Justiça, impunidade e violência em discussão · específicos, como o Boletim de Orientação...

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Ano XVII - Nº 104 - Setembro/Outubro Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus Justiça, impunidade e violência em discussão Outros temas, como segurança pública e maior agilidade processual, também estão inseridos nesse debate pág.30 pág. 8

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Ano XVII - Nº 104 - Setembro/Outubro Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus

Justiça, impunidade eviolência em discussão

Outros temas, como segurança pública e maior agilidadeprocessual, também estão inseridos nesse debate

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4 – Entrevista: Luiz Flávio Borges D’ Urso, presidente da Seccional São Paulo da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB-SP), fala sobre violência, impunidade e maior agilidade da justiça.

8 – Anip: O consultor da E.Labore, Eduardo de Souza Martins, analisa o projeto da Reciclanip, de coleta e destinação de pneus inservíveis no Brasil.

10 – Atualidades: No livro Empreendedorismo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Idade, que reúne artigos de especialistas, o tema se apresenta em suas diferentes facetas.

13 – Destaque: O Dia do Empresário e o setor de pneumáticos.

14 – Bridgestone/Firestone

19 – Goodyear

24 – Pirelli

28 – Michelin

30 – Opinião: A necessidade de mudanças no Simples Nacional é analisada pelo presidente do

Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-

SP), José Maria Chapina Alcazar.

Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída gratuitamente a revende-dores, distribuidores e fabricantes de pneus, enti-dades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa

ABRAPNEUSPresidente: Márcio Olívio Fernandes da CostaVice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti.Secretário: Rodrigo F. Araújo CarneiroTesoureiro: Airton ScarpaDiretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka.

SICOPPresidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa1° e 2º Vice-presidentes: Walter Paschoal e Horácio ZachariasSecretário: Carlos Alberto D. P. CostaTesoureiro: Dirceu DelamutaDiretoria: Paulo Sérgio Paschoal, Fábio Grotti e Vicente Goduto Filho Conselho Fiscal: Aírton Scarpa, José Linhares, Ivo Giunti Yoshioka, Itamar Grotti e André Linhares Delegação junto à Fecomercio-SP: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Walter Paschoal e Dirceu Delamuta

Revista AbrapneusConselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho (MTb. 19 021)Edição: Cristiane Collich Sampaio (MTb 14 225)Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli Produção e Impressão: Formato EditorialFone: (11) 4224-5850

Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Pau-lista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail para:[email protected], [email protected]: www.abrapneus.com.br

É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pen-samento da entidade.

ÍnDICE

EDITORIAL

nesta edição, a Revista Abrapneus traz alguns temas polêmicos. Em entrevista, o presidente da Sec-cional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D’ Urso, defende a revi-são das políticas voltadas à segurança pública. Entre outros assuntos, ele também comenta a relação entre impunidade e aumento da violência e a necessidade de o Brasil ter uma justiça mais ágil.

A seção Destaque lembra o Dia do Empresário, comemorado em 10 de outubro, e analisa a situação do setor no país.

A obra apresentada na seção Atualidades, Em-preendedorismo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Idade, divulga uma abordagem bastante am-pla sobre o tema. Os artigos, de mais de 30 diferentes autores – como Abram Szajman, Paulo Okamotto, Sandra Rabello e Zilda Arns neumann – oferecem um panorama sobre o trabalho do idoso no Brasil, sob diferentes ângulos.

O leitor confere ainda a avaliação do consultor Eduardo de Souza Martins, da E.Labore, sobre o

processo de coleta e destinação de pneus inservíveis no Brasil, desenvolvido pela Reciclanip.Esta edição também mostra o aquecimento no segmento industrial. Enquanto a Michelin in-

veste 300 milhões de Euros para expandir sua capacidade de produção de pneus para veículos de passeio e caminhonetes no Brasil, a Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS) informa que ampliará o número de unidades especializadas em serviços para caminhões e ônibus. Isso sem contar o apoio das companhias a projetos culturais e esportivos e os voltados para segmentos específicos, como o Boletim de Orientação Técnica, lançado pela Goodyear para transportado-ras e caminhoneiros autônomos. A Pirelli, por sua vez, aposta na cultura com a 18ª edição da Coleção Pirelli/Masp de Fotografia e com o projeto Ópera na Escola, que leva o espetáculo A Criada Patroa a escolas públicas do estado de São Paulo.

na seção Opinião, o leitor ainda encontra a análise do presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, sobre o Simples nacional. Para ele, o projeto ainda necessita de mudanças, como a ampliação do limite máximo de faturamento para inclusão.

Boa leitura!

Márcio O. Fernandes da Costa Presidente

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EnTREVISTA

Justiça em discussãoImpunidade e violência, maior rapidez na tramitação de processos e respeito

às prerrogativas dos advogados são alguns dos pontos em debate

Luiz Flávio Borges D’ Urso foi eleito em 2009 para cumprir seu terceiro mandato como presidente da Seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). nesta entrevista exclusiva à Revista Abrapneus, ele defende a revisão das políticas voltadas à segurança pública e a adequada instrumentalização dos aparatos policiais. D’ Urso também comenta a relação entre impunidade e au-mento da violência e a necessida-de de o Brasil ter uma justiça mais ágil, que preserve os direitos cons-titucionais dos cidadãos.

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Luiz Flávio Borges D’ Urso

“A instituição sempre teve papel importantíssimo na defesa do Estado

democrático de direito e da cidadania, estando

presente em todos os momentos mais

importantes da história brasileira, servindo de palco para os grandes

debates nacionais.”

Abrapneus – Quais os objetivos da OAB?E o papel da OAB-SP?

Luiz Flávio Borges D’ Urso – Es-tatutariamente, a OAB tem por fina-lidade defender a Constituição, os direitos humanos e a justiça social e lutar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justi-ça e pelo aperfeiçoamento da cul-tura e das instituições jurídicas. A ordem deve ainda fazer a defesa, a seleção e promover a disciplina dos advogados brasileiros; para poder advogar no Brasil, o bacha-rel precisa ser aprovado no exame de ordem e estar inscrito na OAB.

Tanto no plano federal quanto no estadual, a instituição sempre teve papel importantíssimo na de-fesa do Estado democrático de di-reito e da cidadania, estando pre-sente em todos os momentos mais importantes da história brasileira, servindo de palco para os grandes debates nacionais.

Abrapneus – Quando assumiu a presidência da entidade e até quando irá seu mandato? É passí-vel de reeleição?

D’ Urso – Estou no terceiro man-dato, que se encerra em 2012. não existe impedimento formal para a reeleição, pois o Estatuto da Advo-cacia não limita o número de vezes que um presidente pode se reele-ger. Tivemos presidentes reeleitos inúmeras vezes, como noé Azeve-do, que cumpriu 13 mandatos.

Abrapneus – Quais são as di-

retrizes da entidade sob o seu comando? Quais seus projetos na presidência da entidade?

D’ Urso – Temos como bandeira maior a valorização da advocacia e de defesa das prerrogativas dos advogados, que não são privilé-gios, mas um conjunto de garantias legais para assegurar os direitos dos cidadãos, uma vez que per-mitem ao advogado exercer seu mister com independência e no in-teresse do direito de defesa. Temos um projeto que tramita no Congres-so nacional para criminalizar a violação das prerrogativas. Assim, aqueles que não respeitarem as prerrogativas profissionais dos ad-vogados terão de contratar um ad-vogado para se defender. Em nossa primeira gestão trabalhamos para sanear as finanças e modernizar a ordem, com a implantação da nor-ma ISO 9001. O novo modelo de gestão, idealizado pelo viés parti-cipativo, foi buscar a responsabili-dade e os méritos da administração na parceria com as subseções por meio da descentralização política,

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administrativa e financeira da ins-tituição.

“Quanto à suposta segurança que virá com

a videoconferência, já que os presidiários não precisarão sair

da cadeia para serem ouvidos, sugerimos a ida dos juízes às unidades

prisionais para realizar os interrogatórios.”

Abrapneus – Em artigo publica-do no JT, o senhor abordou a deli-cada questão da videoconferência e o direito de defesa. Acredita na necessidade de se modernizar o Judiciário, incorporar os avanços tecnológicos, reduzir custos e fazer a justiça andar com mais agilidade no interesse do jurisdicionado? A videoconferência não seria uma sa-ída para tornar os processos mais rápidos?

D’ Urso – Sem dúvida que pre-cisamos de uma justiça mais célere e moderna, mas, o uso da video-conferência traz problemas legais, pois o acusado, independente do crime que tenha cometido, detém direitos constitucionais que preci-sam ser observados, como a ampla defesa, o contraditório e o de estar pessoalmente perante o juiz duran-te o interrogatório, que é o momen-to no qual exerce efetivamente seu direito de defesa. Quanto à supos-ta segurança que virá com a video-conferência, já que os presidiários não precisarão sair da cadeia para serem ouvidos, sugerimos a ida dos juízes às unidades prisionais para

realizar os interrogatórios. não haveria custo com escolta, é possí-vel manter os policiais nas suas ati-vidades e não teríamos de gastar recursos com aparelhos de video-conferência. Também não há risco de fuga porque o preso não sai da cadeia.

Abrapneus – Em sua opinião, o

que é necessário para que o tempo de tramitação dos processos seja reduzido e para que o Judiciário se torne mais célere em suas apre-ciações e decisões?

D’ Urso – A ordem tem dado o seu apoio integral à informatiza-ção do processo judicial, a fim de garantir sua maior rapidez. Para tanto, defendemos a autonomia financeira do judiciário paulista, que sofreu corte de 40% no seu or-çamento. Sem esses recursos não é possível concluir a informatização, implantar varas, dar condições de trabalho para magistrados e servi-dores, que terminaram recentemen-te uma greve de 127 dias. Temos verificado que o tema tem sido rele-gado a segundo plano nessas elei-ções, quando a indispensabilidade da justiça toca todos os cidadãos e, por conseguinte, todos os demais temas. Daí porque lançamos em agosto a campanha para cobrar dos candidatos posicionamento so-bre a justiça que temos e queremos

Abrapneus – O Senado aprovou

o Projeto Ficha Limpa, que proíbe por oito anos a candidatura de po-líticos condenados na justiça em decisão colegiada, mesmo que o trâmite do processo não tenha sido concluído no Judiciário. Qual a sua avaliação sobre essa medida?

D’ Urso – Alguém condenado pela justiça não tem condições de retornar à área pública, o que é diferente do candidato que está en-frentando uma investigação policial ou um processo criminal, ainda em tramitação. A presunção de ino-

cência, prevista pela Constituição, não dever ser desprezada, ainda que o objetivo final seja a reinstau-ração da ética na política.

Abrapneus – Acredita que essa

restrição poderá fazer com que a população avalie melhor seus can-didatos nas próximas eleições?

D’ Urso – A OAB tem lutado para que a ética seja observada na prá-tica política, inclusive realizamos campanhas anuais nesse sentido. Mas precisamos que a sociedade se conscientize de que é ela quem decide os destinos do país a partir da escolha dos candidatos. E essa escolha deve ser consciente. não podemos continuar elegendo cida-dãos que em nada contribuem para o desenvolvimento nacional e, nes-se aspecto, é interessante que a po-pulação conheça, de fato, os can-didatos, utilizando as ferramentas disponíveis para decidir seu voto. E, claro, nunca o voto deve ser tro-cado por qualquer tipo de ajuda, prática ainda comum no Brasil.

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EnTREVISTA

Abrapneus – Observa-se o cres-cimento da violência e a amplia-ção do crime organizado no país. Quais as causas disso?

D’ Urso – A sensação de im-punidade está entre os principais fatores da ousadia do crime orga-nizado, cujo crescimento só acon-tece quando seu objetivo maior é alcançado: os lucros advindos do crime. Por isso, o combate efetivo à lavagem de dinheiro pode ser mais eficaz do que uma legisla-ção penal mais rigorosa. Torna-se fundamental, igualmente, coibir a comunicação entre criminosos dentro e fora das prisões e sua conseqüente articulação; assim como a criação de um serviço de inteligência policial capaz de an-tever ações violentas e abortá-las. Precisamos repensar as políticas públicas adotadas na área de se-gurança pública. Toda vez que se fala na área criminal, aborda-se o endurecimento do sistema penal para solucionar o problema. nos países que caminharam nesse sen-tido, aumentando a quantidade de penas sem mexer na estrutura, o resultado foi frustração. Quem vai cometer um crime não está preo-cupado se a pena será de cinco, oito ou dez anos. A única preocu-pação que tem é se será punido ou não. Se você tem mecanismo do Estado para alcançá-lo por meio de investigação, se ele tiver cer-

teza de vai ser punido, talvez ele desista. não há outra solução. É uma ilusão pensar em mudar a lei e estabelecer penas maiores, se o indivíduo comete um crime com punição de quatro anos, ele tam-bém comete com punição de oito.

Abrapneus – Mudanças na le-gislação brasileira, com a institui-ção de penalidades mais severas, poderiam reverter a tendência de aumento da violência no país?

D’ Urso – não acredito que o endurecimento das leis acabe ou restrinja a criminalidade. nem Esta-do, nem Legislativo, nem Judiciário e muito menos a sociedade civil têm mais dúvidas de que pena não ini-be o criminoso, mas sim a certeza da punição.

Além disso, o Estado tem de se aparelhar com homens, tecnologia e equipamentos para se antecipar à ação dos criminosos.

Abrapneus – Qual sua opinião sobre a fixação de limite menor para a caracterização da maiori-dade penal? E com relação às pe-nalidades a serem imputadas a me-nores, diante da prática de crimes hediondos?

“As medidas sócio-educativas destinadas ao jovem autor de um furto

não podem ser as mesmas impostas ao autor de um

bárbaro homicídio.”

D’ Urso – Muitos países reduzi-ram a idade cronológica para pu-nir jovens infratores, mas não con-seguiram equacionar a violência juvenil. Os jovens infratores devem, certamente, ser responsabilizados pelos seus atos infracionais. Contu-do, mesmo para crimes graves, o Estatuto da Criança e do Adoles-cente (ECA) prevê medidas sócio-educativas, que não podem ultra-passar três anos. Aqui se verifica um grave problema, que precisa ser enfrentado, modificando-se a lei e ampliando esse limite. A ri-gidez do prazo de internação de três anos, sem considerar o tipo de violência, a periculosidade do au-

“A sensação de impunidade está entre os principais fatores da ousadia do crime

organizado, cujo crescimento só acontece

quando seu objetivo maior é alcançado: os

lucros advindos do crime.”

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tor ou o número de delitos graves praticados, ajuda a perpetuar a impunidade dos criminosos juvenis. neste ponto, a sociedade e o Legis-lativo podem iniciar um necessário debate sobre o tempo máximo de privação de liberdade para os jo-vens infratores. As medidas sócio-educativas destinadas ao jovem au-tor de um furto não podem ser as mesmas impostas ao autor de um bárbaro homicídio. A resposta do Poder Público deve ser proporcio-nal ao delito, a demonstrar que a legislação existe para proteger to-dos os cidadãos.

Abrapneus – Como vê o sensa-cionalismo que parece dominar a cobertura de homicídios em parte

Um pouco de históriaCom a conquista da indepen-

dência, em 1822, o Brasil passa a controlar seus próprios passos, in-clusive quanto a sua organização legal. A primeira Constituição é promulgada em 1827 e, em 1843, o Governo Imperial aprova os Es-tatutos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), que viriam a ser o embrião da OAB.

Mas é somente após a Revo-lução de 1930, por iniciativa do antigo IAB, que a instituição seria criada. Instituída pelo Decreto nº 19 408, de 18 de novembro de 1930, a nova organização é um “órgão de disciplina e seleção de advoga-dos, que se regerá pelos estatutos que forem votados pelo Instituto dos Advogados Brasileiros, com a cola-boração dos Institutos dos Estados, e aprovados pelo Governo”. Ela se constitui como um serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, sem vínculo fun-cional ou hierárquico com órgão da administração pública. naquele momento, os objetivos descritos no decreto demonstravam a grande

preocupação com o caos burocrático e administrativo, herdado do período imperial e não resolvido pela Repúbli-ca Velha.

Ainda que desempenhe outras fun-ções de importância, em sua trajetória a OAB tem se destacado, diante da po-pulação leiga, por suas ações na defe-sa da democracia, da liberdade e dos direitos humanos. Manifestações dessa natureza se acumularam a partir de 1935, durante o governo Vargas, mas foram especialmente visíveis nos anos negros da ditadura militar, em que a instituição teve papel fundamental na luta contra perseguições, prisões arbi-trárias e torturas.

Contribuiu no projeto de redemo-cratização do país, colocando-se ao lado da população e da sociedade civil na campanha das Diretas Já e no pro-cesso de elaboração da Constituição Federal de 1988, que está em vigor.

nos anos mais recentes, a OAB tem tido participação decisiva nas dis-cussões jurídicas e políticas do país. Entre eles, cabe destacar o Movimento pela Ética na Política, contra as medi-das econômicas tomadas pelo governo Fernando Collor e o movimento pelo

impeachment do presidente Collor, entre outros.

Vale destacar ainda a Campa-nha pela Ética nas Eleições, propos-ta por Márcio Thomaz Bastos e en-campada pela entidade. Em junho de 1996, a OAB, então preocupada com as eleições municipais daquele ano, lançou uma campanha infor-mativa com o objetivo de incentivar o voto consciente pela população e a divulgação dos financiadores de campanha pelos candidatos.

Além disso, a ordem tem atua-ção direta no controle da constitu-cionalidade das leis e atos norma-tivos federais e estaduais, podendo propor ação direta de inconstitucio-nalidade perante o Supremo Tribu-nal Federal, caso alguma legislação contrarie o disposto na Constituição Federal.

Além disso, a OAB tem atuação direta no controle de constituciona-lidade das leis e atos normativos fe-derais e estaduais, podendo propor ação direta de inconstitucionalida-de perante o Supremo Tribunal Fe-deral, caso alguma legislação con-trarie o disposto na Constituição.

da imprensa brasileira, especial-mente a TV?

D’ Urso – Todo tipo de espeta-cularização de uma diligência po-licial, de julgamento para a mídia, deve ser condenado, pois não se pode aceitar submeter à execração pública um indivíduo que, embora detido, deve ter sua dignidade pre-servada. Essa pessoa pode sofrer constrangimento irreparável, pa-trocinado por agentes do Estado, que têm o dever legal de garantir o cumprimento dos princípios consti-tucionais e da legislação em vigor. A Constituição garante a presun-ção de inocência e, quando essa não é observada, temos prejuízos à imagem que muitas vezes não conseguimos reparar. Um exemplo

disso foram os envolvidos no caso da Escola Base. Mesmo inocenta-dos, nunca mais conseguiram ter sua vida de volta.

Abrapneus – É favorável à res-

trição de horário para exibição/veiculação de filmes, documentá-rios e até de noticiários que ex-plorem, de forma ostensiva, temas como violência, drogas e sexo na TV aberta e paga?

D’ Urso – Acredito que isso seja um fator de bom senso de estipular faixa etária para a programação televisiva, embora caiba aos pais e responsáveis determinar o conteú-do dos programas que seus filhos devem ver, tanto nos canais aber-tos quanto nos fechados.

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AnIP

A construção do programa que já reciclou mais de 240 milhões de pneus inservíveis Em entrevista, o consultor Eduardo de Souza Martins, da E.Labore, explica como tem sido o processo para coletar e destinar pneus inservíveis no Brasil, desenvolvido pela Reciclanip

no início de agosto foi sanciona-da a lei que cria a Política nacional de Resíduos Sólidos, um importante avanço para o Brasil em termos am-bientais. A nova lei estabelece um marco regulatório para o lixo, seja ele aproveitável ou não. no caso dos pneus inservíveis, é importante levar em consideração que uma le-gislação própria já regulamentava seu descarte e destinação.

Desde 1999, com o Programa nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, os fabricantes de pneus vêm trabalhando para criar uma logística reversa em todo o país, para coletar e destinar de forma am-bientalmente correta esses pneus. Em 2007, foi criada a Reciclanip, para consolidar e aumentar o volume das atividades que vinham sendo desen-volvidas desde 1999. A Reciclanip atua exclusivamente para coletar e destinar adequadamente os pneus inservíveis e suas atividades estão de acordo com a resolução 416/09 do Conselho nacional do Meio Ambien-te (Conama).

A organização representa hoje uma das maiores iniciativas de pós-consumo da indústria brasileira e já coletou e destinou adequadamente mais de 1,2 milhão de toneladas de pneus inúteis, o equivalente a 240 milhões de pneus de passeio. Com a previsão de investimento de US$ 25 milhões para 2010, os fabricantes pretendem investir 20% a mais que no ano de 2009 para esse fim. no total, a indústria de pneus novos já investiu mais de US$ 95 milhões no programa.

nos últimos seis anos, o progra-ma tem contado com o trabalho de consultoria da E.labore, assessoria estratégica de meio ambiente, o qual se revelou de fundamental im-portância para o sucesso da iniciati-va. Em entrevista, Eduardo de Souza Martins, diretor técnico da empresa, relata como tem sido o trabalho de desenvolvimento do programa. Edu-ardo possui ampla experiência pro-fissional na área ambiental, exerceu cargos e funções públicas, atuou como pesquisador em universidades e trabalhou em organizações sociais. Como consultor, coordenou dezenas de trabalhos de consultoria técnica e assessoramento estratégico voltados para a implantação de projetos e a solução de crises de grandes empre-endimentos em todo o país.

Como é o trabalho da E.labore com a Reciclanip?

Eduardo de Souza Martins – A consultoria da E.labore, no caso das atividades desenvolvidas com a Reciclanip, se dedica à orientação estratégica para a implementação da responsabilidade pós-consumo do setor de pneus do Brasil. Apoia o planejamento das atividades de

“Esse plano é o primeiro planejamento nacional de um setor produtivo

que cuida da destinação ambientalmente

responsável de seus resíduos.”

responsabilidade pós-consumo, bem como o atendimento das exigências formais. nos mais de seis anos de su-porte, a consultoria contribuiu para a construção das bases formais, no posicionamento e na garantia da se-gurança regulatória do setor quanto à destinação de pneus inservíveis.

A Anip e a Reciclanip, em nome de suas associadas, entregaram para o Ibama, no dia 30 de março de 2010, o Plano de Gerenciamento de Coleta, Armazenamento e Des-tinação de Pneus Inservíveis (PGP), cumprindo determinação do artigo 7 da Resolução 416/2009 do Cona-ma. O que é esse plano e qual sua importância?

Eduardo Martins – Esse plano é o primeiro planejamento nacional de um setor produtivo que cuida da destinação ambientalmente respon-sável de seus resíduos. Estabelece uma estratégia de coleta, transpor-te e tratamento de pneus inservíveis em todo país. Adota instrumentos de conscientização e mobilização dos usuários de pneus, estabelece os compromissos do setor e ainda

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Eduardo de Souza Martins, diretor da E.labore.

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A construção do programa que já reciclou mais de 240 milhões de pneus inservíveis Em entrevista, o consultor Eduardo de Souza Martins, da E.Labore, explica como tem sido o processo para coletar e destinar pneus inservíveis no Brasil, desenvolvido pela Reciclanip

“É esperado processo de valorização das matérias-

primas passíveis de serem geradas a partir dos pneus inservíveis,

seja pelo seu conteúdo energético seja pelas suas

aplicações físicas.”

“Uma boa parcela dos pneus que se perdem da

cadeia de destinação se deve ao descarte

inadequado do usuário e acaba em terrenos

baldios ou no fundo de rios ou do oceano.”

se compromete com a transparência de todas as etapas, números e metas da destinação adequada de pneus inservíveis.

Que impacto deverá causar no mercado de destinação desses re-síduos a formalização do PGP ao Ibama?

Eduardo Martins – Em função da experiência acumulada pela Reciclanip na gestão da logística reversa de pneus e no grande in-vestimento já realizado na rede de prestação de serviços de destina-ção, o setor de produção de pneus novos demonstra capacidade para solucionar um problema antigo de gestão dos seus resíduos. Há o com-promisso com a transparência e dos gestores públicos e dos usuários, que devem reduzir os riscos de des-vios na cadeia e a geração de des-tinações indevidas.

Também é esperado processo de valorização das matérias-primas passíveis de serem geradas a partir dos pneus inservíveis, seja pelo seu conteúdo energético seja pelas suas aplicações físicas, como, por exem-plo, na pavimentação e em aplica-ções de revestimento.

Este PGP seguiu algum modelo já usado em outros países?

Eduardo Martins – As regras bra-sileiras não encontram paralelo no restante do mundo, uma vez que ne-nhum país impõe metas de destina-ção obrigatória de pneus inservíveis para os fabricantes. Por isso, o PGP da Reciclanip assumiu um formato próprio e foi resultado da prática do gestor e das exigências indica-das da regulamentação aprovada pelo Conama.

Como avalia o que já foi feito e a situação atual do Brasil no que se refere à coleta, ao armazenamento e à destinação de pneus inservíveis?

Eduardo Martins – Podemos afir-mar que a destinação adequada foi a experiência de logística rever-sa mais abrangente que o país teve com um resíduo com valor negativo no mercado (que requer gasto para que tenha destinação adequada).

Das lições aprendidas, é possível destacar: a necessidade de reconhe-cer e compreender a cadeia de desti-nação já existente; a importância de dar clareza aos papéis dos diversos agentes da cadeia; a relevância de adoção de mecanismos de controle que privilegiem a transparência e facilidade de compartilhamento da informação e, por fim, instrumentos de monitoramento que, além do de-sempenho, devem identificar em que etapas do processo existem falhas que necessitam ser sanadas.

Em sua opinião, quais são as perspectivas para o Brasil nos próxi-mos anos no que se refere aos pneus inservíveis?

Eduardo Martins – Podemos vis-lumbrar que, em muito pouco tem-po, o país terá grande eficiência da destinação de pneus inservíveis, mas o sucesso completo depende da contribuição de todos os agentes en-volvidos no processo, principalmente do poder público local, responsável pelos resíduos. Além disso, também é cada vez mais importante o com-promisso do usuário de pneus para a disposição responsável dos inser-víveis.

Qual a parcela de responsabi-lidade da população para acabar com o descarte inadequado desses pneus?

Eduardo Martins – numa cadeia onde todos têm responsabilidade, todos são fundamentais para o su-cesso da logística reversa. Uma boa parcela dos pneus que se perdem da cadeia de destinação se deve ao descarte inadequado do usuário e acaba em terrenos baldios ou no fundo de rios ou do oceano. Além da disposição responsável, cabe tam-bém à população uma atitude ativa para denunciar e exigir o descarte e destinação adequados.

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ATUALIDADES

Empreendedorismo, trabalho e terceira idade

O grande desafio para o país é saber aproveitar a experiência e a disposição para o trabalho dessa crescente população de mais de 60 anos, garantindo-lhe qualidade de vida e estimulando seu potencial

Os números não mentem. Com o aumento da expectativa de vida e o declínio das taxas de natalidade o fato é que a população mundial está envelhecendo. no Brasil o processo não é diferente. Atualmente o grupo formado por pessoas de mais de 60 anos já corresponde a mais de 10% da população e a previsão é que dentro de 15 anos esse percentual esteja próximo de 14%.

O livro Empreendedoris-mo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Idade, publicado pela editora Edi-con em 2009, buscou reunir depoimentos de especialistas e pessoas envolvidas com o tema, que defendem o tra-balho, remunerado ou não, como fator de inserção social em todas as idades. O orga-nizador da obra, Juarez Cor-reia Barros, relata que a idéia surgiu na unidade paulista do Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) e ganhou corpo com o apoio da GEAP-Fundação de Seguridade Social. Segundo ele, no período de 2003 a 2008, vinte e cinco capi-tais receberam seminários técnicos, realizados em parceria pela GEAP, pelas regionais do Sebrae e pelas federações do comércio, estas úl-timas por orientação da Confede-ração nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CnC). A iniciativa recebeu apoio institucio-

nal do Instituto Ethos de Cidadania e do Sebrae nacional. O conteúdo dos seminários serviu de base para

essa coletânea de artigos, de mais de 30 autores, de variadas áreas, que apresenta inúmeras facetas desse complexo tema.

Em seu conjunto, a obra expõe a necessidade que esse contingente de pessoas, que hoje vive mais e melhor, tem para obter orientação para uma segunda vida pro-fissional, sob novos parâme-tros, desafios e objetivos. De outro lado, mostra que, no Brasil, há carência de inicia-tivas para atender essa cres-cente demanda, ainda que haja ações em andamento. Todavia, em sua maior par-te, estas se restringem à as-sistência à saúde, ao lazer, à integração e à participação social dos idosos; raramente se destinam à sua reintegra-ção ao mercado de trabalho ou seu ingresso na atividade empresarial.

Em seu início, a obra traz manifestações do poder público, representado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e de Previdência Social, que apoiaram a iniciativa e que expressam as po-líticas adotadas ou programadas nesse campo. Entre essas, as de-senvolvidas pelo MTE, que buscam atender esse grupo, integrado por aposentados ou não, que queiram trabalhar e se qualificar, obter no-vos conhecimentos e capacidades, e ter acesso ao microcrédito, para a abertura de negócios.

“Manifestação disso foi o surgimento de idosos empreendedores (...),

capazes de se organizar como grupo de pressão junto ao Estado, para

aprovação de leis que os protejam.”

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Dentro desse panorama de ini-ciativas, não se pode esquecer o importante papel de federações e confederações, que de longa data possuem serviços voltados à valo-rização e ao apoio ao idoso. Por exemplo, na apresentação do livro, Antonio Oliveira Santos, presiden-te da CnC, comenta a evolução do Serviço Social do Comércio (Sesc). Seu objetivo inicial, com relação aos projetos para a terceira idade, era o de recuperar a autoestima e o sentimento de autonomia dos ido-sos, tornando-os partícipes ativos na sociedade. Os resultados ob-tidos ao longo do tempo demons-tram o acerto da proposta. “Mani-festação disso foi o surgimento de idosos empreendedores e atuantes nas questões que lhes dizem respei-to, capazes de se organizar como grupo de pressão junto ao Esta-do, para aprovação de leis que os protejam das fragilidades que as condições biológicas e econômicas lhes impõem”, constata.

Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP), que também participa da obra, destaca que nos últimos anos “vem aumentando significativamen-te o número de negócios criados e administrados por pessoas com mais de 55, 60 anos de idade – as que chegaram ao período que se convencionou chamar de terceira idade – e que se aposentaram ou estão prestes a se aposentar” e, também que “é cada vez mais ex-pressivo o contingente de empresas que facilitam as situações para seus funcionários chegados a essa eta-pa da vida”.

Otimista, ele prevê, com base nesses indicadores, um salto quali-tativo no desenvolvimento do país: “essas tendências decretarão, cer-tamente, o fim da obsolescência precoce que hoje se faz do conhe-cimento técnico e científico, da ex-

periência profissional, ainda que altamente qualificada, da vontade de empreender e da capacidade de criar e executar. Também trarão de volta à produção e ao cotidia-no das empresas grande número de profissionais dos mais diferentes matizes, que, além dos predicados funcionais, têm grande maturidade para o enfrentamento de proble-mas, maior serenidade e experiên-cia de vida para superar desafios, visão abrangente e alta confiança para o planejamento e o entendi-mento.”

Em seu artigo, o professor e psi-cólogo Aguinaldo Aparecido neri, da PUC-Campinas (SP), segue nes-sa mesma linha de raciocínio e apresenta recomendações para que cada um elabore um projeto de vida pós-aposentadoria, já que este não se esgota com a chegada da terceira idade.

“Vem aumentando significativamente o número de negócios

criados e administrados por pessoas com mais de 55, 60 anos de idade (...)

e que se aposentaram ou estão prestes a se

aposentar.”

Conforme assegura o educador e consultor de Recursos Humanos, Élio Vieira, por experiência pró-pria, o espírito empreendedor não morre com a idade. Aliás, embora seja um tema recorrente em diver-sos artigos, o empreendedorismo na terceira idade recebe aborda-gens complementares. Um desses vieses é o que leva a assinatura de Paulo Okamoto, presidente do Sebrae. O aumento da expectativa

de vida abre a perspectiva de uma gama de serviços e oportunidades para as pessoas acima de 60 anos, mas ele adverte que, “como em qualquer idade, é preciso se prepa-rar, fazer um bom plano de negó-cios, conhecer o mercado em que deseja atuar. O diferencial será maior disponibilidade de tempo para aprender e a sabedoria que só a idade confere.”

Outro aspecto da questão está no texto intitulado Tempo, Trabalho e Satisfação, do economista Anto-nio Carlos Braga dos Santos e do jornalista André Lorenzetti, respec-tivamente presidente e gerente do grupo Age -Vida Ativa na Maturida-de. Eles propõem aos que atingem essa faixa etária dividir seu tempo entre o trabalho voluntário, o lazer e a dedicação a novos interesses, conhecimentos e habilidades.

O trabalho voluntário também é abordado no artigo assinado por Zilda Arns neumann, médica pe-diatra e sanitarista, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, que faleceu em janeiro deste ano, aos 75 anos, du-rante missão humanitária no Haiti.

Ela salienta que essa participa-ção, além de ampliar os espaços de cidadania e representatividade da população idosa, torna o enve-lhecimento mais saudável, equili-brado e harmonioso. “O idoso se sente mais disposto, com mais pers-pectivas e sentido de vida, abando-nando, assim, aquilo que até pouco tempo antes era comum ver na po-pulação idosa: o isolamento, uma imagem negativa de si mesma – ou uma imagem negativa que a socie-dade fazia dela”, constata.

Por outro lado, a mudança do perfil da sociedade brasileira e do próprio idoso terá reflexos positi-vos sobre os diferentes setores da economia, um tema explorado no artigo da socióloga Daizy Valmor-bida Stepansky, Produtos, Mercado de Trabalho e Consumo para a Po-

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ATUALIDADES

pulação Idosa. Os produtos e ser-viços destinados à terceira idade se multiplicam e a autora constata que, na publicidade, é fundamen-tal a observação dos valores desse grupo: “ele representa o testemu-nho do passado, do bom tempo an-tigo, da autenticidade, da confiabi-lidade. Representa a ficção de paz, de ausência de contradições e de conflitos.”

“É preciso se preparar (...) e conhecer o mercado

em que deseja atuar. O diferencial será a

maior disponibilidade de tempo para aprender e a sabedoria que só a idade

confere.”

Qualidade de vida é outro as-pecto da questão envolvendo a terceira idade. A psicóloga Vera Pedrosa procura esmiuçar esse con-ceito, já que para muitos sua defini-ção carece de nitidez. Ela assinala que, no meio empresarial, há um vácuo a ser preenchido com pro-gramas voltados especificamente para o profissional dessa faixa etá-ria, enfatizando que políticas nessa área podem apresentar vantagens significativas tanto para os empre-gados quanto para as empresas.

Esta é apenas uma pequena amostra do que o livro traz sobre o assunto. E, apesar da abrangên-cia dos aspectos abordados dentro desse universo, no texto de intro-dução, Renato P. Veras, médico, professor, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade, da Uni-versidade Estadual do Rio de Ja-neiro (UnATI/Uerj), declara que a obra não tem “qualquer pretensão de esgotar o assunto”. Ao contrá-

rio, deseja “instigar, provocar ain-da mais reflexão, estimular um de-bate permanente”.

Empreendedorismo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Ida-de, que além dos já citados, con-tou com outros apoios e parceiros, como universidades brasileiras, da França e do Chile, teve seu projeto inserido na programação oficial do

Ano da França no Brasil, em 2009. A obra está disponível para do-

wnload no site do Instituto para Promoção do Trabalho Empreen-dedor – Trabalho e Vida – www.trabalhoevida.com.br. Outras in-formações podem ser obtidas por meio do e-mail [email protected] ou pelo telefo-ne 11-3105-4680.

Relação dos Autores

Abram Szajman, Aguinaldo Aparecido neri, Alda Britto da Mota, Ana Amélia Camarano, Ana P. Fraiman, Antonio Carlos B. dos Santos & André Lorenzetti, Carlos Henrique Porto Falcão, Célia P. Caldas, Claire da C. Beraldo & Maria Clotilde B. n. M. de Carvalho, Daizy Valmorbi-da Stepansky, Danilo Santos de Miranda, Dulcinea Mata R. Monteiro, Élio Vieira, Euler Esteves Ribeiro, Jean-Pierre Baux, Jeanne Urvoy, João Cândido de Oliveira, Josier Marques Vilar, Ligia Maria Paes Macacchero & Rosilene Souza Almeida, Lucia França, Mariangels Fortuny, Paulina Osorio Parraguez, Paulo Ferreira Vieira, Paulo Okamotto, Regina R. Pa-rizi Carvalho, Renato P. Veras, Roberto Matoso, Sandra Rabello, Vera Pedrosa e Zilda Arns neumann.

A obra também conta com depoimentos de Alencar Burti, Jan Wie-gerinck, Jesus José Bales, João Batista Inocentini, Raphael Martinelli, Ozires Silva e Rosina D’Angina.

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DESTAQUE

A revenda de pneus e o Dia do Empresário

Apesar de maduro, o setor é complexo, exigindo, tanto dos empresários da revenda quanto da própria indústria, dinamismo, criatividade e constante investimento em atualização administrativa

no dia 10 de outubro é co-memorado o Dia do Empresário. Aproveitando a data, o presiden-te a Abrapneus, Marcio Olívio da Costa, analisa a situação do setor no país e aponta caminhos para sua expansão.

Para ele, a revenda de pneumá-ticos no Brasil é um negócio madu-ro, em que pouco ou quase nada é novo. Assim, segundo Marcio da Costa, “para ser um empresário de

sucesso nessa área o fator primor-dial é contrariar essa máxima com criatividade, inovação e constante investimento nos processos adminis-trativos da empresa”.

A seu ver, hoje o diferencial po-sitivo no setor de pneus é sua capa-cidade de adaptação. “no Brasil, é preciso conviver com constantes mudanças no cenário econômico, político e social, que forçam os em-presários a ter o chamado ‘jogo de cintura’, para garantir sua posição no mercado. O empresariado do setor de pneumáticos é tradicional; em sua maioria atua no mercado há mais de 40 anos e hoje tem ex-periência para enfrentar todos os desafios”, avalia. Ele assinala que

Criatividade e círculo virtuoso

Hoje o cenário desse segmento da economia é composto por re-vendas oficiais – de marcas únicas e fiéis aos fabricantes multinacio-nais –, articuladas em redes que atuam em todo território nacional, além de incontáveis revendas mul-timarcas, que oferecem produtos nacionais e importados, prestando serviços em todos os municípios do país. “no momento, a forte deman-da por pneus de carga e passeio está proporcionando a entrada de pneus importados provenientes de países asiáticos”, assinala.

Em sua opinião, para desestimu-lar a importação de produtos de segunda linha, muitas vezes com custos bastante inferiores aos de pneus de marcas tradicionais, e aproveitar, ao mesmo tempo, a atu-al fase de aquecimento econômico, se faz necessário o investimento das indústrias na oferta de pneus populares, com preços competi-tivos e sortimento variado. “Essa estratégia, de gerar produtos para a parcela emergente da classe C, combateria os importados da Ásia, que abastecem esse segmento. Isso traria benefícios para o país e para o setor de pneus como um todo, já que estimularia a produção, as ven-das de pneus, a geração de novos empregos e, em certa medida, tam-bém o aumento do poder aquisitivo desse segmento da população, an-siosa por ter seu próprio carro e, indiretamente, pneus, num círculo virtuoso”, conclui.

Marcio Olívio da Costa, presidente da Abrapneus.

embora considere o setor como ma-duro, isso não quer dizer que seja um mercado estagnado. Muito pelo contrário: “o mercado é dinâmico e complexo, com marcas importadas e remoldados, com forte demanda e crises de oferta, o que exige mui-to preparo e adaptação”.

“Essa estratégia, de gerar produtos para a parcela emergente da classe C,

combateria os importados da Ásia, que abastecem

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Na “fórmula da emoção” a disputa é acirrada, envolvendo não apenas veículos, pilotos e escuderias, mas também os pneus

Este ano a Fórmula Truck está em sua 15ª temporada, e, como sempre, também neste ano a com-petição está acirrada. Com tanta competitividade, o desafio não é somente das escuderias, pilotos, equipes e veículos; os pneus tam-bém têm de apresentar máximo de-sempenho.

não é à toa que a Bridgestone é fornecedora oficial e exclusiva dos pneus da Fórmula Truck desde a pri-meira corrida da categoria, garan-tindo excelência em desempenho e segurança nas pistas.

Em 2010, a competição ganhou status internacional, passando a integrar os campeonatos brasileiro e sul-americano. A disputa também ganhou grandes nomes do automo-bilismo mundial como Cristiano da Matta (campeão da Indy 2002) e Bruno Junqueira (campeão da F-3000 em 2000). Tantas novida-des vêm sendo comemoradas e prestigiadas pelo fiel público da categoria que lota autódromos e inspira equipes e pilotos ao longo do ano.

Até agora, tanto competição quanto público fizeram jus ao que prometeram, com muita ve-locidade, adrenalina e animação nas cinco provas disputadas.

Na Fórmula Truck, a competitividade

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As etapas

na primeira, realizada em 7 de março, na cidade de Gua-poré, no Rio Grande do Sul, a pole ficou com Roberval Andra-de, da Scania. Porém, foi o atu-al campeão, Felipe Giaffone, que acabou levando o primeiro lugar, seguido por Valmir Bena-vides, ambos da Volkswagen, e Wellington Cirino, da Merce-des.

A segunda prova da compe-tição aconteceu no Rio de Ja-neiro (RS), no dia 18 de março. Realizada no circuito de Jaca-repaguá, ela marcou a estreia da Fórmula Truck na capital fluminense. Caracterizada por grandes áreas de escape e al-guns pontos de ultrapassagem,

a pista garantiu uma prova bastante disputada. Danilo Dirani, da Ford, largou na poli, mas não conseguiu se manter na posição até o fim da corrida. Roberval Andrade levou o ouro nessa etapa, seguido por Lean-dro Reis, também da Scania, e Val-mir Benavides, da Volkswagen.

A terceira corrida da temporada se desenvolveu na cidade de Carua-ru, no agreste pernambucano, em 16 de maio, e registrou nova dobradi-nha da Vokswagen. Valmir Benavides liderou a disputa de ponta a ponta e dividiu o pódio com Felipe Giaffone e Geraldo Piquet, da Mercedes, que obteve a terceira colocação.

Em 27 de junho, foi a vez de Cam-po Grande receber a categoria e a prova foi vencida por Wellington Ciri-no, piloto que costuma se sair bem no autódromo de Mato Grosso. Com a

Audiência internacional

no circuito de Interlagos, em São Paulo (SP), a Brid-gestone recebeu cerca de 250 clientes no seu HC, entre revendedores da rede oficial Bridgestone, concessio-nários da rede Bandag Truck Service (BTS), frotistas e clientes de montadoras.

Entre eles, estava um grupo de revendedores uru-guaios que vieram assistir ao evento, visitar a fábrica em Santo André (SP) e o campo de provas da empresa, o maior da América Latina, em São Pedro (SP).

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vitória deste ano, ele alcançou seu quarto triunfo no circuito que leva o nome de Aurélio Batista Félix.

E se Cirino foi o rei de Campo Grande, em junho, no dia 19 de julho foi a vez de o piloto pau-lista Roberval Andrade ficar no degrau mais alto do pódio. Em prova marcada por acidentes es-petaculares, o piloto obteve sua quarta vitória em Interlagos e a 17ª de sua carreira, tornando-se o terceiro piloto que mais louros alcançou na categoria.

Com as cinco primeiras etapas disputadas, Felipe Giaffone lide-ra o campeonato com 98 pontos, seguido de perto por Valmir Be-navides, com 97, Wellington Ciri-no, com 91, Roberval

Andrade, com 72, e Leandro Reis, com 48 pontos.

Breves

Fórmula Truck - Homenageia Bridgestone

Em 2010 a Bridgestone recebeu homenagem da Fórmula Truck por seus 15 anos de apoio à categoria, completados neste ano.

Muito mais do que uma ação de marketing, para a Bridgestone a Formula Truck é um gran-de laboratório para o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, já que as provas apre-sentam situações de extrema severidade para os pneus, ideais para testes.

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Bridgestone Bandag projeta inauguração de mais 20 lojas em 2010A Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS) ampliará o número de unidades especializadas em serviços para

caminhões e ônibus. Nos primeiros setes meses do ano, 18 entraram em operação

A Bridgestone Bandag Tire So-lutions (BBTS), empresa resultante da união entre a maior fabricante mundial de pneus e a líder global no setor de recapagem, está refor-çando sua pre-sença no Bra-sil. Em 2010, serão inau-guradas 20 Bandag Truck Service (BTS), lojas especiali-zadas em servi-ços para cami-nhões e ônibus, como freios, suspensão, lu-brificação, sis-temas elétricos, conveniência, acessórios, re-capagem e soluções de gerencia-mento de frotas por meio de sof-twares.

“Estamos colocando serviços de excelência à disposição dos frotis-tas, algo inédito no segmento bra-sileiro. Em nossas lojas, o cliente encontra um portfólio completo, além do atendimento customizado. O alto potencial do mercado bra-sileiro de carga e transporte tam-bém é algo que nos motiva a ter esse movimento de expansão no Brasil, o qual é estratégico para a companhia na América Latina e em âmbito global”, ressalta Ricardo Drygalla, gerente de Marketing da BBTS.

“O Brasil é um país com ma-lha tipicamente rodoviária, para a qual estão previstos importantes

investimentos públicos e privados para os próximos anos. Além disso, a produção nacional de caminhões e ônibus está em alta”, avalia o executivo.

ExpansãoA expansão da companhia no

Brasil em 2010 é expressiva. Ape-nas nos primeiros sete meses do ano, foram inauguradas 18 BTS. Hoje, a BBTS é a na maior rede de centros de serviços para aten-dimento a caminhões e ônibus do país, contando com mais de 100 lo-jas, instaladas em centros e corre-dores de grande fluxo de veículos pesados e nas principais rodovias do território. A previsão é triplicar esse número até 2014. Para isso, a organização já previu investimen-tos na ordem de US$ 3 milhões ao ano em toda a rede de lojas do país.

As 20 novas lojas, que devem iniciar suas operações ainda este ano, estão distribuídas estrategica-

mente nas cinco regiões do país, localizadas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do norte, Pa-raíba, Piauí, Bahia, Rio de Janeiro,

São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Queremos que o frotista encontre os mesmos ser-viços e a mesma qualidade onde quer que ele es-teja. Assim, re-forçarmos a BBTS como referência do setor”, diz Drygalla.

RecapadorasAlém das lojas

BTS, a companhia planeja a inauguração de oito re-capadoras no Brasil em 2010. Dife-rentemente das BTSs, onde o frotis-ta encontra um leque completo de serviços, as recapadoras têm por objetivo a reparação e a recupera-ção dos pneus, fazendo com que o momento de seu descarte seja pos-tergado. Este prolongamento da vida útil está intimamente ligado ao compromisso da empresa para com o aumento do ciclo de vida total do pneu, além de contribuir para o meio ambiente. Com os novos esta-belecimentos, a BBTS pretende en-cerrar o ano com 118 recapadoras. “Já temos a maior rede de recapa-gem do país. A meta é integrarmos todos os estabelecimentos que com-põem o conceito BBTS”, completa o executivo.

BTS Guaçu, instalada em Mogi Guaçu (SP), está entre as mais de 100 lojas da rede em operação no país.

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Um novo conceito em serviços e assistência

A empresa investe numa nova proposta de Unidades de Atendimento Técnico, para garantir aos clientes a oferta de serviços especializados em diferentes pontos do país

Sintonizada com as necessida-des de seus clientes e parceiros, após estudos e pesquisas, o De-partamento de Marketing de Servi-ços da Goodyear acaba de lançar uma nova proposta de Unidades de Atendimento Técnico (UATs). As primeiras unidades foram entregues oficialmente dia 21 de setembro de 2010, no Centro de Treinamento de Vendas e Marketing da Goodyear do Brasil, em Americana (SP).

“Aliado à constante capacitação de nossos profissionais nos proces-sos e nos conhecimentos técnicos e comerciais de atendimento, a Goodyear, buscando sempre a so-lução mais adequada para cada necessidade do mercado, desen-volveu padrões de equipamentos e comunicação visual que podem ser adaptados a qualquer veículo ou aplicação, levando em conta aspectos regionais e o mais alto ní-vel técnico disponível no mercado”, explica Rubens Campos, gerente de Marketing de Serviços.

O desenvolvimento das UATs está alinhado à proposta da com-panhia de agregar valor aos ser-viços prestados aos clientes, tra-zendo soluções inovadoras, dentro do conceito de Ciclo Completo do Pneu, que consiste em uma rede de revendedores abrangente, serviços diferenciados, ferramentas e solu-ções de gestão de pneus, e tecnolo-gia de recauchutagem.

A tecnologia é outro ponto pre-sente. Dentre as tecnologias dispo-níveis nas UATs, Rubens destaca o Tire IQ, que é um sistema de con-trole eletrônico da vida dos pneus

por Radio Frequency IDentification (RFID). Segundo ele, este último “utiliza chips e comunicação sem fio para o controle patrimonial e de desempenho dos pneus das frotas. A comunicação sem fio se apresen-ta também nos equipamentos de aferição de geometria que estão presentes nas UATs, as quais con-tam ainda com estrutura para mon-tagem e desmontagem de pneus, análise de temperatura, ressulca-

gem e balanceamento entre outras funcionalidades.”

Todas as unidades foram de-senvolvidas em parceira com os revendedores oficiais Goodyear. na entrega oficial estava previsto o comparecimento dos revendedo-res Bellenzier (Rio Grande do Sul), Cacique (Piauí) e Roma Pneus (São Paulo), cujas equipes já estão quali-ficadas e que agora passam a con-tar com as novas UATs.

no dia 21 foram entregues as primeiras unidades: UAT Bellenzier (RS), UAT Cacique (PI) e UAT Roma Pneus (SP).

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Boletim técnico é dedicado ao transporte de carga

Em linguagem direta e objetiva, o boletim procura esclarecer as principais questões ligadas ao uso correto dos pneus e à importância de sua manutenção preventiva

O Boletim de Orientação Téc-nica Goodyear, batizado com o nome de Vida Longa sem Segredos, foi desenvolvido para responder, de forma simples e clara, todas as questões sobre o uso correto, a im-portância da manutenção preventi-va e dos cuidados com os pneus.

O objetivo da publicação é in-formar os motoristas autônomos e também os transportadores sobre as melhores práticas no cuidado com os pneus e as formas de extrair o melhor rendimento possível desse item fundamental do transporte ro-doviário.

Com o intuito de prolongar a vida útil dos pneus e proporcionar mais segurança ao motorista, o boletim traz informações sobre a questão da pressão alta e baixa do pneu. O texto ressalta, por exem-plo, que a cada 100 pneus inutiliza-dos, 80 são por motivos de pressão de inflação incorreta. Além disso, dá várias dicas sobre o alinhamento

das rodas, o paralelismo dos eixos e o processo de recauchutagem, e, ainda, sobre a escolha do pneu cer-

to para cada tipo de serviço, entre outras. O material também mostra outras causas para eventual perda de eficiência do produto que, mui-tas vezes, pode ocorrer pela falta de manutenção do sistema de freio, por exemplo.

“A Goodyear desenvolveu o Boletim de Orientação Técnica pensando na importância dos bons cuidados com os pneus. Esta é uma ótima fonte de informação e orien-tação ao motorista e transportador que deseja conservar e ter o me-lhor aproveitamento do seu produ-to, proporcionando maior durabili-dade ao pneu e economia ao seu negócio, além de poupar o meio ambiente de possíveis descartes prematuros” explica Fábio Garcia, gerente de Marketing Pneus Comer-ciais da Goodyear.

O boletim está disponível para download no site www.goodyear.com.br

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Vida Longa sem Segredos, o Boletim de Orientação Técnica Goodyear, é dedicado a transportadoras e caminhoneiros.

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Compartilhando conhecimento sobre sustentabilidade

A Goodyear vê na participação em eventos e palestras uma forma privilegiada de levar informações sobre sustentabilidade à sociedade

A Goodyear tem procura-do compartilhar com a socie-dade sua visão e seu conhe-cimento em relação ao tema sustentabilidade. Sua partici-pação em palestras e outros eventos tem atingido os mais variados públicos, mas espe-cialmente estudantes, empre-sários, autoridades e outros formadores de opinião.

Exemplo disso foi a par-ticipação de Miguel Dantas, gerente sênior de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos, na XII Se-mana de Atividades Integradas do Centro de Ciências Exatas, Ambien-tais e de Tecnologia (Ceatec). no evento, que é promovido anualmen-te pela Pontifícia Universidade Cató-lica de Campinas (PUC-Campinas), ele apresentou a palestra Sustenta-bilidade, uma realidade presente no nosso dia-a-dia para cerca de 450 estudantes dos cursos de Análise de Sistema, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica, Geografia, Ma-

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Miguel Dantas, gerente sênior de Sustentabilidade e Assuntos

Corporativos da Goodyear.

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“A Goodyear

acredita na educação

como grande aliada

para a criação de

uma cultura voltada

à sustentabilidade.”

temática e Química, além do público externo interessado no tema.

Integração e inclusãoA Semana do Ceatec visa

proporcionar aos alunos da universidade a possibilidade de unir os conceitos e teorias vistos em sala de aula com as novidades e tendências do mercado de trabalho. nesse contexto, a Goodyear pôde

divulgar entre os presentes como a companhia tem discutido e incorpo-rado os conceitos e as práticas rela-cionadas à sustentabilidade no seu dia-a-dia.

“A Goodyear acredita na edu-cação como grande aliada para a criação de uma cultura voltada à sustentabilidade. Em função disso, a participação em eventos relacio-nados ao tema é uma oportunidade para dialogar e compartilhar nossa visão e experiência. A construção de possíveis soluções deve ser feita por meio de um processo inclusivo e par-ticipativo”, afirma Miguel Dantas.

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PIRELLI

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pirelli.com.br

*O nº 1 corresponde à posição da Pirelli no setor de pneus e é atestada por informações constantes nos sites da ANIP e ANFAVEA, conforme critério comparativo com dados do setor – dezembro/2008, pela pesquisa Top of Mind do instituto Datafolha (2000 a 2008), pesquisa Autopofmind da revista Autodata, pesquisa Job 200802301 – setembro/2008, realizada pelo instituto Ipsos, e estudo Advertising Tracking Trace, realizado pelo instituto Research International – maio/2008.

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No brasil, quase metade dos caminhões e ônibus saem de fábrica com pneus Pirelli.

Essa liderança é o resultado de uma parceria com as principais montadoras, que cria

novas tecnologias e produtos em nosso centro de pesquisas – o único no país dedicado

a esse segmento. Por isso, a Pirelli tem a linha mais completa para todos os tipos de

piso e veículo, dos leves aos superpesados, para frotas ou profissionais autônomos.

Escolha Pirelli você também. O pneu que ajuda a girar a economia do país.

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23Maio/Junho 2010

pirelli.com.br

*O nº 1 corresponde à posição da Pirelli no setor de pneus e é atestada por informações constantes nos sites da ANIP e ANFAVEA, conforme critério comparativo com dados do setor – dezembro/2008, pela pesquisa Top of Mind do instituto Datafolha (2000 a 2008), pesquisa Autopofmind da revista Autodata, pesquisa Job 200802301 – setembro/2008, realizada pelo instituto Ipsos, e estudo Advertising Tracking Trace, realizado pelo instituto Research International – maio/2008.

UMA EscOlhA, VáRIOs DEsTINOs.

PIREllI. O Nº 1 EM VENDAs NAs EsTRADAs bRAsIlEIRAs.*

No brasil, quase metade dos caminhões e ônibus saem de fábrica com pneus Pirelli.

Essa liderança é o resultado de uma parceria com as principais montadoras, que cria

novas tecnologias e produtos em nosso centro de pesquisas – o único no país dedicado

a esse segmento. Por isso, a Pirelli tem a linha mais completa para todos os tipos de

piso e veículo, dos leves aos superpesados, para frotas ou profissionais autônomos.

Escolha Pirelli você também. O pneu que ajuda a girar a economia do país.

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PIRELLI

Coleção Pirelli/Masp de Fotografia 18ª Edição

A edição 2010 – com 70 imagens, de 20 fotógrafos, expostas até outubro – contempla produção do Pará e da Bahia e homenageia os fotógrafos Luiz Hossaka e George Leary Love

A Coleção Pirelli/Masp de Foto-grafia chega a sua 18ª edição. A exposição, que foi aberta no dia 12 de agosto e se estendeu até o dia 3 de outubro na Galeria Horá-cio Lafer, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), apresenta 70 obras de 20 fotógra-fos de cinco estados. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pará estarão representados. Além destes, também poderão ser vis-tos trabalhos do norte-americano George Leary Love, que atuou em São Paulo dos anos 60 aos 90 e receberá homenagem póstuma, ao lado de Luiz Hossaka, fotógrafo do Masp desde os anos 50 e membro da comissão organizadora da cole-ção até sua morte, no ano passado.

Desde sua criação, em 1990, a coleção traz artistas com represen-tação e influência significativas na fotografia brasileira, escolhidos por uma comissão formada por Boris Kossoy, Thomaz Farkas, Rubens Fer-nandes Junior, Mario Cohen e Piero Sierra.

nesta edição – a qual prioriza o lado autoral de fotógrafos publici-tários, fotojornalistas e um cineasta – Luiz Braga, do Pará, e Aristides Alves, da Bahia, foram convidados a indicar artistas de seus estados: os paraenses Alberto Bitar, Octávio Cardoso, Mariano Klautau Filho, Alexandre Sequeira e Guy Veloso – este último, fotógrafo selecionado para a 29ª Bienal de São Paulo com a série documental Penitentes – e os

baianos Anizio Carvalho, Iêda Mar-ques, Bauer Sá e Maria Sampaio – fotógrafa e escritora falecida em junho passado.

A fotografia paulistana traz o pu-blicitário Ricardo Barcellos, a foto-jornalista Marlene Bergamo e Gus-tavo Lacerda, com obras da série Albinos, de 2009. O uso de recursos tecnológicos está contemplado pelo trabalho dos fotógrafos Rafael Ja-cinto, Pio Figueroa e João Kehl e da produtora Carol Lopes, do estúdio Cia da Foto.

Márcio Rodrigues e Marco Men-des, dupla de fotógrafos do Lumini, premiado estúdio de Minas Gerais, apresentam trabalhos individuais. E o cineasta carioca Ivan Cardoso dá ao público a oportunidade de ver seu trabalho por trás de outras len-tes que não as das câmeras super-8.

Cia da Foto – São Paulo (SP).

Iêda Marques – Casa de Lau – Bonina (BA).

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Dois fotógrafos são homenageados

Luiz Sadaki Hossaka (1928-2009): fotógrafo, museólogo e membro da comissão da Coleção Pirelli/Masp até seu falecimento. Trabalhou no Masp desde o início dos anos 50, onde aprendeu a fotografar. Grande parte da documentação histórico-fotográfica do museu foi feita por Hossaka durante os mais de 50 anos em que atuou na instituição.

George Leary Love (1937-1995): fotógrafo americano que se mudou para São Paulo em 1966. Colaborou com a difusão da foto-grafia de expressão pessoal no Brasil durante os anos 70 e 80. Desde 1992 a coleção possui três fotos do artista. Porém a oportunidade única de obtenção de um lote de 13 obras chamou a atenção da comissão pela possibilidade de lembrar este fotógrafo e constituir no Masp um conjunto que revela todo seu experimentalismo e liberdade.

Serviços

Quanto: Ingressos a R$ 15,00 e R$ 7,00 (para estudantes). Crianças até 10 anos e adultos acima de 60 não pagam. Às terças-feiras o ingres-so é livre.

Visitas orientadas: As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializa-dos. Os interessados podem obter mais informações por meio do tele-fone 11 3251 5644, ramal 2112.

Mais informações: www.masp.art.br. Twitter: http://twitter.com/maspmuseu

As duas décadas

“A primeira edição da Coleção Pirelli/Masp aconteceu há 20 anos e, em 2010 temos orgulho em apre-sentar a 18ª edição, um marco im-portante de nossa longa parceria com uma das mais importantes insti-tuições culturais do país, o Masp. A continuidade do projeto é um exem-plo do comprometimento da Pirelli com o desenvolvimento cultural do Brasil”, diz Mario Batista, diretor de Assuntos Corporativos da Pirelli. A chegada à 18ª edição confirma a validade do modelo de atuação: um conselho independente, formado por profissionais de renome da fo-

tografia no Brasil, seleciona anual-mente um conjunto de obras que são doadas ao Masp.

O objetivo principal da inicia-tiva é formar um panorama da fo-tografia contemporânea brasileira a partir dos anos 40-50; portanto, cada edição é pensada de forma a contemplar os trabalhos mais signifi-cativos nesse grande mosaico que é a linguagem fotográfica e a sua evo-lução nos mais diferentes campos. O acervo da coleção conta com mais de mil obras de cerca de 300 fotó-grafos representantes de todas as regiões do país.

O conjunto tem a virtude de reu-nir nomes consagrados, investir em

talentos emergentes e também dar destaque a grandes fotógrafos dos quais se perdeu a memória, mas que foram importantes para a his-tória da fotografia no Brasil. O re-sultado é uma coleção que abrange tanto o fotojornalismo, quanto foto de estúdio e a fotografia de expres-são pessoal.

A coleção, em sua totalidade, po-derá ser acessada pelo novo ende-reço eletrônico http://www.colecao-pirellimasp.art.br. no site é possível pesquisar todas as obras, biogra-fias, temas, catálogos, edições an-teriores, artigos e até mesmo visitar exposições virtuais específicas da coleção.

Alberto Bitar – Série Efêmera Paisagem – Benevides (PA). Octávio Cardoso – Belém (PA). Anizio Carvalho – Caribé e Mãe Menininha do Gantois – Salvador (BA).

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PIRELLI

A ópera chega às escolas públicas paulistas

Dez escolas participam do projeto Ópera na Escola, que encenará o espetáculo itinerante A Criada Patroa entre agosto e o final de setembro

nos meses de agosto e setembro o espetáculo itinerante A Criada Patroa será apresentado em escolas da rede estadual de São Paulo. Idealizado por Livia Sabag e Cléia Mangueira, o projeto Ópera na Escola tem como objetivo possibilitar a estudantes e à população de baixa renda o acesso à música erudita e ao gênero operís-tico.

“A ópera, por sua natureza híbri-da, que inclui música, teatro e artes visuais, é uma forma de arte que pode ser facilmente apreciada por qualquer tipo de público. no entanto, a maior parte da população brasilei-ra não tem acesso a espetáculos eru-ditos, que geralmente são produzidos para uma elite de alto poder aquisiti-vo. Dessa constatação surgiu a ideia de irmos até esse público, que julga-

mos carente”, explica Livia Sabag, diretora cênica do espetáculo.

A Criada Patroa, que conta com o patrocínio da Pirelli, é uma versão em português da famosa ópera bufa italiana La Serva Padrona, que por sua enorme qualidade artística entrou para o repertório dos grandes teatros e até hoje é frequentemente encena-da, especialmente como introdução ao público leigo.

“Estamos felizes em fazer parte do Ópera na Escola, não só porque é um projeto pioneiro no Brasil, mas também porque a Pirelli acredita que a arte, sob todas as suas formas, in-clui e amplia a visão de mundo das pessoas. Com o acesso a música, os jovens aumentam seus conhecimen-tos, o que gera novas possibilidades para seu futuro”, diz Mario Batista,

diretor de Assuntos Corporativos da Pirelli.

Além da apresentação gratuita, o público receberá informações sobre o gênero e sobre o processo de ela-boração do espetáculo.

“nós nos inspiramos no projeto de Formação de Público em Teatro, produzido pela Prefeitura de São Paulo há uns anos atrás. Colocamos os músicos e o cenário numa van e partimos para as escolas. Chegando lá, montamos nossa produção, como faziam as companhias mambembes antigamente; depois desmontamos tudo e partimos para outra escola”, conta a diretora de produção Cléia Mangueira.

A obra original foi escrita para dois cantores, um ator e uma peque-na orquestra. nessa versão, a or-questra foi substituída por um piano elétrico, para facilitar a logística de transporte.

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A Criada Patroa

Criado por Giovanni Battista Pergolesi, em 1733, o es-petáculo conta as desventuras da criada Serpina (Caro-line De Comi), educada desde a infância por seu patrão Uberto (Márcio Marangon). Quando adulta, Serpina se apaixona por ele e cria uma série de armadilhas para conseguir casar-se com Uberto, com a ajuda de seu ami-go, também criado, Vespone. Com muito humor, A Criada Patroa conduz o espectador através de tramas engenho-sas, misturando a linguagem da comédia popular italiana com arquétipos da cultura brasileira. A obra original é um marco na história da ópera, pois é considerada precurso-ra do estilo cômico no gênero.

Apresentação

Data Horário Cidade Escola Endereço

11h Santo André EE Papa João Paulo I R. Fenícia, 926 – Pq. Novo Oratório

28/08

15h São Paulo/ Heliópolis

EE Ataliba de Oliveira R. S. Silvestre, 400 – S. João Clímaco

11h Mauá EE Prof. Luis Washington Vipa R. Vice-pres. Salviano Alves Brandão, 180 – Pq. S. Vicente

04/09

16h Santo André EE Prof. Ovídio Pires de Campos

R. Espírito Santo, 79 – Cid. S. Jorge

11h Sumaré EE Profª Zoraide Proença Kaysel

R. Doze , 199 – Jd. Manchester (Nova Veneza)

11/09

16h Campinas EE Fábio Faria de Syllos Av. Brig. Rafael Tobias de Aguiar s/nº – Jd. Aurélia

11h Barueri EE Jardim Paulista Est. Municipal, 301

18/09

16h São Paulo/ Pirituba

EE Gal. Humberto de Souza Melo

Av. Dep. Cantidio Sampaio, 6 803 – Parada de Taipas

11h Tambaú EE Pe. Donizetti T. de Lima R. Cel. Manoel de Souza Meirelles, 124

25/09 16h Porto Ferreira EE Washington Luiz R. Luis Gama, 600 – Centro

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MICHELIn

Empresa amplia sua capacidade de produçãoA Michelin está investindo 300 milhões de Euros para expandir sua capacidade de produção de pneus para veículos de passeio e caminhonetes no Brasil

no dia 29 de junho, a Michelin realizou a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do projeto de expansão de sua fábrica de pneus para veículos de passeio e caminho-netes, em Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. O evento simbolizou o inicio das obras de expansão e con-tou com a presença do governador do estado, Sérgio Cabral, e do pre-feito do Itatiaia, Luis Carlos “Ypê”.

Essa ampliação – que conta com investimentos de 300 milhões de Eu-ros – permitirá à empresa dobrar seu volume de vendas e também o número de seus pontos de venda nos próximos anos, para se tornar uma das líderes de mercado neste segmento. Serão gerados 300 no-vos empregos diretos e 1,5 mil em-pregos indiretos. As contratações já foram iniciadas e as obras estão em andamento.

Início das obras de expansão da fábrica da Michelin, em Itatiaia (RJ).

Sérgio Cabral e o boneco da Michelin durante a cerimônia que marcou o início das obras.

A estratégia do equipamento original

Uma das principais contribuições desta expansão será o aumento da presença da Michelin no segmento de primeiro equipamento, junto às montadoras instaladas em todo o Brasil. “Essa estratégia será funda-mental para atingirmos o nosso ob-jetivo de triplicar a nossa participa-ção de mercado nos próximos três anos, sabendo que a reposição é alimentada, em grande parte, pela fidelidade dos clientes ao pneu que equipa o seu carro desde a fábri-ca”, afirma Franco Gorga, gerente comercial de Primeiro Equipamento de Pneus de Passeio e Caminhonete da Michelin América do Sul.

Ele informa que cerca de 20% da produção inicial será dedicada ao mercado de primeiro equipa-mento. “neste momento já estamos em contato com as principais mon-tadoras presentes no Brasil, Argen-tina e Colômbia”, anuncia.

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A estratégia da reposição

Mas as metas da empresa vão mui-to além desse mercado. A Michelin tem uma estratégia ambiciosa também para o segmento de reposição, por isso, já está trabalhando no desenvolvimento de sua rede de revendedores autoriza-dos. Em 2010, a empresa registrou 14 novos revendedores Michelin, dois são novos parceiros e 12 são revendedores tradicionais que estão expandindo os negócios com a marca.

A equipe de distribuição e desenvol-vimento da empresa tem como missão assegurar o acesso dos consumidores de todo o Brasil à marca Michelin. De acordo com informações da empre-sa, a atuação dessa equipe é focada

ENTREVISTA

Projeto de importância crucial

“Esse é um dos três projetos prioritários do Grupo Michelin”, afirma Emmanuel Ladent, diretor geral de Pneus de Passeio, Ca-minhonete e Moto da Michelin América do Sul, que fala em en-trevista a seguir sobre a impor-tância desta expansão.

Qual é a importância desta ex-pansão para a Michelin e para o Brasil?Ladent – Esse projeto de expan-são é crucial para o desenvol-vimento da marca Michelin na América do Sul. Esse é um dos três projetos prioritários para o Grupo Michelin que, além do

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Empresa amplia sua capacidade de produçãoA Michelin está investindo 300 milhões de Euros para expandir sua capacidade de produção de pneus para veículos de passeio e caminhonetes no Brasil

Brasil, incluem a Índia e a China. nosso objetivo é triplicar a nossa participação de mercado nos pró-ximos anos, fazendo com que a Michelin se torne uma das líderes deste segmento.

Quais serão os produtos fabricados e para quais mercados?Ladent – Esta expansão nos permiti-rá fabricar as principais dimensões de pneus de passeio e caminhonete do mercado sul-americano, além de nos permitir entrar no mercado de equipamento original de maneira mais forte.

Como essa expansão ajudará a Mi-chelin a se diferenciar de seus con-correntes e ganhar mercado?Ladent – Esta será a fábrica mais moderna do Grupo Michelin no

que diz respeito à tecnologia e aos equipamentos que serão uti-lizados. Produziremos localmente produtos com a melhor perfor-mance do mercado, em termos de durabilidade, aderência, seguran-ça e consumo de combustível.

Emmanuel Ladent: “o objetivo da empresa é triplicar

sua participação de mercado nos próximos anos.”

em dois pilares: a abertura de novos pontos de venda e o desenvolvimen-to e aprimoramento da rede atual de revendas. Para apoiar esses pilares, a Michelin tem realizado parcerias com empresas como a Ipiranga e a Bosch, que contribuirão para incrementar as vendas da rede autorizada, além de parcerias com operadoras de cartões de crédito, com o objetivo de propor-cionar taxas e prazos mais competiti-vos para os consumidores.

A atuação da companhia no desen-volvimento da sua rede de revendedo-res é focada num crescimento estrutura-do para que possa atender, cada vez melhor, os clientes.

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OPInIãO

Simplificação e impulso para a micro e pequena empresa

As micro e pequenas empresas são essenciais à economia brasileira. Por isso, é preciso aperfeiçoar os regimes de tributação, desonerando o setor, para que cresça cada vez mais

Anunciado como a solução para todos os problemas dos empresários de micro e peque-no porte do país, o Simples Nacional entrou em vigor a pouco mais de três anos com grande ex-pectativa para o segmento produtivo brasileiro.

No entanto, ao contrário de seu apelido inicial, Supersimples, aos poucos o sistema mos-trou-se complexo, já que instituiu cinco anexos com tabelas diferenciadas para aplicação nos diversos tipos de atividades econômicas, e, em muitas situações, tornando-se mais oneroso que os outros regimes de tributação.

Desde a sua implantação, em junho de 2007, o Sescon-SP tem feito campanha de escla-recimento junto à sociedade para desmistificar o regime tributário e alertar para o “modismo da simplificação”, enfatizando que o Simples Nacional nem sempre é a opção mais vantajo-sa, o que torna imprescindível a análise apro-fundada dos dados da organização.

Além disso, o sindicato tem lutado, junta-

José Maria Chapina Alcazar*

* José Maria Chapina Alcazar é presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e da Associação das Empresas de Serviços Contábeis (Aescon-SP).

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mente com outras entidades, no Fórum Perma-nente em Defesa do Empreendedor, para o aperfeiçoamento do sistema simplificado.

Os principais pleitos, sem dúvida, foram atendidos com a aprovação no Congresso Na-cional da Lei Complementar nº 128/2008, com a ampliação da lista de atividades permitidas; a integração da Contribuição Previdenciária ao Anexo V; a transferência de anexo para deter-minados segmentos, e, principalmente, a cria-ção do Microempreendedor Individual (MEI).

Propostas em debate

Apesar desses significativos avanços, o Sim-ples Nacional ainda necessita de outras mudan-ças. Hoje, uma das mais urgentes diz respeito ao aumento do limite máximo de faturamento permitido. Além de impedir o ingresso no sis-tema de um número maior de empresas, a es-tagnação desse teto por tanto tempo significa aumento de carga tributária.

A economia não para. Por isso, é preciso que seja adotada sistemática de ajuste anual desse limite, impedindo que a cada novo ano mais empresas sejam alijadas do sistema sim-plificado.

No entanto, a questão mais grave relativa ao teto é o desestímulo ao crescimento. Com o reajuste de seus custos e preços, as micro e pe-quenas se veem ameaçadas de exclusão, o que dirá de medidas de desenvolvimento do negó-cio, que podem ser as causadoras das perdas dos benefícios do regime. Ou, mais grave ain-da, podem ficar sujeitas ao descredenciamento retroativo, passíveis de altas penalidades, o que pode ser fatal para o seu negócio.

Tudo isso desestimula a passagem da pe-quena empresa para média, afinal, para que ela se torne grande e possa optar por outro sis-

tema de tributação, é preciso incentivá-la para tal, e não encurralá-la.

Outra mudança importante seria uma nova extensão do rol de atividades econômicas que poderão fazer a opção pelo regime. Com exce-ção do limitador do faturamento e dos casos de participação dos sócios em mais uma organiza-ção, não há razão para essa discriminação com determinados setores.

Nessa mesma linha, também é falha do Simples Nacional a exclusão de empresas por inadimplência. Se o empreendedor tem dificul-dades financeiras dentro do regime, descreden-ciá-lo significa assinar a falência da organiza-ção, já que terá as mesmas pendências fiscais e ainda chances reduzidas para a sua quitação e manutenção.

Nesse contexto, o Congresso Nacional, o segmento produtivo e a sociedade estão inician-do debate para o aperfeiçoamento do regime. O PLP-591/2010, por exemplo, em tramitação na Câmara dos Deputados, vem ao encontro de muitas dessas necessidades apontadas. Uma delas é o aumento da receita bruta anual para o ingresso, para R$ 3,6 milhões, para as pequenas empresas, e para R$ 360 mil, para as microempresas. Na mesma esteira, também sugere a ampliação do limite de faturamento para os MEIs, para R$ 48 mil anuais.

Diante da relevância do tema, o debate desses aprimoramentos entre Governo, setor empresarial e sociedade torna-se fundamental para a construção de um sistema que atenda as necessidades das micro e pequenas empresas.

Não se pode fechar os olhos para as micro e pequenas empresas, pois elas são os princi-pais pilares de sustentação da economia bra-sileira. Dessa forma, é preciso simplificar, deso-nerar e dar subsídios para que o setor cresça cada vez mais. Lutaremos para isso!

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