Juízo Final - Versão Final

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 Juízo Final

Entra a banda a tocar bombos e os diabos entram a seguir. Saem do palco e começa a música

para entrarem os anjos.

Anjo – À barca! À barca bela. Quem se portou bem pode entrar nela.

Diabo – Içar vela! Que quem se portou mal no entrar naquela.

Anjo – "para o diabo# $o me estejas a arremedar coisa %eia e &orrorosa! 'ania dete pores a imitar! (em)nio cor*de*rosa.

Diabo – +ens medo da desgarrada, ave-in&a descolorada

Anjo  – /umpre a tua misso que a min&a cumprirei. $o te armes emespertal&o, porque no te ligarei.

Diabo – "no go-o# – 'e liga, vai0 l&a2m2esta0 ou este0 que o se3o dos anjos 4

discusso eterna.s anjos saem do palco e 5ca s) um na barca.

Diabo * À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

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Maluca

(ouve*se a música 999999999999999999999999999999999, entra a maluca alegre e a dançar#

Diabo

Maluca

* que vem a ser isto, ) al-arro

* E o que tens a ver com isso, ) meu!

DiaboMaluca

* E quem 4s tu para me %alar assim* Sou eu mais a min&a pessoa! : o nosso iate

Diabo * : o teu 4, entra e j v;s o seu estilo.Maluca

Diabo

Maluca

Diabo

Maluca

Diabo

Maluca

Diabo

Maluca

Diabo

MalucaDiabo

Maluca

AnjoMaluca

Anjo

Maluca

Anjo

* (e elevador ou de escada rolante Que a-ar o meu, 5quei doente

e em m &ora morri.

* E qual %oi a tua doença

* <ensei que era um avio e 5- uma aterragem0

* =epete l isso!

* Esqueci*me de abrir o paraquedas, cabro. u pensas que ten&o

asas com aquele

* 7 dei3a*te de conversas e entra l.

* +em cuidado, no v o barco virar.

* Entra parval&o e vamos despac&ar*nos antes que acabe a

gasolina.

* Ela est to baratin&a!... 'as para vai o teu iate

* 7ai para o lugar do tormento e da con%uso.

* 7amos para onde <ara o lugar de qu;

* 7amos para o %ogo. (espac&a*te!

* <ara o %ogo 'au, mau, mau0 >&! ? percebi! +u queres levar*mepara o in%erno! Seu cornudo enganador, grande ma%arrico tin&oso!

 ?ulgavas que me enganavas $o sou to tolo como isso!... $osou tolo "canta vrias ve-es virada para o público#. Eu quero 4 dançar0Quero música, quero música, música. "no 5m dirige*se @ barca do anjo#

A da casa!* Quem 4s tu* Sou a min&a pessoa. /anela. mendigo!* E o que desejas* <osso viajar no teu iate* Se esse 4 o teu desejo, podes entrar, pois j tens o teu passegrtis. $unca %oi tua intenço incomodar os outros. Eras umapessoa alegre. >pesar das tuas tolices, tens aqui lugar, pois no

5-este nada de mal.Político

Diabo * À barca! À barca, sen&ores

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B

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

* Ci, &i, &i, &i...

Companheiro

(surgindo pateticamente da barca)

- Darab, -ar, -ar!

* +oda a gente entrar c!

(ouve*se o Cino Europeu, entra o poltico com o <rograma de >ssist;ncia Econ)mica e 6inanceiraa <ortugal debai3o do braço. >cena, altiva e calmamente, para o público#

Diabo

Maluca

* l&a quem l vem!... amigo da 'erFel, o compinc&as da +roiFa,

* : bem jeitoso. <iroso e aleivoso!   (<oltico c&ega ao palco e inicia um

discurso)

Político * <ortugueses!... >gora que agora que os portugueses emigraramGagora que j subimos os impostos0G agora que o desemprego

aumentou, agora que...

(/anço É SEXTA-FEIRA)

Diabo (interrompendo*o) - Hem*&aja, Sua Sen&oria <edro ?os4 /avaco <ortas!

que o tra- por cPolítico * Eu sei l...! Estava eu aqui a discursar e sou interrompido por esta

canço. Isto deve a oposiço. Eu sou um gajo porreiro, p!

Diabo

Maluca

Político

Diabo

* m porreiraço, p. E bem apresentado "a%aga*l&e o casaco#. 7ai muitobem ataviado.

* : bem jeitoso e bem ataviado, sim sen&or0 " tenta abraç*lo# : pena

ser um aldrabo!

* Sai p2ra l sua tolin&a! /ontigo no quero conversa!

* (ei3e l isso, j pode dormir descansadin&o, aqui no meu JiateJ...

'as e3cel;ncia, %aça %avor de entrar! "%a- gestos convidativos#

Político - >5nal para que terra idesDiabo * 7amos para a Il&a <erdida, partiremos de seguida, e v)s c "bate na

barca# 5cais mui bem!Político * <ara aondeDiabo – <ara o In%erno, sen&or!Político - Sai p2ra l cornudo en%eitado. /ontigo no vou viajar. 7ou ao outro

lado, procurar o meu lugar.Político * /aro cidado, para aonde vai esta barcaAnjo * l&a, ol&a quem c&egou0 (.>ldrabo! $esta barca no podes

entrar.Político * (eve &aver con%uso. 7eja l no seu computador. Sou ilustre

cidado, dos portugueses de%ensor.

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K

Anjo * +u pensas que o meu computador celestial 4 alguma tostadeira

'agal&es $o & engano nen&um! que pelos portugueses

5-este %oi muito mal %eito. >qui no podes entrar, s) pioraste o que

antes criticaste. $esta barca no entrars.Político

Anjo

Político

"para o público# 'as que grande injustiça! Eu lutei por <ortugal, 5-

sacri%cios. E julgam*me mal Estou impressionado com a %alta depiedade. (evia ser perdoado. $o mereço a crueldade.

* 7ais so-in&o ou queres que te mande 'entiste a torto e a direito.

7iveste @ custa dos cidados e lavaste da as tuas mos. ? me

ests a cansar!

* Hem posso argumentar, que de nada queres saber. =esta*me ali

embarcar e no in%erno arder0"dirige*se @ barca do in%erno#Diabo - <ara que %oste teimoso Entra sem demora. 'eu querido, meu

 jeitoso. Em breve vamos embora. 7en&a da um abraço, bem

apertado e quente. Entra, entra... tens aqui alguns amigos teus!

>qui podes ser reeleito!Político * <or acaso, no deve ser mau de todo. +ens um espel&o /omo

est o meu cabelo "me3e no cabelo. Sai a c&amar os amigos)

A S)crates! A Seguro! 7oc;s trou3eram um espel&oDiabo * =aios partam o vaidoso! 'entiroso! $em sabe o que o espera!!

ra0 inter%ace entrar0 <alavra*passe inserida0 >gora vou publicaro erro da tua vida.

À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

Troika

Entram os B elementos da +roiFa com um altivo "s4rias e -angadas# e observam tudo,nomeadamente %a-em uma inspeço @s barcas.

Quando c&egam ao palco, param no meio e 5cam a conversar.

A – (esculpe "dirige*se ao (iabo#, o sen&or 4 portugu;s Estamos em <ortugal

Diabo – $o meu caro, estamos num stio mais quente.

B – Lr4cia Espan&a

C – Quando %alamos de stios quentes, podemos estar a %alar de qualquer pasda Europa.

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M

Diabo – Entrem! >li dentro esto todos quentin&os.

"Eles recuam com medo#

Diabo – $o ten&am medo!

A – $)s no temos medo de nada.

B – >s pessoas 4 que t;m medo de n)s.

C – E t;m ra-o, n)s somos implacveis! +odos nos obedecem! ? estamosquase a ir embora.

Maluca – <ois, pois, um dia destes levam um arraial de porrada. C a muitagente @ vossa procura.

A – Quem 4 aquele bic&aroco "apontando para a maluca#

B – /om aquele ar to miservel, deve ser um portugu;s ou grego.

C - &, 4 um daqueles que n)s viemos salvar.

Diabo – 'as que almas bondosas e prestativas. >t4 estou c&orosa! Eu tamb4mvos vou salvar, entrem.

A – Estamos @ procura de 'aria Laspar, precisamos de %alar com ela.

B – 7ai c&am*la!

C – Imediatamente!

Diabo – >lto e pra o baile, a mim no me do ordens. 'as quem so voc;s

A – Somos a equipa da +roiFa, somos as salvadoras de <ortugal.

Maluca – Salvadoras ou matadoras

B – Estamos mesmo em <ortugal, 4 s) gente estran&a. 'as onde est a 'ariaLaspar

C – 'aria Laspar! 'aria Laspar!

Maluca – $o berre, est a perder a pose!

"Entra a 'aria Laspar com um ar tranquilo e de poucas %alas#

M – Cello mN %riends! /aras amigas, como vo

C – /ara 'aria, c estamos n)s para ao ajudar. /omo vai essa dvida

M – Est tudo controlado. $o problems0

A – Ento como vo as coisas

! – >gora j est tudo bem, voc;s so um Oporto seguroP no meio de uma

Ocrise generali-ada de con5ança e turbul;ncia nos mercados visto que

assegurou as di5culdades 5nanceiras do pasP. (e %acto, Ovemos o programacomo uma oportunidade para desenvolver um processo de consolidaço

orçamental, de modo a garantir a sustentabilidade das 5nanças públicas "0#

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para implementar um programa abrangente de re%ormas estruturais  "4

interrompida#.

Diabo – ? te calavas ) c&ata!

! –  /ontinuando0 no decorrer deste processo de ajuda e3terna, como a

correço do d45ce da balança comercial. : um programa muito e3igente que

implica múltiplos sacri%cios para todosP. <osto isto, o delineamento das

medidas a adotar poderia ter sido Odi%erenteP, mas no %oi possvel devido ao

descon&ecimento do Odesvio colossalP das contas de <ortugal. Esta situaço

O%orçou uma s4rie de medidas de emerg;ncia que redu-iram as e3petativasP,

Diabo – "pu3a*a# /ala*te ) pal&aça, pareces mesmo um robot.

M – /omo eu estava di-endo0

B – A 'aria, no trocou as %ol&as

C – Isso deve ser a %ol&a com um dos seus discursos para os jornais, daquelesdiscursos %eitos para eles no perceberem nada.

A – A 'aria, essa da sustentabilidade das 5nanças públicas %oi boa! "e ri*se#

Maluca – +u 4 que 4s t)t), 4s dos min&as, vem pr2aqui.

"ela dirige*se com um ar -angado para a H>, os outros vo atrs#

Maluca – l irmo!

M –  "dirigindo*se ao >njo# Hom dia, tu 4 que 4s o >njo S) tu 4 que me podes

sa%ar desta. Estou verdadeiramente tramada, o programa est a acabar e

<ortugal est cada ve- pior. (ei3a*me esconder a0

Anjo - >qui no entras, nunca ajudaste o teu pas e no tiveste coraçoquando viste pessoas na mis4ria.

M – Eu 4 que ten&o culpa 6oram os outros que 5-eram asneira.

Anjo – 7oc;s so todos iguais, quando c&egam ao poder esquecem*se do povo.

Maluca – "a cantar#P  <ovo 4 quem mais ordenaP

M – /ala*te, essa música arrepia*me.

A – Isto 4 %ado

B – >&, o tal %ado! : da >mlia

C – $o sei quem 4 a >mlia, mas gosto deste %ado!

Maluca – E eu gosto destas tr;s tot)s!Anjo – Ide embora, nen&uma de voc;s tem aqui lugar, sois pecadoras e nem

sequer mostrais arrependimento.

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R

M – 7amos amigas! "elas no se me3em e berra# et2s go!

B – F, let2s go.

C – 'as onde 4 que vamos

M – 7en&am comigo, vou buscar o relat)rio de contas. "dirigem*se @ HI#

A – /ontas 4 connosco.C – 7amos l ver esse relat)rio.

B – A 'aria tu no nos enganaste, pois no

Diabo – Entrem, entrem, depressin&a, o relat)rio est ali. Que belac&urrascada!

"entram na barca e ouvem*se gritos#

À barca! À barca, sen&ores* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

"omen# $o %utebol

(ouve*se o Cino Europeu, entram os &omens do %utebol com cac&ec)is ao pescoço#

Diabo

&'(

"omem

* l&a quem l vem!... s meus amigos da bola!

* >lto e para o baile! Qu2inda no c&egmos @ 'adeira.

'("omem

* m diabo de 3aile! S) pode ser brincadeira!

Diabo - $o %altar brincadeira nem almas p2ra subornar. Escol&am uma

cadeira. ?unto a mim vo remar.

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T

'(

"omem

&'(

"omem

* Endoideceu, o capeta! $unca se viu coisa assim!

* <arece uma borboleta! >%asta*te de mim! /&ega*te a ele, a

6ernandin&a no me dei3a e o meu coraço j no 4 o que era!

Diabo

Maluca

'(

"omem

&'(

"omem

'(

"omem

Diabo

* Ento 4s tu que vens comigo! 7ais ver que 4 este ano que gan&as o

campeonato!* Que jeitosos, sim sen&or0 "tenta abraç*lo# 7o com ele, 4 o que vos

conv4m!

* /ontigo no quero conversa! (i-*me l como posso gan&ar o

campeonato

* :s mesmo engraçado! >creditas que podes gan&ar. : como a

/&ampions, ias jogar a 5nal na u-! +en&o aqui um trun%o e vais ver

quem gan&a! "entra o Quaresma#

* A vel&ote no te metas. l&a o teu coraço! : esse o teu trun%o! $o

vais longe, esse j est com os p4s pr2a cova como tu. l&a o meu, o

Ivan /avaleiro! : o nosso salvador. "entra o Ivan#

* (ei3em*se disso! <odem dormir descansadin&os, aqui no meu JiateJ...

> ti arranjo*te uns resultados e tu tens a 6ernandin&a @ tua espera.

7en&am l pr2a min&a beirin&a. "%a- gestos convidativos#

&'("omem

- >5nal para que terra ides

Diabo * 7amos para a Il&a <erdida, partiremos de seguida, e v)s c "bate na

barca# 5cais mui bem!'(

"omem

&'(

"omem

Maluca

* À outra barca me vou. /ontigo no embarcarei.

* /oisa cornuda e esquisita. Espera a que vou contigo.

* l&a que amigos que eles esto! 6i-eram as pa-es! >&! >&!

Diabo – Ide, ide! Eu espero!Anjo * que v;m aqui %a-er vosso lugar 4 acol!&'(

"omem

'(

"omem

* >inda agora c&eguei e j me mandas embora l&a que o meu

coraço no aguenta!

* > mim tamb4m. <ergunta ao meu amigo se no sou boa pessoaQue justiça 4 essa

Anjo * : preciso descaramento pr2a %alares de justiça.&'( "para o público# Isso 4 %also! : mentira! Eu %ui ilibado!

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U

"omem

'(

"omem

Anjo

&'("omem

'(

"omem

Anjo

&'(

"omemAnjo

'(

"omem

 Jo*a$ore

#

Anjo

* > mim ningu4m me tira daqui, nem a bem, nem a mal!

 * >qui no mandam nada, nem subornam ningu4m. vosso lugar 4

ali "aponta para a barca do diabo#

* Subornar Quem subornei : mentira! <rovem!

* $o me %aças %alar! l&a que eu vi e ajudei!

* ? me esto a aborrecer. Ide @ outra paragem. > vossa lbia no

serve nesta viagem!

* /alúnias, isso sim! : s) inveja!

"apita e mostra*l&es o carto vermel&o# rdem de e3pulso! Ide*vos

embora!

* $o temos &ip)tese. 7amos embora.

* E n)s querido anjo <odemos entrar

- 7oc;s i de embora. >qui tamb4m no t;m lugar. $esta embarcaço

5cais todos do lado de %ora.

Diabo - Eu sabia que voltavam. Entrem, entrem. ra0 inter%ace entrar0<alavra*passe inserida0 >gora vou publicar os erros da vossa vida.À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

!en$e$ore#

(ouve*se o 9999999999999999, entram os vendedores c&eios de ouro e prata#

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1V

Diabo

&'(

!en$e$or

* +ra-eis mquina de calcular! 'uita %alta vos vai %a-er. 'uitospecados t;m de somar, e sem deduçWes a %a-er!* ? pareces a 'aria Laspar! > impor austeridade, a querer tudo ta3arsem pingo de piedade.

'(

!en$e$or

* $ada deves @ simpatia e sobra*te arrogXncia. +ens um ar que at4arrepia, %eio at4 @ última instXncia!

+'(

!en$e$or

- $o me agradas mesmo nada! <ortanto vou*me embora. 7ou @barca ali ancorada. 7amos daqui para %ora.

Diabo

&'(

!en$e$or

Anjo

'(!en$e$or

Anjo

+'(!en$e$or

&'( Anjo

'( Anjo

&'(

!en$e$or

'(!en$e$or

Anjo

+'(

!en$e$or

Diabo

* ir, ireis, mas voltareis! Eu esperarei e vos embarcarei!

* 7ais para que paragem 5gura de branco vestida Qual o preço da

viagem

* (e nada te serve o din&eiro. $em prata, ouro ou platina. $em arique-a do mundo inteiro te sa%am da tua sina.

* E que sina ser essa de que ests a %alar l&a aqui esta peça"mostra um colar#. <odemos negociar* u 4s estúpida0 perdoai! Sen&or! u 5nges no perceber. >qui novais embarcar! <We*te a me3er!* $a terra tin&a de trabal&ar. Escol&i esta pro5sso de ouro negociar. que 5- com per%eiço!* +amb4m com per%eiço enganaram muita gente, nunca tiveramcorreço, roubaram impunemente.* 7ais ter de pagar agora todo o mal praticado. /&egou a tua &ora.

7ai*te daqui embora.* S) mais uma coisin&a, se me 4 permitido! E as obras na capelin&ado meu bolso o%erecido*$o posso descontar as obras de caridade $o sevem para meperdoar aqui na eternidade* >s obras que 5-este, %oste depois descontar. >quilo que deste %ostesempre recuperar.* +eremos pois de voltar @quela embarcaço!

*Eu no disse que voltavam negociantes pecadores E aqui

embarcveis, meus gentis sen&ores Entrem, entrem! ra0inter%ace entrar0 <alavra*passe inserida0 >gora vou publicar oserros da vossa vida.À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores* Eu vos castigarei c!

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De#a,o Final

"uve*se a música do incio do Secret StorN. Entra a +eresa Luil&erme, com a :rica, a ?oana e o +iago, quando c&ega ao palco começa a %alar# 

Diabo l&a a min&a querida codril&eira de primeira! evaste muito m vida.6oste uma grande alcoviteira!

Tere#a uilherme  l coisa rosada. >tvia, tens que tomar! l&a*me essabarriga inc&ada! 7ais ver que vai regular0

Diabo (ei3a*te de publicidade. (aqui no levas nada! <oço de %utilidade. Entra eest calada!

Tere#a uilhermeY $o, no! Que eu gosto de %alar e segredos revelar!   "vira*se

para os seus meninos que estavam parados a ol&ar# l, meninos, vamos l ter a nossaúltima conversa. "os concorrentes riem*se#

Tere#a uilherme Esto*se a rir de qu; seus palermitas!  "vira-se para o diabo e

 para a ajudante do diabo# 

 Joana A +eresa, ac&a que nos vamos sentar no c&o

Tere#a uilherme  7oc;s dois ou duas, sei l, me3am*se e vo buscar tr;scadeiras, estes meninos t;m que ir ao con%essionrio!"a ajudante vai buscar 3 cadeiras, mas o Diabo fca urioso#

Diabo 'as o que vem a ser isto >qui quem manda sou eu! Sou eu que dirijo o

programa!

Tere#a uilherme Que grande maluca, isto 4 brincadeira da produço, certo Avo- diga*me l se 4 uma brincadeiraDiabo $o, E==>(! "imitando a vo-# <ensas que mandas 

Tere#a uilherme /ala*te, dei3a*me %a-er o programa. Quem manda 4 a vo-.Querida vo- diga*me se posso continuar!oz /laro, +eresa, pode continuar e despac&e*se.

Tere#a uilhermeY 7amos l começar o programa. A +iago, a sua me l; o

%uturo, no 4

Tia*oY : sim +eresa.

Tere#a uilhermeY > sua me deitou*l&e as cartas antes de entrar no (esa5o6inal : que eu ia*l&e perguntar se a me previu se ia sair ou se se ia embrul&arcom a HibiTia*oY <ois no leu, mas eu estou muito %eli- com a min&a Hibi e ten&o saudades.

Ela sabe que eu a amo muito!

MalucaY canta a música da Hibi O+ira a mo das min&as c&uc&asP diabo manda*a calar.

Tere#a uilhermeY l ?oanin&a, est a & tanto tempo que a5rmou que a casa j 4 mais real do que a vida real. /ontinua a ser assim > casa 4 um mundoper%eito

 Joana A +eresin&a no 4 bem assim, mas sinto*me mel&or aqui dentro.

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Tere#a uilherme Se a estrela do us bril&asse a0 at4 ia @ ua, no 4

Tia*o >i no0 "concordando#

 Joana Ento0 ia ser uma astronauta "ri*se# Estou a brincar!

Tere#a uilherme 7al&a*me todos os santos! $o jardim ouviu gritar O>mo*teP e julgou que o >lentejo estava mesmo ali0 Joana

 $o, no, no. Quem ouviu %oi o Hen =uben >li. uve bem que eu andei a%a-er 5guras tristes @ tua pala! Tere#a uilherme $o sei se %orma bem tristes. (isse*l&e OEspera por mimP eeu digo*l&e espera sentada0

 Joana $o +eresa, eu vou*l&e di-er. Eu disse at4 disse a ele que & muitas coisaspara %alar. <r2a resolver o que se passou aqui e tal. Eu j ten&o a min&a cabeçatoda queimada.Tere#a uilherme  +iago %artou*se rir @ pala da ?oana.

*************************************************************

Tia*o > ?oanin&a est apai3onada p2lo alentejano! Joana +u cala*te. Eu ?oana (inis alguma ve-.

Maluca l&a p2ra ela! $o est apai3onada0 4 s) rir.

Tere#a uilherme Eu at4 vou beber um bocadin&o da min&a gua ben-ida.

 Joana A +eresa eu juro*l&e por tudo quanto 4 mais sagrado, que eu e o Hen

ouvimos O?oanaP.

Maluca Est apai3onada e ouve vo-es na cabeça!!! ?oana, ?oana0

 Joana +u cala*te, no %alei contigo sua maluca..rica  +amb4m digo o mesmo! >gora c&egou a min&a ve-. +eresa, no meapresentou, 4 por eu ser madeirense ou por eu ser irresistvelTere#a uilherme &, :rica, estava a

 Joana > min&a pr)3ima viagem vai ser ao pas dela. 7ou tentar 5car assim jeitosa. "e ri*se como uma louca#Tere#a uilherme A querida, a 'adeira no 4 um pas! : uma il&a!

Tere#a uilherme Ento :rica, queria que o ?oo l&e desse um agradecimento

Que mal*agradecido!.rica "ri*se# Ele veio para me estabili-ar. Ele agora 4 um diabo manso!

Tere#a uilherme > entrada do ?oo amansou a %era que & em si

.rica : isso mesmo, ele veio*me estabili-ar. 'as as limpe-as continuam a moer*me o ju-o! : que no se aguenta! Este +iago s) dorme, limpar que 4 bom 4 pr2aesquecer! > casa est uma pocilga!Tia*o A +eresa, para mim c&ega!

Tere#a uilherme :rica o que l&e passou pela cabeça para atirar tudo para o

c&o.rica > +eresa viu a nojeira que aquilo estava So todos uns porcos iguai-in&os

@ (oriana.

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1B

Diabo /alou, mas que disparates 4 que voc;s esto p2ra a a di-er /&ega!!!!Entrem mas 4 na min&a barca "a!arra o bra"o da Érica#

 .rica E vamos para onde

Diabo $o 4s muito dotada "mudando de tom# 7amos para um stio quente, muito

quente.

.rica 7ou conseguir aumentar o meu número

Tere#a uilherme Querida :rica no diga disparates.

DiaboY /alem*se e entrem, entrem! >li dentro & de tudo!  " pu#a-os para entrarem nabarca mas $ interrompido#

.ricaY Eu s) vou se %or o ?oo. din&eiro j gan&ei, s) me %alta o meu ?oo!Quero um 3i0quero um 3iDiabo 'as que 4 isto, mais uma maluca

Tere#a uilherme 'as o que 4 isto meninos $o est nada disto no guio0

Diabo >cabou a treta, entrem para o largo dos enc&arcados.

Tere#a uilherme $o estou a gostar nada disto, vamos @quela barca. "diri!em-se % &A 'uando c(e!am a)em um ar de santin(os#

Tere#a uilherme A anjin&o, dei3a*me entrar a, preciso de terminar oprograma. >inda vou ser despedida.Maluca >leluia! E j vais tarde!

Tere#a uilherme /ala*te pal&aça! "mudando de tom# >njin&o, ol&a para mim, eusou uma santa mul&er que trabal&a em nome da verdade. Anjo +u s) sabes vascul&ar a vida dos outros, gan&as a tua vida a bisbil&otar0

7ai*te daqui! "+L 5ca em esttua, com um ar incr4dulo# Joana E eu anjin&o Sou outro anjin&o como tu, pelo menos era o que di-iam

quando dançava0 "4 interrompida#

.rica meu único erro 4 ser uma mul&er quente! 

Anjo lado quente 4 aquele! >qui no tendes lugar.

Diabo Entrem aqui! >qui est um 6rancisco, um ?oo, um <edro, um =ui0   "as

meninas entram a correr, todas %eli-es#. <aspal&o entra tamb4m. >qui dentro est a tuaHibi. Isto nunca %oi to %cil, eles v;m todos c ter, isto 4 estran&o! Ei ) tagarela

s) %altas tu, se queres continuar o programa, tem que ser aqui.Tere#a uilherme (evo estar a 5car maluca!

Maluca Isso querias tu!

Tere#a uilherme Hom, no posso perder aqueles cromos. /omo 4 que eu vou

%a-er o programa

Diabo /alou! ? c&ega, ests contratada! Entra! "empurra-a e e*a desata aos

berros# 

ra0 inter%ace entrar0 <alavra*passe inserida0 >gora vou publicar os erros davossa vida.À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

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1K

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

P/!/

"as personagens entram todas a reclamar dos impostos e dos cortes nos ordenados#

Companheiro – i!!! Que animaço!!!

Po%' * >nimaço vo ter voc;s, pertencem ao governo

Diabo * $)s >o governo (e certa %orma, sim. Eu ten&o um governo

quentin&o0

Campone#a & * $o acreditem, eles no esto de %ato e gravata e no t;mguarda*costas. $o so amigos do governo, nem da +roiFa.

Campone#a - +amb4m no so l da nossa aldeia, no t;m calos nas mos de

semear a terra e no t;m ar de desgraçadas como n)s!

Diabo * >calmem*se l. >5nal, por que gritam tanto

Pro%' * Queremos justiça! Sou pro%essor, trabal&ava & K anos e agora estou no

desemprego e ainda ten&o que %a-er um e3ame e ainda ten&o que pagar!

Querem que trabal&emos at4 aos anos, mas no nos do trabal&o! Eu s)quero dar aulas.

Campone#a & * E a n)s, o que nos adiantou semear tantas batatas +en&o as

mos c&eias de calos e agora ningu4m as compra. Esta agora0

Ar0uiteto * E eu $ingu4m constr)i casas e estou no desemprego. 6i- tantos

projetos e vou ter que emigrar.

Diabo * au, so to trabal&adores. Eu preciso mesmo de voc;s. Entrem aqui0

>qui & emprego para todos!!!

M1$ica * /alma, tu a mim no me enganas. Eu ten&o um curso superior e sei

quem tu 4s.

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1M

Maluca * Se cal&ar tem o mesmo curso do =elvas0

M1$ica * :s o (iabo e ests com ar de quem tem gripe >. "pega no estetosc)pio e

começa a auscultar o (iabo# +en&o aqui uns medicamentos0

Diabo – <ra l com isso ) melga!

Maluca* Ele tem gripe >

"recuam todos com medo#Diabo * +o inteligentes! Eu digo*te quem tem gripe >! Entrem e calem*se.

vosso emprego est l dentro. "tenta agarrar a m4dica mas ela a%asta*se#

2#tu$ante & – Ei, agora c&egou a min&a ve-. (i- l para onde vais porque eu

quero acabar o meu curso e no ten&o din&eiro para as propinas.

2#tu$ante  – Eu tamb4m no. Sou to inteligente e no vou poder estudar.

Diabo  – ra min&as lindas meninas, entrem que aqui & uma universidade

moderna.2#tu$ante# – > 'oderna $em pensar, n)s queremos cursos a s4rio.

Diabo – Estou a 5car cansado com esta gente to pouco inteligente.

Ar0uiteto - "que tin&a estado a observar a barca com ar atento# Losto desta construço,

4 di%erente0 +ens mais casas para construir

Diabo * /asas e at4 palcios! "e ri*se# Entrem!

Campone#a & * +u a mim tamb4m no me enganas, eu sou 5n)ria! Sai daqui

meu desgraçado, a no entro eu, %aço de ti uma al%ace! "vai na direço dele para l&ebater, a amiga segura*a#

Campone#a * $o l&e ligues 'aria. "vira*se para o (iabo# +u comigo0 viras polpa

de tomate.

Maluca - $ossa que biol;ncia! <recisam de ajuda

Diabo * A bando de desempregados, a5nal o que quereis

Mo$elo &* 6o%o0 eu queria um espel&o0

Mo$elo  – ? est na &ora do des5le > & uma passerelleDiabo * /laro, entrem as duas que j vo des5lar. /ompan&eiro, leva*as0

Companheiro * Entrem ricas que t;m ali um espel&o para os últimos retoques.

Mo$elo & * 7amos, j devemos estar atrasadas. 6o5n&a, vamos >quela sen&ora

com aquele visual %antstico vai indicar*nos o camin&o.

Mo$elo & * au, vamos poder des5lar numa passerelle nova!

Mo$elo * E vamos encontrar todos os vips!

"saem as duas com o compan&eiro a observarem as roupas dele#

Maluca * C gente culta! E & gente burra!

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1

Pro%' – > mim no me c&amas burra. +u nem percebes o que di-es, 4s como a

maioria dos meus alunos. Envio*te uma mensagem para o %ace, assim percebes

mel&or.

2#tu$ante & – que 4 que ests a di-er dos alunos s alunos so umas vtimas

dos pro%essores!

2#tu$ante  – E do Loverno!Diabo – 7o %a-er as vossas reclamaçWes l dentro. "aponta para a barca do (iabo# E

entrem voc;s tamb4m!

M1$ica * Hoa ideia, vamos. 7ou dar*l&e alguns rem4dios "tira cai3as do bolso#

"dirigem*se todos @ barca do >njo, a cantar a LrXndola#

Maluca - He quiet! "e toca uma bu-ina, 5cam todos em esttua#

Ar0uiteto * >njo do /4u, dei3a*nos entrar a. Eu %aço*te um projeto a um preço

especial0 podemos combinar as coisas0 $o 4 preciso ir a concurso. Lan&amosos dois.

Anjo * $o digas mais asneiras, no te c&egaram as negociatas que j 5-este

Ar0uiteto * Coje est tudo contra mim. Eu sou to bom &omem, nunca 5- mal a

ningu4m. "e a%asta*se com ar triste#

Campone#a & * >njin&o, eu posso entrar 6ui todos os domingos @ missa0 re-ei

sempre o terço!

Campone#a  * Eu tamb4m, re-vamos as duas. <ecados, quem no os tem En)s, todas as semanas nos con%essvamos.

Anjo * <or enquanto, aqui no tendes lugar.

Campone#a# * >&!!!! 'as o que 4 isto (ou*te um mol&in&o de grelos0

Anjo – ? disse, aqui no tendes lugar.

M1$ica &  – <recisas de ajuda anjin&o +en&o aqui uns medicamentos0 "tira as

cai3as#

2#tu$ante & – Eu sou uma vtima, vou ter que abandonar a universidade porque

no ten&o din&eiro para as propinas. +em pena de mim!

2#tu$ante  – E eu sou to estudiosa, posso ser uma e3celente pro5ssional e

no me dei3am terminar o curso.

Anjo  – Eu sei que tendes ra-o, mas tamb4m no estudavam assim tanto0

perdiam &oras e &oras em borgas.

2#tu$ante & – $)s

Anjo – $as <ra3es, nas discotecas, nas noitadas, nas cervejas, nos s&ots0

2#tu$ante# – Que injustiça!

Ar0uiteto – Eu 4 que vou entrar, vou renovar*te a casa.

Pro%' – Eu sempre ensinei tudo o que devia e raramente %altava.

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1R

Anjo – /&ega! Ide daqui, continuai a vossa luta e pensai nos vossos pecados.

Campone#a & – Esta agora, ests a c&amar*me pecadora > mim uma santa

mul&er

Campone#a   – (ei3a l, vamos continuar a nossa luta. <ode ser que

encontremos novos compradores.

Diabo - Eu sabia que voltavam. Entrem, entrem. ra0 inter%ace entrar0

<alavra*passe inserida0 >gora vou publicar os erros da vossa vida.À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!

B3ba$a#

(ouve*se 99999999999999999, entra a b;beda com uma garra%a na mo e a cambalear.#

B3be$a

& Diabo

B3be$a

* i comadre!

* >&! quem sois

* Somos amigas. : esta a nossa barca

Diabo * (e quemB3ba$a

&

(interrompendo*o) – (os b;bados0

Diabo

B3ba$a

B3ba$a

&

DiaboB3ba$a

* 7amos amigas. Subam para esta embarcaço, aqui se vo

divertir.

* /omo >os sss ou aos trabal&Wes /&issa /om mil pipas de

aguardente. >c&ei*me doente e estiquei o pernil.

* +alve- por causa das pingas!

* Entrem e calem*se que j no sabem o que di-em. 'as a5nal

porque morreram* +alve- por causa das pingas!

* (e qu;

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1T

Diabo

B3ba$a

&

Diabo

B3ba$a

B3ba$a

&

Diabo

B3ba$a

&

Diabo

B3ba$a

Diabo

B3ba$a

&

B3ba$a

B3ba$a

&

B3ba$a

B3ba$a

&

Diabo

B3ba$a

&

AnjoB3ba$a

* (as borrac&eiras, diaba surda.

* Est bem. 'as entrem.

* Ei, ei cuidado com a min&a garra%a0

* <ara onde vamos a5nal

* <ara o lago dos enc&arcados! (esgraçadas!

* E o vin&o : bom

* (a mel&or pipa!

* E onde 5ca isso

* $o In%erno!

* $o In%erno! 7ade retro satans!

* >lto l! <2ra a no vou eu! Sou borrac&ona, mas no sou tola.

(esaparece mais essa barca maldita!

* /angaceira, beiçuda!

* 'i3ordeira! 7in&o a martelo, no bebo eu! 7ou para aquela pipa.

7ou provar o branco.

* Espera a que eu vou contigo!

* Ide l, eu c vos espero! +en&o os vossos pecados aqui bem

apontados! "aponta para o ipad#* A da tasca

* que me queres

* Queremos que nos leves nesta pipa!

* (ei3em*me c ver0 o vosso cadastro celestial0 t;m aqui alguns

pecados.

* $o nego os meus pecados! Losto de vin&o!

* 'el&or di-endo. Lostamos de vin&o!* Que gostam j eu o sei, s) que ningu4m tem culpa desse vosso

vcio, muito menos a vossa %amlia.

* que 4 que eu ten&o a ver com isso $unca l&es pedi nada.

* +amb4m se pedisses ningu4m te dava nada! 7ai um golin&o

* Hasta! vosso ba%o j me incomoda!

* +u no queres um golin&o

* ? me esto a incomodar! Ide ter o capeta ana%ado!

* > c&amar*me ana%ado! >njin&o papudo! Quem 5ca com todos

sou eu.

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1U

Anjo

B3ba$a

&

B3ba$a

Anjo

B3ba$a

&

B3ba$a

Anjo

B3ba$a

&

Anjo

Diabo

B3ba$a

&

Diabo

* 7en&a da essa negra pipa, que o branco estava a-edo!

* >-edas ides 5car voc;s, entrem, entrem suas borrac&as! ra0

inter%ace entrar0 <alavra*passe inserida0 >gora vou publicar os

erros da vossa vida.

À barca! À barca, sen&ores

* (a rique-a imperadores...

* 6ostes l...

* 7inde, vinde impostores

* Eu vos castigarei c!