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JULIANA RODRIGUES DOS SANTOS RAMOS Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios Específicos de Aprendizagem e / ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade no Ensino Superior Dissertação apresentada ao curso de Pós- Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do título de Mestra em Saúde da Comunicação Humana SÃO PAULO 2015

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JULIANA RODRIGUES DOS SANTOS RAMOS

Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios

Específicos de Aprendizagem e / ou Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade no Ensino Superior

Dissertação apresentada ao curso de Pós-

Graduação da Faculdade de Ciências

Médicas da Santa Casa de São Paulo para

obtenção do título de Mestra em Saúde da

Comunicação Humana

SÃO PAULO

2015

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JULIANA RODRIGUES DOS SANTOS RAMOS

Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios

Específicos de Aprendizagem e/ ou Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade no Ensino Superior

Dissertação apresentada ao curso de Pós-

Graduação da Faculdade de Ciências

Médicas da Santa Casa de São Paulo para

obtenção do título de Mestra em Saúde da

Comunicação Humana

Área de Concentração: Saúde da

Comunicação Humana

Orientadora: Profa Dra. Ana Luiza Gomes

Pinto Navas

SÃO PAULO

2015

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DEDICATÓRIA

Aos meus amados pais Marilena e Geraldo,

pelo incentivo e apoio em todas as minhas

escolhas e decisões. Sem eles nada disso

seria possível.

A vocês dedico este trabalho!

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AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), na

pessoa do seu DD. Diretor, Prof. Dr. Valdir Golin, pela oportunidade de desenvolver

minha carreira acadêmica.

Ao Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de

São Paulo (FCMSCSP), na pessoa da sua Diretora, Profa Dra. Ana Luiza Navas.

À minha orientadora, Profa Dra. Ana Luiza Navas por acreditar em mim, por me

guiar, por sua ajuda nos momentos mais críticos, por acreditar no futuro deste

projeto e contribuir para o meu crescimento profissional e por ser também um

exemplo a ser seguido.

Aos Profs. Drs. Kátia de Almeida, Paulo Eduardo Damasceno Melo e Michele

Michele Devido dos Santos, pelas críticas e sugestões feitas durante a qualificação.

À Sra. Sonia Regina Alves, Analista de Secretaria do Curso de Pós-Graduação, por

todo o suporte oferecido nas diferentes etapas deste trabalho.

À minha família, a qual amo muito, pelo carinho, paciência e incentivo.

Aos amigos que sempre me ajudaram e incentivaram.

À Fonoaudióloga Érica Ferraz, pela amizade, carinho e companheirismo.

A todos os colegas e professores da pós-graduação em Saúde da Comunicação

Humana pelo convívio e aprendizado.

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ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

BDS: Biblioteca Digital e Sonora

BSC: Bureau of Study Counsil

CASP: Centro de Aconselhamento e Serviços Psicológicos

CEB: Câmara de Educação Básica CEPE: Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CNE: Conselho Nacional de Educação

CPA: Comissão Própria de Avaliação

DA: Distúrbios de Aprendizagem

DAC: Decanato de Assuntos Comunitários

DAF: Decanato de Administração

DAI: Associação Dislexia da Irlanda

DAIA: Diretoria de Acompanhamento e Integração Acadêmica

DCF: Diretoria de Contabilidade e Finanças

DDS: Diretoria de Desenvolvimento Social

DEA: Distúrbio Específico de Aprendizagem DEG: Decanato de Ensino de Graduação

DPP: Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação

DRC: Centro de Recursos para a Deficiência

DS: Disability Service

DSM: Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais

DSS: Serviço de Apoio à Deficiência

EAE: Escritório de Aconselhamento de Estudos

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FCMSCSP: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo FUB: Fundação Universidade de Brasilia

GCD: Gravações para Cegos e Disléxicos GTAUNE: Grupo de Trabalho de Apoio ao universitário com necessidades especiais

IES: Instituição de Ensino Superior IFES: Instituições Federais de Ensino Superior LDV: Laboratório de Apoio ao Deficiente Visual

MEC: Ministério da Educação

MIT: Massachusetts Institute of Technology

NAI: Núcleo de Acessibilidade e Inclusão NAP: Núcleo de Atendimento Psicopedagógico e de Apoio ao Estudante com

Necessidades Educativas Especiais

NAPNE: Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais

ONU: Organização das Nações Unidas PNEs: Portadores de Necessidades Especiais

PPNE: Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais

PROEPE: Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão

PSI: Sociedade Psicológica da Irlanda

PTE: Programa de Tutoria Especial

PUC-PR: Pontifícia Universidade Católica do Paraná QS: Quacquarelli Symonds

RUF: Ranking Universitário da Folha

SAA: Secretaria de Administração Acadêmica

SEESP: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

SIAC: Sistema de Informações Acadêmicas

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SINAES: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

TDAH: Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade

TL: Transtornos de Linguagem UBC: University of British Columbia

UCC: University College Cork

UCD: University College Dublin

UNB: Universidade de Brasília

USF: Universidade São Francisco

USP-SP: Universidade de São Paulo, campus São Paulo

VRT: Vice Reitoria

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 2

2.1. Definições e caracterização dos Distúrbios Específicos de Aprendizagem ............................. 2

2.2. Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios Específicos de Aprendizagem e/ou

TDAH ........................................................................................................................................ 4

2.3. Políticas Públicas e Legislação ............................................................................................. 8

3. OBJETIVO .................................................................................................................... 12

3.1. Objetivos específicos ........................................................................................................ 12

4. MÉTODO ..................................................................................................................... 13

4.1. Seleção das IES ................................................................................................................. 13

4.2. Procedimentos ................................................................................................................. 13

5. RESULTADOS ............................................................................................................... 15

5.1. Levantamento dos serviços de apoio educacional a jovens e adultos ................................. 15

5.1.1. Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil .................................................................................... 15

5.1.2. Instituições de Ensino Superior (IES) do Exterior ................................................................................ 20

5.2. Recomendações para o acompanhamento de jovens universitários com Distúrbios

Específicos de Aprendizagem ou TDAH .................................................................................... 57

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 59

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 63

LEGISLAÇÃO CONSULTADA .............................................................................................. 66

PÁGINAS INSTITUCIONAIS CONSULTADAS ........................................................................ 67

RESUMO.......................................................................................................................... 70

ABSTRACT ....................................................................................................................... 71

APÊNDICE ........................................................................................................................ 72

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1. INTRODUÇÃO

Estudantes do ensino médio e superior têm sido encaminhados cada vez

mais para avaliação ou intervenção fonoaudiológica devido às dificuldades em

leitura e escrita. Tais dificuldades podem estar relacionadas a um Distúrbio

Específico de Aprendizagem, como o distúrbio específico de leitura (dislexia),

distúrbio específico de escrita (disortografia), distúrbio específico do cálculo

matemático (discalculia), ou outros quadros que impactam na aprendizagem como

os Transtornos de linguagem e os Transtornos do Déficit de Atenção e

Hiperatividade (TDAH). Esses transtornos são persistentes, sendo que os

primeiros sinais aparecem dentro do ambiente escolar e mais tarde podem

impactar também a vida profissional do indivíduo (Pense, 2009 , Polat et al, 2012).

Na literatura, os estudos que abordam os Distúrbios Específicos de

Aprendizagem bem como para os Transtornos de Linguagem e o TDAH

concentram-se em sua grande maioria em estudos com a faixa etária que abrange

pré-escolares até o Ensino Fundamental I, indicando uma escassez de trabalhos

científicos envolvendo jovens e adultos, não só em aspectos de intervenção,

como também em termos de protocolos de avaliação e dados normativos

(Olofsson, Ahl & Taube, 2012).

Não é só na literatura que observamos uma falta de dados para tal faixa

etária, há uma carência de políticas públicas, leis e diretrizes no Brasil que

garantam acesso e atendimento educacional adequado para os jovens e adultos

do Ensino Médio ou nível superior que apresentem tais condições como existem

para alunos com deficiências sensoriais, motoras ou intelectuais.

A partir dos questionamentos acima, que envolvem a falta de políticas

públicas, de regulamentação para as IES, no que diz respeito ao acesso a um

ensino com adaptações recomendadas aos alunos com distúrbios de

aprendizagem, além do aumento da demanda e procura por atendimento

fonoaudiológico de jovens e adultos com queixas de dificuldades de

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aprendizagem, surgiu a necessidade de realizar um levantamento de informações

pertinentes ao assunto, afim de contribuir para uma mudança efetiva.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Definições e caracterização dos Distúrbios Específicos de

Aprendizagem

O Distúrbio Específico de Aprendizagem é uma alteração em um ou mais

dos processos cognitivos básicos envolvidos no entendimento e/ou no uso da

linguagem oral, escrita e cálculos matemáticos, que podem se manifestar em falta

de habilidade para se expressar ou para compreender a fala, para ler, escrever,

dominar a ortografia ou realizar cálculos matemáticos (Messina, 2009, Polat et al,

2012).

A Dislexia do Desenvolvimento é um dos distúrbios específicos de

aprendizagem, com origem neurológica, caracterizado pela dificuldade na fluência

correta da leitura e pela dificuldade na habilidade de decodificação e soletração,

resultantes de um déficit no componente fonológico da linguagem (Santos &

Navas, 2004).

A Disortografia, ou Distúrbio Específico da Escrita, consiste em uma

alteração na planificação da linguagem escrita, que causa transtornos na

aprendizagem da ortografia, gramática e redação, apesar de o potencial

intelectual e a escolaridade do indivíduo estar adequados para a idade (Fernadez

et al, 2010).

O Distúrbio específico de habilidades aritméticas, conhecido como

Discalculia do Desenvolvimento, caracteriza-se como um distúrbio específico que

afeta a aquisição normal das habilidades aritméticas em crianças com inteligência

normal e adequadas oportunidades de escolarização (Gross-Tsur, Manor, &

Shalev, 1996; Shalev, 2004; Shalev & von Aster, 2008; von Aster, Schweiter, &

Weinhold Zulauf, 2007).

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Segundo a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos

Transtornos Mentais (DSM - V), o TDAH é classificado como um transtorno do

desenvolvimento neurológico, que se caracteriza por dificuldades no

desenvolvimento que se manifestam precocemente e influenciam o

funcionamento pessoal, social ou acadêmico. Existem cinco critérios para definir o

diagnóstico (de A a E). (American Psychiatric Association, 2013)

O critério A, considera que a criança deve apresentar no mínimo 6

sintomas de desatenção e/ou 6 sintomas de hiperatividade/ impulsividade. Para

os adultos, o número de sintomas é 5. Para que todos estes sintomas, sejam

considerados clinicamente significativos, devem estar presentes pelo menos

durante 6 meses e serem nitidamente inconsistentes com a idade do indivíduo;

Critério B, diversos sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/ impulsividade

devem estar presentes antes dos 12 anos de idade; Critério C, diversos sintomas

de desatenção e/ou hiperatividade/ impulsividade devem estar presentes em dois

ou mais contextos, como por exemplo casa e a escola; Critério D, deve haver uma

clara evidencia, de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade do

funcionamento social, acadêmico ou ocupacional; Critério E, é possível fazer o

diagnóstico de TDAH caso haja um quadro de Autismo, entretanto, os sintomas

não ocorrem exclusivamente durante um quadro de esquizofrenia, ou outra

patologia psicótica, e não são mais bem explicados por outra alteração, como

ansiedade e depressão, por exemplo. (American Psychiatric Association, 2013)

Estima-se que 70% das crianças diagnosticadas com TDAH na infância,

continuam a exibir níveis de desenvolvimento inapropriado de desatenção, e em

menor grau sintomas de hiperatividade durante a adolescência e vida adulta.

(Faraone et al, 2002)

O TDAH pode se apresentar acompanhado de Distúrbios Específicos de

Aprendizagem, como a dislexia ou uma dificuldade relacionada à matemática

(discalculia).

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2.2. Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios Específicos de

Aprendizagem e/ou TDAH

Segundo Mejía et al (2012), em muitos casos, apesar das dificuldades de

leitura aparecerem pela primeira vez na infância, na universidade essas

dificuldades persistem e isso pode afetar o progresso de aprendizagem. E não há

um teste de detecção e avaliação para permitir que as entidades educacionais

identifiquem a dislexia e outras dificuldades específicas associadas. Neste

trabalho, os pesquisadores propuseram, um estudo de caso, com o objetivo de

testar uma ferramenta tecnológica, para avaliar os alunos da Universidade da

Girona ou da Universidade de La Laguna. Ao final do estudo os pesquisadores

afirmam que tal ferramenta pode ser útil em um ambiente de ensino-

aprendizagem para permitir que os alunos ao saber sobre os seus déficits,

possam usar estratégias ou recomendações que podem auxiliar no processo de

aprendizagem. Além disso, os professores podem tornar-se conscientes das

deficiências e fornecer recursos de aprendizagem mais adequados aos alunos

afetados.

Tal conclusão corrobora outro estudo de Ghani & Gathercole (2013), que

afirma que para as instituições de nível superior, é cada vez mais importante

entender as limitações cognitivas, ter estratégias compensatórias para alunos com

dificuldades de aprendizagem, e fornecer instruções adequadas para maximizar o

sucesso acadêmico. Um dos objetivos deste estudo, foi justamente investigar o

aprendizado e estudo de estratégias dos jovens adultos com dificuldades de

aprendizagem. Os resultados indicaram que os alunos disléxicos estavam mais

preocupados com seu desempenho escolar e acadêmico, comparados aos alunos

sem dificuldades. Os alunos disléxicos apresentaram dificuldades na gestão do

tempo e concentração para o aprendizado em sala de aula, como também na

realização de provas, dificuldades em selecionar e diferenciar informações

importantes de informação menos importantes, sendo ineficaz a preparação para

as provas. Uma vez que são identificadas as dificuldades, as mesmas podem ser

melhoradas através de intervenções educacionais, como cursos de habilidades de

aprendizagem e de estudos direcionados. A motivação principal para o estudo foi

aumentar a consciência dos alunos sobre suas diferentes capacidades de

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aprendizagem e estratégias de ensino. Tal conhecimento ajudaria os educadores

a desenvolver o suporte adequado e intervenção para alunos adultos também, e

não somente para as crianças.

Pensando em estratégias, Durand & George (2014), afirmam que em

consequência dos déficits cognitivos, alunos disléxicos podem ter de compensar

suas dificuldades usando modos alternativos de aprendizagem dentro e fora da

sala de aula. Os autores listam alguns princípios para o suporte ao aluno

disléxico: (a) atividades cinestésicas, como uma forma de aprendizagem ativa,

onde os alunos participam ativamente na sua educação, visando incentivá-los a

utilizar as suas habilidades de aprendizagem mais fortes em sala de aula; (b) os

alunos devem ter a oportunidade de aprender através de múltiplos modos de

aprendizagem, diferentes e complementares, para compensar as dificuldades; (c)

a consciência do processo de aprendizagem deve ser incentivada para que os

alunos possam controlar seus objetivos pessoais e, efetivamente, auto-regular o

seu processo de aprendizagem. A aprendizagem pela descoberta também irá

incentivar ativamente o aluno disléxico para mapear o conhecimento prévio; (d)

contexto do mundo real, que seja aplicável fora da sala de aula, irá estimular o

interesse e motivar os alunos; (e) como o aluno disléxico pode perder a

concentração rapidamente, as tarefas devem ser fragmentadas em segmentos

gerenciáveis que permitem aos alunos disléxicos manter a concentração por

curtos períodos de tempo.

Os autores completam ainda dizendo que a incorporação destes fatores na

sala de aula do ensino superior, deve permitir aos alunos compensar

adequadamente suas dificuldades auditivas e fonológicas. Caso esses fatores

não sejam incentivados na sala de aula, o aluno disléxico pode continuar a

experimentar sentimentos de inadequação, o que pode obrigá-los a esconder as

suas dificuldades e evitar essas áreas que lhe causam frustração.

Em um estudo mais abrangente realizado na Suécia, Olofsson, Ahl &

Taube (2012) entrevistaram alunos universitários, e realizaram uma avaliação

completa desses alunos, incluindo testes como nomeação rápida, leitura de

palavras e de pseudopalavras, e entrevistas com professores. As entrevistas com

os alunos abordaram os temas: experiências e dificuldades nos estudos

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universitários, em palestras, em trabalhos escritos, sobre as estratégias

compensatórias, apoio disponível dentro e fora da universidade, e capacidade de

organizar os estudos. A entrevista com os professores abordou os seguintes

temas: identificação de alunos com dislexia, mudanças da educação ao longo do

tempo e como a existência de alunos com dislexia tem influenciado os

professores e o ensino.

Os resultados dessa pesquisa mostraram que os estudantes universitários

com dislexia têm grandes problemas com a atividade de fazer anotações, com o

tema de literatura do curso de Inglês, problemas evidentes com a maioria das

tarefas de escrita e com a leitura da literatura sueca. As entrevistas dos alunos

revelaram que os alunos tentam compensar o seu problema. Foi encontrada uma

grande variação de métodos, mas os mais usuais envolviam reduzir a quantidade

de leitura, para ler resumos, procurar textos alternativos e mais curtos, e estudar

em grupo. Trata-se de métodos de baixo ou nenhum custo para as Instituições,

enquanto que muitos dos alunos também usam alguns apoios disponíveis, como

livros gravados em áudio (audiolivros) e fazem anotações. Os professores

disseram que estão mais atentos do que há cinco a dez anos atrás. Eles

afirmaram que a estrutura do curso e procedimentos de ensino podem ser

reorganizados de forma bastante fácil para acomodar melhor os alunos com

problemas de leitura. Tais mudanças beneficiariam todos os alunos. A opinião

geral entre os professores foi que o problema com os alunos com dificuldades,

como a dislexia deve ser discutido. Como já foi citado também neste estudo, os

autores relatam que o estudo abrange um tema relativamente novo, há muita

pesquisa a ser feita e as Instituições de Ensino Superior deveriam estar

preparadas para receber os alunos com dislexia.

Preocupados com uma melhor preparação das IES, Callens, Maaike, Wim

Tops, & Brysbaert (2012), afirmam que há necessidade de evidências científicas

sobre o perfil cognitivo dos alunos com dislexia na educação superior,

especialmente para os países que não falam inglês. Ressaltam que há uma série

de manuais sobre dislexia no adulto e dislexia na educação superior contendo

informações valiosas para os alunos com dislexia e seus orientadores e tutores,

mas que suas bases e principais informações e recomendações sobre prática

educativa se concentram sobre os países em que o idioma é o inglês.

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Dessa forma os autores propuseram neste estudo estabelecer um perfil

cognitivo de alunos disléxicos do ensino superior falantes de uma língua diferente

do inglês, afim de verificar se existe uma diferença nos perfis, que justificasse a

falta de orientações a estes alunos em países que falam outra língua. Para este

estudo usaram o idioma holandês. Eles concluíram que apesar das diferenças de

linguagem e contexto educacional, as dificuldades encontradas pelos alunos são

as mesmas; dificuldades em leitura e escrita, aritmética e processamento

fonológico. A partir da caracterização do perfil cognitivo desses alunos, os autores

descreveram alguns ajustes que julgaram essenciais, como o uso de verificadores

ortográficos e prazos estendidos para algumas tarefas. Orientações e um melhor

conhecimento das limitações também podem ajudar os alunos a não

superestimarem suas habilidades.

Além do perfil cognitivo dos estudantes disléxicos do ensino superior, outro

perfil tem chamado a atenção dos mesmos pesquisadores citados acima. Tops,

Wim et al. (2013) elaboram um estudo a respeito da personalidade dos

estudantes universitários disléxicos, pensando que a leitura e a escrita são bem

dominados pela maioria das pessoas, mas que para as pessoas com dislexia,

podem ser uma fonte de frustração. Este grupo que continua a ter dificuldades na

vida adulta, apesar da inteligência normal, instrução adequada, é confrontado

com desafios comparados aos seus pares não-disléxicos.

Segundo os autores, além da leitura e da escrita, vários autores têm

sugerido que outras habilidades cognitivas podem estar afetadas também. Os

adultos com dislexia têm relatado ter problemas de memória (de trabalho), déficits

de atenção, a redução de velocidade de processamento, problemas com a

conclusão rápida em tarefas de aritmética e vocabulário limitado. A dislexia

também tem sido associada a maior ansiedade, baixa auto-estima, desempenho

acadêmico abaixo do esperado e falta de motivação.

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2.3. Políticas Públicas e Legislação

No Brasil, em 2001, o Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou as

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Brasil, MEC;

SEESP, 2001), que passou a incluir o atendimento especializado para crianças

com dificuldades de aprendizagem como visto no Art. 5º transcrito abaixo:

Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os

que, durante o processo educacional, apresentarem:

I. dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,

compreendidas em dois grupos:

a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;

b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;

II. dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,

demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;

III. altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os

leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (Resolução

CNE/CEB Nº 2/2001).

Em 2009, houve uma alteração com relação ao publico alvo da educação

especial, e nessa alteração, os educandos com dificuldades acentuadas de

aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, onde poderíamos

incluir os Distúrbios Específicos de Aprendizagem passaram a não ser mais

considerados (Resolução CNE/CEB Nº 4/2009). Até o presente momento não

houve um parecer, mesmo após questionamentos, sobre o assunto, o que implica

que tais diretrizes não podem ser adotadas.

A realidade desses alunos que precisam de uma atenção e atendimento

especial, que suas dificuldades sejam respeitadas e consideradas no processo de

avaliação, e seus potenciais sejam explorados, é a dependência do auxilio do

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professor, da família e quando há, do profissional da área da saúde que

acompanha o caso.

O MEC propôs o Programa de Acessibilidade na Educação Superior

(Programa Incluir, Secretaria de Educação Especial, Brasil, 2010), mas não incluiu

os distúrbios específicos de aprendizagem ou outros transtornos que afetam a

aprendizagem, apesar de citar a eliminação de barreiras comportamentais,

pedagógicas e de comunicação. O programa propõe ações que garantam o

acesso pleno de pessoas com deficiência às Instituições Federais de Ensino

Superior (IFES). O “Incluir” tem como principal objetivo fomentar a criação e a

consolidação de núcleos de acessibilidade nas IFES, os quais respondem pela

organização de ações institucionais que garantam a integração de pessoas com

deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais,

pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação.

Desde 2005, o programa lança editais com a finalidade de apoiar projetos

de criação ou reestruturação desses núcleos nas IFES. Os núcleos melhoram o

acesso das pessoas com deficiência a todos os espaços, ambientes, ações e

processos desenvolvidos na instituição, buscando integrar e articular as demais

atividades para a inclusão educacional e social dessas pessoas. São recebidas

propostas de universidades do Brasil inteiro, mas somente as que atendem às

exigências do programa são selecionadas para receber o apoio financeiro do

MEC.

O programa cumpre o disposto nos decretos nº 5.296/2004 e nº

5.626/2005 no edital INCLUIR 08/2010, publicado no Diário Oficial da União nº

128, seção 3, páginas 52 e 53, de 07 de julho de 2010 (Edital Incluir, 2010)

Com relação ao ingresso do aluno com alguma necessidade especial aos

cursos de ensino superior, os processos seletivos e vestibulares têm atendido às

diversas necessidades dos candidatos, sendo que no ato da inscrição já deve ser

informado se é portador de alguma necessidade especial.

O Decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999, em seu artigo 27 diz: “As

instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os

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apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência,

inclusive tempo adicional para realização das provas, conforme as características

da deficiência” (Brasil, MEC Decreto 3.298,1999). Os candidatos que apresentem

um quadro de dislexia, têm direito a fazer a prova em sala separada, com auxílio

de um profissional treinado que lê as perguntas (ledor) e transcreve as respostas.

O tempo para realização da prova pode ser maior.

O decreto citado acima garante que todos os candidatos a uma vaga em

uma faculdade ou universidade, seja privada ou particular, tenham as mesmas

condições de realizar a prova do vestibular. Portadores de necessidades

especiais (físicas ou não) podem e devem ser inseridos na sociedade em que

vivem e têm direito a estudar e praticar qualquer profissão que desejar.

Segundo o documento de orientação intitulado ¨Referenciais de

acessibilidade na educação superior¨ e a avaliação in loco do Sistema Nacional

de Avaliação da Educação Superior (SINAES) (Brasil, MEC, INEP, 2013) a

Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) afirma

que todas as pessoas com deficiência têm direito a um sistema educacional

inclusivo, não havendo, portanto, nenhuma justificativa para atendimentos

educacionais paralelos, ou segregados que tomem por base a deficiência. Além

desse, muitos outros dispositivos legais e normativos traçam diretrizes e orientam

para a inclusão educacional de estudantes com deficiência, transtornos,

transtornos globais de desenvolvimento e Altas/Habilidades/Superdotação.

Em consonância aos preceitos da Convenção e demais dispositivos,

podemos inferir que inclusão significa que os estudantes com deficiência,

transtornos globais de desenvolvimento e Altas/Habilidades/Superdotação devem

ter acesso a todas as escolas comuns e instituições de educação superior

desfrutando de condições de participação, aprendizagem e fluxo escolar tanto

quanto os demais estudantes. Nesse sentido, o Ministério da Educação envida

esforços para que os espaços educacionais estejam abertos a todos os

estudantes que necessitam de apoio especializado. Embora essa proposição,

expressa na política governamental, demande um olhar criterioso sobre os

condicionantes de ordem diversa que irão garantir a tão desejada qualidade da

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educação em um sistema educacional inclusivo, o primeiro indicador de qualidade

a ser perseguido será sempre o “acesso”, efetivado por meio da matrícula.

A implantação dos Núcleos de Atividades de Acessibilidade nas IES para o

atendimento educacional especializado, para a orientação às famílias e a

formação continuada dos professores, constituindo a organização da política de

educação inclusiva visa garantir esse atendimento aos estudantes matriculados. A

ação tem implicações diretas na evolução da política na educação superior, uma

vez que esses estudantes passam a contar com recursos de acessibilidade e

programas de enriquecimento curricular que favorecem a sua participação,

aprendizagem e prosseguimento dos estudos.

Conforme descrição do termo “Transtornos Funcionais Específicos” contida

no documento de orientação, a Dislexia está contemplada dentre as deficiências

atendidas nos núcleos.

Transtornos Funcionais Específicos

Dificuldades específicas de aprendizagem, ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares.

São exemplos de Transtornos Funcionais Específicos: dislexia, disortografia,

disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros. Nesses

casos a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum,

orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos

alunos (Referenciais de acessibilidade na educação superior e a avaliação in loco

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2013).

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3. OBJETIVO

Evidenciar o apoio educacional especializado para jovens e adultos com

distúrbios específicos de aprendizagem e/ou TDAH, nas melhores Instituições

Públicas e Privadas do Ensino Superior no Brasil e no exterior.

3.1. Objetivos específicos

Verificar se as principais Instituições Públicas e Privadas de Ensino

Superior do Brasil e do exterior oferecem apoio educacional aos alunos

com Distúrbios Específicos de Aprendizagem e TDAH.

Descrever o apoio educacional oferecido pela IES Públicas e Privadas aos

alunos com Distúrbios Específicos de Aprendizagem e TDAH.

Elaborar recomendações sobre apoio educacional direcionada as IES

brasileiras, a partir da compilação de evidencias científicas, e as melhores

práticas encontradas no levantamento junto as IES do Brasil e exterior.

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4. MÉTODO

O trabalho foi aprovado pela Comissão Científica da FCMSCSP e por se tratar de

um estudo de levantamento de informações a partir de sites institucionais

publicados em rede aberta, não houve a necessidade de ser enviado para a

aprovação do Comitê de Ética.

4.1. Seleção das IES

Foram selecionadas 20 IES do Brasil, sendo 10 públicas e 10 particulares. O

critério de seleção foi buscar as melhores universidades do Brasil classificadas

pelo Ranking Universitário da Folha, 2014 (RUF–

http://ruf.folha.uol.com.br/2014/rankingdeuniversidades/) que é uma avaliação

anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha de São Paulo desde 2012. O

Ranking é realizado através de avaliação e pontuação dos seguintes quesitos:

pesquisa acadêmica, qualidade de ensino, avaliação do mercado de trabalho,

internacionalização e inovação.

Foram selecionadas 15 IES do exterior, 3 em cada um dos países listados

a seguir: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Irlanda. Todos os

países foram selecionados por terem o idioma inglês como língua oficial. O critério

de seleção foi o mesmo para a escolha das IES do Brasil. Foi realizada a busca

das 3 melhores universidades de cada país. Foi utilizado o QS World University

Rankings, classificação realizada pela Quacquarelli Symonds (QS) instituição líder

mundial no fornecimento de informações sobre educação superior. Os rankings

são baseados em quatro pilares fundamentais: pesquisa, ensino, empregabilidade

e internacionalização.

4.2. Procedimentos

Após as etapas de seleção das IES, tanto no Brasil como as IES no

exterior, passou-se à etapa de levantamento e compilação das informações,

realizado via internet através do acesso aos sites das IES. Os dados localizados a

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partir de uma busca ativa nos sites das IES foram registrados em tabela do Excel

para analise e descrição posterior. A busca ativa consistiu em acessar o site

oficial da IES, procurar na página inicial algum link de acesso direto para a página

do NAI da instituição; e caso não fosse localizado, a pesquisadora utilizou o

serviço de busca do próprio site da instituição. As palavras chaves utilizadas

foram: Núcleo de Acessibilidade, Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, Serviço de

apoio ao aluno, Dislexia, Disturbio Específico de Aprendizagem, TDAH e

Dificuldades de Aprendizagem,

Passo 1: Acessar os sites da IES;

Passo 2: Verificar se a IES possui Núcleo de Acessibilidade e Inclusão ou serviço

semelhante. Se a busca retornar uma resposta negativa o processo se encerra;

Passo 3: Verificar se os DEA ou TDAH estão incluídos no Núcleo de

Acessibilidade, como publico alvo;

Passo 4: Verificar se os professores recebem diretrizes para o apoio educacional

a estes jovens;

Passo 5: Descrever o apoio educacional oferecido pela IES ou professores.

Passo 6: Elaborar recomendações sobre apoio educacional direcionada as IES

brasileiras, a partir da compilação de evidencias científicas, e as melhores

práticas encontradas no levantamento junto as IES do Brasil e exterior.

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5. RESULTADOS

5.1. Levantamento dos serviços de apoio educacional a jovens e adultos

5.1.1. Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil

Quadro 1. Levantamento dos serviços de apoio educacional a jovens e adultos IES do Brasil

*Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, **Distúrbios Específicos de Aprendizagem.

O Quadro 1 acima mostra os resultados obtidos no levantamento dos

serviços de apoio educacional aos universitários das IES do Brasil. Observamos

que das 10 (dez) universidades públicas pesquisadas, 2 (duas) não apresentam

Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI). Já para as universidades particulares

analisadas esse número aumenta para 3 (três). Ou seja, das 20 melhores

universidades brasileiras selecionadas, 5 (cinco) delas não apresentam NAI,

mencionado em seu site, ou portal institucional.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) TIPOPOSSUI

NAI?

INCLUI

TEA?

PROFESSORES SÃO

ORIENTADOS?

APOIO

DESCRITO

1 Universidade de São Paulo (USP) PÚBLICA SIM SIM SIM SIM

2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) PÚBLICA SIM NÃO

3 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) PÚBLICA SIM NÃO

4 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) PÚBLICA SIM NÃO

5 Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) PÚBLICA SIM NÃO

6 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) PÚBLICA NÃO

7 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) PÚBLICA NÃO

8 Universidade de Brasíl ia (UNB) PÚBLICA SIM SIM SIM SIM

9 Universidade Federal do Paraná (UFPR) PÚBLICA SIM NÃO

10 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) PÚBLICA SIM NÃO

11 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) PRIVADA NÃO

12 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) PRIVADA NÃO

13 Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) PRIVADA SIM SIM SIM SIM

14 Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE) - SP PRIVADA NÃO

15 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS) PRIVADA SIM NÃO

16 Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) -RS PRIVADA SIM NÃO

17 Universidade de Caxias do Sul (UCS) - RS PRIVADA SIM NÃO

18 Universidade Católica de Brasíl ia (UCB) PRIVADA SIM NÃO

19 Universidade São Francisco (USF) PRIVADA SIM SIM SIM SIM

20 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) PRIVADA SIM NÃO

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Das 15 (quinze) universidades que possuem NAI, somente 4 delas, 2 (duas)

públicas e 2 (duas) particulares incluem os Distúrbios Específicos de

Aprendizagem ou TDAH nos seus serviços de apoio oferecidos aos alunos.

A seguir seguem as informações levantadas nos portais das IES que incluem as

dificuldades de aprendizagem nos seus NAIs. Todos os links de acesso direto às

paginas dos NAIs, encontram nas Referências Bibliográficas deste trabalho.

5.1.1.1. Descrição das informações encontradas nas Universidades Públicas

no Brasil

1. Universidade de São Paulo (USP) - [www.usp.br]

Ao se matricular na USP, o aluno responde a um questionário no qual pode

declarar se tem alguma deficiência ou necessidade educacional especial. Com

esta informação, é possível, entre outras medidas, direcionar recursos para a

adequação do espaço físico que este estudante irá frequentar. Nesse caso, o

trabalho do USP Legal é, fundamentalmente, de mediação entre a demanda

identificada e os responsáveis por responder a elas, já que o Programa não

executa as obras em si. Outra ação que o USP Legal realiza é a orientação da

unidade e seus docentes sobre como lidar com as diversas situações que

envolvem a vida acadêmica e fazer um acompanhamento do aluno, de acordo

com suas necessidades.

2. Universidade de Brasília (UNB) – [www.unb.br]

Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (PPNE)

O PPNE tem o objetivo de estabelecer uma política permanente de atenção às

pessoas com necessidades especiais na UnB e assegurar sua inclusão na vida

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acadêmica, por meio da garantia de igualdade de oportunidades e condições

adequadas para o seu desenvolvimento na universidade.

O PPNE atende aos membros da comunidade acadêmica que apresentam

deficiência sensorial, física ou intelectual, dislexia, transtornos globais do

desenvolvimento ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Para se

cadastrar o estudante deverá apresentar um relatório médico comprobatório de

sua necessidade especial e ser atendido pela equipe no processo de acolhimento.

Projetos e atividades desenvolvidos pelo PPNE:

Acompanhamento acadêmico: tem por objetivo acompanhar a vivência acadêmica

dos estudantes cadastrados no PPNE e construir, em conjunto com eles e seus

professores, estratégias e adequações de acordo com suas necessidades.

Interação com Institutos e Faculdades: objetiva dialogar com coordenadores de

curso, professores e servidores sobre as necessidades dos estudantes

cadastrados e buscar estratégias para adequação de espaços físicos e da prática

educativa.

Interação com a Prefeitura do Campus: visa assegurar a acessibilidade dos

projetos urbanos dos Campi e eliminar barreiras arquitetônicas.

Parceria com o Laboratório de Apoio ao Deficiente Visual (LDV) da Faculdade de

Educação: possibilita o acesso a materiais e equipamentos adaptados para

pessoas com deficiência visual, como impressão em tipo ampliado e Braille,

utilização de ferramentas e recursos computacionais, gravação de áudio e

recursos de acessibilidade.

Parceria com a Biblioteca Digital e Sonora (BDS): o projeto da Biblioteca

Central da UnB busca democratizar o acesso à educação, informação e

cultura, pelo uso de equipamentos e recursos tecnológicos.

Transporte no Campus: veículo disponível com prévio agendamento, para os

estudantes cadastrados no PPNE com dificuldades de locomoção.

O Programa de Tutoria Especial (PTE) é um serviço de apoio ao estudante com

necessidades especiais nos moldes da monitoria. Os tutores são colegas de

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disciplina que têm a função de apoiar o tutorado dentro e/ou fora de sala de aula a

partir de suas necessidades especiais acadêmicas. Ao tutor especial, será

concedido dois créditos no seu histórico escolar e a possibilidade de receber uma

bolsa de monitoria.

5.1.1.2. Descrição das informações encontradas nas Universidades Privadas

no Brasil

3. Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC- PR) –

[www.pucpr.br]

Grupo de Trabalho de Apoio ao universitário com necessidades especiais

(GTAUNE).

Público alvo: Comunidade discente dos cursos de graduação e pós-graduação

da PUCPR com deficiências permanentes ou transitórias ou síndromes

específicas que interferem em seu processo de aprendizagem e/ou de integração

psicossocial.

Objetivo geral

Proceder à identificação e orientações ao universitário com deficiência

permanente ou transitória ou síndromes específicas para promoção de seu

desenvolvimento acadêmico.

Objetivos específicos:

Identificar estudantes com deficiências permanentes ou transitórias, cujas

características individuais exigem recursos suplementares em seu

processo de ensino aprendizagem;

Reconhecer necessidades específicas desses universitários;

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Indicar à comunidade acadêmica os recursos necessários ao processo de

aprendizagem do estudante com necessidades especiais;

Fornecer informação ao corpo docente sobre estratégias instrucionais a

serem desenvolvidas junto a esse estudante ou à turma no qual ele está

inserido;

Orientar os professores sobre adequação dos sistemas de aprendizagem e

de avaliação do estudante, se assim for necessário;

4. Universidade São Francisco (USF) – [www.usf.edu.br]

De acordo com o Artigo 101, Capítulo I, do Estatuto das Pessoas com

Deficiência, acessibilidade é a condição de alcance para a utilização, com

segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e

equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos dispositivos,

sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência.

A acessibilidade não se restringe apenas a adaptação do espaço físico. A

definição precisa ser mais ampla e englobar, não só a reestruturação de

ambientes, como a capacitação de docentes e colaboradores da instituição de

ensino, para que os alunos portadores de necessidades especiais sejam

recepcionados adequadamente e, de fato, incluídos. Atenta à proposta

educacional inclusiva, preconizada pelo Ministério da Educação (MEC), a USF

viabiliza atendimento psicopedagógico no contexto educativo, por meio do Núcleo

de Atendimento Psicopedagógico e de Apoio ao Estudante com Necessidades

Educativas Especiais (NAP).

As ações do NAP estão organizadas em três frentes de atuação, confira:

Atendimento Psicopedagógico aos estudantes com dificuldades de aprendizagem:

Atendimento e acompanhamento psicopedagógico ao aluno diagnosticado

com dificuldade de aprendizagem;

Encaminhamento do aluno a outros profissionais quando necessário;

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Oferecimento de oficinas psicopedagógicas aos alunos;

Capacitação e orientação psicopedagógica aos docentes e colaboradores:

Acompanhamento dos docentes e coordenadores que tenham em seus

cursos alunos com necessidades educativas especiais;

Capacitação e orientação psicopedagógica ao docente;

Ações didático-pedagógicas necessárias ao desenvolvimento dos cursos

de graduação levantadas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e Pró-

Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão (PROEPE).

5.1.2. Instituições de Ensino Superior (IES) do Exterior

Quanto ao levantamento realizado nos portais das Universidades do exterior,

obtivemos os seguintes resultados:

Quadro 2. Levantamento dos serviços de apoio educacional a jovens e adultos IES do Brasil

*Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, **Distúrbios Específicos de Aprendizagem.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) PAISPOSSUI

NAI*

INCLUI

TEA**

PROFESSORES SÃO

ORIENTADOS

APOIO

DESCRITO

1Massachusetts Institute of

Technology (MIT) EUA SIM SIM SIM SIM

2 Havard University EUA SIM SIM SIM SIM

3 Standford University EUA SIM SIM SIM SIM

4 University of Cambrigde Reino Unido SIM SIM SIM SIM

5 Imperial College London Reino Unido SIM SIM SIM SIM

6 University of Oxford Reino Unido SIM SIM SIM SIM

7 University of Toronto Canadá SIM SIM SIM SIM

8 McGill University Canadá SIM SIM SIM SIM

9 University of Brithish Columbia Canadá SIM SIM SIM SIM

10 The Australian National University Austrália SIM NÃO NÃO SIM

11 The University of Melbourne Austrália SIM SIM SIM SIM

12 The University of Sidney Austrália SIM SIM SIM SIM

13 Trinity College Dublin Irlanda SIM SIM SIM SIM

14 University College Dublin Irlanda SIM SIM SIM SIM

15 University College Cork Irlanda SIM SIM SIM SIM

Levantamento dos serviços de apoio pedagógico a jovens e adultos IES do Exterior

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O Quadro 2 apresenta os resultados obtidos no levantamento dos serviços de

apoio pedagógico aos universitários das IES do exterior. Como podemos observar

todas as IES possuem um NAI e todas com exceção de uma incluem os

Distúrbios Específicos de Aprendizagem / Dificuldades de Aprendizagem em seus

serviços de apoio.

A seguir seguem as informações levantadas nos portais das IES do exterior.

Todos os links de acesso direto às paginas dos NAIs das IES do exterior,

encontram nas Referências Bibliográficas deste trabalho.

5.1.2.1. Descrição das informações encontradas nas IES do exterior

No Reino Unido

1. Oxford University – [www.ox.ac.uk]

As orientações para avaliações diagnósticas são baseadas em recomendações

de um Grupo de Trabalho sobre Distúrbios de Específicos de Aprendizagem

encomendadas pela Oxford University, e relatado em 2011. As recomendações

estão baseadas na extensa coleta de dados, entrevistas, pesquisa e análise

realizada pelo grupo cujos membros incluíram especialistas internos e externos. O

objetivo é permitir aos docentes da Universidade fornecer apoio adequado para

alunos com dificuldades específicas de aprendizagem.

A avaliação tem o propósito de proporcionar ao aluno uma melhor

compreensão do seu perfil, pontos fortes e fracos e entender como isso afeta sua

vida acadêmica. Os relatórios de avaliação deverão ser utilizados para dar

suporte ao estudante para desenvolver uma melhor auto-consciência e informar o

desenvolvimento das estratégias na gestão de tarefas acadêmicas chaves,

enquanto estuda em um ambiente acadêmico exigente e desafiador. É

importante, portanto, que o diagnóstico não seja visto simplesmente como um

caminho para a obtenção de um tempo extra em exames.

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O grupo de trabalho da Oxford University acredita que os alunos devem

sempre ser fortemente incentivados a acessar todas as fontes de apoio

disponíveis para eles e, em particular, o Disabled Students’ Allowance. Deve-se

incentivar os alunos a frequentar o ¨Serviço de Aconselhamento sobre

Deficiências¨ o mais cedo possível, pois este estará sempre disponível para

prestar apoio e orientação aos alunos para facilitar o processo.

Recomendações para ajustes de exames devem ser claras e explícitas, por

exemplo, 25% do tempo extra, uso de processador de texto, pausas, etc. Os

alunos devem estar conscientes de que a decisão final cabe aos dirigentes da

Universidade. A Universidade de Oxford irá considerar todos os ajustes razoáveis

para exames, incluindo o uso de tecnologia assistiva.

O tempo extra padrão para estudantes com Distúrbios Específicos de

Aprendizagem em exames escritos é de 25% e qualquer recomendação para

tempo extra adicional acima do padrão de 25%, precisa ser devidamente

justificada.

Quando o aluno é capaz de escrever acima da velocidade média de

escrita, qualquer pedido de tempo extra, além do uso de um processador de texto

deve ser devidamente fundamentado.

2. Cambridge University – [www.cam.ac.uk]

O “Centro de Recursos para a Deficiência” (DRC) oferece serviços de

consultoria e avaliação aos estudantes da Cambridge University com Distúrbios

Específicos de Aprendizagem (como a Dislexia).

Para ser avaliado:

Passo 1. Faça uma consulta para encontrar um conselheiro especialista em

Distúrbios Específicos de Aprendizagem, entrar em contato com o DRC para

agendar uma entrevista.

Passo 2. Conheça o consultor.

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A reunião inicial pode durar até 1 hora, é uma oportunidade para discutir as

dificuldades e dar ao conselheiro a oportunidade de recomendar uma avaliação

completa para Dificuldades Específicas de Aprendizagem.

Passo 3. Caso o conselheiro recomende uma avaliação completa:

Faça uma consulta com um assessor de diagnóstico (como um psicólogo

educacional ou o professor especialista). Será realizada uma série de testes

administrados pelo assessor de diagnóstico, cujo custo é de cerca de £ 400. O

aluno receberá um relatório no prazo de 21 dias úteis após esta reunião.

Passo 4. Reúna-se com o conselheiro para discutir o relatório, e as conclusões do

mesmo, obtendo apoio para compreender o que o diagnóstico significa e se a

situação em que se encontra, se aplica ao fundo de Subsídios para Estudantes

Inválidos para financiar suas necessidades.

Passo 5. Solicitar liberação de acesso se o relatório recomendar uso de

computador ou tempo extra. O alunos deve enviar uma copia do relatório para o

Escritório de Tutoria da Faculdade e ficar atento aos prazos rigorosos.

Passo 6. Uma vez que o financiamento está em vigor o aluno pode acessar

Especialista de Estudo de Habilidades. Aulas organizadas pelo DRC.

Ações de apoio fundamental

Permissão para gravar as aulas;

Fornecer apostilas com antecedência das aulas;

Fornecer listas de leitura dirigida;

Estender períodos de empréstimo de livros;

Facilitar a liberação de acesso a modalidades de exame (como

tempo extra, e/ou o uso de um processador de texto, e/ou pausas

para descanso e marcar aconselhamento com os examinadores)

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Ensino inclusivo

Supervisões

Fornecer orientação com listas de leitura e/ou tarefas de leitura

dirigidas;

Conceder tempo suficiente para assimilar as informações e preparar

respostas às perguntas orais;

Fornecer materiais de discussão em grupo com antecedência;

Usar uma linguagem concisa, clara e explícita;

Fragmentar as informações caso os as tarefas sejam longas;

Dar instruções por escrito, se necessário;

Fornecer prazos de tarefas com bastante antecedência;

Fornecer exemplos e modelos de trabalho/tarefas previstas;

Fornecer escrita construtiva e feedback verbal;

Fornecer feedback legível e detalhado, com pontos fortes da tarefa,

bem como as áreas de melhoria;

Durante as aulas

É permitido gravar aulas, supervisões, tutoriais, dissertações, e

palestrantes convidados;

É permitido tomar notas usando um computador pessoal;

Deixe informações no quadro para que haja tempo suficiente para a

cópia;

Fornecer cópias de apresentações em PowerPoint, apostilas,

anotações de aula, documentos de discussão, quando disponível, de

preferência com antecedência em formato eletrônico;

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Fornecer apostilas em papel amarelo ou off-white para favorecer

uma melhor leitura;

Fornecer apresentações de PowerPoint em fundo colorido pastel

sempre que possível;

Numerar os slides do PowerPoint para ajudar a referenciar durante

anotações;

Identificar informações essenciais.

Um resumo no início das aulas e “relembrar” alguns tópicos ao

longo das aulas são eficazes. Na conclusão de cada aula, rever os

pontos principais.

Durante as atividades práticas:

Dê permissão para gravar instruções

Quebre longas tarefas em etapas

Repita informações quando necessário

Forneça instruções, processos e protocolos de forma escrita e oral

Ajustes Razoáveis

Estes são os ajustes que devem estar disponíveis se necessário para os

alunos com dificuldades específicas de aprendizagem:

Supervisões:

Conceda tempo extra e tenha flexibilidade quanto aos prazos, se

necessário;

Evite a exposição do aluno ao realizar leitura de textos em voz alta,

sem acordo prévio;

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Oferecer supervisões adicionais para discutir assuntos específicos e

identificar lacunas no conhecimento devido à dificuldades de

velocidade de processamento;

Estender empréstimos da biblioteca;

Aulas:

Introduzir um novo vocabulário de acordo com o contexto e

conceitos explicados;

Legendas e gráficos em apostilas. Se isso não for possível,

disponibilizar os gráficos com legendas posteriormente;

Práticas:

Estender o tempo de avaliação

Dar informações claras com antecedência sobre o trabalho de

campo e intercâmbios e discutir e garantir a possibilidade de acesso

Tutoria e técnicas de estudo, apoio para permitir um bom

planejamento e trabalho eficiente, e facilitar estratégias de

enfrentamento adequadas

Tecnologia Assistiva

Reuniões periódicas com tutor para manter todos informados das

questões e permitir que as dificuldades sejam abordadas antes de

atingir um ponto crítico.

3. Imperial College London – [www3.imperial.ac.uk]

Serviço de Aconselhamento sobre Deficiências

Antes de serem encaminhados para uma avaliação, os alunos precisam se

reunir com um conselheiro para uma triagem inicial que podem durar

aproximadamente 30 minutos, e o avaliador irá verificar se existem quaisquer

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indicadores de uma dificuldade específica de aprendizagem, como a dislexia, em

suas respostas.

Principais indicadores

Problemas com a aquisição:

Leitura, precisão e velocidade

Soletração

A velocidade de escrita e expressão

Memória de curto prazo

Consciência do tempo

Sentido direcional

Organização pessoal

Velocidade de processamento (fatos, pensamentos e idéias)

Pontos fortes comuns

Muitas vezes, altamente criativo

Persistente

Vê padrões, conexões e semelhanças que os outros não vêem

Holística: eles vêem a grande figura, não se perder em detalhes, para obter

os aspectos importantes

Excelente compreensão de informações orais

Entendimento das idéias abstratas

Inclinação para pensar fora da caixa

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Como alunos com deficiência são apoiados pelo Imperial?

Assessores atuam de forma que os estudantes com deficiência atinjam seu

potencial. Eles podem aconselhar sobre:

Como organizar adaptações especiais para exames;

Provas adicionais se necessário;

Aprendendo e Ensinando - apoio dentro da faculdade que inclui empréstimos da

biblioteca por mais tempo, acesso a tecnologias assistivas, ajustes de materiais

de ensino e tutoria de habilidades de estudo;

Fornecer aconselhamento, apoio e orientação para os alunos com deficiência.

Nos Estados Unidos

4. Harvard University – [www.harvard.edu]

O Bureau of Study Counsil (BSC) ou Escritório de Aconselhamento de

Estudos (EAE) reconhece que cada pessoa aprende a seu modo único, e

estamos comprometidos com a prestação de serviços de apoio à aprendizagem

adaptadas às necessidades individuais dos alunos e habilidades de

aprendizagem. Serviços de aconselhamento e apoio à aprendizagem estão

disponíveis para todos os alunos, incluindo aqueles com distúrbios de

aprendizagem (DA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

(TDAH), e outras dificuldades neurológicas. Todos os alunos podem se beneficiar

de desenvolver a sua leitura, escrita e habilidades de estudo, mas para os alunos

com transtornos neurocognitivos, suporte para desenvolver essas habilidades é

especialmente importante.

O EAE oferece oficinas e apostilas relacionadas às Dificuldades de

Aprendizagem e TDAH, bem como aconselhamento individual, oficinas sobre

temas relacionados com a vida de estudante e aprendizagem, monitoria

acadêmica individual. Temas do workshop amostra incluem atenção, o

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aperfeiçoamento, a gestão do tempo, estilos de aprendizagem, leitura, e falar em

público.

Elegibilidade: Os serviços do EAE estão disponíveis aos candidatos de graduação

inscritos no Harvard College. Candidatos na Harvard Extension School são

elegíveis por meio de encaminhamento da Escola de Extensão.

Conselheiros do EAE estão disponíveis para docentes, universitários e

funcionários para discutir as preocupações sobre o desempenho acadêmico do

aluno, para oferecer idéias de como apoiar os alunos com as dificuldades de

aprendizagem ou de atenção, e para consultar sobre diferentes estilos de

aprendizagem.

Ao consultar o EAE

Você pode querer consultar com um conselheiro do EAE ou consulte um

aluno para o EAE quando, por exemplo:

Um estudante permite que você saiba que o desempenho em exames tem

sido um problema.

Um estudante não está realizando de forma consistente as provas.

Um estudante parece distraído ou desorganizado; perde aulas ou

compromissos.

Um estudante se identifica como tendo um diagnóstico de Dificuldades de

Aprendizagem ou TDAH;

Você gostaria de melhorar a gestão do tempo ou gostaria de dicas de

leitura ou materiais em suas reuniões ou aulas.

O EAE oferece momento individual de aconselhamento, grupos e oficinas

sobre temas como a atenção e concentração, gestão de tempo e organização,

determinação, aperfeiçoamento, bem como monitorias para apoio acadêmico.

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5. Standford University – [www.stanford.edu]

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

A distinção entre o TDAH, e outros distúrbios que prejudicam a atenção, e

problemas normais com concentração requerem uma avaliação minuciosa e, que

avalie o prejuízo social e trabalho acadêmico ao longo da vida.

Avaliação

Se o aluno tiver sido diagnosticado com TDAH e gostaria de transferir o

tratamento para o Centro de Aconselhamento e Serviços Psicológicos (CASP), ou

nunca ter sido diagnosticado, mas gostaria de ser avaliado, tem que se atentar, as

seguintes instruções para ajudar a facilitar a sua consulta.

Se o aluno levar o diagnóstico de TDAH, é necessário enviar os resultados

dos testes ou documentação da avaliação/tratamento. Uma avaliação externa,

resumo de tratamento e/ou avaliação neuropsiquiátrica do médico referindo irão

facilitar a avaliação no CASP. No entanto, por si só não será considerado

diagnóstico, mesmo que o relatório contenha um diagnóstico de TDAH. O relatório

deve incluir as tentativas de tratamentos anteriores e o regime de medicação

atual.

Questionário respondido pelos Pais: pessoa que conviva com o aluno

desde a idade de sete anos, o ideal são os pais. (Este formulário não é

necessário se o aluno tiver fornecido documentação de testes

neuropsicológicos antes da idade de 11 anos). Um padrão persistente de

sinais e sintomas como uma criança é essencial para o diagnóstico de

TDAH em adultos. O aluno pode ter dificuldade em lembrar se os seus

problemas são desde à infância. Os pais são, portanto, útil para fornecer

evidências importantes de comprometimento precoce.

Questionário respondido por um observador Adulto: deve ser preenchido

por um adulto que conviva com o aluno atualmente (companheiro de

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quarto, parceiro, membro da família, amigo íntimo). Este adulto estará

fornecendo evidências de comprometimento atual.

Questionário que o próprio aluno responde

Se, após a avaliação completa, ainda não há certeza do diagnóstico,

poderá ocorrer um encaminhamento para uma avaliação neuropsicológica ou uma

avaliação psicoeducacional. Estas avaliações podem ser úteis na identificação de

outras possíveis causas para os sintomas.

Cuidados e Tratamento

Se um diagnóstico de TDAH é confirmado, a decisão de usar ou não a

medicação, e que tipo de medicação irá utilizar será feita pelo aluno e seu

psiquiatra. No CAPS é escolhida a medicação adequada com o menor potencial

de abuso.

O tratamento ideal do TDAH geralmente inclui uma combinação de

medicamentos, terapia comportamental e tutoria ou treinamento de habilidades. O

Centro de Ensino e Aprendizagem em Stanford fornece treinamento de

habilidades acadêmicas. O diagnóstico de TDAH não faz obrigatório o uso dos

recursos do Centro de Ensino e Aprendizagem.

6. Massachusetts Institute of Technology (MIT) – [web.mit.edu]

Serviços a estudantes com deficiência: Dificuldades de Aprendizagem

As avaliações, que em geral deveriam ter sido realizados nos últimos três anos,

devem validar a necessidade dos serviços com base no nível atual de

funcionamento do indivíduo no ambiente educacional.

Os resultados da avaliação completa devem ser comunicados sob a forma

de um relatório de diagnóstico detalhado, que deve ser assinado pelo avaliador e

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submetidos em papel timbrado diretamente ao escritório dos ¨Serviços a

estudantes com deficiência¨.

Esse relatório deve incluir os seguintes componentes: passado relevante e

apresentar dados educacionais, médicos, psiquiátricos e psicossociais, a

declaração de validade, as conclusões sobre a entrevista de diagnóstico,

observações comportamentais, avaliação de aptidão, desempenho acadêmico,

processamento de informação, e um diagnóstico diferencial.

Avaliação, e qualquer diagnóstico resultante, devem ser baseados em uma

bateria de avaliação abrangente e resultados de testes que confirmem as

conclusões do avaliador. Um único teste ou pontuação anômala, não será

suficiente para estabelecer uma condição incapacitante. "Estilos individuais de

aprendizagem", "diferenças de aprendizagem", "problemas acadêmicos" e

"dificuldade nos testes ou ansiedade", ou "fracos" em si mesmos, não constituem

uma dificuldade de aprendizagem.

Os testes utilizados devem ser versões atuais, confiáveis, válidados e

padronizados para uso com uma população/adulto adolescente. Os resultados

dos testes devem documentar tanto a natureza e gravidade da deficiência de

aprendizagem.

Os seguintes profissionais, em geral, são considerados qualificados para

avaliar dificuldades específicas de aprendizagem, desde que tenham formação e

experiência adicional na avaliação de problemas de aprendizagem em

adolescentes e adultos: psicólogos clínicos ou educacionais, psicólogos

escolares, neuropsicólogos, especialistas em dificuldades de aprendizagem.

A seguir são oferecidas as acomodações acadêmicas que podem ser

obtidas por alunos com deficiência, uma vez que tenha sido determinado pelo

serviço como elegíveis. Os funcionários dos Serviços a estudantes com

deficiência estão disponíveis para discutir as acomodações específicas que não

estão na lista.

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Exames alternativos

Tempo prolongado: A prática padrão na área de ensino superior em relação ao

tempo extra de exame é a de adotar metade a mais do tempo. Pode ser

apropriado aumentar a quantidade de tempo atribuído para exames em

determinadas situações, como em casos que a acomodação de estudante requer

o uso de ajuda tecnológica, escribas ou leitores; ou quando a documentação do

aluno apoia claramente a necessidade de uma quantidade extraordinária de

tempo a mais. Em cursos e/ou programas em que um período de tempo prescrito

é considerado um requisito essencial para o desempenho acadêmico dos

estudantes, o Instituto estabeleceu, como regra geral, que os alunos não podem

ter exames cronometrados ou uma quantidade ilimitada de tempo para os

exames.

Gravação de exames: O aluno é responsável por preencher o formulário pelo

menos duas semanas antes do exame para solicitar que um exame seja gravado

em fita de modo que a equipe do Serviço, membro do corpo docente / instrutor, ou

o departamento acadêmico, tenha uma quantidade razoável de tempo para

proporcionar a adequação(s) necessária.

Leitores: O aluno é responsável por preencher o formulário de inscrição pelo

menos duas semanas antes do exame para solicitar um leitor, para que a equipe,

membro do corpo docente do serviço ou do departamento acadêmico tenha uma

quantidade razoável de tempo para fornecer a necessária acomodação(s). Os

leitores vão ser direcionados pelo corpo docente do Serviço. Os leitores vão ser

instruídos a ler apenas o material sobre o exame. Não há informações adicionais

que podem ser fornecidas pelo leitor, a menos que o leitor seja instruído a fazê-lo

pelo docente. Um leitor deve proteger a integridade do exame por não dar dicas

ao estudante ou dar qualquer indicação de qual resposta pode ser. Os leitores só

serão fornecidos quando a documentação do aluno demonstra claramente essa

necessidade.

Escribas: O aluno é responsável por preencher o formulário de inscrição pelo

menos duas semanas antes do exame para solicitar um escriba, para que a

equipe, membro do corpo docente do Serviço ou do departamento acadêmico

tenha uma quantidade razoável de tempo para fornecer a necessária

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acomodação (s). Um escriba será instruído a escrever como um ditado para o

aluno com deficiência. Escribas devem proteger a integridade do exame: eles não

devem usar suas próprias palavras, interpretar, ou sugerir respostas para o aluno.

Esclarecimento de Pergunta de exame: Quando a documentação do aluno

solicita o esclarecimento de questões do exame como uma medida, a

determinação dos Serviços a estudantes com deficiência "é que tal medida não

afete a integridade acadêmica do exame, em seguida, a reafirmação das

questões do exame pelo docente (ou seu representante) vai exigir que as

seguintes condições sejam atendidas:

a) O membro do corpo docente, ou a pessoa a quem essa responsabilidade foi

delegada, será responsável por reformular questões do exame, em consulta com

os Serviços a estudantes com deficiência, e

b) O agendamento do exame será baseado no tempo de exame para a classe e a

disponibilidade do membro do corpo docente ou do representante. Devido ao

período necessário a ser descontado para esta medida, será permitido ao

estudante um tempo extra para completar o exame. O exame pode ser gravado

se for considerada uma alternativa aceitável pelo departamento acadêmico.

Materiais em formato alternativo

Livros didáticos gravados: O Serviço a estudantes com deficiência trabalha em

conjunto com Gravações para Cegos e Disléxicos (GCD) em Princeton, New

Jersey, para fornecer a adaptação do texto lido em fita cassete. O estudante com

deficiência é responsável por receber os serviços, seguindo os procedimentos, e

indicando livros didáticos do curso em tempo hábil. Se o livro não puder ser

fornecido dentro de um período de tempo suficiente, o Serviço a estudantes com

deficiência alocará leitores estudantis para registrar os materiais em fita. Em

ambos os casos, as fitas devem ser devolvidos ao Serviço após a conclusão do

curso.

Leitores: Caso os livros didáticos não puderem ser fornecidos em tempo hábil

pela GCD, ou se há outros materiais do curso que precisam ser lidos, o Serviço a

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estudantes com deficiência vai contratar leitores. Os leitores poderão ler materiais

pessoalmente ou gravá-los em fita.

Assessores de instrução e serviço de anotadores

O estudante com deficiência tentará encontrar alguém na classe para realizar

anotações para ele ou ela. Se ele / ela não tiver êxito, o estudante pode avisar ao

membro do corpo docente em sala de aula que há necessidade de um anotador.

Os membros do corpo docente devem proteger o direito do aluno à privacidade e

não divulgar o nome para a classe.

A IES pode direcionar estudantes interessados em serem anotadores a contatar a

equipe, e o “Serviço a estudantes com deficiência” irá fornecer uma lista de

anotadores potenciais para o aluno portador de deficiência, que, em seguida,

poderá entrar em contato com essas pessoas e assumir a responsabilidade para

colocá-lo como um anotador. Os alunos que optam em se tornar anotadores são

pagos pelo Serviços a estudantes com deficiência.

O “Serviço a estudantes com deficiência” pode ajudar o aluno, fornecendo

dicas sobre como selecionar um anotador apropriado. No entanto, é

responsabilidade do aluno monitorar os anotadores, desde precisão e entrega a

tempo das anotações. Qualquer discrepância deve ser relatado ao Serviços a

estudantes com deficiência imediatamente. Se um aluno precisa de ajuda com

este processo, ele / ela deve sentir-se livre para entrar em contato com a equipe.

É obrigatório que os estudantes que usam anotadores assistiam às aulas. A

presença de anotadores não se trata uma substituição para o comparecimento do

aluno. Se um aluno não é capaz de assistir às aulas por um período prolongado

de tempo, o anotador, bem como Serviços a estudantes com deficiência devem

ser notificados. Não fazer isso pode resultar na perda dos privilégios de

anotações.

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No Canadá

7. University of Toronto – [www.utoronto.ca]

Serviços de Acessibilidade

Apoio a Estudantes com Deficiências e outras necessidades para

acomodações

O termo "acomodações" refere-se a qualquer serviço, equipamento, ou um arranjo

especial que é usado para apoiar os alunos com deficiência no ambiente

universitário. Acomodações são fornecidas para qualquer estudante com

deficiência documentada que afeta sua capacidade de funcionar em um ambiente

acadêmico ou estágio.

É importante que o aluno se registre no Escritório de Serviços de Acessibilidade

da Universidade, localizado no primeiro andar da Biblioteca, o mais cedo possível

para evitar qualquer atraso no final do ano, quando serviços de acessibilidade

estão sob maior pressão com a aproximação dos exames finais.

Em geral, qualquer condição médica ou doença que afeta a funcionalidade de

alguma maneira é considerada uma deficiência. Podem incluir:

Dificuldades de Aprendizagem

Dificuldades de mobilidade

Funcionais / Deficiência motora fina

Lesões cerebrais adquiridas

Cegueira e Baixa Visão

Condições crônicas de saúde

Vícios

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Surdez e Perda Auditiva

Deficiência psiquiátrica

Distúrbios da Comunicação

Incapacidades temporárias, tais como fraturas e entorses graves, a

recuperação de uma operação, infecções graves ou complicações na

gravidez

Orientações aos Docentes:

Falando com os estudantes

O “College Registrar” é uma boa fonte de apoio e referência para os

estudantes

Os alunos devem ser avisados que os Serviços de Acessibilidade estão

disponíveis para eles e devem ser incentivados a procurar auxilio.

O docente deve ser direto e gentil em suas observações sobre o

desempenho do aluno; o que eles fazem bem, onde eles têm pontos fortes,

o que poderia ajudá-los.

Reforçar que os alunos com deficiência podem ter sucesso quando eles

têm adaptações adequadas.

As decisões sobre as acomodações são feitas pelo conselheiro do aluno através

de:

Documentação médica do aluno a partir de um profissional de saúde

licenciado e qualificado.

Entrevista com o aluno.

As decisões que exigem alterações à forma como os alunos são avaliados

devem constar na documentação médica.

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Para os estudantes com adaptações/acomodações é esperado que

demonstrem o mesmo conhecimento e desenvolvimento de habilidades

como outros estudantes em seu curso.

Em sala de aula

A definição clara de aprendizagem, os objetivos e resultados podem ajudar

os estudantes e o serviço de acessibilidade a determinar e recomendar

acomodações adequadas.

Listagem de todos os prazos e datas para testes, exames no plano do

curso também é recomendado, bem como instruções claras para os alunos

caso eles percam um prazo ou teste.

Mantendo a Confidencialidade

Se o docente tiver dúvidas sobre:

apoio à aprendizagem de um aluno,

uma solicitação de um aluno ou

acomodações de um aluno em relação a seus requisitos do curso.

Contate o conselheiro do aluno. O docente é responsável por manter a

confidencialidade com relação ao registro do aluno nos serviços de acessibilidade.

Lembre-se de evitar

Pedir ao aluno seu diagnóstico; focar o impacto da deficiência na

aprendizagem.

Falar sobre a deficiência em público. Peça para o aluno ficar depois da

aula.

Divulgar informações sem autorização do aluno para outra faculdade.

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Deixar informações escritas sobre a deficiência do aluno à vista ou em um

local público.

Fazer ao aluno uma pergunta direta ou usando o seu nome quando discutir

questões gerais da inabilidade.

Extensões

Muitos alunos podem requerer extensões para cumprir os prazos

simultâneos de programação da universidade ou para gerenciar o tempo

adicional necessário devido sua dificuldade para completar o trabalho

escrito.

Ajudar o aluno a avaliar quanto tempo adicional de que precisa e negociar

o que é possível, dado os seus prazos.

O Conselheiro do aluno pode ajudar nesta negociação ou verificar a

necessidade de tal.

Os alunos deverão apresentar trabalhos sobre o novo prazo, a menos que

seu conselheiro verifique circunstâncias imprevistas.

Serviços e Suporte

Materiais em formato alternativo

Solicitação de materiais do curso antes do início da aula para que haja tempo

para a conversão para um formato alternativo. É importante atender a essa

solicitação o mais rápido possível para apoiar o acesso do aluno há outros

materiais.

Anotações Computadorizadas

Presença de prestadores de serviços em sua classe:

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O tomador de notas informatizado pode ou não sentar-se com o aluno,

dependendo da sua preferência.

Esses prestadores de serviços irão sair depois de 20 minutos, se o aluno

estiver ausente.

8. McGill University – [www.mcgill.ca]

Serviços para pessoas com deficiência: Instituto para alunos com

deficiência

O Papel do Instituto de Alunos com Deficiência e ¨Serviço Meu Acesso¨:

O ¨Serviço Meu Acesso¨, oferecido pelo Instituto, fornece suporte, para o aluno

que sentir que as dificuldades e deficiências estão dificultando o seu desempenho

acadêmico. O aluno deve entrar em contato independentemente se as

dificuldades que está enfrentando são permanentes ou temporárias, a assistência

é prestada para a graduação e pós-graduação.

A assistência oferecida pelo ¨Serviço Meu Acesso¨ tem uma grande variedade de

atuações, desde diagnósticos médicos para problemas de saúde mental e

transtornos de ansiedade, e também inclui suporte a longo prazo para

acompanhar os alunos com dificuldades de aprendizagem, Déficit de Atenção

ou TDAH, Asperger e autismo.

O aluno deve entrar em contato com o ¨Meu Acesso¨ mesmo esteja sendo

acompanhado por uma unidade de saúde mental, ou aconselhamento médico. A

unidade será capaz de guiá-lo para diminuir o impacto que o diagnóstico pode ter

sobre o desempenho, assiduidade e aprendizagem. A ajuda oferecida pode ser

individual ou através de grupos, dependendo das necessidades e preferências.

O primeiro passo é entrar em contato com o Instituto e um conselheiro irá explicar

como tudo funciona, descrever quais serviços estão disponíveis e realizar

encaminhamentos para outros recursos, se necessário. Essas orientações

poderão ser passadas pessoalmente ou virtualmente.

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Workshops

Serviço de Aconselhamento também oferece uma ampla gama de oficinas que

abrangem uma grande variedade de temas de gestão de desafios acadêmicos

para melhorar habilidades para a vida academica.

Recursos de Aprendizagem

Para que a aprendizagem aconteça, o aluno tem que levar em consideração

diferentes aspectos, tais como os aspectos ambientais e fisiológicos. Exemplos

destes são sono, nutrição e exercício físico. Deve-se aumentar a consciência

sobre a forma como esses fatores afetam a aprendizagem. A seguir há uma série

de estratégias que o aluno pode tentar a fim de criar uma situação ideal para o

aprendizado. Para cada item, o aluno pode fazer download de arquivos de textos,

apresentações Power point, áudios e vídeos com orientações detalhadas sobre

como usar cada estratégia.

Gestão do Tempo e Competências Organizacionais

Habilidades para definir prioridades

Habilidades de Leitura e Escrita

Estratégias de gestão de stress

Estilos de aprendizagem

Habilidades de fazer testes

Tecnologia Assistiva na Aprendizagem

9. University of British Columbia (UBC) [www.you.ubc.ca]

Serviços para Alunos com Deficiência:

UBC está empenhada em proporcionar um ambiente livre de barreiras estruturais

e comportamentais para os alunos com deficiência.

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O “Acesso e Diversidade da UBC” fornece uma ampla gama de serviços e apoio

para alunos com deficiências físicas e/ou de aprendizagem, incluindo a

assistência a mobilidade, interpretação, legenda e facilitam as acomodações

necessárias aos alunos.

Acomodações/Adaptações acadêmicas

Acomodações Acadêmicas ajudam os alunos com deficiência ou condição médica

permanente a superar desafios que podem afetar seu sucesso acadêmico. Alguns

exemplos de acomodações são:

Formato alternativo para materiais impressos

Tempo prolongado em exames

Legendas em sala de aula

Elegibilidade para acomodações acadêmicas

Elegibilidade para acomodações acadêmicas é determinado pelo Acesso e

Diversidade em linha com a Política 73, Acomodações para alunos com

deficiência. Os tipos de condições para acesso incluem, mas não estão limitados

a:

Condições de saúde mental, como depressão, transtornos de ansiedade ou

transtorno bi-polar

Deficiências neurológicas, tais como déficit de atenção e hiperatividade,

dificuldades de aprendizagem, ferimentos na cabeça e síndrome de

Asperger

Condições crônicas de saúde, incluindo as condições em curso de

medicina, como a artrite, dor crônica, doença de Crohn, ou enxaquecas

Deficiências físicas, tais como deficiência visual, deficiência auditiva, ou

dificuldades de mobilidade

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Registrando-se no Acesso e Diversidade

1. Para marcar uma entrevista

Contate o Acesso e Diversidade para marcar uma consulta com um conselheiro.

As entrevistas devem ser reservadas antes da data de início do ano letivo. É

recomendável fazer uma entrevista, logo que foi realizada a matricula. O

conselheiro irá determinar as acomodações acadêmicas que o aluno é elegível.

2. Apresentar documentação

O aluno terá que fornecer uma documentação médica fornecida por um

profissional qualificado para diagnosticar a deficiência específica ou condição

médica. Documentação deve ser:

Atual e relevante;

Incluir números, nome, cargo, telefone/fax, endereço, endereço de e-mail e

assinatura do profissional;

Indicar o período de tempo que o aluno tem estado sob os cuidados

Descreva a natureza da condição clínica/deficiência, juntamente com uma

explicação detalhada sobre o impacto funcional da deficiência

Fornecer detalhes suficientes para determinar acomodações adequadas

Descrever os sintomas que formaram a base para o diagnóstico

Incluir os resultados de testes

Descreva os prazos para a reabilitação e recuperação, se o diagnóstico é

temporário ou não

Identificar os efeitos colaterais dos medicamentos que podem afetar

negativamente o desempenho acadêmico

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3. Informar aos professores

O conselheiro irá fornecer uma carta descrevendo as acomodações

acadêmicas. O aluno deve apresentar para cada um de seus professores

no início do ano/semestre.

A carta será emitida para o aluno anualmente, a menos que o aluno passe

por problemas acadêmicos, e seja necessária uma nova entrevista.

Na Austrália

10. The Australian National University [www.anu.edu.au]

Acesso e inclusão

Acesso e inclusão é um centro educativo sobre práticas inclusivas para deficiência

dentro da comunidade da Universidade.

Acesso e inclusão têm como objetivos:

Estar na vanguarda da prestação de serviços de deficiência no ensino

superior, utilizando práticas baseadas em evidências.

Aumentar a conscientização e compreensão das questões da deficiência

com todos os alunos e funcionários.

Habilitar os alunos com deficiência de participar plenamente na vida da

universidade.

Serviços do Acesso e Inclusão

Acesso e inclusão auxilia os alunos com deficiência de participar plenamente no

seu programa de estudo, através de aconselhamento, suportes e ajustes que

minimizem o impacto da deficiência na educação. Os alunos são obrigados a se

registrar no Acesso e Inclusão antes para poder usar os serviços.

Registro no Acesso e Inclusão

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Documentação médica

Privacidade e Confidencialidade

Requisitos inerentes ao curso

Arranjos especiais (alternativos) para exames

Empréstimos de equipamentos e softwares

Materiais em formato alternativo

Sala de recursos

Apoio para anotações

Bolsas de estudo

Observação: Em nenhum momento é citado quais deficiências são consideradas

no centro Acesso e Inclusão. Alguns dos serviços oferecidos listados acima,

atendem as necessidades de um estudante com transtorno especifico de

aprendizagem.

11. The University of Melbourne [www.unimelb.edu.au]

Guias para Estudantes Acadêmicos com Deficiência

Guia sobre estudantes disléxicos para Acadêmicos

Dicas para professores sobre como ajudar a aprendizagem dos alunos disléxicos

(a maioria dessas dicas também irá ajudar o aprendizado dos alunos não-

disléxicos)

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Dicas práticas para professores para melhorar as experiências de

aprendizagem

Não há cura para a dislexia, uma vez que se trata de um estilo de aprendizagem e

não uma doença; no entanto, disléxicos podem corrigir seu problema de leitura

quando ajudados com visuais ou experimentais métodos de aprendizagem.

1. Seja encorajador e reconfortante

Os alunos com dislexia muitas vezes têm problemas de auto-estima e são mais

autoconscientes do que os outros. Isto é devido constantemente cometer erros

'bobos' por exemplo, erros ortográficos ou outros pequenos erros com pronúncia

que os faz se sentir inferior aos outros.

A maioria dos alunos de graduação com dislexia pode ter dúvidas "típicas" e

dúvidas que os alunos não disléxicos têm, mas podem falhar na formulação da

questão uma vez que eles sentem que as suas perguntas são "mais burras".

Falando com os estudantes com dislexia antes do inicio do curso pode ser uma

forma eficaz tranquilizá-los de que você não vai pensar que eles são estúpidos se

tiverem dúvidas.

2. Incentivar articulação de idéias em voz alta.

Os alunos com dislexia geralmente têm uma melhor capacidade de articular seus

pensamentos na oralidade e não de forma escrita (embora expressar suas idéias

em palavras, em geral, pode ser mais difícil comparada a uma pessoa não-

disléxicos). Portanto, um estilo de ensino que é mais interativo e que incentiva os

alunos a pensar ou raciocinar em voz alta pode ajudar os alunos com dislexia

encontrar uma solução ou formular uma idéia mais rápida ou de uma forma mais

organizada.

3. Falar em público

O professor deve incentivar os alunos a articular suas idéias e, de fato, encorajar

a participação em público em sala de aula pode ajudar a dar-lhes mais confiança

e ajudá-los a articular e formar melhor idéias e pensamentos.

4. Use ferramentas visuais de aprendizagem

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Os alunos com dislexia geralmente não são bons em lembrar de muitas

informações ou fatos tudo de uma vez, portanto, o método de aprendizagem

essencialmente visual os ajuda a ligar as informações de uma maneira que eles

possam imaginar e dar sentido. Os alunos disléxicos devem ser encorajados a

reorganizar as informações passadas para uma forma visual, de modo que eles

entendam.

5. Seja criativo no ensino; torná-lo uma experiência e usar analogias para

explicar conceitos

Os alunos com dislexia têm excelente memória para experiências (em vez de

memória para fatos). Portanto relacionar conceitos a analogias ou experiências

muitas vezes são altamente eficaz com alunos disléxicos. Recorrer à música,

objetos e gestos para explicar conceitos, idéias e a vinculação de fatos também

podem ser adotadas.

12. The University of Sidney [www.sydney.edu.au]

Serviços de Deficiência

Documentação de apoio para os alunos com dificuldades de aprendizagem

É necessária uma cópia completa dos resultados dos testes utilizados para

diagnosticar o grau da dificuldade de aprendizagem.

Os testes devem ter sido realizados após completar 17 anos, pois as

características das dificuldades de aprendizagem podem mudar durante a infância

e adolescência. Se necessário, o serviço pode encaminhar o aluno para realizar o

teste com psicólogos ou em centros de avaliação relevantes. Se existem outras

condições juntamente a dificuldade de aprendizagem, o aluno também precisará

fornecer uma cópia completa da documentação.

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Serviços

Ajustes acadêmicos

Os ajustes podem incluir tempo extra para completar uma tarefa, o uso de um

computador, em vez de escrever à mão, realizar uma apresentação em separado

e explorar diferentes formatos de apresentação de trabalhos.

Ajustes são determinados após revisão da documentação de apoio e consulta

com um Diretor de Serviços de Deficiência. A consulta com o corpo docente

também pode ser necessária para garantir que a integridade acadêmica do curso

seja mantido e equidade do corpo discente é observada.

Formatos alternativos

Serviços de deficiência podem se organizar para que material de estudo, incluindo

provas de exame, sejam fornecidas em um formato alternativo. Pode exigir uma

mudança de texto (tipo ou tamanho da fonte), a mudança de cor do papel, ou uma

mudança de formato (impressa, eletrônica, audio, braile).

Produção de materiais em um formato alternativo pode exigir a coordenação entre

editores e pessoal acadêmico, e pode levar algum tempo para organizar. Os

alunos que necessitam de formatos alternativos são incentivados a se inscrever

cedo e entrar em contato com serviços de deficiência bem antes semestre

começar.

Tecnologia Assistiva

Tecnologia Assistiva refere-se às várias opções de software e hardware que

ajudam a resolver uma série de deficiências, como a visão, de aprendizagem e de

mobilidade.

Apoio em palestras

Há uma gama de opções de suporte de aula para os alunos que têm dificuldade

em tomar suas próprias notas durante uma palestra ou acessar o material de aula

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em seu formato atual, como gravação de palestras, empréstimos de dispositivos

de gravação, serviço de anotações, e captura remota ao vivo. Na consulta de

registro a melhor opção será determinada.

Os alunos que se beneficiam de apoio em palestra são alertados para o seguinte:

O apoio não substitui a participação em cursos;

As gravações ou notas são fornecidas com base na necessidade, e não

são distribuídas publicamente.

Contato com a Faculdade

É útil permitir que os professores saibam da inscrição com Serviços de

Deficiência, e alguns alunos podem precisar de assistência direta de seus

professores em sala de aula.

Se for necessário deixar seus professores cientes, será fornecida uma carta de

notificação que o aluno pode repassar para eles.

Para a maioria dos estudantes esta informação não é enviada automaticamente, o

aluno decide se quer a carta, e ele quem decide a quem entregar. A carta não

divulga a sua deficiência, mas indica o impacto que sua deficiência pode ter em

seus estudos, e também fornece aos professores alguma direção para prestar-lhe

assistência.

Na Irlanda

13. Trinity College, Dublin [www.tcd.ie]

Consulta Dislexia

As consultas para Dislexia/Distúrbio Específico de Aprendizagem estão

disponíveis para os estudantes cujo desempenho no curso e exames, esteja

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impactando sobre o seu progresso. O Disability Service (DS) não realiza testes ou

avaliações para dislexia, a consulta com um “Disability Officer” é projetada para

fornecer:

Discussão em torno dos tipos de dificuldades acadêmicas e as presentes

na dislexia;

Discussão sobre estilos de aprendizagem;

Informações sobre as opções para a avaliação externa de dislexia;

Introdução e navegação para tecnologias de apoio disponíveis e recursos

humanos.

Os alunos podem solicitar uma consulta com um “Disability Officer”, concluindo as

seguintes etapas:

Conceder pelo menos um período ou semestre para se integrar na vida

acadêmica, e para se familiarizar com as exigências da faculdade, expectativas e

habilidades.

Procure aconselhamento e apoio à aprendizagem através do Desenvolvimento de

Aprendizagem do Estudante http://student-learning.tcd.ie/undergraduate/

Fazer uma reunião para discutir suas preocupações com o seu Tutor.

Se o Tutor está preocupado que as dificuldades subjacentes podem estar

impedindo o desempenho do aluno, deve encaminhá-lo para uma consulta com o

Serviço de Deficiência através do preenchimento de formulário específico.

Os tutores devem prestar informações relativas a dificuldades identificadas no

desempenho acadêmico nos cursos e exames.

Informações para Tutores em dificuldades específicas de aprendizagem estão

disponíveis a partir http://www.tcd.ie/disability/teaching-info/awareness-

info/learning.php

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DS irá fornecer uma consulta para dislexia, incluindo o aconselhamento adequado

sobre a avaliação externa para os alunos que desejam ter uma avaliação psico-

educacional completa realizada por um psicólogo educacional, que é necessário

para se cadastrar e usar os serviços de apoios do Disability Service. A lista de

psicólogos registrados é fornecido pela Sociedade Psicológica da Irlanda

http://www.psychologicalsociety.ie/find-a-psychologist

Apoio a estudantes com dificuldades de aprendizagem específicas

Dificuldades que estudantes universitários com dificuldades de aprendizagem

específicas podem apresentar:

Os alunos com dificuldades específicas de aprendizagem podem não ter

êxito no sistema de ensino a menos que recebam apoio adequado.

Os alunos podem ter desempenho ruim em exames da faculdade ou

precisar de mais tempo para completar as tarefas do que outros alunos.

Realizar anotações em palestras pode ser difícil para os alunos com DEAs.

Os alunos podem ter dificuldades significativas de organização.

Os alunos podem ter dificuldade com a escrita e em produzir um trabalho

escrito.

Estratégias que a equipe pode usar para apoiar os alunos

Implementar e apoiar acomodações razoáveis para o aluno com eficiência e

discrição. Estar consciente de que ter uma dificuldade de aprendizagem

específica pode impactar a experiência do estudante na vida universitária.

Faça anotações de aula com antecedência e disponibilize se possível. Ter acesso

as anotações no momento da aula (impressa ou digital) facilita para o aluno a

seguir o formato da aula, e acrescentar anotações se necessário.

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Um cronograma do curso anexado ao manual do estudante pode ajudar o aluno

com dificuldades de aprendizagem a acompanhar o curso e programar revisões

para os exames.

Delineando cada aula no início e destacando novos termos e pontos-chave pode

ajudar um aluno a se concentrar. Fornecer resumos periódicos da aula e resumos

em pontos adequados do curso também pode ser útil.

Fornecer modelos ou orientação para tarefas on-line pode ser útil para apoiar o

aluno a compreender as expectativas de terceiro nível de ensino. Fornecer

informações claras sobre suas atribuições e possibilitar aos alunos entender como

eles podem melhorar.

Fornecer, sempre que possível, o material do curso apresentado em métodos

variados e acessíveis, para envolver os alunos com diferentes estilos de

aprendizagem.

Normalmente, um ambiente universitário centra-se na aprendizagem através da

palavra escrita, com menos ênfase em estilos visuais, auditivas e cinestésicas

(aprender fazendo). Os alunos com dificuldades específicas de aprendizagem

podem ter uma preferência por estes estilos alternativos de aprendizagem.

14. University College Dublin (UCD ) [www.ucd.ie]

UCD Centro de Acesso Serviço de triagem de Dislexia

O Centro de Acesso da UCD fornece um serviço de triagem de dislexia para os

alunos matriculados na UCD. Este serviço é fornecido para permitir que os alunos

que sentem que estão passando por dificuldades significativas com o aprendizado

possa participar de uma triagem inicial para a dislexia. O serviço de triagem tem

como objetivo proporcionar aos alunos uma indicação da existência ou não da

dificuldade e encaminhar para uma avaliação psicológica educacional completa. O

aluno que escolhe realizar ou não a avaliação completa. Este serviço de Triagem

Dislexia é fornecido gratuitamente aos alunos UCD. No entanto, o Centro de

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Acesso UCD não pode financiar a avaliação do aluno por um psicólogo

educacional. Os resultados da triagem serão discutidos com o estudante em

reunião com o avaliador.

Se o aluno desejar prosseguir os testes após triagem, UCD não recomenda ou

fornecer os nomes dos Psicólogos Educacionais. No entanto, estes podem ser

obtidos entrando em contato com a Sociedade Psicológica da Irlanda (PSI)

www.psihq.ie, ou a Associação Dislexia da Irlanda (DAI), www.dyslexia.ie.

A triagem não irá proporcionar aos alunos um diagnóstico

Os estudantes não receberão os suportes ou acomodações do Centro de Acesso

UCD com base nos resultados da triagem.

Guia de Gerenciamento da Dislexia

O objetivo do Centro de Acesso UCD é permitir que todos os alunos matriculados

ao “Support Disability” se tornem aprendizes independentes, para que possam

desenvolver as habilidades esperadas de graduados de sucesso e ter essas

habilidades para o mercado de trabalho.

As diretrizes a seguir são projetados para ajudá-los a alcançar esse objetivo.

É importante comunicar a UCD sobre a dislexia, a fim de superar eventuais

desvantagens resultantes da dificuldade de aprendizagem.

1. O aluno deve registrar-se no Centro de acesso o mais rápido possível, e

procurar uma avaliação e diagnóstico de um psicólogo educacional.

Realizar a avaliação irá garantir que o aluno receba os suportes

adequados.

2. O aluno receberá uma carta de registro junto ao Centro de Acesso na

sequência de sua avaliação. Isso confirma que o aluno está registrado com

o Centro de Acesso e descreve os apoios recebidos. O aluno deve fornecer

esta carta para seus docentes / tutores, a fim de informá-los sobre suas

necessidades de apoio e solicitar um exame alternativo, testes ou exames

em classe separada, etc.

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Apoios disponíveis para todos os alunos UCD

Clínicas escrita acadêmica

Centro de Apoio para Matemática

Acomodações para Exames

Tecnologia Assistiva

Ferramenta de Alfabetização - Texthelp leitura e escrita

Ferramenta de Revisão - Grammarly

Ferramenta de Gravação - Livescribe Smartpen

Apoio à aprendizagem

UCD Centro de Acesso oferece apoio à aprendizagem, principalmente por meio

de oficinas de grupo. Estes workshops são realizados inúmeras vezes ao longo

dos semestres e são divulgados para os alunos via e-mail. Estes workshops são

projetados para ajudá-los a aprender as habilidades que você precisa para ter

sucesso na universidade. As oficinas de apoio incluem, mas não estão limitadas

aos seguintes tópicos:

Anotações

Gerenciamento de tempo e organização

Habilidades para o Estudo

Escrita acadêmica

Habilidades de Pesquisa

Apresentações e trabalhos em grupo

Evitando o plágio

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Preparação para Exames

Todo o material utilizado nas oficinas é disponibilizado em slides, apostilas,

exercícios e uma versão em áudio de todos os workshops. Todos os alunos do

primeiro ano registrando com o Centro de Acesso têm acesso a este módulo.

15. University College Cork (UCC) [www.ucc.ie]

Serviço de Apoio à Deficiência (DSS)

Programa de triagem para Dislexia

O DSS oferece um Programa de Triagem para alunos que ainda não estão

cadastrados no serviço. A consulta de triagem custa 20 euros. Esta triagem

consiste na realização de uma série de testes para verificar se a aluno tem

dislexia. Os alunos que acreditam na possibilidade de ter dislexia, devem contatar

o DSS no início do ano letivo, pois o processo de pode levar alguns meses. Os

estudantes que estão no final de sua carreira universitária serão avisados sobre

opções de avaliação externa. O principal objetivo do Programa de triagem de

dislexia é identificar os alunos de graduação que estão em risco de ter um mau

desempenho em seu curso.

A triagem não constitui um diagnóstico. Os alunos devem obter um relatório

completo de um psicólogo educacional, para se registrar no DSS.

Alguns alunos podem preferem procurar uma avaliação particular. A lista de

psicólogos registrados no Psychological Society of Ireland pode ser encontrada

em http://www.psychologicalsociety.ie/find-a-psychologist/

Dificuldades Específicas de Aprendizagem

O Serviço de Apoio à Deficiência tem um programa de apoio específico para

permitir que os alunos com dificuldades específicas de aprendizagem acessem o

ambiente de aprendizagem.

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Quando o aluno se inscrever no DSS irão receber uma avaliação de suas

necessidades detalhadas. Este relatório detalha o apoio que o aluno precisa no

nível superior

Acomodações razoáveis:

Tecnologia - Permitir aos alunos usar laptops e outros equipamentos auxiliares

em sala de aula. Se o aluno se esforça para completar o trabalho à mão de forma

legível ou se esforça para manter a concentração durante a escrita, o uso dessas

ferramentas simples ajudará o aluno a ser mais ativo e estar seguro de que não

está perdendo conteúdo das aulas.

Sempre que possível fornecer anotações de aula na lousa e fornecer com

antecedência listas de leituras que devem ser priorizadas.

Notificação de Dislexia - uso de um adesivo durante os exames, para que o

estudante que não pode usar a tecnologia não a utilize para verificar a ortografia e

gramática e realizar a leitura da prova.

Recomendações para exame:

Hora Extra - 10 minutos por hora.

Notificação de Dislexia

A utilização de um computador

Leitor de texto, se necessário

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5.2. Recomendações para o acompanhamento de jovens universitários com

Distúrbios Específicos de Aprendizagem ou TDAH

Com base nas descrições dos serviços prestados aos alunos com

distúrbios específicos de aprendizagem e/ou TDAH que foram obtidas através dos

sites das IES públicas e privadas, nacionais e internacionais, compilamos as

melhores práticas, sugestões e recomendações para esse apoio. A literatura

nacional e internacional foi consultada para que estas recomendações fossem

não apenas sugestões práticas, mas além disso, baseadas em evidências

científicas. As recomendações tem como foco o professor ou educador

responsável pelo aluno em questão.

RECOMENDAÇÔES:

Ao Serviço de acompanhamento de alunos do Ensino Superior com diagnóstico

de Distúrbio Específico de Aprendizagem ou Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade:

Solicitar uma avaliação diagnóstica completa e fidedigna para que o aluno

seja considerado elegível para receber o apoio educacional;

Orientar os alunos que ainda não tem diagnóstico, mas tem a queixa, a

procurar a avaliação com profissional especializado;

Fornecer capacitação sobre os Distúrbios Específicos de Aprendizagem e

TDAH aos professores, desde o seu conceito até as estratégias que

auxiliem numa melhor abordagem e eficácia na aprendizagem dos alunos;

Criar e coordenar um programa de tutoria e aconselhamento individual e

em grupo para os alunos.

Aos Professores de alunos do Ensino Superior com diagnóstico de Distúrbio

Específico de Aprendizagem ou Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade:

Conceder ao aluno tempo extra para a realização de provas e,

dependendo do caso para trabalhos também;

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Notificar o aluno com antecedência sobre provas e trabalhos, para

ter tempo hábil para se organizar;

Disponibilizar materiais didáticos/apostilas em formatos e mídias

alternativas, como por exemplos livros em áudio, diagramas, mapas

conceituais;

Fornecer apostilas com antecedência das aulas;

Permitir e fornecer alteração de layout de provas ou outros materiais,

como mudar fonte, tamanho de letra, cor do papel;

Discutir com o aluno sobre formas de avaliações alternativas, como

por exemplo, avaliação oral, ou o auxilio de um ledor ou escriba;

Permitir a gravação das aulas;

Promover oficinas/workshops para trabalhar as estratégias e

habilidades de aprendizagem;

Estender períodos de empréstimo de livros;

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento das melhores

práticas de apoio e acompanhamento educacional de jovens com distúrbios de

aprendizagem e/ou TDAH em Instituições de Ensino Superior (IES). Após busca

de sites e portais das melhores universidades públicas e privadas nacionais e

internacionais, foi realizada uma análise quantitativa, verificando quantas IES

apresentam Núcleos de Acessibilidade e Inclusão e quantos desses núcleos

consideram os Distúrbios Específicos de Aprendizagem e/ou TDAH como público

alvo de seus serviços de apoio. Também foi feita uma analise qualitativa da

descrição dos serviços de apoio educacional prestados.

Com esta pesquisa pudemos perceber que há escassez de estudos

científicos publicados tanto na literatura nacional e internacional, que discutam

especificamente sobre o apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios

Específicos de Aprendizagem (DEA) e/ou TDAH.

O levantamento de informações realizado de forma ativa aos sites de IES

no Brasil e do exterior evidenciou uma disparidade grande com relação a

presença de Núcleos de Acessibilidade e Inclusão, bem como o apoio

educacional à alunos com DEA e/ou TDAH.

Todas as IES do exterior pesquisadas possuem NAI, por outro lado das 20

melhores IES brasileiras selecionadas para o estudo, 25% delas que equivale a 5

IES, não possuem NAI descrito e registrado em seu portal oficial.

Com relação ao apoio a jovens e adultos com Distúrbios Específicos de

Aprendizagem e/ou TDAH, a disparidade é maior ainda. Apenas uma, das 15 IES

do Exterior analisadas não possui em sua descrição tal apoio. Das 20 IES do

Brasil, apenas 4 consideravam em seus NAIs o atendimento aos alunos com

dificuldades de aprendizagem e/ou TDAH.

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Comparando o modo como as informações estão disponibilizadas nos sites

das IES do exterior com as do Brasil, podemos afirmar que falta para as IES

brasileiras um detalhamento maior. Tampouco há consenso sobre as

necessidades e quais as medidas de apoio mais adequadas para os alunos com

dificuldades de aprendizagem e/ou TDAH.

A necessidade de identificar as medidas de apoio mais adequadas para os

alunos nessas condições tem sido foco de estudo de pesquisadores de diversas

áreas, como da educação, da psicologia e da fonoaudiologia. Estudos recentes,

como o de Mejía et al (2012), ressalta a importância de existir materiais de

avaliação, protocolos normatizados para a faixa etária que abarca a maioria dos

universitários. A partir da identificação da dificuldade, o aluno passa a ter maior

controle sobre suas limitações e habilidades, sendo o principio para desenvolver

um plano de estudos buscando o sucesso acadêmico.

O bom desempenho acadêmico, é uma grande preocupação dos alunos

com DEA, e muitas vezes maior do que dos alunos sem dificuldades, como

mostrou o estudo de Ghani & Gathercole (2013), que também tratou da

identificação das principais dificuldades de alunos disléxicos. Os resultados

obtidos evidenciaram dificuldades na gestão do tempo e concentração para o

aprendizado em sala de aula, como também na realização de provas, dificuldades

em selecionar e diferenciar informações importantes de informação menos

importantes, sendo ineficaz a preparação para as provas.

Tais achados sobre as dificuldades enfrentadas por esses indivíduos, se

confirmam em outro estudo, mais robusto e abrangente realizado na Suécia por

Olofsson, Ahl & Taube (2012), que contou com uma avaliação completa, com

entrevistas com os alunos e professores, e também testes utilizados na prática

fonoaudiológica, como a nomeação rápida, leitura de palavras e de

pseudopalavras.

Este estudo realizado na Suécia, aborda um ponto crucial, quando se trata

de orientações e acompanhamento pedagógico direcionado a esses alunos: a

capacitação dos professores. No presente trabalho, pode-se verificar que a

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maioria das IES do exterior dá a devida importância a esse ponto, sugerindo que

a IES ofereça o apoio necessário, desde material teórico à promoção de palestras

com consultores especialistas.

Uma das conclusões obtidas com base nos resultados desta pesquisa, foi a

diferença quantitativa, e também qualitativa, das práticas educacionais sugeridas

pelas IES do Brasil e do Exterior, sendo as orientações das IES do exterior mais

completas e passiveis de serem replicadas. Essa superioridade dos países que

tem o inglês como idioma oficial, foi estudada por Callens, Maaike, Wim Tops, &

Brysbaert (2012). Buscando entender o motivo dessa disparidade, propuseram

identificar o perfil cognitivo dos alunos com DEA, e verificar se existem diferenças

nas dificuldades apresentadas por falantes de idiomas diferentes. Para este

estudo eles usaram o idioma holandês e concluíram que apesar das diferenças de

linguagem e contexto educacional, as dificuldades encontradas pelos alunos são

as mesmas; dificuldades em leitura e escrita, aritmética e processamento

fonológico.

O fato dos países falantes do inglês serem, mais desenvolvidos e

estruturados com relação ao apoio educacional aos jovens e adultos com DEA,

também pode estar relacionado a existência de políticas publicas bem definidas.

Essa hipótese foi levantada no início desse trabalho, que teve como foco

identificar as melhores práticas para contribuir para a discussão sobre as políticas

publicas brasileiras nessa área.

Finalmente, com base no levantamento e descrição dos serviços prestados

aos alunos com distúrbios específicos de aprendizagem e/ ou TDAH, pelas IES

públicas e privadas, nacionais e internacionais, foi possível compilar as melhores

práticas, sugestões e recomendações para esse apoio educacional.

Temos que ressaltar a importância do tema abordado nesse trabalho, e dos

dados contidos nele, que mostra não só um levantamento de informações, como

também oferece um guia das melhores práticas. Ou seja, não somente

evidenciamos uma problemática, mas também sugerimos uma solução para ela.

Todas as informações aqui contidas servem como material de apoio, para o aluno

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e seus familiares, para as IES, para os professores e também órgãos

competentes, que podem utilizá-las a fim de tomar medidas efetivas, para de fato

incluir os jovens e adultos no Ensino Superior da maneira mais adequada.

A atuação fonoaudiológica entra em cena para realizar a articulação entre

saúde e educação, realizando ações sociopolíticas, buscando aproximar o

governo e a sociedade. E esse trabalho traz uma contribuição importante e

relevante, na elaboração de políticas públicas. E considerando o potencial da

atuação da fonoaudiologia no campo da educação e das políticas públicas,

reiteramos a necessidade de mais trabalhos científicos, mais evidencias

cientificas, que norteiem toda a abordagem educacional, seja no Brasil ou no

exterior.

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RESUMO

Ramos JRS. Apoio educacional a jovens e adultos com Distúrbios Específicos de

Aprendizagem e/ ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no

Ensino Superior. Dissertação de Mestrado; 2015.

Objetivo: Caracterizar o apoio educacional especializado para jovens e adultos

com DEA, nas melhores Instituições do Ensino Superior (IES) no Brasil e no

exterior. Métodos: Para identificar quais as IES oferecem apoio aos estudantes

com DEA ou TDAH foram selecionadas 20 IES do Brasil, sendo 10 públicas e 10

particulares a partir do Ranking Universitário da Folha. Foram selecionadas 15

IES do exterior, 3 em cada um dos países: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido,

Austrália e Irlanda, utilizando o QS World University Rankings. Todos os países

foram selecionados por terem o idioma inglês como língua oficial. Após as etapas

de seleção das IES, passou-se à etapa de levantamento e compilação das

informações, realizada via internet através do acesso aos sites das IES.

Resultados: Nos resultados obtidos a partir do levantamento das IES do Brasil,

observamos que 2 universidades públicas e 3 particulares não apresentam Núcleo

de Acessibilidade e Inclusão (NAI), mencionado em seu site, ou portal

institucional, e somente 4 delas, 2 públicas e 2 particulares incluem os DEAs ou

TDAH nos seus serviços de apoio oferecidos aos alunos. Todas as IES do exterior

possuem um NAI e todas com exceção de uma, incluem pelo menos DEAs em

seus serviços de apoio. Considerações Finais: O levantamento realizado de

forma ativa aos sites das IES do Brasil e do exterior evidenciou uma disparidade

grande com relação a presença de NAIs, bem como o apoio educacional à alunos

com DEA. Pode-se afirmar que falta às IES brasileiras um detalhamento maior e

um consenso sobre as necessidades de apoio mais adequadas para os alunos

com distúrbios de aprendizagem. Com base na descrição dos serviços oferecidos

pelas IES nacionais e internacionais, foi possível compilar as medidas comuns a

todas as instituições e elaborar uma proposta de diretrizes para o

acompanhamento de estudantes com DEA e/ou TDAH, que são eficazes para a

melhora do desempenho acadêmico desses alunos no Ensino Superior.

PALAVRAS-CHAVE: Transtornos da aprendizagem, Transtorno do déficit de

atenção com hiperatividade, Educação superior, Modelos educacionais

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ABSTRACT

Ramos JRS. Educational support to young people and adults with Specific

Learning Disorders and/or attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in higher

education. Dissertation Mestrado; 2015.

Objective: To characterize the specialized educational support for youth and

adults with SLD, the best Higher Education Institutions (HEI) in Brazil and abroad.

Methods: Twenty brazilian HEI were selected, 10 public and 10 private, classified

by the University Ranking of Folha de São Paulo. Fifteen HEI were selected from

abroad, 3 from each of the following countries: United States, Canada, United

Kingdom, Australia and Ireland, using the QS World University Rankings. All

countries were selected by having english as the official language. After the

selection of HEIs, we performed a survey and compilation of information,

conducted via the internet through access to sites of the HEIs. Results: Based on

the search from the brazilian HEIs, we observe that 2 public universities and 3

private do not have Nucleus of Accessibility and Inclusion (NAI), mentioned on

their website, or institutional portal, and only 4 of them, 2 private and 2 public

including SLD or ADHD in their support services offered to students. All HEIs

abroad have a NAI and all except one, include the SLD in their support services.

Final Considerations: The survey conducted actively to websites of HEI of Brazil

and abroad showed a great disparity with respect to presence of NAIs as well as

educational support to students with SLD. We can affirm that there is no details or

consensus on the needs and what the most appropriate support measures for

students with learning difficulties, in brazilian HEIs. Analyzing the descriptions of

services provided by national and international Institutions, we were able to list the

measures that are common to all institutions and develop a proposal for guidelines

for the support for university students with SLD and/or ADHD, which are effective

in improving the academic performance of these students.

KEY WORDS: Learning Disorders, Attention Deficit Hyperactivity Disorder, Higher

Education, Education Models.

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APÊNDICE