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Não culpe Deus!

Kenneth E. Hagin Hagin, Kenneth E., 1917

Não culpe Deus! / Kenneth E. Hagin; traduzido por Renata B. Coelho - Rio de Janeiro: Graça, 2005.

60pp.; 9,5xl4cm.

ISBN 85-7343-530-5 Tradução de: Don't biame God! 1. Vida cristã. I. Título.

CDD-248-4

Não culpe Deus!

Kenneth E. Hagin

Tradução de Renata B. Coelho

Não culpe Deus!

© RHEMA Bible Church, 1996

ORIGINAL: "Don't blame God!"

Kenneth Hagin Ministries

P.O.Box50126

Tulsa, OK 74150-0126, U.S.A.

Tradução: Renata B. Coelho

Coordenação: Eber Cocarelí

Revisão: Original Claudia Lins

Célia Cândido

Prova Magdalena Bezerra Soare

Final Célia Cândido

Supervisão Elaine Nascimento

Diagramação: lima Martins de Souza

Capa: Graça Editaria!

(Reprodução do original)

Design Kleber Ribeiro

Reservados todos os direitos de publicação à GRAÇA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA.

Rua Torres de Oliveira, 271 - Piedade

Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20740-380

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Sumário Capítulo l "POR QUE EU?" .............................................................................................................. 4

Capítulo 2 NÃO ACUSE DEUS ........................................................................................................ 8

Capítulo 3 RESGATADOS DA MALDIÇÃO .................................................................................. 10

Capítulo 4 NÃO MORRA DESSA FORMA! ................................................................................... 14

Capítulo 5 COISAS SECRETAS ..................................................................................................... 17

A ORAÇÃO DO PECADOR PARA RECEBER JESUS COMO SALVADOR................................... 18

Capítulo l "POR QUE EU?" Freqüentemente, antes de receber algo de Deus, é preciso que você

encontre as respostas para as perguntas que estão causando impedimentos. À medida que os questionamentos reprimirem sua mente, surgirão dúvidas, e, se você alimentá-las, sua fé estará impedida.

Sei, pela minha experiência no leito de morte, que existiam inda-gações em minha mente as quais tinham de ser respondidas antes que minha fé pudesse entrar em ação. Eu tinha de encontrar soluções por mim mesmo. Esse é o motivo pelo qual fiquei confinado a uma cama durante 16 meses, entre os 15 e 17 anos.

Algumas vezes/ levo semanas e meses para descobrir a resposta de uma pergunta, e, assim que a encontro/ o diabo traz à baila mais algum outro questionamento.

Durante um longo período, o adversário tentou dizer-me que Deus havia-me afligido e estava punindo-me por algum erro que eu poderia ter cometido em minha vida. Eu escutava isso por um momento, mas, final-mente, dizia: "Satanás, nasci assim, com um coração deformado e um sério problema interno. De que serve o Altíssimo castigar-me por alguma coisa da qual nem tenho conhecimento? Isso não deve ser verdade".

Às vezes, o inimigo dizia-me: "Você está doente por causa de algo que seus pais fizeram". Isso é o que os discípulos pensaram a respeito do homem cego de nascença. Eles perguntaram a Jesus:

Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (Jo 9.2b).

Algumas pessoas, incorretamente, citam da seguinte forma a resposta do Mestre no terceiro versículo: "Nem aquele homem pecou, nem seus pais. Ele estava enfermo apenas para que Deus pudesse curá-lo". Não

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é isso o que diz a Escritura. A Bíblia declara: Mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou (w. 3b,4a).

Se uma pessoa parasse de ler nesse ponto, ela poderia dizer: "Ele está enfermo para que o Senhor possa curá-lo". Esta não seria uma acusação terrível contra o Altíssimo? Eis um homem adulto, cego de nascença, e o Todo-Poderoso fez com que ele nascesse cego só para que pudesse curá-lo? Se isso fosse verdade, o Onipotente não seria um grande Deus seria? Além disso, eu não estaria interessado n’Ele. Mas agradeço ao Pai por não ser verdade!

Note o que declarou Jesus: Convém que eu faça as obras daquele que me enviou. Imediatamente, Ele as realizou curando o homem.

Quando o diabo viu que eu acreditaria na cura de qualquer forma, ele tentou convencer-me de que não era da vontade de Deus que eu ficasse restabelecido. Ele falou-me: "A cura é real, mas não é desejo do Senhor sarar todo mundo. Você é uma das pessoas que Ele não quer curar".

Muitos crêem nessa mentira: que não é propósito do Altíssimo curá-los, ainda que seja ilógico acreditar, ao mesmo tempo, que o Todo-Poderoso restaura, mas que não irá sará-los.

Eu também rejeitei esse argumento e continuei procurando respostas.

Tudo o que eu sabia era o que tinha ouvido dos pregadores e de outras pessoas. Alguns diziam: "Sua enfermidade é obra de Deus. O Pai está fazendo tudo isso". Eu não conseguia aceitar tal explicação. Outros comentavam: ''Talvez, o Onipotente não tenha feito isso, mas Ele o permitiu por um certo propósito". Eis uma outra explicação sobre a mesma coisa.

Nunca fui feliz quando criança. Além da tristeza que senti por meu pai ter deixado a família quando eu tinha seis anos de idade, minha doença me afetava emocionalmente. Eu era tão fraco, que não conseguia defender-me das outras crianças na escola. Todos podiam bater em mim, até mesmo as garotas.

Quando eu tentava brigar, o esforço extra que fazia levava-me a desmaiar, pois meu coração não batia direito.

Muitas vezes, eu ficava inconsciente por 45 minutos; uma vez, cheguei a ficar nesse estado durante uma hora e meia. A enfermeira do colégio e a professora me falavam que, em algumas ocasiões, eu ficava nervoso e, outras vezes, o mais deprimido possível. Elas tinham de trabalhar com afinco para me manter por perto.

Por causa da minha condição física e por ser tão empurrado por meus

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colegas, quando passei para o Ensino Médio, estava bravo com todos. Eu estava zangado com o mundo inteiro, o que confundiu meus pensamentos.

Um dia, na hora do almoço, decidi cuidar dos problemas por conta própria. Saí do pátio da escola, fui em direção a alguns edifícios que tinham acabado de ser construídos e voltei com um porrete de aproximadamente 50 cm. Passei por trás do valentão do playground e o acertei logo atrás do ouvido com toda a minha força. Ele ficou desmaiado por 45 minutos.

Fiz o melhor que pude para matá-lo. Aos oito anos de idade, quis claramente matá-lo e fiquei decepcionado por não tê-lo feito.

Esse foi um dos vários incidentes. Eu não brigava abertamente com quem quer que fosse, mas, tão logo a pessoa se virava, eu a atingia na cabeça com um martelo ou com qualquer outro objeto que eu conseguisse pegar. Eu a teria matado no mesmo instante em que a visse. Você acaba ficando cansado de ser tratado com desdém depois de um tempo. E claro que eu ainda não era salvo; faz uma grande diferença quando o amor de Deus entra em seu coração.

Eu nasci de novo quando estava acamado, mas, mesmo depois disso, as perguntas continuaram surgindo em minha mente: "Por que nasci assim? Deus é o Autor dos sofrimentos que estão presentes no mundo atual?" Lembro-me de ter perguntado a mim mesmo: "Quem é responsável por tudo isso?".

"Por que eu?", perguntei a Deus.

"Por que motivo nasci prematuro, pesando menos de um quilo? Foste Tu que fizeste com que meu nascimento fosse assim? Qual é a razão de eu ter sido afligido durante a minha vida e não poder ter uma infância normal? Tu a roubaste de mim? Por que não tive a oportunidade de conhecer a felicidade? Foste Tu que fizeste com que eu ficasse sentado, olhando os outros correrem, pularem e brincarem? Agora, estou confinado a uma cama, e cinco médicos dizem que tenho de morrer. Por que eu? Não tenho nada a ver com isso. Deus, foste Tu?".

Então, chorei: "Ah, Deus, certamente, não tenho de morrer! Ainda não possuo o conhecimento do que é viver. Sei o que é sentir fome, frio e não ter roupas, mas ainda não sei o que é sentir-se confortável e ter coisas legais". Senti tanta fome quando criança, que o cheiro da comida me fazia desmaiar.

Eu falei: "Sempre fui empurrado de um lado para outro. Nunca soube o que significava ter uma família. Tive esperanças de crescer, casar-me e constituir um lar, mas nunca saberei o que essas coisas significam se eu morrer agora. Eu tenho de perder a minha vida?".

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Tais perguntas pedem uma resposta, mas não há quem, realmente, tenha uma solução para elas; as pessoas somente possuem alguns conceitos teológicos, que não as levam a lugar algum.

Agradeço a Deus, pois a Bíblia tem a resposta. Podemos crer na Palavra de Deus e ser libertados, ou, se quisermos, temos a possibilidade de duvidar d’Ela e permanecer aprisionados.

Sou muito feliz por ter descoberto a resposta, a qual encontrei em Atos 10.38: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.

Jesus andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo. Isso é bom, não é?

Esse versículo me dizia que Satanás era o opressor. Foi ele quem fez com que eu nascesse prematuro e com um coração deformado. Foi o diabo quem fez meu corpo ficar quase totalmente paralisado, deu-me uma doença sangüínea incurável e fez com que eu permanecesse confinado a um leito de morte durante 16 meses.

Mas Jesus é o Libertador!

Jesus é o Doador da vida!

Jesus é o Salvador!

Jesus é Deus manifestado em carne!

Aleluia! Nunca estive tão emocionado com alguma coisa em toda a minha vida como quando descobri essa verdade! Sim, a Palavra de Deus é verdadeira.

Depois de ter visto o que a Bíblia dizia e recebido minha cura, pulei da cama e disse: "Não morrerei! Viverei e, um dia, constituirei uma família, terei esposa e filhos".

Eu estava com 17 anos de idade -era apenas um garoto - e nunca tinha ouvido em minha vida uma pregação a respeito de cura.

Meus parentes me aconselharam a ter cuidado, mas a Bíblia falava a respeito desse milagre, por isso, confiei nele, e ele aconteceu. Falei a todos o que ocorreria comigo. As pessoas não quiseram crer, de forma alguma, no meu pleno restabelecimento e disseram que, por ter ficado tanto tempo na cama, eu tinha perdido o juízo.

Hoje, sou o resultado do que eu disse naqueles dias e tenho desfrutado de plena saúde desde então, Deus me deu uma esposa e uma família encantadora, e meu lar tem sido1 sempre um mar de rosas. A fé

1 Nota da Revisão - Após quase 70 anos de ministério, Kenneth E. Hagin faleceu em 2003 aos

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opera, por isso, fico feliz em pregar sobre ela, pois sei o que o Senhor fez por mim.

Capítulo 2 NÃO ACUSE DEUS Para as pessoas que não estão familiarizadas com as Escrituras, é

difícil entender que as leis naturais que governam o mundo atual passaram a existir amplamente a partir da queda do homem, ou seja, quando Adão pecou, e a terra foi amaldiçoada.

Tais leis, assim como as entendemos, foram postas de lado por Jesus quando foi necessário abençoar a humanidade. Quando Satanás, finalmente, for preso e colocado no abismo sem fundo, todas essas regras terão fim.

Devido ao fato de os seres humanos não as compreenderem, muitos acusam Deus de provocar acidentes, enfermidades, morte de seus entes queridos e tantas catástrofes da natureza, como tempestades, terremotos e enchentes. Até as companhias de seguro denominam os desastres naturais de "atos de Deus", mas eles não o são de forma alguma!

O Onipotente não é responsável por tais acontecimentos nem quem dá origem a qualquer um deles. O Todo--Poderoso não é o autor da morte, por isso não deve ser acusado.

Acidentes, doenças, enfermidades, mortes e desastres são resultados da queda do homem. Seu autor é Satanás.

Adão não sofreu de doença alguma antes de conhecer o pecado e o príncipe das trevas.

O Dr. John Alexander Dowie, que ajudou a reintroduzir a cura divina na Igreja no século 19, dizia: "A doença é a cria imunda de seu pai, Satanás, e de sua mãe, o pecado".

Na década de 1870, quando o Dr. Dowie pastoreava uma igreja congregacional no subúrbio de Sidney, uma terrível peste - na qual pessoas morriam como moscas -varreu a parte ocidental da Austrália.

Anos mais tarde, o Dr. Dowie lembrou-se do dia em que estava sentado em seu escritório, com a cabeça entre os braços, soluçando com seu coração diante do Pai e fazendo-Lhe perguntas, como: "Deus, Tu és o autor das doenças e enfermidades? Tu mandaste essa epidemia terrível para esta terra? Tu irás destruir minha congregação toda? De onde veio essa peste? Quem a causou?".

Dr. Dowie já havia sepultado 40 membros de sua congregação;

86 anos.

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outros quatro aguardavam o enterro, e ele tinha acabado de retornar de uma visita a mais de 30 paroquianos que estavam doentes e agonizantes. Escreveu aquele homem de Deus2:

Então, as palavras inspiradas pelo Espírito Santo, em Atos 10.38, surgiram radiantes diante de mim, revelando Satanás como o corruptor e Cristo como Aquele que cura.

Minhas lágrimas foram cessando, e meu coração se fortaleceu. Vi o caminho da restauração, e a porta foi aberta. Então, pedi a Deus que me ajudasse, naquele momento, a pregar a Palavra para todos os que estavam morrendo e a falar-lhes como Satanás ainda corrompe, e Jesus ainda liberta, pois Ele é o mesmo hoje (Hb 13.8).

Aquele homem não teve de esperar muito tempo para testemunhar o poder de Deus. Em minutos, dois jovens irromperam em seu escritório, falando ofegante: "Ah, venha imediatamente. Mary está morrendo!". Dr. Dowie desceu a rua correndo atrás deles, sem sequer parar para pegar seu chapéu. Ele estava furioso com o fato de Satanás ter atacado aquela jovem e inocente ovelha de seu rebanho. Ele encontrou a garota em meio a convulsões.

Assim que o Dr. Dowie entrou no quarto de Mary, o médico dela, tendo desistido de sua paciente, preparava-se para ir embora. Ele voltou-se para o Dr. Dowie e assinalou: "Senhor, os caminhos do Pai não são misteriosos?".

A Palavra queimava no coração do Dr. Dowie. "O caminho de Deus!", ele bradou. ''Como você ousa chamar isso de caminho de Deus! Não, senhor, isso é obra do diabo!".

Ele desafiou o médico, que era um membro de sua congregação: "Você consegue fazer a oração da fé que salva os enfermos?".

O médico replicou: "Você está muito exaltado, senhor. O melhor a dizer é que a vontade do Altíssimo será feita", e partiu.

Não é estranho? Ao manter alguém vivo por medicamentos, aparelhos e outros meios, muitos não acreditam que se estão opondo ao desejo do Onipotente, mas crêem que estão agindo contra o Senhor quando oram para que alguém viva. Quando as pessoas morrem, dizem que era a vontade de Deus!

Ainda furioso com o ataque de Satanás, o Dr. Dowie fez a oração da fé. As convulsões da garota cessaram imediatamente, e ela caiu em um sono tão profundo, que sua mãe e sua enfermeira acharam que tivesse

2 Lindsay, Gordon. A vida de John Alexander Dowie. The Voice of HeaJing Publishing Co.,

1951. pp. 22-26.

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morrido. "Ela não está morta", o Dr. Dowie lhes assegurou. Após vários minutos, ele acordou Mary, a qual se voltou para a mãe e exclamou: "Mãe, sinto-me tão bem!".

Lembrando-se de como Jesus havia operado um milagre na vida de uma garotinha, fazendo-a ressuscitar dos mortos, como nos relatam as Escrituras Sagradas, Dr. Dowie perguntou: "Você está com fome?".

"Ah, sim", ela concordou. "Estou com muita fome".

Ele instruiu a enfermeira a dar-lhe um copo de chocolate quente e um pão com manteiga. Então, entrou no quarto ao lado, onde o irmão e a irmã de Mary estavam deitados, doentes, também em estado febril.

Depois de orar, eles, instantaneamente, recuperaram-se, assim como aconteceu com a menina. A partir daquele dia, Dr. Dowie ministrou a cura divina ao seu rebanho e orou por essa maravilha. Nunca mais perdeu algum membro para aquela peste que assolava o povo. Ele registrou:

Assim que saí do lar onde Cristo, Aquele que cura, tinha sido vito-rioso, pude ter um pouco da música triunfante tocada no Céu em meu coração e ainda não fiquei nem um pouco surpreso com meus estranhos feitos, mas com a descoberta de que Ele é o mesmo hoje. Esta é a história de como comecei a pregar o Evangelho da cura por meio da fé em Jesus.3

Capítulo 3 RESGATADOS DA MALDIÇÃO A Bíblia retrata Jesus como o Libertador dos homens e das mu-

lheres, não como seu destruidor. Essa é a revelação que Dr. Dowie teve naquele dia: Satanás é o destruidor, e Cristo, o Libertador.

Em sua Primeira Epístola, João diz em relação ao Salvador: Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo (l Jo 3.8).

Novamente, as Sagradas Escrituras declaram em Lucas 9.56: Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.

Após um ou dois anos, recebi uma carta encantadora de uma jovem que estava prestes a ser libertada da prisão. Ela escreveu que, quando tinha cinco anos, seus pais se separaram, e ela foi morar com o pai, o qual vivia com uma sucessão de diferentes mulheres. Quando tinha 13 anos, aquela garota vagueava pelas ruas e havia-se tornado uma prostituta, dando início, então, ao seu envolvimento com as drogas.

3 Idem.

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Aos 17 anos, ela se casou com um homem muito mais velho, a fim de ter proteção e segurança. Aos 18, teve um filho. Aos 19, foi presa e conduzida a uma penitenciária para traficantes de drogas. Ela escreveu:

Durante todos esses anos, fui muito amarga. Eu culpava Deus pela separação dos meus pais, pelo tipo de vida que eu levava e por todas as coisas ruins que me aconteciam.

Quando cheguei à prisão, minha companheira de cela tinha a sua revista A Palavra da Fé. Ela tentou testemunhar para mim, mas eu não a escutei nem li aquela publicação.

Um dia, quando minha parceira não estava na cela, li aquele perió-dico, cuja primeira mensagem intitulava-se Não culpe Deus. Vi que tinha sido o diabo quem me havia separado de minha mãe e causado a divisão em meu lar, além de toda a minha tristeza, todo o meu sofrimento e todas as minhas mágoas. Fiquei furiosa com o inimigo pelo fato de ele ter mentido para mim.

Então, ajoelhei-me, entreguei meu coração a Deus e, mediante essa atitude, nasci de novo.

Minha companheira de cela e eu escrevemos para a sua revista. Fomos batizadas no Espírito Santo, começamos a realizar reuniões de oração e conseguimos fazer com que outras 39 prisioneiras fossem salvas e cheias do Espírito. Até mesmo o capelão católico tornou-se cheio do Espírito. Quero agradecer-lhe por ter-me mostrado a Verdade.

Aquela jovem continuou a dizer que voltaria a viver com seu marido e filho assim que recebesse a ordem de soltura. Seu esposo também tinha sido salvo e batizado no Espírito Santo, e o casal planejava iniciar um ministério.

Ao ler sua carta, pensei sobre o princípio de não culpar Deus, mas também meditei na seguinte passagem:

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8.32). A Verdade tinha libertada aquela mulher.

Jesus disse em João 10.10: Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. Ele acrescentou: O ladrão [Satanás] não vem senão a roubar, a matar e a destruir.

Nesse versículo, Jesus contrasta as obras do Senhor com as do diabo.

Veja que o que rouba, mata e destrói é obra do inimigo. Isso é bastante claro, não é?

O bom Mestre fez uma outra declaração profunda nessa passagem bíblica, quando disse: Eu vim.

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Quem é Ele?

A Bíblia nos ensina que Jesus é Deus manifestado em carne. Em João 14.9, declarou Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

Hoje em dia, contamos com o rádio, a televisão, as revistas e os jornais para nos informar de como realmente são as principais personalidades. Se você quiser saber como o Altíssimo verdadeiramente é, olhe para Jesus, pois Deus é como Cristo, o qual disse: Quem me vê a mim vê o Pai.

Além disso, se você quiser ver Deus em ação, direcione o seu olhar para Jesus. Em João 14.10, o Salvador falou: Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

A maneira como o Onipotente, operando em Cristo, curou as pessoas foi por meio da unção do Espírito Santo. Lemos, em Atos 10.38, que o Todo--Poderoso ungiu Jesus com o Espírito Santo e com poder para curar, e Cristo andou fazendo o bem e sarando todos os oprimidos do diabo. Essas são as obras de Deus (esta e outras passagens claramente denominam de opressões satânicas as enfermidades).

Quando Jesus disse: O Pai [...] é quem faz as obras, afirmava que o Pai fez todas as obras que o Salvador realizou. Por exemplo, quando o Mestre estava a bordo daquele pequenino barco no mar da Galiléia e repreendeu o temporal (Mc 4.39), foi, na verdade, a ação do Altíssimo repreendendo a tempestade por intermédio de Seu Filho.

Se Deus provocou aquele vendaval, então, Ele trabalhou contra Si mesmo ao repreendê-lo! O mesmo se aplica às curas. Se o Onipotente é o autor das enfermidades e doenças, Ele trabalha contra Si mesmo ao restaurar as pessoas por intermédio de Cristo! Jesus disse, em Marcos 3.24,25, que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir.

Por meio da descrição que Jesus faz do Pai, em João 14.9 (Quem me vê a mim vê o Pai), por Sua afirmação no décimo versículo (o Pai, que está em mim, é quem faz as obras) e pela passagem de Atos 10.38 (O qual [Jesus] andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo), torna-se impossível, para mim, aceitar o ensinamento de que a doença e a enfermidade são de Deus. A própria natureza do Pai refuta esse argumento. Jesus ensinou claramente, nessas e em outras passagens, que elas são de Satanás.

Examinemos o capítulo 13 do Evangelho de Lucas, por exemplo. Cristo estava em uma sinagoga quando uma mulher que andava curvada

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entrou. A Bíblia diz que ela não podia de modo algum endireitar-se. Suponho que ela tivesse artrite ou algum outro mal dessa natureza, pois seu corpo permanecia encurvado.

O Nazareno chamou-a a Si e disse: Mulher, estás livre da tua enfermidade. Então, Ele a tocou. Evidentemente, o poder da cura de Deus foi transmitido por aquele toque. Ela se endireitou e foi sarada instantaneamente.

O líder da sinagoga ficou indignado, fingindo que aquela revolta se devia ao fato de Jesus ter curado no sábado. Cristo fez uma profunda declaração ao indagar: E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa? (v. 16).

O Mestre fez três declarações: (1) Satanás mantinha aquela mulher presa há 18 anos; (2) Jesus disse que ela devia ser solta; (3) ela devia ser libertada porque era uma filha de Abraão.

"Sim", talvez você diga, "a cura pertence aos judeus". Sempre que você lê uma passagem que promete bênçãos físicas e materiais e pros-peridade financeira, alguém diz: "Isso tudo foi para os judeus". Espere um minuto então.

Medite na passagem que se encontra em Gaiatas 3.13,14a: Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro- para que a bênção de Abraão chegasse aosgentiosporjesus Cristo. Agora, leia o versículo 29: E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.

Você é de Cristo? Isso não significa que você seja da descendência física de Abraão, porém, se pertence a Cristo - se nasceu de novo -, você é da linhagem espiritual de Abraão e herdeiro conforme a promessa.

Agora, leia o versículo 7 desse capítulo: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.

Jesus disse que convinha que aquela mulher fosse libertada de sua enfermidade, porque ela era uma filha de Abraão. Deus está dizendo a mesma coisa hoje: "E importante que vocês, filhos e filhas (espirituais) de Abraão, não sejam aprisionados pelas enfermidades e doenças. Convém que vocês sejam livres".

Graças a Deus, o Salvador veio para nos resgatar da mão de Satanãs, do pecado e da doença, pois Cristo nos resgatou da maldição da lei (Gl 3.13).

Para descobrir o que é a maldição da Lei, devemos voltar para a Lei,

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os primeiros cinco livros da Bíblia. Lá, descobriremos que a maldição da Lei é a pobreza, a enfermidade e a morte.

Deus estabeleceu uma aliança com os filhos de Israel quando 'estes estavam a caminho da Terra Prometida, após terem saído do Egito.

O Altíssimo avisou-os de que, se recusassem a andar em Seus estatutos e a guardar Seus mandamentos, sofreriam muitas aflições (Dt 28.15-68).

Se fossem obedientes, no entanto, Deus realizaria a seguinte promessa: E servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei ao meio de ti as enfermidades. Não haverá alguma que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei (Ex 23.25,26).

As pessoas acreditam que se deve ficar doente e morrer, mas o Pai não disse isso. Ele declarou que cumpriria o número de seus dias. O Onipotente não disse que eles não iriam morrer, mas que não teriam de falecer por causa da enfermidade ou da doença.

A cura é nossa na Nova Aliança (ou Novo Testamento) assim como pertenceu a Israel na Antiga Aliança.

Os que acreditam no Novo Testamento são resgatados da enfermidade e da morte. Somos libertos da doença e da pobreza e temos a promessa de que, quando Jesus voltar, a morte física será exterminada. Torne tudo isso mais pessoal:

A cura pertence a você.

Ela lhe pertence, pois a enfermidade é do inimigo.

Ela é sua, pois você é um filho espiritual de Abraão.

Ela pertence a você, pois a enfermidade é uma maldição, e Cristo o resgatou da maldição da Lei.

Capítulo 4 NÃO MORRA DESSA FORMA! Após minha esposa e eu termos chegado a uma outra missão pastoral

na parte centro-norte do Texas, o pianista da igreja pediu-me que o deixasse visitar uma mulher de 82 anos, chamada por todos de Vovó, que estava em um hospital local, morrendo de câncer no estômago.

Estávamos ocupados, mudando-nos para a casa dos presbíteros. Passaram-se vários dias até que, em uma quarta--feira, tive a idéia de chamar a família da Vovó, porque/ de alguma forma, eu sabia que seus parentes tinham de levá-la para casa. Eu não sabia por que eles o fariam, pois já me haviam dito que iriam mantê-la no hospital até que ela falecesse.

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Eu os chamei, e a filha daquela mulher confirmou que Vovó havia conversado com o médico, pedindo-lhe que a deixasse morrer em casa.

Fui visitar aquela senhora que conhecia a cura divina, pois já tinha sido sarada anteriormente/ fato que a levou a ser batizada no Espírito Santo.

Comecei a conversar com ela sobre permitir que Deus a restaurasse por completo.

"Ah, irmão Hagin", disse-me ela, "Sou salva e cheia do Espírito Santo. Sinto-me pronta para ir ao Céu. Deixe-me morrer em paz".

Eu falei: "Não vou fazer isso. Vovó, não é da vontade do Pai que a senhora perca a vida dessa forma; pessoa alguma jamais fará com que eu acredite nisso. Não é propósito de Deus que você faleça com câncer e sofra dessa maneira. Permita que o Todo-Poderoso a cure e, então, morra se quiser, mas não desse jeito!".

Amigo, você não conseguirá a cura das pessoas se acreditar que elas viverão, e elas crerem que morrerão. Como dizem as Sagradas Escrituras: Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? (Am 3.3).

Eu sabia que Vovó não estava preparada para receber a cura. Então, li a Bíblia para ela, ajoelhei-me ao lado de sua cama, impus minhas mãos sobre sua cabeça e orei: "Querido Deus, ajude a Vovó a não rejeitar a confiança que ela possui. Ela conhece a cura divina que a levou a ser batizada no Espírito Santo tempos atrás".

Eu voltava ao hospital duas ou três vezes a cada semana, orava daquela maneira, lia a Palavra de Deus para ela e tentava fazê-la desistir de morrer. Aquela senhora, então, continuava vivendo.

Realizávamos cultos de cura todo sábado à noite, e, aproximadamente a cada três semanas, Vovó dizia ao seu genro: "Levante-me, faça uma cama no carro para mim e leve-me à igreja".

Tirávamos uma grande poltrona da casa dos presbíteros e colocávamos travesseiros ao redor dela. Vovó se sentava ao lado do piano e, muitas vezes, nesses cultos, bem no meio do sermão, ela cochilava, o que fazia com que as pessoas até mesmo pensassem que ela estivesse morta.

Durante seis meses, eu visitei a Vovó várias vezes por semana. Um sábado à noite, durante meu sermão, olhei para ela e percebi algo. Você sabe que Paulo, quando pregava em Listra, viu que um homem coxo desde seu nascimento tinha fé para ser curado (At 14.9).

Eu notei que a fé que aquela irmã possuía havia alcançado o nível que possibilitava seu pleno restabelecimento. Então, interrompi meu sermão, olhei em sua direção e falei: "Vovó, não me surpreenderia, de

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forma alguma, vê-la fora dessa poltrona, curada e dançando como uma jovem de 16 anos". Quando eu lhe disse isso, o Senhor me deu uma visão, por meio da qual, enquanto eu estava de pé, em frente ao púlpito, pude vê-la pular da poltrona e dançar como uma menina.

Eu falei: "Oraremos pela senhora agora mesmo e começaremos a ministração da cura". Desci do local em que me encontrava/ ungi-a com óleo, impus minhas mãos sobre ela e orei por sua vida. No início, não houve manifestação de cura. Então, começamos a corrente da restauração e, depois de estarmos orando por uns dez minutos pelos enfermos, ouvi, subitamente, alguém dizer: "Louvado seja Deus!". Olhei ao redor e vi Vovó pular da poltrona.

Ela correu para o meio do templo e começou a dançar como uma jovem de 16 anos. Vovó foi curada. Em 30 dias, louvado seja o Nome do Senhor, ela ganhou tanto peso, que quase não dava para reconhecê-la.

Passado muito tempo, estávamos em campanha evangelística e, devido aos nossos filhos terem ido encontrar-nos para aproveitar o verão, levamos o cachorro de Ken para ficar com amigos no campo. Tivemos de passar por perto da casa de Vovó, e minha esposa sugeriu: "Por que não paramos para vê-la?". Isso foi nove anos mais tarde, e Vovó estava com 91 anos.

Conversamos com a filha da Vovó, supondo que esta senhora estaria em seu quarto. Enfim, minha esposa quis vê-la.

"Ah", disse sua filha, "você conhece a mamãe. Ela continua como sempre esteve. Está fora, divertindo-se pelo país, visitando alguns parentes que moram em outra parte dos Estados Unidos. Pegou um ônibus para ir até lá. Ela nunca pára em casa".

Eu soube, mais tarde, que Vovó viveu até os 93 anos e foi para casa a fim de estar com Jesus sem doença ou enfermidade. Ela viveu mais 11 anos após receber aquela cura.

Muitas pessoas teriam dito: "Devemos ir em frente e morrer. Afinal, o Senhor nos prometeu apenas 70 ou 80 anos". É verdade, partiremos um dia, mas você não tem de morrer com doença; não se você é um filho da descendência espiritual de Abraão.

Conheço a Palavra de Deus. Ela funciona realmente.

No Antigo Testamento, o Altíssimo colocou a vida e a morte diante dos filhos de Israel. Ele disse: Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ii, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição- escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente (Dt 30.19).

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Capítulo 5 COISAS SECRETAS As pessoas têm-me perguntado por que alguns dos meus parentes

não foram curados. Tenho feito o mesmo questionamento ao Senhor.

"Isso é um segredo entre mim e eles", disse-me o Altíssimo certa vez em que eu orava a respeito desse assunto. Ele me disse muito claramente: "Não é da sua conta. Continue pregando a cura e esqueça essa questão. Nem mesmo pense nela".

Algumas vezes, há um motivo pelo qual a pessoa não é curada. É um assunto particular entre ela e o Senhor, e Ele não revela isso a qualquer outra pessoa. A Bíblia diz em Deuteronômio 29.29a: As coisas encobertas são para o SENHOR, nosso Deus; porém as reveladas são para nós.

Após minha irmã ter morrido de câncer aos 55 anos, deitei em minha cama e meditei. Subitamente, pareceu-me que eu estava deixando meu corpo; encontrava-me no céu.

Minha irmã e Jesus estavam de pé, conversando. Ela estava de costas para mim. Não sei o que Cristo estava dizendo, mas, quando Ele me viu, parou de f alar e olhou-me. Ela se virou, observou-me e disse: "Kenneth, não se sinta tão mal por não ter feito a oração da fé por mim. Houve um motivo para que você não conseguisse. Sofri muito, mas, uma vez que tudo terminou e estou aqui, sei que não teria vindo de outra forma. Você não pôde auxiliar-me, mas pode ajudar minha filha, Joy".

No Espírito, eu me vi ministrando à minha sobrinha na noite do domingo seguinte, e aquela visão ocorreu na quinta-feira à noite.

Sepultamos minha irmã no sábado. No domingo à noite, o pastor disse: "Não sei o que é, mas Deus quer que você faça algo, irmão Hagin. Sinta-se à vontade para realizar o que quer que seja".

Contei à congregação a visão que recebi. Chamei Joy à frente (a qual havia feito numerosos tratamentos de choque. Ela andava como um robô, e nós tínhamos de dar-lhe instruções elementares como: "Abaixe o braço" e "Feche a boca"). Vi-me expulsando de Joy três demônios. Sua fisionomia mudou totalmente, e ela foi completamente liberta desde então.

Ainda não sei por que não pude ajudar minha irmã. No entanto, sabemos, de acordo com a Escritura, que o Senhor não foi culpado por sua morte.

Conheci um pastor que era muito firme ao pregar que a cura pertence a todos nós. Certa vez, uma mulher perguntou-lhe: "Como você pode ser tão seguro que é da vontade do Pai curar todas as pessoas, se você perdeu sua única irmã quando ela só tinha 13 anos?".

Aquele homem de Deus replicou: "A princípio, creio que, se,

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naquela época, tivéssemos conhecimento do que sabemos agora, ela não teria morrido.

Em segundo lugar, nós não a perdemos. Ela está na casa do Pai. Por fim, não perdemos a luta; perdemos apenas aquele assalto. Permaneço na fé".

Muitas vezes, esperamos até que seja tarde demais para fazer algo. A esperança diz: "Serei curada algum dia". A fé que há no coração declara: "A cura é minha agora".

Aproximadamente sete anos após a esposa de um certo pastor ter morrido de câncer ainda jovem, realizei uma reunião na igreja dele. As pessoas estavam confusas com aquela perda.

Depois de eu ter ministrado naquela semana, o pastor me disse: "Você acabou de tirar um peso dos meus ombros a respeito da morte de minha mulher. Ela estava no ministério comigo, era uma mulher santa, uma grande oradora. Eu culpava Deus pela morte dela.

Porém, ela nunca acreditou que estava curada. Sempre acreditou que seria sarada. Ela continuava "empurrando" a cura para o futuro, e a doença seguiu sua trajetória. Ela morreu dizendo: 'Creio que Deus irá curar-me'. Naquele tempo, eu pensava que ela possuía fé", disse o pastor, "mas vejo, agora, que não era a fé bíblica". Os cristãos não tiram proveito do que lhes pertence, porque, ou não sabem como aproveitar o que é deles ou não têm conhecimento disso,

A libertação é nossa agora, não em um dia distante, em algum lugar.

Não precisaremos ser sarados no Céu ou no milênio. Podemos tê-la agora, nesse mundo, nessa idade, nessa vida, porque Cristo já adquiriu a cura para o nosso corpo assim como a salvação para a nossa alma.

Deus depositou em Seu Filho não apenas o pecado, a enfermidade e a doença de toda a humanidade, mas também a causa desses males. Tudo aquilo que Jesus tomou sobre Si não precisamos carregar.

A ORAÇÃO DO PECADOR PARA RECEBER JESUS COMO SALVADOR

Querido Pai celestial,

Venho a Ti, em Nome de Jesus!

Tua Palavra diz: O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37).

Então, sei que Tu não me lançarás fora, mas me tomaras, e eu Te agradeço por isso.

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Tu disseste em Tua Palavra: A saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10.9,13).

Creio, em meu coração, que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que Ele. ressuscitou dos mortos para a minha justificação.

Confesso-O agora como meu Senhor, pois a Tua Palavra diz: Visto que com o coração se crê para a justiça (Rm 10.10), e eu creio, com o meu coração, que acabo de tornar-me a justiça de Deus em Jesus (2 Co 5.21) e sou salvo!

Obrigado, Senhor!