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Medidas da Atividade Física:métodos e aplicações
Universidade Federal da Paraíba – UFPBDepartamento de Educação Física – DEF
José Cazuza de Farias Júnior
Atividadesda vida diária
Atividadesocupacionais
Atividade FísicaAtividade Física Caspersen CJ et al.Caspersen CJ et al.Public Health Rep, 100:126Public Health Rep, 100:126--31, 198531, 1985
Constructo Multifatorial
Atividadesde Lazer
Deslocamentos
Constructo Multifatorial
Exercício FísicoExercício Físico
Atividade Física
Caspersen CJ et al.Caspersen CJ et al.Public Health Rep, 100:126Public Health Rep, 100:126--31, 198531, 1985
Exercício Físico
Exercício Físico Atividade Física
2
Atividade Física
Aptidão Física
Desfechona Saúde
CapacidadeCardiorrespiratória
Medida objetiva
DoseIntensidadeFreqüência
Duração
Melhoria nos níveis Melhoria nos níveis de Aptidão Físicade Aptidão Física
çTipo ~ 1994
4
4,5
51 Qtil (baixo)
2 Qtil
3 Qtil
Nível de Aptidão Física vs MortalidadeBlair SN et al.,
JAMA, 262(17): 2395-2401, 1989
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Ris
co R
elat
ivo
Homens Mulheres
4 Qtil
5 Qtil (elevado)
0,60,70,80,9
1
Ris
co R
elat
ivo
Paffenbarger RS et al.,Paffenbarger RS et al.,N Engl J Med, 328: 538N Engl J Med, 328: 538--545, 1993545, 1993
Nível de AF e Mortalidade por DAC
00,10,20,30,40,5
R
<500 500-999
1000-1499
1500-1999
2000-2499
2500-2999
3000-3499
>3500
kcal/semana
3
0,8
10,8
1
Paffenbarger RS Jr et al.,N Engl J Med 1986; 314:605-613.
Atividade Física, Outros Fatores de Riscoe Risco de Morte por Todas as Causas
0
0,2
0,4
0,6
0,8
<500 500-1999 <2000
PAS<130PAS>130
hipertensão
NAF (kcal/semana)Pressão arterial(p<0,001)
0
0,2
0,4
0,6
<500 500-1999 <2000
não-fuma<20/dia
>20/dia
NAF (kcal/semana)Fumo(p<0,001)
Figura 1 – Risco relativo de morte em função do NAF e de outros fatores
Atividade Aptidão Desfecho na
DoseIntensidadeFreqüência
Duração
Kcal / MET/min/semMedida subjetivaMedida objetiva
MorbidadeMorbidadeMortalidadeMortalidade
~ 1995
Atividade Física
Aptidão Física
Desfecho na Saúde
CapacidadeCardiorrespiratória
Medida objetiva
DoseIntensidadeFreqüência
DuraçãoTipo ~ 1994
Melhoria nos níveisMelhoria nos níveisde Aptidão Físicade Aptidão Física
Atividade Física e Saúde: dose-respostaVolume 33 – number 6 – June 2001
Dose-Response Issues ConcerningPhysical Activityand Health: anEvidence-Based Symposium
Em 1993 American Heart Association, considera o sedentarismocomo fator de risco primário e independente para DAC
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Evolução das Medidas da Atividade FísicaEvolução das Medidas da Atividade Física
Ocupação profissionalOcupação profissional
Exercício físicoExercício físico
Atividade físicaAtividade física
PassadoPassado PresentePresente
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Atividade FísicaAtividade Física Aptidão FísicaAptidão Física
ProdutoProdutoProcessoProcesso
AspectosComportamentais
AspectosBiológico
Gasto energético vs
Nível de atividade física
Demanda Energética DiáriaDemanda Energética Diária
Metabolismo
Efeito térmicodos alimentos
Termogênese Facultativa~10%~10%
1515 30%30%
MetabolismoBasal
Metabolismode Repouso
Voluntário
~ 60-75%
~15~15--30%30%
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Por que medir atividades físicas?
Dose Resposta AF – Saúde
Monitorar os níveis de AF de diferentes grupos populacionais
Determinar a prevalência e distribuição dos níveis de AFDeterminar a prevalência e distribuição dos níveis de AF
Identificar fatores associados à AF (“determinantes”)
Avaliar ações intervencionistas voltadas à promoção da AF
Recomendação/prescrição da AF
Características Psicométricas
Reprodutibilidade Objetividade
Qualidade das Medidas
Validade
Qualidade das Medidas
Atividade Atividade FísicaFísica
FrequênciaFrequênciaDuraçãoDuração
Atividade Física: um comportamento complexoAtividade Física: um comportamento complexo
FísicaFísica
BiológicaBiológicaPsicológicaPsicológica
ComportamentalComportamentalCulturalCultural
AmbientalAmbiental
IntensidadeIntensidadeTipoTipo
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Medidas da AF: métodos e técnicasMétodos Laboratoriais Métodos de Campo
1. Fisiológicos
Calorimetria diretaCalorimetria indireta
1. Diário2. Classificação Profissional3. Questionários e entrevistas4. Marcadores Fisiológicos
Aptidão cardiorrespiratória2. Biomecânicos
Plataforma de Força
Aptidão cardiorrespiratóriaDoubly Labeled Water
5. Monitorização EletrônicaSensores de movimento
PedômetrosAcelerômetros
Monitores de FC6. Observação comportamental
Calorimetria Direta
1 kcal ________ 1oC
Medida: gasto energético total
Conservação de energia
DesvantagensDesvantagens- custo elevado- complexidade- limita a realização das AFs
Vantagens- precisão- medida objetiva- validação de outros métodos
Circuito fechado
Calorimetria Indireta(circuito aberto e fechado)
Medida: gasto energético total
Medida de VO2 e VC02(câmara ou espirometria)
- 1L O2 --------------- 4,86 kcal
Desvantagenscusto e complexidade elevados- custo e complexidade elevados
- baixa aplicabilidade- reatividade
Vantagens- precisão- medida objetiva- validação de outros métodos- equivalentes energéticos
Circuito aberto
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Doubly Labeled Water (DLW)
2H218O2
Medida: gasto energético total
Ingestão 2H218O2 – Equilíbrio – Dosagem
- Consumo – Excreção (7 - 14 dias)- Urina / Saliva / Sangue - Equações preditivas
Desvantagens- custo e complexidade elevados- baixa aplicabilidade- não identifica: FITD das AFs
Vantagens- precisão / padrão ouro- medida objetiva- validação de outros métodos- medida da AF free living
Observação Comportamental
Escolas / Parques / Empresas
Medida: IAF, GE, tempo/AF
Medida da AF: observa o comportamento(VHS e/ou Diretamente)
Desvantagens- reatividade - não reflete as atividades diárias- grande volume de dados
Vantagens- precisão- medida objetiva- custo e complexidade baixos
Sensores de MovimentoPedômetros
Sensível caminha / corrida / Modelos(57m/min – 107m/min)
Crianças / Adultos jovens / Idosos
Medida: GE, nº passos/dia(10 000 passos/dia adultos; 11 000 passos/dias jovens)
Medida da AF: contagem do nº passos
(10.000 passos/dia – adultos; 11.000 passos/dias – jovens)
Desvantagens- não captura outras AF / não reflete AFs- distinção de intensidade / AF estáticas- diferenças entre os modelos
Vantagens- custo e complexidade baixos - medida objetiva- não reativo
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Comparação entre 13 marcas de Pedômetros
0
20004000
6000
8000
os/d
ia
FR AC SK CO SL345 KZ YX200NL YX701 SL300 WL OM OR
**
*
Schneider PL et al.Medi. Sci. Sports Exerc. 36(2): 331-335, 2004.
-8000-6000
-4000
-20000
Pas
so
# # # # ## < Yamax SW-200
* > Yamax SW-200
AcelerômetrosCaltrac / CSA - Uniaxial
Não captura AF estáticas / MS / Modelos
Crianças / Adolescentes / Adultos
Medida: GE, count/min-1 / count/30seg-1
Medida da AF: aceleração do movimentoAF realizadas no eixo vertical
Desvantagens- não captura AF tronco e MS- intensidade da caminhada / corrida- diferenças entre os modelos
Vantagens- custo e complexidade médios - medida objetiva- pouco reativo / modelo
Análise da Monitoração do ActigraphAnálise da Monitoração do Actigraph
Intensidade AF Hendelman et al 2000 METsLeve 0-190,6 0-2,9Moderado 190,7-7525,7 3-5,9Vigoroso >7525,8 ≥ 6
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AcelerômetrosTritrac R3D – RT3 (triaxial)
Não captura AF estáticas
Crianças / Adolescentes / Adultos
Medida: GE, count/min-1
Medida da AF: aceleração do movimentoAF realizadas em três eixos
Desvantagens- não captura AF estáticas- intensidade da caminhada / corrida- custo relativamente elevado
Vantagens- relativa precisão- medida objetiva- pouco reativo
Análise na Monitoração do RT3Análise na Monitoração do RT3
Intensidade AF Counts.min METs
Leve 0-950 0-2,9
Moderado 951-2300 3-5,9
Vigoroso > 2301 ≥ 6Powell SM, Rowlands AV.MSSE. 36(2): 324-330, 2004.
Powell SM, Rowlands AV.Medi. Sci. Sports Exerc. 36(2): 324-330, 2004.
Comparação entre várias unidades do RT3(estudo com adultos, em diversas atividades física típicas)
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Powell SM, Rowlands AV.Medi. Sci. Sports Exerc. 36(2): 324-330, 2004.
Comparação entre várias unidades do RT3(estudo com adultos, em diversas atividades física típicas)
Powell SM, Rowlands AV.Medi. Sci. Sports Exerc. 36(2): 324-330, 2004.
Comparação entre várias unidades do RT3(estudo com adultos, em diversas atividades física típicas)
Monitoração da Freqüência Cardíaca
GE kcal
Crianças / Adolescentes / Adultos
Medida: GE, intensidade/tempo
Relação linear entre FC vs VO2 / FC / intensidade da AF
Vantagens
Desvantagens- curvas FC vs VO2 individuais- influência de fatores ambientais na FC- perda de sinal: computador/ celular- ligeira reatividade
g- boa precisão / relativo baixo custo- medida objetiva- baixa complexidade
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Análise da Monitoração da FCAnálise da Monitoração da FC
< 140 bpm – Leve> 140 bpm – Moderada> 160 bpm – Vigorosa
1.25 FCR – Leve1.50 FCR – Mod/vigorosa
Validação MFC, Pedômetro e RT3 acelerômetro(estudo com 30 adolescentes / Calorimetria Indireta)Eston RG et al. Appl. Physiol. 84(1): 362-371, 1998.
500in)
Trost SG et al.Medi. Sci. Sports Exerc. 32(2): 426-431, 2000.
R M
Nivel de AF: Final de semana vs meio da semana(estudo CSA acelerômetro, 7 dias de monitoração)
0
100
200
300
400
500
7 anos 10 anos 13 anos 16 anos
Idade (anos)
Tem
po (m
i
Meio da Semana
Final de Semana
7 anos 10 anos 13 anos 16 anos
Idade (anos)
Meio da Semana
Final de Semana
Rapazes Moças
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Diário de Atividade Física
Adolescentes > 12 anos e Adultos
Medida: GE, intensidade/tempo, NAF
Medida da AF: registro das AF / lista(intervalos de 15´/ 30´ / 1h)(entrevista / auto-administrado)
Desvantagens- medida subjetiva / único dia- volume elevado de informações- equivalentes energéticos
Vantagens- baixo custo / não reativo- identifica FITD- possibilidades de análise
2 2 2 21 1 1 11 1 1 11 1 1 11 1 1 11 1 1 11 1 1 3
1= 23 x 0,26= 5,98 2= 69 x 0,38= 26,223= 04 x 0,57= 2,28
34,48 kcal/kg/dia96
Interpretação de Informaçõesde um diário de AF
1 1 1 33 2 2 22 2 2
22
2 2 22 2 222 2 222 2 3 32
2 3 3 22 2 2 2
Ativo: ≥40kcal/kg/diaMod. Ativo: 39,9–36,9kcal/kg/diaInsuf. Ativo: <36,9 kcal/kg/dia
Blair SB,How to assess exer hab and phy fit, 1984
Mulheres HomensMulheres Homens
•• Leve Leve << 1,56 < 1,551,56 < 1,55•• Moderado 1 64Moderado 1 64 (1 6(1 6 1 8)1 8) 1 781 78
Nível de Atividade Física: Nível de Atividade Física: GEGE previsto vs Realprevisto vs Real
FAO/WHO, 1985FAO/WHO, 1985
•• Moderado 1,64 Moderado 1,64 (1,6 (1,6 -- 1,8) 1,8) 1,781,78•• VigorosoVigoroso > 1,82 > 2,10> 1,82 > 2,10
• GE Previsto: basal x gradiente do GE diário• GE real: determinado por medida da AF
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Estimativa do Gasto Energético Basal / RepousoEstimativa do Gasto Energético Basal / Repouso
• Homem: EM x SC(m2) x 24h
• Mulher: EM x SC(m2) x 24h
Equivalente Energético/mEquivalente Energético/m2
de Superfície Corporal/horade Superfície Corporal/hora
FAO/WHO, 1985FAO/WHO, 1985
Idade(anos) Masculino Feminino13 48 4514 47 44
Equações para Predição TMB
McArdle, Katch e Kacth, 2003McArdle, Katch e Kacth, 2003
( )15-16 46 4317-18 43 4019-20 41 3821-30 39,5 3731-40 39,5 36,541-50 38,5 3651-60 37,5 35
Questionário de Atividade Física
Adolescentes > 12 anos, Adultos, idosos
Medida: METs/min, intens./tempo, escores
Medida da AF: questões especificas AF- semana / mês / ano / histórico- são específicos: tipo de AF e grupo populacional
V t
Desvantagens- medida subjetiva- especificidade das AFs- dificuldades de interpretação
Vantagens- baixo custo / não reativo- identifica FITD- aplicabilidade elevada
Freqüênciade Prática
3 vezes/sem
Intensidadeda AF
5 METs
Peso corporalem kg70kg
Total de Tempo
X X XDuração
da AF1 h/vez
Medida de Gasto Energético
Total de Tempoda AF Semana3 horas/sem
Gasto energéticopor semana
15 METs/h/sem
Gasto Energético1.050 kcal/sem