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Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

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Karl Marx

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  • Karl Marx e a crtica da sociedade capitalista

  • As bases do pensamento de MarxFilosofia alem

    Socialismo utpico francs

    Economia poltica clssica inglesa

  • Socialismo UtpicoO pensamento socialista foi primeiramente formulado por Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858). O socialismo defendido por estes autores foi, mais tarde, denominado de socialismo utpico por seus opositores marxistas.No sculo XIX, com as condies econmicas e o capitalismo se desenvolvendo desde a R. I. , as cidades incham de proletrios com baixos salrios. As crticas ao liberalismo resultam da constatao de que a livre concorrncia no trouxe o equilbrio prometido e, ao contrrio, instaurou uma ordem injusta e imoral.S.U. buscava a igualdade real e no a ideal.

  • Saint-Simon, Fourier e Proudhon (Frana)Traos Comuns:Tentam reformar a sociedade atravs da boa vontade e participao de todos.Todas as tentativas no vo alm de uma tendncia fortemente filantrpica e paternalista: melhoria de alojamentos e higiene, construo de escolas, aumento de salrios, reduo de horas de trabalho.

  • Proudhon preconizava a igualdade e a liberdade, que para ele era sinnimo de solidariedade, pois o homem mais livre aquele que encontra no outro uma relao de semelhantes.

    Por que utpico? Acreditavam que a implantao do sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da prpria burguesia.

  • A infra-estrutura como base da sociedade Todo o sistema de pensamento de Marx erigido a partir do modo de produo capitalista.

    A anatomia da sociedade deve ser procurada na anlise das relaes de produo.

  • A interpretao dialticaAnalisa a histria como um movimento perptuo e contnuo. (Herclito).Movimento consequente das prprias aes dos homens.Reflexo crtica sobre a realidade.Somente a dialtica consegue apreender os movimentos do real.Papel central do pensamento na apreenso do real.O pensamento est inserido no prprio real.Os filsofos at hoje se preocuparam apenas em interpretar o mundo; trata-se, porm, de transform-lo.http://ateus.net/artigos/filosofia/a-natureza-da-atividade-filosofica/

  • O modo de produo capitalista composto pelos meios de produo e as relaes de produo.Meios de produo: Mquinas, ferramentas, tecnologia, fora de trabalho.Relaes de produo: Somente por meio delas se realiza a produo. Elas variaram de acordo com os meios de produo. So as prprias relaes e organizaes entre os homens.

  • O capital como relao social de produoO capital no se constitui somente como meio de subsistncia, de instrumento de trabalho e de matria-prima.

    Forma o chamado valor de troca, em que todos os produtos de que ele se constitui so mercadorias.

  • A mercadoriaUnidade bsica do MPC (modo de produo capitalista), pela qual se erige o sistema capitalista.Valor de Uso: Utilidade da mercadoria (Qualitativo).Valor de Troca: Pode ser trocada por uma poro de outra mercadoria (Quantitativo).Todas as mercadorias so produto da cristalizao do trabalho humano e que o valor de troca proporcional a quantidade de trabalho humano investido em cada uma dessas mercadorias.

  • A troca a prpria troca entre mercadorias; assim o valor de uma mercadoria se exprime em uma mercadoria diferente.O dinheiro para Marx como uma outra mercadoria qualquer. O dinheiro visto como o equivalente universal de troca, porque com o capitalismo, o dinheiro tudo pode comprar.

  • O segredo da mercadoriaO trabalho se torna mercadoria. O sujeito se torna mercadoria ao vender sua fora de trabalho. O dispndio fsico e intelectual torna-se mercadoria. Isto , produzimos mercadorias e paradoxalmente somos mercadorias. S nos comunicamos por intermdio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermdio das mercadorias.Expresso da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. a mercantilizao de todas as relaes sociais.

  • A explorao capitalista sobre o trabalhadorMais Valia: a quantidade de trabalho no paga ao trabalhadorDuas formas de extrao da mais-valia:Absoluta: Aumento da jornada de trabalho.Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar pelo incremento de tecnologia na produo, aumentando a produtividade da produo

  • A explorao capitalista sobre o trabalhadorO valor da fora de trabalho e a mais-valia variam em direes opostas. s por meio da explorao da fora de trabalho que o Capital consegue reproduzir seu ciclo: T-M-T/M-T-M e D-M-DSomente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo explorar o trabalho.http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/vol1cap01.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro

  • Duas caractersticas do MPC1) A mercadoria constitui o carter dominante e determinante do capitalismo.Assim os agentes deste modo de produo (burgueses e proletrios) so vistos como encarnaes do capital e do trabalho assalariado. 2) Produo da mais-valia: finalidade direta e o mvel determinante da produo.

  • As contradies do MPCEntre o operrio e o capitalista existe uma contradio, que produzida desde o princpio de suas relaes.A contradio inicia-se logo no incio do sistema capitalista, quando produtor e meios de produo so separados.A prpria apropriao desigual do trabalho est na base desta contradio. A burguesia cria, sem parar, meios de produo mais poderosos. Mas as relaes de produo permanecem inalteradas.O regime capitalista capaz de produzir cada vez mais mercadorias, porm a misria permanece para a maioria.

  • As classes sociaisDuas classes fundamentais para entender o capitalismoBurguesia: detentora dos meios de produoProletariado: Vendedor de sua prpria fora de trabalho

  • As contradies do MPCOs meios de produo capitalistas se transformam incessantemente, sua base a mudana, ao passo que os modos de produo anteriores eram essencialmente conservadores (Idade Mdia e perodo pr-R.I.)Essa constante mudana se d s custas dos operrios: pois o trabalho se torna dividido, fragmentado; o prprio trabalhador no reconhece o produto do seu trabalho.Uma massa de trabalhadores despejada no chamado exrcito de reserva industrial, pois o prprio sistema capitalista necessita deste exrcito para manter os salrios a um nvel baixo.

  • O conflito da produo expresso na Superestrutura e o papel do EstadoO antagonismo entre burguesia e proletariado se expressa tambm na superestrutura. o que Marx chama de Luta de Classes, que para alm da dimenso de luta econmica existe tambm a luta poltica.A luta de classes seria um desenho animado sem a anlise do Estado capitalista.O Estado precisa ser compreendido como uma colossal superestrutura e o poder organizado de uma classe social (Burguesia e Estado se aliam) no seu relacionamento com a outra.

  • Estado e SociedadeO Estado no est descolado da sociedade.O Estado produto das contradies inerentes prpria sociedade.O Estado a expresso essencial das relaes de produo especficas do capitalismo.O monoplio do aparelho estatal, diretamente ou por meio de grupos interpostos, a condio bsica do exerccio da dominao.O poder poltico na verdade o poder organizado de uma classe para a opresso das outras.

  • Infra-estrutura e superestruturaMeios de produo.Relaes de produo.Produo de mercadorias.Proletariado.Estado.Direito.Justia.Religio.

  • As anlises de Marx para entender a contemporaneidade a infra-estrutura que condiciona o modo de vida dos homens.A grande denncia de Marx para o nosso tempo: o modo de produo da vida material condiciona o processo de vida social, poltica e intelectual. No a conscincia dos homens que determina a realidade; ao contrrio, a realidade social que determina sua conscincia.

  • Mercantilizao de todas as relaes humanas.A poltica tambm se torna mercantilizada.A cincia como trabalho morto utilizada cada vez mais para explorar o trabalhador.A globalizao (ou a mundializao) do capital foi um fenmeno previsto por Marx em suas anlises.