sul, comsuas riquíssimas florestas, suasusinas de açucar, seus rios, suasprosperas cidades; o Estado doRio, ainda mais abaixo, com suasinteressantes cidades, suas exten-sas plantações, suas fábricas,seus recantos curiosos que guar-dam interessantes histórias. No4.° volume trata de Minas Gerais,com suas incontáveis belezas ecuriosidades históricas, seusgrandes vultos que tanto fizerampela grandeza da pátria.

A par da excelente apresenta-ção material das obras merecemencionar-se a bem feita e pro-fusa ilustração do próprio Au-tòr, o que dá mais clara compre-ensão sobre o relato.

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O TICO-TICO - H I — Janeiro — 1941

|)ODEROSO monarca de um* grande país desejou mandar

construir sumtuosa igreja.Em virtude de formal sentença,

nenhuma outra pessoa, a não serêle, podia contribuir para essa edi-ficação. Nenhum dos vassalos ti-nha o direito de dár nem um vin-tem.

Quando a catedral ficou pronta— esplendido edifício de magnifi-ca arquitetura — o rei mandou

gravar no frontespicio, sobre umaplaca de mármore, uma inscriçãoem letras de oiro, declarando queêle, somente êle, tinha levado acabo aquela obra, e nenhuma outra

pessoa tinha cooperado para aque-le fim.

Durante á noite, porém, o nomedo rei foi substituído pelo de umamulher do povo. O soberano man-dou gravar novamente o seu nome,e na noite seguinte deu-se nova

substituição. Três vezes sua ma-

gestade mandou inscrevê-lo, e trêsvezes apareceu o da humilde mu-lherzinha.

Então o monarca julgou vêr na-

quele fato extranho o dedo de

A IGREJADO REI

Deus, e ordenou que trouxessem ásua presença a pobre mulher.

Tremula, receiosa, confusa, élacompareceu em palácio.

— "Não sabes", disse êle, "que

proibi terminantemente e formal-mente a quem quer que fosse con-tribuir para a edificação da minha

igreja ? Acaso infringiste a minhaordem ?"

— "Piedade", respondeu éla, ca-indo de joelhos. "Piedade, podero-so monarca ! confessar-vos-ei todaa verdade. Eu sou uma pobre mu-lher, muito pobre mesmo, que vivedo seu trabalho. Fiando noite edia, ganho apenas para meu susten-to. Entretanto, possuia um vintém, equiz oferecê-lo ás vossas obras.Então, com o vintém, comprei umpouco de feno, dei-o aos bois queconduziam os materiais para a ca-tedral, e os animais comeram. Eisaí como pude fazer a minha ofe-renda, sem vos desobedecer".

O rei, comovido, viu que aquelahumilde creatura, na sua indigen-cia, tinha feito uma oferenda mais

piedosa do que êle.Arrependeu-se do seu orgulho,

e recompensou liberalmente a vir-tude da pobre mulher.

AVENTURAS DE ZÉ MACACO E FAUSTINA

Faustina foi á Feira de Amostras como seu adorado esposo e ao entrar norecinto encontrou um velho conhecido.

O Sr. Papanata, especialista em relcgio sem c"r.da, isto é, os relógios que e!e vende nâo têm corda,porque são movidos a barbante. Pois bem o...

... Sr. Papanata quiz fazer limanotável surpreza ao casal amigoc o levou para o pavilhão,...

...( oli ir. Foi a conta! Quando ssíraram, depararam logo com os cspc_llios, e Zé Macaco e Faustina, foram,..

... se olhar. Foi a conta I Quando seviram tão horrorosas c tão inchadosabandonavam a Feira, a... '

...toda pressa, deixando o pobre con.<ertador dc relógios abandonado á suasorte I,

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— Oh! Nâo há de que! Moço, quer fazer a pontadeste lápis com o canivete

com que cortou o cordãodo cachorro ?

^^^ r—'—-^ IFJ{ * *"\ /\ \ ~~ Obrigado, ienhor! / ]í

CoprTojS, Kírts Featurei Svr.dieate, Inc , World rightj restrvsd.H__U_J_MJLJL«limMU-l * '" '

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O TICO-TIC I "¦ .

1 — Janeirr—1941,aB^iF —rr: —I

< WJfENHUM animal da creação teve os privi

^ Aa i>

O TICO TICO

m * VcV%AJ ) -

Y ^ A iA Mí A*& V \ \

leqios da modesta avezinha que symboli-

ia o Espirito Santo, isto é, o próprio Deus,

consubstanciado nesse mistério admirável e

profundo da Santíssima Trindade.

No simbolismo encantador da igreja, ele

é representado por essa pomba branca que os

corações adoram cheios de fé; como se nas ho-

ras de esperança ela lhes trouxesse o ramo tra-

dicional da oliveira que reserena os espíritos

atribulados.

Tres veies ela aparece nas Escrituras: quan-

do Noé a envia para vêr se as águas do dilúvio

já baixavam; no batismo de Cristo, para mos-

trar a abundância da graça antes a elle confe-

rida; e no casamento da Virgem com São José."No dia seguinte (do noivado da virgem) a va-

rinha estava coberta de flores e uma pombabranca, descendo do céu, depois de a ter to-

cado um instante com a asa. pousou na cabe-

ça do eleito de Deus".

Ela simboliza a própria Igreja

Mensageira da Providencia, tem. mais

de uma vei, descido até a vida dos Santos

para lhes inspirar o trilho da vida e comunicar

os desígnios divinos.

Uma pomba branca pousa no berço de

S. Neophito. e prediz á mãe deste os santos

destinos que o esperam.

Uma pomba vôa em torno da cabeça de

S. Polycarpo, quando o povo o aclama bispo

E a multidão vê nesse fato o auxilio do Espirito

¦ Santo aos desejos do povo.

E' uma pomba que arrebata e conduz para

O céu o véu monacól de Santa Aldegunga

Uma vez Guando Greqorro VII o qrande

S. Gregorio, celebrava missa, uma pomba veio .

pousar-lhe no hombro e tocou com o bico no

vinlio consagrado.

São Bejf° t'nha uma irmã. Santa Eschn

lastica, queaFom° ele. envergava o habito

Viam-se/^a vez no ano.

A" ultiijl ve7 que se viram, parece ter

sido assinala" ' Por unri presagio.

A irmã ° queria que o Santo se fosse

Oueria-o rW tempo consigo E tendo invo-

cado a Deu» sra que permitisse essa demora,

grande te« !S*ade desabou, impedindo asaída de Be* '•

Tres diai depois; chegando á janela do

mosteiro, umJ pomba passou tão perto dele,

que lhe desp» ,ou a atenção."¦

Ela subi* ' sumia-se no céu. Era a alma de

Escholastica,'* ue havia morrido.

Clovis. * °e fiança, tendo-se converti-do, batiiou-K e qu,z receber a confirmação,

mas faltava * sn+° oleo do crisma.

Viu-se e* '° q°e uma pomba, cortando os

ares, trazia i*>pico unr"a empola cheia de oleo.

com que o p*J ° '""giu o Rei.

Foram áfas pombas que a Virgem, parase submeter á'ei de Judá. oferecera ao Senhor

como resgatado seu filho recém-nascido. Era

a oferenda d?s pobres, do mesmo modo queo cordeiro er.' a ^os ricos.

Quando ^' ^ecundino, em caminho do

martirio, de Ast' Para Tortoni. ia ao lado de

Marciano, se«" amigo. uma pomba desceu e

pousou-lhe nG.caPacete Ao que Sapritius. o

condutor do Parti". lhe diz;

• — Vês,íBCundin°. como o nosso Deus te

ama ? Ele faz com que °s pássaros do céu te

rendam homei|'a9em-

Foi ainda rurna P°™ba que conduziu S5o

Leonardo pa' ' a Aqtntania, afim de converter

os infiéis.

I. "5\. "> L J.J-^-A^A \ NH» B3B JÊíft

^^m3mml™m\z A *&*:¦ ._ .__-- -^~- \mm\ cs* .¦^¦W^AjUb A^' t>~ _¦___>____ ___.mmmmKmmwmw~jk mm^*mmaSSmmmmw _--_--¦-_

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O TICO-TICO 18 — Janeiro — 1941

MOO VEC EMTRC ESTES.PAPEIS SE. ENCONTRO jíAOUHDtNHQBC EXTra__.-l__.Oo

OLE .UMA CARTA DOMEU TIO PANCR-âCIO,CONDE DE PATEAN HASPACECE^—^ uH TES-

TA .ENTOA °9'*_ <>"*ic-

0

SR. BARÃO ESTA' DEVENDO CINCO HezESc- DE ALUG-Et^KlÃO POSSOr , tó5m Q^

_. —~*"_ _/—*-_ ~__B_fl ESPERAR, p <í,v_JTW_t^

i «X-LJ QUE IDEA.EVTA CO ^f-S_t-.'E5TtOca.TEI.I),

_^——tV. V ___Bj Tl° pANCRAC.O ia /f.""i De *»WAWM!£-_,——~~~""~L_. V*> •" ^Hr l^OOACTAO LONGE V?2:V_ ^ÍnSV p-"' .

Nfios-TsEE-ESTE-Mou I pocaüe -no panccacio mão que«i_| ^f'4.'ViiX^JX-v I AA ^T^^- \"*_J \COUSULT_g O TESTAfl_____. OUEEIJ __.TESSE NA PORTj-' ,*T" __*" BAT*-Cyg^~~X\v/> / />-. \ -*í .-\ f) \ «.X( f 11 ELE <__.' MOga&ü.NÂO;Oüin;X

p//"! lfN.\f Á X \ ^ * ¦—«v

ü i_.__^x i__B________^^-^S*-^ <_ &=*¦_¦*- — - "^ "^ - «S Béf^ fA*u De0

_________¦ _(P 1 _l V J r_ nt -|^-__E

oaaQoootKKi-OOOOogogooogOBPOOoooaogoooaoaoooo oooaoo-OOoaoooooogQooooiKioogaooQoooooooooo-

O RATINHO RECONHECIDOP OR montes e vales desertos, em longa jornada, seguin-* do sempre a pé, caminhava um pobre mascate.

Tinha a bolsa vasia, achava-se longe de qualquer ha-bitação, e só possuia um pedaço de pão, poupado ao seujantar da véspera.

Perto de uma fonte sentou-se e começou a sua frugalrefeição, sem saber se poderia fazer segunda naquele dia.

Enquanto ali estava, viu aproximar-se um ratinho, queergueu a cabecinha, com ar suplicante, como para lhe pediresmola.

— "Pobre animalzinho! E's ainda mais desgraçado doque eu! Eis tudo quanto me resta, mas não comerei semti!..." exclamou.

Partiu um pedaço de pão, que atirou ao camondongoAcabando de almoçar, foi beber á fonte; e, quando

regressou, viu que o ratinho carregava, uma por uma,pequenas moedas de ouro. Já havia trazido tres e ia buscara quarta.• O mascate acompanhou-o, alargou o buraco por ondeo animalzinho entrava e encontrou um tesouro.

Almanaque

OTÍCO-TICO

VENDA

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1 — Janeiro — 1941 19 O TICO-TICO

ra* Concurso Cívico í 0 Tico-Tico 5 Prêmios em dinheiro e1096 prêmios sorteaveis

BASESD _ "O Tico-Tico" publicará em 14 edições segui-

das, 12 recortes do retrato, a pena, de um nootavel brasi-leiro, grande amigo das crianças e dos humildes.

2) — Os concorrentes deverão reconstituir o referi-do retrato, colando os 14 recortes nos lugares respectivosdo presente Mapa, perfeitamente dentro do contornomarcado.

3) — Completo o retrato, cada concorrente escreveráno lugar para isso destinado (onde diz: "Aqui, a legenda')uma frase sobre o grande brasileiro retratado, erapre-gando, no máximo, 25 palavras.

4) — Os concorrentes assinarão os seus nomes no lu-gar marcado no Mapa, indicando idade e endereço com-pleto e bem legivel.

5) — Os Mapas, completos serão trocados por cupõesnumerados com cujos números os concorrentes participa-rão do sorteio. Essas trocas serão feitas, nos Estados, com

os nossos agentes e vendedores, e nesta Capital, em nossoEscritório, á travessa do Ouvidor, 26, térreo.

6) — A troca dos Mapas será efetuada até 40 dias acontar da data da publicação do ultimo recorte do re-trato.

7) Não serão aceitos Mapas sem a frase alusiva aogrande brasileiro pois serão considerados "incompletos".

8) — Um Júri previamente escolhido, e composto depessoas de reconhecida capacidade, escolherá entre asfrases as cinco melhores, e aos seus autores serão confe-ridos os prêmios que vão especificados na relação abaixo.

9) — Além desses cinco prêmios, que serão conferi-dos aos autores das melhores frases, serão sorteados, emato publico, mais 1.096 prêmios de valor cuja relação tarn-bem vai publicada a seguir.

10) — Tanto o resultado do julgamento das irasescomo o sorteio dos 1.096 prêmios serão dados a conhecerem data que será anunciada pelo o TICO-TICO.

I.°2.°

3.°

4.°6.°Il.<2I.<51."

'66.'

97.'

Relação dos Prêmios do Concurso Civico>

PRÊMIOS A SEREM CONFERIDOS PELO JÚRI:

Uma caderneta da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, com a importância de 2:000$000 emdeposito inicial, para entrega imediata ao contemplado.Uma caderneta da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, com a importância de 500$000 em depo-sito inicial, para entrega imediata ao contemplado.Uma caderneta da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, com a importância de 300$000 em depo-sito inicial, para entrega imediata ao contemplado.Uma caderneta da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, com a importância de 200$000 em depo-sito inicial, para entrega imediata ao contemplado.Uma caderneta da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, com a importância de 200$000 em depo-sito inicial, para entrega imediata ao contemplado.

PRÊMIOS A SEREM SORTEADOS:PRÊMIO: I aparelho cinematográfico Pathé-Baby, no valor de I:500$000PRÊMIO: Uma Biblioteca do "Tesouro da Juventude", encadernada em marroquim, no

valor de |1:I70$000PRÊMIO: Uma Biblioteca do "Tesouro* da Juventude", encadernada em percaline, no va-

lor de 830$00Oe 5.° PRÊMIOS: Dois aparelhos de radio, cada um no valor de 800$000ao 10.° PRÊMIOS: Cinco bicicletas, para menino ou menina, cada uma no valor de . . 500$000

20.° PRÊMIOS: Dez relógios de pulseira de acreditada marca, cada um no valor de T50$00050.° PRÊMIOS: 30 canetas tinteiro, cada uma no valor de 50$00065.° PRÊMIOS: 15 máquinas fotográficas KodaSc, cada uma no valor de 30$00096.° PRÊMIOS: 30 assinaturas annuais d'0 TICO-TICO, cada uma no valor de . . 25$000

. . . 5$000

».- PRÊMIO:

2.° PRÊMIO:

3." PRÊMIO:

4.° PRÊMIO:

5." PRÊMIO:

aoaoaoaoao .09o.° PRÊMIOS: 1.000 livros de histórias, coloridos, cada um no valor de

AQUI ESTÁ O OITAVO RECORTE PARASER COLADO NO MAPA

Destaque este recorte com cuidado, para colar nolugar que lhe é reservado no Mapa do Concurso.

AINDA temos, para aten-der a pedidos dos nossosleitores, exemplares das edi-

ções anteriores que trouxe-ram o Mapa e os primei*

ros recortes.

SE você tem alguma falta,faça o seu pedido.

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O TICO-TICO — 20 — Janeiro — 1941

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€rauAs crianças que, todas as

noites, iam ouvir as historiasque o tio André lhes contava,naquela tarde estavam comum desusado contentamento...E' que o calendário marcavaa véspera de Natal, a data es-

perada, com impaciência, portodas as crianças.

Estava-se na véspera daque*le dia memorável, festejado

por toda a cristandade, porser aquele em que Jesus veioao mundo cumprir as profe-cias do Velho Testamento,nos textos em que promete,à humanidade pecadora, a

vinda do Redentor do mundo.

Quando o tio André apa-

receu.% também sorridente ealegre, o Luizinho foi logo o

chamando de "vovô André"...Dizes muito, bem, meu

filho, ou antes neto; eu souavô de tres netinhos dos quaisduas meninas e um menino.Não faz mal que desejes sertambém meu neto ao invésde meu sobrinho... postiço.

A Anita foi logo tambémdizendo:

Assim eu também queroque o senhor, tio André, sejameu vovô... postiço, porqueo verdadeiro está longe, coma vovó Ana Maria, no Paraná.

Pois serei também teuavò; Anita, desde que assim

p queres.-.

.*. . MN»maVe__" r*#

M£©*Eustorgio WantierleyO joãosinho, que estava

muito serio .e calado, disse:Meu avô ainda está mais

longe...Onde? Onde está êle?

perguntaram quasi todas ascrianças. No Acre? Em MatoGrosso?... Na Europa?...

Não. Mais longe ainda..¦E, erguendo o dedinho in-

dicador para o alto céu estre-lado daquela noite serena deNatal, disse, com o olhar tris-te, onde rebrilhava a pérolade uma lagrima: Lá... nocéu!...

Houve um silencio, cons-trangido que o tio André que-brou, dizendo:

Não fiques triste, meuquerido Joãosinho. Teu vovôdeve estar gozando, no céu,o justo premio de uma vidadevotada a fazer o bem. Eu oconheci: Sempre trabalhadore honesto, lidando até os ul-timos dias da sua vida labo-riosa. Criou, na mesma escolado trabalho e da honestidade,os filhos, entre os quais teupai, que é um homem de bem,e teus tios e tias, creaturasque seguiram os exemplos doteu vovô,— Se o senhor quizesse tam-tiem ser agora meu vovô comojá é do Luizinho e da Anita...pediu,'indeciso, o garoiinho.

¦— Com o maior prazer,meu querido; aquiesceu obom velhote, abraçando oJoãosinho.

•— Nesse caso, eu tambémquero; declarou o Pedrinho...

E eu...E eu também! exclama-

ram todas as crianças emcoro.

Pois seja... concordou,sorrido, o estimado ancião.

De hoje em diante, não se-rei mais, para vocês, o tioAndré..., como toda genteme chama, e sim o vovô An-dré... Está combinado?...

Está, sim! Está combi-nado! responderam todas ascrianças, como se fossem umasó.

E naquela noite serena doNatal, o bom velho, revendonaquelas crianças os seus tresnetinhos ausentes, ergueu-se,dizendo:

Que o Menino-Jesus velosempre por vocês, dando-lhessaúde, felicidade, inteligênciapara o bem, e que sempre osabençoe, como eu agora o fa-ço. De pé, ^traçando no ar obendito Sinal da Cruz, o quifora tio André, e passara aser vovô André; disse, fsor-rindo:

Deus os abençoe sempre,meus queridos netinhos]..,.

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1 — Janeiro — 1041 _ 21 O TICO-TICO

LEGIONÂRIOS DA IORTE _ 50 Il/__SCUTE MUSTAFa'. ^/ÍNOS ASSAMOS

"^/'ImAS, SENHORES/1

^féWEC- QUE NOS NÃtíW apSf,r_8!fJ0l__*S'MS6o A-&WN> JTEMOS DINHEIRO, £ PRE- IJtegt 2§?PS__6E I E' POSSÍVEL/-/

.CISAMOS IR A EL-BlRy,^TfeNDE COM AS j^ _>^V^JMED1ATAHENTE/>T VAüTOPIDAPES. _^f ü ^a^^—^

(fi?A^NIK_^ /""^Y^í\^FICA t-tMüOJ A VESTIR^» %üE eu TENHor J /T^

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( VOCÊ QUpR ÜMA ^ T'XMà [/MUITO BEM / Eü FICO AQUI ^VGAt?ANTlA , NAO o V

|l|l| [ COMCL GARANTIA VELHO ^

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Ainda temos exemplares das edições que trouxeram o Mapa do Grande ConcursoCívico e das que trazem os,primeiros recortes. Se lhe falta um desses recortes ou ^e

você perdeu o seu Mapa faça o seu pedido hoje mesmo e será atendido.

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O TICO-TICO

TUDO

1 — Janeiro — 1941

SEU MANOEL,BU QUERO UMLITRO DE LEiTBi

— 22 —

TEM REMÉDIO...

\ 1 l/V/ÍS hJESSE VIDRO?!NÃO 11 £ 9£jUTÁO ME DA UM LITRO )>-\ ^VES QUE £''MUlTOjEQü^ld 0B LEirE PECABRAÍy <

\P£UACA/Ab fj \ fo (OT. J áj* ^^

PA wAP m% ?APPPEzvppP gL- -j f

NOSSA PRIMEIRA IMPERATRIZD. Maria Leopoldina Josepha Carolina, gou ao Rio de Janeiro, a 5 de Novembro

primeira imperatriz do Brasil, nasceu a 22 de desse ano. Teve os seguintes filhos: d. Maria

Janeiro de I 797, no Castelo de Schüenbrunn, da Gloria, em'1819; d. João Carlos Borro-

em Viena. Era filha de Francisco I, Imperador meu, em I 82 I; d. Januaria, em I 822; d. Pau-

da Áustria. Casou-se com d. Pedro I (que la Mariana, em 1823; d. Francisca, em 1824;

foi representado pelo arquiduque Carlos, e d. Pedro II, em 1825. Faleceu em I I de

irmão da noiva), a 13 de Maio de I 817. Che- Dezembro de 1826.

DESENHO PARA COLORIR

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I ^-^^^^T \ vi*****. z>é^~^ \ P)yyyI ^A V -. "' Wt^-íjyi^/V'!^ VI \ í àA \l ^ ? I vW-ll M-^tlW"ALMANAQUE D'O TICO-TICO" — Á VENDA.

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1 — Janeiro — 1941 23 O TICO-TICO

PALESTRAS DO TIO CARLOS Por BOB STEWARD

. — Hoje, Sérgio, vou contar-te muita coisa curiosa sobreas cigarras que enchem osdias de calor com seu ruidoestridente.

Si é a historia de cigarracom a formiga, eu já sei atéde cór.

Não, meu filho. Vou atéprocurar mostrar-te a injusti-ça dessa fábula muito bonitade que gostaste tanto, quandoeu te mostrei aquelas figurasmaravilhosas do desenhistaDoré. Na fábula de Lafontai-ne, a cigarra aparece comouma cantora desprevenidaque no inverno procura alaboriosa que no inverno pro-cura a laboriosa formiga, qua-se morrendo de fome à catade alguma migalha. Entre-tanto, a realidade é muito ou-tra.

E' então a cigarra quesustenta as formigas no in-verno?

No inverno, não, Sérgio,pois a vida muito curta dosbarulhentos bichinhos nãolhes permite conhecer os friosdo inverno.

Mas durante o verão as for-migas acorrem ás arvores on-de as cigarras vão se alimen-tar da seiva adocicada dos ra-minhos tenros, aproveitandoas sobras que as cigarras lhesdeixam. Emquanto isso, ascigarras ainda tocam os seustambores, distraindo as guio-sas formiguinhas.

Tambores?! Então as ei-garras usam tambores e cuí-cas, como no carnaval?

Cuícas, não. Mas todosos machos de cigarras pos-suem na barriga dois tambo-res muito curiosos, cujas mem-

. branas vibradas rapidamente,produzem o som que tu co-nheces.

Engraçado! E' a primeiravez que vejo cantar com abarriga...

Na verdade, meu filh<-,cantar é força de expressão.O que os insetos fazem é ruidomais ou menos musical com

AS CIGARRAS

aparelhos especiais, mas nun-ca com a boca.

Titio falou q\te todos osriachos têm tambores. E asfêmeas, não têm musica?

Não, meu filho, São mu-das e desgraciosas, mas sãoatraídas pelo som dos seuscompanheiros que lhes parece

. musica mais melodiosa donundo. E' até possivel atrair-

se esses insetos imitando seu5 o m característico, segundonos informa Melo-Leitão.

Quem é esse Melo-Leitão,de que titio tanto fala?

E' um grande sábio bra-sileiro que dedica sua vida zuestudo da Natureza. Apezarde cientista de fama mundial,é tambem um escritor encan*tador que faz livros maravi-lhosos para os que se nâo de-dicam ás ciências. E' hoje amaior autoridade em aranha.,que conhece como ninguém,no mundo.

Quando eu souber l.rbem, titio vai me emprestar oslivros de Melo-Leitão, s:m?

Com todo gosto, meu fi-lho. Mas, como te dizia, Melo-Leitão conta que um tal Roycrde Foscolombe, conseguia, imi-tando o som das cigarra?;, queelas lhe viessem pousar até naponta do nariz. Certos povosda antigüidade — os gregos eos chinezes — tinham cigarrasengaioladas para gozar-lhes ocanto como nós hoje possuímoscanários e outros pássaros.Entre os atenienses, era sinalde nobreza trazer uma cigar-ra de ouro entre os cabelos.E' tambem muito curiosa alenda que Platão no. contasobre a origem das ciganas,mas já conversei muito, e fi-cará para outra oportunidade.

Sim, titio. Agora vou vêrse apanho uma cigarra paralhe tirar o "tambor".

Mas não te esqueças queo tambor da cigarra só produzsom, quando tocado por elamesmo...

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O- TICO-TICO — 24 — Janeiro — 1?41

¦ix.<h>9*>w{*»»-xi<.<hw

& Í=PS iljj j%, m*L »©> a »iRa o> «• p** a @Jr%. @Of4|S^.J|^

O guarda-roupa é um objeto indispensável a todaboneca, e muito util. Para fazer este pequeno móvelnada mais é preciso que algumas caixas de fósforos quepodem pedir a papai, quando estiverem vasias.

Tomem quatorze dessas caixas, todas iguais. Co-lem umas ás outras,, como indica a fig. 1, de maneira a

formar o desenho n. 3, que representa o móvel ter-minado.

Depois coloquem uma alça em cada gaveta, comovêem na fig. 2, e terão assim muito facilmente um pe-queno guarda roupas, onde poderão guardar as diver-'sas peças do vestuário da boneca.

«áctCH^oáiaD-riÇHaaoúao MH>r>ao*0rKrwõf?

Velhos heróis quenâo envelhecem

NO CORRENTE ANO O TICO-TICO VAI OFERECER AOSSEUS LEITORES PÁGINAS

DE INTENSO SABOR EALEGRIA

Faz parte do programa de OTICO-TICO, para o ano que seinicia, uma série de providênciasque vão agradar bastante aos seusleitores. Entre estas, podemosdesde já assinalar o aparecimentode novos heróis em aventuras in-teressantes e,' tambem, o reapare-cimento de antigos personagensquè farão novamente a delicia detodos vocês. São heróis que nãoenvelhecem e cujas façanhas vo-cês vão acompanhar com alegria.

Nosso leitor Rubel Miranda, residente emCuritiba, no dia de sua primeira comunhão.

FERIADOS NACIONAISGORA, que começa o ano, devemosrecordar quais são os feriados na-

cionais de acordo com o Decreto - Lein.° 486, de 10 de Junho de 1938.

São os seguintes :1." de Janeiro — Dedicado á come-

moração da fraternidade universal'.,21 de Abril — Dedicado á memória

dos precursores da Independência,do Brasil, simbolizados no Tiraden-tes.

1." de Maio — Dedicado á exaltaçãodo dever e dignidade do trabalho.

7 de Setembro — Dedicado á come-moração da Independência e consi-derado como dia da festa nacionalbrasileira.-

2 de Novembro — Dedicado á come-moração dos mortos.

1S de Novembro — Dedicado â come-moração do advento da República.,

25 de Dezembro — Dedicado á come-moração da unidade espiritual dospovos cristãos.

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N M U N D DAS PANELAS.-VflW

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NO PROXIRO NÚMERO OUTRO EPISÓDIO

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""l rr Janeiro —' 1941 — 25 O TICO-TICO

PALAVRAS FIGURADAS_____

^—— " ' ii" i'ii r——m**m ¦ ¦ j< . ,,—.^u.y ^ li ^

9 ^^ 7 ,___4,

^ÍÊÊmm—mmm—m¦aaaayai ..¦ _. ... —^»^—a— li i i ———mmmmmmmm—*

Nesta pagina estão figuradas variaspalavras muito conhecidas de vocês. Emcada quadrinho vocês encontrarão um ou dois desenhos cujos nomes, lidos uns apósoutros, formarão essas palavras.

E* um exercicio interessante e todos vocês lucrarão com a decifração da pagina.

AINDA TEMOS EXEMPLARES DAS EDIÇÕES QUE TROUXERAM 0 MAPA DO

GRANDE CONCURSO CÍVICO E DAS QUE TRAZEM OS PRIMEIROS RECOR-TES. SE LHE FALTA UM DESSES RECORTES OU SE VOCÊ PERDEU O SEU

MAPA, FAÇA O SEU PEDIDO HOJE MESMO E SERÁ ATENDIDO.

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O TICO-TICO 26 — 1 — Janeiro — 1941

WMMèmESSE ANUNCIO VEIO A CALHAR/'//A SE/SMESES ÇüENÃO TRABALHO / VOU PEGAR^ss£ logar com ua/ras e pentes /

~?*_ y

Ç?REOSA^EDEUh\ (( EMPREGADO PARA ES-S \\CRlToRlQ QUE DURMA) -

O lOGAR E' SEU E ACHO QUE JA'SABE TUPO O

'çüF TEM A FAZER.

AQUI /VO ESCRITÓRIO/

IsSiíflfl 13ÍA_fc íífliífíÍF mvm*\ I Ma

h1 tiír¦'j3 jj 1 Ifiy*__ 1 jflfnr"iin 111 svS''*? * *-*

BELEZA f NAO POPE//AVER EM-PREGO MEL//ÒR /PARECE ATE ÇUE

ESTOU "SONHANDO NUM PARAÍSO,

V7^^*K

_______ ____*. __9! pl__é_B ¦':"» / /

- B B^ p / y/a~

tFFOiVZtC--

VAMOs/ACORPf/o ÇUE E/SrToPRA QUATRO//ORAS ÇUE

O PROCURO E O SfAII/OR ES-JÁ AQUI EE/cRAPO A/O

xSÔNo!PESAFÒRO /

[7)i^ãyv

pwfiiuiii.!';í!l/j!!jlllllllllllllI ,'IIHIIII

fi \.

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rUÊ C/JÈFE ! NÃO TEMO CULPA/O )ANUNCIO P/Z QUE PPECI5A PS UM <

EMPREGADO ÇU£ DURMA NO JEMPREGO...

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% — Janeiro — 1941 27 — O TICO-TICO

íÜLcfe &#¦ãJTf&tn\aC^£%^

Meus netinhos:

A humanidade, de certotempo a esta parte, tem pro-curado explicar a origem dealguns acontecimentos, valen-do-se do testemunho de vesti-gios encontrados nas caver-nas, nas excavações levadas aefeito por heróicos e abnega-dos cientistas.

Entre os fatos ocorridos namais remota antigüidade estáo dilúvio, a terrivel inundaçãode que somente escapou, vo-cês devem conhecer a lenda,o bondoso Noé com a sua arcacheia de bichos. Não se pôde,meus meninos, indicar comprecisão por que houve o di-luvio. Atribuem-no os sábiosa razões de ordem cientifica.

Ora, como todos os meninosdevem saber, na época em quese verificou o cataclisma co-nhecido pelo nome de dilúvio,o Sol, a Lua e a própria Terrapossuíam muito mais força ecalor do que nos dias que es-tamos vivendo. Assim sendoas transformações da atmos-fera eram continuas, produ-zindo formidáveis tempesta-des e freqüentes erupções dosvulcões. E ao mesmo tempoque desabava sobre a Terraum violento temporal, o fundodo mar se levantava, pela- ex-blosão dos vulcões submarinos.

A água, então, cobria asterras. Outras vezes, sucediao contrario: as terras tremen-do, cediam, abaixavam-se e omar por elas entrava. Foi des-se modo que desapareceu umcontinente inteiro, com cida-des e povos, que existia hamuitos séculos entre a Europac a America, no logar em que

hoje se acha o Oceano Atlan-tico.

Esse continente era a Atlan-tida, de que os remotos escri-tores do Egito, da Fenícia eda Grécia fazem menção nas

suas obras, e do qual têm seencontrado vestígios nas son-dagens levadas a efeito nofundo da vastíssima massadágua que é o oceano que ba-nha as costas da nossa queridaPátria.

E como o dilúvio, outrosacontecimentos remotos têm aexplicação de sua origem dadapela ciência.

VôVô

M* I I a ¦ I«M^A _______ II #v***:-

^^^H :m\ H m__y ^Si

^' v ;"'*£ I¦ I ". ^w* -V

• IA eslrela que guiou os pastores, os reismagos e os crentes alé o berço do Me-nino Jesus, oje indica ás pessoas detjom gosto o presenle que mais agrada.

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Narciso Verde e Z de Chimèneda

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O TICO-TICO 28 — 1 — Janeiro — 1941

Aqui está meus sertlior-S e senhora;, Um J __^____L li í^^relógio maravilhoso, a uitima invenção do !"y ^B_P_«b_. ..

T Ç\ /\ T\ TI século. Não atraza um segundo. Ga- -\ ^EÊ/r^^È ^^

I 1 h I 11 rantido por 99 anos. Devolve- r-"^~_?. J@$ "_)7 __-4*^k."**

I I íl I 114 se o dinheiro se não satisfa- _>_$7>V_r *-_ . \T _. fi-tí"—^

III fl II I »'¦ E sS cusfa _y1^)t_ ^._3lW.âS? » ^

MALEMPEOR ^Ktp^Marca bem o fem- I x' Yl/r^fi

po, não é ? ^/ Não atraza nem adi- *^_ A<*-_ / *vHl /_./^mm. V^_ an*a um segundo. E' "~^J~*9rTt «"ri t/rTr'

__ __/~ ___T_____L uma Perfeição mecani- _wíH>5_ Y

'-.---¦•- "' -" ¦;*•- v ''•/^-^S_i>.%' '

Na Califórnia certa ocasião foi desenterrado um tumülo que os entendidos con-

sideraram tivesse dois mil anos de antigüidade. Aberto, foi encontrado um cadáver

ainda perfeito, o que levantou muita curiosidade. Logo, porém, foi desfeito o engano,

quando se soube que esse túmulo fora aproveitado, por economia, para o sepulta-

mento de uma pessoa que ha pouco havia falecido.

Os operários de uma casa em construção em Alabama haviam, sem o saber,fechado um gato entre paredes. Ao ouvir os miados do bichano, cavaram um furona parede mas o gato só dali saiu quando lhe apresentaram comida.

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1 — Janeiro — 1941 29 O TICO-TICO

I \y//^yli:S^^^\^^:í%yS\:^ Adiantando

o re'6gio da cidade, hein 7 Y "| I

» / yS&^i _ ^^

^°'s es,e tempo v-r£ vai desconta-lo no /X^X V *

A PLANTA BÚSSOLAA bússola foi inventada por um sábio italiano chamado Flavio Gioja.Mas ha plantas, que servem para indi car a direção dos quatro pontos cardeaes,

plantas como o girasol cuja flor se volta constantemente para o lado em que estáo sol. Ora como é sabido que o sol antes do meio dia está do lado do oriente e de-

pois do meio dia está do lado do ocidente é fácil conhecer as direções dos pontoscardeaes pelo girasol.

Entretanto foi descoberta no Estado de Texas (Estados Unidos da America doNorte) uma ojanta, que é ainda mais com pleta.

Faz as funções de uma verdadeira b ussola porque as suas folhas finas e longas

(as vezes com um metro de comprimento) nascem todas em direção ao norte e fi-cam sempre nessa direção.

Esta planta dá grandes floçes amarelas parecidas com o crisantemo.O mais curioso é que esta planta tem essa singularidade porque as folhas são mui-

to sensíveis ao sol; então para evitar os raios do astro fulgurante é que as folhasse voltam assim, porque desse modo só apresentam ao sol o bordo e não a superficie.

Vejam vocês que até as .plantas têm a inteligência, ou antes o instinto da defesa.

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O TICO-TICO — 30 Janeiro — 1941

Nos/os /lo%\^tj/k \ CONCUR/OS

CONCURSO IV. 1 O 7

0 10A Tec/dtC/CfOCiddo/e^

]/1ârâilfíJioS4 E S-SNALÉ^ iOMAferl MA AL fJáO

¦ni

FAÇA ESTA MÁGICATirar uma carta secretamente mar-

cada do baralho.Oferece-se o baralho completo, com

o verso das cartas para cima, aos

presentes, pedindo á um dos presen-tes de tirar uma carta qualquer, iem-brar-se dela e coloca-la em "ima dobaralho na mesma posição como an-tes. Tudo isso, sem que o execütan-te o veja. Esse então proinette tira-Ia do baralho e po-la á vista de todos

O executante mistura o baralho,mas tle modo que a carta superiornão mude de logar. Pegando o ba-ralho na mão direita êle então em-purra a carta superior um pouco parabaixo, assim que essa sobresse porum centímetro mais ou menos. Emseguida êle levanta o baralho de 30á 40 cmts. acima da mesa deixan.Gcaí-lo sobre a mesma. A corr.ntc dear, assim produzida, encontrando re-sistencia na carta superior que sobre-sae um pouco fará que esta vire e

[ cala aberta sobre a mesa como uni-ca carta descoberta do baralho.

• •

SE VOCÊ NASCEU NOMÊS DE JANEIRO

HORÓSCOPO: As pessoas nascidasneste mês são dotadas de vontadeférrea, por sua retidão de espiritonão se deixam arrebatar pelos seusinstintos. Os homens são tenazes notrabalho e dão excelente? .íaridos.As mulheres são modestas, econômi-cas e, portanto, boas donas de casa.

Pedras do mês: turquesa e onix.

f\ data do encerramente desteConcurso é 1.° de Fevereiro e a so-lução será publicada no O Tico-Ticode 12 do mesmo mês. Sortearemos 5livros, de historias entre os concor-rentes que mandarem certa a tradu-ção do texto enigmático acima, co-lando na pagina o Vale n.° 107, inoi-cando o nome e endereço completo.

A mais antiga biblioteca do

mundo

E' a celebre biblioteca do templode Niffeur. Contém perto de trintavolumes. Esses documentos remon-tam, a maior parte, a 4 ou 6 mil anosantes da nossa éra. Estão quase to-dos num excelente estado dc conscr-vação, escritos sobre • ta bletts de ar-gila, em caracteres uniformes queos arqueólogos sabem decifrar comrelativa facilidade.

OS SAPOSOs sapos são animais utilissimos

num pomar e especialmente numahorta. Os naturalistas que têm es-tudado minuciosamente estes batra-quios, são unanimes e:n afirmar asua inocuidade..

Os sapos não mordem, não Lfije-tam venenos não causam cobreim-.não mijam nos olhos como o povo di_por ouvir dizer.

O CONCURSO n.° 101,cujo resultado damos hoje,é o do Desenho para colorirque apareceu na edição dodia 20 de Novembro.

Resultado do sor-teío do Concurso

n. 101Foram premiados com lindos li-

vros de historias infantis os seguintesconcorrentes que enviaram soluçãocerta:

DORIS RAPOSO BORGES

Av. Napolitana, 484 — Porto Ale-

gre — R. G. do Sul.

VICENTE IZEQUIEL

Praça Barão de Queluz, 113 — Con-selheiro Lafayette — E. de Minas.

VERA PEREIRA DA SILVA

Rua Joaquim N-buco, 48 — Copa-cabana (Posto 6) — D. Federal.

ANA MARIA DOS SANTOS

Vila Militar, casa 2 — Socorro —Pernambuco.

HEBER LEAL FERREIRA

Avenida Marechal Argolo, 14 —Lorena — São Paulo.

JEHOVAH DE BRAGANÇA SOARES

Avenida Nilo Peçanha, 10 — Ara-ru ama — Estado do Rio.

/QlV*ALE I

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1 — Janeiro — 1941

HA REMÉDIO PARA TUDO '

Sucede, muitas vezes, terde recorrer ao joalheiro,para tirar um anel de umdedo, que, por qualquer mo-tivo, se encontra inflamado.

Pode-se proceder do se-

guinta modo, sem ser neces-sário cortar o anel: toma-se

por exemplo, uns 70 centi-metros de um fitilho seme-lhante ao que se usa nas lo-

jas para fazer embrulhos,

passa-se, sobre êle, sabão, aseco, de ambos os lados, evai-se enrolando, depois, emvolta do dedo, começando

pela ponta e tendo o cuida-do de evitar que a pele apareça entre as voltas sucessi-

' vas.Logo que se chegue ao

anel, passa-se a ponta do fi-tilho por baixo dele, seguran-do em seguida essa ponta;começando, então, a desen-rolar o fitilho, obriga-se oanel a acompanhar o movi-mento, saindo com toda afacilidade.

— 31 —

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O TICO-TICO

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i _. £&k% iw?^ á?„ ______=--\3C^7v -I <__v í - ^ ó ô /- cr

Chiquinho chamou o Jagunço O cachorro, qiite compreende _a.e se dirigiu para casa, a cujaao jardim e lhe fez uma recomenda- tudo e que só falta falar, saíy "á

porta começou a ladrar., Os

ção no ouvido. toda", pela porta afora... pais, alarmados, prevendo,..

qualquer acontecimento desa- ...Jagunço que os levou onde esta- ...em atitude trágica-. Os pais, afli-

adavel acompanharam o... va Chiquinho estendido no chão,... +os, fizeram rudo para rea.nimal-o...

..e prometeram tudo, festas, passeios e até um avião ! Chiquinho * ...aproveitou as circunstancias fez

-brindo os olhos devagar e com um ar muito triste e.., e pedido que tanto ambicionava...