Julho 2012 - Clube Galp Energia · 2012-11-05 · Madonna em Coimbra Não sei se quero descrever...
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Julho 2012 Flash 18
2
Festival Panda Capa
Próximas Realizações Capa
Madonna em Coimbra 2
Passeio Motard 3
Lisboa Bike Tour 2012 4
Cruzeiro no Rio Tejo 6
Zoológico de Lisboa 9
Viagem à Costa Rica e ao
Panamá 10
Destaques
Próximas Realizações
13 Out 2012 - Workshop de
Decoração de Bolos
13 Out 2012 - Veteranos:
Futebol de Onze vs Freiria
19 Out 2012 - Noite de Fados
20 Out 2012 - Pesca de Mar
28 Out 2012 - Roboticus -
Vila Moleza
03 Nov 2012 – Teatro Infantil
A Flauta Mágica
10 Nov 2012 – Campeonato
Interno de Bowling Feminino
24 Nov 2012 – Workshop
JumpingClay
01 Dez 2012 - Festa de Natal do
Clube Galp Energia - Núcleo Centro
15 Dez 2012 - Tango Pasión
29 Dez 2012 a 02 Jan 2013 -
Fim de Ano em Praga
www.clubegalpenergia.com
No passado dia 30 de junho teve lugar mais um festival do Panda e
seus amigos. Este ano o tema escolhido foi a história de Portugal.
O espectáculo desenrolou-se em duas partes.
Na primeira parte, iniciou-se o espectáculo, no palco 2, com algumas
das personagens conhecidas dos mais novos, entre eles o Pocoyo, o Rei
Judas, Gomby, ..., ao som da muita música e danças de cada uma das
personagens.
Na segunda parte, foi com grande entusiasmo e as mãos bem aquecidas
(muitas palminhas) que o público assistiu à chegada do Panda e a sua
banda no palco principal.
Estes entraram em palco acompanhados por uma banda filarmónica
representando as tradições portuguesas.
A manhã continuou ao som de diversas músicas do Panda intercaladas
com a presença de outros personagens e respetivas músicas, entre os
quais os elefantes Babar e Babou.
Entre cada música foram narrados e dramatizados excertos da nossa
história desde os primórdios tempos dos dinossauros até à atualidade
com o campeonato europeu de 2012.
Tanto o público mais novo como os seus acompanhantes participaram
muito entusiasticamente acompanhando cada música com muitas palmas
e coreografias.
Para terminar, os quiosques ofereceram muitas diversões e fizeram as
delícias de todos.
Agora é aguardar pelo próximo espectáculo a decorrer no Inverno.
Bruno Escada
Festival Panda
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Madonna em Coimbra Não sei se quero descrever todo o espectáculo. Acho que vou ser breve. Para mim este concerto (que
não foi um concerto no sentido tradicional do termo) é o melhor dela e eleva a fasquia para qualquer
cantor, entertainer, produtoras de espectáculos e para a própria.
Depois de um álbum que não me entusiasmou muito, fiquei rendida ao melhor que ela já produziu.
A coesão dos blocos de canções para formar pequenos temas que contam uma história de escuridão e
redenção é extraordinária. Tudo esteve verdadeiramente estupendo.
Dos muitos pontos altos, o mais alto é sem dúvida Like A Virgin. Cantado de forma despojada, em que
ela se apresenta em toda a sua vulnerabilidade, "nua", desgrenhada e solitária, acompanhada pelas
teclas de um piano e cordas, já perto do final. Foi o indiscutível momento alto do concerto, em que ela
apareceu com "no fear" tatuado nas costas.
Valeu a pena o tormento das filas ao sol, o calor e a viagem
até Coimbra, bem como a noitada até às 4h da manhã.
Ângela
Sorteados
O teu rosto será o último Rosa Santos
Jorge António Marques
Ana Luísa Sálvio
Ricardo José Monteiro,
foram os Associados do Clube
Galp Energia – Núcleo Centro
contemplados com um exemplar
do romance de estreia de João
Ricardo Pedro – O teu rosto será
o último.
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Passeio Motard do Clube Galp Energia
Muito Obrigado ao Clube Galp Energia por mais um passeio Motard, em que se juntou a componente
cultural a um itinerário muito bem escolhido, com paisagens a condizer, não fosse alguma chuva e
tinha sido esplêndido.
Mas os verdadeiros Motards que participaram não se assustaram com a chuva que fez recordar
outros passeios "diluvianos".
Magnífico almoço, seguido de uma visita ao Museu dos Dinossauros, na Lourinhã, e que demonstra
como se pode fazer uma boa exposição com um pequeno espólio e que bem explicado que foi.
Estão de parabéns os organizadores, e muito obrigado por mais um dia muito bem passado e até para
o ano.
Francisco Carvalho
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Lisboa Bike Tour 2012
Um evento desportivo a que o Clube Galp Energia – Núcleo Centro se tem vindo a associar, ano após
ano, é o Lisboa Bike Tour. Este ano, no passado dia 24 de Junho, fomos noventa e nove, o que
consideramos ter tido uma presença bem agradável.
O Lisboa Bike Tour foi realizado pela primeira vez em 2007, com base numa vertente de apoio ao
combate à droga e a adesão foi tão grande que esta organização tem-se mantido sempre com uma
elevada taxa de participação.
O percurso inicia-se sempre com uma travessia parcial da Ponte Vasco da Gama e termina no Parque
das Nações, junto do Pavilhão Atlântico, numa distância total de 13 quilómetros. As bicicletas e todo o
equipamento necessário são fornecidos pela organização, assim como é disponibilizado, já incluído na
inscrição, o transporte da Gare do Oriente para a Ponte Vasco da Gama.
É sempre uma manhã bem passada em família e o traçado do percurso ajuda a que possam estar
presentes os mais diversos escalões etários, não existindo a fobia de quem chega em primeiro. Trata-
se de uma forma salutar de praticar desporto e, em acréscimo, ajudar uma boa causa!
Praticar desporto, é saúde!
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Decidi ir ao Rock in Rio 2012 com o meu marido e um casal de amigos. O dia escolhido foi o muito
anunciado dia do Boss, Bruce Springsteen, o que representa logo à partida, sucesso garantido.
E foi!
Mas vale a pena dizer que para além do seu cartaz cheio de nomes sonantes e capazes de encher as
medidas de todos os gostos e idades, este Festival é de facto um evento memorável e uma excelente
experiência a vários níveis.
Da cidade do rock fazem parte várias atracções que vão desde os diferentes palcos, para actuação
das bandas, à tenda electrónica para os que procuram um ambiente mais dançante. Este ano a grande
novidade foi a criação, na zona dos restaurantes, da Rock Street que pretendia recriar o cenário e
ambiente das ruas de Nova Orleães. A animação deste espaço era proporcionada por músicos e
artistas de rua em diferentes performances. Devo dizer que foi uma surpresa muitíssimo agradável e
um dos espaços mais interessantes para se estar entre concertos.
Pela organização e segurança, pelo ambiente que lá se vive, porque é realmente um espectáculo para
toda a família, considero o Rock in Rio um Festival de referência e a não perder.
Venha o próximo RIR em 2014!
Patrícia Mateus
Pesca de Mar – Peniche, 13 de Junho de 2012 Foi um dia que se avizinhava produtivo, o tempo estava aberto e bom, mas o mar estava picadinho.
Pelas 5 horas da manhã rumou-se à Praia da Areia Branca em Peniche pois o mar obrigava a ir para
zonas mais calmas, mas o peixe não queria ajudar à festa ……mar acima, mar abaixo, nem assim as
coisas melhoravam. Ainda se pensou que depois do almoço, que foi servido a bordo, as coisas
melhorassem, mas nada, o mar estava bravo e não permitia navegar até ao local onde o peixe se
encontrava ….. a pescaria foi fraca quer na Areia Branca quer no Abrigo do Cabo.
Apesar destes contratempos, a jornada pautou-se pelo convívio e pela boa disposição e serviu para
pôr à prova os pescadores para as condições do mar. Apesar das mesmas, apenas um cedeu ao
balançar da embarcação.
Por volta das 17 horas regressou-se ao Porto de Peniche, com a nítida esperança que na próxima saída
o mar permita outras aventuras.
José Completo
Rock In Rio
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«Olho o Tejo, e de tal arte
Que me esquece olhar olhando,
E súbito isto me bate
De encontro ao devaneando -
O que é ser rio, e correr?
O que é está-lo eu a ver? »
Fernando Pessoa
Do Tejo, sabemos que abandona a Espanha natal e se espraia por montes e vales até, bem rentinho à
nossa Lisboa, se encontrar com o Atlântico; dele nos falam lendas, canções, velhos cacilheiros, outros
tantos pregões – O Tejo é o «nosso» rio, o mesmo que fazia sonhar Fernando Pessoa!
Foi em busca de uma outra visão deste mesmo rio que um grupo (razoavelmente alargado) de
convivas partiu numa manhã de sábado: da Bobadela ou de Sete Rios até ao Museu do Oriente, um
saltinho para ouvir histórias de outro continente e observar de perto uma fantástica exposição que
nos fez ficar a conhecer melhor a viagem de O chá. De Oriente para Ocidente. A divulgação desta
bebida, ainda hoje, considerada medicinal organiza-se em torno de vários núcleos (sete, mais
concretamente), que vão desde a planta do chá, à porcelana chinesa de exportação ou aos serviços em
porcelana europeia e prataria portuguesa.
Foi um prazer e, simultaneamente, uma surpresa perceber a quantidade de referências
culturais que uma simples peça de porcelana nos pode transmitir!
E aqui fica o conselho a todos quantos não tiveram oportunidade de integrar este grupo
privilegiado de visitantes: se puderem, não deixem de colocar o Museu do Oriente nas vossas agendas
culturais; a exposição referida estará patente ao público até Janeiro de 2013 e, de acordo com a
informação do próprio museu, «Mais do que simples mostra de peças, esta mostra contextualiza-as e
insere-as no mundo em que foram feitas e, ao fazê-lo, torna patente um diálogo civilizacional informal
que continua nos dias de hoje.».
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Por outro lado, o Museu do Oriente integra, também, um vasto espólio de coleções que bem
merece uma visita atenta.
E assim se caminhou paulatinamente para o fim da manhã e para o navio que nos aguardava na
Rocha Conde de Óbidos, com um simpático serviço de boas vindas a bordo e uma agradável brisa
marinha a agitar as mentes e a abrir o apetite para outras perspetivas desta nossa capital.
Foi muito bom saborear o calmo
ondular do Tejo, rever amigos de outras
andanças ou observar o burburinho de um
piquenique com cheiro a promoção comercial,
lá bem ao fundo, no magnífico Terreiro do
Paço transformado em mercado municipal por
um dia. A serenidade do Tejo ajudou a
retemperar forças e a repor as energias que
a agitação do dia a dia se vai encarregando
de desgastar.
O menu – composto por uma sopa de agradável paladar, um bacalhau com broa a lembrar a
qualidade dos típicos pratos portugueses, uma fresca espetada de fruta e, ainda, um doce arroz com
sabor a canela – foi sendo servido enquanto, pela margem, desfilavam as cores que dão vida à nossa
Lisboa: edifícios mais ou menos clássicos, mais ou menos recuperados, mais ou menos conhecidos, mas
únicos na sua multiplicidade e no carinho que cada um de nós lhes reserva. Dos clássicos, como a Sé ou
o Panteão Nacional que se destacam, sobranceiros, por sobre os telhados ribeirinhos, até à ultra
moderna e prestigiada Fundação Champalimaud ou, no extremo oposto do percurso a não tão moderna,
mas ainda jovem Ponte Vasco da Gama foram nossa companhia por uma tarde.
O «Ópera» - assim se chamava o barco que nos acolheu com música animada, comida saborosa
e, ainda, espaço para um pezinho de dança – foi navegando do cais até ao extremo norte do Parque das
Nações e, depois, no sentido contrário, até Belém, permitindo-nos, desse modo, contemplar a cidade a
partir de um ponto de observação privilegiado e pouco habitual: do rio para as margens, Lisboa merece
um olhar atento e livre de preconceitos. Por um dia, esquecemo-nos do trânsito, da poluição, de alguma
falta de limpeza; por um dia, a nossa cidade foi, verdadeiramente, a capital da luz e da cor!
E que depressa passou este dia!...
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Já de regresso aos locais de partida, apetecia espalhar agradecimentos: primeiro, ao S. Pedro, por ter
colaborado com temperatura amena, depois, à(s) nossa(s) vida(s) que nos permitiram usufruir desta
escapadinha, também aos muitos séculos de história que ajudaram a construir esta nossa Lisboa e,
finalmente, ao Clube Galp Energia pela iniciativa e pela qualidade dos serviços que tivemos ao nosso
dispor!
Sorteados Sherlock Holmes
Os Associados do Clube Galp Energia - Núcleo Centro contemplados, com um dos quatro exemplares
da colecção de 2 filmes, em dvd, Sherlock Holmes & Sherlock Holmes – Jogo de Sombras, ambos
realizados por Guy Ritchie e com Robert Downey Jr. e Jude Law como, respectivamente, Sherlock
Holmes e Dr. Watson, foram:
Francisco César
Celeste Lourenço
Cátia Lopes
José António Salgueiro
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Zoológico de Lisboa A Visita ao Jardim Zoológico de Lisboa foi muito gira.
Divertimo-nos muito!
Tínhamos uns instrutores fabulosos que nos explicavam tudo relativamente às espécies animais que
íamos visitando e que foram muitas, dado que conseguimos visitar todo o Jardim Zoológico e isso é
uma grande tarefa.
Mas através do que nos foi proporcionado, ficámos todos a saber mais um bocadinho da história
animal, que é fabulosa.
Gostava muito que este dia se repetisse para o ano.
Andreia Gomes
A Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro vai proceder, até ao dia 15 de Outubro, ao sorteio
de três bilhetes (vouchers) duplos para a Exposição Permanente “Todos os oceanos num só” +
Exposição Temporária “ Tartarugas marinhas. A Viagem”, ambas patentes no Oceanário de Lisboa.
Para se candidatar a estes vouchers, com validade até ao final de Novembro do corrente ano, pode
inscrever-se enviando um mail para Clube GalpEnergia – Secretaria ou contactando directamente a
Secretaria do Clube Galp Energia - Núcleo Centro através do número 21 724 05 32 (extensão interna
10 532).
Sorteio Oceanário de Lisboa
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Vulcões e Água ou
A família das batatas e dos tomates
Costa Rica e Panamá 2 a 14 de Junho de 2012
Texto e fotografias: Clara Ramos
À chegada ao aeroporto para mais uma viagem com o Clube GalpEnergia, foi uma surpresa e uma
alegria: eu já conhecia toda a gente de viagens anteriores! O grupo era pequeno, o que permitia – e
efetivamente permitiu – uma viagem de grande entrosamento entre todos. E assim se iniciou mais uma
aventura…
Vulcões
Antevendo o nosso périplo pelos vulcões costa-riquenhos, na viagem de ida, alguns de nós
pudemos avistar o topo da Ilha do Pico, por cima das nuvens. Foi uma visão e tanto!!
A chegada a San José foi ao final da tarde, com um tempo muito feio, muita chuva. Não era um
início de viagem muito auspicioso…
San José fica num vale fértil rodeado por montanhas. Dada a proximidade com o Equador, a
diferença entre as horas do dia com Sol é muito pequena ao longo do ano, cerca de uns escassos 11
minutos durante o ano. O sol está visível entre as 6 e as 18 horas. É neste vale onde se situa San José
que vive cerca de três quartos da população da Costa Rica; este país é o terceiro mais pequeno da
América Central (a seguir a El Salvador e Belize). O nome Costa Rica foi, provavelmente, atribuído por
Cristóvão Colombo, quando chegou em 1502. É presidido desde 2010 por uma senhora, Laura
Chinchilla, e é democracia consolidada. Tem a particularidade de não ter exército.
Retomemos a nossa viagem: no dia seguinte, já com um tempo bem mais convidativo, saímos de
San José para ver o primeiro vulcão do “roteiro”. Mas antes, parámos numa quinta de café, onde
pudemos degustar esta bebida tão do agrado dos portugueses. A exportação de café representa
cerca de 25% da economia da Costa Rica.
No Parque Nacional Volcán Poas, pudemos ver a cratera principal do vulcão com constantes
fumarolas de enxofre, proporcionando, a cada momento, diferentes visões da lagoa azul-turquesa; a
sua altitude é 2574m. Depois, e ainda dentro do Parque Nacional Volcán Poas, fizemos um belo passeio
pela natureza até à Lagoa Botos, uma grande lagoa num outro cone do vulcão, com um enquadramento
de paisagem absolutamente fantástico!
A cratera do vulcão Poas e a Lagoa Botos
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Seguiu-se os Jardins da Catarata de La Paz, onde pudemos observar várias espécies de plantas e
animais: mamíferos, aves, insetos; especialmente bonitos os colibris, os tucanos, as borboletas; após
mais uma caminhada, as quedas de água que dão o nome ao parque.
Alguns animais dos Jardins da Catarata de La Paz
Chegámos de noite ao nosso próximo destino, o Arenal, não tendo, por isso, possibilidade de ver
o impressionante vulcão, mesmo em frente ao muito simpático hotel onde ficámos. O vulcão Arenal
está ativo, mas (felizmente ou infelizmente!) não o suficiente para o termos visto de noite. Durante o
dia, tinha quase sempre o topo coberto por nuvens e / ou fumarolas; por esse motivo, só tivemos
oportunidade de vê-lo descoberto durante alguns escassos minutos na manhã em que saímos do
Arenal. Este vulcão foi considerado extinto até 1968, ano em que entrou em erupção e, desde então,
emite constantemente gases e vapores de água.
O Vulcão Arenal, visto do nosso hotel
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O dia seguinte foi reservado a explorar os bosques do Arenal, num
fantástico “banho” de natureza. Começámos por fazer uma caminhada de
cerca de duas horas, por trilhos entre uma vegetação luxuriante, onde
pudemos ver formigas que transportam folhas maiores que elas e que
constituem um carreiro de “folhas andantes”. Passámos as “puentes
colgantes”, pontes suspensas por cima das
árvores; a primeira, com 130 metros de
comprimento, encontra-se a uma altura de 46
metros; a segunda, também com 130 metros de
comprimento, está a 70 metros; percorremos
cada uma destas pontes duas vezes. Fortes
emoções para quem não gosta de alturas mas (e
eu estou à vontade para dizer isto, porque tenho vertigens),
perfeitamente seguras e ao alcance de todos; a vista é impressionante,
uma vez que estamos acima da copa da maioria das árvores.
Depois, andámos de sky tram, uma espécie de teleférico que nos levou
até um miradouro a 1300 metros de altitude. Parece radical? Nada que
se compare com os aventureiros que vimos a fazer slide por cima de toda
aquela natureza!
O fim da tarde foi passado nas piscinas de água (muito) quente do hotel, onde confraternizámos
(e “cozemos”!) antes de sair para um espetáculo de folclore.
No dia seguinte, deixámos o Arenal, tendo, como já disse, o vulcão dado um “ar da sua graça” às
5 da manhã, dando-nos a oportunidade de lhe ver o cimo, embora por pouco tempo! No regresso a San
José, passámos em Sarchí, uma simpática localidade que se caracteriza pelos seus carros de bois em
madeira pintada, muito coloridos; depois da inevitável paragem para as compras (essencialmente,
artesanato), passámos por uma localidade com o curioso nome de Grécia, onde admirámos a Igreja
Metálica da autoria de Gustav Eiffel.
Ainda antes de San José, mais um vulcão, desta vez, o Irazu; aí, andámos em cima de cinza
vulcânica, num planalto formado pelo próprio vulcão, com várias crateras com lagoas de cores bem
fortes. Este vulcão é o mais alto da Costa Rica, com 3430 metros de altitude; a cratera principal tem
uma profundidade de 300 metros e um diâmetro de 1050 metros. O nome Irazu deriva da palavra
índia “istarú”, significando “montanha do trovão”. A sua erupção mais “famosa” aconteceu em 1963,
precisamente no dia em que John Kennedy, então Presidente dos EUA, chegou à Costa Rica para uma
visita oficial; San José ficou coberta de cinzas; desde então, o vulcão está inativo, mas há frequentes
tremores de terra, atestando que a sua “inatividade” é apenas aparente. Felizmente que estava bem
pacífico quando lá estivemos! Dizem que é possível avistar-se os Oceanos Atlântico e Pacífico do
seu topo, mas só em dias claros, o que não foi o caso.
Cratera do vulcão Irazu, com uma lagoa
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A nossa paragem seguinte seria San José, a capital da Costa Rica; uma capital sem grande
“chama” mas, mesmo assim, com alguns pontos dignos de nota, nomeadamente, o Museu Nacional, o
Teatro Nacional e o Museu do Ouro, que visitámos. Atendendo aos terramotos que têm assolado a
cidade, as construções coloniais já não existem.
O Museu Nacional, localizado numa antiga fortaleza, relata a história da Costa Rica, desde a
época pré-colombiana até à atualidade. Tivemos ainda oportunidade de ver a exposição temporária de
fotografia de Francisco Cotto, essencialmente do povo da Costa Rica. De seguida, visitámos o
magnífico Teatro Nacional, construído no final do séc. XIX, inspirado na Ópera de Paris. O seu
interior é em estilo neobarroco e é ricamente decorado. Para a sua construção, foi lançado um imposto
sobre o café. À entrada, estátuas de grandes das artes: Beethoven e Calderon de la Barca.
Sala de estar do Teatro Nacional de San José
O Museu do Ouro é um espaço subterrâneo na Praça ao lado do Teatro Nacional e reúne mais de
1600 peças de ouro pré-colombiano, algumas com mais de 2500 anos. Muitas das peças têm forma de
animais.
Duas peças do Museu do Ouro
E estava cumprida a nossa visita à Costa Rica. Para não variar… a partida foi como a chegada:
debaixo de intensa chuva! Felizmente que nós conseguimos passar “entre os pingos da chuva”, como se
costuma dizer!
Dignos de registo foram as formalidades de embarque no avião. Eu fui “premiada” no aeroporto
com um “encontro imediato com… burros”, ao ser-me confiscado um acessório para a máquina
fotográfica (uma pera de ar) por ter o formato de granada… pois é, parece que, por aqueles lados, o
formato é mais importante que a função. Enfim…
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Ainda antes de fechar o “capítulo” da Costa Rica, tenho de fazer uma referência ao estranho
subtítulo deste artigo e ao Rudi, o nosso guia costarriquenho, um verdadeiro entusiasta da natureza
do seu país que, entre muitos outros ensinamentos, nos explicou que as batatas e os tomates são
parentes! Claro que este novo conhecimento foi motivo de muita risota durante toda a viagem!! O
que é um facto é que, de acordo com a wikipedia, quer as batatas quer os tomates, pertencem a: reino:
plantas; divisão: magnoliophyta; classe; magnoliopsida; ordem: solanales; família: solanaceae; espécie:
solanum; varia apenas a espécie: s. lycopersicum para os tomates e s. tuberosum para as batatas.
Então, as batatas e os tomates são ou não são parentes? E esta, hein??
Água
Se, na Costa Rica, a viagem foi dominada pelos vulcões, no Panamá, foi pela água!
Chegados à Cidade do Panamá, seguimos para Gamboa, onde o hotel se situa próximo do Canal do
Panamá, no Rio Chagres, bem no meio de exuberante floresta tropical, o que pudemos constatar no dia
seguinte, já que chegámos de noite.
O Canal do Panamá tem 80 km e liga o Oceano Atlântico (ou Mar das Caraíbas) ao Oceano
Pacífico; a sua orientação é noroeste-sudeste e não de norte para sul ou de este para oeste, como
erradamente nos poderia parecer. O Oceano Pacífico foi avistado pelos europeus pela primeira vez no
séc. XVI, pelo explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa, que cruzou o Istmo do Panamá em 1513 e o
designou Mar del Sur; só mais tarde, entre 1519 e 1522, o português Fernão de Magalhães navegou o
Oceano Pacífico durante a viagem de circum-navegação e lhe deu o seu atual nome. Em honra do
referido explorador espanhol, a moeda oficial do Panamá é balboa, mas praticamente todas as
transações se fazem em dólares. As poucas moedas balboa que vimos têm o mesmo valor que as
correspondentes de dólar.
O hotel em Gamboa onde ficámos situa-se a meio do Canal do Panamá, ou seja, a 40 km do
Oceano Atlântico e do Pacífico. O nosso primeiro dia em Gamboa iniciou-se com um tour ecológico
próximo do hotel; primeiro numa espécie de trem aberto e depois num teleférico semelhante ao sky tram do Arenal. Vimos ainda um reptilário, um borboletário e um orquidário.
Em seguida, tomámos o primeiro contacto com o Canal do Panamá, na Eclusa de Gatún. É
impressionante o tamanho dos barcos que passam nas eclusas, ficando, em alguns casos, com apenas
60 cm de distância para as paredes laterais da eclusa. Vimos vários barcos passarem e não pudemos
deixar de admirar todo o processo. A passagem dos barcos pelas eclusas é feita com o auxílio de
“mulas”, nome dado às locomotivas que puxam os barcos de ambos os lados.
Dois barcos passando na Eclusa de Gatún e uma das “mulas”
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O Canal do Panamá tem três conjuntos de eclusas, Gatún, mais próximo do Atlântico, Pedro
Miguel e Miraflores, próximo do Pacífico e da Cidade do Panamá. Todas as eclusas são duplas,
permitindo que os barcos possam passar em ambas as direções. Enquanto navegam no Canal, os barcos
têm pilotos panamenses, que conhecem todo o trajeto.
Foi decidido que o Canal seria construído no Panamá porque, ao contrário dos países vizinhos, a
atividade sísmica é aqui diminuta. Mas já lá iremos a essas histórias… A sua construção iniciou-se em
1880 pelos franceses mas, após muitas vicissitudes, algumas relacionadas com doenças tropicais que
os franceses desconheciam, a sua construção foi abandonada. Mais tarde, foi retomada pelos
americanos, que o concluíram em 1913, sendo inaugurado em 15 de agosto de 1914. O canal é muito
importante para o comércio internacional uma vez que encurta substancialmente o percurso dos
navios, evitando contornar o Cabo Horn, no extremo sul da América. O Lago Gatún é um lago artificial
no Rio Chagres criado para a navegabilidade do Canal. As suas ilhas são, na verdade, topos de
montanhas. O Panamá, que detém a soberania do Canal desde 31 de dezembro de 1999, está a alargá-
lo em alguns troços, para ser possível passarem barcos maiores; além disso, as novas comportas vão
permitir cerca de 60% de reutilização de água. Próximo da Eclusa de Gatún, pudemos ver algumas
dessas obras, que se prevê que terminem para o centenário do Canal. O pagamento pela utilização do
Canal é proporcional ao peso do barco. Até hoje, o pagamento mais baixo ocorreu quando Richard
Halliburton passou o Canal a nado, de 14 a 23 de agosto de 1928; de acordo com os seus cerca de
70kg peso, pagou 36 cêntimos! O maior pagamento foi feito no ano passado por um navio de
cruzeiro e rondou os 419 mil dólares! Atualmente, a portagem mais baixa é de 500 dólares. Todas as
portagens têm de ser pagas até 48 horas antes da passagem do navio, em dinheiro ou por
transferência bancária.
Depois de observarmos a passagem de vários barcos na Eclusa de Gatún, seguimos para as ruínas
do Forte de San Lorenzo, que se encontram numa localização privilegiada, numa elevação em frente à
foz do Rio Chagres, dum lado, e ao Oceano Atlântico, do outro. Lindo! O Forte está bastante
degradado mas, dada a sua localização, foi coisa que pouco aborreceu o nosso grupo! O calor é que era
mais que muito, mas não impediu que gozássemos das vistas e tirássemos várias fotos de grupo! As
ruínas que hoje podemos ver são da reconstrução de 1761 a 1768, já que o Forte foi atacado diversas
vezes por piratas.
Forte de San Lorenzo, com a foz do Rio Chagres à esquerda e o Oceano Atlântico em frente
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Depois do almoço num hotel bem simpático próximo do Canal, seguimos para Portobello. Diz-se
que foi Cristóvão Colombo que lhe deu lhe deu o nome de “Puerto Bello”. Efetivamente, é um lugar
numa bela baía. Dada a sua localização, foi uma cidade extremamente importante a partir de finais do
séc. XVI, quando ouro e outras riquezas, provindas nomeadamente do Peru, eram enviadas de
Portobello para Espanha, depois de serem levadas para a Cidade do Panamá e transportadas por terra
até Portobello. O património ainda hoje existente é disso testemunho: a Alfandega, os Fortes de San
Jerónimo e Santiago. Por este motivo, a cidade foi saqueada diversas
vezes por corsários, nomeadamente Sir Henry Morgan, em 1671.
Para além da sua história de vários séculos, outro motivo torna
Portobello muito importante no Panamá e em toda a América Central: a
romaria do Cristo Negro, que acontece a 21 de outubro; a figura do
Cristo Negro está na Igreja de São Filipe e sobre ela existem várias
lendas; uma delas diz que um barco tentou sair de Portobello por cinco
vezes mas nunca conseguiu, por causa de tempestades que traziam o
barco de volta; com receio de afundamento, a tripulação deitou ao mar
uma pesada caixa e o barco conseguiu ir embora sem ser assolado por
mais nenhuma tempestade. Dias depois, os pescadores de Portobello
encontraram a caixa e, lá dentro, descobriram o Cristo Negro.
Para quem hoje visita Portobello, é difícil imaginar a vida que esta
povoação já teve e tudo aquilo por que passou; hoje, é uma pequena vila, com cerca de 3000 pessoas,
com o seu património em avançado estado de degradação; embora Património da Humanidade desde
1980 e se notem alguns sinais de recuperação, está de tal modo abandonado e estragado que dá pena.
Juntamente com o Forte de San Lorenzo, também Património da Humanidade, foram incluídos em
julho de 2012 na lista da UNESCO de Património em perigo. Infelizmente…
Fortes de San Jerónimo (sécs. XVII e XVIII) e Santiago (séc. XVIII) em Portobello
O dia seguinte iniciou-se com um belo passeio pelo Rio Chagres em barcos tipo piroga,
devidamente adaptados para grupos de turistas, e uma visita à aldeia indígena de Parará Púru,
significando Povoação da Palmeira; fomos recebidos pelo “Noco” (chefe) Cláudio e por mais membros
da população da aldeia, onde vivem 78 pessoas de 22 famílias. Cláudio deu-nos muitas informações
sobre esta comunidade, o seu modo de vida, os seus costumes, o que fazem, como sobrevivem. Quer os
homens quer as mulheres trabalham materiais naturais para fazer artesanato, para venda aos
visitantes da aldeia; cada peça custa 1 dólar por 1 dia de trabalho, ou seja, se demorou 10 dias a
fazer, custa 10 dólares. Cada mesa de venda de artesanato corresponde a uma família.
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As crianças têm escola na aldeia, onde aprendem castelhano. As casas são altas, com estacas por
baixo, para evitar inundações e animais. Tivemos demonstração de danças e cantares e explicações
sobre as roupas e adornos. O almoço foi feito na aldeia e era ótimo: peixe e banana fritos, servidos
numa folha em forma de cartucho e fruta (abacaxi, manga, melancia e banana).
“Noco” Cláudio e outros habitantes da aldeia de Parará Púru
De regresso ao hotel, primeiro de barco e depois de autocarro, apanhámos uma forte chuvada,
que cortou a estrada com uma árvore caída. Um dos nossos voluntariosos companheiros de viagem foi
ajudar à remoção da árvore da estrada, o que lhe valeu uma forte salva de palmas no regresso ao
autocarro e até o assédio de fãs! Depois de cerca de uma hora de paragem, seguimos para o hotel,
mas a chuva manteve-se forte, o que nos impediu de usufruir das piscinas. À noite, já com tempo seco,
fizemos o chamado “safari noturno” que, supostamente, deveria servir para ver animais mas… eu e
alguns mais, observámos imensos… pirilampos, apenas!! Mas foi uma risota o tempo todo, não pensem
que foi tempo perdido!
De manhã cedo, no dia seguinte, fomos também de barco, mas desta vez não em pirogas;
navegámos pelo Rio Chagres e depois pelo Canal (até tivemos de parar para passar um barco! ); o
objetivo era ver animais, nomeadamente, passar na Ilha dos Macacos. E, ao contrário do frustrado
passeio noturno da véspera, conseguimos ver bastantes animais, nomeadamente lagartos, iguanas, aves
e macacos “cappuccino”. Foi muito interessante!
Iguana e Macaco “Cappuccino”
E era tempo de deixarmos Gamboa e seguirmos para a Cidade do Panamá! A viagem foi feita num
grande autocarro onde cada um ocupava dois bancos e ainda sobravam , com a boa disposição que
sempre caracterizou o grupo e com as aventuras e desventuras do “Bromélio”, um gato eletrónico!
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Chegados à Cidade do Panamá, o calor era tanto que, embora momentaneamente, a minha máquina
fotográfica se recusou a “trabalhar”, tamanho foi o choque térmico! A primeira paragem foi no Museu
da Cidade, onde é explicada muita da história da cidade, que foi fundada em 1519 pelo governador
espanhol Pedro Arias de Ávila, conhecido por Pedrarias, no local hoje denominado Panama Viejo, tendo
-lhe sido atribuído o título de cidade em 1521 por Carlos V de Espanha; foi a primeira cidade europeia
na costa do Pacífico. Dada a sua localização, revestiu-se duma grande importância, tal como já referi.
Foi assolada por um terramoto em 1620, um incêndio em 1644 e foi completamente destruído em 1671
pelo pirata Sir Henry Morgan, que chegou por via terrestre e não marítima, como seria de esperar. O
local onde então era a cidade foi abandonado; dois anos mais tarde, a cerca de 8 km, a cidade foi
retomada, no local conhecido como Casco Viejo. Do Museu, seguimos para Panama Viejo, que é apenas
um conjunto de ruínas que são Património da Humanidade desde 2003; do cimo da torre da velha
Catedral de Nossa Senhora da Assunção (de que só resta mesmo a torre), a que se pode subir, obtém-
se uma bela vista da cidade moderna, que possui os edifícios mais altos de América Latina; por esse
motivo, chamam-lhe "Dubai Latina".
Maquete da primitiva Cidade do Panamá e ruínas de Panama Viejo
Depois… o mais aguardado momento do dia: o primeiro jogo de Portugal no Euro 2012, com a
Alemanha. Por causa do jogo, o almoço foi no Restaurante Portogalo, todo decorado com motivos
portugueses, onde tínhamos uma sala reservada só para nós, com pequenas bandeiras portuguesas
espalhadas pela mesa. Mas houve alguns contratempos: a TV da nossa sala não tinha sintonizado o
canal que dava o jogo; com um esforço digno de louvar, a TV Cabo lá do sítio foi chamada, fez uma
ligação “provisória” (com cabos pelo chão) e conseguimos ver a segunda parte do jogo. Mas… Portugal
perdeu! Pronto, salvou-se a boa vontade para arranjar solução e a boa exibição da equipa
portuguesa.
O hotel onde ficámos é um arranha-céus muito bem situado, com um grande centro comercial em
frente, fazendo as delícias dos mais aficionados das compras. A sala do pequeno-almoço é por baixo
da piscina, que tem o fundo em vidro, o que quer dizer que, enquanto comíamos, víamos gente a nadar
na piscina por cima de nós!
Na nossa primeira noite na Cidade do Panamá, assistimos a um muito interessante espetáculo de
danças enquanto degustávamos comida tradicional.
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Bailarinos do espetáculo na Cidade do Panamá
A manhã seguinte iniciou-se com um passeio pelo Casco Viejo, que é Património da Humanidade
desde 1998 e que está em recuperação, bem precisando! Passámos na Igreja de São José, que tem um
altar dourado e vimos o que resta da Igreja e Convento de Santo Domingo, com um “arco chato” (arco
abatido), que, segundo se conta, desempenhou um importante papel na decisão de construir o Canal no
Panamá e não noutro país vizinho; vieram aqui engenheiros e, ao verem este arco, concluíram que não é
zona sísmica, uma vez que este arco tinha mais de 300 anos, não era suportado por nada e mantinha-
se em pé, decidindo assim que esta seria uma zona segura. Curiosamente, o arco caiu em 2003, mas foi
reconstruído.
O altar dourado da Igreja de São José e o “arco chato” da Igreja de Santo Domingo
Uma loja dos tradicionais chapéus panamá no Casco Viejo
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Ainda no Casco Viejo, fomos à Catedral e ao Museu do Canal. Neste museu, pudemos ver os selos
das cartas que os nicaraguenses enviaram ao congresso norte-americano, que também fazem parte da
história do Canal do Panamá. Os nicaraguenses queriam influenciar os congressistas para que o Canal
fosse construído no seu país mas… os selos das cartas retratavam os vulcões da Nicarágua e a ideia
foi logo abandonada.
A Catedral e um vitral de Santo António no interior da Catedral
O dia prosseguiu com a ida à Eclusa de Miraflores, a mais próxima do Pacífico, onde almoçámos
literalmente a ver navios! Nessa noite, o jantar foi degustação de marisco. Humm…
A extraordinária silhueta da Cidade do Panamá vista do Casco Viejo
E estava na altura de deixar a Cidade do Panamá, mas antes, fizemos um circuito panorâmico de
autocarro, pelos modernos bairros de arranha-céus, mas também por zonas mais periféricas e
degradadas. Deixámos a cidade pela Ponte das Américas, a única ponte que liga a América do Norte à
América do Sul.
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A Ponte das Américas vista do Casco Viejo
A nossa paragem seguinte foi no centro zoológico El Níspero, no Vale de Antón, onde vimos
muita vegetação e fauna, nomeadamente aves, mamíferos e répteis, incluindo a rã dourada, uma
pequena rã com cerca de 3 cm, endémica desta zona e em perigo de extinção. Vimos também a flor
nacional do Panamá.
A rã amarela e a flor nacional do Panamá
O almoço desse dia foi na “Casa de Lourdes”, que parecia realmente uma casa de família, com
muitas fotografias, salas e recantos, um piano, uma muita simpática sala de estar recheada de livros e
muitas flores amarelas e laranja a decorarem todos os espaços. O almoço decorreu numa espécie de
alpendre e foi muito bom! Menos boa foi a saída desta bonita casa, porque chovia torrencialmente e
alguns de nós apanhámos uma violenta molha. Pelo menos… pudemos ver uma preguiça a fugir da
chuva…
Uma mesa especialmente bonita e a preguiça a fugir da chuva
E estávamos chegados ao último ponto da nossa viagem, o resort em Playa Blanca, onde tomámos
o tão ansiado duche quente para “varrer da memória” a molha pós-almoço. Os últimos dias no resort
foram de descanso, convívio, banhos de mar, piscina e jacuzzi e boa comida e bebida, como convém
num resort. Foi um belo dum final de viagem!
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O resort de Playa Blanca
O último dia aí estava, não sem umas emoções: primeiro, acordámos cedo (foi uma constante em
toda a viagem!), mas chovia e estávamos a ver que nem um último banhinho de mar podíamos tomar;
mas, cerca das 9 horas, já não chovia, e lá estávamos quase todos os portugueses à conversa dentro
de água! Depois… foi tratar de nos arranjarmos para a viagem, fechar malas e… bar do hotel para ver
o segundo jogo de Portugal no Euro 2012! Desta vez, correu melhor e Portugal “limpou” a Dinamarca
por 3-2, num jogo que propiciou muitas emoções!!
Antes do início do jogo e os festejos do 3-2
E iniciámos o regresso à Cidade do Panamá, para um último olhar e seguimos para aeroporto.
Ao fim de longas 25 horas de viagem, eis-nos regressados a Lisboa, com os olhos cheio de muita
natureza!
Até à próxima!
Como sempre, o acompanhamento feito a todo o grupo pelo Pedro Baptista foi irrepreensível:
sempre atento aos pormenores e às necessidades de cada um. Também a representante do Clube Galp
Energia, Helena Goldschmidt, distribuiu sorrisos e simpatia por todos. A ambos, o meu muito obrigado,
com certeza que fazendo eco de todos os participantes nesta viagem pela natureza.
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Pessoalmente, gostaria também de agradecer a:
Ana Maria António
Celeste Conceição C Conceição CM
Cristina Dina
Fernando Francisco Graça
Ilda Isabel
José B José P Luís
Mili Natércia
Obrigada pela vossa companhia e boa disposição. A vossa presença tornou esta viagem tão mais
interessante!
Até à próxima!
Nós no vulcão Irazu
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Passeio Pedestre na Mouraria No passado dia 2 de Junho lá fomos nós, para mais um passeio cultural proposto pelo Clube Galp
Energia.
Encontro no largo perto da Igreja da Nossa Sra. da Saúde.
Muito interessante a visita, acompanhada por um guia simpático e muito conhecedor do Bairro. Aliás
Bairro onde habita há mais de 30 anos.
A Mouraria é um dos Bairros mais tradicionais da Cidade de Lisboa. Local de uma diversidade cultural
imensa, mas onde se mantêm vivas as antigas tradições populares.
A Mouraria deve o seu nome ao facto de D. Afonso Henriques, após a conquista da Cidade de Lisboa,
ter limitado esta zona da Cidade, aos Muçulmanos.
Ficámos também a saber que a Praça Martim Moniz deve o seu nome ao homem que sacrificou a sua
vida quando, para impedir que os Mouros fechassem a porta que dava acesso à conquista, ficou nela
esmagado.
Encontra-se actualmente numa fase de requalificação.
Visitámos também a Rua do Capelão, onde se diz que nasceu o Fado. Lá encontramos o Retiro da
Severa, considerada a mãe do fado vadio antigo. Também se destacam outras grandes figuras do Fado
como Fernando Maurício e a nossa Marisa, que lá nasceu.
Entre muitas outras coisas, visitámos também o Poço do Borratém e ficámos a conhecer a origem do
seu nome. Interessante ainda foi a visita à Casa da Achada, local onde se promove grande divulgação
cultural.
Foi um passeio muito agradável e que enriqueceu sem dúvida a
nossa cultura geral. Agradecemos ao Clube Galp Energia por mais
esta iniciativa e pela promoção que faz no sentido de
conhecermos o que é nosso.
Maria e Alfredo Quintas
A Direcção