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KAMILA CASTELLO BARUCKE SIQUEIRA
CIRURGIA ORTOGNÁTICA E DTM: REVISÃO DE LITERATURA
NOVA FRIBURGO
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO
Faculdade de Odontologia
S618c Siqueira, Kamila Castello Barucke .
Cirurgia ortognática e DTM: revisão de literatura. / Kamila Castello Barucke
Siqueira ; Prof. Dr Nicolas Homsi, orientador. -- Nova Friburgo, RJ: [s.n.], 2015.
31f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –
Universidade Federal Fluminense, Campus Nova Friburgo, 2015.
1. Cirurgia. 2. Cirurgia ortognática. 3. Disfunção temporomandibular. I.
Homsi, Nicolas, Orientador. II. Título
CDD M617.5
KAMILA CASTELLO BARUCKE SIQUEIRA
CIRURGIA ORTOGNÁTICA E DTM: REVISÃO DE LITERATURA
Orientador: Prof. Dr. Nicolas Homsi
NOVA FRIBURGO
2015
Monografia apresentado à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense/ Campus Universitário de Nova Friburgo como Trabalho de Conclusão do Curso de graduação em Odontologia.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO
Faculdade de Odontologia
KAMILA CASTELLO BARUCKE SIQUEIRA
CIRURGIA ORTOGNÁTICA E DTM - REVISÃO DE LITERATURA.
Aprovada em: / / 2015
Banca Examinadora
Prof. Dr. _________________________________________________________
Instituição: ______________________________Assinatura:________________
Prof. Dr. _________________________________________________________
Instituição: ______________________________Assinatura:________________
Prof. Dr. _________________________________________________________
Instituição: ______________________________Assinatura:________________
NOVA FRIBURGO
2015
Monografia apresentado à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense/ Campus Universitário de Nova Friburgo como Trabalho de Conclusão do Curso de graduação em Odontologia.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me deu força para continuar e
oportunidade de realizar esse sonho, aos meus pais que com muito esforço
conseguiram me dar a melhor educação e também fazem parte desse sonho!
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, que me permitiu chegar até aqui. Aos
meus pais Iara e Elias Ricardo e meus irmãos Diego e Isabel, ao meu
orientador Prof. Dr. Nicolas Homsi e ao meu Co-orientador Marcelo
Gomes, que com paciência e sabedoria me auxiliaram na construção
deste trabalho.
RESUMO
Muitas pessoas sofrem com a disfunção temporomandibular (DTM), sua
etiologia é indefinida e possui caráter auto-limitante. A utilização inicial de terapias
não-invasivas e reversíveis para os pacientes que sofrem de DTM possui altíssima
eficácia. Alguns estudos relatam o controle de sinais e sintomas em mais de 90%
dos pacientes que receberam tratamentos preservadores. Com relação às cirurgias
de articulação temporomandibular (ATM), é possível afirmar que são necessárias em
alguns poucos casos específicos, tais como anquilose, fraturas e determinados
distúrbios congênitos ou de desenvolvimento. Excepcionalmente, são aplicáveis
para complementar o tratamento em transtornos internos da articulação
temporomandibular. O objetivo desse trabalho foi realizar um estudo sobre os
possíveis preditores clínicos de DTM em pacientes que receberam tratamento
combinado de ortodontia e cirurgia ortognática. Para tanto, realizou-se uma revisão
de literatura sobre o tema, com busca bibliográfica nas bases Portal Capes e
Pubmed. Concluiu-se com base na pesquisa que ainda que haja relatos de melhora
de sinais e sintomas da DTM após a cirurgia ortognática, a cirurgia ortognática não
deve ser defendida exclusivamente para o tratamento de DTM.
Palavras chave: ATM, DTM, cirurgia ortognática, disfunção
temporomandibular.
ABSTRACT
Many people suffer from temporomandibular disorders (TMD), its etiology is
undefined and has self-limiting character. The initial use of reversible and non-
invasive therapies to patients suffering from DTM has high efficacy. Some studies
report control of signs and symptoms in more than 90% of the patients receiving
treatments preservatives. With respect to temporomandibular joint surgery (TMJ), it
can say that are required in a few specific cases, such as ankylosis, fractures and
certain congenital or developmental disorders. Exceptionally, are applicable to
complement the treatment of internal disorders of the temporomandibular joint. The
aim of this study was to conduct a study on the possible clinical predictors of TMD in
patients who received treatment for orthodontic and orthognathic surgery. To this
end, we carried out a literature review on the topic, bibliographic search with the
bases Portal Capes and Pubmed. It was concluded based on research that although
there are reports of improvement of signs and symptoms of TMD after orthognathic
surgery, orthognathic surgery should not be held solely for the treatment of TMD.
Keywords: ATM, DTM, orthognathic surgery, temporomandibular dysfunction.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................8
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................10
3 MATERIAIS MÉTODOS....................................,......................................21
4 DISCUSSÃO..............................................................................................22
5 CONCLUSÃO............................................................................................24
REFERÊNCIAS...............................................................................................25
1 INTRODUÇÃO
A Odontologia tem apresentado grande desenvolvimento científico nos
últimos anos, visando à promoção de saúde do paciente e proporcionando meios de
diagnóstico, prevenção e tratamento de forma mais efetiva com a priorização de
estudos e conhecimento. No tratamento da Disfunção Temporomandibular, o
objetivo é controlar a dor, recuperar a função do aparelho mastigatório, reeducar o
paciente e amenizar cargas adversas que perpetuam o problema. Os avanços
científicos nessa área de conhecimento exigem dos profissionais constante
atualização. Terapias inadequadas podem gerar iatrogenias, permitir a cronificação
da dor, além de induzir o paciente a acreditar, equivocadamente, que sua patologia
deveria ser tratada por profissional de outra especialidade. A etiologia indefinida, o
caráter auto-limitante e a altíssima eficácia recomendam a utilização inicial de
terapias não-invasivas e reversíveis para os pacientes que sofrem de DTM. Alguns
estudos relatam o controle de sinais e sintomas em mais de 90% dos pacientes que
receberam tratamentos preservadores. Educação do paciente, automanejo,
intervenção comportamental, utilização de fármacos, placas interoclusais, terapias
físicas, treinamento postural e exercícios compõem a lista de opções aplicáveis a
quase todos os casos de DTM (DE LAAT 2003, MICHELOTTI2004,
NICOLAKIS2002, SCHIFFMAN2001, YUASA 2007). A prática da Odontologia
Baseada em Evidência (OBE) não ampara a prescrição de técnicas que promovem
mudanças oclusais complexas e irreversíveis, como o ajuste oclusal por desgaste
seletivo, terapia ortodôntica, ortopedia funcional, cirurgia ortognática ou técnicas de
reabilitação oral protética no tratamento da disfunção temporomandibular(KOH et al.
2004). Com relação às cirurgias de ATM, é possível afirmar que são necessárias em
alguns poucos casos específicos, tais como anquilose, fraturas e determinados
distúrbios congênitos ou de desenvolvimento. Excepcionalmente são aplicáveis para
complementar o tratamento em transtornos internos da ATM (LEEUW et al. 2010).
A cirurgia ortognática trata da correção cirúrgica das deformidades dentofaciais e a
sua importância encontra-se não só na correção da oclusão, mas também da
estética facial. Quando o crescimento dos ossos da face se dá fora dos padrões
ideais anatômicos, até certo limite, pode ser corrigido pelo ortodontista (até
aproximadamente os dezesseis anos de idade). Em adultos, que consequentemente
não apresentam mais crescimento ósseo facial, usa-se a alternativa, em casos
9
indicados, de reposicionar os ossos da face cirurgicamente. A cirurgia ortognática
está indicada para pacientes com desarmonias esqueléticas e dentárias, cuja
solução não pode ser propiciada apenas pelo tratamento ortodôntico, pois há um
excesso ou falta de crescimento das bases ósseas da face. A cirurgia é indicada
para pacientes com retrognatismo ou prognatismo mandibular, que consistem,
respectivamente, na retrusão ou protrusão da mandíbula. Outros pacientes podem
apresentar também problemas de crescimento na maxila ou até associados na
maxila e mandíbula (BUESCHERet al. 2007. Para a decisão entre tratamento
ortodôntico corretivo ou cirurgia ortognática (que necessita de preparo ortodôntico
prévio e posterior), avalia-se o crescimento ósseo facial através de diversas análises
cefalométricas (medidas da face e crânio). Dependendo dos valores obtidos pode-se
optar por um ou outro tipo de tratamento, cada um com suas vantagens e
desvantagens. Atualmente, a análise facial é o exame mais importante na avaliação
do paciente candidato a cirurgia ortognática.
Recentemente, muitas das teorias sobre o desenvolvimento das DTMs têm
sido questionadas. Autores afirmam que a oclusão dentária anormal tende a ocorrer
igualmente em pessoas com e sem sintomas de DTM (DWORKIN et al.
1990,MCNAMARA et al. 1995); outros assumem que a oclusão normal não melhora,
necessariamente, os sinais e sintomas desta disfunção(AL-ANI et al. 2004,KOH et
al. 2004). Neste sentido, alguns estudos têm verificado o impacto do tratamento
ortodôntico-cirúrgico das deformidades dentofaciais na modificação dos sinais e
sintomas de DTM (AOYAMA et al. 2005,PANULA et al. 2000).
Sendo assim, o objetivo desse trabalho é realizar uma revisão de literatura
sobre DTM e cirurgia ortognática para se obter resultados sobre a relação entre
ambas.
9
2 REVISÃO DE LITERATURA
De Clercq et al. (1996) sugeriram que parafunções podem produzir
compressão que é capaz de iniciar reabsorção condilar ou aumentar a reabsorção
causada por outros fatores que iniciam este processo. Quanto a parafunções que
dão origem a tensões mecânicas na ATM, estas têm sido relatadas, com auxílio da
eletromiografia, onde uma maior carga mecânica está presente na ATM no lado de
equilíbrio; através da utilização de artroscopia, uma relação também foi descoberta
entre parafunções como o bruxismo e apertamento e a ocorrência de osteoartrite.
No que diz respeito à relação entre a mudança óssea da cabeça da
mandíbula e os sinais e sintomas de disfunção da ATM, (HATCHERet al. 1997)
sugeriram alterações contínuas dos tecidos da ATM duros e moles. O estudo relatou
que os sinais e sintomas clínicos podem diminuir a um nível equivalente às vividas
antes, apesar de uma progressão de alterações teciduais. O presente estudo
examinou pacientes com disfunção da ATM e hábitos parafuncionais e mostrou altos
índices de ruídos na ATM, mas as taxas de sinais agudos e sintomas (dor na ATM e
dificuldade em abertura de boca) não foram tão elevados. Isso pode ser causado
pela redução dos sinais e sintomas com alterações no tecido da ATM duro e mole,
porque queixa principal do paciente era a deformidade maxilar e não sintomas
agudos de distúrbios da ATM.
Yamada et al. (2001) descobriram que o carregamento da ATM em excesso
pode levar a degradação de proteoglicanos, alterações na membrana sinovial,
inflamação, e alterações no fluido sinovial que pode levar prejuízo da lubrificação e
a nutrição dos condrócitos; em última análise, tal estresse pode resultar na
degradação da cartilagem. O presente estudo mostrou que o bruxismo e
apertamento estão relacionados com alterações ósseas condilares e deslocamento
de disco, o que sugere que o carregamento da ATM pode estar relacionado com
patologias da ATM. O presente estudo mostrou que o grupo com 3 ou mais hábitos
parafuncionais exibiram uma elevada taxa de mudança ósseo condilar e
deslocamento do disco, o que sugere que o aumento no número de hábitos orais
pode estar relacionada com a patologia da ATM.A melhoria mais acentuada neste
estudo foi encontrada na freqüência de dor de cabeça. Uma redução significativa
também foi observada em sinais e sintomas de DTM. Isso se deveu, principalmente,
à redução da dor articular à palpação e menos crepitação nas articulações,
10
enquanto o clique aumentou ligeiramente. Os sintomas reduzidos nas articulações
temporomandibulares e a redução da sensibilidade a palpação muscular contribuiu
significativamente para uma melhoria nos índices de Helkimo e Índices de Disfunção
(Ai, Di) e, quando em comparação com a fase inicial e ao grupo de controle. A
sensibilidade muscular reduzida que inicialmente era ligeiramente superior no grupo
de dor de cabeça e o padrão alterado funcional dos músculos, bem como a oclusão
estável, pode ter contribuído para a melhoria considerável na dor de cabeça. Efeitos
benéficos semelhantes sobre a dor de cabeça após o tratamento com cirurgia
ortognática também foram relatados por outros autores. Apenas uma redução
temporária da abertura da boca foi notada quando a fixação interna rígida foi
utilizada. Isto é, sem dúvida, uma das principais vantagens deste método uma vez
que permite a rápida função das ATMs. Conclui-se que o estado funcional e dor de
cabeça de um paciente com grave deformidade óssea e oclusal pode ser
significativamente melhorada com a cirurgia ortognática e ortodontia. O risco de
causar nova disfunção da ATM ou reabsorção condilar é extremamente baixo. O
presente estudo não significa, contudo, apoiar a teoria de que existe uma relação
direta entre a disfunção da ATM e deformidades dentofaciais.
Onizava et al.(1995) avaliaram sinais e sintomas da DTM em pacientes de
cirurgia ortognática e indivíduos saudáveis, considerando-se essa prevalência
abrangente de sinais e sintomas de DTM. O efeito da cirurgia ortognática em DTM
não foi determinada, porque há relatos de vários graus de melhoria, ou deterioração,
ou nenhuma mudança nos sintomas da ATM após a cirurgia ortognática. Muitos
estudos têm relatado um efeito favorável da cirurgia ortognática sobre a disfunção da
ATM por causa da melhoria na estabilidade oclusal ou redução do estresse
emocional, enquanto alguns estudos não demonstraram uma melhoria significativa
dos sintomas da DTM. Hori e colset al. 1999 observaram deterioração nos sintomas
da DTM após a cirurgia ortognática.Antes da cirurgia, 30 dos 50 pacientes com
anomalias dentofaciais (60%) relataram sintomas subjetivos de DTM. Trinta e um
dos 50 pacientes saudáveis tinham sintomas subjetivos de DTM. Não houve
diferenças significativas entre a cirurgia ortognática e pacientes saudáveis nos
índices de Helkimo e Índices de Disfunção (Ai, Di) e sinais ou sintomas de DTM.
Além disso, diferenças estatisticamente significativas foram observadas entre os dois
grupos quanto à idade e sexo. Nenhuma relação pôde ser encontrada entre os
sintomas da ATM pré-operatórios e o tipo específico de deformidade óssea.
11
Onizava et al. (1995) observaram uma redução significativa da abertura
máxima da boca entre o primeiro (49,5 milímetros) e segundo exame (34 mm) que
foram feitos antes e após a cirurgia ortognática, ao passo que foi observado melhora
a 2 anos após a cirurgia em um intervalo (48,3 milímetros) que não foi
significativamente diferente dos valores pré-operatórios.Sete pacientes tiveram
abertura máxima de boca reduzida para menos de 40 mm2 anos após a cirurgia
ortognáticas. Quatro pacientes afirmaram que eles estavam completamente livres de
dores de cabeça ao exame final, e outros 4 relataram uma redução significativa na
freqüência de dor de cabeça. Dois pacientes que estavam livres de dor de cabeça
antes da cirurgia relataram dor de cabeça diariamente no exame final. Não houve
redução na crepitação da articulação; em vez disso, a incidência desta ligeiramente
aumentada no segundo e terceiro exames. Melhorias estatisticamente significativas
na palpação muscular, bem como na Di como um todo foram significativas (P 0,001).
Além disso, uma melhoria estatisticamente significativa na Ai como um todo foi
encontrado entre o primeiro e os exames finais.Os pacientes relataram menos sinais
e sintomas de DTM após a cirurgia ortognática do que antes. Além disso, a
severidade da DTM foi reduzida, quando comparado com o primeiro exame. No final
de controle, uma redução estatisticamente significativa do Di era conhecida por todo
o grupo, principalmente por causa da reduzida sensibilidade muscular. Crepitação da
articulação aumentou ligeiramente e clique em conjunto diminuiu, em contraste com
os resultados de um estudo realizado por Panula et al. (2000).Os resultados estão
de acordo com aqueles de Feinerman et al. 1995. Os sintomas reduzidos de
articulações contribuíram significativamente para uma melhoria no Ai como um todo.
Neste estudo, apenas 5 (10%) pacientes desenvolveram novo disfunção da ATM
após a cirurgia ortognática, que é semelhante a outra dor de cabeça. (20%) foi
relativamente menos frequentes no presente estudo, em comparação com outros
(Magnusson et al 2000 [70%], Panula et al 2000 [63%]).Neste estudo, os pacientes
no pré-operatório sintomático de Classe I e Classe III melhoraram mais que
pacientes Classe II após o tratamento. Estes resultados suportam conclusões de
Westermark et al. (2001)que relataram maior melhora nos pacientes com
deformidade de Classe III esquelética do que aqueles com classe II. Branco e
Dolwick et.al. 1992 informaram que DTMs foram mais comuns entre pacientes com
retrognatismo mandibular do que entre aqueles com prognatismo mandibular, mas
em ambos os grupos de sintomas de DTM foram reduzidos após a cirurgia.
12
Concluíram que a correção cirúrgica das deformidades dentofaciais tem um efeito
benéfico em ambos os sinais e sintomas relacionados à dor e disfunção da ATM. No
entanto, após a correção cirúrgica da deformidade dentofacial, alterações nos sinais
e sintomas de DTM nem sempre mostram melhora. Em alguns pacientes os sinais e
sintomas da DTM podem mostrar mudanças para pior, ou em pacientes sem
sintomas da DTM podem desenvolver após a cirurgia ortognática.
Bock et al. (2006) analisaram vários fatores que influenciam a satisfação do
paciente sobre os resultados do tratamento. Um total de 102 (f = 67, m = 35)
pacientes foi examinado após um acompanhamento médio de 47 meses. A idade
média em intervenção cirúrgica foi de 24 anos. Avaliaram as respostas de um
questionário paciente-satisfação, achados índice, parâmetros de função do nervo e
da frequência de complicações intra e pós-operatório. Noventa e um por cento dos
pacientes relataram alta satisfação com os resultados da terapia. Eles que acreditam
a razão para tal satisfação tem a ver com a melhoria substancial na estética facial e
qualidade de vida que foi atingido por um tratamento ortodôntico-ortognática de
abordagem combinada. A questão de saber se o paciente sofreria cirurgia
novamente sabendo o que ele ou ela faz agora foi considerado por Flanary &
Alexanderet al. (1983), Cunningham et al. (1996), e Zhou et al.(2001) como uma
medida indireta da satisfação do paciente. No estudo de Flanary & Alexanderet al.
(1983), 9 de 90 pacientes (10%) responderam "não" a essa pergunta. Concordante
com os resultados, Zhou et al. (2001) relataram que 81% dos 94 pacientes com um
esquelético Classe III que responderam "sim" à mesma pergunta 2 anos após a
intervenção ortognática. No outro lado, Garvill et al. (1992), relataram que apenas
66% dos tais pacientes obtiveram satisfação. No entanto, apenas os pacientes sem
osteossíntese rígida e que tinham sofrido por não mais de 6 semanas foram
consideradas no seu grupo exame.
Hatch et al. (1998)não encontraram diferenças entre osteossíntese rígida e
fixação com fio de aço. A maioria dos pacientes poderiam ser classificados em
grupos D 0 ou DI do índice de Helkimo 47 meses em média após a intervenção
ortognática. Isto está de acordo com resultados de outros investigadores. Ao fazer
uma comparação com um grupo representativo de controle em sua clínica de área
de captação, Bock et al. e Maurer et al 2006. Provaram que a principal razão pela
qual as avaliações de satisfação de pacientes que haviam sido submetidos a cirurgia
13
pioraram quando aplicado Índice de Helkimo, foi prejudicada sua capacidade de
mover a mandíbula. Zimmer et al.(1989) afirmam que Classe II e III esquelética de
Angle também apresentam alterações padrões funcionais na área orofacial. Embora
os exames iniciais realizados por Zimmer & Kubein-Meesenburget al(1989)
descreveram alterações pós-operatórias, observaram melhora óbvia, particularmente
em pacientes com retrognatismo mandibular. Estética dentofacial e função
temporomandibular desempenham papéis fundamentais na avaliação do sucesso
final do tratamento do paciente. Sintomas graves de disfunção temporomandibular
correlacionam com menor satisfação do paciente.
Wolford et al. (1993) avaliaram o resultado da articulação temporomandibular
(ATM) e cirurgia ortognática em pacientes com DTM, luxação articular do disco e
coexistindo deformidades dentofaciais. Os prontuários de 70 pacientes tratados com
cirurgia para reposicionamento articular do disco e cirurgia ortognática concomitante
(duplo queixo ou apenas a cirurgia mandibular) foram avaliadas retrospectivamente.
Os pacientes foram divididos em 3 grupos: grupo 1 os pacientes tiveram avanço
mandibular, grupo 2 pacientes tiveram recuo mandibular, e do grupo 3 pacientes
apresentaram uma mandíbula que permaneceu na posição original. Telerradiografias
laterais e tomografias cefalométricas laterais foram avaliadas nos seguintes
intervalos: antes da cirurgia (T1), imediatamente após a cirurgia (T2), de 6 a 12
meses após a cirurgia (T3), e no mais longo acompanhamento (T4). Traçados
cefalométricos laterais foram sobrepostos para calcular mudança cirúrgica (T2 T1), a
estabilidade de curto prazo (T3 T2), e estabilidade em longo prazo (T4 T3) dos
procedimentos de cirurgia ortognática. Abertura máxima interincisal (MIO) e dor na
ATM subjetiva (escala visual analógica) foram avaliadas comparativamente no T1 e
T4. Os níveis de dor na ATM e muscular melhoraram em todos os três grupos após
a cirurgia. Antes da cirurgia, 56 de 70 pacientes (80%) tinham dor e 14 de 70
pacientes (20%) não tinha nenhuma dor. No mais longo acompanhamento, 42 dos
70 pacientes (60%) relataram alívio completo da dor na ATM. Apenas 5 de 70
pacientes (7%) apresentaram dor intensa após a cirurgia, em comparação com 37
de 70 pacientes (53%) antes da cirurgia. No mais longo acompanhamento, seis de
70 pacientes (9%) apresentaram menos que 35 mm de abertura de boca, dor
residual, ou ambos. Um paciente teve reabsorção condilar significativa após a
cirurgia. Os procedimentos ortognáticos foram encontrados para serem estáveis em
longo prazo. ATM e cirurgia ortognática concomitante tinham uma taxa de sucesso
14
total de 91,4% com base na abertura de boca maior que 35 mm e uma diminuição da
dor muscular. Quando indicado, ATM e cirurgia ortognática podem ser realizadas
concomitantemente com resultados previsíveis e uma boa taxa de sucesso. Forte
consideração deve ser dada a intervenção cirúrgica precoce, porque a taxa de
sucesso diminui significativamente com disfunção da ATM pré-existente de duração
superior a 48 meses.
Onizawa et al.(2009)avaliaram a influência da cirurgia ortognática em
pacientes com sintomas de DTM em comparação com voluntários saudáveis e
alteração de sinais e sintomas de DTM após cirurgia ortognática. Distribuição dos
pacientes classificados de acordo com métodos operatórios Classe I, Classe II,
Classe III de Angle, Avanço mandibular, Le Fort I osteotomia e recuo mandibular.
Assuntos para o presente estudo foram compostos por 30 pacientes, 10 do sexo
masculino e 20 do sexo feminino, que se submeteram a cirurgia ortognática no
Departamento de Cirurgia Buco-Maxilo da Medizinische Hochschule Hannover
(Alemanha). Aqueles que foram submetidos somente a osteotomia Le Fort II ou III,
que tinha deformidade evidente do côndilo mandibular, ou que tinham sido
submetidos a tratamento para Doenças da ATM no pré-operatório, não foram
incluídos nesta investigação. Todos os pacientes foram examinados da mesma
maneira em três tempos: antes da cirurgia e 3 e 6 meses após a cirurgia. Embora
uma diferença significativa fosse encontrada nos movimentos laterais entre os
pacientes e voluntários, a incidência de ruídos na ATM, desvio na abertura da boca,
e dor da ATM e músculos mastigatórios em pacientes não apresentaram diferença
significativa em comparação com indivíduos de controle. Os pacientes não relataram
sintomas subjetivos da ATM significativamente mais frequência do que indivíduos
controle. O estudo sugere que não há uma grande diferença nas ATM sintomáticas
entre indivíduos com má oclusão e aqueles sem isso. Após a correção cirúrgica da
má oclusão, mudanças nos sintomas da ATM nem sempre mostram melhorias e
alguns pacientes apresentaram piora. Geralmente, a etiologia da disfunção da ATM
é considerada multifatorial. (MOHLIN et al. 2007) investigaram a relação entre má
oclusão e disfunção mandibular e observaram que a má oclusão foi apenas um fator
etiológico em uma maior complexidade. Alguns estudos afirmaram que a má oclusão
não parece ser um fator etiológico significativo. Onizawa et al.(2009) confirmaram
em seus resultados que alterações dos sintomas da ATM seguintes a cirurgia
ortognática pode não ser o resultado da correção da má oclusão, mas que outros
15
fatores tais como a influência cirúrgica nos músculos da mastigação ou na ATM
podem ter uma influência maior. Estes resultados implicam que alteração de sons da
ATM está associada com a redução operatória da mobilidade mandibular operatória.
Os resultados sugerem que as alterações de sintomas da ATM após cirurgia
ortognática nem sempre resultam da correção da má oclusão.
Dahlberg et al. (1995) documentaram a prevalência de sintomas em pacientes
de cirurgia ortognática com deslocamento do disco e da articulação
temporomandibular. Cinquenta e três pacientes consecutivos com diferentes tipos de
anomalias dentofaciais, foram 33 fêmeas e 20 machos, com idade média de 28 anos
(variação, 17-53 anos). As anomalias dentofaciais incluem 22 pacientes com
retrusão mandibular, 14 com protrusão mandibular, 8 com mordida aberta, 5 com
retrusão maxilar, 3 com retrusão maxilar e protrusão mandibular, e 1 com assimetria
mandibular, os pacientes foram examinados clinicamente e com artroscopia bilateral.
Deslocamento de disco foi encontrado unilateral ou bilateral em 57% dos pacientes
ou 46% das articulações. Deslocamento com redução foi observado em 38
articulações e deslocamento sem redução foi observada em 11 articulações. 53%
dos pacientes tiveram dor nas articulações ou músculos da mastigação
temporomandibular, 30% das articulações apresentavam clique, e 4% tinham
crepitação. Não foi encontrada associação entre o deslocamento do disco e
sintomas clínicos com exceção de uma associação entre um clique e deslocamento
anterior do disco com redução. Concluíram que o deslocamento do disco foi
freqüente em pacientes com anomalias dentofaciais, mas nenhuma relação com os
sintomas da articulação temporomandibular e do tipo de anomalia dentofacial pode
ser claramente demonstrada.
Farella et al. (2007)determinaram os efeitos da cirurgia ortognática em sinais
e sintomas de desordens temporomandibulares (DTM) e dor em pressão limiar
(PPT) dos músculos da mandíbula. Catorze pacientes classe III consecutivos foram
submetidos a tratamento ortodôntico pré-cirúrgico, foram tratadas por combinação
de osteotomia Le Fort I e osteotomia sagital bilateral do ramo. O exame clínico
incluiu a avaliação de sinais e sintomas de DTM e a avaliação da PPTs dos
músculos masseter e temporal. História clínica, dados clínicos e algométricos foram
coletados durante cinco sessões ao longo de um período de 1 ano. Sete em cada 14
pacientes apresentados com deslocamento de disco com redução na linha de base,
ao passo que quatro pacientes (dois deles eram casos novos) fizeram no final de
16
acompanhamento. Nenhum dos pacientes foi diagnosticado com dor miofascial dos
músculos da mandíbula no início ou no final do seguimento. PPTs dos músculos
masseter e músculos temporais não se alteraram de forma significativa a partir de
valores de linha de base durante todo o período de estudo. A ocorrência de sinais e
sintomas de DTM flutua com um padrão imprevisível após a cirurgia ortognática para
maloclusões de classe III.
Panula et al. (2000) examinaram a influência de tratamento de cirurgia
ortognática contemporânea sobre sinais e sintomas de disfunção na ATM. Sessenta
pacientes foram examinados uma vez no pré-operatório e duas vezes no pós-
operatório, e foram determinados índice de Helkimo e Índice deDisfunção (Ai e Di). A
prevalência de dor de cabeça foi também avaliada. A média de seguimento foi de 4
anos a partir do exame inicial. Um grupo de 20 pacientes com um tipo e grau de
deformidade dentofacial semelhante, que não quis fazer uma cirurgia ou outra
terapia oclusal, serviu como um grupo controle. A maioria (73,3%) dos pacientes
teve sinais e sintomas de disfunção da ATM (DTM) na fase inicial. No exame final a
prevalência de DTM foi reduzida para 60%. Houve uma melhora drástica na dor de
cabeça: inicialmente, 38 (63%) doentes relataram que sofria de dor de cabeça, mas
ma última visita apenas 15 (25%) o fizeram. Concluíram que o estado funcional pode
ser significativamente melhorado e reduzir os níveis de dor com o tratamento
ortognática. O risco de novo DTM é extremamente baixo. Nenhuma associação, no
entanto, poderia ser mostrada entre DTM e do tipo ou da magnitude da deformidade
dentofacial específica.
Yamada et al. (2001) buscaram investigar a relação entre a mudança óssea
da cabeça da mandíbula e deslocamento de disco com relação aos sinais e
sintomas da articulação temporomandibular (ATM) em pacientes submetidos à
cirurgia ortognática. Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo dos exames
de tomografia computadorizada helicoidal de pré-tratamento com 129 pacientes de
cirurgia ortognática. Alteração óssea da cabeça da mandíbula, unilateralmente ou
bilateralmente, foi encontrada em 35,7% dos indivíduos e 24,4% das articulações.
Deslocamento de disco, unilateralmente ou bilateralmente, foi observado em 41,4%
dos sujeitos e com 29,5% das articulações. O tipo de deformidade craniofacial foi
significativamente associado com alteração óssea da cabeça da mandíbula e
deslocamento de disco. Nenhuma associação de sintomas clínicos no que diz
respeito à deformidade craniofacial, mudança óssea da cabeça da mandíbula, ou
17
deslocamento de disco foi encontrada, exceto no caso de ruídos na ATM. Os
resultados sugerem que a deformidade craniofacial pode estar relacionada a
distúrbios da ATM, mas o único sintoma clínico associado a tipos de deformidades
craniofaciais foi som da DTM.
Al-Riyami et al.(2009) determinaram a percentagem de cirurgia ortognática
em pacientes com sinais ou sintomas de DTM, estabelecendo a gama de sinais ou
sintomas, e examinaram estudos que seguiram pacientes longitudinalmente através
de tratamento para determinar o efeito de uma intervenção nos sintomas da cirurgia
ortognática. A partir dos resultados de sua avaliação, claramente há uma grande
variabilidade entre os estudos de uma associação entre DTM e tratamento com
cirurgia ortognática. Esta variabilidade abrange como a DTM foi classificada, os
sinais e sintomas registrados, os intervalos de tempo relatado, e outros fatores.
Talvez o mais importante, no entanto, foi a grande variação das más oclusões nos
estudos.A maioria das ferramentas de avaliação de qualidade de genéricos se
concentra em estudos epidemiológicos ou ECR, e não são compatíveis com as
características do projeto de estudo de DTM longitudinais que geralmente envolvem
uma intervenção não randomizada. Maiores tentativas qualidade-avaliação devem
ser feitas para desenvolver ferramentas para a pesquisa de DTM, como o
desenvolvido neste estudo. Muitos pesquisadores negligenciam especificações
básicas, mas importante, informações sobre seus estudos, tal como se eles são
retrospectivos ou prospectivos. O fornecimento dessas informações deve ser
encorajado a permitir uma avaliação adequada da qualidade. A diversidade de
critérios de diagnóstico e métodos de classificação nos vários estudos de DTM
fazem interativas comparações praticamente impossíveis. Isso reforça a
necessidade de estudos bem projetados com critérios diagnósticos padronizados e
métodos de classificação de DTM.
Mehra et al. (2009) avaliaram prospectivamente os resultados de
reconstrução de estágio único de pacientes com artrite reumatóide (AR)e articulação
temporomandibular (ATM) com características patológicas e uma deformidade
dentofacial associada. Quinze pacientes (12 mulheres, 3 homens) com AR foram
submetidos a reconstrução da ATM, com ou sem uma osteotomia Le Fort I em uma
única operação. Exames clínicos e radiográficos foram realizados antes da cirurgia,
imediatamente após a cirurgia, e nos intervalos mais longos de acompanhamento.
Escalas numéricas analógicas foram utilizadas para a avaliação subjetiva de dor na
18
ATM, função mandibular, dieta e deficiência. A máxima abertura interincisal,
passeios laterais, e crepitação foram registrados em cada visita. Traçados
cefalométricos padronizados foram sobrepostos para avaliar a cirúrgia
(imediatamente após a cirurgia, em comparação com antes cirurgia) e pós-operatório
(maior intervalo de acompanhamento comparado com imediatamente após a
cirurgia). A idade média dos pacientes foi de 27,4 anos (variação 15-61), e o
seguimento foi de 34,3 meses (intervalo 10 a 77). No intervalo mais longo todos os
15 pacientes tiveram uma redução estatisticamente significativa na incidência e
gravidade da dor e dores de cabeça da ATM. A abertura interincisal máxima média
aumentou após cirurgia, mas a diferença não foi estatisticamente significativa.
Passeios laterais diminuíram significativamente após cirurgia. Restrições dietéticas e
deficiência foram significativamente melhoradas, e crepitação tinha reduzido
significativamente. O avanço médio no ponto B foi de 21,7 mm (intervalo de 14 a 28),
e o pós-operatória houve mudança no mais longo intervalo de acompanhamento que
foi de 0,1 mm (intervalo de 0 a 1). O avanço médio foi pogônio 29,2 milímetros
(intervalo 19,5-38), com uma modificação pós-operatória de 0,2 mm (intervalo de 0 a
1). O gônio, foi de 20,7 mm (intervalo de 10,5-29) com uma modificação pós-
operatória de 1,4 mm (intervalo de 0 a 4,5). A variação média de ângulo do plano
oclusal teve uma diminuição de 20,7 ° (faixa de 16 ° a 26 °), com um pós-operatório
com mudança de 0,4 ° (intervalo de 0 ° C a 2 °). Dos 15 pacientes, 10 foram
submetidos à cirurgia ortognática maxilar realizada na mesma operação. O avanço
médio destes 10 pacientes no ponto A era de 3 mm (variação 2 a 7), e a alteração
pós-operatório foi de 0,5 mm (intervalo de 0 a 1). A correção cirúrgica da doença
associada à artrite e a deformidade dentofacial resultante pode ser realizada com
sucesso em uma única operação usando próteses articularestotal de ATM feitos sob
medida para reconstruir as ATMs e avançar a mandíbula, com a cirurgia ortognática
maxilar e mentoplastia realizada na mesma operação, quando indicado. A redução
significativa dos sintomas de disfunção da ATM e a estabilidade dos movimentos em
longo prazo após cirurgia ortognáticos mostram os benefícios e previsibilidade de
tratamento destes pacientes complexos com este protocolo de tratamento.
Al-Riyami et al. (2009) descreveram a metodologia desta avaliação, com uma
análise narrativa das características do estudo e dos métodos de classificação da
DTM. Descreve a percentagem de pacientes que sofrem de DTM e os sinais e
sintomas relatados. As meta-análises foram realizadas em dados de estudo. A dor
19
diminuiu após a cirurgia para ambos os sintomas auto-relatados e clinicamente
diagnosticados, como dor à palpação. Contudo, resultados pós-cirúrgicos foram mais
variados para ruídos articulares. A percentagem de doentes com clique tinha uma
tendência a diminuir após a cirurgia, mas as melhorias na crepitação são
questionáveis. Os resultados de todas as meta-análises nesta revisão foram sujeitos
a heterogeneidade estatística considerável, e não foi possível dizer a forte inferência
relativa à porcentagem de pacientes de cirurgia ortognática com DTM com qualquer
grau de certeza. Embora a cirurgia ortognática não deva ser defendida
exclusivamente para o tratamento de DTM, os pacientes com tratamento ortognática
para a correção de suas deformidades dentofaciais e que também sofrem de DTM
parecem mais propensos a ver melhorias em seus sinais e sintomas do que a
deterioração.
Wolford et al. (2003) avaliaram os efeitos da cirurgia ortognática em
articulação temporomandibular (ATM) em pacientes com disfunção da ATM,
conhecido como desarranjo interno pré-cirúrgica, que foram submetidos à cirurgia
para o tratamento de deformidades faciais. Pacientes e registros de tratamento de
25 pacientes com ressonância magnética e verificação clínica de deslocamento do
disco articular da ATM pré-operatório, que passaram por uma cirurgia de duplo
queixo só foram avaliadas retrospectivamente, com uma média de acompanhamento
de 2,2 anos. Sinais e sintomas da disfunção da ATM, incluindo dor, amplitude de
movimento mandibular, e presença / ausência de sons da ATM, foram
subjetivamente (escalas visual analógica) e objetivamente avaliados em laboratório
(T1), imediatamente após a cirurgia (T2), e a mais longa de seguimento (T3).
Mudança cirúrgica (T2-T1) e estabilidade em longo prazo dos resultados (T3-T2)
foram calculados utilizando a sobreposição de traçados cefalométricos e
tomográficos laterais.No pré-operatório, 16% dos pacientes apresentavam apenas
dor na ATM, 64% só tinha sons na ATM, e 20% tinham dor e sons na ATM. No pós-
cirurgico, 24% dos pacientes apresentavam apenas dor na ATM, 16% tinham
apenas ruídos na ATM, e 60% tem dor na ATM e sons. Assim, no pré-operatório,
36% dos pacientes tiveram dor na ATM, e pós-operatório, 84% tinham dor. Média de
dor na escala visual analógica foram significativamente maiores no pós-operatório e
nenhum dos pacientes com dor na ATM no pré-operatório tiveram alívio da dor pós-
cirúrgica. Além disso, 6 doentes (24%) desenvolveram reabsorção condilar pós-
cirúrgico, resultando no desenvolvimento de maloclusão Classe II com mordida
20
aberta.Os pacientes com disfunção da ATM pré-existentes submetidos à cirurgia
ortognática, particularmente avanço mandibular, são susceptíveis de ter piora
significativa da disfunção da ATM no pós-operatório. A disfunção da ATM deve ser
avaliada de perto, tratada se necessário, e monitorizada na cirurgia ortognática do
paciente.
Abrahamsson et al.(2013) investigaram a alteração das disfunções
temporomandibulares (DTM) após a correção das deformidades dentofaciais por
tratamento ortodôntico em conjunto com a cirurgia ortognática; e compararam a
freqüência de DTM em pacientes com deformidades dentofaciais com idade e
gênero em grupo controle pareado. DTM foram avaliadas em 121 pacientes
consecutivos (tratamento grupo), encaminhados para cirurgia ortognática, através de
um questionário e um exame clínico. 18 meses depois do tratamento, 81% dos
pacientes completaram um questionário. O grupo controle foi composto de 56
questões de gênero e idade correspondida, de quais 68% apresentado para exame
de acompanhamento. DTM foram diagnosticadas para a pesquisa de acordo com
critérios de diagnóstico de DTM. No exame da linha de base, o grupo de tratamento
tinha uma maior frequência de dor miofascial e artralgia do que o grupo de controle.
No acompanhamento, a frequência de dor miofascial, artralgia e deslocamento de
disco diminuiu no grupo de tratamento. A freqüência de DTM foi comparável nos dois
grupos de acompanhamento. Os pacientes com deformidades dentofaciais,
corrigidos pelo tratamento ortodôntico em conjugação com a cirurgia ortognática,
parecem ter um efeito positivo com resultado do tratamento em relação à dor da
DTM.
Mladenovi et al. (2012) examinaram a prevalência de disfunção
temporomandibular (DTM) após o tratamento ortodôntico-cirúrgico em pacientes com
prognatismo mandibular e analisaram variáveis psicossociais relacionadas a DTM.
Estudo de caso-controle foi composto de 40 pacientes com prognatismo mandibular
que se submeteram a tratamentos combinados ortodôntico-cirúrgico (grupo cirurgia
ortognática). Quarenta e dois pacientes com prognatismo mandibular sem
tratamento serviram como grupo de controle. Critérios de diagnóstico na pesquisa
para desordens temporomandibulares foram usados para avaliar o diagnóstico
clínico de DTM e para estimar a depressão, somatização e incapacidade do paciente
em relação à dor crônica. A prevalência de DTM não foi significativamente diferente
entre os grupos. Dor miofascial foi significativamente maior, enquanto artralgias,
21
artrite e a artrose foi significativamente menor no grupo de cirurgia ortognática em
comparação com os controles (90,5% VS 50,0%, 0,0% vs 27,8%, respectivamente).
As fêmeas do grupo cirurgia ortognática apresentaram maior prevalência de DTM e
dor miofascial e aumento do nível de dor crônica em comparação com os machos de
pós-operatório. Não foi encontrada diferença significativa na dor, somatização e
depressão crônica entre os grupos investigados. Com relação à presença de DTM
dentro dos grupos com depressão foi mais elevada em indivíduos não tratados com
disfunção. Prevalência de DTM imediatamente após o término do tratamento
ortodôntico-cirúrgico para prognatismo mandibular é semelhante à frequência de
disfunção em indivíduos não tratados, é significativamente maior em mulheres e é
mais comumente miogênica. Por outro lado, as fêmeas mostram um aumento do
nível de dor crônica pós-operatório. Níveis de somatização e depressão não diferem
entre pacientes com prognatismo corrigido e os pacientes não tratados prognatas.
Abeloos et al. (1995) investigaram nos registros de 317 pacientes
consecutivos submetidos a cirurgia ortognática na Divisão de Cirurgia Maxilo-Facial
do Hospital Geral de St. John, Bruges, Bélgica, entre 1.10.90 e 1.10.92 foram
avaliados sintomas pré e pós-operatórias da articulação temporomandibular (ATM).
Os pacientes fissurados, pacientes com iatrogenia e aqueles tratados por
genioplastia somente, foram excluídos desta estude. Apenas os pacientes com bom
pré-operatório e dados da ATM pós-operatórias foram retidos para posterior
investigação. Apenas 143 pacientes, com um baixo ângulo de deficiência
mandibular com deformidades normais, tratados pelo avanço mandibular, e 53
pacientes com alto ângulo de retrognatismo mandibular absolutos que têm
operações bimaxilar, foram selecionados. Sintomas da ATM foram menos
encontrados no pós-operatório, do que no pré-operatório no grupo total (17,8% vs
26,5% p = 0,025, Mc Nemar). No grupo normal, o ângulo baixo, houve uma
diminuição dos sintomas da ATM após a cirurgia de 30,0% para 14,6%. No grupo de
ângulo elevado, no entanto, são mais sintomas da ATM visto no pós-operatório
26,4% versus 16,8% (p = 0,228, Mc Nemar).
Dujoncquoy et al. (2010) avaliaram distúrbios da ATM com mudanças antes e
após a cirurgia ortognática, e para avaliar o risco de criar novos sintomas da ATM
em pacientes assintomáticos. Um questionário foi enviado a 176 pacientes operados
no Serviço de Buco-Maxilo-Facial do Lille's Hospital Universitário Center (Presidente
22
Pr Joël Ferri) a partir de 01.01.2006 a 01.01.2008. 57 pacientes (35 do sexo feminino
e 22 do sexo masculino), faixa etária de 16 a 65 anos de idade, preencheram o
questionário. A prevalência e os resultados sobre a dor, sons, clique, bloqueio
articular, limitação da abertura da boca, e tensão foram avaliadas comparando
diferentes subgrupos de pacientes. Os sintomas da ATM foram reduzidos
significativamente após o tratamento para pacientes com sintomas pré-operatórios.
O resultado global do tratamento foi subjetivo: melhora de 80,0% dos pacientes, sem
alteração para 16,4% dos pacientes, e um aumento dos sintomas de 3,6% deles.
Assim, a maioria dos pacientes ficou muito satisfeita com os resultados. Contudo a
aparência de novo início dos sintomas da ATM é comum. Não houve diferença
estatística na prevalência dos sintomas da ATM pré-operatórios e nos resultados
pós-operatórios em classe II, em comparação com os pacientes da classe III. Estas
observações demonstram que: há uma alta prevalência de distúrbios da ATM em
pacientes; a maioria dos pacientes com sinais e sintomas da ATM no pré-operatórios
pode melhorar os níveis de disfunção da ATM e dor pode ser reduzida por
tratamento ortognático; a porcentagem de pacientes que estavam no pré-operatório
assintomático podem desenvolver distúrbios da ATM após a cirurgia, mas este risco
é baixo.
23
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A revisão de literatura foi realizada através dos bancos de dados LILACS-
BIREME (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e
Pubmed. Foram achados 40 artigos científicos entre 1980 e 2014, utilizando como
palavras chave: ATM, DTM, cirurgia ortognática, disfunção temporomandibular.
24
4 DISCUSSÃO
A cirurgia ortognática consiste no procedimento cirúrgico que visa corrigir
deformidades dos ossos da região da maxila e mandíbula e representa, hoje, uma
realidade na odontologia brasileira. A técnica sofreu grande evolução nas duas
últimas décadas e vem se firmando, cada vez mais. Segundo Cordeiro et al. (2003) e
Filho et al. (2002) As indicações das cirurgias estão intimamente ligadas à
severidade da alteração esquelética e a repercussão negativa da face, pois há casos
que a possível amplitude de movimentação dentária, transcende o campo de ação
da ortodontia. Para a maioria das deformidades é aconselhável aguardar o termino
do crescimento, podendo ser desrespeitado tal indicação quando há um
comprometimento estético e psicológico muito grande, sendo nesses casos mais de
um tempo cirúrgico.
A prática da Odontologia Baseada em Evidência (OBE) não ampara a
prescrição de técnicas que promovem mudanças oclusais complexas e irreversíveis,
como o ajuste oclusal por desgaste seletivo, terapia ortodôntica, ortopedia funcional,
cirurgia ortognática ou técnicas de reabilitação oral protética no tratamento da
disfunção temporomandibular. Com relação às cirurgias de ATM, é possível afirmar
que são necessárias em alguns poucos casos específicos, tais como anquilose,
fraturas e determinados distúrbios congênitos ou de desenvolvimento.
Excepcionalmente são aplicáveis para complementar o tratamento em transtornos
internos da ATM. Leeuw et al. (2010) e American Association of Oral and
Maxillofacial Surgeons (1992)
As disfunções temporomandibulares possuem sinais e sintomas incômodos,
os mais observados são crepitação e cliques da ATM, dores de cabeça, dor a
palpação da ATM e muscular, bloqueio articular, limitação da abertura da boca, e
tensão. Após a cirurgia ortognática esses sinais e sintomas podem sofrer alterações
tanto positivas quanto negativas ou permanecer da mesma forma.
Yamada et al. (2001), Panula et al. (2000) e Mehra et al. (2009) observaram
em seus estudos melhoras na crepitação da ATM, já Onizava et al. (2010) e
Feinerman et al. () acharam resultados diferentes, em seus estudos houve piora na
crepitação da ATM dos pacientes submetidos a cirurgia ortognática.
Onizava et al. (2010), Feinerman et al. (), Al-Riyami et al. (2009) observaram
em seus estudos melhoras no clique da ATM de pacientes que passaram por
25
cirurgia ortognática, em contrapartida Yamada et al. (2001) e Panula et al. (2000)
observaram piora no quadro de clique da ATM dos pacientes.
A dor de cabeça é um dos sintomas da disfunção temporomandibular, após a
cirurgia ortognática podem sofrer alteração, Yamada et al. (2001), Onizava et al.
(2010) e Panula et al. (2000) acharam em seus estudos melhora nas dores de
cabeça, ao contrário de Wolford et al. (2003) que tiveram pacientes, maioria, com
piora nas dores de cabeça.
Nos estudos que tiveram a dor à palpação da ATM como parâmetro de
diagnóstico pós cirurgia ortognática, Yamada et al. (2001), Al-Riyami (2009) e
Abrahamsson et al. (2013) tiveram resultados positivos para a melhora da dor dos
pacientes de suas pesquisas, ao contrário de Nebosja et al. (2012) que tiveram piora
no quadro de dor dos pacientes de sua pesquisa.
Onizava et al. (2010) e Westermark et al. defendem em suas pesquisas que
pacientes sintomático classe I e III de Angle melhoraram mais que pacientes Classe
II após o tratamento, já Dujoncquoy et al. (2010) defendem que não há diferença
estatística na prevalência dos sintomas da ATM pré-operatórios e nos resultados
pós-operatórios em classe II, em comparação com os pacientes da classe III.
Além dos sintomas da DTM pré-operatórios, há também pacientes que
desenvolvem problemas na ATM após a cirurgia ortognática, Wolford et al. (2003)
relataram em seus estudos que pacientes desenvolveram reabsorção condilar após
passar pela cirurgia ortognática.
Os sinais e sintomas da DTM tendem a melhorar, piorar ou se manter após a
cirurgia ortognática.Hatcher et al. (1997), Arnett et al. (1988), Yamada et al. (2001),
Onizava et al. (2010), Panula et al. (2000), Maurer et al. (2006), Abeloos et al.
(1995), Wolford et al. (1993), Mehra et al. (2009), Al-Riyami et al. (2009),
Abrahamsson et al. (2013), Dujoncquoy et al. (2010) após pesquisas concluíram que
os sinais e sintomas da DTM, em sua maioria, melhoraram ou sumiram após a
cirurgia ortognática, em contrapartida Wolford et al. (2003) concluíram que os sinais
e sintomas de pacientes com DTM pioraram após passar por cirurgia ortognática.
Apesar da maioria dos estudos encontrarem melhora dos sinais e sintomas da DTM
após a cirurgia ortognática, ela não deve ser defendida exclusivamente para o
tratamento de DTM.
26
5 CONCLUSÃO
A partir dos estudos relatados nesta revisão pode-se concluir que ainda que
haja relatos de melhora de sinais e sintomas da DTM após a cirurgia ortognática, a
cirurgia ortognática não deve ser defendida exclusivamente para o tratamento de
DTM. A cirurgia é indicada em casos de correção da oclusão e também da estética
facial, os tratamentos indicados para a DTM são os tratamentos menos invasivos
como o auto manejo, intervenção comportamental, utilização de fármacos, placas
interoclusais, terapias físicas, treinamento postural e remoção de hábitos
parafuncionais.
27
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