Jovem Socialista 489

socıalıstaJoVEM

ÓRGÃO OFICIAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA

Director Tiago Gonçalves

Directores-Adjuntos João Correia Edição Impressa e Luís Pereira Blogue

Equipa Responsável Ana Catarina Aidos, André Pinotes Batista, Bernardo Narciso, David Erlich, Guido Teles, Luís Medeiros, Marta Martins Pereira, Orlando Videira, Susana Guimarães e Vanessa Neto

NÚMERO 489 / 4 Nov 2009

02 CÁ POR DENTRO

Núcleos e Concelhias da JS vão a votos em Novembro

03 CÁ POR DENTRO

Duarte Cordeiro> Participou em debate sobre casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

REunıão EM lEıRıaPara analisar resultados eleitorais e perspectivar próximas iniciativas

> SECRETARIADO NACIONAL

> Os bastidores da Caravana Nacional do PS> As vitórias saborosas e a participação da JS nessas conquistas> Duarte Cordeiro assume lugar de deputado no Parlamento

LEGISLATIVAS E AUTÁRQUICAS2009

A HORA DO BALANÇO

02

CápordentroTermómetro

por João Correia [email protected]

SoluçãoO PSD continua sem “rei nem roque”. Já não é preciso que sejam outros a dizê-lo. É o próprio Marcelo Rebelo de Sousa que o afirma e, por isso, recusar avançar, ven-do o partido dividido e incapaz de ser opo-sição. O PSD não é solução de Governo... Mas será ainda capaz de ser oposição?

GovernarO novo Governo que resulta das eleições legislativas é, provavelmente, um dos com menor média de idades e ambiciosos que o país já viu. Há muitos problemas e temas para solucionar mas urge acreditar num novo tempo e numa vontade renovada de levar Portugal a ambicionar mais e melhor. A verdade é que o país só pode mudar com a força de quem ainda consegue acreditar...

TaxaOs portugueses habituaram-se a andar com o multibanco e a pagar assim as suas com-pras. Mas agora, uma Directiva Europeia, veio permitir que os comerciantes, possam aplicar uma taxa pelo pagamento efectuado nestes termos. Já existem taxas a mais...

JustiçaMais um processo com contornos pouco esclarecidos mas que indiciam a prática de corrupção. Apesar de tudo, o sentimen-to de impunidade começa a perder-se... nos Tribunais e não na comunicação so-cial, onde se julga sem se saber e se sabe sem se julgar.Novos tempos e uma nova ordem para acabar com um verdadeiro flagelo da nossa sociedade!

Programas de Estágio têm grande importância para a juventude açoriana

Primeiro Presidente socialista da Câmara Municipal de Leiria acompanhou o Secretariado Nacional e a estrutura concelhia da JS ao almoço

O Secretariado Nacional da Juventude Socialista (JS) reuniu-se no dia 24 de Outubro, em Leiria, a fim de analisar os resultados dos dois últimos actos eleitorais e de perspectivar as próximas iniciativas a desenvol-ver. A escolha da cidade de Leiria para acolher esta reunião verificou-se devido ao simbolismo da vitória eleitoral autárquica ocorrida no passado dia 11 de Ou-tubro, que levou Raul Castro e os socialistas leirienses,

pela primeira vez, à presidência do munícipio.A concelhia de Leiria da JS, presidida por Pedro Silva, preparou na sua sede um almoço de confraternização, onde além do Secretário-Geral, Duarte Cordeiro, e dos secretários nacionais, também participaram diversos dirigentes e militantes daquela concelhia e que foram honrados com a presença do presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro e da presidente da concelhia socialista, deputada Odete João.A primeira reunião do novo executivo municipal de Leiria decorreu na passada terça-feira, onde Gonçalo Lopes, que desempenhou diversos cargos na Juventude Socialista, tendo o último sido o de membro da Comissão Política Nacional entre 2004 e 2006, foi nomeado vice-presidente do município, numa reunião onde o executivo socialista aprovou um plano de redução da carga tributária aos municípes do concelho, cumprindo assim uma das suas promessas eleitorais. por Vanessa Neto [email protected]

Secretariado Nacional reuniu em Leiria para analisar resultados eleitorais e perspectivar próximas iniciativas

Quem o afirmou foi Berto Messias, líder da Juventude Socialista Açores, no plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, no âmbi-to da discussão das propostas de alteração do PCP aos programas de estágios profis-sionais na Região.

“Os programas de estágio são estágios profissionais e não podem ser desvirtuados. A proposta do PCP põe em causa princípios importantes deste programa e pode provocar o fim do conceito deste tipo de programas”, afirmou Berto Messias.Para o Presidente da JS Açores, “estes programas são muito positivos, têm um impacto muito importante para a vida de centenas de jovens açorianos que vêm aqui uma importan-te oportunidade de transição para a vida activa. Não nos podemos esquecer que apenas há pouco tempo é que ficou consagrado que os estágios profissionais deveriam ser re-munerados, no continente português. Devido a estes progra-

mas, desde 1998 que os jovens açorianos têm garantida uma remuneração na frequência do seu estágio profissional”.Messias disse ainda que “estes são, também, importantes incentivos à fixação e ao regresso de muitos jovens que es-tão no exterior a qualificar-se e querem regressar à sua ter-ra. Sabemos que não existem programas perfeitos e temos de estar atentos e fiscalizar os empregadores que tentem abusar destes mecanismos, mas sabemos também que a opção na formação profissional nos Açores tem sido uma evidência e diferencia positivamente os jovens açorianos dos jovens do resto do território português”.Berto Messias repudiou, ainda, o facto do PCP afirmar que esta proposta foi alvo de uma posição unânime das Associações do Conselho de Juventude dos Açores, o que não corresponde à verdade, condenando o uso abusivo do nome dessa Associações Juvenis.por Redacção com Gabinete de Comunicação da JS/Açores

[email protected]

da esquerda para a direita: Pedro Silva, presidente da concelhia da JS de Leiria, Odete João, presidente da concelhia do PS de Leiria, Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria e Duarte Cordeiro, Secretário-Geral da JS

JS do Baixo Alentejo reafirma que vitória autárquica é sinal de que a escola política continua a ser a JSA Juventude Socialista (JS) do Baixo Alentejo saudou, em nota de imprensa, todos os autarcas eleitos nas listas do PS e reco-nheceu o mérito e empenho aos candidatos “que não conseguiram por razões várias ser eleitos”. Neste documento relevam também a “clara vitória” alcançada pelo PS nas últimas eleições autárquicas, dizendo que foi um “sinal claro” da renovação política que está a acontecer na região. Para os jovens socialistas do Baixo Alentejo “a escola política que continua a ser a JS, alargando e reforçando os autarcas provenientes da Juventude Socialista, estando eleitos em câmaras municipais antigos dirigentes”. Terminam referindo que a JS inicia agora uma ronda de encontros pelos vários grupos jovens, que irá culminar nos próximos meses com a Semana Federativa da Juventude Socialista, onde marcará presença na região o Secretário-Geral da JS, Duarte Cordeiro. por Redacção com Rádio Voz da Planície [email protected]

Tiago GonçalvesDirector do Jovem Socialista

[email protected]

Continuar a ganhar a confiança dos portugueses

03

Editorial

Este é o editorial do primeiro Jovem Socialista após os dois últimos actos eleitorais nacionais, onde o PS se assumiu como o partido vitorioso desses sufrágios. É um facto que é de todos conhecido, pese embora, alguns dirigentes de outros partidos tentem camuflar, numa alusão que uma sátira do “Gato Fedorento” há bem pouco tempo retratou.

Mas ganhos que estão esses dois actos eleitorais, segue-se agora um trabalho de continuar, nalguns casos, a obra realizada, noutros, iniciar novos desafios, tendo em vista ganhar e merecer a confiança dos portugueses.

Registo ainda, outro facto, ocorrido há cerca de pouco mais de quinze dias, também a nível político nacional e que foi a primeira reunião do novo Parlamento, onde Duarte Cordeiro, Secretário-Geral da JS, Nuno Araújo e Hugo Pires, presidentes das Federações do Porto e de Braga, respectivamente, marcaram presença, sendo naturalmente um facto que enche de orgulho a Juventude Socialista, não só porque se vê representada na Assembleia da República, mas também porque a sua voz no Parlamento continua em boas mãos.

Por último, e porque no passado dia 29 de Outubro assinalámos um ano de funções desta equipa no Jovem Socialista, cumpre hoje fazer um balanço do trabalho que já desenvolvemos, o qual, sem a colaboração de muitos dirigentes e militantes da JS e do PS, não teria sido possível desenvolver da forma como o fizemos. Neste ano intenso de trabalho, espelho da mesma intensidade com que muitas das estruturas da JS vivem o seu dia-a-dia, foram muitas as experiências e as recordações positivas, desde o lançamento do blogue à participação na equipa do jornal de campanha do PS, o “Avançar Portugal”, dirigido pelo camarada Ascenso Simões, e que só por si, já valeram este desafio de liderar o Jovem Socialista.

É certo que “o caminho faz-se caminhando” e, ainda muito há a fazer, numa lógica de melhoria do que realizámos menos bem e de continuidade do que fizemos satisfatoriamente, não podia deixar de agradecer o empenho e a colaboração de todos aqueles que durante o último ano foram actores do Jovem Socialista e assegurar a todos que nos próximos 365 dias iremos continuar firmes nesta missão, abraçando-a com o mesmo espírito e com a mesma vontade de inovar e de fazer mais como fizemos até aqui.

Um abraço amigo do,

Duarte Cordeiro participou em debate sobre casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na TVI24

O casamento entre pessoas do mesmo sexo está de novo na agenda política, ainda que a direita se revele conservadora face ao assunto.

“Houve uma clarificação política do Partido Socialista que não existia anteriormente”, afirmou o Secretário-Geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro, no debate promo-vido pela TVI24, no passado dia 28 de Outubro, e no qual participaram representantes dos partidos políticos com assento parlamentar.

“Este não era um assunto que estava no programa de Governo em 2005 e o PS entendeu que não deveria aprovar, inscreveu-o no programa de Governo agora em 2009, tivemos eleições, e o resultado das eleições permitiu perceber que há na Assembleia da República uma maioria a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo”, referiu Duarte Cordeiro. O Secretário-Geral da JS assumiu que agora há que “avançar para uma nova fase”, tendo em vista um trabalho “conjunto” para aprovar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. “Não há razão nenhuma para que os homossexuais não se possam casar, não vemos nenhuma razão de fundo” e reforçou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo permite o acesso à igualdade e à dignidade, assinalando também que o casamento civil “não afecta a liberdade de ninguém”. Duarte Cordeiro referiu-se ainda à “oportuni-dade histórica” para por termo ao “tratamento indigno e discriminatório de anos e anos” que a comunidade LGBT tem sofrido em Portugal. por Luís Pereira

[email protected]

Eleições internas em todo o país, mobilizam a estrutura

Entre 1 e 30 de Novembro as estruturas de núcleo e de concelhia da Juventude Socialista vão a votos, com o objectivo de escolher os seus dirigentes para o próximo biénio. Estas eleições realizam-se de acordo com o previsto no Regulamento Geral Eleitoral de Núcleos, Concelhias e Federações, aprovado pela Comissão Nacional da JS, neste mandato, e cuja publicação se realizou na edição n.º 472, de 22 de Dezembro de 2008, do Jovem Socialista, estando também disponível no portal da Juventude Socialista na Internet (www.juventudesocialista.org).O Secretariado Nacional da JS já disponibilizou online as minutas necessárias para ambos processos eleitorais, podendo ser encontradas na zona da Sede Virtual, em formulários/processos eleitorais. À seme-lhança das directivas ditadas pelo Secretariado Na-cional, os processos eleitorais após a sua realização devem ser enviados para a Sede Nacional, num prazo

de 48 horas, devidamente preenchidos e de acordo com os passos indicados no regulamento. De acordo, ainda, com o regulamento geral eleitoral nenhum acto eleitoral poder-se-á realizar entre as 00h e as 9 horas.

Paridade nas listas aos órgãos de núcleo e de concelhia são novidade nestas eleições internasEstas são as primeiras eleições internas da Juven-tude Socialista, após a eleição dos actuais órgãos nacionais e da revisão estatutária introduzida pelo XVI Congresso Nacional, realizado em 2007 na Cidade do Porto, onde se aplica a obrigatoriedade de listas compostas por 33,3% de candidatos de um dos géne-ros. Além das disposições previstas nos Estatutos da JS, algumas normas sobre a aplicação prática dessa obrigatoriedade também se podem encontrar com maior detalhe no regulamento geral eleitoral. por Vanessa Neto

[email protected]

Núcleos e Concelhias da JS vão a votos em Novembro

Juventude Socialista augura maior cooperação com JMPLA

O Secretário Geral Adjunto da Juventude Socialista, Pedro Vaz, manifestou, em Luanda, a sua satisfação pela participação no VI Congresso da JMPLA e a disposição da organização política a que pertence de reforçar os laços de cooperação com a JMPLA. Pedro Vaz acrescentou que esta participação acon-tece igualmente no sentido de reforçar os laços de amizade entre as duas formações que vêm da mesma família política. Neste sentido, referiu que juntos poderão contribuir para um futuro melhor nas respectivas regiões em que se encontram envolvidas.por Redacção com Angola Press

[email protected] Secretário-Geral Adjunto da JS, Pedro Vaz, no VI Congresso da JMPLA.

04

Autárquicas 2009

a Js EstEVE lá!FAzEMOS, NESTA EDIçãO, UM RELATO NA PRIMEIRA PESSOA SOBRE

ALGUMAS DAS DISPUTAS ELEITORAIS OCORRIDAS NAS úLTIMAS ELEIçõES

AUTáRqUICAS, REALIzADAS EM OUTUBRO. NA CERTEzA DE qUE ERA

IMPOSSíVEL AqUI RETRATAR TODAS AS VITóRIAS E TODOS OS RESULTADOS

MENOS POSITIVOS, DEIXAMOS UMA SAUDAçãO ESPECIAL A TODOS OS qUE SE

EMPENHARAM NESSAS ELEIçõES, MOSTRANDO A ENORME FORçA DA JS.

» Foi com este slogan que o Partido Socia-lista, no passado dia 11 de Outubro, ganhou com maioria absoluta

a Câmara e Assembleia Municipais, para além de dois terços das Juntas de Freguesia do concelho e retirou as anteriores maiorias absolutas do PSD na Assembleia de Freguesia da Vila das Velas.Esta é apenas, na história das eleições autárquicas após o 25 de Abril, a segunda vez que o PSD é derrotado neste concelho, remontando a primei-

ra ao mandato 1989/1993, em que Frederico Maciel, como independente, ganhou tais eleições integrado numa lista de coligação do Partido Socialista com o então CDS.Notou-se durante a campanha, mas com maior incidência na sua parte final, que a população do concelho ansiava por mudança, dado o estado caótico a que havia chegado a Câmara Mu-nicipal e a esperança que suscitavam as listas do Partido Socialista em que elevado número de jovens marcavam a sua presença e o seu baptismo político.Com efeito a Juventude Socialista e muitos jovens independentes integraram as listas do Par-tido Socialista para quase todos os órgãos autárquicos, tendo muitos deles sido eleitos para a Assembleia Municipal e para as Juntas e Assembleias de Freguesia.De realçar também o papel de muitos jovens nas acções de campanha, nomeadamente na elaboração e divulgação de cartazes, material de campanha e distribuição de manifestos, para além do transporte de eleitores e serviço de mesa no comício de encerramento, que juntou no Pavilhão do Marítimo Velense para cima de seiscentas pessoas.Esta vitória veio dar nova esperança aos jovens do Concelho das Velas e, julgamos, novo impulso à sua participação nas actividades concelhias, através da implementação de políticas de juventude consentâneas com as aspirações dos jovens velenses.

» O combate eleitoral autár-quico em Lisboa terminou dia 11 de Outubro de forma histórica, com o Partido Socialista a conquistar a

sua primeira maioria absoluta na Câmara Municipal de Lisboa.Os méritos do candidato, António Costa, são inúmeros. A ele se deve a boa e séria governação dos últimos dois anos, em que

foram equilibradas e saneadas as finanças da autarquia, em que foram definidas prioridades para investimento, em que foram tomadas medidas inéditas e de grande impacto como o Orçamento Participativo, instrumento que veio para ficar. A António Costa se deve também a ampla unidade que congregou esta candidatura do PS, trazendo para o nosso lado o Movi-mento Cidadãos por Lisboa e a Associação Lisboa é muita Gente, liderados por Helena Roseta e José Sá Fernandes, respectivamente. Nas urnas unimos a população da cidade em torno do nosso projecto. Mas começámos esta caminhada meses antes, unindo o esforço do PS e da JS Lisboa. Apresentámos enquanto JS Lisboa, um programa de actividades de campanha que aceite pelo candidato e pelo Partido, veio a ter as suas principais propostas materializadas em acções de campanha. Organizámos, em período de campanha eleitoral e com a presença do candidato António Costa, uma reunião com representantes das maiores associações juvenis e estudantis do concelho; assim como apresentámos o Programa Jovem Unir Lisboa, que contou com a subscrição imediata de António Costa, Helena Roseta e Sá Fernandes, perante uma assistência de mais de uma centena de jovens lisboetas.Para a Vereação da cidade, tivemos um digno representante, o Davide Amado, que nos honrou e inspirou durante todo o período de campanha.Lisboa elegeu dois Presidentes de Junta de Freguesia militantes da JS, o reeleito Hugo Xambre Pereira e o André Couto. Ambos orgulham a JS Lisboa. Na Assembleia Municipal aumentámos assim mais um Deputado Municipal da JS.Um pouco por toda a cidade, temos eleitos da JS nas Assembleias de Freguesia e acrescentá-mos também membros da JS nos executivos das Juntas.Em 2013, estou certo, ainda seremos mais e melhores jovens socialistas a enfrentar desafios autárquicos em Lisboa. Aos elogios e agradecimentos que temos publicamente recebido pela parte que nos toca da campanha e da vitória, apenas podemos agradecer, desempenhando os nossos mandatos lealmente, honrando os programas que subscrevemos e o voto popular, suprema sanção que novamente daqui a 4 anos nos irá exigentemente julgar. Diogo Leão | JS/Lisboa

MoVıdos pElo

slogan “a

dıfEREnça Está EM

nós” ps dEstRona

psd da pREsıdêncıa

da câMaRa das

VElas, EM são

JoRgE - açoREs

Porém, a mudança inclui ainda uma alteração na conduta política: a prepotência político-partidária dará lugar, ao que tudo indica, à convivência democrática traduzida já na proposta do Partido Socialista para a integração de elementos da oposição na Mesa da Assembleia e no acordo com elementos de outras listas para participação nas actividades camarárias.O Presidente da Câmara foi claro no acto de posse ao afirmar que “sem esquecermos as nossas opções ideológicas e as nossas propostas eleitorais, procuraremos trabalhar com todos quantos queiram contribuir para o progresso e desenvolvimento do nosso concelho”, adiantando que “os cargos de confiança política serão preenchidos por pessoas que mere-cem, a nosso ver, tal confiança. Os cargos técnicos e da prestação de serviços serão preen-chidos pelos que julgarmos mais capazes, respeitando a legislação em vigor e baseando-nos no princípio de “a cada um tudo aquilo a que tiver direito; de cada um tudo aquilo que for seu dever”. No funcionalismo público teremos como critério de apreciação o nosso humanismo e critérios objectivos de produtividade”Começa-se a ver que, de facto, a diferença está em nós. Rui Maciel | JS/Velas

VıtóRıa dE costa

coM MaıoRıa

absoluta E doıs

pREsıdEntEs dE

Junta da Js

05

» Na preparação das eleições autárquicas o Secretariado do Partido Socialista convidou a JS Graciosa para participar na campanha eleitoral e para incorporar elementos em todas as listas pela Ilha Graciosa. Após essa reunião, delineou-se a estratégia a aplicar e a forma de como se efectuaria a campanha. A estratégia da campanha consistia numa primeira semana mais calma, ou seja, onde o PS e a JS fizessem o chamado “porta a porta” para esclarecer as pessoas das nos-sas propostas, e logo ai notamos um clima de abertura das pessoas para uma mudança de rumo nos destinos da nossa

autarquia e uma segunda semana mais dinâmica, com uma tourada, um jantar comício, dois concertos e dois jantares, um com agricul-tores e outro com pescadores. A JS participou intensamente nesta campanha, organizando muitos dos eventos realizados, com uma participação de jovens a apoiar muito acima das expectativas. Também efectuamos trabalhos de retaguarda, a participação nas mesas

de voto, enquanto membros e delegados e muitos outros contributos individuais que foram importantes para o bom resultado obtido.Como todos sabemos a Câmara Muni-cipal de Santa Cruz da Graciosa sempre esteve nas mãos do PSD, mas com as suas más políticas executadas ao longo dos anos, com as nossas boas listas, boas propostas e muita vontade de trabalhar conseguimos o nosso objectivo principal que era conquistar a Câmara Municipal pela primeira vez. Esta foi uma tarefa árdua, para que tal tivesse sucedido encetamos com os populares um diálogo muito importante para sabermos quais as suas necessidades e expectativas para o novo executivo, trocamos experiencias, realizamos reuniões com entidades e alguns particulares interessados, tudo em prol de um desenvolvimento sustentado do nosso Concelho.Agora esperamos que o PS não falhe nas suas propostas, que dirija a Câmara com responsabilidade e um total empenhamento. Tiago Avelar | JS/Graciosa

» Ter 23 anos e ser convidado para encabeçar uma lista a uma presidência de Junta não parece muito normal. Confesso que na primeira

vez que me foi dirigido o convite que o declinei. Teria que “hipotecar” o meu futuro e à partida seria uma candidatura derro-tada, como muita gente pensou, devido

à forte tradição que o PSD tem na Freguesia de Penhascoso, concelho de Mação. Mas a dificuldade do PS em conseguir um candidato para esta Freguesia, fez-me avançar, deixar de lado alguns sonhos e lutar pela minha Freguesia, de que tanto gosto. Parti para a luta e sabia que, assim como Obama afirmou um dia, eu não seria provavelmente o candidato perfeito. Era novo. Acabado de me licenciar, a preparar-me para dar entrada no mercado de trabalho, enquanto do outro lado estava um candidato que se preparava para o seu terceiro mandato.Nestes meios pequenos eu sabia que só poderia vencer de uma forma. Fazendo uma campanha de proximidade junto da população. Bater a todas as portas, falar com todas as pessoas, mostrar onde poderíamos marcar a diferença.Foi uma campanha difícil. Foi necessário uma grande dedicação, duas semanas de campanha, dias inteiros a bater a todas portas, andar à chuva, mas cheguei ao fim da campanha e percebi que era possível, que o trabalho efectuado poderia dar resultados, que se criou uma onda de vitória em torno da minha lista e que muito provavelmente no dia das eleições o PS seria o grande vencedor.Imcompreensivelmente no dia 11 acordei extremamente calmo e assim me mantive o dia inteiro, até na contagem dos votos. No fim o PS ganhou por 58 votos e fez-se história e festa no Penhascoso.Acordar no dia 12 foi o mais estranho. Senti o peso da responsabilidade de ter uma Freguesia a meu cargo e a vontade de não desiludir aqueles que votaram em mim. Agora aguarda-me quatro anos de muito trabalho e dedicação e só no fim quero que me dêm os parabéns, porque até aqui eu ainda não provei nada. Foi uma enorme alegria para mim, sobretudo pelo facto de ter ajudado o Partido Socialista a vencer num terreno difícil.quero Avançar Penhascoso!!Valter Filipe Marques | Presidente da Junta de Freguesia de Penhascoso

RESULTADOS ELEITORAIS

Assembleia de Freguesia de Penhascoso (Concelho de Mação)PS – 337 votos (52,9%) – 4 mandatosPSD – 279 votos (43,8%) – 3 mandatosPCP-PEV – 6 votos (0,94%) – 0 mandatosVotantes – 637 (79,63%) de 800 inscritos

ps VEncEu

santa cRuz da

gRacıosa pEla

pRıMEıRa VEz

» Para a JS Trofa, as últimas elei-ções autárquicas constituíram a mais importante experiência política que tivemos como intervenientes.

É difícil falar destas eleições sem alguma emo-ção. A vitória constitui para nós e para a Trofa uma oportunidade há muito tempo esperada.

Acreditamos inclusive que, quase 11 anos após a criação do concelho, a Trofa renasceu com a vitória do PS e da Drª Joana Lima. Um verdadeiro sonho, que contagiou muitos jovens trofen-ses e que tornou esta campanha, um singular movimento popular. Para nós, Joana Lima, foi inspiração e foi exemplo. A sua garra e determinação transpor-tou-nos para cada batalha e para cada luta com um crer infindável, mas a sua serenidade e competência permitiu-nos fazer uma política séria, de ideias e projectos para a Trofa.É referido pelos vários quadrantes políticos da Trofa, que a JS teve um papel importante nesta vitória. De facto, acredito que fizemos um bom trabalho.O nosso trabalho político extrapolou o período eleitoral. Desde Abril de 2008 que o nosso contributo politico é conhecido dos trofenses e realçado na comunicação social. Foram vários meses de aguerridas intervenções em todas as assembleias municipais e várias assembleias de freguesia. Foram meses de acutilância política com muitas comunica-ções de imprensa que focavam pontos de forte interesse da população.Fomos irreverentes, mas responsáveis. Criticámos, mas fomos alternativa. Aliás, como resu-mos de todas as nossas propostas, elaborámos um manifesto autárquico extenso e que alu-dia a muitas temáticas de interesse da população jovem e não só. Foi com este trabalho longo de intervenção política e de contacto com a população, que nos credibilizamos e crescemos.Este crescimento teve o seu auge no período de campanha, em que tivemos o mais forte movimento jovem do concelho (apelidado de movimento “Energia para mudar”). Este movimento organizado pela JS, constitui o motor de uma campanha de ideias e projectos para o concelho da Trofa, e que se bateu pelo sonho de devolver a Trofa aos Trofenses.Dia 11 de Outubro a mudança chegou, proporcionando ao PS mais uma câmara no distrito do Porto.Foi este o trabalho de meses que deu frutos. Um trabalho feito em prol da nossa candi-data Joana Lima, que deu verdadeiras oportunidades aos jovens socialistas. Acreditou em nós e nas nossas capacidades, responsabilizando-nos e permitindo que fossemos parte integrante do seu projecto.Para mim, enquanto coordenador concelhio, foi um gosto imenso liderar esta JS. Recheada de jovens valores, que deram o que tinham e não tinham durante meses, em busca de um sonho.Contudo, o desafio não terminou. Continuaremos atentos e a estar presentes no espectro politico trofense. Gostamos de fazer politica a sério, e é com este espírito que continuaremos a crescer. Marco Ferreira | JS/Trofa

tRofa Mudou

dE Mãos pEla

pRıMEıRa VEz,

dando a VıtóRıa ao ps

pEnhascoso

dá VıtóRıa ao

ps E ElEgE JoVEM

pREsıdEntE

dE Junta

Ao centro, na última fila, podemos ver Nuno Araújo e Hugo Pires, no hemiciclo de São Bento.

mento entre pessoas do mesmo sexo ou a acção social do ensino superior. Ter deputa-dos na Assembleia da República é uma oportunidade para as concretizar. Obviamente que temos consciência de que ser Deputado implica também fiscalizar a acção do Governo mas acima de tudo é uma oportunidade que temos para apresentar propostas que permitam ir ao encontro daquilo que são as nossas ideias desde há muitos anos.” O líder da JS abriu a porta ao diálogo: “temos a expectativa de aprovar propostas nas áre-as que referi, e temos consciência de que o temos de fazer em diálogo com o Governo e com outras forças políticas.” Finalmente, Duarte Cordeiro mostrou a sua determinação e convicção: “sentimo-nos capazes de abordar todos os desafios e entendemos que mais do que sermos deputados, estamos ao serviço das pessoas, nomeadamente dos jovens que confiaram no PS e na JS. Sentimos que temos uma missão a cumprir.”

Nuno Araújo junta-se a Duarte Cordeiro no Parlamento

» Na primeira sessão da nova Assembleia da República, o Secretário-Geral da JS, contou com a companhia de mais dois dirigentes da JS, Nuno Araújo e Hugo Pires, presidentes das Federações do Porto e de Braga, respectiva-

mente. Destes dois, Hugo Pires, entretanto eleito vereador na Câmara Municipal de Braga, optou pelas funções autárquicas, o que motivou amplo destaque na comuni-cação social regional. Assim sendo, Duarte Cordeiro e Nuno Araújo, são os deputa-dos da JS no Parlamento.

Duarte Cordeiro foi, entretanto, eleito para a vice-presidência da bancada parla-mentar do PS, na lista encabeçada por Francisco Assis. por David Erlich [email protected]

06

o Partido Socialista conseguiu, no distrito de Lisboa, um resultado muito semelhante ao nacional – respectivamente 36, 35 % e 36, 55 % dos votos. Tendo o PS eleito 19 deputa-dos por Lisboa, Duarte Cordeiro, que estava no 14º lugar da lista, foi eleito Deputado directamente pelos cidadãos. Esta eleição é representativa do vigor e da força da JS, que agora vê renovada a sua presença na casa da democracia.

Desde a sua eleição como deputado, Duarte Cordeiro teve já oportunidade de, em declarações aos media, afirmar posições marcantes. O líder da JS disse, sobre a proposta de referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, que a mesma “vem fora de tempo”, sendo “uma posição alarmista e desesperada de quem quer condicionar a discussão porque prevê que o processo de aprovação seja rápido”. Sobre a Educação, o jovem Deputado afirmou que o diálogo com a oposição é inevi-tável e recomendável.

questionado pelo Jovem Socialista sobre o que representa para si ter sido eleito De-putado, o líder da JS respondeu que “representa uma oportunidade para concretizar as propostas da JS”. Sublinhou que “a JS tem propostas políticas concretas que apresen-tou nas eleições, nomeadamente as relacionadas com o arrendamento jovem, o casa-

NAS RECENTES ELEIçõES LEGISLATIVAS, DE DIA 27 DE SETEMBRO, DUARTE CORDEIRO,

SECRETáRIO-GERAL DA MAIOR ORGANIzAçãO POLíTICO-PARTIDáRIA DE JUVENTUDE EM

PORTUGAL, FOI ELEITO DEPUTADO

Duarte Cordeiroeleito Deputado

Legislativas 2009

a Js EstEVE lá!

Uma perspectiva de dentro da

caravana nacional

Momento mais curiosoEstávamos a falar no hall de entrada, quando se chega al-guém por trás de mim e diz: “hum… conheço essas t-shirts de algum lado”. Eu virei-me a pensar em toda a gente do mundo menos no nosso Primeiro-Ministro. Depois cumpri-mentou-nos a todos e foi-se embora. (Duarte Pedroso)

A alegria, a festa e o convívio que se viveu em todos os comícios dando a sensação que aqueles milhares de pessoas eram amigos de longa data. (João Nicolau)

A descida no Porto, onde inicialmente se formou um grupo de jovens à volta de uma banda que abria a passagem de José Sócrates, e que no final era já um cordão humano com tantos populares a ajudar. (Pedro Duarte)

Momento mais embaraçosoNão havia tempo a perder. Atrasei-me bastante e a caravana foi-se embora. E eu fiquei em Baião. Claro que havia carros que me levaram ao destino… (Mariana Burguette)

O momento mais embaraçoso para mim foi a passagem da caravana pelo Seixal, onde nos aguardava os bem conhecidos “Homens da Luta”, Neto e Falâncio conse-guiram instalar a confusão total na arruada. (João Nicolau)

Momento mais gratificanteO Comício no Porto completamente cheio. (Mariana Burguette)

Foi ver todos os dias milhares e milhares de pessoas de bandeiras no ar a gritar “PS…PS…” (João Nicolau)

No dia 27 de Outubro, no Altis, aquando o resultado das eleições, ver toda aquela gente concentrada para festejar a vitória e o sentimento de dever cumprido. (Duarte Pedroso)

Momento mais engraçadoO Pedro Vaz a montar a bicicleta de um Senhor em Torres Novas, onde não faltava o volante de um carro e vários acessórios tal como o símbolo do Benfica. (Gil)

07

FOI SEGURAMENTE UMA DAS EXPERIêNCIAS MAIS GRATIFICANTES qUE Já TIVE. CREIO qUE NENHUM DE NóS ESqUECERá AS

DUAS SEMANAS INTENSAS qUE VIVEMOS, FAzENDO PARTE DA CARAVANA NACIONAL, DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL PARA

AS ELEIçõES LEGISLATIVAS DE 2009.

o combate avizinhava-se difícil, mas nem por um segundo duvidámos que a vitória seria nossa. Certo é também que a música que todas as noites ecoava nos comícios, “The battle”, do filme “O Gladiador”, nos lembrava da importân-cia do querer, do chegar mais alto, mais longe, por uma Nação, por Portugal.

De diferentes locais, com diferentes ideias, motivações, atitudes e perspectivas de futuro, unia-nos a mesma causa: o acreditar que todos somos precisos para “Avançar Portugal”.

“8 Horas da manhã no hall de entrada!”. Depois de poucas horas dormidas, a agenda era quase sempre a mesma e não havia que enganar: o dia avizinhava-se lon-go e difícil. Entre a manhã e o comício, que sinalizava o fim de mais um dia e a ânsia de termos cada vez menos tempo a nosso favor, eram longas viagens, campanhas de rua onde material de campanha era distribuído aos populares, que nos acolhiam com as suas diferentes tradições e histórias e a quem nós deixávamos um esclareci-mento, uma palavra e se mais não fosse possível, pelo menos um sorriso.

No fim do dia os pés doíam, mas ficava uma sensação de conforto, um sentimento de que cada um de nós tinha ali o seu papel e era importante por isso mesmo. Uns para organizar, outros para falar com as pessoas, uns para conduzir, e havia ainda os que com o seu bom humor nos punham sempre bem-dispostos. Cada um à sua maneira e na sua diferença fazia falta. Sentíamos que estávamos a fazer parte da História, ou pelo menos essa era a certeza, quando com o passar dos dias, as pesso-as demonstravam cada vez mais apoio e adesão. Era essa impressão que nos dava ainda mais forças para continuar nos dias seguintes.

Foi destas e de outras histórias que a caravana se fez (algumas são contadas em baixo), de pessoas que nos abordavam e encorajavam, também elas acreditando estarmos juntos na construção de um futuro melhor para todos. E foi assim, que no fim, de gargantas roucas, tivemos a sensação de um dever cumprido por Portugal.

Uma perspectiva de dentro da

caravana nacional

por Marta Martins [email protected]

AVAnçAR PoRTUGAL JS PRESEnTE

Jovem Socialista 489

Documents

Transcript of Jovem Socialista 489