Junho 2008 Pb

24
JORNAL DO AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS & DA COMUNIDADE DE SOUSELO GRATUITO Ano IV Número 9 - JUNHO-JULHO 2007 / 2008 Ida ao teatro ................................ 2 Barragem de Carrapatelo ................. 3 Passeio de fim de ano lectivo ............. 3 Houve magia em Souselo ................. 6 Uma receita muito especial ............... 6 Festand - festa final do andebol ......... 7 Aos Finalistas Jardim de Infância ....................... 7 CEF de Desenho ........................ 15 Alunos do 9º ano ...................... 19 PAIS À MANEIRA ACERTAR AS CONTAS Páginas 4 e 5 Concurso de leitura ........................ 8 Da imagem ao texto ....................... 9 Actividade de encerramento ano lectivo10 Finalmente um ecoponto ................ 10 Como eu atravessei Àfrica ............... 11 Vale a pena voltar a aprender ........... 18 LUDOMANIA ............................ 20 Transformar Cinfães ....................... 21 Notícias de Cinfães ........................ 22 Notícias de Souselo ....................... 24 Páginas 16 e 17

Transcript of Junho 2008 Pb

Page 1: Junho 2008 Pb

JORNAL DO AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS & DA COMUNIDADE DE SOUSELOGRATUITO Ano IV Número 9 - JUNHO-JULHO 2007 / 2008

Ida ao teatro ................................ 2Barragem de Carrapatelo ................. 3Passeio de fim de ano lectivo ............. 3Houve magia em Souselo ................. 6Uma receita muito especial ............... 6Festand - festa final do andebol ......... 7Aos Finalistas Jardim de Infância ....................... 7 CEF de Desenho ........................15 Alunos do 9º ano ......................19

PAIS À MANEIRAACERTAR AS CONTAS

Páginas 4 e 5

Concurso de leitura ........................ 8Da imagem ao texto ....................... 9Actividade de encerramento ano lectivo10Finalmente um ecoponto ................10Como eu atravessei Àfrica ...............11Vale a pena voltar a aprender ...........18LUDOMANIA ............................20Transformar Cinfães .......................21Notícias de Cinfães ........................22Notícias de Souselo .......................24

Páginas 16 e 17

Page 2: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 20082

Telefones ÚteisBombeiros Cinfães: 255 561 567Bombeiros Nespereira: 256 955 445GNR Souselo 255 690 030GNR Cinfães: 255 561 438Câmara MunicipalCinfães: 255 560 560Junta Freguesia Souselo: 255 696 354Junta Freguesia Travanca: 255 688 292Centro de Saúde Cinfães: 255 561 275Centro de Saúde Souselo: 255 696 315Centro de Dia de Souselo: 255 695 011

Secretaria: 9 h às 16.30hAcção Social Escolar: 9h às 12.30h e das

14.30h às 17.30h

JORNAL DO AGRUPAMENTO VERTICAL DEESCOLAS & DA COMUNIDADE DE SOUSELO

Souselo, Cinfães, 4690-673 CinfãesTelefone: 255 690 370 Fax: 255 690 379

[email protected]

Ficha técnica:Coordenação:Marisa Moreira, Ana Campos, DanielaRamos, Maria João Maurício e AntónioSilva.Colaboração:

Adelaide Nunes, Adriano Jesus, AlexandraCardoso, Alexandra Silveira, Alice Soares, Alunose docentes da Escola de Santa Isabel e Saímes,Alunos EFA e CEF, Ana Campos, Ana Coruche,Ana Costa, Ana Moura, Ângela Silva, AntónioFernandes, António Jorge, Armando Mourisco, ArturAlmeida, Aurora Alves, Beatriz Tavares, Carla Alves,Castro Monteiro, Clara Leiria, Cristina Carvalho,Docentes das AECs, Fátima Bento, Fátima Rocha,Fausto Silva, Fernanda Vieira, João Sampaio,Manuel Rabaça, Maria Alves, Maria Ferreira, MariaOliveira, Maria Soares, Paula Ferreira, Pedro oliveira,Sónia Silva, Tiago Fonseca, Vera Monteiro, VítorSales.Auxiliares e Professores e Crianças das Escolas eJardins de Infância de Saímes, Tarouquela,Espadanedo, Côvelo, Lavra, Fonte Coberta eMoimenta.Todos os alunos e professores do Agrupamento e osfuncionários da EB 2,3 que com maior ou menorcontributo permitiram a elaboração deste Jornalatravés da sua imagem e da ajuda na produção edistribuição deste Rio de Notícias.

Agradecimentos:Juntas de Freguesia de Souselo,Espadanedo, Tarouquela e Travanca,Clube Desportivo de Travanca e àsEmpresas Patrocinadoras destapublicação.

Impressão: Gráfica PaivenseTiragem: 1200 exemplares

Este e outros números emhttp://www.eb23-souselo.rcts.pt/

No passado dia 27 de Junho,as formandas da turma 9C deTarouquela dos cursos EFA foramassistir à peça de teatro «Quemcasa quer casa», apresentadapelo Grupo de Teatro AldeiaVerde Lazarim, no TeatroRibeiro Conceição, em Lamego.

Em Lamego, a magnífica salade espectáculos transportoutodos para uma outra época e fezvoar as imaginações mais férteis.De facto, este teatro, reaberto aopúblico no início do corrente ano,foi em tempos a referência cul-tural do interior do país e mereceser apreciado. Construído noséculo XVIII, acolheu o Hospitalda Misericórdia e foi reerguido,depois de um incêndio, por JoséRibeiro Conceição, que ocomprara em hasta pública e lhedeixou o seu nome.

A peça durou cerca de umahora. Tal como o nome sugere,trata-se de uma comédia queilustra o provérbio Quem casaquer casa: três casais vivemdebaixo do mesmo tecto e sóencontram a paz, quando vaiviver cada um para sua casa.

As formandas, queescreveram e representaram a

Ida ao Teatropeça de teatro «Regresso aopassado… recordar é viver»puderam comparar o trabalho deverdadeiros actores com o seu eencontrar pontos de referênciacomuns (postura em palco,projecção de voz, a importânciada expressão facial e do jogo deluzes, etc.). De uma formadiferente, adquiriram econsolidaram conhecimentosacerca do texto dramático e doacto de representar. Adoptaramtambém uma postura crítica,fazendo comentários no final dapeça.

É de salientar que o gruporegressou à sua pequena aldeiamais rico culturalmente esatisfeito com a experiência. Maisuma para juntar a um anorecheado de coisas novas.

A professora de Linguagem eComunicação, Ana Maria Costa

www.lamegoemfoco.blogspot.com.

Companhia de Teatro Aldeia VerdeO Grupo de Teatro Aldeia Verde, de Lazarim nasceu há quase

duas décadas, do gosto e da paixão deste povo pelas artes depalco. Essa paixão remonta para mais de 80 anos, época em quese faziam célebres representações teatrais ao ar livre. Resultadodessa paixão nasce oficialmente em 1998 o Grupo de Teatro AldeiaVerde. Através da estrutura então criada, conseguiu passar-sede uma única apresentação anual feita na “terra” para as cerca de20 que são realizadas actualmente. O GTAV criou ainda também oórgão informativo “Aldeia Verde”, jornal local de distribuiçãogratuita que serve de agenda cultural e meio de informação dasnotícias de maior interesse da Vila.

http://radiosmarta.webnode.com/products/gg/ (adaptado)

http://monumentosdeportugalfoto.blogspot.com/2008/04/teatro-ribeiro-conceio-lamego-portugal.html

visitas de estudo

Page 3: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 3

ESPECIAL IDADES:AlergologiaCirurgia GeralClínica GeralDematologiaElectrocardiogramaEndocrinologiaEnfermagemGineologiaMedicina do TrabalhoObstetrícia

O R LOrtopediaPediatriaPsicologiaPsiquiatriaUrologia

MEIOS DE DIAGNÓSTICO:Análises ClínicasECG Simples

Na Sexta-feira, dia 13 deJunho os alunos do 4.º ano daescola de Santa Isabel, visitaramo interior da barragem deCarrapatelo situada no RioDouro, perto de Cinfães.

Esta visita insere-se no DiaMundial do Ambiente. Quandolá chegámos, juntámo-nos aoutras turmas de outras escolas.Entretanto, chegou um senhor aexplicar-nos como era produziaa electricidade.

Após esta explicação,descemos umas escadas e fomoster a um compartimento, ondenos foi dito como era distribuídaa electricidade para todo o país eaté para alguns países daEuropa.

Depois fomos ver umasfotografias que estavamexpostas numa parede, paraensinar aos visitantes asdiferentes fases da construçãodesta barragem.

De seguida, fomos ver ofuncionamento dos três

O Passeio de final de ano dapré-escola de Fonte-Coberta,Souselo, Cinfães, realizou-se nodia 26 de Junho tendo comodestino o parque aquático deAmarante. Os alunos entraram às09:30 horas no autocarro junto àIgreja Matriz de Souselo. Ascrianças dos Jardins de Infânciade Fonte Coberta nº1 e nº2 foramtransportadas em dois autocarrose acompanhadas pelaseducadoras, auxiliares da escola,educadora do prolongamento eauxiliar. A acompanhar ascrianças estiveram as mães, bemcomo alguns familiares. A viagemdecorreu sem problemas. Achegada foi vivida com muitaexpectativa por parte das criançasque perspectivaram um diadiferente, de festa e de alegria.Depois dos banhos e dasbrincadeiras na água chegou ahora do almoço que decorreu narelva das piscinas, tendo todasas mães levado almoço de casa.Foi alegre o convívio com asmães, as crianças, educadoras eauxiliares. Depois de uma pausapara descansar após o almoçopara a digestão, sempre ansiosospara o regresso à água, os alunosacabaram por encontrar outrasformas de diversão. Findo otempo de intervalo da refeição, láforam para a água, tomar banho ebrincar em conjunto,aproveitando as alternativas queas piscinas próprias para as suasidades lhes proporcionam.Passaram a tarde sempre bemdispostos e felizes, rindo,brincando e convivendo. A meio

Visita à Barragem de Carrapatelo

geradores. Um deles estava a serreparado. Nesse local ficava ocentro de controlo de toda abarragem.

Depois de passarmos por unstúneis, descemos mais um poucoe chegámos ao local, chamadoleito do rio, onde vimos as rochaspor onde já andaram os peixes.Daqui, subimos umas escadas apique, e entrámos num elevador,que nos trouxe até ao cimo dabarragem.

No exterior desta, o senhormostrou-nos o lixo que viera pelaágua abaixo e ficara preso numarede próximo das turbinas.Entretanto, aproveitou a ocasiãopara nos alertar, que não se devedeitar lixo para o rio. Pois, todostemos o dever de proteger aNatureza e de a tornar mais limpae mais pura.

Agora, que a visita chegou aofim, é tempo de voltarmos à nossaescola e trabalharmos um poucosobre o tema.

Os alunos do 4.º ano da EB1 deSanta Isabel

Passeio de fim de ano lectivo

da tarde a educadora de cada salafez várias fotografias às criançasregistando a sua felicidade. Apóso lanche, sempre em convívioanimado, com gargalhadas defelicidade, as crianças animadase bem dispostas, prepararam-separa a viagem de regressomarcada para as 17:30 horas.Viveu-se um dia de felicidade econvívio apesar do cansaço queas crianças não escondiam.Apesar de tudo, a felicidade pelofacto de terem a possibilidade depassar um dia diferente junto dosseus colegas era visível no rostodas crianças. Durante a viagemde regresso as crianças, noautocarro, comentaram o quetinha acontecido durante o dia,deixando sair frequentementealgumas gargalhadas. Enfim, foium destino bem escolhido pelaseducadoras, uma escolhaoportuna, um passeio bemorganizado, não muito distantenem disperso e que agradoumuito as crianças… e aos adultos!A chegada a Souselo ocorreu àhora prevista, junto à Igreja ondeas crianças se despediram. Oregresso a casa representou oalívio e a felicidade de mais umameta que foi cumprida e de umaexperiência saudável e feliz quefoi vivida. Os encarregados deeducação agradecem às senhoraseducadoras e auxiliares, e a todosos que participaram naorganização, o passeiomaravilhoso que proporcionaramàs crianças.

D. Fátima Rocha(mãe do Bernardo, sala nº1)

Page 4: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 20084

Encerrou-se mais um ano lectivo. É tempo de balanço. Reflectirsobre o que correu bem e obviamente sobre aquilo que correu menosbem.

O ano lectivo que agora termina teve como grande marca aintrodução dos Cursos de Educação e Formação (CEF) noagrupamento. Foi um processo difícil, pela novidade que a suaimplementação representou, mas cujo balanço se pode considerarextremamente positivo. O curso de Desenho de Construção Civil,com a duração de um ano, revelou-se um sucesso com a aprovaçãoda totalidade dos formandos e, mais importante ainda, com a aquisiçãode competências profissionais que possibilitarão um futurocertamente melhor aos nossos jovens. Os dois cursos restantes –Pintura de Construção Civil e Apoio Familiar – concluíram o primeiroano com uma taxa de aprovação próxima dos 100%, estando previstaa sua conclusão no próximo ano lectivo.

Os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), jáintroduzidos no ano lectivo 2006/07, sofreram uma aposta crescente,passando-se de 2 cursos em funcionamento para 10 cursos. Estaaposta resultou num elevado número de adultos que voltaram aosbancos da escola para se valorizarem e melhorarem as suasqualificações escolares. Como vertente menos positiva cabe registarum elevado índice de abandono dos cursos EFA e a forma tardia deinício de alguns dos cursos, nomeadamente os de nível secundário (uma novidade no presente ano lectivo). De registar que no presenteano lectivo se procedeu à certificação dos primeiros formandos como 9º ano de escolaridade.

Ao nível do ensino pré-escolar e 1º ciclo continuaram-se a verificarpequenos constrangimentos no funcionamento de algunsestabelecimentos, fundamentalmente devido à utilização de espaçosprovisórios. Pensamos que a curto prazo, a conclusão das obras naescola de Fonte Coberta e a construção do complexo escolar deTarouquela, venham a minorar esses problemas e permitam garantiruma escola de qualidade e a tempo inteiro. Não nos devemos esquecerque, apesar das dificuldades, devemos felicitar os alunos e professoresdo 1º ciclo pelos excepcionais resultados obtidos nas provas de

Acertar as contas

S.P.O. Serviço de Psicologia e OrientaçãoS.P.O. Serviço de Psicologia e OrientaçãoE. B. 2, 3 de SouseloE. B. 2, 3 de Souselo

Organização:

Semana Cultural - Junho de 2008Semana Cultural - Junho de 2008

Junho17

SexualidadeAfectos

SexualidadeAfectos

9:00 Recepção aos participantes9:15 Iniciação sexual, importância dos afectos.

Prevenção do abuso e da violência

10:00 - Debate

Dr.ª Vera Teixeira (Psicóloga)Colaboração:Daniela Costa, Daniela Pinto, Tânia Sousa e Verónica Silva( estagiárias do 1º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psico-Social)

9:00 Recepção aos participantes9:15 Iniciação sexual, importância dos afectos.

Prevenção do abuso e da violência

10:00 - Debate

Dr.ª Vera Teixeira (Psicóloga)Colaboração:Daniela Costa, Daniela Pinto, Tânia Sousa e Verónica Silva( estagiárias do 1º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psico-Social)

Page 5: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 5

aferição de Língua Portuguesa e Matemática ( 93% e 99% de sucessorespectivamente).

Ao nível do 2º ciclo os resultados obtidos também foramgratificantes, quer a nível interno, quer ao nível das provas de aferição.Conseguimos finalmente ultrapassar os resultados médios nacionais,além de assinalarmos uma melhoria substancial relativamente ao anoanterior ( 82% e 85% de sucesso a Língua Portuguesa e a Matemática,respectivamente).

Relativamente ao 3º ciclo temos uma situação policromática.Estamos no verde na avaliação interna e na avaliação externa a LínguaPortuguesa, mas continuamos claramente no vermelho na avaliaçãoexterna a Matemática. O próximo ano terá que ser de esforço colectivo(escola, professores, alunos, auxiliares e encarregados de educação)no sentido de invertermos decididamente esta situação.

Marco também importante no actual ano escolar é o processo deintegração da biblioteca na Rede de Bibliotecas Escolares. Esteprocesso vai permitir equipar e dotar a biblioteca de um conjunto defuncionalidades diversas que serão uma clara mais valia para o fu-turo.

Mais uma vez com uma avaliação muito positiva é a publicaçãodeste jornal onde vos escrevo. Atrevo-me a dizer que os muros daescola foram deixados definitivamente para trás e este é hoje o maisvivo exemplo de articulação entre a escola e a comunidade envolvente.

Para terminar convém ter uma palavra para o clima e ambienteescolar. Embora se registem melhorias em largas faixas dos utentesda escola, persistem alguns com comportamentos inadequados eclaramente perturbadores. Se queremos uma escola melhor todosteremos que perseverar na procura da criação de um ambiente saudávele de respeito mútuo, não nos esquecendo que a escola é feita portodos nós, alunos, professores, funcionários, encarregados deeducação, etc. Todos, sem excepção, somos responsáveis pelaimagem que o Agrupamento tem. Só com o empenho de todos épossível irmos mais além. Boas férias e até para o ano.

João Sampaio - Membro do Conselho Executivo do Agrupamento

S.P.O. Serviço de Psicologia e OrientaçãoS.P.O. Serviço de Psicologia e OrientaçãoE. B. 2, 3 de SouseloE. B. 2, 3 de Souselo

Organização:Organização:

O BullyingO BullyingViolência na EscolaViolência na Escola

Semana Cultural - Junho de 2008Semana Cultural - Junho de 2008

9:00 Recepção aos participantes9:15 Abertura da temática prática do Bullying

9:30 Bullying nas escolas

10:00 - Debate

Professora Marisa Oliveira, Membro do Conselho Executivo de SouseloIntimidação/Agressão

Dr.ª Laura Silva, Psicóloga Clínica e da Saúde

9:00 Recepção aos participantes9:15 Abertura da temática prática do Bullying

9:30 Bullying nas escolas

10:00 - Debate

Professora Marisa Oliveira, Membro do Conselho Executivo de SouseloIntimidação/Agressão

Dr.ª Laura Silva, Psicóloga Clínica e da SaúdeJunho16

Page 6: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 20086

pela Música

Já enviámos várias receitas deculinária, mas agora resolvemosexperimentar uma receita maislonga mas não menos agradável.

Precisamos de algunsrecipientes, podemos usar ospacotinhos do leite da escola(assim estamos a reciclar!)Cortamos a parte inferior dopacote, ficamos assim com umrecipiente com um furinho nofundo. Colocamos terra até ficara mais de meio do pacote. Depois,colacoms uma semente de

na Escola de Saímes

pinheiro ou uma bolota, comoquisermos. Pomos os recipientespreparados num sítio com luz,regamos duas vezes por semana.Passado algum tempo vão nascerpequenas árvores que depois setransplantam para formarem umafloresta. Não é uma receita decomida mas saberá bembem fazerum piquenique à sombra destanossa futura floresta daquí aalgum tempo!

Alunos do 2º ano daEscola de Saímes

Inserido na programação dasemana cultural da nossa escola,o Professor Fausto Silvasurpreendeu-nos com umabelíssima actuação na igrejamatriz de Souselo, no dia 16 deJunho.

Ainda não foram criadosadjectivos, que qualifiquem edescrevam na sua plenitude abeleza da sobredita performance.

O grupo Exultate conta comseis elementos, entre os quais umbelíssimo tenor e uma sopranotalentosíssima, cujas vozes farãomuita inveja a alguns anjosperdidos nesse imenso céu.

A sua actuação lembrou osfamosos concertos de provínciaque habitualmente apenasexistem nas grandes cidades, masque deviam existir noutros locais

Houve magia em Souselo

deste pequeno país, que tantonecessita deste tipo de alimentopara o espírito e para a alma. Estasonoridade de música sacra,despertou nos ouvintes as maisdiversas e belas sensações.Desde logo a emoção foi tãogrande que algumas “lagrimitas”mais espevitadas não deixaram desaltar dos olhos incrédulos doque se estava a passar.

A tarefa de descrever esteacontecimento tão maravilhoso,é de facto inglória. Para umamelhor compreensão deste“fenómeno”, esperamosansiosamente pela repetiçãodeste evento.

Muita força e muito sucessoFausto! Como sempre, estás deparabéns!

Adelaide Nunes (uma fãincondicional)

Umareceitamuito especial

Page 7: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 7

A ti que nos dás os melhores momentos, que nos fazes sentir tão bem;Que todos os dias nos dás beijinhos logo à entrada da sala;Que não conheces a maldade, a quem tudo parece um jogo;Que com a tua ternura nos fazes acabar o dia com um sorriso;Que com cada progresso consegues um triunfo para nós;Que com cada olhar cúmplice nos fazes sentir parte da tua infância;Que compensas cada desalento com um mimo;Que dizes o que realmente sentes, que não conheces os “limites”; Que com certas perguntas nos fazes sentir mais pequenos que tu;Que permites que te guiemos nestes teus primeiros passos:Que és parte decisiva dos nossos progressos como profissionais;A ti, à “pessoazinha” a quem aprendemos a amar e aquém em breve devemos deixar voar, tedizemos simplesmente:Gostamos de ti!!!Gostamos de ti!!!Gostamos de ti!!!Gostamos de ti!!!Gostamos de ti!!!

Para ti: Mara, Bernardo, Cristiana, Tatiana, Ana Rita Rocha, Ana Rita Leitão, Ana Rita Silva,

Fabiana, Carlos, Henrique, Tiago, Sérgio, Mariana Bento, Mariana Rocha,Hugo Miguel e Érica

BEIJINHOS GRANDES

DA TUA EDUCADORA – Luísa Barros

DA TUA AUXILIAR – Fátima

E para os outros meninos boas férias e até Setembro!!!

Julho de 2008

AOS FINALISTAS

DO JARDIM DE INFÂNCIA DE FONTE COBERTA Nº1

FESTAND – Festa Final de Andebol

O FESTAND realizou-se nodia 27 de Maio, em Cinfães. A EB1de Fonte Coberta, a EB1 da Lavrae a EB1 do Colégio participaramneste torneio de Andebol, depoisde terem realizado pequenosFestands nas suas escolas.

Nesse dia, os alunosrealizaram várias actividadesrelacionadas com o Andebol,

pelo desporto...

modalidade que trabalharam emActividade Física e Desportiva,e participaram num torneio comescolas de todo o concelho. AEB1 de Fonte Coberta chegou àfinal, que disputou com a EB1 deCinfães. Os alunos souberamrespeitar as regras do jogo e, porisso, todos saíram vencedores.

Page 8: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 20088

pela leitura...

O Departamento de Línguas(2º e 3º ciclos) realizou a Final doConcurso de Leitura, naBiblioteca, no dia 16 de Junho,das 14h30m às 17h, actividadeinserida na Semana Culturaldesta escola, dando, assim,cumprimento ao Plano Anual deActividades desteDepartamento.

Assim, apresentaram-se aConcurso dezasseis turmas,tendo sido lidos e dramatizadosquinze textos em Português (5º,6º, 7º e 8º anos), três em Francêse quatro em Inglês (7º ano).

Foi, como sempre, uma tardede festa, onde se leu e cantoucom alegria, uma vez que algunstextos foram lidos e,posteriormente, cantados.

O Júri esteve, também, bemanimado, tendo sido compostopelos professores Paulo Adrega,Clara, Adelaide, Ana Paula,Manuela e D. Eva, funcionária daBiblioteca. A apresentaçãoesteve a cargo dos professoresAntónio Alberto e Ana Coruchee o apoio técnico ao cuidado dosalunos Paulo e Fábio, do CEF dePintura.

Concurso de Leitura – FinalNa Final, estiveram todas as

turmas a concurso, sendo que ototal dos pontos respeitou aosque foram adquiridos nas duaseliminatórias e nesta final.

Assim, em Português, foramvencedoras as seguintes turmas,com a respectiva pontuação: 5ºD(404), 6ºE (451), 7ºA (434), 8ºB(246) e o CEF de Apoio à Família(117), sendo que os restantescursos do CEF nãocompareceram.

Nas Línguas Estrangeirasforam vencedoras, em Francês,o 7ºA (257) e o 8ºA (108) e emInglês o 7ºC (294).

Quanto ao 9º ano, nas duaseliminatórias foi vencedor o 9º Acom 316 pontos. Contudo, éimportante referir que, em virtudedos alunos do 9º ano terem derealizar os exames nacionais deLíngua Portuguesa e deMatemática, os professoresdeste Departamento decidiramque estes não teriam departicipar na final, tendo sidoatribuído o 1º lugar às trêsturmas.

Foram entregues Diplomasde participação a todos os

alunos, perfazendo um total de280, e, livros às turmasvencedoras. Os alunos queprestaram o apoio técnico, Pauloe Fábio, também forampresenteados com Diplomas elivros.

Apesar do apuramento Final,de acordo com o Regulamentodo Concurso, os Professoresdeste Departamentoconsideraram que, todos osalunos que se empenharam e

participaram neste projecto dedinamização e desenvolvimentodos hábitos de Leitura, estãotodos de Parabéns e que devemcontinuar a trabalhar! Desejam,ainda, que aqueles que ainda nãose envolveram nesta actividade,se sintam motivados para o fazer,no próximo ano lectivo.

Departamento Curricular de Línguas,a Coordenadora,

Prof. Ana Coruche

Page 9: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 9

Concurso da Imagem ao Texto

No passado dia 29 de Maio, realizou-se a final do Concurso daImagem ao Texto. Na sequência da segunda eliminatória,realizada no dia 12 de Março, foram apurados os alunos LúciaCosta, nº11, do 5ºC; Ricardo Sousa, nº10, do 5ºD; Pedro Oliveira,nº12, 6ºB; Sandra Fonseca, nº19, 6ºE; Ana Isabel, nº2, do 7ºB;Anabela Fernandes, nº2, do 7ºC; Diana Pereira, nº7, do 8ºC; MárciaGonçalves, nº14, do 8ºC; Gabriel Silva, nº6, do 9ºB e TiagoFonseca, nº19, do 9ºB. Estes alunos, juntamente com a vencedorada primeira eliminatória, Juliana Vasconcelos, do 6ºA,apresentaram-se na Biblioteca no dia marcado e desafiaram, mais

uma vez, a página em branco.A imagem de uma árvorefrondosa, apontando para umcéu estrelado, foi o mote paraque, mais uma vez, secriassem histórias, pelosimples prazer de as criar.

Noite de 23 de Agosto. Reunião entre dois homens fardados.O local escolhido foi uma árvore junto à escola. Estava uma noitede lua cheia e a árvore tapava parte do céu, apesar de não impedira sua visão total.

João, um dos homens, tomou a palavra, recordando algunsmomentos:

- Esta árvore é especial! Na nossa infância, brincamos aquimuitas vezes com os nossos amigos. Depois, quando éramosadolescentes, fazíamos reuniões secretas e, agora, nãodispensamos de vir dar uma volta por aqui, para recordarmos tudoisso. E isso, eles não nos podem arrancar.

Mas Miguel não estava tão optimista e recusava render-se:- De certeza? Ao destruírem a árvore, não estarão a arrancar-

nos essas recordações? Eu penso que estão. E tudo paraconstruírem um centro comercial… Eu hei-de ir ao tribunal e queixa-me dessa decisão. É injusto!

- Sim, é injusto. Mas pensa bem… Podemos sempre recordaresses momentos, apesar de não termos aqui a árvore. Não estou adesvalorizá-la porque ela foi muito importante na minha vida.Quantas vezes não me balancei nos seus ramos? Mas temos deaceitar que ela vai ser destruída. É o mundo em que vivemos. Nosdias de hoje, não importa a ninguém a ser feliz. Compramos centenasde objectos para substituirmos pessoas e dizemo-nos felizes comeles, mas eles não falam connosco, não nos podem ajudar quandotemos problemas. Eles apenas aumentam a solidão no mundo. Se

as pessoas normais, já fazem isso, como acreditar que os líderesdesistam da sua postura rígida e se deixem comover porque nósfomos felizes em alguns momentos da nossa vida e sempre junto aesta árvore.

Miguel, mais calmo, seguiu-lhe o raciocínio:- Sim, certamente nos diriam que éramos loucos por parar o

desenvolvimento da cidade por causa de uma árvore. Nem queimplorássemos não teríamos a sua ajuda. Bem, então é o adeus…Vou sempre recordar esses momentos e esta árvore.

- O que é que estão aqui a fazer? – disse um homem, naretroescavadora.

- Mas as obras não começam amanhã? – perguntou Miguel,atónito.

- Vou ter de arrancar a árvore hoje e queria que saíssem, porfavor – disse, com voz fria.

- Vamos, João! É o destino. Nunca mais vamos ver esta árvore.Eu já o aceitei, embora por dentro continue revoltado. As tuaspalavras estão certas, o mundo precisa de mudar, porque estamos air num caminho em que abdicamos das relaçõespara comprarmos objectos que as substituam.

E então saíram. E a retroescavadora destruiua árvore com um estrondo enorme.

Tiago Fonseca, nº18 – 9ºB, vencedor do 3º ciclo

A árvore sagrada e oA árvore sagrada e oA árvore sagrada e oA árvore sagrada e oA árvore sagrada e opedido do Filipepedido do Filipepedido do Filipepedido do Filipepedido do Filipe

Há muito tempo,havia uma grande árvoresagrada que realizavamilagres. Toda a genteque tivesse alguma doença, algum problema, ia para a beira daárvore e fazia-lhe uma vénia. Depois, punha-se de joelhos e pediao que quisesse.

Essa árvore era muito grande, tinha muitos ramos e só no seutopo tinha folhas. À noite, a árvore até brilhava, era a mais altaque havia em todo o universo.

Um dia, um rapaz chamado Filipe, ao vir da escola, foi atropeladoe teve de andar de cadeiras de rodas. A sua avó disse-lhe quehavia uma árvore que realizava milagres. O Filipe pediu, então, àsua avó que o levasse junto dessa árvore. Quando lá chegou,pediu à árvore que o fizesse andar, sem utilizar cadeira de rodas. A

árvore deixou cair uma das suas folhas. O Filipeapanhou-a e levou-a consigo.

A árvore realizou o seu pedido e o meninoficou muito contente. Voltou para junto daárvore, tirou-lhe uma foto e guardou-a comorecordação.

Pedro Oliveira, nº12 – 6ºB, vencedor do 2º ciclo

pela professora Paula Ferreira

Page 10: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200810

pelo final do ano lectivo...

No passado dia 19 de Junho,os quase mil alunos do 1º CEB deCinfães juntaram-se no EstádioMunicipal para celebrarem o fimde mais um ano de trabalho e demuitos sucessos. Foi um diacheio de cor; junto ao verde dorelvado, o colorido dosinsufláveis animou a festa. Paraalém disso, alunos, professorese auxiliares puderam visitar ocantinho da Música, o cantinhoda Informática, os jogos daActividade Física e Desportiva,o cantinho das Expressões e ocantinho de Inglês. Apuraram osseus dotes musicais, jogaram,fizeram pinturas faciais e tiverama oportunidade de saborear um“English Tea”, com direito a cháe “scones”.

Os reis da festa foram osalunos do 4º ano de todas as

Actividade deEncerramento do Ano Lectivo – 1ºCEB

escolas: os finalistas. Depois deum ano de trabalho, desfilarampelo estádio com as suas t-shirtscoloridas e cartolas a combinar.Receberam as palmas dos seuscolegas, professores, auxiliares ede alguns encarregados deeducação presentes, mas tambémsouberam agradecer! Exibiramuma frase que dizia: “Obrigadoaos professores!”

É preciso também, dar osparabéns aos alunos do 3º anoda EB1 de Fonte Coberta, quepresentearam o público com umaanimada coreografia. Foi umesforço da turma, que resultounum excelente trabalho.

Resta-nos esperar que os“nossos” finalistas sejamrecebidos na sua nova escolacom o carinho com que lhesdissemos adeus.

e finalmente um ecoponto na Escola...No mês de Maio foi colocado,

junto ao bar dos alunos, umecoponto para a separação deresíduos.

Pensado, projectado eexecutado pelos alunos do 9ºAdos cursos EFA durante as aulasde Cidadania e Empregabilidade,o ecoponto é o resultado de umacampanha de sensibilizaçãoambiental e que aborda o temada reciclagem, o porquê deseparar e como separar.Prepararam-se e distribuíram-sedesdobráveis sobre a políticados 3 R’s, um conjunto de

medidas de acção, adoptadasapós a Conferência da Terra,realizada no Rio de Janeiro em1992: reduzir, reutilizar e reciclar.

O objectivo é o de sensibilizaros alunos, a começar pelos maisjovens, pois são os que maisfacilmente farão chegar a

mensagem – de que reciclar é fun-damental – à restante comunidadeescolar, aos pais e encarregadosde educação, à comunidade local(bem como a de relembrar que oecoponto não deve servir parafins diferentes daqueles a que sedestina...).

Trabalho e dedicação foram omote para a construção de umecoponto que pretendeconsciencializar para o meio quenos rodeia. Porque separar éimportante.

Parabéns!Ana Campos

Page 11: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 11COMO EU ATRAVESSEI ÀFRICA DO ATLANTICO AO MAR

INDICO, VIAGEM DE BENGUELLA Á CONTRA-COSTA.

A-TRAVÈS REGIÕES DESCONHECIDAS;Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.Por SERPA PINTO.

CAPÌTULO VI.PEREIRA DE MELLO E SILVA PORTO.No Bihé—Doença—Melhoras—A casa de

Belmonte—Decido ir ao alto Zambeze—Cartas ao Governo—Como se organiza umaexpedição no Bihé—Difficuldades, e como sevencem—Noticia sôbre o Bihé—Os meustrabalhos—Nôvas difficuldades—DeixoBelmonte—Até ao Cuanza—Escravatura.

Depois de 20 dias de cruél agonia e grandessoffrimentos, estava emfim no Bihé, muitodoente é verdade, mas cheio de fé e contente demim mesmo. Logo que falei aos meuscompanheiros, deixei a casa de Belmonte, efui em maca para a libata pròxima doMagalhães, onde cahi sem fôrças sôbre aspelles do meu leito. Os primeiros symptomasde uma meningite declaráram-se, ao passo queredrobravam as dôres rheumàticas.

No dia seguinte, fóram ver-me o Capello eIvens, que me leváram medicamentos. Peiorei,e veio o delirio.

Quando despertei, julguei sonhar. Achava-me deitado em magnìfico leito, despido e en-tre lençoes de fina bertanha. O leito era cobertode elegante cortinado de reps côr-de-rosa efranjado de branco.

Disséram-me, que Capello viera durante omeu delirio, e me mandara aquella cama; queas havia assim no Bihé, em Belmonte, em casade Silva Porto.

Tinham-me coberto de sanguesugas, e omuito sangue que me tiráram os prêtos,deixara-me em um estado de fraquezaindescriptivel. As dôres tinham cedido umpouco, mas continuava a febre. De tarde, viéramos prêtos de Nôvo Redondo procurar-me, e eurecebi-os diante de Magalhães, Verissimo eJoaquim Guilherme José Gonçalves, irmãomais velho do Verissimo. Vinham elles dizer-me, que não queriam seguir com os meuscompanheiros, e que ou iam comigo, ouvoltavam.

Depois de um grande trabalho, convenci-osa voltarem para elles, e a acompanhal-os. Subeentão, que Capello e Ivens estavamconstruindo um abarracamento a 5 kilòmetrosd’ali, e já lá tinham as bagagens, devendo embreve mudarem-se de Belmonte.

Dois dias depois, veio procurar-me o Ivens,com quem tive larga conversa.

Dei-lhe tôdas as cartas de recomendação queSilva Porto me havia dado em Benguella paraobter carregadores, e comprometi-me a nãopedir gente ao sova Quilemo, ficando-lhe ocampo completamente livre a elles. Ivensdisse-me, que iam mudar para o abarracamentoque tinham, e que em casa de Silva Porto medeixavam o que me pertencia na partilha. Eumandara-lhes entregar tôdas as cargas quetrouxera comigo, e as que acompanhou o prêtoBarros, que já tinham chegado. O prêto Barrosdeclarou-me, que não queria continuar aviagem, e por isso despedi-o, bem como aalguns prêtos de Benguella, que manifestáram

igual intenção. Escrevi poucas linhas a Pereirade Mello, que o meu estado de saude não mepermitia ser extenso. Quando, fatigado dedeterminar tanta cousa, eu ia embrulhar-menos lençoes e procurar no sono um pouco dedescanço, surgio diante de mim, como umespectro, um homem alto e magro, dephysionomia enèrgica e distincta. Era o meuprisioneiro que eu havia olvidado, era o secúloPalanca, o conselheiro ìntimo do sova Dumbodo Sambo.

“Já despachaste tôda a tua gente, me disseelle, uns despediste-os, outros ficaste comelles, ¿o que determinas de mim, e qual é aminha sorte?” “Tu vais voltar a tua casa, lherespondi, levarás ao Dumbo a espingarda quelhe prometti, e alguma pòlvora, e para ti tereialguma cousa tambem. Dêvo-te umaindemnização por aquella corda que tivesteao pescôço pròximo do Cubango, e pêlossulcos que te fizéram nos pulsos as cordas comque te amarrei.” Chamei o Verissimo, e dei-lhe as minhas órdens n’esse sentido.

Palanca, sempre impassivel diante daliberdade e dos presentes, como o tinha sidodiante da prisão e da morte, retirou-se, e deixoulogo o Bihé.

Dois homens seguíram-se no meu quarto ásahida do secúlo do Sambo. Estava escrito queeu não descançasse no primeiro dia das minhasmelhoras. Estes dois prêtos eram Cahinga eJamba, os dois homens de confiança de SilvaPorto, que elle me mandava de Benguella.

Depois de lhes ouvir mil protestos dededicação, muitas vêzes repetidos, conseguificar só. Só, não! Junto de mim estava a ùnica,a grande dedicação que tive na minha viagema travez d’Àfrica. Córa, a minha cabrinha, empé, com as patas pousadas sôbre o leito,berrando e lambendo-me as mãos, pedia-meuma caricia, que eu não lhe fazia ha muito.

No dia seguinte, os meus companheirosavisáram-me de que deixavam a casa de SilvaPorto, e eu em uma maca mudei para ali.Encontrei 7 cargas de fazenda, 6 caixas derancho, uma mala com instrumentos, e trêscarabinas Snider, que elles me haviamdeixado.

A libata de Silva Porto, ou povoação deBelmonte, está situada sôbre a parte maiselevada de um outeiro, cuja vertente nortedesce suavemente até ao leito do rio Cuito,que corre a leste para o Cuqueima.

A posição da libata é muito bonita, e fortecomo ponto estratègico.

Figura 16.—Casa de Belmonte (Bihé).

Tem dentro um laranjal, onde as larangeirasestam sempre em fruto e flôr, o que não acontecea outras algumas no Bihé. O laranjal é cercadode uma sebe de roseiras, que attingem umaaltura de tres metros, e estam sempre floridas.

Figura 17.—Vista exterior da povoação de Belmonte, no Bihé.

Sycòmoros enormes assombram as ruas erodeam a povoação, defendida por uma fortepalissada de madeira.

Debaixo d’essas larangeiras, cuja sombraperfumada me abrigava do sol ardente,quantos dias e quantas horas passei scismandona minha posição, e elaborando projectos maisou menos sensatos!

Foi ali, que, arrastando ainda os membrostolhidos de dôres, que, queimado da febre,concebí, e organizei na minha mente o planoque havia realizar depois.

Se de alguma cousa me orgulheço na minhaviagem, é d’esse tempo.

Mais tarde joguei muitas vêzes a vida, fuide certo mais de uma vez temerario, mas eraobrigado a isso para me salvar.

Ali não! Estava doente, quasi anèmico, e semrecursos. Uma facilidade relativa me abria ocaminho de Benguella e da Europa. Mildifficuldades, que provinham da minhaseparação dos meus companheiros,apresentavam-me uma barreira quasiimpossivel de transpor, para emprehenderuma exploração qualquer. O desànimo reinavana minha pouca gente.

* Sycomoros.* Forte palissada de pao.* Palissada da horta coberta de roseiras

sempre floridas.* Romeiras.* Larangeiras.* Hortas.* Cemiterio.* Casas dos prêtos.

1. Entrada da povoação.2. Entrada da casa de Silva Porto3. Casa.4. Pateo interior.5. Cusinha e dispensa.6. Casas de criados.7. Armazem.

Figura. 18.-Planta da povoação de Belmonte, no Bihé.

Entrèvado e sem fôrças, não pensar um sómomento em voltar face ao desconhecido quese erguia ante mim como um abysmoattrahente; desfazer uma a uma asdifficuldades que surgiriam; reconstruirmuitas vêzes o trabalho feito, que se esvaïacomo cahe um castello de cartas; criarrecursos onde os não havia; conseguirorganizar uma expedição sôbre as ruinas deoutras que se haviam desmembrado; é, aosmeus ôlhos, a parte mais difficil da minhaviagem, e de que mais me orgulheço, se é queme orgulheço de alguma cousa.

Comecei por contratar VerissimoGonçalves para me acompanhar, e conseguifazer-me obedecer por elle cégamente.

Depois de muito estudar o caminho a seguir,resolvi ir direito ao alto Zambeze, seguindo acumiada do paiz onde nascem os rios d’aquellaparte d’Àfrica.

Chegado ao Zambeze, queria seguir a leste,estudar os affluentes da margem esquerda, edescendo ao Zumbo, ir d’ali a Quilimane porTete e Senna.

Os mais pràticos sertanejos, sabedores domeu projecto, diziam-me, que eu não chegavaa meio caminho do Zambeze, e creio que metinham por tôlo.

Eu deixava-os falar e prossegui sempre naorganização do pessoal e confecção do mate-rial necessario aos meus planos.

No dia 27 de Março, primeiro em que pudeescrever livremente, escrevi ao Governo daMetròpoli, e ao Pereira de Mello, e Silva Porto.Dava-lhes parte do occorrido até então, e pedia-lhes auxilio e consêlho, submettendo á suacrìtica os meus projectos. Despacheiportadores para Benguella com as cartas, e fuitrabalhando, mais confiado em mim do queem outrem.

A esse tempo, uma grande parte das cargasdeixadas em Benguella, em Novembro ¡havia5 mezes! ainda não tinham chegado.

Apparecéram-me na libata o ex-chefe deCaconda, Alferes Castro, e o degradadoDomingos, que iam para Caconda. Contáram-me que, chegados ao Bihé, tinham sidoencarregados por Capello e Ivens de irconstruir o abarracamento, e de fazertransportar para ali as cargas que estavam emBelmonte.

O Alferes Castro voltava sem nenhumconfôrto, e eu, das 6 caixas de rancho que metinha deixado o Ivens, dei-lhe o assucar, chá,café, etc., necessario para a viagem.

Creio que aquelle senhor, depois de ter sidoa causa de tanto soffrimento que tive, de tantosriscos que corri, não terá motivo de queixar-se do modo por que o recebi no Bihé; se quizérser justo e verdadeiro.

Quanto ao degradado Domingos, se bemme recordo, dei-lhe uma carta derecommendação para o Governador deBenguella, de quem ia solicitar um favor.

Foi assim que tratei os dois homens quemais me fizéram soffrer em Àfrica, porquequando déram causa a isso, eu ainda não estavahabituado ao soffrimento.

No principio de Abril, eu já bastante melhor,tinha promptos 60 carregadores, e esperavaapenas a chegada das cargas de Benguella, para

Page 12: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200812receber mais alguma fazenda e partir.

A minha vida era um trabalhar incessante, eao mesmo tempo compilava um livro delembranças, para ter á mão as fòrmulas que meeram necessarias para os meus càlculos; faziaumas tàbuas de raizes quadradas e raizescùbicas, que calculei para os nùmeros de 1 a1000. Deduzia com trabalho immensoalgumas fòrmulas trigonomètricas, porque naEuropa, para tornar mais portateis as minhastàbuas logarìthmicas, as tinha feitoencadernar, supprimindo a parte explicativa;e por um engano deploravel, n’uma remessade objectos que de Loanda fiz para Portugal,fôram incluidos os meus livros mathemàticos.Não se riam os sabios, da singeleza com quelhes narro as difficuldades com que lutei noBihé para poder ter escritas n’um livrêtealgumas fòrmulas vulgares. Quem não éexplicador de mathemàtica, vê-se muitas vêzesembaraçado para resolver uma questão muisimples, quando lhe falte um livro que lheavive a memoria priguiçosa. No Bihé faltavam-me tôdos os livros, e por isso eu fazia um, parameu uso, e ou se riam ou não, declaro-lhes quenão me foi facil. Tôda a minha bibliothecaconsistia em três almanacs para 1878, 1879, e1880, as tàbuas de logarithmos, como já disse,sem texto, tàbuas somente, o Eurico deHerculano, as poesias de Casimiro d’Abreu, eum livrinho de Flamarion, As MaravilhasCelestes.

Em tudo isto não tinha muito onde refazera memoria para as questões de x e y.

Depois havia ainda outra difficuldade. Eutinha de fazer e de pensar em muitas cousas aomesmo tempo, e cousas um poucoincompativeis entre si. Ás vêzes tinhaconseguido quasi reconstruir uma dasfòrmulas de Neper para resolver triàngulosesphèricos, quando entrava o muleque, e meexigia que dizesse, se a gallinha para o jantardevia ser cozida ou assada (durante a minhaestada no Bihé, comi cento e sessenta e novegallinhas). Logo, entrava outro pedindo sabãopara lavar a roupa; depois, eram carregadoresque me vinham falar; em seguida, enviadosdo sova, que me queriam extorquir maisalgumas jardas de fazenda. Um inferno, umverdadeiro inferno.

Eu tinha feito e fazia um grande nùmero deobservações meteorològicas.

Os meus chronòmetros estavamperfeitamente regulados, e a minha posiçãodeterminada. Algumas excursões que fiz nopaiz com a bùssola na mão, permitíram-mefazer uma carta, de certo grosseira, mas tãoaproximada quanto se pôde exigir de umtrabalho d’estes em viagem de exploração.Apesar dos meus trabalhos, ou talvez por causad’elles, eu estava satisfeito, e mal pensava nastribulações porque tinha de passar ainda nasterras do Bihé.

Antes porem de continuar a narrativa dasminhas aventuras, abro um parenthesis parafalar um pouco d’este paiz, tão importante erico quanto pouco conhecido entre nós, a queminteressa mais o seu conhecimento do que aninguem.

O Bihé limita ao Norte com o sertão doAndulo, a N.O. com o Bailundo, a Oeste com

o paiz de Moma, a S.O. com os Gonzellos deCaquingue, ao S. e L. com os pôvos Ganguelaslivres. O rio Cuqueima é quasi um limite natu-ral do Bihé por Oeste, Sul e Leste, mas, narealidade, a autoridade do sova do Bihé aindase exerce para àlém d’aquelle rio em algunspontos. O paiz é pequeno, mas muito povoado.

Eu avalio grosseiramente a sua àrea em 2500milhas quadradas, e um càlculo ainda maisgrosseiro fêz-me estimar a sua população em95 mil habitantes; o que nos dá apenas 38habitantes por milha quadrada; e ainda queeste nùmero nos pareça mui pequeno, por sermenos de um terço do que se dá entre nós, éconsideravel para a Àfrica Austral, onde apopulação está muito pouco accumulada.

Em tempo, como se verá, pouco distante,estas terras do Bihé eram povoadas de matasdensas, onde abundavam elefantes, e ondeassentavam raras povoações de raça Ganguela.

O rio Cuanza, depois da sua confluencia como Cuqueima, divide o paiz do Andulo do paizde Gamba, que lhe fica a leste. Era sova deGamba um tal Bomba, que possuia uma filhade grande formosura, chamada Cahanda.

Este sova Bomba vivia na margem esquêrdado rio Loando, affluente do Cuanza.

A formosa e nêgra princesa Cahanda, pediuao pai para ir visitar umas parentas que eramsenhoras da povoação de Ungundo, ùnica dealguma importancia no Bihé de outrora.

Estando a filha do sova Bomba n’estapovoação de Ungundo a visitar as parentas,aconteceu chegar ao paiz um ouzado caçadorde elefantes chamado Bihé, filho do sova doHumbe, que com grande comitiva tinhapassado o Cunene e estendido as suasexcursões venatorias até áquellas remotasterras. Um dia o selvagem discìpulo de SantoHuberto têve fome, e estando perto dapovoação de Ungundo, dirigio-se ali a pedirde comer. Foi então que vio a formosaCahanda, e é preciso dizel-o, que vel-a e amal-a foi obra de um momento. Estas questões deamor em Àfrica sam muito semelhantes ásquestões de amor na Europa, e pouco depoisdo encontro dos dois jovens, Cahanda eraraptada, e Bihé plantava a estacada da grandepovoação que ainda hôje é a capital do paiz,paiz a que deu o seu nome, fazendo-se acclamarsova. As dispersas tribus Ganguelas fôram porelle submettidas, e o pai da primeira soberanado Bihé reconciliando-se com a filha,permittio uma grande immigração do seupôvo para ali. Ao casamento do sovasuccedéram-se muitos outros entre asmulhéres do norte e os caçadores do seusèguito, e esta é a origem do pôvo Biheno.

Assim os Bihenos sam Mohumbes, nomeque na Àfrica Austral de oeste dam aosdescendentes da raça do Humbe, os quaes nãose encontram só no Bihé, mas estam tambemespalhados em outros pontos, sôbre tudofrente da costa entre Mossàmedes e Benguella,misturados com os Mundombes, que sam averdadeira raça d’aquelle paiz. Hôje averdadeira raça Mohumbe no Bihé érepresentada pêla nobreza e gente rica do paiz,os descendentes dos caçadores do primeirosova, e ainda assim, fôra da familia reinante,está ella misturada com sangue de raças muito

differentes; porque, sendo o Bihé desde o seucomêço um grande emporio de escravatura, etendo sido colonizado em grande parte porescravos de raças diversas, o baixo pôvoprovem de uma mistura inexplicavel, e anobreza mesmo, nas suas bastardiasnumerosas, tem trazido ás suas descendenciassangue dos paizes mais remotos da ÀfricaAustral.

Da união de Bihé e da formosa Cahandanasceu um ùnico filho varão, que têve o nomede Jambi, e succedeu no governo a seu pai.Este Jambi têve dois filhos, dos quaes oprimogènito se chamou Giraúl, e o segundoCangombi. Giraúl herdou o poder por mortede seu pai, e receiando de seu irmão, que tinhagrande influencia no pôvo, o fez prendersecretamente de noite, e o vendeu comoescravo, a um prêto que ia levar uma leva deescravos a Loanda.

Cangombi, por acaso, em Loanda foicomprado pêlo Governador Geral, de quemfoi escravo. Tempos depois, os despotismos eas arbitrariedades de Giraúl fizéram-n-odetestado do seu pôvo; houve conspiração, ealguns nobres partíram secretamente paraLoanda, com muito marfim, para resgatar seuirmão, e acclamal-o, depois de deporemaquelle. O governador de Angola de então,vendo o partido que podia tirar d’esta questão,para a corôa Portugueza, não só entregouCangombi sem resgate, mas ainda o encheude presentes, e lhe deu auxilio contra seu irmão;e por isso Cangombi se apresentou no Bihécom grande comitiva, que veio por Pungo-andongo e subio o Cuanza, entre a qual secontavam muitos Portuguezes. Declarada aguerra, Giraúl foi vencido, sendo traido pêlosseus, e entregou as redeas do governo a seuirmão mais nôvo, que lhe deu uma povoaçãoe um pequeno dominio para viver.

Quatro annos depois, Giraúl revoltava-se evinha pôr cêrco á capital. Novamente vencidoe prisioneiro, foi entregue por seu irmão aosGanguelas de àlém Cuanza para o comerem;não que estes Ganguelas sejam positivamentecanibaes, mas, de vez em quando, nãodesgostam de comer um bocado de homemassado.

Eu não pude saber o nome do governadorque prestou mão-forte ao filho segundo doJambi para lhe dar o poder, mas estou certoque a esse respeito alguma cousa dêve existirno Ministerio da Marinha e Ultramar, porqueum passo d’aquelles não podia deixar de sercommunicado ao governo da Metròpoli.

Cangombi foi grande sova, e têve oito filhos,dos quaes seis fôram sovas do Bihé; o que nãoé para admirar, porque ali herda o poder o maispròximo da ascendencia. Assim, em quantoexistem filhos de um sova, os netos não vamao poder, e o neto primogènito do filhoprimogènito só toma as rèdeas do governoquando não existe nenhum dos seus tios,irmãos mais nôvos de seu pai.

Por esta lei herdou o poder Cahueue, filhomais velho de Cangombi, e por mortessuccessivas, seus irmãos Moma, Bandúa,Ungulo, Leamúla e Caiangúla. Os dois filhosde Cangombi que não fôram sovas, fôramCalali e Óchi, por terem morrido cêdo. Este

Óchi era immediato ao mais velho Cahueue,e deixou um filho que foi sova por morte deseu tio Caiangúla, por não ter deixado filhoso irmão mais velho de seu pai.

Este sova chamava-se Muquinda, e por suamorte foi o governo a seu primo Gubengui,filho mais velho do sova Moma immediato aseu pai. A este Muquinda seguia-se outroirmão chamado Quitungo, que morreu quandoia ser acclamado, já dentro da capital.

De tôdos os oito filhos de Cangombi, sóexistia um descendente legìtimo, filho do sovaBandúa, que foi acclamado. É elle Quillemo,o actual sova do Bihé.

Ha contudo um filho bastardo de Moma,chamado Canhamangole, que está indigitadopara succeder a Quillemo; em seguidapassarám ao poder, os filhos d’este ùltimo,que sam muitos.

Por este breve resumo da historia do Bihése vê, que aquelle paiz é de fundação recente, eque desde o seu comêço quasi, existíramrelações ìntimas entre os Portuguezes eBihenos, pêla intervenção tomada pêloGovernador Geral de Angola, na acclamaçãodo sova Cangombi, avô do actual sovaQuillemo, e neto do fundador da monarchiaBihena.

Assim, pois, o Bihé, desde a sua fundaçãotem sido governado por treze sovas em cincogèrações, que vam representadas no seguintequadro:

Na carta de Angola, de Pinheiro Furtado, jávem, indicado o Bihé, mas a sua origem nãodêve ir muito àlém da coordenação d’aquellacarta.

Figura 19.—Mulhér do Bihé cavando.Os Bihenos sam pouco agricultores e pouco

industriosos, e ali tudo o trabalho é feito pêlasmulhéres, que só ellas cultivam a terra.

Os homens sam dados a viajar, talvez deorigem, que o seu primeiro règulo de longeveio, e atrevem-se a ir commerciar nos remotossertões onde vam traficar em marfim e escravos.Aproveitando estas disposições, algunshomens ousados, taes como Silva Porto,Guilherme (o Candimba), Pernambucano,Ladislao Magiar, e outros negociantessertanejos, começáram a dirigir os Bihenosnas suas excursões, e fizéram n’isso um grandeserviço ao mundo; porque, abrindo nôvosmercados ao commercio, abríram nôvoshorizontes á civilisação. Não foi só o seu tràficoque veio augmentar o movimento commer-

Page 13: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 13cial da praça de Benguella, mas, aindaanimado por elles, e perdido o receio dosbrancos, o gentio dos mais remotos paizes,desceu a vir permutar directamente os seusgèneros nas casas commerciaes de Benguella.

Figura 20.—Carregador Biheno em marcha.Nas viagens sertanejas, aos brancos

seguíram-se os prêtos, e obtendo, primeiroalguns, depois muitos, um certo crèdito napraça de Benguella, fôram ao Bihé organizarexpedições, d’onde partem a procurar a cêra eo marfim nos sertões mais distantes.

Muitos prêtos conhêço eu que negoceiamcom um crèdito de 4 e 5 contos de réis, e algunscom mais, como o prêto Chaquingunde, quefoi escravo de Silva Porto, que, durante aminha permanencia no Bihé, chegou dosertão, onde tinha negociado por sua contauma factura de 14 contos de réis!

Não é difficil no Bihé encontrar um brancoPortuguez, escapado dos presidios da costa,secretario de um prêto commerciante rico.

Para o Biheno, em questões de viagens detràfico, nada é impossivel, e tudo lhe parecenatural. Se elles soubessem dizer onde t[~e]mestado e descrever o que t[~e]m visto, osgeògraphos da Europa não teriam em brancogrande parte da carta de Àfrica Austral.

O Biheno deixa com o maior desapêgo olar, e carregado com trinta kilogrammas defazendas, vai para o sertão, onde se demora 2,3, e 4 annos, voltando em seguida a casa, ondeé recebido com a naturalidade de quem voltade uma viagem de três dias.

Silva Porto, ao passo que se dirigia aoZambeze, enviava prêtos seus em outrasdirecções, e negociava ao mesmo tempo noMucusso, na Lunda e no Luapula.

A fama dos Bihenos tinha chegado longe, eGraça quando intentou a viagem ao Matianvo,foi ali procurar carregadores.

É mui raro que um Biheno deserte dacomitiva, e roube algum fardo; o que acontecefrequentemente com os Zanzibares.

Àlém d’isso, os Bihenos t[~e]m outragrande vantagem sôbre os Zanzibares. Aindaque muito dados ao commercio de escravos,não promovem elles mesmos no interiorguerras para os haverem; comprando-os aquem os vende, mas nunca tratando de osobter por fôrça. Isto quando em viagem detràfico sertanejo, que, nas guerras com paizescircunvizinhos, fazem o que podem, e samdotados de inaudita crueldade.

Os Bihenos, apesar das suas grandesqualidades, coragem e hàbito de viajar,possuem grandes defeitos, e não conhêço emÀfrica pôvo mais profundamente viciado,

mais abertamente depravado, mais duramentecruel, e mais sagazmente hypòcrita.

Tem esta gente uma certa emulação entre sicomo viajantes, e muitos conhêço eu que seufanam de ter ido onde outros não fôram, a queelles chamam descobrir terras nôvas. Ellessam educados na vida de caminheiros, e tôdasas comitivas levam innùmeras crianças, que,com cargas proporcionaes ás suas forças,acompanham os pais ou parentes nas maislongìnquas correrias; e é por isso que não causaestranheza encontrarmos ali um homem de 25annos que tenha estado no Matianvo, noNiangué, no Luapula, no Zambeze, e noMucusso, se elle viajou desde os 9 annos.

Ao homem que chega ao Bihé para seguirem viagem sertaneja, offerecem-se dois meiosde obter carregadores. Um é por meio depresentes ao sova e aos potentados, obtel-os,pedindo-os; o outro é annunciar a viagem, eesperar que elles se venham offerecer.

O primero é mao, porque, àlém do grandedispendio feito com os presentes que é precisodar ás pessôas a quem se pedem oscarregadores, estes sam obrigados a ir, e o queos pedio é responsavel pela vida d’elles paracom as familias ou senhores. Àlém d’isso, aspessôas a quem se pedem, com o intùito deextorquir mais presentes, vam demorandoquanto podem a partida, e quando se está nasua dependencia as exigencias crescem.

O segundo meio é bom, porque os que sev[~e]m offerecer sam prêtos livres, v[~e]m porsua vontade, e se algum morre, segundo a leido paiz, como foi elle que se offereceu, não temo que o aceitou a menor responsabilidade dofacto.

É occasião de falar em Quissongos ePombeiros. Os carregadores, não só osBihenos mas sim tôdos em geral, formamgrupos pequenos debaixo do commando deum d’elles que é chefe do grupo. Este chefe,desde a costa até a Caquingue chama-seQuissongo, e no Bihé e Bailundo Pombeiro.

Sam estes Pombeiros que se v[~e]mofferecer, trazendo uns 10, outros mais, outrosmenos carregadores. Estes grupos sam dedifferentes naturezas. Uns sam constituidospor parentes que escolhéram um paraPombeiro, e n’estes sam tôdos livres. Outrossam formados por gente livre, que combinamir debaixo das ordens de um certo Pombeiroem quem t[~e]m confiança. Outros ainda, samgrupos de escravos dos Pombeiros que oscommandam.

A obrigação do Pombeiro é vigiar pêla suagente, e responder por ella ante o chefe dacomitiva. Come e dorme com elles, é emfim ocabo de esquadra da caravana.

O Pombeiro não leva carga, mas, em caso dedoença ou morte de algum dos seus, substitue-o como carregador temporariamente. Durantea marcha o seu logar é no couce da comitiva, elogo que um seu carregador se atraza, elle ficapara o acompanhar.

O pagamento dos carregadores nunca é feitoadiantado, e nas viagens de tràfico regulares édiminutissimo.

Assim, um carregador, para ir do Bihé áGaranganja (Luapula), recebe 12 pannos ouvalor de 2400 réis, e na volta uma ponta de

marfim escravelho, talvez de 4000 réis, ao tudo6400 reis, comida á parte, porque o chefe dacomitiva tem obrigação de sustentar tôda asua gente durante a viagem, excepto nosprimeiros três dias de sahida do Bihé, para osquaes cada um leva de comer.

Esta regra tem ainda uma excepção. Muitossertanejos, ao sahirem do Bihé, destinam umcerto nùmero de pombeiros para destacaremem caminho, ou no termo da sua viagem, paradifferentes pontos.

A estes Pombeiros dam um certo nùmerode fazendas, pêlas quaes elles lhes devem trazerum certo producto. Estas fazendas dosPombeiros que vam traficar livremente,chamam-se banzos, e d’ellas comem oPombeiro e carregadores desde o comêço dajornada. Afora este caso, em tôdos os mais ochefe sustenta Pombeiros e carregadores.

Os Pombeiros não sahem nunca por tempodeterminado, e tanto ganham demorando-sepouco como muito. É sabido que os nêgrosem Àfrica não dam valor ao tempo.

Os costumes Bihenos samaproximadamente os mesmos de Caquingue,e o contacto com brancos não tem trazido omenor adiantamento a essa gente.

Não t[~e]m a menor idéa de uma religiãoqualquer, não adoram nem sol, nem lua, nemìdolo, e vivem com os seus feitiços eadvinhações.

Todavia, parecem acreditar naimmortalidade da alma, ou antes nodesassocego d’ella em quanto não cumpremcertos preceitos ou vinganças em favor domorto.

A forma do governo é monàrchica absoluta,e tem muito do feudalismo.

Cada um é, muitas vêzes, juiz em causa pro-pria, e quando eu falar dos mucanos direi comoali se faz justiça.

Os maiores acontecimentos entre osBihenos sam aquelles que se ligam aos sovas,e sôbre tudo á sua morte e á acclamação donôvo règulo. Antes porem de descrever estesdois grandes acontecimentos, preciso é falarda sua côrte.

O sova é rodeado de um certo nùmero desujeitos, a que chamam Macotas, que muitosjulgam corresponderem aos ministros entrenós, mas que assim não é. Os Macotas for-mam apenas uma especie de consêlho a que osova submette sempre as suas deliberações,mas de cuja opinião poucas vêzes faz caso. Samsecúlos e favoritos do sova, e nada mais. Secúloé o fidalgo, filho de nobre, ou enobrecido pêlosova.

Muitos secúlos que possuem libatas, dentrod’ellas t[~e]m o tratamento de sovas, e os seuspôvos, quando lhe dirigem a palavra, dizemNá côco, o que quer dizer Vossa Magestade.

Àlém dos Macotas, ha três prêtos querodeiam o sova, e que, quando elle dáaudiencia, se sentam no chão junto d’elle, eapanham da terra os escarros do regùlo para osirem deitar fora. Ha ainda o que leva a cadeira,e o Bôbo, figura indispensavel em tôdas ascôrtes de sova, e mesmo dos secúlos ricos epoderosos. O bôbo tem obrigação de limpar aporta da casa do sova e a rua em tôrno d’ella.

As libatas sam defendidas por uma forte

palissada de madeira, quasi sempre coberta desycòmoros enormes, e dentro d’ellas umasegunda palissada defende e fecha a moradado sova. Este segundo recinto chama-seo lombe. Dados estes esclarecimentos, vamosver o que se passa pêla morte ou acclamaçãodos règulos.

Logo que morre o sova, o acontecimento ésabido dos Macotas, que guardam o maiorsegrêdo. Dam parte ao pôvo de que o sova estádoente e por isso não apparece. O cadaver édeitado na cama, na cubata, e coberto com umpanno; isto em Caquingue, porque no Bihé, édependurado pêlo pescôço ao tecto da cubata.

O côrpo ali jaz até que a putrefacção e osinsectos deixam a ossada nua, no paiz deCaquingue; no Bihé, até que a cabêça se separado corpo.

É então que anunciam a morte do règulo, eque se procede ao enterro. Os ossos sammetidos em uma pelle de boi e enterrados emuma cubata que existe no Lombe, sarcòphagode tôdos os sovas. A cubata em que apodreceuo cadaver é demolida, e tudo o material étransportado fôra da libata, e abandonado nomato. Será desnecessario dizer, que a morte deum sova é sempre produzida por feitiço, e queum desgraçado paga com a vida, não o feitiço,que não fez, mas a vingança particular de umdos Macotas. Logo que se anuncía a morte dosova, o pôvo sahe furioso, e durante algunsdias, sam roubados tôdos os que passampròximo da capital, sendo que se apossam daspessôas mesmas, que escravizam paravenderem depois.

Os Macotas vam buscar o herdeiro, eacompanham-n-o até á Libata Grande (capi-tal); mas ali elle não entra no Lombe, e ficavivendo na povoação como qualquer do seupôvo. Em seguida á entrada do herdeiro naLibata, sahem dois bandos de caçadores, umem busca de uma malanca (Catoblepastaurina), e outro em procura de uma creaturahumana.

Do grupo que vê o antìlope, se adianta umcaçador que lhe atira, fugindo logo, e sam osoutros que lhe vam cortar a cabêça, porque, sefôr o que lhe atirou, é logo assassinado, e nuncapôde dizer que foi elle que o matou.

O bando que procura a creatura humana,apossa-se da primeira que encontra (homemou mulhér), e arrastando-a para o mato, cortam-lhe a cabeça, que trazem com tudo o cuidado,abandonando o côrpo. Chegados á libata,esperam pêlo bando que foi caçar o antìlope;porque mais facil sempre é encontrar e matarum homem do-que encontrar e matar umamalanca.

Reunidas em uma cesta as duas cabeças, ado homem e do antìlope, vem o cirurgião, ecomêça a fazer os curativos precisos para queo nôvo sova possa tomar as redeas do governo,e quando acaba a sua magía, declara que ellepôde entrar no Lombe. Acompanhado dosMacotas, o sova entra no Lombe, no meio degrande grita e muita fuzilaria.

O primeiro passo que dá o sova no seugoverno, é escolher entre as suas amantes umaque apresenta como sua mulhér, a qual ficamorando com elle, e toma o nome de Inácúlo,e o governo caseiro; as outras ficam vivendo

Page 14: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200814

Fonte:(continua)

no Lombe, mas fôra do recinto do règulo.No Bihé, como em tôda a Àfrica Austral,

está estabelecida a polygamia.Os crimes no Bihé sam sempre julgados em

primeira instancia pêlo lesado, e só se oculpado se não sujeita ao pagamento da multa,é que, algumas vêzes, sobe a causa aoconhecimento do sova, porque em outras ajustiça é feita pêlo lesado. A palavra terrivel noBihé, o vocábulo Mucano, não exprimesimplesmente o crime, mas designa uma idéaque involve ao mesmo tempo o crime e opagamento da multa.

Ali tôdos os crimes sam remiveis adinheiro, isto é, ao pagamento de multas; enão ha penalidades intermediarias entre amulta e a pena de morte. Se alguem rico sôbrequem pesa um mucano, se recusa a pagar, e olesado é poderoso, faz presa ao culpado emvalor muito superior á multa, ficando a presaem depòsito, para ser vendida, ou ficarpertencendo ao que a fez.

Aquelle que faz uma presa injusta é obrigadopêlo sova á restituição, e a dar um porco aoprejudicado.

Este systema é ázado a roubos, e tôdos osdias apparecem mucanos os mais estupendos.

Um dos mais vulgares é o do adulterio dasmulhéres, a quem os maridos mandam que sefaçam seduzir por este ou aquelle homem quepossue alguma cousa, para lhe fazerem depoispagar o mucano. O chefe de uma comitiva éobrigado a pagar os mucanos dos seus prêtos,e responsavel pêlo comportamento d’elles.

Quando um branco responsavel pêlosmucanos dos seus prêtos, tem por seu ladoforça bastante e se recusa a pagar, elles esperam,ás vêzes, annos até poderem atacar outro brancomais fraco, e fazerem-lhe presas, dizendo-lhe,que é por causa do outro, e que se entenda comelle.

Se o que têve um mucano é fallecido, odesgraçado que vem habitar a sua povoaçãopaga por elle.

O modo por que se faz justiça no Bihé, é acausa do grande transtorno que soffre ocommercio, e das grandes perdas das casas deBenguella.

Durante a minha estada em casa do SilvaPorto, viéram ali uns prêtos que traziam umagallinha para fazer uns curativos, e o hortelãovendo-a disse, que tinha uma muito parecidacom ella. Fôram estas palavras objecto de ummucano, em que o hortelão têve de pagar 16côvados de algodão ao dono da gallinha.

Logo que chega alguem ao Bihé e trazfazendas, procuram arranjar-lhe innùmerosmucanos, e roubam-lhe assim uma grandeparte d’ellas.

Os sertanejos, quando chegam ao Bihé, samtão defraudados pelos mucanos, que muitasvezes não lhes fica para ir negociar no interiormais do que a terça-parte das facturas trazidas.Guilherme (o Candimba), pai do Verissimo, aùltima vez que ali foi em viagem de tràfico,foi obrigado a dar fazendas no valor de 600mil réis, por um mucano que lhe arranjáram,de um seu prêto ter comprado um bocado decarne de carneiro por três cartuxos de pòlvora,e não os ter dado no dia aprasado, mas sim noseguinte, em que já não fôram aceites. Durante

a minha estada no Bihé, Silva Porto têve depagar um mucano de 700 mil réis por umabagatela ainda maior.

É o mucano, esse roubo infame, porque élegal e autorizado, a causa principal do estôrvoao commercio, e da decadencia do Bihé.

Foi o mucano que expulsou do Bihé a SilvaPorto e aos sertanejos honrados.

Supprima-se o mucano, segure-se ocaminho de Benguella, organize-se e legisle-se para as comitivas sertanejas, e dentro empouco triplicará o commercio de Benguella, enovas fontes de riqueza, atrofiadas hôje pelapouca segurança, virám alimentar as industriasEuropeas.

O pôvo do Bihé é ázado a grandescommettimentos. Esmague-se no seu seio avìbora da ignorancia que o corróe; levantem-se esses brutos ignaros á altura de homens, dê-se-lhes uma direcção, e elles caminharám navia do progresso e chegarám ondedifficilmente chegará outro pôvo Africano.

Os prêtos d’Àfrica sam como os cavallos defina raça, quanto mais fogosos e bravos, maispromptamente se tornam doceis e obedientes.

Aquelles em que predomina a inercia e acobardia, difficilmente se poderám civilizar;aos outros não será difficil tarefa trazel-os aocaminho do bem.

Os Bihenos, como tôdos os povos d’estaparte de Àfrica, sam muito dados á embriaguez.

Ali ainda chega a àgua-ardente, e na faltad’ella fabrica-se muita capata.

A Capata, Quimbombo ou Chimbombo,que lhe chamam de qualquer destes modos, éuma especie de cerveja feita de milho.

Nas terras onde cultivam o lùpulo (Humu-lus lupulus), servem-se das cònicas sementesd’esta trepadeira para confeccionarem a bebida.

Para isso, reduzem as sementes a pó, emisturado este pó com fuba de milho, em umaenorme panella, ferve por espaço de oito oudez horas em muita àgua, e logo, retirada dofôgo e fria, é a capata, que se bebeimmediatamente.

N’este preparado a fermentação acèticapredomina, e é tão pequena a fermentaçãoalcohòlica, que não embriaga senão em grandequantidade. Como a bebida não é filtrada, ficacheia de farinha em suspensão, e é mais massamuito flùida, do que puramente um lìquido.É muito substancial, e ha prêtos que passamum e mais dias sem comer, bebendo só capata.

Nas terras onde não ha lùpulo é estesubstituido por uma farinha feita de milho emestado de germinação, que elles fazemproduzir, já enterrando o milho, já deitando-oem àgua por alguns dias.

No tempo do mel, fazem produzir na capatauma grande fermentação alcohòlica,addicionando-lhe mel, que no fim de algunsdias está em parte transformado em alcohol.

Esta bebida assim preparada embriagamuito, e tem o nome de Quiassa.

Preparam ali ainda outra bebida que apenaspode considerar-se refresco, mas que éagradavel e muito nutriente.

É ella feita com a raiz de uma planta herbàcea,que os meus poucos conhecimentos botànicosnão me permitíram classificar, a que os prêtoschamam imbundi. Uma forte decocção da raiz

do imbundi, depois de fria e de uma ligeirafermentação em uma grande cabaça, eaddicionada, a frio, á fuba fervida como para acapata.

A raiz do imbundi contem grandequantidade de materia sacharina.

Esta bebida chama-se Quissangua.A alimentação do pôvo do Bihé é quasi toda

vegetal, e tendo elles poucos gados, que nuncamatam para comer, apenas uma ou outra vezcomem carne de pôrco, animaes estes queabundam ali no estado domèstico. Creio quefôram introduzidos por Silva Porto. No paiz,muito povoado, escaceia a caça, e a pouca quehá sam pequenos antìlopes (Cephalophusmergens), difficeis de matar por muitoesquivos.

Os Bihenos comem toda carne queencontram, e a preferem no estado deputrefacção.

O leão, o chacal, a hyena, o crocodilo, e tôdosos carnìvoros, sam para elles finos manjares,mas sôbre tudo o que mais amam sam os cães,que engordam para comerem. Isto talvezprovenha da falta de alimentação animal quet[~e]m no seu paiz. Elles não sampositivamente canibaes, mas comem de tem-pos a tempos um bocado de homem cozido.Preferem os velhos, e um ancião de cabelleirabranca é òptimo presente que recebe o sova,ou algum rico secúlo, para um banquete.

Os sovas do Bihé fazem repetidas vezes umafesta, na sua libata, a que chamam a festa doQuissunge, em que sam immoladas edevoradas 5 pessôas, sendo 1 homem e 4mulheres, desta sorte:—1 mulhér que façapanellas, 1 do primeiro parto, 1 que tenhapapeira (é vulgar ali), 1 cesteira, e 1 caçador decôrças.

Presas as vìctimas, sam degolladas, e ascabeças lançadas no mato. Os corpos entramde noite para o Lombe da libata grande, ondesam esquartejados, e morto um boi, a sua carneé cozida com a carne humana, parte da qual étambem fervida na capata; sendo que tudo oque apparecer no banquete deve levar sanguehumano. Logo que está prompta a sinistra erepugnante ceia, o sova manda participar quevai começar o Quissunge, e todos os habitantesda povoação correm pressurosos ao festim.

Os Bihenos gostam muito das termites, edestroem as suas habitações para as comeremcruas.

O Biheno é altamente ladrão, e furta sempreque pode algum objecto, logo que está no seupaiz; fóra d’elle, não só se abstem de roubar,

Page 15: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 15

terminou o Curso CEF de Desenho de Construção Civil - Operador de CAD

Com 100% de sucesso terminou o primeirodos três Cursos CEF, iniciados pela nossaEscola no ano lectivo que agora finda.Realizados os estágios profissionais emempresas de Projecto de Arquitectura eEngenharia de Cinfães, Penafiel e Vila Novade Gaia, assim como nas Câmaras Municipais

A EB 2,3 de Souselo agradece às seguintes Empresas e Munícipios a excelente recepção, colaboração e apoio dado aos formandosdo Curso CEF de Desenho de Construção Civil - Operador de CAD.

- Ângelo Soares Pinto Montenegro- Cunha Jorge - Arquitectura e Engenharia

- De Souto Cardoso Construções, Lda- Graciana Oliveira, Lda

- João Perpétuo Unipessoa, Lda- José M. Fernandes Rabaça, Projectos, Estudos e Serviços

- Mesoprojectos Engenharia, Lda.- Munícipio de Cinfães- Munícipio de Penafiel

- Promidec - Projectos, Design, Gestão e Comercialização, Lda- Simone Rocha

de Cinfães e de Penafiel, os formandoscumpriram no passado dia 21 de Julho com aderradeira prova final (PAF); apresentando edefendendo perante um júri externo à escolao seu trabalho. Assinale-se os níveis elevadosobtidos quer nos estágios (14 alunos em 17,com níveis finais superiores a 4 e de que se

destaca o facto de 8 alunos terem obtido onível 5) e na Prova de Aptidão da Formação(PAF) com seis níveis 4 e cinco níveis 5.

Não haja dúvida de que os nossos alunosquando querem conseguem dar o melhor desi mesmos.

Page 16: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200816

Equipa Técnica

OBJECTIVOS Este projecto assenta no pressuposto

de que todos os pais/encarregados de educação reconheçam as dificuldades daEducação.

INTERVIR / PROMOVER NA RELAÇÃO DO

BINÓMIO ESCOLA/FAMÍLIA.

FOMENTAR O ENVOLVIMENTO DOS

PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO NA

VIDA ESCOLAR DOS FILHOS/EDUCANDOS.

CHAMAR A ATENÇÃO PARA AS

DIFICULDADES QUE OS

FILHOS/EDUCANDOS PODERÃO ENCONTRAR

NA ESCOLA E DAÍ, A NECESSIDADE DE

APOIO EM CASA, MELHORANDO A RELAÇÃO

ENTRE A ESCOLA E A FAMILIA.

REFLECTIR COM OS PAIS NO

DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS

PEDAGÓGICAS ADEQUADAS ÀS SITUAÇÕES E

AS ATITUDES, PROPORCIONANDO A

ACTIVAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

PSICOLÓGICO DOS SEUS

FILHOS/EDUCANDOS.

PROPORCIONAR APRENDIZAGENS,FAVORECENDO A PARTILHA E TESTEMUNHO

DE SITUAÇÕES VIVIDAS.

AVALIAÇÃO E REFLEXÃO FINAL.

Eq

uip

a T

éc

nic

a

OB

JEC

TIV

OS

PROGRAMA-SESSÕES

1ª Sessão: Vamos Conhecermo-nos,

Apresentação do projecto

Dia 28 de Maio de 2008 pelas 15:30h

2ª Sessão, Higiene e Segurança Alimentar

Dia 4 de Junho de 2008 pelas 15:30h

3ª Sessão: A importância da dimensão sócio-

afectiva no crescimento saudável das crianças

Dia 18 de Junho de 2008 pelas 15:30h

4ª Sessão: Avaliação e reflexão final

Dia 1 de Julho de 2008 pelas 15:30h

O recenteprojecto Formação Pa-

rental “Pais À Maneira”dinamizado pela equipa técnica, em parcerias,reflecte sobre as mudanças ocorridas nocampo educativo. Está na altura de reflectirsobre o que aprendemos de tais mudanças eexplorar as direcções emergentes dessaaprendizagem, para ajudar os educadores aliderarem com a complexidade das mudançasque hoje enfrentamos.

Este projecto, “Pais À Maneira” deenvolvimento parental, que teve comofinalidade auxiliar os pais/encarregados deeducação dos alunos do Jardim-de-Infânciade Fonte Coberta e Escamarão, com idadeaté 6 anos, na sua missão de educadores,fornecendo informação, suporte e orientaçãode experiências e de resultados vividos poroutros.

O projecto foi desenvolvido em 4 sessõesde duas em duas semanas com a duração deduas horas. Participaram 15 elementos. Estespuderam fornecer um espaço de partilha dedúvidas, saberes e experiências,proporcionando, melhorar a relação entreescola, pais/encarregados de educação efilhos/educandos, criando importância deprogresso educativo. As sessõesdecorreram na biblioteca da escola EB 2,3 deSouselo.

As metaspropostas, tiveram como objectivosespecíficos: prevenir o diálogo entre a famíliae a escola, tende a colaborar para umequilíbrio no desempenho escolar, acooperação que reflecte o trabalhopromovido pelos dois e a importância daparticipação activa na comunidadeeducativa. Promover higiene e saúdealimentar, com a colaboração do Dr.Fernando Fernandes, Nutricionista eEngenheiro Alimentar na “Gertal”. Aimportância sócio-afectiva para um bem-estaremocional e aumento de expectativaseducativas das crianças e dos pais/encarregados de educação.

Neste contexto complexo, o conceito en-tre: pais/encarregados de educação e escola,tem o potencial não somente de melhorar oambiente escolar, como também detransformar a experiência educacional dascrianças numa vivência diferente esignificativa. O sistema educativo recente,está a receber a participação dos pais/encarregados de educação na gestão daescola e no dever de casa.

Os elementos envolvidos,desenvolveram atitude receptiva em relaçãoà escola e a si mesmo, tornando-os assim,mais activos e participativos. Tendem a

Page 17: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 17

PARCERIAS

Agrupamento de Escolas de

Souselo

Associação de Solidariedade

Social de Souselo

Associação de Solidariedade

Social de Nespereira

Câmara Municipal de Cinfães

Comissão de

Protecção de Crianças

e Jovens em Perigo

de Cinfães

Junta de

Freguesia de Souselo

Equipa Técnica:Ana Bandeira, Educadora Social

da Associação de Solidariedade Socialde Souselo; Carla Alves, Professora doEnsino Especial na Escola EB 2,3 deSouselo; Carla Rodrigues, Sociólogana Associação de Solidariedade Socialde Souselo; Carmen Silva, AssistenteSocial da Associação de SolidariedadeSocial de Nespereira; CláudiaMonteiro, Animadora Sociocultural daJunta de Freguesia de Souselo; FilipeTorcato, Psicólogo dos Serviços ePsicologia e Orientação da Escola EB2,3 de Souselo; Marisa Oliveira,Educadora de Infância, Vice-Presidentedo Conselho Executivo do Agrupamentode Escolas de Souselo e membro daComissão Alargada da Protecção deCrianças e Jovens em Perigo de Cinfães;Susana Magina Socióloga daAssociação de Solidariedade Social eRecreativa de Nespereira; SusanaPereira, Psicóloga da Câmara Munici-pal de Cinfães e membro da ComissãoRestrita da Protecção de Crianças eJovens em Perigo de Cinfães; TelmaBarbosa, Psicóloga da Paróquia deSouselo e dos Serviços de Psicologia eOrientação da Escola EB 2,3 deSouselo.

CONVITEA TODOS OS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃOPARA ESTAREM PRESENTES NA PRÓXIMA SESSÃO

DIA 1 DE SETEMBRO DE 2008 - 15H 30m

NA EB 2,3 DE SOUSELO

Eq

uip

a T

éc

nic

a

OB

JEC

TIV

OS

pela Professora do Ensino Especial Carla Alves

melhorar o seu relacionamento afectivo comos filhos/educandos e o aperfeiçoar da saúdealimentar.

A escola também foi beneficiada pelacolaboração dos pais/encarregados deeducação. O envolvimento destes, mostraaos alunos vantagens, por muito que asfamílias estejam a sofrer alterações, a grandemaioria encontra e quer construir a suaestabilidade familiar. A conjugalidade, amaternidade e a paternidade, constituemreferências base, no projecto de vida de cadaum.

Os efeitos desta colaboração forampositivos. O trabalho desenvolvido foiexcelente e de relevante mérito pelos pais/encarregados de educação, pela escola ejardins-de-infância e toda a equipa técnica eparcerias.

Este projecto vai ter continuidade nopróximo ano lectivo. estamos a contar comos que participaram e todos os outros pais

que queiram estar presentes connosco apartir do dia 1 de Setembro.

Em síntese, pode dizer-se: cabe-nos aresponsabilidade, não de tomar decisões poreles, mas sim “ (…) de apoiar e orientar nasdecisões quando for necessário, de modoextremamente individualizado e participativo,sem regras fixas ou tabus pré-estabelecidos.”(Andrada 1995.p.60)

“Se não houver frutos,valeu a beleza das flores…Se não houver flores,valeu a beleza das folhas…Se não houver folhasvaleu a intenção da semente!”

(desconhecido)

Page 18: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200818

“Apesar do enorme esforço que é preciso realizar para frequentar estescursos no horário pós-laboral, gostei da forma como ele foi administrado, dasmatérias abordadas e de todos os trabalhos realizados. (…) Espero, comestes conhecimentos e experiência adquirida, conseguir um trabalho que merealize plenamente no futuro.”

Alice Soares 9ºA

“No final deste curso que se prolongou por quase dois anos lectivos,estou satisfeito por estar a acabar as aulas, pois o meu tempo é escasso pormotivos profissionais (…) O meu sonho é tirar o curso de engenheiroelectrotécnico, para concretizá-lo quero continuar a estudar.”

Ângelo Silva 9ºB

“O que mais me agradou foi o que aprendi com todos os professores detodas as disciplinas, os trabalhos feitos em grupo e alguns convívios queefectuamos.”

Adriano Jesus 9ºB

“O tempo passou, aprendeu-se muita coisa, fizeram-se novos amigos etivemos professores que nos deram o maior apoio e que tudo fizeram paranos esclarecer as dúvidas. (…) Quanto ao meu futuro, gostaria que com estecurso se abrissem as portas para um emprego e um futuro melhor.”

Alexandrina Silveira 9ºA

“VALE A PENA VOLTAR A APRENDER”

“Faço um balanço positivo em relação ao curso. As expectativas que tinhaforam realizadas (…) sinto-me orgulhoso porque sei que o tempo dispensadonão foi tempo perdido.”

Artur Almeida 9ºA

“O balanço que faço é que o curso foi muito enriquecedor e aprendimuito mais do que podia ter imaginado. (…) A convivência com os colegas foifantástica e os professores cativaram muito bem os alunos, daí o esforço quefazíamos para estar todos os dias nas aulas.”

Aurora Alves 9ºB“Tudo o que vivi e aprendi tornou-me, sem dúvida, numa pessoa mais

esclarecida e com muito mais formação. Sinto-me mais à vontade e maissegura para intervir ou participar numa conversa e na utilização docomputador.”

Cristina Carvalho 9ºA

“Quando me inscrevi neste curso nunca pensei que iria levá-lo até ao fim.Agora que está quase a terminar, olho para trás e penso: Como consegui?(…) No futuro, gostaria imenso de trabalhar com crianças.”

Fernanda Vieira 9ºA

“Com este projecto, convivi com pessoas que até então só conhecia devista e que agora se tornaram bons amigos. Adquiri conhecimentos que não

Com o aproximar do final do plano de formação e após váriosmeses de aprendizagem, os formandos finalistas do 9ºA e 9ºB doCurso EFA B3, da Escola de Souselo, estão a terminar esta sua“aventura”.

Como mediador, pedi-lhes para realizarem um balanço dessa suaexperiência de vida em que descrevessem o que estavam a sentir aosaber que o curso estava a acabar, o que mais lhes agradou edesagradou, a utilidade que poderão ter as aprendizagensdesenvolvidas, quais as suas expectativas e o que gostariam defazer no futuro.

Na impossibilidade de publicar todas as reflexões dos formandos,ficam as seguintes pequenas passagens para que os leitores reflictamsobre o título deste artigo “Vale a pena voltar a estudar”.

regressaram e venceram...

Page 19: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 19

possuía. (…) Foi uma experiência positiva, pois houve muita colaboraçãoentre colegas e professores”.

Maria Adelaide Ferreira 9ºA

“Hoje penso: “Se eu soubesse como me iam fazer falta os estudos, tinhaaproveitado quando tive oportunidade, pois teria sido mais fácil. (…) Esperono futuro fazer proveito de todo o meu esforço e sacrifício. Valeu a pena.”

Maria Alice Alves 9ºA“Tudo isto foi para mim uma experiência enriquecedora, pois estudar foi

um sonho de criança que consegui realizar com o incentivo do meu filho.Tudo me agradou, tanto os professores como os colegas.”

Maria Celeste Soares 9ºB

“Aprendi coisas que nunca pensava aprender e conheci pessoas quenunca pensei conhecer. (…) Vou ter saudades dos amigos que cá fiz, poiséramos uma boa camaradagem e dos professores que eram umas pessoasexemplares.”

Maria de Fátima Oliveira 9ºA

“Toda esta experiência de vida foi um desenvolvimento de conhecimentosmuito agradáveis que marcaram os meus 47 anos de idade (…) Desejo dofundo do coração tudo de bom a todos os formadores e formandos. Vourecordá-los para sempre com muito carinho, pois sem a união criada talveznão chegasse a alcançar este objectivo.” Maria Manuela Madureira 9ºA

“Aprendi a valorizar outros valores como a amizade, a perseverança e otrabalho de equipa. (…) Sinto-me feliz por o curso acabar, pois irei ter maistempo, mas confesso que começo a ter medo de vir a ter saudades, muitassaudades de cá andar.”

Sónia Silva 9ºB

“O que me agradou foi a grande amizade (…) que nos fez esquecer,muitas vezes, o cansaço de um dia de trabalho. As expectativas para o futurosão frequentar o 12º ano, encontrar uma turma unida e alegre como esta eprofessores com a mesma disposição e paciência para nos ensinar.”

Vera Monteiro 9ºB

Eu sei caros leitores… Até dá vontade de voltar à escola… Porquenão? Nunca é tarde! Para isso, converse com um formando que jáesteja a frequentar um Curso EFA de nível B2, B3 ou B4 ou dirija-se àsecretaria da Escola Básica 2,3 de Souselo, onde lhes serão fornecidasinformações sobre as várias ofertas existentes neste estabelecimentode ensino.

António Fernandes

com o seu dever cumprido, dizem adeus à EB 2,3 de Souselo...

para todos um grande abraço do tamanho deum rio e votos do maior sucesso pessoal

Page 20: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200820

ludomania

jogar o sudoku, um fácil, um médio e um difícil

O Planeta AgradeceNa escola e em casaVamos todos separarVidro, plástico e cartãoPara mais tarde reciclar

São três os ecopontosQue tu poderás usarAmarelo, verde, azulE o pilhão não vai faltar

O Planeta é o nosso larE está a ficar doenteTodos temos que reciclarTodos temos que o tratarNinguém pode estar ausente.

Fátima Oliveira (Cursos EFA- 9º A )

1 2 3 4 5 6 7 8

1: tem a boca muito grande2: dá lã3: dá para cavalgar4: voam nas praças5: tem riscas brancas e riscas pretas6: tem uma grande tromba7(vertical): é o melhor amigo do Homem7 (horizontal): é um réptil8: gosta de ratos

Guilherme 2º Ano Escola de Saímes

Os AnimaisOs AnimaisOs AnimaisOs AnimaisOs AnimaisEncontra as 5 diferenças

Page 21: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 21

uma opinião...

UMA NOVA FILOSOFIA QUE PODERÁ TRANSFORMAR CINFÃESTemos constatado que os

povos de Cinfães, desde a Serrade Montemuro até ao fundo doconcelho estão em aceleradoprocesso de transformação da suavida, diminuindo o tempo depermanência no território. Apopulação residente tem-sereduzido,

A diminuição da taxa danatalidade é um facto irreversível

Estamos em aceleradoprocesso de diminuição dacapacidade de renovação dasgerações e em breve teremos queimportar mão-de-obra, com osproblemas que dai advirão.

È a velha Europa a nãoconseguir renovar-se!

Agravando tudo isto, partemtrabalhadores, casais e famíliasinteiras, para Espanha, França,Alemanha, Holanda, Inglaterra,Angola, Marrocos, Austrália (. Éuma diáspora Cinfanense, e nãosó, que urge por termo comestratégias de longo alcance)

Os seus filhos que não partemficam entregues ás mães oufamiliares directos (educadores,)

Esta ruptura ou ausênciaquase total do convívio entregerações, acarreta riscosacrescidos á estabilidade do lar eao desenvolvimento harmoniosodos jovens,

Põe em dúvida o conceito deauto-protecção social por parte dasociedade civil anónima como umtodo solidário e atento ásdificuldades económico e sociais.

Desencadeia por vezes crisesde diferente cariz podendo mesmolevar á violência.

A marginalidade ecriminalidade, comoconsequência das dependênciasdo consumo de álcool e droga sãoa prova da desinserção social elevam à procura de soluçõesfáceis para sobreviver e aexpedientes marginais. (Imagine-se se houver fome ou criseenergética!)

Este desvio, cria tensõessociais e familiares de dimensãoainda não completamenteestudada,

Perante esta situação social afamília luta por se defender com anoção de que a soluçãoencontrada será temporária e que

poderá ultrapassar as dificuldadescom os ordenados acrescidos dotrabalho temporário dos seusfamiliares deslocados.

É de facto com desespero queo trabalhador chega do seulongínquo local de trabalho: sabeque dentro de algumas horas aviagem de regresso lhe tirará aoportunidade de incutir osvalores geracionais nos seusfilhos.

A esposa passa a ter o papelde chefe de família e crescem ascrianças com uma imagem defamília dividida, quase mono pa-rental.

Se os filhos são infantes,ainda os poderá educar, mas aimagem paterna na adolescênciaserá quase apagada.: -funcionaráo “grupo”, (a malta) e surgirãomais cedo ou mais tarde os” filhosda malta.”

Queremos por tudo isto in-verter o sentido do êxodo e fixaros jovens e ajudá-los a constituirfamília em Cinfães.

Queremos que se não sintamdesinseridos e que se não vejamobrigados a partir, por longosperíodos, esquecendo a suaorigem e os seus locais dereferência de infância.

Perante isto a nova filosofiaque vos venho propor poderá seralgo diferente para desenvolverCinfães:A criação de um eco-museu.....

Toda a actividade eco-turistica eeconómica a desenvolver pode fixarmão-de-obra e criar uma diferenciaçãoregional.

Há mais de 300 eco-museus anível mundial, 200 estão na Europa

O conceito de eco-museu foiintroduzido pelo museólogo francêsHugues de Varine em 1971 e define-se como um centro de museologiaorientado para a identidade de umterritório e sustentado pela participaçãodos habitantes que aumentam o seubem estar ao desenvolver acomunidade :

Três forças existem quecontribuem para a sua fundação:

1-O museu, 2-O território: não só a superfície

física mas os seus elementosambientais, culturais e sociais quedefinem o património local.

3-As instituições locais e os seupoder de comunicação pois são as quetem o compromisso de estudar edesenvolver o futuro do território.

Por definição da ICOM, o eco-museu é uma instituição que gere,estuda e valoriza com umafinalidade científica, educativa ecultural, o património geral de umacomunidade específica incluindoo meio ambiente natural e culturalque porventura ai existir.

Desta forma, o eco-museu éum veículo de participação cívicana projecção e nodesenvolvimento da comunidade.

Para atingir esses objectivoso eco-museu serve-se de todosos instrumentos e métodos á suadisposição com a finalidade depermitir ao público compreenderjulgar e administrar de formaresponsável e livre os problemasque irá enfrentar

Em essência o eco-museuutiliza a linguagem restante, arealidade da vida quotidiana e dassituações concretas, com afinalidade de alcançar astransformações desejadas.

Assim caros leitorespropomos uma filosofia de sócio-museologia

Filosofia essa queconglomera as iniciativasparticipativas das populações nacriação do eco-museu noconcelho de Cinfães, aliadas eintegradas por uma instituição degestão de todas as valênciasmuseológicas existentes.

Vamos gerar processos dereflexão crítica sobre a realidadeque nos envolve ,em Cinfães, emediatilizá-la .

Assim propomos1- Que se criem instrumentos

que transcendam o museutradicional como o Museu Mu-nicipal de Cinfães e criar o eco-museu englobando tudo queexista de património material eimaterial no território, deinstituições(associações, casasmuseu, património edificado vivoou em ruinas,grupos corais,musicais, ranchos ,festas pagãsou religiosas, arte popular,artesanato, tradição oral e escrita,pequenos museus particulares(com a sua historia e idiosincrasia),

manifestaçoes artísisticasesporádicas, práticas agrícolas egastronómicas, lagares e adegas,fabrico do pão, moinhos, casashistóricas, e personalidadesilustres, unidades hoteleiras, viasromanas, restos aqueológicosem posse de particulares,documentos escritos, arquivosprivados ou oficiais, festasreligiosas, escultura. etc)

2-incitar e promover.transformar e criar formas departicipação democrática daspopulações no seudesenvolvimento e gestão a nívellocal .

3- Filiação desta futurainstituição na ICOM (ConselhoInterncional de Museus) eobtenção de fundos deestruturação e dedesenvolvimento económico.

Poderemos criar uma dinâmicade resguardo dos nosso valorese instituições, da nossa cultura ehistória, aproveitando o territórioimpar que possuímos (por ex.Serrade Montemuro, Vale do Bestança,Ribeiro Sonoso, Margem DoDouro e suas Cantas, Festasreligiosas, o Arco de Saímes, asAlminhas, as Artes Tradicionais,Monumentos, Cortejos, Arraiais,Festivais) as suas aldeias, as suasfiguras características, os seuscostumes e manifestaçõesartísticas literárias, musicais,poéticas, o seu artesanato enfimtudo que nos possa diferenciar,

Queremos dar felicidade aoser humano e desenvolver osentido social e a economia doconcelho, criando uma instituiçãoque leve os Cinfanensesdemocraticamente a preservar asua identidade.Por Cinfães e Portugal.

Castro Monteiro

Page 22: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200822

(Reunião de Câmara de 23 de Junho de 2008)

ACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASNa reunião de 23 de Junho, o executivo da Câmara Municipal de Cinfães

deliberou por unanimidade aprovar o relatório final e adjudicar pelo valor de214.860,45 • a execução da Pavimentação da Estrada Municipal 556-2 deTarouquela a Moimenta. Arranjo e Pavimentação do C.M. do Cruzeiro deVilar de Arca a Santo António, na freguesia de Piães. Foi ainda deliberado porunanimidade aprovar o Projecto, o Programa de Concurso e o Caderno deEncargos do Arranjo Urbanístico do Acesso à Igreja Matriz de Espadanedopelo valor base de 173.480,23 •.

TURISMOTURISMOTURISMOTURISMOTURISMOO executivo aprovou por unanimidade aderir ao projecto “Red de

Transferência de Conocimientos y Recursos Turísticos entre Espacios Urbanosy Rurales Fronterizios del Sudoeste Europeo” que visa criar uma rede decooperação entre espaços urbanos e rurais, de municípios de Portugal,Espanha e França, potenciando sinergias existentes no sector turístico, mediantea associação de recursos e conhecimentos.

ABASTECIMENTO DE ÁGUAABASTECIMENTO DE ÁGUAABASTECIMENTO DE ÁGUAABASTECIMENTO DE ÁGUAABASTECIMENTO DE ÁGUACom a entrada em vigor da lei n.º 12/2008, é proibida a cobrança de

qualquer importância do contador do tarifário da água bem como a cobrançade qualquer taxa ou tarifa por consumos mínimos. Neste sentido, o executivoaprovou por unanimidade cumprir a Lei n.º 12/2008, não cobrando qualquertaxa adicional como fazem alguns concelhos vizinhos.

SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDEA vacina Prevenar é uma das vacinas facultativas, anti-pneumocócica,

habitualmente denominada como uma das vacinas “contra a meningite”. Nãofaz parte do Programa Nacional de Vacinação, logo não é comparticipadopelo serviço nacional de saúde, mas é recomendada pelos médicos. Comotem um custo muito elevado, •71 cada dose e são necessárias 4 doses porcriança, o Presidente Câmara, Pereira Pinto, atento e preocupado com asnoticias que frequentemente nos chegam sobre esta doença e sabendo que aadministração desta vacina pode diminuir os riscos nas crianças de Cinfães,propôs ao executivo a comparticipação da mesma através de um protocolo decooperação a estabelecer com os responsáveis da saúde no nosso concelho.

PROTECÇÃO CIVILPROTECÇÃO CIVILPROTECÇÃO CIVILPROTECÇÃO CIVILPROTECÇÃO CIVILFoi deliberado por unanimidade celebrar um protocolo do com a Associação

Florestal de Entre Douro e Tâmega para a contratação de uma equipa desapadores florestais composta por 5 elementos. Esta acção para além decontratar 5 sapadores florestais, assegura ainda a disponibilidade de todos osmeios materiais necessários ao exercício das suas funções. Esta medidaadoptada, vem no seguimento da crescente preocupação do Município emdeter uma estrutura organizada, de âmbito municipal, que desenvolva acçõesde prevenção e combate aos incêndios florestais.

CEM MIL VIBRAM COM “ENERGIA”CEM MIL VIBRAM COM “ENERGIA”CEM MIL VIBRAM COM “ENERGIA”CEM MIL VIBRAM COM “ENERGIA”CEM MIL VIBRAM COM “ENERGIA”A tournée dos Anjos e sua Banda passou por Cinfães com um mega concerto.

Cerca de cem mil pessoas vibraram com a energia dos irmãos Sérgio e NelsonRosado, no seu novo espectáculo intitulado “ENERGIA”, sábado, dia 21 de Junhonas festas do S. João.

A seguir ao desfile das tradicionais Marchas Populares, realizou-se mais umgrande concerto com Mickael Carreira e sua Banda nestas Festas do Concelho, quesão já conhecidas como as melhores festas de S. João de toda a região.

X TORNEIO DE NATAÇÃO DO 1º CEBX TORNEIO DE NATAÇÃO DO 1º CEBX TORNEIO DE NATAÇÃO DO 1º CEBX TORNEIO DE NATAÇÃO DO 1º CEBX TORNEIO DE NATAÇÃO DO 1º CEBDecorreu na manhã de 16 de Junho, nas piscinas municipais, mais um

torneio de natação dos alunos do 1º CEB. Foi num clima de grande euforia ediversão, que os cerca de 200 alunos, professores e auxiliares, apoiaram asequipas participantes nesta iniciativa, que vai já na sua décima edição. Acompetição foi grande, mas maior foi a diversão e o convívio entre todos. AVereadora da Educação da Câmara Municipal de Cinfães, congratulou-sepor mais um sucesso desta iniciativa, aproveitando para agradecer a todos osprofessores, em especial os das Actividades de Enriquecimento Curricular,pelo seu trabalho com os nossos alunos que tem sido de grande dinamismo eprofissionalismo.

(Reunião de Câmara de 9 de Junho de 2008)(Reunião de Câmara de 9 de Junho de 2008)(Reunião de Câmara de 9 de Junho de 2008)(Reunião de Câmara de 9 de Junho de 2008)(Reunião de Câmara de 9 de Junho de 2008)

ACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASACESSIBILIDADES E INFRAESTRUTURASNa reunião ultima, do dia 9 de Junho, o executivo da Câmara

Municipal de Cinfães deliberou por unanimidade aprovar o Projecto,Programa de Concurso e Caderno de Encargos do C.M. do Outeiro aGatão, na freguesia de Travanca, pelo valor base de 178.500,00 €. Foiainda comunicado pelo Presidente, Pereira Pinto, da adjudicação doprojecto de ampliação da Escola Profissional de Cinfães, pelo valorde 74.000,00 €, e do projecto das infraestruturas desportivas e delazer de Souselo, pelo valor de 59.150,00 €, ambos acrescidos dorespectivo IVA.

SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDECom a publicação do Decreto Lei n.º 28/2008, de 22 de Outubro, que

prevê a reorganização dos cuidados de saúde primários através da criaçãode Agrupamentos de Centros de Saúde, com autonomia para organizar aprestação de cuidados de saúde, a Administração Regional de Saúde solicitouque a Câmara Municipal de Cinfães se pronunciasse sobre a proposta deintegração do Município de Cinfães no agrupamento delimitado pelo concelhosde Amarante, Marco de Canavezes, Baião, Resende e Cinfães. Sobre estaproposta o executivo deliberou por maioria concordar com a soluçãoapresentada pela ARS.

SUBSIDIOS PARA ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROSSUBSIDIOS PARA ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROSSUBSIDIOS PARA ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROSSUBSIDIOS PARA ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROSSUBSIDIOS PARA ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROSConsiderando o período critico para os focos de incêndio e em que as

Associações de Bombeiros são confrontadas com um acréscimo de trabalho edespesas no objectivo de salvaguardar bens e pessoas, o senhor Presidenteda Câmara propôs, à imagem dos anos anteriores, a atribuição de um subsidiode 30.000,00 • a cada uma das corporações, aprovado por unanimidadepelo executivo camarário. Foi ainda deliberado, também por unanimidade,atribuir um subsidio de 40% à Associação Humanitária dos BombeirosVoluntários de Nespereira para ajuda da aquisição de uma viatura nova.

notícias de Cinfães

Page 23: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho- Julho de 2008 23

REVELADOS VÁRIOS TALENTOS NO I FESTICINFASREVELADOS VÁRIOS TALENTOS NO I FESTICINFASREVELADOS VÁRIOS TALENTOS NO I FESTICINFASREVELADOS VÁRIOS TALENTOS NO I FESTICINFASREVELADOS VÁRIOS TALENTOS NO I FESTICINFASO pelouro da Educação da Câmara Municipal de Cinfães realizou no

passado sábado, dia 21 de Junho, o I Festival de Música Júnior deCinfães, FESTICINFAS, que teve lugar, pelas 15h, no Largo da Fonte dosAmores, na vila de Cinfães.

O evento contou com a participação e interpretação de cerca de 300alunos do 1º CEB de seis escolas do concelho e duas escolas convidadas,dos concelhos de Vila Nova de Foz Côa e Baião, que acompanhados pelospais, pelos seus professores e pelo grande número de população que quisassistir ao festival, tornaram o local pequeno demais para acolher esta iniciativa.

Este festival foi a apresentação do trabalho realizado pelos professores deEducação Musical das Actividades de Enriquecimento Curricular durante oano lectivo que agora terminou. E, quem esteve presente, pode assistir atalentos e interpretações fantásticas de alguns alunos que para além de sedivertirem, contagiaram todo o público presente.

Este festival foi incluído na programação das Festas do Concelho – S.João 2008, de modo a proporcionar também aos mais novos uma tarde deanimação e diversão, bem como poderem mostrar os seus talentos.

O Lanche e o transporte dos alunos do concelho, foram da responsabilidadeda Câmara Municipal.

Publicou o Jornal Rio de Notícias, na suaedição nº 6 de Maio de 2008, uma carta aberta, daautoria da Sra. Presidente ou ex. Presidente doRancho Folclórico da Casa do Povo de Souselo,professora Inês Couto, e na qual sou “presenteado”com termos e expressões que me ofendem paraalém de o conteúdo da referida carta nãocorresponder á verdade.

Diz o velho ditado que “ quem não se sentenão é filho de boa gente”, por isso entendo justo,repor aqui, usando a mesma forma e o mesmoveículo, a verdade dos factos e a defesa de quem sesente mal tratado e ofendido.

O texto não corresponde á verdade porquenunca referi a frase que V. Exa. nele inclui “ Quemestá comigo que fique. Quem não está, que saia,não faz cá falta nenhuma! ”Eu não disse isso! O quedisse, e novamente diria, em resposta á falta derespeito e de educação que pessoas, que ocupavama mesa de V. Exa, tiveram para comigo desde oinicio da intervenção, foi o seguinte “ quero tambémdizer que tenho quase 40 anos e já andei mais nestavida do que o que tenho para andar, e que o cargoque hoje ocupo é efémero, hoje eu amanhã outros.Mas, enquanto cá estiver exijo ser respeitado.Àqueles que não tem respeito e á falta de educaçãodigo que quem não estiver bem que se mude pois aporta da rua é a serventia da casa.” Foi o que eudisse!

tentar justificar os seus insucessos e as suasdificuldades atirando a culpa para terceiros. Cada umque assuma as suas. Ainda mais utilizando adjectivosdespropositados e ofensivos em relação a mim.

Com que direito se julga para ofender, paramaltratar a quem sempre a respeitou?

Já não se lembra que foi minha adversária directanas últimas eleições autárquicas e que durante toda acampanha eleitoral nem sequer ousei citar o seu nomeou tão pouco tratá-la como adversária, usando dosprincípios essenciais do respeito e da democracia?

Que razões lhe dão razão para me chamaragressivo, colérico, insultuoso, rude, pouco digno emal-educado, ainda mais num órgão de comunicação,portanto em público, se nunca a mal tratei ou ofendi, sesempre tive por si respeito e consideração?

Agora sou e serei enérgico a defender-me quandoem causa estiver as minhas convicções e o meu nome.

Achará porventura V. Exa. que se tivesse essas“qualidades” que me aponta teria o povo da nossaterra confiado em mim duas vezes consecutivas aúltima das quais com 77% dos votos?

Não acha a Sra. que pelo menos na qualidade deautarca, eleito democraticamente, mereça serrespeitado, goste-se ou não de mim?

Concordo consigo quando diz que o rancho nãodeve servir políticos, no entanto usou, na sua cartaaberta, essa instituição como arma de arremesso con-tra o presidente da junta. Já não se recorda que durante

Pergunto então: Onde estão os insultos a que serefere? Onde está a minha rudeza, a cólera e a máeducação que V. Exa. tanto enfatiza na sua carta aberta?Onde está a tal falta de respeito para com asassociações e em particular com o rancho?

A bem da verdade refiro que V. Exa., apesar deestar nessa mesa, não proferiu qualquer comentário,tendo sempre uma atitude correcta e serena.

Então porque enfia a carapuça, ainda maisdecorridos cerca de 6 meses?

- Será porque não ouviu a minha intervenção emvirtude do enorme burburinho que se fazia na mesa?

- Será porque não entendeu as minhas palavras,o que me custa a crer em virtude da formaçãoacadémica que possui?

- Será porque está a servir de “ponta de lança”a outros?

- Ou será porque pretende criar um argumento,um facto, para justificar a sua, já há muito anunciadasaída das funções de presidente da direcção do rancho,a acreditar nos comentários oriundos do interior domesmo, e que referem uma acentuada dificuldade deliderança da parte de V. Exa.?

Aliás, em matéria de demissões V. Exa. já nãosurpreende pois das duas vezes que apareceu emórgãos demitiu-se - agora do rancho e antes daassembleia de freguesia de Souselo, o que parecedemonstrar que ao primeiro obstáculo desiste.

Mas isso não é problema meu, o que não pode é

o referido jantar e durante a referida intervenção atéelogiei a parceria entre Junta e o rancho aquando darealização do festival de folclore que decorreuconcomitantemente com a feira dos produtos locais.

Sempre respeitei e sempre respeitarei o Ranchoe os seus elementos seja qual for o seu presidente,por isso não aceito o arremesso que usa. Não aceitoeu nem aceitarão com certeza, á excepção dos que“ouviu a propósito”, muitos dos elementos dessegrupo.

A propósito, porque não ouviu V. Exa. algunsdos elementos do rancho que também fazem parteda associação de jovens, e que estavam presentesno jantar, sobre se também se sentiam atingidos eofendidos pelo meu discurso? Se tivesse ouvidoteríamos ambos poupado tempo e papel, porqueesses e as outras dezenas de pessoas presentesestavam ofendidos era pela forma como o presidenteda junta foi desconsiderado e desrespeitado poralguns, poucos, presentes, e que reitero não incluiV.Exa. Verifique se assim não é!

Sinto-me pois ofendido, ainda mais por tervindo de alguém por quem tinha estima econsideração e por quem tenho, na linha paternal ecolateral, um respeito imensurável.

Mas creio que tudo não passa de um lapso daparte de V. Exa. e contínuo a acreditar que a verdadeé como o azeite, vem sempre á tona…

Souselo, Julho de 2008Armando Mourisco

Carta Aberta Carta Aberta Carta Aberta Carta Aberta Carta Aberta “ENFIAR A CARAPUÇA”

ACESSIBILIDADES E VIAS DE COMUNICAÇÃOO executivo da Câmara Municipal de Cinfães, reunido em sessão ordinária,

no passado dia 14 do corrente mês, deliberou por unanimidade aprovar oRelatório Final da Requalificação da E.N. 222 a Paços; E.N. 222 a Chãos eCampo da Bola, na freguesia de Souselo, adjudicando a obra pelo valor de33.775,00 euros, bem como o Relatório Final da Requalificação ePavimentação da E.M. 556 de Macieira à E.N. 225 em Passantes – Nespereira,adjudicada pelo valor de 173.843,18 euros.

PATRIMÓNIO, CULTURA E CIÊNCIAPATRIMÓNIO, CULTURA E CIÊNCIAPATRIMÓNIO, CULTURA E CIÊNCIAPATRIMÓNIO, CULTURA E CIÊNCIAPATRIMÓNIO, CULTURA E CIÊNCIANa mesma reunião foi aprovado por unanimidade o Relatório Final da

Requalificação dos Espaços Envolventes à Capela de Marcelim, na freguesiade Tendais pelo valor de 34.120,40 euros.

(Reunião de Câmara de 14 de Julho de 2008)

EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃONesta rubrica a Vereadora da Educação propôs, à imagem dos anos

anteriores, a atribuição de subsídios aos jardins-de-infância, escolas do 1ºCEB e ensino especial, para o próximo ano lectivo, nos seguintes moldes:

- Higiene/Expediente/Consumíveis - 150,00 euros por turma;- Escola com fotocopiadora – 302,50 euros por escola para consumíveis e

manutenção;- Passeio Escolar (uma visita de estudo por ano, desde que não utilizem o

autocarro municipal – 4,50 euros por alunos.Foi ainda apresentado o Plano de Acção Escolar para o próximo ano

lectivo, com a comparticipação de manuais escolares e material para os alunosdo 1º CEB da seguinte forma:

- alunos no escalão A – todos os manuais escolares e 10,00 euros emmaterial;

- alunos no escalão B – 2 manuais escolares e 5,00 euros em materila.Estas propostas foram aprovadas por unanimidade.

ACÇÃO SOCIALACÇÃO SOCIALACÇÃO SOCIALACÇÃO SOCIALACÇÃO SOCIALNesta rubrica o Presidente da Câmara propôs a realização, no p.f. dia 4

de Setembro, a realização do Passeio Anual dos Idosos do concelho, nosmoldes do realizado no ano anterior. Assim os idosos do concelho de Cinfães,no próximo dia 4 de Setembro rumarão até à região do Minho para, numaQuinta de Arraial Minhoto, passarem um dia de convívio e animação.

por Manuel Rabaça CM Cinfães

Page 24: Junho 2008 Pb

Ano IV - nº 9 - Junho - Julho de 200824

A Associação Eco-TurísticaDouroPaiva (AETDP), no âmbito doprojecto Rota dos Moinhos do Valedo Ribeiro das Amoreiras, realizou emparceria com a Associação deSolidariedade Social de Souselo a

(AETDP); conto de lendas e históriassobre o rio Paiva pelos membros da(AETDP); inicio de dialogo sobre otema “os últimos moleiros do rioPaiva”; entrega de um produtotradicional a cada utente (mel do valede amoreiras).

A AETDP em parceria ASSScumpriu o objectivo traçado pois asatisfação dos presentes era total, éde realçar o empenho da associaçãode Solidariedade Social de Souselocomo parceiro pois demonstrourealmente o que é uma parceria…

O Presidente da Direcção (AETDP)Vítor Manuel Pinho Sales

notícias de Souselo notícias de Souselo notícias de Souselo notícias de Souselo notícias de Souselo - marcha de Souselo no S. João de Cinfães - marcha de Souselo no S. João de Cinfães - marcha de Souselo no S. João de Cinfães - marcha de Souselo no S. João de Cinfães - marcha de Souselo no S. João de Cinfães

actividade titulada “RioPaiva, Corrente deGerações”, com oobjectivo de promovero convívio entregerações e valorizar atroca de diferentesexperiências de vida.

A actividaderealizou-se no dia 13de Julho de 2008 no

local da Ponte da Bateira junto ao rioPaiva, com o seguinte programa:Caminhada pedestre no trilho doRibeiro Amoreiras, inicio de almoçotípico (grelhados mistos);apresentação da associação

Associação Eco-Turística Douro - Paiva