Kappa Magazine - Araraquara Edição 62

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kappa magazine 1 auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita 4 de março de 2013 ARARAQUARA ANO 3 - EDIÇÃO 62 - Nº 13 O investimento de R$ 500 milhões da Randon em Araraquara deve repetir a história registrada na década de 1970, quando a cidade deu um salto de desenvolvimento com a instalação da Equipamentos Villares A economia de Araraquara passa de novo pelos trilhos

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Ano 3 - Edição 62 - Nº13 - 4 de março d 2013

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4 de março de 2013

ARARAQUARAano 3 - edição 62 - nº 13

O investimento de R$ 500 milhões da Randon em Araraquara deve repetir a história registrada na década de 1970, quando a cidade deu um

salto de desenvolvimento com a instalação da Equipamentos Villares

A economia de Araraquara passa de novo pelos trilhos

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Destacamos moda, mostramos comportamentos de gerações diferentes de mulheres e como elas estão se virando para melhorar a qualidade de vida.

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A coleção do aviador e engenheiro mecânico Murilo Leonardi, 73 anos, reúne 100 aviões, cerca de 15 veículos antigos e umas 300 motocicletas.

história

Nome de rua

eNtrevista

moda

social

especial

saúdeSeguindo as orientações dos especialistas, é possível levar uma vida normal como portador de albinismo. É o caso do estudante Alex Hilário, na foto com a avó Jandira.

Na coluna Tendências, que a kappa lança nessa edição, apresentamos a moda militar, que estará em alta no outono-inverno. E para quem ainda curte o calor, destaque para os chinelos, com estilo.

A produção de vagões ferroviários de carga e semirreboques canavieiros pela Randon, em Araraquara, nos remete à década de 1970, quando a economia da cidade deu um salto com a chegada da Villares (foto), que produzia locomotivas.

Acompanhamos lançamentos de coleções, eventos e inaugurações. Veja o que aconteceu de mais importante nas últimas semanas na kappa social.

Veja quem foi Maria Antônia Camargo de Oliveira, que dá nome à Via Expressa, uma das principais avenidas da cidade, que começa na região nordeste e termina na sudoeste.

Dimas Ramalho, ex-deputado federal e atualmente no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, fala de sua trajetória como político e como conselheiro do TCE.

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sumário

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Ano 3 | Edição 62 | Nº 13 Araraquara, 4 de março de 2013

Tiragem desta edição: 25.000 exemplares

Expediente: kappa é uma publicação da Abelhaneda Editora e Serviços de Comunicação Ltda.

Diretor Comercial: Adilson Haddad

Editora-chefe: Marcia Bessa Martins [email protected]. 24.567

Reportagem:Andressa Fernandes - [email protected]. 38.154 Patricia Piacentini - [email protected]. 42.440 Samara Ignácio- [email protected]. 64. 887

Criação: Aldo Pasetto Francisco, Alexandre Veras e Daniel Andrade

Fotógrafos: Fabiano Vagner - MTb. 67.502/Lucas Tannuri - MTb.59.775 Mateus Rigola

Colunistas sociais: Antonieta Magalhã[email protected] [email protected]

Jornalista Responsável:Luciano Abelhaneda - MTb. 23.733

Revisão: Jussara Lopes

Diretor Jurídico: Fernando Abelhaneda

Diretor Financeiro: Mário Gonçalves de Mattos Jr.

Diretora de Eventos: Daniela Abelhaneda

kappa magazine Via Abdo Najn, 3555 - Jd. Santa Julia16 3305-5533 - Araraquara-SP | 14.811-005www.revistakappa.com.br

Elogios, críticas e sugestões: [email protected]

Quero anunciar: [email protected]

kappa não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.

EditorialPorLucianoAbelhaneda

Eternamente nos trilhos

A lgumas histórias se cruzam pela eternidade e parece ser este o caso de Araraquara e sua ferrovia, que vão ficar uni-das para sempre.

A EFA (Estrada de Ferro Araraquara) fez de Araraquara destaque nacional na economia por mais de 70 anos.

A cidade ter um ramal e linhas para todos os cantos do estado eram mo-tivos de orgulho para seu povo e um grande gerador de empregos e riqueza para a cidade.

Na década de 70, Araraquara pulsava ainda o ruído dos trens com a ofi-cina da Fepasa e ganhou a Villares, que fabricava locomotivas para o mundo inteiro.

Na época, uma empresa com mais de 3 mil funcionários era uma gigante, gente de toda a região vinha trabalhar nas suas oficinas. Tempos depois, as locomotivas foram saindo de linha e veio o fim da Villares em Araraquara.

Agora, quase 30 anos depois, a cidade ganha mais uma oportunidade de se desenvolver pelos trilhos com a chegada da Randon, a maior fabricante de implementos rodoviários da América Latina e uma das 10 maiores do mundo.

Está trazendo seu parque industrial para Araraquara. Só o barracão terá quase 400 mil metros quadrados, coisa gigantesca. E a Randon, que fabrica vagões para transporte de grãos e outros produtos, entrará  na produção de locomotivas também, informação inédita ainda, que conseguimos com uma fonte da revista kappa.

Para você saber quem é a Randon, é só sair na estrada ou parar em algum posto de rodovia e ver a marca das carrocerias. De cada 10, 7 ou mais são Randon.

Quando começou nossa reunião de pauta e apresentei essa ligação aos nossos repórteres, alguns bem novinhos ficaram encantados com tudo isso.

Seria uma reinvenção do passado com novas tecnologias e com o sangue de Araraquara. Esta é a vocação da nossa cidade, está claro isso.

Vamos até tirar os trilhos da região central, até passou da hora, mas nunca  deixaremos de ser uma cidade da ferrovia.

Da Ferroviária, que tem a cor do símbolo da EFA, dos ferroviários que fi-zeram nossa história. Não existe  uma família em Araraquara que não tenha uma pessoa que trabalhou na estrada de ferro, ou um primo, parente. Meu avô foi ferroviário.

E viva a ferrovia,  e mais um apito de bons sons para Araraquara.

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cartas

Eu concordo plenamente com a qualidade do aten-dimento do Plano Saúde União destacada na última edição da kappa. Tenho o plano há anos e sempre que preciso sou muito bem atendida. Gostaria de aproveitar para agradecer todos os profissionais do plano que sem-pre me atenderam com muita atenção e competência.

Maria Carolina Nogueira

Ainda bem que as imobiliárias reconhecem que nós universitários somos bons inquilinos. Pagamos, sim, nossas contas em dia. No meu caso, numa república de cinco mulheres, todas se dão bem com os vizinhos. In-felizmente, ainda há quem nos olhe com certa descon-fiança, mas estamos aqui e conquistando nosso espaço.

Andréa Moraes

Muito curiosa a matéria “Quem foi Francisco Vaz Filho”. Confesso que passo todos os dias na avenida e nem imaginava que ele já tinha sido até prefeito da ci-dade. Excelente a iniciativa da revista de trazer esse tipo de informação.

José Mário Oliveira

Parabéns a todos que se dedicam à AAEE (Associa-ção de Atendimento Educacional Especializado) e que ajudam no atendimento das pessoas portadoras de deficiência. É um privilégio para a cidade contar com uma entidade dessa importância. Parabéns à kappa por destacar esse trabalho na edição.

Ruth Ferreira

Realmente foi com o esforço da comunidade que o Jardim Victório De Santi conseguiu erguer a capela de Santo Expedito. Um trabalho que merece reconhe-cimento. Parabéns!

Dulcinéia Bezerra Alves

Se você tem alguma sugestão, elogio ou crítica ao conteúdo da kappa, entre em contato conosco através do e-mail [email protected] Aproveite e nos acompanhe nas redes sociais. Curta nossa página no Facebook (www.facebook.com/kappamagazine) e siga-nos no Twitter (@kappamagazine).

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Chegada da Randon para produzir vagões de carga trará desenvolvimento para a cidade, assim como aconteceu com a instalação da Villares em 1976, que produzia locomotivas

Por Patricia Piacentini Fotos Fabiano Vagner, Lucas tannuri e arquivo A instalação da fábrica da Ran-

don em Araraquara, que em 2017 começará a produzir

aqui vagões ferroviários de carga e semirreboques canavieiros, parece repetir uma história da década de

Villares e Randon: desenvolvimento passa de novo pelos trilhos do trem

Máquina produzida em Araraquara, na Villares, na década de 1980

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1970, quando a cidade deu um salto em desenvolvimento com a chegada da Equipamentos Villares, que pro-duzia locomotivas.

A previsão é que com o novo em-preendimento, cujo investimento é de R$ 500 milhões, sejam criados 2

mil empregos diretos. A unidade da Randon estará localizada em uma área de mais de um milhão de me-tros quadrados na antiga Estação do Ouro, próximo ao Jardim das Hortênsias. A Prefeitura transferiu o terreno à empresa e se compro-

meteu a viabilizar o acesso ao local.Araraquara foi escolhida pela fá-

brica porque, segundo seu diretor- -presidente, David Abramo Randon, o município é um polo ferroviário e canavieiro, possui uma estrutura adequada, com acessos a rodovias e

Vagão tanque que será produzido pela Randon na

cidade, a partir de 2017

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ferrovias, além de disponibilidade de mão de obra. Sobre o aumento da arrecadação, o secretário da Fa-zenda do município, Roberto Pe-reira, diz que, apesar de o projeto da Randon já estar aprovado, ain-da não é possível fazer essa pre-visão. “Ainda não temos conheci-mento do nível de produção dessa fábrica”, argumenta.

Independente da indefinição

de números, a expectativa é de geração de renda na cidade e tam-bém de tecnologia no setor ferro-viário.

O mesmo ocorreu em 1976. A Equipamentos Villares, um dos segmentos do grupo Villares, veio para a cidade na administração de Clodoaldo Medina, em 1976. “Na época, ele estava trabalhando para trazer a 3M, mas ela foi para

Ribeirão Preto. Depois ele con-seguiu uma reunião com o Paulo Villares e trouxe a fábrica para cá”, relembra Agostinho Toscano, que foi chefe de gabinete de Medina.

Segundo Toscano, Araraqua-ra enviou uma comitiva para São Paulo, que visitou as instalações da Villares. “A Prefeitura doou o terreno e houve a isenção de al-guns impostos”, conta. Ele se lem-bra que a construção da fábrica foi rápida. “A inauguração foi uma festa: veio o governador e repre-sentantes do governo federal”, re-corda.

José Cássio Daltrini foi vice--presidente e diretor de operações da Equipamentos Villares. “Foi uma decisão interessante da Villa-res trazer a fábrica para Araraqua-ra, por conta da localização e do potencial de mão de obra, que ti-nha boa escolaridade”, argumenta.

Crise e restruturação

Em 1989, com a crise brasileira, a Villares teve que mandar muitos funcionários embora. “Demitimos 450 pessoas em um só dia”, lamenta José Cássio Daltrini, que foi vice-presidente. No início dos anos 1990, a família Villares resolveu vender as empresas e, em 1992, toda a produção de Araraquara ia ser direcionada para Campinas, na fábrica da GE. “Em 1992, lutamos para não fechar a fábrica. Reduzimos para 600 funcionários. De 1992 a 1994, foram anos heróicos para não fechar e acabamos vendendo uma parte”, conta Daltrini.A Equipamento Villares foi vendida para a Sade Vigesa em 1992 e, tempo depois, para a Inepar, hoje Iesa. “Tenho orgulho de ter participado da Equipamentos Villares desde o seu início”, ressalta Daltrini, que ficou na empresa de 1977 a 1994. Sobre a chegada da Randon, Daltrini só vê benefícios para a cidade. “Fico contente com a chegada dessa unidade”, finaliza.

Vista aérea da fábrica da Villares, que décadas depois se tornou Iesa

O espaço branco mostra a área que será ocupada pela Randon, próximo ao Jardim das Hortênsias

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No início, a Villares funcionou nos pavilhões da Fepasa e só de-pois foi para a área na rodovia Ma-noel de Abreu. “A fábrica, constru-ída em um ano e meio, um tempo recorde, tinha apoio do governo federal e do BNDES. Naquela épo-ca, o Brasil sonhava grande”, diz Daltrini, destacando que era uma das maiores fábricas do país, com

Medina “ganhou” a Villares de Jaú na insistência

Não sei precisar a data, mas me lembro que há muito tempo tive uma longa conversa com o ex-prefeito Clodoaldo Medina. Eu era muito jovem, recém-saído da faculdade e muito curioso também.Comecei a fazer perguntas a ele, a conversa foi longa e acabou gerando uma empatia, ele dizendo que eu era muito curioso e interessado nas histórias de bastidores da cidade.Aí perguntei da Villares, como ele havia conseguido trazer a fábrica para Araraquara, porque fiquei sabendo, ouvindo boatos, de que seria em Jaú.Ele me confirmou na época: “Estava tudo certo para ser em Jaú mesmo. Eu fiquei sabendo numa sexta-feira e estava em São Paulo. Voltei então para Araraquara com isso na cabeça e não aguentei, liguei para o Abreu Sodré, governador da época, e disse que precisava conversar com ele. Fui na casa do governador no domingo de manhã”, relatou Medina.

O ex-prefeito me contou que Abreu Sodré o recebeu muito bem, mas disse que não tinha jeito, que Jaú já estava com quase tudo pronto para receber a fábrica. “Aí vi que faltava alguma coisa. Corri e consegui entregar um projeto de área, que tinha que cruzar com a linha do trem. Foi aí que consegui, em 15 dias, reverter a situação, na insistência, em benefício de Araraquara”, finalizou Medina.Eu não me lembro o quanto Jaú demorou para agilizar o processo, mas Medina foi rápido e conseguiu trazer a Villares para Araraquara. Foi um grande marco para a cidade, mais de 3 mil empregos na época, era um dos maiores empregadores daquele tempo.Assim foi o desfecho de uma das histórias que mudaram a trajetória de uma cidade. E Araraquara está tendo esta marca de novo. Que venham os vagões da Randon.

Clodoaldo Medina e autoridades, na solenidade de inauguração da Equipamentos Villares em Araraquara

Por Luciano abelhaneda

José Cássio Daltrini foi vice- -presidente da Equipamentos Villares: “A Villares impulsionou Araraquara tecnologicamente”

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135 mil m² de área construída. A construção contou com 2 mil traba-lhadores e três usinas de concreto.

A produção era voltada para pontes rolantes, turbinas hidráuli-cas, guindastes hidráulicos, sondas de petróleo (as primeiras produ-zidas no Brasil) e locomotivas. “Fi-zemos um contrato grande com a Rede Ferroviária Federal para a pro-dução de 165 locomotivas”, relata.

REVOLUÇÃO – “A Villares im-pulsionou Araraquara tecnologi-camente”, defende Daltrini. “Foi uma revolução na cidade”, diz ele, destacando o grande número de pessoas que vieram para Arara-quara, entre engenheiros e outros trabalhadores. “Houve uma crise imobiliária na cidade, não tinha onde morar. Subiu o preço de ca-sas e terrenos”, relembra. Aliás, complementa o vice-presidente e diretor de operações da Equipa-mentos Villares, a fábrica promo-veu o crescimento da Vila Xavier e de Américo Brasiliense.

A unidade contava com um

corpo técnico diversificado que, segundo Daltrini, era formado por mais de 250 técnicos e engenhei-ros, muitos deles com mestrado e doutorado. “A Villares tinha 3.300 funcionários, mas a fábrica tinha capacidade para 5 mil”, salienta. A empresa formou muita gente, hoje presidente e diretor de empresas”, acrescenta.

SALÁRIOS – Segundo Rubens Benedito de Oliveira, supervisor de Recursos Humanos da Equipa-mentos Villares de 1978 até 1998, a empresa elevou os salários de Ara-raquara. “Utilizámos o sistema HAY, que fazia uma pesquisa com empre-sas do ramo para definir o salário de cada setor. Eram os salários pratica-dos em São Paulo”, diz.

Segundo Oliveira, como Arara-quara não tinha mão de obra, mui-tos funcionários vinham de outras cidades, como São Carlos, Ribeirão Preto, Jaú e Cravinhos. A empresa contava com cooperativa de crédito, previdência privada, uma empresa própria de assistência médica, res-taurante e grêmio. “Muitos desses funcionários estão na Iesa até hoje”, afirma.

De acordo com Oliveira, o tama-nho da empresa impressionava: “Era como é a Embraer hoje”, compara.

Escola de profissionaisPara suprir a falta de mão de obra

especializada, a Equipamentos Villa-res montou uma escola para formar

Rubens Benedito de Oliveira foi supervisor de RH da Villares: Araraquara não tinha mão de obra, por isso muitos funcionários vinham de outras cidades, como São Carlos, Ribeirão Preto, Jaú e Cravinhos

Vista de cima de um dos barracões da Villares, na década de 80

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O encarregado do Lula

João Fávaro foi supervisor de seção de usinagem leve da Villares de 1966 a 1998. Começou em São Bernardo do Campo e depois veio para Araraquara. “A Villares veio produzir locomotivas em Araraquara e me lembro que o governo Geisel fez a encomenda de 200 locomotivas para transporte de minério de ferro de Carajás para a Usina de Tubarão, no Espírito Santo”, conta. Em São Bernardo do Campo, Fávaro foi encarregado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presenciou o acidente em que Lula perdeu o dedo na fábrica. “Ele estava trabalhando em um torno, foi prender uma roda e cortou o dedo. Eu peguei o dedo dele e levei para a enfermaria. Foi uma correria na fábrica”, recorda.

os profissionais. “Araraquara não ti-nha tradição de metalurgia e, por isso, criamos um ‘mini Senai’”, conta

Oliveira. Segundo Daltrini, havia 1.500 alunos que tinham aulas de torneiro, soldador, caldeireiro e

montador. “Eles ficavam quase um ano em treinamento e recebiam sa-lário”, conta.

João Fávaro foi supervisor de seção de usinagem leve da Villares e, em São Bernardo do Campo, foi encarregado do ex-presidente Lula

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tENDÊNcia

vem com tudo

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Estilo militar é a aposta para a próxima estação

As peças para o outono- inverno 2013 vêm no estilo militar ou army, com muita camuflagem e verde-escuro. E não são apenas blusas, ja-quetas e casacos - a tendên-cia está em vestidos, shorts, bolsas e sapatos.

É uma moda mais sofis-ticada - militarismo chique - com cintura bem marcada e ombros estruturados, um estilo que traz de volta a dé-cada de 1940. Além do verde, a tendência também é o azul--marinho, cinza, preto, bege e marrom.

E para os sapatos, desta-que para coturnos, calçados com tachinhas e botas longas.

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Conforto com muito estiloChinelos garantem charme nos looks mais despojados

Por samara ignácio Fotos: Lucas tannuri e mateus rigola

D espojados, confortáveis, co-loridos e atuais. Há quase uma década, os chinelos mu-

daram o conceito e deixaram de des-filar somente em casa, na piscina, na praia ou na saída da manicure. Mas, como qualquer peça ou calçado, é preciso saber usar o modelo certo, no ambiente apropriado. E eles sur-gem nos mais variados estilos, com detalhes que fazem toda a diferença, desde as tradicionais havaianas, que hoje são encontradas em todas as cores, até modelos mais fashion que passam das passarelas para as lojas.

Em dias quentes, sem dúvida, os chinelos são ideais, principalmen-te combinando com shorts, saias e vestidos. Com calça jeans também

dá certo, desde que seja skinny, da-quelas mais sequinhas, e que a blusa também esteja em harmonia com o look. “Nunca use no ambiente de tra-balho e, dependendo do ambiente, à noite, também não fica legal”, desta-ca Rafael Ellero, proprietário da Liv.

Ele conta ainda que recentemen-te a loja recebeu uma cliente que se casaria no Caribe, na areia da praia, e precisava de um chinelo luxuoso para a cerimônia. “Hoje temos desde o flúor e os metalizados, até aqueles com pedrarias, que podem custar R$180. Na loja, vendemos muito o modelo flúor, com pingente de ca-veira, que vem em um nécessaire”, conta destacando que de setembro a março, por conta do calor, as ven-das aumentam.

Na Jô Calçados, o top da estação são os modelos da Ipanema de tro-

car as tiras. “São três opções em ape-nas um chinelo”, destaca o gerente Geraldo de Oliveira. “Na década de 90, uma pessoa de chinelo era mal-vista. Hoje até no barzinho homens e mulheres desfilam, desde o modelo mais simples de borracha aos mais finos, de couro com strass”, destaca.

PREFERIDO DOS GRINGOS – Na loja Havaianas de Araraquara, quan-do chega alguém do exterior é certo que sairá com sacolas, conta a pro-prietária Flavia Ferreira. O mesmo acontece com os daqui, que visitam amigos fora do país. “Antes, o preferi-do eram os com a bandeira do Brasil, agora querem levar todos os tipos, por ser a cara do nosso País, colori-dos e confortáveis”, destaca .

Os tops da estação são os de bo-linha, com variadas cores de tiras,

Na Liv Calçados, chinelos de luxo com pedrarias e o flúor, com nécessaire

moDa

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além de estampas de bichos, a linha tropical com flores e os grafismos inspirados na Tailândia. As tiras pre-feridas são as mais finas e geralmen-te de cores diferentes do solado. Os de sola intermediária, cerca de 3 cm, também são uma ótima opção para quem se incomoda em ficar com o pé completamente no chão.

Na loja também há modelos com tiras de couro e a opção de escolher a tira para o solado desejado, além de exclusivos com swarovski.

Chinelos funcionam como decotes, segundo alguns estilistas que apostam no calçado. Portanto, é fundamental que os pés estejam bem cuidados para a pessoa não parecer desleixada. Use hidratante e esteja com as unhas sempre benfeitas. Nos homens, os cuidados são os mesmos, e a preocupação com o lugar onde vai de chinelo e com a composição do look devem ser ainda maiores. E falando em maior, é preciso ficar atento para que o calçado não fique desproporcional ao tamanho dos pés.

Cuidados básicos

Na Jô Calçados, modelos com strass

e troca tiras da Ipanema

Na Havaianas, muitas estampas, tiras e solados com cores diferentes

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Elas estão no comandoMulheres se destacam no mundo dos negócios

Por Patricia Piacentini Fotos mateus rigola, Fabiano Vagner e Lucas tannuri

P esquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgada

em 2012 aponta que, de cada 100 empreendedores iniciais no Brasil, 49 são mulheres. Elas estão cada vez mais presentes no mundo dos negó-cios e mostram talento para geren-ciar suas empresas.

Há 5 anos, a fisioterapeuta An-

drea de Almeida Torres Jardim, de 40 anos, resolveu abrir uma franquia de um estúdio de Pilates. “Eu era autô-noma e no começo me deu uma in-segurança”, relata ela. Porém, depois viu que a franquia dava todo o su-porte que ela precisava e o negócio deu certo.

“É bom trabalhar para mim mes-ma porque eu faço meus horários”, diz Andrea, que chega no trabalho às 7h30 e só sai às 21h. Só que como cuida de tudo, ela brinca que não

pode ficar doente. A fisioterapeuta diz que sua família a apoia bastante. “Estou muito satisfeita”, afirma.

Apesar de estar há quase 30 anos no mercado, a cabeleireira Diva Apa-recida Emílio, de 54 anos, diz que só nos últimos três anos conseguiu ter uma visão empreendedora. “Já tive sociedade, mas agora o negócio é meu. Agora só penso em melhorias para o meu espaço da beleza”, res-salta ela, que passou a usar compu-tador para fazer os agendamentos e

Andrea de Almeida Torres Jardim, fisioterapeuta, investiu em uma franquia de pilates: “É bom trabalhar para mim mesma porque eu faço meus horários”

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vai ter uma página no Facebook.Diva também incrementou seus

serviços: “Coloquei a parte de esté-tica com atendimento completo e vou começar a utilizar uma máqui-

na de cartão de débito e crédito. Estou me descobrindo, evoluindo e até ganhei mais clientes”, orgulha--se. Segundo a cabeleireira, a maior dificuldade hoje é encontrar mão de

obra especializada.Para ela, ter o próprio negócio é

estar 24 horas por dia disponível e dar uma atenção integral aos clien-tes. “Eu amo o que faço, mas sei que

Diva Emílio, cabeleireira: “Eu

amo o que faço, mas sei que o negócio depende de mim”

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o negócio depende de mim”, finaliza.

ARTESANATO – A nutricionista Larissa Dantas Franco Tannuri mu-dou totalmente sua carreira quando sua filha Marina nasceu há um ano e dez meses. “Eu trabalhava como nutricionista em São Carlos e com a maternidade ficou difícil continuar”, conta ela, que resolveu trabalhar em casa, fazendo peças de decoração

para quarto de bebê. “Sempre bor-dei, fazia bonecas, mas nunca pensei em vender”, relata.

Porém o capricho nas peças é tanto que o negócio de Larissa deu certo: ela passou a divulgar e vender pela internet e hoje recebe pedidos de várias partes do Brasil. “Pessoas de longe fazem encomendas. Eu fico muito satisfeita. Não me arrependo da decisão que tomei”, destaca.

Larissa Dantas Franco Tannuri: nutricionista que virou artesã

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Alterações de metabolismo são percebidas dez anos antes da doença se manifestar

Foto: mateus rigola

O diabetes é uma doença sem preconceito e que atinge todo tipo de público. No

mundo, cerca de 350 milhões de pes-soas são diabéticas e não sabem. Ela aparece muito devagar, o organismo vai se acostumando com ela, por isso não demonstra sintomas. Mas, além dos casos de diabetes sabidamente, existe uma fase de 10 anos antes da doença se manifestar, que apresenta alteração do metabolismo. Essa fase é a mais interessante de se tratar, porque o paciente pode ou não de-senvolver a doença ou então retar-dar seus efeitos.

“Nessa fase que chamamos de in-tolerância à glicose, também conhe-cido como pré-diabetes, termo que na verdade não existe, a incidência de morte por infarto ou derrame é a mesma de quem tem o diabetes”, afir-ma a endocrinologista Mônica Nasser (CRM-SP 53455).

Ela afirma que os estudos dos últimos 15 anos vêm apresentando respostas animadoras, com orien-tação, tratamento e prevenção. Pois não há como perceber que uma pes-soa é pré-diabética, por isso pessoas com histórico familiar devem ficar atentas, principalmente maiores de 45 anos, pessoas com colesterol e trigliceres alterado, pressão alta, do-ença coronariana, além de mulheres que desenvolveram diabetes na ges-tação e se curaram ou que tiveram bebês com mais de 4 quilos.

Para descobrir, a pessoa precisa fazer o exame específico: uma cur-va glicêmica e uma curva de insu-lina. O paciente que tem diabetes normalmente tem uma produção de insulina reduzida, e o que é só intolerante tem uma produção de insulina aumentada. “O normal de glicose em jejum tem que ser entre 70 e 99. A OMS (Organização Mun-dial da Saúde) considera 126, mas no Brasil a SBD (Sociedade Brasileira

de Diabetes) já considera 100”, diz a profissional.

Ela também garante que é uma doença que tem tratamento e, quanto mais cedo diagnosticada, melhor. Reforça a necessidade de uma vida de exercícios físicos con-tínuos e alimentação saudável. “A intolerância a glicose está atingindo pessoas com idade cada vez menor. Começamos avaliando pacientes com mais de 45 anos que têm fa-miliares diabéticos. Hoje vemos pa-cientes com 30, 20 anos e até ado-lescentes e pré-adolescentes. Em adolescentes, por exemplo, um dos sinais mais frequentes é a gordura no fígado que, se não tratada, pode evoluir para hepatite gordurosa e até cirrose hepática”, avalia.

Dra. Mônica finaliza afirmando que mesmo as pessoas que desen-volveram a doença podem ser nor-malmente tratadas, postergando os problemas decorrentes da dia-betes.

Estudos apontam para os intolerantes diabéticos

Dra. Mônica Nasser fala sobre a necessidade de

diagnóstico precoce da diabetes

PrEVENÇÃo

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Outros temposAvós, mães e filhas: será que muita coisa mudou quando o assunto é trabalho, casa e filhos?

Por Patricia Piacentini Fotos Fabiano Vagner e mateus rigola

C orreria com trabalho, cria-ção dos filhos e cuidados com a casa faz parte da vida

das mulheres. Mas será que sem-pre foi assim? Jeni Alves Silva Mar-ques, de 79 anos, lembra como era mais fácil cuidar dos filhos na sua época: “Sempre fui dona de casa. Era difícil mulher que trabalhava

fora. Dava para criar e acompanhar o crescimento dos filhos”, diz ela, que teve seis filhos.

Porém, para uma de suas filhas, D’Aljma Marques da Silva Borges, de 54 anos, não foi tão tranquilo: “Quando eu casei já trabalhava e quando meus filhos nasceram também trabalhava”, conta ela, que teve três filhos. “Nunca me senti culpada”, conta D’Aljma que, na época em que tinha loja, carre-

gava os filhos junto com ela.E Raffaela Marques Borges Bas-

que, de 26 anos, filha de D’Aljma, é mãe de uma menina de 5 anos e está grávida. “Engravidei no se-gundo ano de faculdade, mas não parei de estudar. Quando minha filha nasceu, morei com a minha mãe nos primeiros meses. Depois que me formei, optei por ficar em casa com minha filha”, afirma. Sua mãe diz que sempre insistiu

Jeni, D’Aljma e Raffaela:

experiências diferentes na

criação dos filhos

comPortamENto

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para que a filha não largasse os estudos, mesmo com a gestação. “Sempre quis passar a noção de que eles deveriam buscar um futu-

ro melhor”, destaca D’Aljma.A história de Layde Domingues

Ataíde, 74, foi marcada por muito trabalho: ela morava no sítio e tra-

balhava na lavoura, ajudando sua família e depois o marido. “Vim para a cidade depois de 60 anos, então criei minhas filhas e até mi-

Elaine, Matheus e Maria Eva:

filho foi mais cedo para a

creche

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nha neta no sítio”, diz. Segundo ela, quando casou, não encontrou dificuldade para cuidar da casa. “Fazia todo o serviço e costurava para toda a família”, afirma. Se-gundo Layde, hoje está mais difí-cil para a mulher cuidar dos filhos. “Antes, as mães ficavam em casa, mas hoje só o salário do marido não dá”, diz.

A vida foi bem diferente para sua filha Maria Inês Martins de Ataíde Bergamo, de 49 anos. “Vim trabalhar na cidade e deixava mi-nha filha, Ana Carolina, com a avó. Tive a minha filha solteira. Depois me casei e quis ter outro filho. Aí nasceu a Maria Antônia, 15 anos depois da primeira. Nesse período

trabalhava o dia inteiro e a Maria Antônia foi para creche”, conta.

Diferente das amigas, Ana Ca-rolina Ataíde Bergamo, 27, filha de Maria Inês, ajudou a cuidar da irmã. “Aprendi a cuidar de bebê. Eu estudava em dois períodos e ajudava a cuidar da minha irmã”, relembra ela, que acabou criando vínculo forte com Maria Antônia.

NOVA ETAPA - Elaine Cristina Leopoldo, de 38 anos, mãe de gê-meas de 18 anos, diz que, na épo-ca em que elas nasceram, ficou em casa até as filhas completarem 3 anos. “Depois não foi mais possível e tive que trabalhar. Elas foram para a escolinha”, diz ela que, no ano pas-

sado, teve mais um filho, o Matheus, que está com 7 meses. Com ele, teve que voltar a trabalhar antes.

“Ele já foi para creche. Parece que agora está mais difícil cuidar, apesar da ajuda que tenho das mi-nhas filhas”, desabafa.

A mãe de Elaine, Maria Eva Soa-res Leopoldo, de 59 anos, diz que parou de trabalhar há 15 anos e ajudou a olhar os netos. De acordo com ela, hoje as mulheres têm mais facilidade. “Temos mais cre-ches, postos de saúde e linhas de ônibus. Antigamente era mais difí-cil”, acredita. Sua filha discorda: “As mães hoje sofrem mais, principal-mente quando têm que deixar os filhos na creche”, finaliza.

comPortamENto

Maria Antônia, Ana Carolina, Maria Inês e Layde:

neta ajudou a cuidar da irmã por conta do trabalho

de sua mãe

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Personal organizer: soluções práticas para seu dia a diaProfissional especializado dá consultoria na área de organização

Foto Fabiano Vagner

C ada vez mais as pessoas estão divididas entre o trabalho e a casa e precisam se organizar

melhor para que possam conciliar, sem muito estresse, o dia a dia.

Planejamento e simplificação são as palavras de ordem para facilitar a vida destas pessoas que não têm tempo e que buscam antes de tudo, qualidade de vida para elas e suas famílias.

Nessa situação, as pessoas podem contar com a consultoria de um perso-nal organizer, um profissional da orga-nização, que, após cursos e treinamen-tos específicos, desenvolve habilidades para enxergar caminhos e formas não só de arrumar, mas também de conser-var a organização. “As pessoas não têm ideia de como começar, por isso surge a necessidade de contratar alguém espe-cializado no assunto”, destaca Fábia Si-cari, personal organizer qualificada pela OZ – filiada à NAPO (National Associa-tion of Professional Organizers).

O especialista entende o problema de organização do espaço em questão, fornecendo opções de aprimoramento, propondo novos conceitos e critérios. “Nossos serviços visam à otimização de espaço e de tempo, através de propos-tas personalizadas para cada cliente e situação. Meu objetivo é resgatar para meus clientes a qualidade de vida, con-forto e bem-estar”, salienta Fábia.

O serviço é útil para donas de casa,

idosos, profissionais autônomos, exe-cutivos, empresários, dentre outros. Atende, dessa forma, diferentes públicos e necessidades. “Faze-mos uma visita técnica no local para identificar quais as suas necessidades, estimar tempo para realização da organização e elaborar o orçamento”, detalha a personal organizer.

Além de boa impressão, a organiza-ção promove o bem-estar, aumenta o espaço útil do ambiente, traz facilidade na manutenção e limpeza, agilidade na busca por objetos e até economia de 30% no orçamento doméstico.

Serviço

Fábia Sicari

Telefone: (16) 9737-3037

Facebook: Fabia Sicari Personal Organizer

Confira os pacotes:

Residencial: organiza seu espaço doméstico, aumentando conforto, harmonia, praticidade, agilidade, economia, produtividade e bem--estar.Noivos: recebimento, categorização e organização dos presentes, personalização dos agradecimentos aos convidados, organização do enxoval na casa nova e consultoria nos preparativos da nova rotina doméstica, dentre outros.Mudanças: organização e descarte de objetos antes da mudança, categorização das caixas por ambientes e acomodação dos objetos na nova residência, dentre outros.Melhor idade: organização residencial focada nas necessidades do idoso. Compras: serviços para compras de sua casa.Crianças: contamos com psicopedagoga para nos auxiliar na lista de roupas e acessórios, compras, planejamento alimentar, dentre outros.

info

rme

Publ

icitá

rio

Fábia Sicari, personal

organizer

sErViÇo

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A Via Expressa de dona

MariquinhaUma das principais avenidas de Araraquara homenageia a representante das mulheres da época

Vista noturna da Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira. Ao lado, cópia da lei que deu nome à Via Expressa

NomE DE rua

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Por samara ignácio Fotos Fabiano Wagner e mateus rigola

S ão cerca de 4,5 quilômetros com três pistas de cada lado de uma via arterial que agili-

za o acesso de um ponto a outro da cidade, facilitando o transporte de pacientes para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e de passagei-ros para o terminal rodoviário, onde a avenida termina. Seu início é na rotatória das Roseiras. Essa é a Via Expressa Maria Antônia Camargo de Oliveira, que presta homenagem a dona Mariquinha, nascida em 8 de maio de 1827 e falecida em 2 de ju-lho de 1956.

A mulher elegante e forte, de cabelos escuros e olhos azuis, foi

esposa de outro reconhecido arara-quarense, João Batista de Oliveira, um influente cafeicultor e vendedor de dormentes de trem para a Estrada de Ferro de Araraquara (EFA), que dá nome a escola municipal localizada no Centro, e à Avenida João Batista

de Oliveira, que atravessa boa parte da Vila Xavier e segue até o acesso Abdo Najm.

A esposa sempre esteve ao lado do cafeicultor para apoiá-lo em suas decisões de negócios e para criar os cinco filhos, entre eles Benedito de

João Batista de Oliveira e Maria Antônia Camargo de Oliveria

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Oliveira, que chegou a ser prefeito, eleito em outubro de 1959 e res-ponsável pelo projeto e por parte da construção da Via Expressa. Um pre-feito que ficou conhecido por man-ter a cidade sempre limpa.

De origem portuguesa, Maria Antônia Camargo de Oliveira ca-sou-se em 2 de junho de 1906. Era uma exímia atiradora e também ajudava os colonos na saúde e edu-cação dos filhos. “Quando foi feita a ampliação da Via Expressa, nos anos 80, a família lutou para que o nome fosse preservado em toda a aveni-da”, recorda Samuel Brasil Bueno, empresário responsável pela pes-quisa de mais de 680 denominações de ruas, avenidas, alamedas e vias de Araraquara.

Hoje a Via Expressa tem seus problemas estruturais, mas conti-nua sendo uma das maiores e mais importantes avenidas de Araraqua-ra. Entre o problemas estão pontos de alagamento, porém a Prefeitura

apresentou no último mês um pro-jeto no valor de R$ 8 milhões para as obras de recuperação do córrego do Ouro e combate a enchentes. O projeto contempla melhorias entre as ruas Capitão José Sabino Sam-paio e Domingos Zanin, próximo ao Terminal Rodoviário. Porém, são necessários mais de R$ 18 milhões para evitar o alagamento embaixo do Terminal Central de Integração (TCI), entre as avenidas Feijó e Dom Pedro II, que é o ponto mais crítico da avenida.

HOmENAGEm - A nomeação da então rua Maria Antonia Camargo de Oliveira foi através da Lei 1.147, de 25 de setembro de 1962, de autoria do vereador Mario Ananias. No início começava no antigo Terminal Rodo-viário, na Avenida Portugal, ia até a Avenida Sete de Setembro e passava sob o córrego Servidão. O projeto foi elaborado e executado pelo prefeito Benedito de Oliveira.

Imagens antigas e atuais do terminal de passageiros que cruza a Avenida

NomE DE rua

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NomE DE rua

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Araraquara ganha o Estúdio de Ballet Bella DançaEstúdio foi criado sobre 3 pilares: dança como cultura, como educação e como atividade física

Por mateus rigola

Um novo conceito em balé clássico, jazz e dança con-temporânea surge em Ara-

raquara com a chegada de um novo espaço, moderno e profissionaliza-do. O Estúdio de Ballet Bella Dança deu início às suas atividades em ja-neiro com o curso intensivo de férias e agora oferece aulas regulares com técnicas de balé clássico para turmas infantis, a partir dos 3 anos, além de jazz e contemporâneo, a partir dos 10 anos. O Estúdio também oferece aulas complementares como pas de deux, variação e preparação física, onde os alunos treinam as técnicas de balé com mais força, melhorando a resistência física.

Há ainda na grade balé clássico para adultos, começando a partir dos 15 anos e sem limite de idade, e também turma exclusiva de técnica masculina. O espaço tem infraestru-

tura adequada para a prática da dan-ça, com piso flutuante, munido de amortecedor, reduzindo o impacto dos movimentos e preservando as articulações dos bailarinos. As aulas também contam com turmas reduzi-das de no máximo 10 alunos.

De acordo com Isabella Andrade, coordenadora pedagógica do Estú-dio e bailarina há 15 anos, o espaço foi criado em cima de três pilares que trabalham a dança como cultu-ra, educação e atividade física com a finalidade de formar indivíduos saudáveis no corpo, mente e alma. Ela conta que o Bella Dança segue o método russo Vaganova, com con-sultoria artística de Myrna Jamus, que trabalha na área há mais de 25 anos, para assessorar a implantação da metodologia, elaboração do pla-no pedagógico e calendário de ativi-dades.

Um dos diferenciais é que a es-cola funcionará 11 meses no ano, es-

tando programados cursos de férias nos meses de janeiro e julho. Ou seja, ela não fecha.

A intenção é que as turmas tam-bém participem de concursos e fes-tivais, como deve acontecer neste primeiro semestre em que a escola se representará em abril no Festival de Outono em Pirassununga e em maio no III FestCampos de Campos do Jor-dão.

Entre no site www.belladanca.com.br e confira um pouco mais ou então visite a escola.

Serviço

Estúdio de Ballet Bella Dança

Av. XV de Novembro, 270

Centro – Araraquara

(16) 3332-4539

www.belladanca.com.br

[email protected] info

rme

Publ

icitá

rio

Fachada do Estúdio de Ballet Bella Dança, na Avenida XV de Novembro

Isabella Andrade,

bailarina e coordenadora

do Bella Dança

artE

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Na morada do sol, proteja sua peleO protetor deve ser aplicado duas vezes ao dia nas áreas expostas ao sol, como o rosto, colo, braços e mãos

Por samara ignácio Fotos: mateus rigola

S eja qual for a estação do ano, não importa se o trabalho é dentro do escritório ou ao ar li-

vre, independente da cor da sua pele e idade, todos devem passar protetor solar diariamente. O problema é que poucos têm consciência disso. Esta é uma das principais formas de retardar o envelhecimento, evitar manchas e, principalmente, prevenir o câncer de pele. Em 2012, mais de 62 mil ho-mens e 71 mil mulheres foram diag-nosticadas com câncer de pele e mais de 1,5 mil morreram no País.

De acordo com a dermatologista Jane Bombarda Pierini (CRM 79 568),

a pele, o maior órgão do corpo hu-mano, é dividida em cinco subtipos, de acordo com a sensibilidade ao sol, mas todos necessitam de prote-ção, principalmente as mais claras. “Para definir qual fator de proteção que deve ser utilizado no rosto e no corpo, levamos em conta a atividade profissional e o tempo de exposição”, explica. O protetor deve ser utilizado duas vezes ao dia nas áreas expostas ao sol, como o rosto, colo, braços e mãos. “Em atividade física ao ar livre, piscina e praia, deve ser reaplicado a cada 3 horas”, diz O produto deve ser passado 20 minutos antes da ex-posição. E quando houver eritema, ou seja, vermelhidão na pele após o sol, significa que a proteção não foi

aplicada adequadamente ou ainda o fator de proteção solar (FPS) não foi suficiente. Hoje há no mercado protetores com FPS de 10 até 100. E não é apenas a exposição ao sol que exige proteção. Estudos apontam que as lâmpadas em locais fechados também provocam manhas na pele.

FATOR DE PROTEÇÃO - O fator de proteção 100 oferece praticamen-te a mesma proteção que o 30. A di-ferença está no tempo que a pessoa pode ficar exposta ao sol com segu-rança, ou seja, com um fator maior, você poderá ficar mais tempo sob o sol. Porém, o FPS protege apenas contra os raios ultravioleta UVB, que provocam a vermelhidão. Para se

O indicado é usar protetor solar diariamente

saúDE

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proteger do UVA, cujos efeitos são nocivos, deve-se levar em conta o PPD (Persistent Pigment Darkening), ainda pouco indicado nas embala-gens. Geralmente, quanto maior o FPS, maior o PPD, representando 1/3 do produto. “Então é vantajoso ter um FPS 90, por exemplo, que protegerá um PPD 30, enquanto um FPS 30 pro-tegerá contra o UVA apenas 10”, exem-plifica Jane. Por isso, é ideal buscar um profissional para definir qual o melhor produto para a sua pele.

E também não basta o protetor solar, se for ficar muito tempo no sol. Utilize também óculos escuros e cha-péu. E, como nunca é demais alertar, o ideal é evitar exposição das 10 às 16 horas.

Sol é vitamina D

Apesar dos riscos e necessidade de cuidados, o sol é extremamente importante para o corpo, bastando expor uma parte do corpo de 10 a 15 minutos para estimularmos a produção da vitamina D. “Ela é responsável pelo fortalecimento dos ossos na absorção do cálcio”, explica a dermatologista.Para os bebês, a exposição ao sol, no tempo certo, também é importante, mas com cuidados redobrados. A partir dos 6 meses, devem ser

utilizados protetores infantis, adequados para a pele sensível e delicada e, a partir dos 2 anos, a proteção deve começar a ser diária. “Às vezes, na escolinha, as crianças vão para o pátio, por isso, é fundamental a proteção”, destaca Jane. Afinal os sinais de envelhecimento que aparecem, em média, a partir dos 30 anos, são resultado da exposição ao sol na infância e juventude. “Esperamos que na próxima geração haja menos câncer de pele”, finaliza a dermatologista.

A dermatologista Jane Bombarda Pierini: “Todos os tipos de pele precisam de proteção”

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Agora é que são elasÉ chegada a fase ideal para preencher o tempo com muita diversão, incluindo bailes e viagens

Por samara ignácio Fotos mateus rigola

O s filhos crescem, os netos aparecem, os problemas de saúde também. Algumas

optam pela solidão e se recolhem. Mas há muitas alternativas de trans-formar a vida depois dos 60 em uma etapa de muita felicidade. Conheça mulheres com mais de 60 que cum-priram seus papéis profissionais, de esposa e mãe, e agora chegam a uma nova fase da vida, cheias de ale-gria e disposição. Elas transformaram as dificuldades em razão para viver intensamente.

Elisabete Rosalino Ferreira, 69, ficou viúva. E um dia se deu conta de que ele não iria voltar. “Minha fa-mília sempre foi festeira e meus pais

sempre foram presentes no grupo Melhor Idade. Era o que precisava para minha autoestima”, revela. Com três filhos e quatro netos, dedicou-

Elisabete Rosalino Ferreira, 69: depois de superada a tristeza da

viuvez, agora ela sonha em passear na Espanha

Olga Rosalino, 83, mãe de Elisabete, tem uma

vida bem ativa e foi quem motivou a filha a sair do luto: “O segredo

é que eu me amo”

mELhor iDaDE

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-se à família durante toda a vida, mas agora decidiu que chegou a sua vez. “Sempre sonhei em ir para a Espanha e agora tenho condições financeiras e tempo para ir. Nada vai me impedir de realizar esse sonho”, revela, entu-siasmada.

A mãe de Elisabete, Olga Rosalino, 83, foi quem motivou a filha a sair do luto e continuar a viver. Bastante ativa, dona Olga faz hidroginástica, cami-nhadas e participa de atividades na Igreja como catequista. Ela foi uma das fundadoras do grupo de terceira idade Morada do Sol, ao lado do ma-rido. Mas também ficou viúva há cerca de 30 anos. Hoje pertence ao Melhor Idade. “O grupo é vida. Por lá dança-mos, viajamos e, principalmente, faze-mos amigos”, destaca. Ela relata que já foi para Fortaleza, Porto Seguro, Natal, fez um cruzeiro, mas a viagem prefe-

rida foi a Buenos Aires, na Argentina. Com quatro filhos, nove netos e sete bisnetos está sempre elegante e ga-nhou honra ao mérito do grupo como “Adorável mamãe”.

“O segredo é que eu me amo”, afir-

ma. Já Marli Faustino Cordeiro dos San-

tos, de 69 anos, deu aulas de artes até 2011. Mesmo já aposentada, aos 59 anos continuou a ser professora do Estado. Há 17 anos ficou viúva. Após

Marli Faustino Cordeiro dos Santos, de 69 anos: “Tenho vontade de viver como na

juventude”

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um período de luto e tristeza, resolveu sacudir a poeira e seguir a vida. Com três filhos e quatro netos, ela se dedica a cuidar de um dos netos. Mas não é só isso. Decidiu participar dos bailes de um clube da terceira idade. Por lá vol-tou a reviver as alegrias do tempo de carnaval da adolescência. “Hoje viajo mais, danço mais, faço trabalhos ma-nuais, tenho vontade de viver como na juventude”, conta. Apesar de adorar a visita dos filhos e netos, com o tempo acostumou-se com a rotina de morar sozinha e não troca a liberdade e tran-quilidade do silêncio da casa por nada, nem por um novo casamento. “Amor é um só”, ressalta Marli.

SUPERAÇÃO - Maria Aparecida Masini, 80, aposentada, sempre fez tra-balhos manuais de crochê e panos de prato. “É um hobby, mas a cabeça não pode parar. Quem fica parada, fica do-ente”, avalia. No baile conquistou uma turma de amigos. “Faço toda a produ-ção de roupa e quando estamos às vésperas de bailes começam os telefo-nemas, como na juventude. Também fico ansiosa pelos encontros de terça--feira, no meu binguinho”, conta. Com cinco netos e três bisnetos, ela teve

dois filhos, que já faleceram. Há 20 anos, ficou viúva e chegou a sofrer de depressão. Superou essa fase quando entendeu que os obstáculos da vida a motivavam a viver. Após o luto, passou a viajar e chegou a ficar um mês na Eu-ropa. Mas apesar de toda a liberdade, não mora sozinha, mora com uma das netas. “Tem que viver as coisas boas da vida, ser alegre, ter o carinho dos netinhos e bisnetos, os amigos próxi-mos e ser feliz”, ressalta.

Grupo Melhor Idade

O Grupo da Melhor Idade realiza bailes bimestralmente. De acordo com Alzemiro Ianelli, 75 anos, presidente do Grupo, o próximo baile previsto será no mês das mães e marcará também as comemorações de 11 anos de formação do Melhor Idade. Hoje, o grupo conta com mais de 350 associados, sendo mais de 80% mulheres. Para garantir a diversão de tantas viúvas, também são contratados dançarinos. Para participar do Grupo Melhor Idade, basta ter mais de 45 anos e pagar a taxa mensal de R$ 6.

Maria Aparecida Masini, 80,

aposentada: “Quem fica parada, fica

doente”

mELhor iDaDE

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Por Patricia Piacentini Fotos Fabiano Vagner e mateus rigola

E las trabalharam muito, forma-ram família e agora, depois dos 50, só querem saber de

uma coisa: estudar. A kappa con-versou com três mulheres que dão uma lição de força de vontade para muita gente, pois resolveram pegar o caderno e caneta e retomaram os estudos.

Maria Pereira de Miranda, de 56 anos, está no curso de Técnico em Recursos Humanos do Senac. “Sempre trabalhei na roça e há oito anos vim para a cidade. Terminei

o ensino fundamental, médio e fiz cursinho. Tentei até uma vaga na Unesp”, conta. A aluna fazia um curso no Espaço Kaparaó, pegou o folheto do Senac e viu o curso. “Consegui uma bolsa e vim estudar. Estou amando”, anima-se.

Ela tem a aprovação dos filhos e da família e não quer parar. “Ficar parada enferruja”, diz Maria, que já garante, depois de ter o certificado em mãos, vai procurar uma vaga na área de RH.

Quem também faz curso no Se-nac é Vânia da Conceição Mauro Egea, de 56 anos. “Faço o curso de

Técnico em Meio Ambiente. Estava há mais de 30 anos sem estudar”, afirma.

A aluna conta que no começo ficou preocupada, achou que não ia conseguir acompanhar. “Mas deu tudo certo. Tenho a orientação dos professores”, diz Vânia, que traba-lha na Vigilância Ambiental, moti-vo que a levou a se interessar pela área de meio ambiente. “É uma cor-reria, mas a família apoia”, ressalta ela que pretende fazer mais cursos. “Se a gente tem vontade pode fa-zer tudo. Conhecer e saber não têm idade”, destaca.

De volta à escolaMulheres se dedicam aos estudos depois dos 50

Maria Pereira de Miranda, de 56 anos, cursa Técnico em Recursos Humanos do Senac

Vânia da Conceição Mauro Egea, de 56 anos, estuda Técnico em Meio

Ambiente no Senac

ForÇa DE VoNtaDE

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FACULDADE – Ela é bacharel em Matemática, deu aulas em colégios e universidades, morou na Bélgica, aprendeu francês, mas descobriu que é apaixonada pela leitura, escrita e por tradução. Essa é a história de Iloni Kommers Barrientos, de 57 anos, que, desde o ano passado, está cursando jornalismo na Uniara. “Es-tou gostando muito do curso e dos professores. Sou a mais velha”, diz ela que também já foi cronista de um jornal de Jaboticabal. “Nunca paro de estudar”, finaliza Iloni, que já se pre-para para os desafios do segundo ano do curso.

Iloni Kommers Barrientos, de 57 anos,

é aluna do curso de jornalismo na Uniara

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Santa Casa: profissionalização e comprometimentoEstratégias de gestão traçam ações de melhorias, envolvem colaboradores e focam na excelência do atendimento aos clientes

A Santa Casa de Araraquara é responsável pelo atendimen-to de aproximadamente 600

mil habitantes de Araraquara e outros 15 municípios da nossa região. Hospi-tal geral e de ensino, credenciado pelo Ministério da Saúde para atendimento de urgência e emergência, cirurgia car-díaca, hemodinâmica, neurocirurgia, oftalmologia e ortopedia, além de ser referência em alta complexidade para oncologia. Na opinião do médico e provedor da Santa Casa, Dr. Valter Curi Rodrigues, ser referência para uma po-pulação tão ampla, o único hospital a atender pacientes SUS em Araraquara e certificado como hospital de ensino, demonstra sua importância no cenário da saúde regional. “Após a certificação como hospital de ensino, recebemos

o primeiro grupo de residentes em quatro especialidades: clínica, cirurgia, pediatria e ginecologia. Ter esses pro-fissionais no corpo clínico possibilita qualidade de atendimento, rapidez e humanização aos pacientes”.

Devido ao seu amplo perfil de aten-dimento, em outubro de 2008 a Santa Casa recebeu o convite para partici-par do Programa de Revitalização dos Hospitais Filantrópicos, idealizado pela CPFL Energias, parceria do Cealeg (Cen-tro de Estudos Augusto Leopoldo Ayro-sa Galvão), instituto ligado à Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Pau-lo, com o objetivo de elevar o desempe-nho administrativo e, principalmente, a qualidade dos serviços prestados aos usuários. Para alcançar esses objetivos, consultores do Cealeg aprimoraram as ferramentas de gestão utilizadas e su-

geriram novas estratégias e condutas visando sempre a excelência no atendi-mento. Ao término da participação no programa, em 2010, o hospital recebeu o “Selo Prata” em Qualidade Hospitalar.

Após essa rica experiência, em 2011 a Santa Casa se inscreveu e participa regularmente do Programa de Certifi-cação em Qualidade Hospitalar do CQH (Compromisso com a Qualidade Hos-pitalar), onde os principais objetivos são a melhora e a qualidade contínua de todos os processos que envolvem o hospital.

OBJETIVOS ESTRATéGICOS - Ins-pirado nesse aprendizado, foi realizada a Oficina de Planejamento Estratégico nos dias 17 e 31 de janeiro, 7 e 21 de fevereiro, sob orientação do médico, consultor do Cealag e especialista em

rEEstruturaÇÃo

Funcionários reunidos para

dinâmica na Santa Casa, junto com o

provedor Valter Curi

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planejamento estratégico Giovani Di Sarno, onde provedoria, conselho administrativo, médicos, gerentes, coordenadores e alguns colaborado-res reuniram-se para planejar e traçar ações voltadas para a melhoria do aten-dimento e o desenvolvimento adminis-trativo da instituição. Foram apresen-tadas análises dos cenários interno e externo e propostas ações para quatro objetivos estratégicos. “Reunimos uma série de informações, fizemos um bom diagnóstico institucional. Temos pes-quisa de clima organizacional, índices de satisfação de usuário, painel de indi-cadores. Estamos olhando para dentro

da instituição com suas inúmeras possi-bilidades tecnológicas, assistencial e de pessoas; mas também para o externo como os parceiros do poder público municipal, estadual e federal. Fizemos recortes do planejamento dos gover-nos; olhamos dados epidemiológicos, demográficos, enfim, fizemos um bom diagnóstico situacional. Baseados nes-se grande mapeamento revalidamos a identidade organizacional (missão/ visão/ valores); definimos objetivos e quais ações serão executadas para al-cançá-los, sempre pensando na melho-ria contínua”, esclareceu Giovani.

mUDANÇA CULTURAL - Para Ja-der Pires, superintendente da Santa Casa de Araraquara, o processo iniciado em 2008 com a Cealeg identificou a ne-cessidade de mudança na cultura orga-nizacional do hospital. Assim, no início de 2012, foi implantada uma nova es-trutura de organograma, baseada num modelo flexibilizado de gestão de pes-soas, no qual os colaboradores podem influenciar as decisões, exercer controle e compartilhar poder.

No Planejamento Estratégico de 2013 se revalidaram questões funda-mentais para a melhoria contínua do hospital, seja no atendimento ao clien-te, na gestão dos recursos ou de pesso-as. “A Santa Casa é um hospital mais ágil

para a resolução de problemas, o pa-ciente é atendido mais rápido. Tudo isso representa o aumento da qualidade do atendimento e de gestão. Contabil-mente, após essas mudanças o de-monstrativo de resultados do exercício tornou-se positivo, porém ainda há difi-culdades com o fluxo de caixa devido a um passado de endividamento; e tam-bém de acordo com o Movimento Ta-bela SUS Reajuste Já, organizado pela Fehosp, em média a cada R$100 empre-gados pelas instituições filantrópicas nos convênios e contratos com o SUS, os hospitais são remunerados em R$ 65. Es-ses valores exemplificam as dificuldades financeiras que todas as Santas Casas possuem”, comentou Pires.

Sistema aprovado

O novo membro do Conselho Administrativo da Santa Casa, o consultor jurídico Renan Ponte, disse que teve um choque de realidade esta semana ao visitar o hospital e perceber que a situação é totalmente diferente da que costumava ouvir falar. “Eu tinha uma imagem muito negativa da instituição devido aos comentários de que falta isso e aquilo. Minha impressão agora é outra, porque eu vi qualidade de atendimento, qualidade de material, material em estoque, higienização geral por todo o prédio, obras novas, melhorias por todos os cantos, pintura da fachada, pintura em ambientes internos”, menciona. O jovem consultor afirma que pretende estreitar relações entre Santa Casa e poder público em busca de benefícios e captação de receita.

Renan Ponte, consultor jurídico e membro do

Conselho Administrativo da Santa Casa

Jader Pires, superintendente:

“Objetivo é transformar hospital em um

Centro Regional de Atendimento”

Giovani di Sarno, médico e consultor ligado à Faculdade de Medicina da Santa Casa de SP

MISSãO: Ser um hospital filantrópico e de ensino, de abrangência regional, que promove saúde e educação com qualidade e humanização. VISãO: Tornar-se até 2014 um hospital de referência na qualidade de prestação de serviço, autossustentável e integrado à sociedade. VaLOreS: Humanização; transparência; comprometimento com o SUS; respeito aos seus clientes e colaboradores; ética em todas as ações; compromisso com o ensino de qualidade; responsabilidade sócioambiental.

Identidade Organizacional definida no Planejamento estratégico 2013

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Colecionador de históriasComo se não bastassem motos e carros antigos, engenheiro mecânico também coleciona aviões

Por andressa Fernandes Fotos: Lucas tannuri

A aproximadamente 5 quilô-metros do centro da cidade, o engenheiro mecânico Mu-

rilo Leonardi, 73 anos, guarda verda-deiras relíquias. Sua coleção reúne 10 aviões, cerca de 15 veículos antigos e umas 300 motocicletas. Detalhe: cada uma das peças remonta a uma parte da história mundial dos últimos dois séculos, com raridades como um BMW de 1956; uma motocicleta de cinco cilindros, com motor dentro da roda, que foi um modelo alemão usado como arma secreta durante a 2ª Guer-ra Mundial; além de aviões antigos de acrobacias.

Leonardi é engenheiro mecânico e

tem especialização em engenharia ae-ronáutica. Foi professor da USP, enge-nheiro do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e trabalhou no Centro

Técnico da Aeronáutica (CTA). Ele con-ta que desde criança era apaixonado por mecânica e tinha uma atração louca por motocicletas, tanto que sua

PaiXÃo

Murilo Leonardi com seu Ryan de 1936: seu primeiro avião

No hangar ele tem outros nove modelos, além dos aeromodelos de pequeno porte dos conhecidos

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primeira, um modelo japonês de 1940, conquistou aos 10 anos. Passou a co-lecionar motos, depois de formado. Antes, no período da faculdade, tem-po em que também dava aulas em Pi-rassununga e São Carlos, viajava com uma moto de 1949, refrigerada a água, com transmissão por eixo cardano e partida na mão. Ela está guardada no barracão como tantas outras.

Sua grande aquisição naquela

época foi uma Ariel 500 cilindradas, com a qual pôde viajar pela região. Com o tempo, elas foram se amonto-ando e hoje estão em três barracões. Murilo diz que todas funcionam, apesar de parecerem abandonadas, bastam apenas reparos “superficiais”. “Vai ter que limpar, abrir o carbura-dor, lixar o platinado, aquelas opera-ções típicas”, detalha o colecionador,

que já viajou para diversos estados brasileiros em busca das possantes, principalmente para a região Norte.

As que ele mais utiliza, porém, estão em sua casa, como a Zundapp de 1951, moto alemã que usa para andar pela cidade. Quando resolve viajar, vai com a Traianf Especial de 950 cilindradas, ano 2001. “Eu nun-ca tive a intenção de fazer nada com minha coleção. Tenho porque gosto.

Cerca de 300 motos em três barracões, com muitas relíquias que contam a história do mundo todo

Relíquia de 1932, usada na guerra pelos alemães. O motor está na roda dianteira

Zundapp de 1951, moto

alemã que ele usa para andar

na cidade

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Ultimamente, me fizeram algumas propostas, inclusive um pessoal da cidade quer fazer um museu e levar estas motos para lá. São coisas que estou pensando ainda”, diz.

GUINADA PARA O ALTO – A pai-xão pelas motocicletas o levou ao encontro de algo ainda mais veloz. Leonardi também gostava de viajar para outras cidades para ver shows de acrobacia de aviões. Acabou tiran-do o brevê em 1966 e passou a voar com aeromodelos de aeroclubes. No entanto, segundo ele mesmo relata, em 1971 perdeu o gosto por tudo, quando, depois de um ano apenas de casado, se separou da esposa. Foi quando o piloto de acrobacias Alberto Bertelli, seu grande amigo, o aconselhou a comprar um avião, um Ryan, modelo STAS. “Ele é de 1936 e era usado em treinamentos da 2ª Guerra Mundial. Na China, eles adaptavam uma metralhadora com emenda nas asas. Mas é um caça leve”, explica o piloto e colecionador. Daí em diante, a vida passou a ser le-vada nas alturas. Ao lado do amigo Bertelli, participou de muitos shows de acrobacia, sendo premiado algu-mas vezes. “Viajamos para Rio Claro, Campinas, Sorocaba, Americana; fui a várias cidades com esse avião. O Bertelli ia com um Biker, um biplano da mesma época. Eram acrobacias simples, tulo, lupin, parafuso, nada igual às acrobacias mais violentas de hoje”, compara.

Como não saía mais do aeroclu-be, passou a dar aulas de instrução de voo. Mas, em 1978, perdeu o gos-to de voar após a morte do amigo Bertelli. Há cerca de 20 anos, resol-veu montar seu próprio aeródromo, onde guarda seus modelos e de seus amigos que também adquiriram ae-ronaves de pequeno porte.

E aos sábados, todos se reúnem para levantar voo. Hoje, Leonardi pi-lota um Triaton, um monoplano projetado na Universidade de Uberlândia por Claudio Pinto de

Barros, falecido em 2012. “É um avião muito bom, baseado em um avião italiano, com motor jabiru 120hp austríaco de seis cilindros. Comporta duas pessoas”, diz.

PaiXÃo

Histórias de aviador

Com tanto tempo envolvido com aviação, Murilo Leonardi acabou colecionando também algumas lendas. Uma delas envolve sua primeira aquisição: o Ryan. Segundo contam, o primeiro dono da aeronave, Anésio do Amaral, que era campeão mundial de acrobacias, foi encontrado morto ao lado do avião. Muitos acreditaram que ele tivesse cometido suicídio. Passado um tempo, a viúva vendeu o avião e, anos depois, o novo dono foi encontrado morto da mesma forma. Então, a polícia descobriu que, assim como o avião, o segundo dono também havia assumido a amante do anterior. Ambos tiveram filhos com esta mulher, que diziam ser belíssima. “Ela confessou que eles prometeram que cuidariam dela e das crianças; como não cumpriram, ela acabou matando os dois.”

O modelo da foto foi compeão

mundial de acrobacias

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Paixão pela FerroviáriaO capitão de 1966, que ajudou a Ferroviária a chegar à elite do futebol paulista, hoje lamenta a situação do time

Por andressa Fernandes Fotos: mateus rigola

A s tentativas frustradas da Fer-roviária de retornar à elite do futebol paulista rendem mui-

tas críticas ao time. Mas poucos têm tanta propriedade para comentar sobre

a Ferroviária, sua história e sua situação atual na série A2 do Campeonato Pau-lista quanto Wanderley Nonato, o Fo-gueira, ex-lateral esquerdo e capitão do time de 1966, que liderou a campanha rumo à primeira divisão do Campeona-to Paulista.

Aquele que suava a camisa em

campo agora vai sempre ao estádio e não perde a oportunidade de assistir aos jogos ao lado dos antigos amigos. Tanta devoção está ligada a uma época em que foi muito feliz defendendo as equipes do interior. Natural de São José do Rio Preto (SP), estreou pelo América, se destacando entre os jogadores du-

história

Fogueira mostra a foto do lance em que impediu o

Rei Pelé de marcar um gol contra a Ferroviária, em

1969. Resultado da partida: Ferroviária 2x1 Santos

O ex-lateral esquerdo

com a camisa do Comercial

de Ribeirão Preto

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rante o Torneio João Mendonça Falcão, da 1ª Divisão, em 1962. Atuou como lateral-direito, zagueiro, volante, mas se firmou mesmo na lateral-esquerda.

O jovem jogador chegou a ser sondado pelo Palmeiras, mas acabou

vindo para a Ferroviária em 1963, com apenas 20 anos, onde ficou oito anos e participou de campeonatos que ren-deram queda e volta à divisão especial. Durante estas temporadas, foi capitão e cobrador oficial de pênaltis.

Emprestado para o Corinthians, disputou nove partidas pelo Timão. De-pois, defendeu a camisa da Portuguesa por dois anos. Encerrou a carreira ines-peradamente, jogando pelo Comercial de Ribeirão Preto. Ele tinha apenas 32

A celebre foto está no Museu do Futebol de Araraquara , onde se veem ainda os jogadores Fernando , Manoel Maria e o finado goleiro da Ferroviária, Carlos Alberto

Fogueira com a equipe da Portuguesa, onde ficou por dois anos

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anos. “Num jogo contra a equipe de Bauru, estourei o joelho numa jogada chamada ‘cama de gato’. O atacante en-trou por baixo e eu caí de cabeça, voltei o corpo e caí em cima do joelho. Esse jo-gador tinha sido mandado embora do Comercial e estava meio bronqueado com o ex-clube. Nessa jogada maldosa, me preparou essa. Mas hoje já esqueci, passou”, recorda.

Depois disso, Fogueira ficou por seis meses como técnico do Comercial, mas decidiu deixar o futebol. Voltou para São José do Rio Preto, onde o irmão já tinha uma óptica, e decidiu investir no mesmo segmento. Como a esposa é natural de Araraquara, voltou para a Morada do Sol, onde montou sua pró-pria óptica e vive muito bem com famí-lia, garante. “Para mim, foi melhor, por-que fui cuidar da minha vida e, graças a Deus, cheguei a atingir meu objetivo. Não me arrependo de nada”, confirma.

Mas ele não excluiu totalmente o futebol de sua vida. De volta a Arara-quara, fez parte de duas diretorias da Ferroviária e, por oito anos, foi comenta-rista esportivo ao lado do radialista José Roberto Fernandes. Hoje comemora o fato de poder ir ao estádio como tor-cedor e extravasar todo o sentimento pelo time do coração.

HONRAR A CAmISA - Perguntado sobre o que o capitão de 1966 diria a respeito da atual equipe da Ferroviária, que luta para voltar à série especial, Fo-gueira dispara: “Eu diria o seguinte: hon-rar a camisa que está vestindo, inde-pendente de qualquer coisa. Porque o

bom profissional, quando entra em campo, não quer saber se a chuteira não é aquela, se o pagamento está atra-sado e se o bicho vai ser x ou y. E união, porque eu fui capitão por cinco anos na Ferroviária e eu cobrava dos meus ami-gos. O capitão tem que ser um jogador com dignidade, força de vontade e mostrar que realmente tem capacida-de, senão a equipe é um barco sem rumo”, finaliza.

Palavra de capitão

“A solução seria a Ferroviária ter um Centro de Treinamento, pois a cada dia treina em um lugar diferente. Tínhamos um estádio, hoje não temos mais, não tem seu vestiário. Tinha até um campo de baixo, onde aconteciam os treinamentos, não tem mais. Essa é a realidade”, avalia Fogueira.Ele diz que se sente decepcionado em ver o time do coração na segundona e garante que as equipes do interior, de um modo geral, foram prejudicadas pela Lei Pelé, pois os jogadores deixaram de ser dos clubes e passaram para as mãos dos empresários. “Não dá tempo de montar um time; a cada três meses muda tudo. Antigamente, uma equipe jogava seis, sete anos junta e existia conjunto. Hoje eles montam em cima da hora e não tem aquela técnica necessária para estar em condições melhores. Estrutura significa ter jogadores seus, que no ano seguinte possa contar, e ver o que está faltando e trazer para preencher e formar um time base. A Ferroviária tinha um time base, que eram os aspirantes, e quando vendia um jogador, o outro já entrava. O time não sentia, porque já vinha naquele mesmo esquema de jogo e treinamento”, afirma.

Os antigos companheiros de AFE em tempos gloriosos

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ENtrEVista Da kaPPa

“Defendo a liberdade e a prática da boa política”Por samara ignácio Fotos: arquivo

N ascido em Taquaritinga em 13 de agosto de 1954 e ara-raquarense de coração, Di-

mas Ramalho, ex-deputado federal e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, fala de sua trajetória de vida, no iní-cio da sua carreira política e da expe-riência como membro do TCE.

Dimas foi eleito pelo PPS depu-tado federal de 2003 a 2007, 2007 a 2011, depois de 2011 a 2015, mas renunciou ao mandato de deputado federal nesta última Legislatura, em 13 de agosto de 2012, para exercer o cargo no TCE.

Antes disso, já havia se licenciado duas vezes do mandato de deputa-do federal para assumir o cargo de secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo.

Dimas Ramalho é casado com Andréa Ramalho e tem dois filhos: Horácio Ramalho Neto e Marcelo Ra-malho. Confira os principais trechos da entrevista:

kappa - Como iniciou a sua tra-

jetória política? Qual foi o estímu-lo para seguir este caminho?

Dimas Ramalho - Tive uma gran-de formação política em toda minha vida. Meu avô foi político e tive tio

O ex-deputado federal e conselheiro do TCE,

Dimas Ramalho

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e primos que também ocuparam cargos políticos. Meu pai, que foi vice-prefeito e depois prefeito, sem-pre discutiu muita política em casa. Quando garoto, eu acompanhava as eleições e todos os movimentos da política municipal e no país. Estudei minha vida toda em escola pública. Fui presidente da Liga Estudantil no colégio. Em São Paulo, ingressei na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Ali foi uma escola profun-da de política. Fui representante de classe, presidente do Centro Acadê-mico XI de Agosto e representante da Congregação dos Alunos. Esse período coincidiu com uma transi-ção entre uma ditadura militar e a retomada da democracia. Presenciei fatos importantes e sabia que estava fazendo parte da história naquele

momento. Participei do culto ecu-mênico em homenagem à memória de Vladimir Herzog, onde estavam presentes Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Helder Câmara, Henry Soebel, o Reverendo Wright e muitos outros. Também estive nas manifestações

contra a morte de Alexandre Vanucci Leme, estudante que hoje empresta seu nome ao Diretório Central dos Estudantes da USP e presenciei a leitura da ‘Carta aos Brasileiros’, pelo professor Goffredo da Silva Telles Jú-nior. Desde o começo de minha vida

acadêmica, fiz parte dos comitês pela anistia. Protestei quando da morte do Manoel Fiel Filho e, em seguida, do Herzog. Sobretudo, eu vi que a ditadura só cairia se nós tivéssemos uma posição forte de engajamento. Eu tinha certeza que a partir daque-le momento eu e o Brasil estávamos mudando.

kappa - O senhor recebeu mui-tas críticas quando deixou a Câma-ra dos Deputados para voltar para o Tribunal de Contas do Estado? O que motivou essa decisão?

Dimas Ramalho - São atividades distintas. Pertenço a uma geração, junto com Marcelo Barbieri, Roberto Massafera e Edinho Silva, que tem lado na política, lutou contra a dita-dura e trabalhou para a democracia.

“Eu vi que a ditadura só cairia se nós tivéssemos

uma posição forte de engajamento”

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ENtrEVista Da kaPPa

Juntos, colocamos Araraquara no ca-minho das grandes conquistas: po-líticas, sociais e administrativas. En-quanto deputado, cumpri mandatos limpos e corretos, apresentei proje-tos e trouxe recursos para os municí-pios. Como conselheiro, tenho traba-lhado para que haja transparência e boa aplicação dos recursos públicos. Encarar novos desafios sempre fez parte da minha vida. Com 30 anos de experiência na vida pública, me sinto preparado e qualificado para ajudar o estado de São Paulo e municípios. Fui eleito por unanimidade pelos de-putados da Assembleia Legislativa para ser membro do maior Tribunal

de Contas do Brasil – isto é um mo-tivo de orgulho e muita responsabi-lidade.

kappa - Como é a experiência

como conselheiro do TCE?Dimas Ramalho - Um conselhei-

ro do TCE fiscaliza todos os gastos públicos dos municípios e do esta-do de São Paulo. Ele tem uma fun-ção extremamente importante. São sete conselheiros que fiscalizam e aprovam, ou não, as prestações de contas, fazem o controle externo da Assembleia Legislativa, do Poder Executivo e Judiciário, Ministério Pú-blico, e todos os órgãos, bem como das pessoas jurídicas que recebem recursos públicos. Além disso, esta-mos entrando em uma fase de con-trole da execução, com visita in loco dos contratos, evitando que se faça o mau gasto do dinheiro público. O Tribunal de Contas está entrando em uma nova fase, com um caráter mais preventivo e informativo. Um dos nossos objetivos é aproximar, cada vez mais, a instituição da sociedade. Para exercer esta função, ser um bom conselheiro e cuidar do combate à corrupção, é fundamental ter a expe-riência que tenho. Votei a favor da Lei de Acesso à Informação e da Lei da Ficha Limpa e, em plenário, defendi o voto aberto no Congresso Nacional. Enfim, vejo que essa carga política que eu trouxe da minha vida estou colocando em prática no tribunal.

kappa - As pessoas estão cada

vez mais descrentes com a políti-ca. Como o senhor avalia esse ce-nário?

Dimas Ramalho - Vejo que há uma descrença com políticos, e não com a política. As mudanças virão e

acontecem através da política. Mui-tas vezes a população se vê indigna-da com maus políticos, práticas de corrupção e denúncias estampadas na mídia. Há muito que se avançar no amadurecimento da democracia. Mas a democracia é princípio para a política e se constrói através do voto. Defendo a liberdade e a prática da boa política.

kappa - O senhor fica no cargo até aposentar-se ou ainda preten-de se candidatar a cargo político novamente?

Dimas Ramalho - Segundo deter-mina a Constituição Federal, no Tribu-nal de Contas, um conselheiro pode permanecer no cargo até 70 anos de idade, quando deverá se aposentar. Pensei, quando criança, em um dia ser candidato a prefeito, ganhar a eleição e fazer um bom governo. Fui estudar fora, me formei, virei promotor de justiça, deputado estadual e deputa-do federal – e, agora, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. No futuro, quem sabe?

kappa - Sente falta dos trabalhos como deputado federal?

Dimas Ramalho - Sinto falta do ambiente em Brasília, que é por onde passam todas as discussões sobre as importantes questões nacionais, e tam-bém dos amigos que lá conheci. Eu que fiz a política real, pela experiência de mais de 20 anos, como deputado fede-ral e estadual, secretário de Estado, líder de partido, e alguém que viveu todos

“A carga política que eu trouxe da minha

vida estou colocando em prática no TCE”

“Pensei, quando criança, em um dia ser candidato a prefeito,

ganhar a eleição e fazer um bom governo”

Dimas, no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

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os grandes momentos políticos dos últimos 25 anos, percebo que o mais importante é saber que o man-dato é transitório, mas a atividade política continua sempre – só que não mais partidária, mas em ‘latu sensu’ – na formulação de políticas públicas e ajudando os municípios e o Estado na aplicação correta dos recursos públicos.

kappa - Para alguém que alcan-çou cargos tão importantes, o que ainda falta?

Dimas Ramalho - Há que se vi-ver a vida. E a vida, existe muito além da vida política partidária. Para mim, uma grande lição é nunca es-quecer as raízes.

No cargo de deputado federal, em sua última legislatura

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saúDE

Os filhos da luaPortadores de albinismo mostram que é possível levar uma vida normal, desde que tomados os devidos cuidados

Por andressa Fernandes Fotos: Lucas tannuri e mateus rigola

O albinismo é um distúrbio congênito caracterizado pela ausência completa ou

parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos, causada pela falta ou defeito de uma enzima responsável pela pro-dução de melanina que protege nos-so corpo dos raios solares. Por isso, os albinos têm a pele sensível, alguns de aparência rosada. Eles também

podem sofrer de transtornos visuais como fotofobia, movimento involun-tário dos olhos ou estrabismo e, em casos mais severos, cegueira. Apesar do risco dessas complicações, quan-do se segue a orientação dos médi-cos, é possível ter uma vida normal.

Chamados de filhos da lua, os al-binos se sentem mais à vontade em ambientes abertos no período notur-no. Porém, segundo relatos de Alex Hilário, 20 anos, e André Luís da Silva, 37, o sol não os impede de desempe-

nhar suas atividades, sejam profissio-nais ou de lazer. “Usando protetor so-lar, posso ir à praia ou andar pelo sol tranquilamente. Uso protetor solar fator 30 ou 50. Minha pele machuca de fazer bolhas somente se eu ficar mais de quatro horas exposto ao sol quente, fora isso, é tranquilo”, confir-ma André, também conhecido como Placa. Ele explica: o apelido veio de um amigo pernambucano que, há duas décadas, quando o viu pela primeira vez, quis fazer um trocadi-

André, conhecido como Placa, disse que frequenta até praia, tranquilamente,

usando protetor solar

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lho com o nome do conjunto Placa Luminosa, da década de 1970. Isso também se explica: André, ou Placa, além de músico de uma banda gos-pel, também é professor de música e toca vários instrumentos. Filho de pai negro e mãe branca, tem descen-dência italiana. Um primo distante, por parte de pai, também era albino.

André é casado e confessa que para ele e a esposa não será proble-ma nenhum se tiveram um bebê al-bino também. “Isso não me assusta. Hoje, não sinto tanto aquela coisa das pessoas ficarem me olhando. Antigamente era diferente. Quando era criança, as pessoas falavam mais”, relata.

NATURALIDADE - Da mesma opinião compartilha Alex. Ele diz que algumas vezes se incomoda com

os olhares diferentes, mas nunca se nega a responder quando pergun-tam, por curiosidade, sobre o albi-

nismo. Ele mesmo pesquisou muito sobre o distúrbio.

Alex vem de uma família negra e

O estudante Alex Hilário, de 20 anos, com a avó Jandira de 67: ele tem mais três irmãos, mas é o único albino

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é o terceiro de quatro irmãos, hoje órfãos com o falecimento recente da mãe. Ele é o único albino e todos mo-ram com a avó. “Quando nasci, mi-nha mãe estranhou, chegou a falar para o médico que não era filho dela, mas minha avó assistiu ao nascimen-to e confirmou. Os dermatologistas disseram que tenho 25% de chances de ter filhos albinos e isso não é pro-blema. Seria até engraçado, porque eles fariam as mesmas perguntas que um dia eu fiz. Também nunca

houve diferença entre mim e meus irmãos, porque minha mãe sempre nos tratou de forma unitária”, admite.

Bem resolvido com a aparência, Alex diz ainda que precisa ser mais cuidadoso com a exposição ao sol, pois nunca se lembra de passar o protetor solar e o resultado é sem-pre ter que remediar com hidratan-te.

“Chega a machucar o couro ca-beludo”, confessa, prometendo se cuidar mais.

Prevenção e cuidados são essenciais

O albinismo é considerado raro, sendo quase impossível prever a sua ocorrência, que pode aumentar e muito quando há casos na família. Por isso, de acordo com o dermatologista Sérgio Delort (CRM-SP 58898), os albinos devem seguir uma série de cuidados quando forem se expor ao sol, pois a pele não bronzeia como as demais, pelo contrário, ela sofre queimaduras sérias. “Principalmente os cânceres de pele são muito mais incidentes nessa população. É preciso ter compreensão da prevenção; aplicar protetor social e cobrir a pele com roupas, usar óculos escuros com proteção contra raios ultravioletas e evitar os horários de sol mais forte. E é muito importante a visita regular ao médico na procura de algum tumor que seja precoce. Estes pacientes podem ter um tumor numa faixa etária muito menor do que habitualmente diagnosticamos”, explica Delort, acrescentando que existem graus de albinismo. Existem, por exemplo, pessoas que desenvolvem o albinismo ocular, sendo uma versão menos severa do distúrbio, afetando somente os olhos. Nestes casos, a cor da íris pode ser azul, verde ou castanho-claro e a visão tende a ficar comprometida, pela falta de melanina. O especialista deixa claro que há como fazer aconselhamento genético para prever se filhos de albinos também o serão, porém, não há muitas formas de se evitar. “Toda doença genética tem o aconselhamento genético. Você tem a proporção de filhos que podem ter a doença ou não, mas não tem como selecionar”, diz.

O dermatologista Sergio Delort alerta

sobre a necessidade de prevenção contra

o câncer de pele

saúDE

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PErsoNagEm Da kaPPaLeonilde mukoyama

Tia Leo proporciona arte e cultura aos moradores de rua

Por Patricia Piacentini Foto: Fabiano Vagner

H á cinco anos, Leonilde Mukoya-ma, conhecida como tia Leo, ministra oficinas de artesana-

to e teatro à população de rua. Ela é apaixonada pelo trabalho, que é uma verdadeira terapia para seus alunos. As aulas, que antes eram ministradas nas instalações da Casa Transitória, agora acontecem no Centro Pop Paulo Rai-mundo Lima.

Quando passou no concurso, tia Leo começou a trabalhar na recepção da Casa Transitória. Como era artesã, ela fazia alguns trabalhos nas horas livres e os atendidos começaram a se interes-sar. “Até que montamos um presépio com material reciclado. Depois disso, o gerente de programas viu que eles co-meçaram a se mobilizar e me convidou

para ministrar as oficinas”, relembra ela. “Quando fui trabalhar na Casa Tran-

sitória fiquei receosa no início, mas em dois dias já estava ambientada. Acho que porque sou a mais velha, virei uma mãezona”, destaca ela, que acaba co-nhecendo a história de vida de cada um de seus alunos, a maioria homens, com idade entre 30 e 50 anos. Alguns estão nas aulas há dois meses e outros há dois anos.

Tia Leo ministra técnicas de artesa-nato diversas como pintura em caixas, tapeçaria e arte com bagaço de cana, além de aulas de teatro. “Cada um tem uma dificuldade e, com o convívio, con-sigo identificar o que a pessoa pode fa-zer de melhor. Mas o que eles gostam muito é o teatro”, diz ela, salientando que seus alunos já participaram de apresentações no Teatro Municipal e até em São Paulo.

Além de ser um passatempo e pro-porcionar a socialização entre os mora-dores de rua, tia Leo também identifica talentos. “Muitos alunos passam a fazer artesanato para vender”, orgulha-se ela.

PRECONCEITO – A artesã observa que há muito preconceito com a popu-lação de rua. “A maior dificuldade deles é a reinserção no mercado de trabalho. A Prefeitura oferece cursos profissiona-lizantes, mas muitos deles são analfabe-tos funcionais”, analisa ela que, além de cursar Pedagogia, pretende fazer uma especialização na área de Educação de Jovens e Adultos.

Outro ponto que prejudica essas pessoas é relacionar moradores de rua com o uso de crack. “Criou-se a ideia de que todo morador de rua usa crack. Muitos usuários de crack estão nas ruas por problemas familiares”, finaliza.

Arte e carinho

Tia Leo ministra oficinas de artesanato e teatro para moradores da Casa Transitória

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saúDE Da muLhEr

Pilates: corpo e mente em equilíbrioO método garante definição muscular, bem-estar e alinhamento corporal

Por samara ignácio Fotos : Lucas tannuri

O pilates vem conquistando cada vez mais os frequen-tadores de academias e es-

túdios especializados. E são muitos os motivos que levam as mulheres a praticarem o pilates. O método é indicado para alívio de tensão pré--menstrual (TPM), de dores nas cos-tas, principalmente de gestantes; para quem quer ganhar tônus mus-cular, para tratamento para inconti-nência urinária, enfim, promove qua-lidade de vida em todas as idades, inclusive crianças, nos mais variados tipos físicos e para várias doenças.

São mais de 600 exercícios basea-dos na yoga, kung fu, nos movimen-tos dos animais, balé e até ginástica olímpica, que promovem fortaleci-mento, equilíbrio e flexibilidade para a necessidade de cada paciente. Os efeitos estéticos são de fortaleci-mento, garantindo mais tônus mus-cular e até reduzindo medidas, mas o mais importante é que promove condicionamento físico e mental, correção postural, melhora na coor-denação motora, auxiliando no equi-líbrio do corpo e da mente. “A pro-gramação depende muito do perfil e das necessidades de cada paciente, para adequarmos cada movimento às limitações”, conta a fisioterapeu-ta Fernanda Natulini Costa, 32 anos, praticante e professora de pilates.

Ela revela que a modalidade é uma importante ferramenta na rea-bilitação e, muitas vezes, é indicada pelos próprios médicos. “Tivemos casos de redução de colesterol, pa-cientes com dores lombares que já haviam tentado de tudo e encontra-ram a solução na técnica. Cheguei a ter paciente que utilizavam morfina contra dores e que o pilates foi um

A fisioterapeuta Fernanda Natulini Costa, 32 anos, praticante e professora de pilates

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aliado importante para a saúde”, re-vela a fisioterapeuta que, em breve, dará aulas de uma modalidade ainda mais avançada, o pilates aéreo.

Entre os iniciantes, os movimen-tos começam de forma simples e vão acentuando de acordo com a evolu-ção do paciente.

BENEFÍCIOS - João Vitor Vitorino, também fisioterapeuta, conta que em mulheres com TPM o pilates au-xilia na redução da tensão cervical, responsável por dores de cabeça e enxaquecas. E como o exercício uti-liza o peso do próprio corpo, não há

riscos de lesões ou impactos. “É ideal para idosos na recuperação e para melhoria da qualidade de vida”, afir-ma. “E mulheres com incontinência urinária também têm benefícios com os exercícios.”

A técnica também pode ser uma aliada na recuperação pós-parto. “Trabalhamos o fortalecimento do

assoalho pélvico e dos músculos do abdome, além de garantir condicio-namento”, explica. Ele ressalta, po-rém, que quem espera perda de peso, como em uma atividade aeró-bica, não é este o objetivo. “O ideal é aliar com outra atividade quando o objetivo é perder peso. Mas, em 10 sessões ou no máximo dois meses, o

Pilates oferece mais de 600 movimentos dos mais simples aos mais avaçados

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saúDE Da muLhEr

paciente já começa sentir benefícios de equilíbrio corporal e alívio de do-res”, revela. Já para as grávidas, que perdem o centro de gravidade, o pi-lates é um ótimo aliado para reduzir dores nas costas e para fortalecer a musculatura. Mas ambos fisiotera-peutas são unânimes em dizer que pilates deve ser orientado por um profissional capacitado, sendo edu-cador físico ou fisioterapeuta.

O que o pilates trabalha?

respiração: Sempre coordenada com o exercício. A expiração é sempre forçada, enquanto a inspiração é o mais natural possível. O trabalho respiratório é fundamental, utilizando a musculatura profunda do abdome e assoalho pélvico. A respiração adequada favorece a organização do tronco e promove relaxamento dos ombros e pescoço. Centro (Power Hause): É ativado independente do exercício executado, esses músculos sempre serão trabalhados, como o assoalho pélvico, eretores profundos da coluna, flexores e extensores do quadril promovendo equilíbrio. Concentração: Os exercícios são realizados com o pensamento em cada movimento, sentindo o corpo e utilizando a mente como guia.

Fernanda Natulini Costa: fortalecimento, equilíbrio e

flexibilidade com o pilates

João Vitor Vitorino, fisioterapeuta: “Pilates auxilia na redução da tensão cervical, responsável por dores de cabeça e enxaquecas”

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LitEratura

Biblioteca é destaque em guia nacional por suas obras rarasA cidade está entre as 33 de todo o estado de São Paulo com coleção de obras raras

A Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade foi des-taque nacional na última

publicação do Guia do Patrimônio Bibliográfico Nacional de Acervo Raro, da Biblioteca Nacional. A ci-dade está entre as 33 de todo o es-tado de São Paulo com coleção de obras raras, o que deixa o município à frente de mais de 600 municípios.

O que determinou a inserção no catálogo de obras raras, segundo

Célia Regina Longobardo, gerente da Biblioteca, foi a coleção particu-lar do linguista araraquarense Pio Lourenço Correa, que hoje pertence à biblioteca. “Além dos livros, a bi-blioteca municipal possui também alguns móveis de uso pessoal do Pio e outras duas coleções particulares, dos autores Lafayette Carvalho de Toledo e de Dorival Alves. Para nós, é um orgulho estar presente neste guia, pois mostra a qualidade do

acervo que possuímos e coloca Ara-raquara em destaque neste quesito”, comenta.

A biblioteca foi criada em 1942 com o incentivo de seu patrono, o escritor Mário de Andrade, que in-termediou a construção junto ao prefeito da época e ajudou na com-posição do acervo doando 600 li-vros de sua coleção particular. Hoje, a Biblioteca Municipal conta com mais de 55 mil livros no acervo.

O que determinou a inserção no catálogo foi a coleção particular do linguista araraquarense Pio Lourenço Correa

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Nota

Cinema em Série apresenta Especial Mulheres Filmes serão exibidos toda segunda-feira à noite, na Casa da Cultura

P ara o mês de março, a Secre-taria Municipal da Cultura e a Fundart – com o apoio da

Best Vídeo - elaboraram uma pro-gramação especial do Cinema em Série, projeto que está de volta, em homenagem ao dia das mulheres.

Os filmes serão exibidos todas as segundas-feiras do mês, sem-

pre às 20 horas, na Casa da Cultu-ra Luiz Antônio Martinez Corrêa, na Sala Jean-Paul Sartre. O pri-meiro foi “Gata em Teto de Zinco Quente” abre o programa no dia 04. O filme foi baseado na obra do famoso dramaturgo Tennessee Williams, com direção de Richard Brooks, em 1958.

PROGRAmAÇÃO DO mÊS - A programação do Cinema em Série “Especial Mulheres” terá continui-dade com “Quanto Mais Quente Melhor”, no dia 11; “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?”, no dia 18, e “O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain”, no dia 25. Toda a programação é gratuita.

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sétima artE

Cinéfilos de Araraquara produzem quarto filmeGrupo amador divide o tempo do trabalho com o dia a dia das filmagens

Por samara ignácio Fotos: Lucas tannuri

Amadores em busca do pro-fissional. Amantes do ci-nema contando a própria

história. Assim tem sido formado o grupo de cineastas de Araraquara que em dois anos já está no quarto curta-metragem produzido. O pri-meiro filme Sartre no Jogo, Pelé no Amor foi apresentado no 23º festival Internacional de Curtas de São Paulo, no ano passado. Mas ainda há muito para crescer. Eles precisam de patro-cinadores, mas o que não falta é von-tade de fazer.

O novo projeto, Cartas à Antiga, será um romance com cerca de 30 minutos. Apesar de não haver refe-rências a Araraquara, algumas cenas foram gravadas na banheira da Chá-cara Sapucaia, a Chácara Saffioti, que reúne documentos e peças históricas de Araraquara, além de artesanatos que representam personagens do livro Macunaíma, de Mário de Andra-de, escrito no local. E por mais estra-nho que pareça, a ideia do roteiro do

analista de sistema Marcelo Tanisho, 28, também diretor do filme, surgiu ao ver a saga Crepúsculo. “É uma his-tória clichê, mas vista de uma forma diferente, em cinema mudo, mas em cores, unindo o antigo e o novo”, re-vela. Para se ter uma ideia da delica-deza da nova história, há cenas e re-ferências a diversos filmes de Charles Chaplin, como Tempos Modernos e O Garoto.

O grupo nasceu após uma oficina

do Serviço Social do Comércio (Sesc). Durante as aulas, em apenas três se-manas, os cerca de 20 participantes produziram o curta Sartre no Jogo, Pelé no Amor. O filme conta a histó-ria de um casal que viaja para Arara-quara, no interior de São Paulo, para assistir à palestra de Jean-Paul Sar-tre. No mesmo dia, 4 de setembro de 1960, o Santos do jovem Pelé joga-ria uma partida contra um dos times mais fortes do interior, a Ferroviária.

Os cinéfilos André Cremonesi, Sullivan Kazuhiro e Marcelo Tanisho

Bastidores de Sartre no Jogo, Pelé no Amor apresentado no 23º Festival Internacional de Curtas de São Paulo

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RIQUEZA DE DETALHES - André Cremonesi, 31, também analista de sistema, foi um dos figurantes do primeiro filme e não participou do curso no Sesc, mas gostou tanto da ideia que resolveu juntar-se ao gru-po. No novo projeto, está como pro-dutor. E teve que buscar elementos semelhantes aos filmes de Charles Chaplin.

“Cada cena é muito pensada. Consegui um menino muito seme-lhante ao ator de O Garoto, perso-nagem de um dos clássicos. Tam-bém conseguimos o uniforme de um carteiro, o pessoal dos Correios disse quem nem a Globo utiliza o oficial, apenas camiseta amarela e calça azul, mas a riqueza está nos de-talhes”. O cineasta amador também participa como ator.

“Sempre quis aparecer”, brinca.

Sullivan Kazuhiro, 34, também analista de sistema, cuida de regis-trar os bastidores das gravações.

“O Marcelo sabe muito sobre ci-nema e o segundo filme prendeu

muito a minha atenção, então quis participar. O próximo filme será mui-to bonito e algo muito diferente, re-almente bem elaborado”, finaliza o também cinéfilo.

Cena de Cartas à Antiga gravada na banheira da Chácara Sapucaia

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Produção independenteLuciano Salles trabalha na produção de sua segunda HQ

Por andressa Fernandes Fotos: Lucas tannuri

N ada como poder viver da própria arte. Algo difícil, mas possível. É o caso de Luciano

Salles, conhecido como Pirica, 38, ilus-trador de Araraquara, que conta com trabalhos, inclusive que rodam o mun-do por meio de projetos internacionais.

Atualmente, ele trabalha em sua segunda HQ (história em quadrinhos) e diz que não tem editora desde o pri-meiro, lançado em 2012, porque prefe-re fazer tudo à sua maneira. “Claro que vou ter que custear a impressão, mas esse investimento consigo recuperar com as vendas”, diz nosso personagem.

Ele explica que tem a ideia, produz o roteiro, revisa e então começa a de-senhar quadro a quadro. Essa próxima

história é ambientada no ano de 2.177 e tem como ponto central a individu-alização das pessoas e, como conse-quência, o fim do acaso, tendo a tec-nologia como principal motivo desse distanciamento humano. “Houve um ajeitamento das placas tectônicas e a Euro/Ásia sumiu, afundou. Então, houve um realojamento de toda a Eu-ropa, de toda a Ásia para o resto dos países. E isso mudou todo o jeito de ser do planeta. Por exemplo, no nos-so caso, a França veio alocada para o Brasil. É um ajustamento geopolítico”, relata, adiantando o enredo.

Mas como toda boa história tem um porém, Juliette Manon, a heroína de 15 anos, irá salvar o planeta corrom-pido pelo descaso humano, gerando o quarto vivente. E este é o nome da nova história em quadrinhos, O Quarto

O ilustrador Luciano Salles trabalha em seu segundo HQ, O Quarto Vivente

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Vivente, que deve ter 35 páginas.Luciano diz que pretende imprimi-

-lo até junho, mas visa na verdade lan-çá-lo em novembro no 3º Festival Inter-nacional de Quadrinhos (FIQ) de Belo Horizonte (MG). Porém, não descarta o lançamento do trabalho em Araraqua-ra e região, contando com o apoio do Sesc, um velho parceiro que sempre faz exposição de seus trabalhos.

O que mais conta a seu favor, se-gundo o próprio ilustrador, é que o pú-blico de HQ é fiel e tem muitos contatos via internet, por isso a venda de seus trabalhos acontece quase toda de ma-neira on-line, por meio do http://dimen-saolimbo.com

COmO TUDO COmEÇOU – A inti-midade com papel e lápis começou quase que junto com o aprender a falar

e andar para Salles. Desde jovem faz ilustrações, fazendo trabalhos diversos para editoras de renome, como a Abril e a Companhia das Letras. Sua primeira HQ foi lançada em ju-nho do ano passado, com o nome de Luzcia, a Dona do Boteco. Ele ex-plica: “É uma senhora que tem uma artrite generalizada muito forte e é dona de um boteco. Para bancar os remédios caros, usa de meios não muito convencionais”. Luciano fala que fez a história bem rápido, com apenas 12 páginas, para divulgar o seu trabalho. Im-primiu 100 números e vendeu to-dos. Por isso, vai aproveitar a im-pressão do segundo trabalho e reeditar A Dona do Boteco. Tudo vai para a FIQ e estará no site, basta acompanhar e boa diversão.

Uma das ilustrações da nova HQ de Luciano Salles

Luzcia, a Dona do Boteco, personagem central de sua primeira história em quadrinhos

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culturalkappa

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ção

Grito Rock: festival itinerante segue até dia 10 de marçoFestival ocorre simultaneamente em 300 cidades de 30 países

O festival integrado Grito Rock acontece até dia 10 de março em Arara-

quara, com diversas atividades e apresentações artísticas. O evento mundial, idealizado pelo Fora do Eixo, com produção do Colmeia Cultural, está na sua décima pri-meira edição, conectando 300 ci-dades de 30 países.

O Grito Rock Araraquara, ao longo de sua trajetória, desenvol-veu a característica de um festival itinerante, ocorrendo em diversos locais da cidade, abrangendo assim públicos de idades, classes sociais e estilos diferentes. Os espaços onde acontece a programação na cidade

são Espaço Cultural Cia. Burucutu, Bar do Zinho (Praça das Bandeiras), Arte & Bola Café, Casa da Cultura Luiz Antônio Martinez Corrêa, Es-paço Grapevine, Opus Music Mania, Teatro Wallace Leal Valentin Rodri-gues e Espaço A Laje.

Dentro da programação do Grito Rock a palavra-chave é di-versidade. Além das apresenta-ções musicais, várias campanhas trazem atividades que vão da formação à conscientização. As apresentações musicais trazem na curadoria estilos diversos e as campanhas de integração das ar-tes englobam atrações de artes cênicas, cinema, literatura e artes

visuais, e uma novidade de 2013 é o Gritinho, programação volta-da para crianças e adolescentes. Outra ação importante do Grito Rock Araraquara 2013 é o “Traga sua Caneca”, campanha que tem como objetivo diminuir a produ-ção de lixo descartável, propondo uma alternativa sustentável.

A programação completa pode ser acessada no portalk3.com.br ou no site oficial do evento (www.gri-torock.colmeiacultural.com.br) ou pela página no Facebook:www.fa-cebook.com/GritoRockAraraquara.

O evento tem o apoio da Secre-taria Municipal da Cultura e da Fun-dart.

Grupo Embalanço, uma da atrações do evento: palavra-chave é diversidade

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cuLtura

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Cine

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MOVIECOMCirque du Soleil, Outros mundos – 3DGênero Fantasia. Duração: 94 minutosUm jovem casal é separado e precisa enfrentar uma jornada pelo mundo fantasioso e impactante do Cirque du Soleil, o circo acrobático mais famoso do mundo, para poder se encontrar novamente. Livre. Sala 4, às 17h10.

SESCFilmes cálidos de terras gélidasOs irmãos Mika e Aki Kaurismaki vêm projetando o seu país de origem, a Finlândia, em todo o mundo, por meio de obras que têm no humano o seu principal enfoque. O Sesc Araraquara apresenta filmes recentes dos dois cineastas, oferecendo ao público a oportunidade de vislumbrar uma cinematografia europeia diversa de outras mais conhecidas no Brasil, como a francesa, a espanhola e a italiana, por exemplo.Terças, 20h, teatro, grátisRetirada de ingressos uma hora antes da sessão.

Praça dO daaE - ChOrO daS ÁguaS Às 18h, show musical: DS & Cia (dia 10), Lucia Reino (dia 17), Manu Cavalaro (dia 24) e Juliana Bloes (dia 31).Toda a programação é gratuita.Programação artística e cultural realizada na Praça do Daae, pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Cultura – Fundart e Daae, e com o apoio da Caixa Econômica Federal.Apresentações musicais, performances, atividades recreativas, artesanato e alimentos marcam a programação da abertura, a partir das 16 horas.

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socialkappa Por

Antonietamagalhães

Fotos: Fabiano Vagner e Márcia Belotti

Bella ConstanciaConvidadas brindaram a reinauguração da loja Bella Constancia, na Rua João Vergara Gonzales, 168, próximo ao Harmonia. Bom gosto indiscutível!

Ana Flavia Constâncio e Karu Piovan

Lena Fortes

Joyce e Laura BorgesHeloisa Panegocci, Fabiane Sanches e Viviane Savegnago

Angélica A. G. P. de Cordis

Juliana, Fátima e

Ana Paula Constâncio

Talita Cristina Melhado

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Ana Paula Sampaio e Ana Letícia Parisi

Bruna Michellutti

Luciane Cristina Barreto

Mariana Dall’Acqua

Seno

Marluci Oliveira

Paula, Alaíde e Gabriela Zampiero

Natália Rodrigues

e Rúbia Michellutti

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Mário Guimarães

SépiaGente bonita e de bom gosto se reuniu na Sépia para apreciar as belíssimas peças da nova coleção.

Eliana Bonini

Maria José e Fernanda Serafim

Telma Somenzari Malheiro

Angela Camargo Buainain

Yamê Bonini e Harri Pekkanen

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Outlet LingerieMais uma vez, a Outlet arrasou com as peças da nova coleção, apresentadas em coquetel. Quem foi aprovou!

Américo Lopes

Juliana Lupo

Juliana B. Herszkowicz

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São FranciscoSão Francisco Saúde inaugurou sua sala comercial com a presença de autoridades locais e diretoria do plano.

Valeria Piovesan Moreira, Maria do Carmo Spera e Simone Cardamoni

Luci Micali, Raquel Vieira, Mirinda Oliveira e Raquel Campilho

Carlos Prebelli e Nilton Ferreira Lício Cintra

socialkappa PorMárcia

[email protected]

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Preview de coleção!A Régia Calçados apresentou sua nova coleção em sapatos femininos e bolsas. Um item mais lindo do que o outro.

Milena Soarde dos Santos, Manuela e Leonor

Maria Ana Caetano

Mariane Luiz e Natalia Affonso

Juliana Pacheiro e Carlos

Alexandre Ferreira

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sociaL

Bella DançaChega um novo estúdio de balé em Araraquara: a Bella Dança, com um lindo trabalho em balé clássico, jazz e dança contemporânea.

ChocolateA Chocolataria Gramado apresenta suas delícias para a Páscoa 2013. Irresistíveis!

Vagner Andrade e Isabella Andrade

Alinie Ignácio de Godoy, Cristiane Regina Mariano Alves e Bruna Cristina Campos Joiozo

Wine BarAos apreciadores de vinho, o Empório Basílico agora tem seu Wine Bar, que abre de quinta e sexta até 23 horas, e happy hour aos sábados.

Nelson Barrancos, José Eduardo De Lorenzo e Rodrigo Carvalho

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