Julho / Agosto 2009 - Associação de Engenheiros e ... · e outras, que hoje, enquanto assistimos...

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EXPEDIENTE

Conselho Diretor biênio 2009-2010

PRESIDENTE:- eng° Humberto Sanchez Quintanilha

VICE-PRESIDENTE:- eng° José Deguchi Junior

DIRETOR SECRETÁRIO:- eng° Luis Sérgio dos Santos Souza

DIRETOR TESOUREIRO:- eng° Raimundo Neves Nogueira(Dokinha)

DIRETOR TÉCNICO:- eng° Marco Aurélio dos Santos Abreu

DIRETOR SOCIAL:- eng° Milton José Furtado Lima

DIRETOR DE MEIO-AMBIENTE:- eng° Juarez Marques Lopes

DIR. DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:- eng° Ricardo Valentim Azevedo

DIRETORES DE PUBLICAÇÕES:- eng° Fernando Luiz F. Caedoso- eng° Luis Carlos da Cunha Silveira

COMISSÃO FISCAL:- eng° Luiz Césio Caetano Alves- enga Maria Yara Coelho- eng° Aurenio Ribeiro- eng° Elídio Lopes Mesquita Neto- eng° Anísio Machado de Resende- eng° Raul Antonio Alberto L. Lazcano

ASSESSORIA DE IMPRENSA:W2Imagens.com

-Walmor Freitas - (22) [email protected]

IMPRESSÃO:Gráfica do Jornal do Commércio

TIRAGEM:5.000 EXEMPLARES

Rua Nilo Peçanha, 73 Sl. 05 (CREA)Centro - Cabo Frio - RJTel.: (22) 2645-6524

e-mail: [email protected]

EDIÇÃO N° 17Junho / Agosto - 2009

Numa parceria com a “A+C Desen-volvimento Profissional”, a ASAERLAestá oferecendo neste mês de agostoem Cabo Frio o curso “ConstruçãoSustentável - Técnicas para Edifícios

Construção Sustentável - Técnicas para Edifícios Sustentáveis

HORÁRIO:das 09h às 18h - (Sexta-feira e Sábado)

CARGA HORÁRIA: 16 horas/aula

LOCAL: a definir (em Cabo Frio-RJ)

VALOR: À vista = R$ 790,0002 parcelas = R$ 410,0003 parcelas = R$ 282,00

Para Associados ASAERLA: Desconto de 10%

INSCRIÇÃO: Srª. Tereza Maria.Tels: (11) 2626 0101 e (11) 3868 3090Email: [email protected]

PROGRAMA DO CURSO:1.1- Materiais e Métodos Construtivos• Impactos ambientais da construção• Técnicas construtivas para construçãosustentável• Análise do ciclo de vida dos materiais• Controle de resíduos e desperdícios naconstrução• Reciclagem de materiais construtivos1.2- Instalações e Equipamentos para EdifíciosEficientes• Sistemas de Condicionamento Ambiental• Sistemas eficientes de condicionamentoambiental• Síndrome do edifício patogênico• Iluminação Ar tificial Eficiente• Projeto de iluminação energeticamente

eficiente• Técnicas e tecnologias avançadas parailuminação artificial eficiente• Automação e Controle• Sistemas de controle e automação predial• Gerenciamento de energia• Uso racional da água• Tecnologias para conservação, reuso e usoracional de água• Sistemas de controle de consumo de água1.3- Gestão, Regulamentação e Certificação• Sistemas de avaliação e certificação deedifícios sustentáveis• Regulamentação nacional e internacional• Políticas e incentivos à construçãosustentável

Sustentáveis”. Um curso altamenteprocurado e do qual os profissionaisda Região dos Lagos só conseguiriamparticipar em São Paulo.

O número de vagas é limitado!

De acordo com a parceria firmada,todos os cursos a serem oferecidos emCabo Frio pela ASAERLA terão umdesconto de 10% para os associados emdia com sua anuidade.

PALAVRA DA DIRETORIA

Ao completarmos 32 anos estamos comemorando arealização de mais um ano de nossa associação, poisas dificuldades são muitas, mas graça a colaboração denossos parceiros, da confiança dos nossos associadose do trabalho de toda a diretoria estamos vencendo osobstáculos, somos uma associação jovem criada embases sólidas e por grandes profissionais e como pode-mos ver pelo histórico o companheirismo sempre foi apalavra de ordem.

Acredito, assim como minha diretoria que é por essase outras, que hoje, enquanto assistimos o esvaziamentodas entidades de classe, inclusive as grandes, a nossaaguerrida ASAERLA vem sobressaindo, daí a importân-cia de, a cada ano, comemorarmos essa importante data.

Ao homenagearmos os 12 profissionais que funda-ram nossa associação, queremos na realidade homena-gear todos os presidentes e diretorias que já passarame a mantiveram viva, assim como todos os profissionaisque já fizeram e os que fazem parte da associação.

Quando nos reunimos na nossa plenária, nos happyhours, ou datas festivas e trocamos idéias, opiniões epontos de vista, apesar da grande concorrência, acaba-mos nos unindo por ideais e fortalecendo o setor por ummaior profissionalismo com ética e responsabilidade.

Trazer cursos, palestras, o congraçamento da família,

o companheirismo e o livreexercício da profissão com éti-ca são nossas metas princi-pais. Queremos trazer os as-sociados para mais próximo edar continuidade em vários pro-jetos e se possível melhorá-los.

Já fizemos parceria com a “A+C DesenvolvimentoProfissional”, que estará administrando nos dias 21 e 22de agosto o curso “Construção Sustentável – Técnicaspara Edifícios Sustentáveis”. Também estamos partici-pando de vários conselhos e Foruns.

Agora queremos aumentar nosso quadro de associa-dos com uma maior participação. Sabemos que essameta é difícil, pois sempre prevalece o individualismo,mas do que depender de nós iremos vencer essa etapa,pois estamos de portas abertas a ouvir todas as reivin-dicações dos profissionais.

Vamos reforçar e renovar os convênios e parceriascom as demais associações e entidade de classe.

Nós viemos para fortalecer a Asaerla e mostrar a suaimportância para todos os profissionais, assim como paraa comunidade de toda Região dos Lagos.

Eng° Humberto S. Quintanilha - presidente

Humberto Sanchez Quintanilha é Engenheiro civil

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MEIO AMBIENTELombada ou quebra-molas: O símbolo da falta de educaçãono trânsito causa prejuízo aos proprietários de veículos

A ondulação transversal destinadaa reduzir a velocidade de veículosmultiplica-se por toda a região.Solução adotada pelo Contran para serutilizada somente quando esgotadastodas as outras alternativas de enge-nharia de tráfego, vira praga nas ruasdos municípios.

A falta de educação de algunsmotoristas somada à total ausência deplanejamento viário municipal são osprincipais motivos para a construçãodesenfreada desses famigeradosdispositivos, que em sua maioria sãoconstruídos pelos governantes semqualquer critério e fora dos padrõesestabelecidos pela Resolução doContran n° 39/98, o que vem gerandoinúmeras ações Brasil afora com ganhode causa para os cidadãos que sesentem lesados.

O risco de acidentes é eminente,principalmente para os motocliclistas.Os quebra-molas tornam-se perigososdevido a construção errada, normal-mente bem altos e estreitos, algunsainda sem sinalização adequada.

A despesa com a manutenção deveículos também aumenta. - Todos os

dias recebemos carros com problemasprovocados por quebra-molas, queafetam a suspensão, freios, rolamentose outros componentes -, disse o técnicoem mecânica, Márcio Fabiano, daMagnauto, uma das oficinas maisantigas de Cabo Frio.

As vias urbanas que servem deacesso para alguns dos principaiscartões postais da região são exemplosclássicos de construção de lombadasfora dos padrões do Contran.

A construção de quebra-molas, aoinvés de atender a um planejamentourbano viário, dá-se através de pedidosque chegam diariamente às prefeituras,mas não só os municípios ferem a legis-lação, moradores inconformados como descaso das autoridades tambémimplantam lombadas em várias vias daregião, a diferença é que essas normal-mente são construídas em concreto. Alei é clara nessa situação, a Resoluçãodo Contran em seu Art. 15 prescreveque a colocação de ondulaçãotransversal sem permissão prévia daautoridade de trânsito sujeitará oinfrator às penalidades previstas noCódigo de Trânsito Brasileiro.

Prefeitura readequaquebra-molas seguindo

determinação do MP

A administração municipal estáreadequando todos os quebra molas instaladosem Maringá (PR). Servidores das secretariasde Transportes e Serviços Públicos trabalhamna retirada e na reimplantação das lombadas,seguindo o padrão determinado pelo ConselhoNacional de Trânsito - Contran, conforme aResolução 39/98.

O trabalho de readequação dos quebra-molas atende uma recomendação doMinistério Público e cumpre o Termo deAjustamento de Conduta firmado entre aPrefeitura e Promotoria de Justiça e Defesado Patrimônio Público, que prevê a retiradaou readequação de quebra-molas instaladosem ruas e avenidas de Maringá e dosdistritos de Floriano e Iguatemi.

Com a readequação todos os quebra-molasexistentes nas vias coletoras, principais viasdentro dos bairros, passam a ter 3,70 m decomprimento por 10 cm de altura. Já as lombadasdas vias locais terão a medida de 1,50 m x 8 cm.Antes os quebra-molas instalados em Maringá(PR) variavam de tamanho.

- Vamos retirar todos os quebra-molas que não atenderem a viabilidadetécnica, ou seja, feito por moradoressem consultar a prefeitura -, disse oCel. Gilson da Costa, Secretário deOrdem Pública do município.

Em Búzios, a prefeitura alega nãoter pedido para a construção de novosquebra-molas.

- Os quebra-molas existentes foraminstalados há anos pela prefeitura e peloDER, que é quem controla isso juntocom o município. No momento nãoexiste nenhuma determinação sobre oassunto, nem indicação ou registro denecessidade de se construir novosquebra-molas em nossa cidade -,informou a assessoria de comunicaçãopor e-mail.

Cabo Frio vai licitar, nos próximosmeses, novos radares eletrônicos parasubstituir os quebra-molas nas vias degrande fluxo de veículos. De acordocom o Art. 2° da resoluçãoCONTRAN, as ondulações transver-sais devem ser utilizadas em locaisonde se pretende reduzir a velocidadedo veículo, principalmente onde hágrande movimentação de pedestres.

fotos: Walmor Freitas

Construídos em asfalto, concreto ou paralelos, maioria dos quebra-molas encontra-se sem qualquer sinalização indicativa e fora das medidas determinadas pelo Contran

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II - TIPO II, a sereminstalados em viascoletoras pricinpais:a) largura: igual à dapista, mantendo-se ascondições dedrenagem superficial;b) comprimento:3,70m;c) altura: até 0,10m.

Dimensões Padrão para os Quebra-Molas conforme aResolução do Contran n° 39/98

I - TIPO I, a sereminstalados em viaslocais, onde nãocirculem linhasregulares detransportecoletivos:a) largura: igual àda pista,mantendo-se ascondições dedrenagemsuperficial;b) comprimento:1,50c) altura: até0,08m.

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Bastam alguns minutose o cidadão que andapelas ruas de Cabo Friose depara com cones es-palhados por toda a ci-dade. Laranjas, verme-lhos ou listrados; novos,velhos, quebrados, aspeças são usadas à von-tade para garantir vagasde estacionamento. Emfrente a restaurantes, lo-jas comerciais, casas re-ligiosas e em frente aobras. Sem qualquer fis-

calização, os cones sãocolocados e retirados aqualquer hora do dia ouda noite.Em frente aos prédiosmais caros da Praia doForte os cones foram re-forçados com pneus econcreto para evitar quesejam removidos. Em al-guns casos o abuso é tan-to que o espaço utilizacones e fita amarela epreta para reservar vagasde estacionamento.

Para a prefeitura, todos oscones colocados para“guardar” vagas de esta-cionamento estão irregu-lares e serão apreendidos.- Estamos recolhendo to-dos os cones ou materiaisque não foram autoriza-dos, mas as pessoas insis-tem em querer marcarespaço. Vamos continu-ar trabalhando -, disse oCel. Gilson da Costa, se-cretário de Ordem Públi-ca de Cabo Frio.

O crescimento daconstrução civil no paísabriu vagas para todas asprofissões no setor. Alémde pedreiros, carpintei-ros e eletricistas, as cons-trutoras estão à procurade engenheiros. Muitasestão recrutando estu-dantes do último ano dafaculdade, algo que hátempos não se via naconstrução civil.

De acordo com espe-cialistas do setor, um en-genheiro recém-formadodemorava um ou doisanos para conseguir umacolocação. Hoje ele já saida faculdade com o em-prego garantido, comsalários que variam deR$ 4 mil a R$ 5 mil.

Em Arraial do Cabo,por exemplo, a prefeitu-ra precisa de engenhei-ros ou arquitetos paracompor o quadro e in-clusive assumir a Secre-

taria de Obras, mas es-barra nos baixos salários.

- Precisamos de enge-nheiros experientes.Como o município sópode pagar, em média,R$ 4 mil, não consegui-mos. Por isso estou comosecretário -, disse o vice-prefeito Reginaldo Men-des Leite, que é profes-sor de História.

No Rio, a Funasa lan-çou um concurso públi-co para uma vaga tempo-rária. Não foi preenchidaporque nenhum enge-nheiro se candidatou.

- Os poucos profissi-onais disponíveis nomercado ganham maisdo que o que a Funasaestava oferecendo -, dis-se o engenheiro MarcosRoberto Muffareg, coor-denador regional daFunasa no Rio.

Para o engenheiro civil,Humberto Quintanilha,

presidente da Asaerla, omercado aquecido valori-za os profissionais.

- As ofertas são mui-tas, e mesmo quem en-tra no serviço público re-cebe propostas tentado-ras do setor privado -,disse.

Apenas a cidade deMontes Claros (MG)coloca no mercado anu-almente cerca de 90 no-vos engenheiros. No Bra-sil são mais de 40 mil re-cém-formados no mes-mo período. Isso repre-senta apenas 10% doque seriam necessários,segundo os especialistas.Com foco em gerar mão-de-obra para atuar nasobras do Programa deAceleração do Cresci-mento (PAC), o progra-ma espera treinar 180mil pessoas, com recur-sos de R$ 150 milhõesem todo o país.

Procura-se engenheiros O abuso dos conesCones irregulares se multiplicam pelas ruas de Cabo Frio

fotos: Walmor Freitas

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Desde o mês de junho, a Câ-

mara Municipal do Rio de Janeiro

tem discutido as modificações

para o novo plano diretor da ca-

pital fluminense. Esta semana, foi

a vez do prefeito da cidade, Eduar-

do Paes, participar de uma audi-

ência pública na Comissão Espe-

cial do Plano Diretor e apresentar

suas propostas ao substitutivo nº

3 do PD, que foi elaborado pelo

governo anterior e ainda tramita na

Câmara.

A princípio, a apresentação da

prefeitura foi focada nas questões

urbanísticas e dividiu a cidade em

quatro zonas: “controlada” (zona

sul), onde seria necessário contro-

lar o adensamento populacional; “in-

centivada” (zona norte e parte de

Jacarepaguá), áreas com boa infra-

estrutura onde deve ser incentivada

a ocupação do solo; “assistida”

(zona oeste, entre Bangu e

Sepetiba), que tem prioridade no re-

cebimento de recursos públicos; e

“condicionada” (Barra, Recreio,

Vargem Grande e Guaratiba), em

que a idéia é condicionar o

Planejamento

urbano

Agostinho Guerreio - Presidente do Conselho Regional

de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (CREA-RJ)

Por Agostinho Guerreiro

Foram meses de de-dicação, muitos finais desemana em meio a deze-nas de modelos matemá-ticos e leitura de livrosde inúmeras nacionali-dades. Todo essehercúleo esforço resultounuma excelente tese demestrado intitulada:Comparação entre osmétodos de análises paralajes lisas protendidascom cordoalhas engraxa-das - Estudo de casos.

Através desse traba-lho, o associado daASAERLA, M.Sc. enge-nheiro civil SandroColonese recebeu convi-te para proferir uma pa-lestra para os membrosda Associação Brasileirade Engenharia eConsultoria Estrutural -

Dedicação, pesquisa e paciência.Resultado: Sucesso

Engenheiro Sandro

Colonese proferiu

palestra para

membros da

Associação Brasileira

de Engenharia e

Consultoria Estrutural

- ABECE

ABECE, que foi realiza-da em julho na cidadedo Rio de Janeiro.

- Trata-se de um ex-celente trabalho e degrande aplicação práticapara o sistema de lajesprotendidas comcordoalhas engraxadas,cuja utilização vem cres-cendo muito -, definiuo engenheiro civil CesarPinto, Delegado Regio-nal da ABECE-RJ, naconvocação aos associa-dos.

Importantes nomesda engenharia nacionalparticiparam do evento.Entre eles, o engenheiroBruno Contarini, res-ponsável técnico da cons-trução da ponte Rio-Niterói, autor do proje-to de estruturas do Mu-

seu de Arte Contempo-rânea de Niterói, consul-tor estrutural da Cidadeda Música e tantas ou-tras grandes obras espa-lhadas pelo mundo.

Sandro desenvolveu oassunto de maneira sim-ples e direta, transmitin-do o difícil conteúdo deforma prática. Apresentouas diferenças nos resulta-dos de análise pelo méto-do de pórticos equivalen-tes e o método de elemen-tos finitos. Com tranqüi-lidade, o engenheiro res-pondeu todas as inúme-ras perguntas e concluiua palestra sob um caloro-so aplauso.

A agradável noite foifinalizada com um bombate-papo, pizza e cerve-ja gelada.

adensamento à infra-estrutura e pro-

teção ambiental.

A definição do plano diretor é a

base do planejamento do municí-

pio, já que estabelece diretrizes

para a ocupação do solo urbano,

devendo identificar e analisar as ca-

racterísticas físicas, as atividades

predominantes e as vocações da

cidade, além de seus problemas e

potencialidades. O documento

deve traduzir os anseios dos cida-

dãos, portanto seu conteúdo deve

ser amplamente debatido por to-

das as pessoas e instituições inte-

ressadas, para que as regras defi-

nidas tenham como objetivo o de-

senvolvimento do município e de

sua população.

Por outro lado, para verificar se

seus objetivos estão sendo cumpri-

dos, é necessário criar um sistema

de planejamento para acompa-

nhá-lo durante os dez anos de sua

vigência. Afinal, o documento é es-

sencial para viabilizar uma gestão

urbana estratégica e eficaz, em be-

nefício dos que vivem no municí-

pio e de nossas futuras gerações.

Eng Civil Sandro Colonese durante palestra na ABECE

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01 - Arquiteto Luiz Fernando Lobo

02 - Arquiteto Aristarco Acioli de Oliveira

03 - Engenheiro José Arthur de Almeida Lima

04 - Engenheiro Mário Marcio Saab

05 - Engenheiro Wilmar Mureb

06 - Engenheiro José Geraldo de Abreu

07 - Engenheiro Flávio José Scali Reynaldo

08 - Engenheiro Carlos Alberto Lima

09 - Arquiteto João Santucci

Luiz Fernando Lobo, brasileiro-casado,arquiteto - Presidente.

Mario Márcio Saab de Souza, brasileiro,casado, engenheiro civil - VicePresidente.

Ricardo Valentim de Azevedo, brasileiro,casado, engenheiro civil - DiretorFinanceiro

Raul Antônio Roberto Lora Lascano,boliviano, casado engenheiro civil -Secretário.

Sérgio Paladino Solano, Brasileiro,casado, engenheiro civil - Representanteda Associação na comissão Municipalde Desenvolvimento Urbano.Nikolaos Eleftherios Nikolau, brasileiro,casado engenheiro civil - Diretor deAtividade Social e Relações Públicas

Muito antes de existiroficialmente, a Asaerla dava osprimeiros sinais de união entreprofissionais da construção civil naregião. Reunidos em bares, em obrase nos finais de semana, os poucosprofissionais que trabalhavam naregião se encontravam para trocarexperiências e fortalecer a classe. Nodia 21 de junho de 1977, aAssociação dos Arquitetos eEngenheiros da Região dos Lagos,ASAERLA deu o primeiro passo parafazer história no estado.

A maioria dos fundadores daAsaerla continua na ativa. Oprimeiro presidente da

Asaerla foi o arquiteto LuizFernando Lobo, hoje com 66 anos.

Asaerla 32 anos história

José Arthur de Almeida Lima, brasileiro,casado, engenheiro civil - Representanteda Associação na Comissão Municipalde Desenvolvimento Urbano

Aristarco Acioli de Oliveira, brasileiro,casado, arquiteto - Membro do ConselhoDiretor.

Francisco Manuel da Rocha Guimarães ,brasileiro, casado, engenheiro civil

Salvador Maiques Alves, brasileiro,solteiro, engenheiro civil.

Paulo César da Fonseca Pereira Soares,brasileiro, casado, engenheiro civil.

José Deguchi, brasileiro, casado,engenheiro eletricista.

Cabo Frio, 21 de junho de 1977

Primeira diretoriaTranscrito da Ata de reunião conforme o registro em cartório

10 - Arquiteta Marcia Cabral Faria

11 - Engenheiro Juarez Marques Lopes

12 - Engenheiro Fernando Luiz de

Figueiredo Cardoso

13 - Engenheiro Luciano Silveira

14 - Engenheiro José Arthur de Almeida

Lima

15 - Engenheiro Humberto Sanchez

Quintanilha

Presidentes da Asaerla:

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Julho / Agosto 200910Asaerla 32 anos

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Julho / Agosto 2009 11confraternização

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Julho / Agosto 200912Asaerla 32 anos

Ao Sr. Eng°. RICARDO VALETIN DE AZEVEDOEntregou o Engº. Raimundo Nogueira(foto 1)

Ao Sr. Engº. RAUL ANTÔNIO ALBERTO LORALAZCANOEntregou o Engº. Marco Aurélio(foto 2)

Ao Sr. Engº. JOSÉ ARTUR DE ALMEIDA LIMAEntregou o Engº. Humberto Quintanilha(foto 3)

Ao Sr. Engº. SALVADOR MAIQUES ALVESEntregou o Engº. Raimundo Nogueira(foto 4)

Ao Sr. Engº. PAULO CESAR DA FONSECAFERREIRA SOARESEntregou o Engº. Marco Aurélio(foto 5)

Ao Sr. Engº. JOSÉ DEGUCHIEntregou o Engº. José Deguchi Júnior (filho)(foto 6)

Ao Sr. Engº. SÉRGIO PALADINO SOLANOEntregou o Engº. Milton Lima(foto 7)

Ao Sr. Engº. MÁRIO MÁRCIO SAAB DE SOUZAEntregou o Engº. Marius Marcel Antunes deSouza (filho)(foto 8)

Ao Sr. Arqtº. ARISTARCO ACIOLI DE OLIVEIRAEntregou o Engº. Luis Sergio(foto 9)

Não puderam comparecer para receber:

Sr. Engº. LUIZ FERNANDO LOBO

Sr. Engº. NIKOLAOS ELEFTHERIOS NIKOLAU

Sr. Engº. FRANCISCO MANOEL DA ROCHAGUIMARÃES

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homenageadosNa grande festa que reuniu mais de 200 pessoas no salão nobre do Costa

Azul Iate Clube, profissionais da construção civil, patrocinadores, parceiros eautoridades aplaudiram a homenagem feita a todos aqueles que se destacaramao longo da existência da entidade. A professora e apresentadora Eliane Ribeirofez questão de ler o texto da placa entregue aos homenageados:

“Na comemoração de 32 anos da ASAERLA - Associação de Arquitetos eEngenheiros da Região dos Lagos, prestamos justa homenagem ao

sr......................... por considerá-lo um dos grandes empreendedores quetransformam sonhos em realidade”

Julho de 2009 - Humberto Quintanilha - Presidente

Durante a festa em comemoraçãopelo aniversário de 32 anos daASAERLA, o Diretor Social daentidade, Engº. Milton Lima,anunciou, em primeira mão, arealização do “1º Fórum Nacional deTecnologia para Construção

Sustentável - Búzios/RJ”. Será oprimeiro fórum a ser realizado pelaASAERLA na região. Será um eventode grande porte e com palestrantesreconhecidos em todo o Brasil.Segundo Milton, este evento se daráainda no ano de 2009.

1º Fórum Nacional de Tecnologia para Construção Sustentável - Búzios/RJ

A ASAERLA anuncia:Vem aí, pela primeira vez naregião, um fórum sobresustentabilidade com asmaiores autoridades doassunto.

Fiquem atentos.

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Aterro sanitário vai beneficiar 360 mil moradoresO projeto da construção de um

aterro sanitário para atender osmunicípios de Araruama, Silva Jardim,Arraial do Cabo e Saquarema começaa sair do papel. O prefeito deAraruama, André Mônica participourecentemente de encontro com ogovernador Sérgio Cabral e a secretáriade Ambiente, Marilene Ramos, noPalácio Guanabara, em Laranjeiras paraassinatura do contrato e elaboração deprojeto do aterro sanitário.Implantado em Saquarema, o novolocal para colocar o lixo vai beneficiarcerca de 360 mil moradores da Regiãodos Lagos.

De acordo com André Monica, aSecretaria de Obras do Estado vairealizar, em novembro, a licitação paraa escolha da empresa que construirá ocentro de tratamento. A implantaçãodo aterro integra o Pacto peloSaneamento: Rio Limpo, Lixão Zero,lançado ano passado pelo Governo doEstado. A idéia é ampliar de 25% para

80% a coleta e tratamento de esgotoe erradicar os lixões do Estado do Riode Janeiro em 10 anos e para isso, cercade R$ 5 milhões serão investidos.

O governador Sérgio Cabralanunciou também o aumento dosrecursos do Fundo Estadual paraConservação Ambiental (Fecam) coma ampliação de 10% dos royalties dopré-sal, e afirmou: “Isso é fruto de umconsórcio de trabalho. Nós aprovamoso ICMS Verde, uma lei em que osmunicípios precisam ficar atentos. Otratamento de lixo e esgoto contapontos para a recepção desses recursos,importantes na gestão de cadaprefeitura”.

A secretária de ambiente, MarileneRamos, disse que os lixões são umadoença e um verdadeiro drama sociale ambiental no Rio.

- Estamos avançando muito na áreaambiental. O aterro sanitário ésolução, não é lixão -, afirmou asecretária.

Drenagem do Rio Una ameaçada

O trabalho de drenagem do RioUna pode ficar por menos da metadedo previsto. Pelos cálculos do Inea ape-nas três quilômetros será dragado atéo final deste ano. Os outros 27 quilô-metros precisam de mais verba paraque a obra seja concluída.

De acordo com o engenheiro TúlioVagner, superintende regional do Inea,o trabalho desenvolvido no momentoé apenas emergencial para tratar dosgargalos que provocam alagamentos emtempos de chuvas naquela área.

- Precisamos de um projeto maiorpara trabalhar em toda a extensão do RioUna e seus afluentes. Para isso é precisomais verba. Já estamos conversando como consórcio Lagos São João para encon-

trar formas de captar recursos -, disse oengenheiro, que tem visitado pessoal-mente os trabalhos no rio Una.

O subprefeito da zona rural, BetoNogueira, disse que o trabalho está embom ritmo e que entende as dificul-dades de se realizar obras em todos 30quilômetros do rio que deságua no rioSão João.

- Foram mais de 30 anos sem obrasde manutenção. Agora, os estudosapontam que precisamos, pelo menosde dois a três anos de obra nas mar-gens do rio -, disse Beto.

Pelo convênio, máquinas, equipa-mentos e técnicos são fornecidos peloestado; a manutenção, combustível eapoio fica por conta da prefeitura.

Prezado Senhor,

A ASAERLA – Associação de Arquitetose Engenheiros da Região dos Lagos,neste ano em que completa 32 anos defundação, assumiu sua verdadeiraposição frente às cidades que abrange.Seus profissionais tem se destacado emdiversos setores públicos eempresariais. Seus eventos, festivos,cívicos e culturais, como fóruns,seminários, palestras e cursos, têm sidoamplamente comentados e elogiados.Em especial a sua par ticipação naECOTECH e a realização do 1º Fórumde Tecnologia para ConstruçãoSustentável, a ser realizado emArmação dos Búzios, em novembropróximo. Por fim, seu informativobimestral tem atuado como um veículode comunicação realmente importante ecomo a verdadeira voz da classe juntoaos fatos nas cidades da região.Denunciando, criticando, elogiando esugerindo. Fazendo enfim, o papel quecabe aos engenheiros e arquitetos dentrode suas comunidades.

E tudo isso demanda custos.

Diante disso, conforme reunião realizadano dia 15 de julho de 2009 com osfuncionários do CREA-RJ, Sr. PauloTaranto e Sra. Cínthia Athié, e tento emvista a importância que o repasse deverbas tem para a nossa entidade, vimossolicitar as seguintes informações:

1. Quantidade de ART’s recolhidas,incluindo o valor total em reais, nos anosde 2007, 2008 e de janeiro a junho de2009, nos municípios de Cabo Frio,Arraial do Cabo, Armação dos Búzios,São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande eAraruama;

2. Valor, em reais, do total de ART’srecolhidas, nos anos de 2007 e 2008 ede janeiro a junho de 2009, nosmunicípios de Cabo Frio, Arraial doCabo, Armação dos Búzios, São Pedroda Aldeia, Iguaba Grande e Araruama,tendo a ASAERLA como entidadebeneficiada;

Cabo Frio ,03 de agosto de 2009.

AoCons. Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia doEst. do Rio de Janeiro – CREA-RJA/C Eng. Agrônomo Agostinho Guerreiro - PresidenteRua Buenos Aires, 40 – 2o andar – Centro - Rio de Janeiro – RJ

Ref.: Valor do repasse da ART.

3. Quantidade de ART’s recolhidas, emexigências, incluindo o valor total emreais, de janeiro a junho de 2009, nosmunicípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo,Armação dos Búzios, São Pedro daAldeia, Iguaba Grande e Araruama;

4. Quantidade de ART’s recolhidas,incluindo o valor total em reais, dejaneiro a junho de 2009, nos municípiosde Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armaçãodos Búzios, São Pedro da Aldeia, IguabaGrande e Araruama, tendo a ASAERLAcomo entidade beneficiada;

5. Quantidade de ART’s em exigência,recolhidas nos municípios de Cabo Frio,Arraial do Cabo, Armação dos Búzios,São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande eAraruama, no período de janeiro a junhode 2009, tendo a ASAERLA comoentidade beneficiada;

6. Itens do formulário de ART que a fazficar em exigência;

7. Item nas ART’s dos municípios deCabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dosBúzios, São Pedro da Aldeia, IguabaGrande e Araruama que aparece com omaior índice de exigência;

8. Se o preenchimento do campo 27 daART faz a mesma ficar em exigência, nãogerando repasse para as entidades;

9. Situação cadastral do convênio daASAERLA com o CREA-RJ.

Obs.: Para os itens 1 ao 5 solicitamosrelacionar os quantitativosindividualmente para cadamunicípio.

Sem outro particular, colocamo-nos adisposição para esclarecimentosnecessários e desde já agradecemos aprestimosa atenção.

Atenciosamente,

Humberto Sanchez QuintanilhaPresidente

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Julho / Agosto 200914

PROFISSIONAL – ASAERLA

Luis Césio de Souza Caetano AlvesEngenheiro Mecânico

Apaixonado pela profissão. Éassim que definimos o enge-nheiro Luis Césio de SouzaCaetano Alves (59), natural deCampos dos Goytacazes. Dopai, herdou o gosto pela enge-nharia. Inclusive o nome“Césio” foi escolhido quando opai ainda cursava a faculdadede “engenharia química” e obebê ainda nem havia nascido.O nome agradou tanto que estána família pela terceira geração.

- Tenho identidade muitogrande com a engenharia, desdeo meu nome. Meu pai eraengenheiro químico e o “Césio”foi dado ao primogênito. Comominha mãe não gostou muito,acrescentaram o Luis. Omesmo aconteceu com meuprimeiro filho e meu neto;ambos herdaram o Luis Césio -,orgulha-se.

Formado em engenharia defabricação mecânica pelaUniversidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e pós-graduadoem engenharia mecânica naGama Filho e especialização emengenharia de segurança, LuisCésio, diz torcer para que o netose apaixone pela profissão.

- Não trabalho mais comoengenheiro, hoje estou comoadministrador. A única funçãoque exerço da engenharia é desegurança do trabalho, área queestá em ascensão principal-mente por ser um requisito doMinistério do Trabalho. Torçopara que meu neto siga estáprofissão. Já meu filho optoupela publicidade -, comentou.

Presidente do Conselho daRepresentação Regional da

Firjan no leste fluminense eDiretor Corporativo da Sal Cisne,Luis Césio Caetano relembra dasua trajetória profissional eafirma atuar em defesa dosinteresses da indústria salineirafluminense.

- Sempre trabalhei emempresa, no Rio de Janeiro.Logo após ter me formadotrabalhei numa empresa quefazia isolamento térmico, noqual utilizava minha formaçãotécnica. Cheguei a Cabo Frio em1984, onde comecei a trabalharna Refinaria Nacional de Sal,(Sal Cisne). Depois mudeiminha atuação dentro darefinaria na área industrial.Voltei à capital para integrar aparte mais corporativa daempresa. Hoje dedico muito domeu tempo à Federação dasIndústrias -.

No segundo casamento epai de dois filhos e com umneto, o engenheiro diz gostar davida ao ar livre, caminhar eestar em contato com osamigos.

- Gosto muito de ler, masprefiro uma leitura mais atual,não gosto de clássicos. Todoano escrevo na minha agenda“É possível melhorar”. Acreditoque devemos sempre estarindo ao encontro do desafio.

Depois da publicação noinformativo da Asaerla sobrea falta de manutenção queameaça o prédio da FazendaCampos Novos, a prefeituracriou uma comissão para tra-tar do assunto.

De acordo com a assesso-ria municipal, representantesde secretarias estão elaboran-do um projeto para nova uti-lização da fazenda.

O objetivo é unir o projetoao plano de restauração da fa-zenda em parceria com oIPHAN e o INEPAC. Discu-tem o assunto representante daSubprefeitura Rural, das secre-tarias de Agricultura, MeioAmbiente, Educação, Cultura,Turismo, Indústria e Comér-cio, Ciência e Tecnologia, Pro-moção Social e Planejamento.

A idéia é transformar a Fa-zenda Campos Novos em umCentro de Difusão Cultural,explorando diversas atividades.Uma possibilidade é criar naárea externa da fazenda o Par-que Municipal de Cabo Frio;outra idéia é criar um espaçode educação ambiental, comvisitação das escolas. Há tam-bém a pretensão de exploraçãoturística, e para isso a fazendairá dispor de um restaurantecampeiro, e os visitantes terãoà sua disposição atividadescomo caminhada ecológica,cavalgada, lago de pesca e feirade artesanato regional.

Fazenda Campos Novos podese transformar em centro culturalAsaerla sugere discussãotécnica porque parte doprédio já está interditadoameaçando cair

Outros projetos estão pre-vistos para funcionar na fazen-da, como por exemplo, umacasa de fabricação de farinhaartesanal e box para venda dehortaliças e leguminosas orgâ-nicas produzidas no própriolocal. Um dos destaques é oque se poderia chamar de “car-ro chefe” dos projetos: a cria-ção do Museu de HistóriaNatural “Caminhos deDarwin”. A idéia é explorar oturismo e inserir a fazenda nocircuito de visitação do Minis-tério da Ciência e Tecnologia.

Campanha pelarestauração do prédio

A Secretaria de Agricultu-ra pretende lançar ainda emagosto uma campanha pelarestauração e preservação daFazenda Campos Novos, comobjetivo de transformá-la emum Centro de Difusão Cul-tural, Econômico e Turístico,com restaurações que possibi-litarão uma visibilidade turís-tica para a Região dos Lagos.

A sociedade cabofriensepode atuar ativamente nestacampanha enviando sugestõesde artes gráficas para elabora-ção de cartaz, folder e frasesde impacto para campanha.

Segundo o chefe de admi-nistração da fazenda, Jonatas

Carlos, esse espaço abertopara a colaboração da socie-dade na campanha é uma for-ma de aproximar a populaçãode um patrimônio público degrande importância paraCabo Frio.

- Convidamos a sociedadepara participar desta campa-nha, enviando idéias e suges-tões para o nosso e-mail“[email protected]”.Solicitamos a colaboração detodos para ser uma campanhanossa, não apenas da prefeitu-ra -, observou Jonatas Carlos.

Asaerla quer discussãomais técnica

Antes mesmo de colocarem prática campanhas de uti-lização da Fazenda Campos, aAsaerla sugere uma discussãotécnica com IPHAN,INEPAC e órgãos municipaisenvolvidos, para tratar da res-tauração estrutural do prédio,que em alguns pontos já ame-aça cair. A parte de cima, in-clusive, já está interditada e asvisitas turísticas e de escolasestão suspensas.

- Precisamos primeiro es-tudar de que forma será res-taurado o prédio sem afetar ovalor histórico e depatrimônio -, disse um dire-tor da Asaerla.

Dalila Tardelli

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Julho / Agosto 2009 15

David Barreto - Secretário de Meio Ambiente de Arraial do Cabo

“A sociedade tem se mostrado muito consciente com relação à preservação ambiental”

Experiência sobre os problemas ambientaisque afligem a região, o professor cabista DavidBarreto tem de sobra. Biólogo, formado pelaFerlagos e com mestrado em ciênciasambientais pela Universidade FederalFluminense (UFF), David enfrenta o desafiode recuperar parte da vegetação nativa e im-pedir novas invasões em Arraial do Cabo, ondefoi nomeado secretário de meio ambiente.- Sou cabista e já trabalhei na secretaria comotécnico, mas agora temos que resolver opassivo ambiental e ainda colocar em práticanovos projetos. É a corrida contra o tempo -,diz David, que se divide entre a nova função eministrar aulas em outras cidades.

Asaerla - O sr. é concursado?David - Como professor souconcursado em Búzios, no estado comoprofessor universitário. Também douaulas na Estácio e no Cefet, na área demeio ambiente. E agora estou comosecretário pela primeira vez.

O sr. conhece os problemas existentesna região. Existe um plano pararesolvê-los?Demos prioridade para sanar ospassivos ambientais do município,como a ocupação irregular e a questãode destinação do lixo.

E a ocupação irregular?Concentramos nossas atividades primeiroem Monte Alto, depois em Massambaba.Temos ali uma área com risco dealagamento, onde o mar sobe e ocorreum fenômeno chamado cabeça d’água,que nada mais é que uma forte ressaca.

Mar e lagoa podem se unir? É possível?Sim, justamente na restinga deMassambaba, numa localidadeschamada de Poças, em Monte Alto(poças porque alaga). Dependendo daforça dessa ressaca ela pode subir ocontinente, passando pelos canais demaré e se unindo à Lagoa de Araruama.

Aconteceu há pouco tempo?Essa ligação já não ocorria há dez anos,mas em abril desse ano tivemos umaalerta porque o mar subiu bem e alagoutoda aquela localidade que está sendopressionada por essa ocupação irregular.

Quais as área de maior risco?As áreas de maior pressão são a restingade Massambaba, com o foco em MonteAlto, em Figueira como o Parque dasGaivotas, onde a faixa marginal deproteção também é atacada por essasocupações irregulares, e nas encostas domunicípio, principalmente no Morroda Cabocla, no centro.

O sr. recebe algum apoio?Sim, trabalhamos junto com aSecretaria de Obras e de Habitação domunicípio. Trabalhamos em conjuntoporque os recursos são escassos. Agoraobtivemos recursos do INEA, quecedeu equipamentos como maquinárioe retro-escavadeira.

O sr. está pedindo ajuda?Para a Secretaria de Estado doAmbiente, que tem a Ceca (ComissãoEstadual de Controle Ambiental) que

W2 Imagens

é um órgão com objetivo de coordenar,supervisionar e controlar o uso racionaldo meio ambiente no Rio de Janeiro.Também conto com a ajuda doBatalhão Florestal e do 25° BPM, queenviam homens para atuar na segurançadas operações, inclusive até parapodermos encaminhar os infratores paraa delegacia, conforme a necessidade.

O Batalhão Florestal tem sede naregião?Em Praia Seca, ao lado da sede deMassambaba. Temos um resultadopositivo de ação, mais de 50desfazimentos em todo municípionesses primeiros seis meses. E a maioriana localidade de Poças, em Monte Alto.

Qual o prejuízo ambiental para asespécies nativas?Nessas localidades de restinga, ondeexistem cordões arenosos, a vegetaçãonos auxilia na barreira de nossas costas.Uma vez que se retira vegetação, destróio cordão arenoso. Temos verificado muitoisso. Há destruição de dunas para fazero aterro dessas ocupações, e aí a costafica desprotegida. Então o mar, que seriadefendido por essa barreira costeira (quenão existe mais), sobe com facilidade eocasiona danos à população.

Como a comunidade pode ajudar?Estamos colocando placas deinformação nas áreas de preservação ede risco. Alertamos a população queantes de comprar qualquer terreno,negociar ou construir, deve procurar aSecretaria de Meio Ambiente para seinformar. Se for preciso, o cidadão deveentrar com um processo administrativopara saber sobre a legalidade da área,para depois não ter o IPTU canceladoou a casa demolida.

Em todo o município?Sim, principalmente em Monte Alto,porque o município sofreu uma açãodo Ministério Público Estadual em2006. A sentença judicial obriga omunicípio a fazer a demolição deocupações irregulares em andamentonessas localidades.

Existe algum levantamento daprefeitura para evitar invasões?A Secretaria de Habitação tem umaassistente social e na hora da operaçãoé tomada uma decisão em conjuntocom todos os órgãos que estãoparticipando. É feito uma triagem e oreconhecimento de cada construção.Havendo sinais verdadeiros dehabitabilidade, não podemosdesobedecer uma decisão judicial .

A prefeitura tem feito vistorias?Fazemos vistorias de rotina. Até mesmoa questão de segurança para nossaequipe de fiscalização é levado em contatambém. Não podemos fazer inspeçãodo local sem ter um aparato desegurança. É fundamental a gente teresse cuidado com a integridade dosnossos fiscais.

E a sociedade já percebeu todo otrabalho da prefeitura?Temos recebido muitas denúncias. Asociedade se mostra muito conscientecom relação à preservação ambiental equalquer indício de ocupação irregular,a gente recebe a denúncia. Asadministrações regionais de Monte Altoe Figueira também são os nossos olhosnesses locais.

As invasões são de pessoas de fora?Detectamos um fluxo de pessoas quevem da Baixada e Norte Fluminense.

E nas encostas próximas às praias?Realizamos operações lá em cima.Detectamos também as mesmassituações de construção em andamento,que já foram demolidas. Três entraramcom liminar para impedir que aprefeitura fizesse demolições, que estãosendo monitoradas. Como a gente nãopode demolir, eles também não podemconstruir. Eles não tinham licença deobra e a área é particular. A área doMorro da Cabocla pertence àCompanhia Marina do Cabo. Játivemos várias reuniões e eles estãoreforçando seu patrulhamentoparticular da área, evitando novasinvasões .

E Porto do Forno? Algumas empresasqueriam transportar minério por aqui.Qual a solução?O que está sendo pedido é licençaambiental do porto, para as atividadesque já existem e com possibilidadesde outras atividades. De minério eunão tenho conhecimento. O porto temum departamento próprio de gestãoambiental e qualquer atividade que forproposta ali é alvo de licenciamentode competência do IBAMA ou doINEA.

Existe alternativa para transporte decaminhões do porto?Está sendo implantado um plano detrafegabilidade para que os impactosdessa trafegabilidade na população sejareduzida.

Hoje a comunidade está maisconsciente? Tem algum trabalho nasescolas para que se crie uma cultura dedefesa ao meio ambiente?O governo entendeu nesse ano quedeveria reforçar a questão dos projetosambientais e educação ambiental.Concentramos nossas atividades com aquestão da gestão do licenciamento daqualidade ambiental e a FundaçãoAmbiental se concentra nos projetosrelacionados a captação de recursos eprojetos de educação ambiental, só quetodas duas instituição trabalham fortecom a questão de educação, dacomunicação.

Arraial ainda não aderiu ao aterrosanitário?Municípios vizinhos como Saquarema,Araruama, Silva Jardim e Arraial nãoaderiram porque não tiveram condiçõesde pagar o alto valor do custooperacional.

Walmor Freitas

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Julho / Agosto 200916

As mudanças opera-cionais no Inea come-çam a dar resultados po-sitivos. Essa é a avaliaçãodo engenheiro TúlioVagner dos SantosVicente, 50 anos, supe-rintendente regional doórgão para os municípi-os de Silva Jardim, Ara-ruama, Cabo Frio, Ar-mação de Búzios, Saqua-rema, Iguaba Grande,São Pedro da Aldeia, Ar-raial do Cabo e, parcial-mente, os municípios deRio Bonito, Cachoeirasde Macacu, Casimiro deAbreu e Maricá.

As ações estão con-centradas nas áreas de fis-calização, licenciamentoe monitoramento. Se-gundo o engenheiro, anova orientação mobili-za equipe de 30 pessoase prevê avanços imedia-

Inea promete intensificar fiscalização

tos como a instalação deum laboratório em Ara-ruama, para análises deáguas e balneabilidadedas praias e um postoavançado em Cabo Friopara atender tambémArraial, Búzios e SãoPedro da Aldeia.

- Estamos bem adian-tados e devemos instalaro posto no TerminalMarítimo de Cabo Frio-, disse Túlio durante vi-sita à sede da Asaerla,quando foi recebido pe-los diretores Juarez Lopese Luis Sérgio.

Licenciamento

Com a criação do Inea,o licenciamento ambien-tal ficou descentralizado,o que, segundo TúlioVagner, tornou mais fácila fiscalização. Cabo Frio

já está autorizado a licen-ciar empreendimentos depequeno porte.

- A descentralizaçãotem por objetivo agilizaro processo de licencia-mento -, disse, lembran-do que quando a novaequipe assumiu a regional,havia cerca de 450 proces-sos parados no órgão.

- Eram de 95 até2000, 2002, 2004 e2005. Trabalhamos paraanalisar os processos maisantigos e priorizar osprocessos públicos deprefeituras e concessioná-rias como Ampla, Prola-gos e Juturnaíba -, disse.

A estimativa é que,dos 170 processos aindaem análise, até o final doano fiquem apenas oscompromissos de 2009.

Túlio Vagner disseainda que o órgão traba-

Com o convênio en-tre Estado e municípi-os, Cabo Frio passou alicenciar obras de pe-queno porte comolavajato e oficinas me-cânicas. A construçãodo edifício-garagem,que está a todo vapor naesquina da rua MiguelCouto com Raul Veiga,já foi autorizado pelonovo sistema.

- Licenciamos por-que todos os requisitosforam cumpridos pelosconstrutores -, garanteo biólogo AlcebíadesTerra, secretário deMeio Ambiente deCabo Frio.

A aprovação de pro-jetos é uma preocupa-ção constante da Asaerla.Alguns profissionaistêm reclamado que asexigências da prefeitura

vêm aumentando para aliberação de obras, oque contraria o convêniocom o estado para a li-beração de obras de pe-queno porte.

- As regras não es-tão claras e o Inea pre-cisa agir com rigor paraque a prefeitura cum-pra o acordo e trate to-das as licenças da mes-ma forma -, disse o en-genheiro Juarez Mar-ques Lopes, diretor demeio ambiente daAsaerla.

O Inea regional tema responsabilidade ain-da sobre as baciashidrográficas dos riosSão João e Una, baciascontribuintes ao Com-plexo Lagunar deSaquarema, Jaconé eAraruama, e bacias dolitoral de Búzios.

Obras em Cabo Friojá foram licenciadas

lha em total sintoniacom o MP com cerca de100 processos. No iní-cio eram 270.

Além disso, explicou oengenheiro, todas as cons-truções embargadas estãorespeitando a fiscalizaçãoe providenciando a docu-mentação necessária.

- As pessoas constru-íam de qualquer manei-ra. Por isso temos maisde 30 processos em an-damento -, disse.

Segundo Túlio, a re-gional ganhou em qua-lidade com a fusão dosórgãos. Quatro fiscaiseram da Serla, doiseramda Feema e oito téc-nicos na fiscalização.

- Cada um traz umaexperiência. Faltamainda mais profissio-nais, mas avançamosmuito -, avalia.

Walmor Freitas

Walmor Freitas

O engenheiro Túlio Vagner dos Santos explica o funcionamento do INEA na região

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Julho / Agosto 2009 17

Uma nova ponte para Cabo Friopor Luiz Carlos da Cunha Silveira

engenheiro eletricista

O centro urbano deCabo Frio surgiu e desen-volveu-se, durante três sé-culos, ilhado entre o ocea-no, o canal e a lagoa, de-pendendo de embarcaçõespara manter o contato como continente. Finalmente,em 1898, inaugurou-se aprimeira ponte, denomi-nada Miguel de Carvalho,mesmo assim para atenderao projeto de trazer o trematé Cabo Frio. Tendo essaponte ferroviária desabadoem l920, foi substituídaem1926 pela atualFeliciano Sodré, duplicadarecentemente pela moder-na ponte DeputadoMárcio Corrêia (todas trêsentre os morros da Guia edo Telégrafo).

Enquanto isso, emoutro local, entre o BaixoGrande e a Ponta doAmbrósio, foi inaugura-da em 1960 a ponte danova estrada para a fábri-ca nacional de Álcalis(substituída há poucotempo por outra maisalta, e de mão dupla, ba-tizada como WilsonMendes), ligando a Praiado Siqueira, em CaboFrio, ao Baixo Grande,em São Pedro da Aldeia,por motivo distinto doatendimento ao cresci-mento urbano de CaboFrio: era parte da rodoviaSão Pedro-Arraial doCabo (RJ-140), cons-truída para atender a re-cém inaugurada FábricaNacional de Álcalis, masque sem dúvida evitouque a Feliciano Sodré en-trasse em colapso, ao ca-nalizar o tráfego de en-trada e saída da cidadepara a outra extremidadeda mesma. Esta novaponte, contudo, tendosido construída a toque

de caixa para inauguraçãoda Álcalis pelo presiden-te Jucelino Kubitscheknaquele seu embalo de“fazer cinqüenta anos emcinco”, o foi como um di-que aterrado sobre a la-goa (exceto dois curtostrechos, um sobre o ca-nal Palmer entre a Ilha daConceição e a Praia doSiqueira e outro de 25 ou30 metros extremidadeoposta, no Baixo Gran-de), prejudicando sensi-velmente a navegação na-quele trecho, inclusiveinviabilizando algunsprojetos de marinas nalagoa. Recebeu o nomedo autor do hino muni-cipal de Cabo Frio (letrae música), VictorinoCarriço.

Para piorar, a obracomplementar a esta pon-te, a construção da novarodovia ligando SãoPedro da Aldeia ao Arrai-al do cabo (RJ-140) nofinal dos anos cinqüenta,visando atender à recém-inaugurada Fábrica Na-cional de Álcalis, provo-cou também séria agres-são ambiental às dunas eà orla como um todo, emfunção de seu novo traje-to que deixou de seguir aprimitiva estrada velha doArraial (atual Rua AdolfoBeranger Júnior) em seutrajeto inteligentementeeqüidistante do mar e dalagoa, o qual corria pelalinha média da restinga,em prolongamento dire-to da Avenida Teixeira eSouza.

De fato, a nova rodo-via passou direto peloatual rodo e avançou per-pendicularmente sobre apraia, fazendo curva fe-chada e perigosa, em90°, quase já na linha da

maré alta, cortandocomo faca todo o grandecampo de dunas da área.Consequentemente, aose aproximar do final dapraia, na área do pontal,a estrada vê-se forçada arecuar para oeste tudo oque havia avançado a les-te em seu início, tornan-do seu trajeto no trechoCabo Frio-Arraial maislongo do que seria neces-sário, a rigor quase o do-bro da distância no casoda alternativa propostamais adiante. O motivodo aparente absurdo eravalorizar toda a extensãoda Praia do Forte, ao lon-go da qual corria o traje-to assim adotado.

Quanto às dunas, nãoaceitaram ser divididas eprosseguem há quasemeio século cobrindo con-tinuamente o asfalto, emseu deslocamento para su-doeste impulsionadaspelo vento nordeste, obri-gando o poder público aremover indefinidamente,com caminhões eescavadeiras, toneladas deareia que, de outro modo,rapidamente enterrariamem profundidade todoaquele trecho rodoviário.De fato esta nova rodoviaestimulou, apenas por suapresença, a ocupação detoda a orla entre a citadacurva e o Pontal (Fogue-te, etc.) até o limite da

maré, com várias casas su-jeitas até a inundações nocaso de ressacas particu-larmente fortes.

Por outro lado, o pro-jeto inicial da Álcalis, nosanos quarenta do séculopassado, previa a implan-tação de um ramal de fer-rovia inciando-se na esta-ção de São Pedro da Al-deia da Estrada de FerroMaricá e seguindo até aPraia dos Anjos no Arrai-al, local do único porto deáguas profundas entre asbaías de Guanabara e Vi-tória, ramal este que ul-trapassaria a lagoa no úl-timo ponto estreito damesma, entre a EnseadaMaracanã e o corpo prin-

cipal da lagoa, indo daPonta da Areia para a Pon-ta dos Macacos, utilizan-do a Ilha das Pombascomo ponto de apoio nomeio da passagem, vindoa seguir a interconectar-se com a ferrovia particu-lar das Salinas Perynas,que já possuía seu próprioporto na Praia dos Anjos.

Embora nada disso te-nha vindo afinal a ser fei-to, este trajeto seria o ide-al, a meu ver, para umanova ponte rodoviária,complementar à do BaixoGrande, que prolongasse oatual término da Via La-gos ao longo da penínsulada Praia do Sudoeste deSão Pedro até, já do outrolado na restinga, terminarna curva da Estrada Velhado Arraial muito próximado aeroporto internacional(facilitando enormementeo acesso de e para, de pas-sageiros e cargas, através deum acesso muito mais rá-pido e direto), e atenden-do assim, além deste, trêsramificações diretas e jáexistentes: para Cabo Frio,pelo trecho da EstradaVelha hoje denominadoAv. Adolfo Beranger Júnior;para o Arraial, pelo trechoda Estrada Velha na dire-ção oposta até seu encon-tro com a Estrada Nova(RJ-140); e para a restingada Massambaba, pela bi-furcação à direita, tambémda Estrada Velha, que atra-vessa a ponte da comportada eclusa da Álcalis. Estanova estrada desafogariatotalmente todo o atualtrecho entre o final prema-turo da Via Lagos e o Ar-raial, que passa por SãoPedro, Campo Redondo,Vinhateiro, Baixo Grande,Av. América Central, etc.,nos quais a RJ-140 já fi-cou convertida em típicaavenida de área urbanacongestionada.

Azul - Rodovias existentesVerde - Estrada de ferro projetadaVermelho - Rodovia projetada

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Julho / Agosto 200918

É possível ter idéia da pujança eco-nômica de uma nação pelo conhecimen-to do nível de atividade na indústria daconstrução civil. Motor e termômetro daeconomia, este setor é terreno fértil parao estudo das engenharias.

Em um campo reconhecidamenteconcentrador de mão-de-obra, é

Risco da Atividadede Pavimentação Asfáltica

Por Luciano Silveira *

equivocada a abordagem estritamente tecnicista, com foco naEngenharia Civil, em detrimento de aspectos importantes de gestão.

Cabe a Engenharia de Segurança promover sua inserção como umdos principais atores na discussão da indústria da construção civil,trazendo, à luz da relevância, a preocupação com os riscos inerentes,potenciais causadores de perdas humanas, ambientais e materiais.

Este artigo defende o efetivo gerenciamento da segurança e saúdedo trabalhador na indústria da construção civil pesada voltada para amanutenção de rodovias, mais especificamente na atividade depavimentação asfáltica.

Ao observar uma obra de manutenção de rodovia com uma áreapavimentada em torno de 20.000 m2, a obra foi dividida em 04 (quatro)serviços, cada uma representando uma etapa da obra: imprimaçãomecanizada da área a ser pavimentada executada pelo espargidor;transporte do concreto asfáltico executado por caminhões; distribuiçãoe espalhamento do concreto asfáltico executado pela acabadora; ecompactação do concreto asfáltico executado pelos rolos depneumáticos e vibratórios.

De posse de informação visual fornecida por uma matriz de risco,a maior concentração de riscos é de intolerável e moderado. Issoreflete nitidamente a precariedade em que se encontra atividade comoum todo no tocante à avaliação e controle dos riscos inerentes.

Analisando qualitativamente o sistema da análise preliminar de

risco por serviço e considerando os critérios adotados para estabelecerum ranking dos graus de riscos, verificou-se que a compactação doconcreto asfáltico executado pelos rolos de pneumáticos e vibratóriosapresenta maior potencial de risco para atividade de pavimentaçãoasfáltica.

Objetivamente, os principais riscos encontrados na obra analisada

foram os de acidentes, como os atropelamentos e quedas de pessoasdos equipamentos, e os químicos devido à intoxicação com vapores epoeiras provenientes do asfalto. Especificamente, este último, é dignode nota, uma vez que concorre para patogenicidade do ambiente nãosó o vapor asfáltico, como também, poeiras químicas e insolação,constituindo dessa forma, um autêntico risco combinado.

* Luciano Silveira é Engenheiro Civil e Engenheiro deSegurança do Trabalho, Mestrando em Engenharia Civil,UFF e Ex-Presidente da Asaerla

A importância da manutenção preventiva

A maioria de acidentesprediais é causada por falha demanutenção. Os noticiáriosalertam para diversos aciden-tes prediais, com vítimas fatais,nas edificações brasileiras. Acâmara de inspeção predial doIbape/SP (Instituto Brasileirode Avaliações e Perícias deEngenharia de São Paulo)atualmente realiza estudosobre acidentes ocorridos emedificações com mais de 30anos, mostrando nos resulta-dos iniciais obtidos, que 66%das prováveis causas e origensdos acidentes são relacionadasà falta de manutenção, quegera a perda precoce dedesempenho e deterio-ração acentuada. Apenas34% dos acidentes pos-suem causa e origemrelacionadas às falhas deprojetos ou execução quepodem ser chamados devícios construtivos.

Normalmente, síndicos,proprietários de imóveis ouusuários ignoram as atividadespreventivas, corretivas, refor-mas e outras que, por defini-ção, deveriam melhorar a per-formance de desempenho nossistemas e elementos constru-tivos. Essas negligências causamprejuízos e até acidentes.

As edificações, sejam elasresidências, edifícios ouindústrias necessitam deatividades de manutenção aolongo de sua vida útil, paragarantir níveis aceitáveis dedesempenho e de segurança.

É importante a execuçãode vistoria ou inspeção predialpara a constatação de eventuais

problemas Essa vistoria feitapor engenheiro habilitado, deordem técnica, construtiva,operacional e funcional temcomo objetivo levantar infor-mações para se poder executarcorretamente as manutençõesnecessárias nas propriedades.O planejamento torna-sefundamental, principalmenteporque, antes de tudo, seránecessário alocar recursosfísicos e financeiros para tanto.

Por ser de custo significa-tivo (alguns pesquisadoresindicam porcentagens de até8% ao ano para se manteradequadamente uma proprie-

dade comercial) as ações neces-sárias para manutenção quasesempre são erroneamenteentendidas como postergáveis.

Os serviços que se exe-cutam nas manutençõesprediais, e que, portanto, pre-cisam ser planejados, podemser divididos em dois grupos:preventivos e corretivos. Oprimeiro apresenta custos me-nores por possibilitar melho-res aquisições, fruto de obten-ção de vantagens comerciaisquando se dispõe de tempopara negociar e, se necessário,

planejar alternativas viáveis.Além disso, a execução dessesserviços pode ser agendada eexecutada em momentosoportunos com menores im-pactos para os diversos usuá-rios da propriedade. Já amanutenção corretiva seráquase sempre executada comregime de urgência, sob con-dições críticas, sujeitando-se omantenedor ao pagamento depreços de momento e dapossibilidade de privar seususuários do suporte necessáriopara execução de suas tarefas,além de expô-los a riscos atéde integridade física. É claro

que isso significa maiorescustos para execução deum mesmo serviço sobmelhores condições.

As normas dedesempenho (ABNTNBR 15575), partes 1 a5, que vieram contribuirpara a determinação derequisitos mínimos dedesempenho às edificações,

definem as exigências dosusuários como: “conjunto denecessidades do usuário doedifício habitacional a seremsatisfeitas por este (e seussistemas) de modo a cumprircom suas funções”. Já a ABNTNBR 5674, sobre manuten-ção de edificações, define asnecessidades dos usuárioscomo: “exigências de seguran-ça, saúde, conforto, adequaçãoao uso e economia cujo aten-dimento é condição para arealização das atividadesprevistas em projeto”.

Por Elidio Lopes Mesquita Neto

66% das prováveis causas eorigens dos acidentes são

relacionadas à falta demanutenção, que gera a perda

precoce de desempenho edeterioração acentuada

Elídio Lopes Mesquita Netoé engenheiro civil e conselheiro regional do CREA_RJ

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