Júri Simulado defesa Suzane

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DEFESA SUZANE RICHITOFEN Gostaramos de falar um pouco sobre a vida da Suzane antes da morte de seus pais. Vamos esquecer por um momento o fato assassinato, sendo este um fato assumido neste momento. Vamos diversamente disto apenas tentar imaginar como era a vida de Suzane. E Ento perguntamos: Algum sabe? Algum publicou alguma matria sobre como os Richthofen viviam? A polcia investigativa se preocupou em saber e concluir qual era a real e restrita convivncia que existia entre esta famlia? Passemos a uma breve narrativa, que ser esta de, conhecer melhor a vida de Suzane Von Richthofen. Uma menina que, dita por muitos como mimada, imatura, que tinha tudo o que desejava, vivia o que seria para a maioria de ns aqui presentes, um mundo de conto de fadas e fantasia. Para os pais, uma linda boneca de loua, que deveria ser comandada e acomodada como eles bem entendessem. Ela no seguia suas prprias vontades. No podia tomar decises comuns, porm importantes como toda jovem de 17 anos. A escolha da prpria faculdade, a sua prpria profisso foi escolha dos pais. Eram os pais que sempre decidiam o seu destino, o seu futuro. E esses pais? Superavam sua ausncia com presente e dinheiro para os filhos. Trabalhavam e adquiriam bens, sem descanso em sua busca por sempre ter mais. Notem que os filhos usavam drogas no quintal de sua prpria casa e estes pais foram incapazes de perceber o que ocorria dentro do prprio lar. A me era psiquiatra, e mesmo assim no percebia os problemas em sua filha, por mais incrvel que se possa parecer. Era a me conivente com a situao? Os relatos de amigos desses pais so de que, a me de Suzane aceitava a situao de ser trada pelo o marido. Ela sabia sim que o marido mantinha relaes extraconjugais e as aceitava. Obviamente estes pais no ensinaram o que eram laos de famlia, a unio, o amor entre pais e filhos, que comum a todos ns. Para os pais de Suzane tudo girava em torno do dinheiro, e este era o centro do mundo para esta famlia. Sabemos que Suzane foi fisicamente agredida mais de uma vez, porm, se era sexualmente abusada no podemos afirmar, pois no houve um trabalho do corpo competente para concluso de tais alegaes. Afirmamos ainda que a amizade com vizinhos e amigos era totalmente superficial, no relatavam seus problemas com veracidade. Observem ainda a ttulo de curiosidade: O que levaria a av de Suzane a perdo-la e ainda a receber de braos abertos? Era ela a mais prxima no que se pode aqui chamar de relaes familiares, e que, realmente sabia como era o verdadeiro dia a dia da famlia Richthofen. O que nos leva a indagar... Saberia a av, das situaes absurdas que ocorriam dentro desta casa de famlia? Se ao contrario fosse, seria de se esperar que fosse a primeira a julgar e condenar a neta, visto que a vtima fora sua prpria filha. E ento ficam as perguntas, mas no as respostas. O que levou a av perdoar a neta? Estariam seus netos sofrendo muito com os estes pais? Munidos agora desta nova viso sobre a atormentada vida de Suzane prosseguiremos. Suzane encontra pela primeira vez o que amor.

Conhece Daniel e com ele sua famlia, o que para ela, passa a ser, naquele momento, uma famlia de verdade. Passa a criar verdadeira averso dos pais, percebe que eles jamais a amaram, e que na lista de prioridades deles, ela e seu irmo sempre ocupavam as ltimas posies. Comea a analisar as atitudes dos pais, e v que o nico motivo da proibio de seu namoro era o fato do namorado ser pobre. Para ela os valores dos pais eram diferentes, s o que importava era nome, o status, e acima de tudo sempre o dinheiro. Sentimentos com verdadeiros significados familiares como o companheirismo, unio e especialmente o amor eram algo que jamais foram transmitidos e valorados naquela casa. Este fato tambm se confirma atravs do comportamento de seu irmo Andreas. Este passa a frequentar a casa da famlia Cravinhos e tambm se apaixona por aquela famlia. A exemplo, o simples fato de ganhar uma mobilete, montada com peas usadas, deixa-lo o extremamente feliz, pois ali encontrou pessoas que reconheciam sua existncia bem como sua importncia. Para afirmar tais alegaes, analisemos o comportamento de Andreas. Quando do recebimento da noticia, e ainda na reconstituio do crime, ao sair do seu quarto e abraar com muito carinho Cristian, mesmo j sabendo da confisso do ru. Podemos apenas imaginar as agresses, possivelmente iguais a da irm. Lembrem-se de que, o pai, era descendente de alemes, que como muitos sabem, em sua maioria tm uma educao extremamente rgida, onde a prioridade a obedincia e a razo, no a emoo ou o corao. Queremos lembra-los tambm que, as atitudes de Suzane no estavam relacionadas com dinheiro, pois esta j tinha tudo o que desejava na forma material, no lhe faltava nada, e que mais cedo ou mais tarde todo o dinheiro da famlia ficaria com ela e o irmo. S o que faltava e sempre faltou foi o amor dos pais. Fica ento meus amigos, a pergunta: Quem poderia, sem dvida alguma, garantir que Suzane no era abusada fisicamente e emocionalmente pelos pais? Vendo ento os fatos narrados acima conclumos sem dvida alguma que Suzane inocente alm de inocente na realidade uma vtima desse sistema que se instaurou ao seu redor, dessa famlia. Com efeito, pertinente e vlido lembrar que, Suzane agiu sobre influncia de substncia de efeitos anlogos, pois a mesma fazia o uso costumeiro e repetitivo de cannabis sativa a maconha. E isso por estar em grande sofrimento devido depresso que sentia, com a falta de afeto dos pais. (artigo 28 inciso II)