JornApis nº5

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ISSN 2316-4794 JornApis JornApis, Número 5, Out/Dez, 2012 - Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA Informando sobre a apicultura cearense Produtos Apícolas: A CERA DAS ABELHAS: Curiosidades e importância (Página 4) O IV SIMPAVASF é um evento que visa reunir alunos, pesquisadores, professores e profissionais dos diversos elos da cadeia produtiva animal para promover a atualização e difusão de pesquisas realizadas no Semiárido Nordestino. Juntamente com o IV SIM- PAVASF, será realizada a III Mostra Científica da Zootecnia e o I Fórum de Pós- Graduação em Ciência Animal, que visa a divulgação das pesquisas existentes nos cur- sos de graduação (Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia) e pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Vale do São Francisco, UNIVASF. Serão realizadas 15 palestras, duas mesas redondas, 5 minicursos e uma mostra científi- ca. O evento ocorrerá de 04 a 07 de dezembro de 2012, no Complexo Multieventos da UNIVASF e contará com a participação de renomados profissionais oriundos de diver- sas regiões do país. Na área da Apicultura, teremos um minicurso com o título “Manejo de colmeias na caa- tinga, o qual será ministrado pelo Prof. Dr. José Everton Alves, do Curso de Zootecnia da UVA. Mais informações, acesse: http://www.univasf.edu.br/~simpavasf/ Será realizado em Sobral, de 07 a 09 de novembro deste ano, a X Agrinorte e o III Congresso Cearense de Agroecologia com o tema “Agricultura familiar e agro- ecologia: convivência com o semiárido. Haverá neste evento uma programação especial para apicultura, com um mini curso de Ecologia da polinização com abelhas, ministrado pelo Prof. Dr. José Everton Alves do Curso de Zootecnia da UVA. Toda a programação, inscrição, hospedagem e várias outras informações poderão ser observadas através do site: http://www.uvanet.br/cca/ . O evento está sendo realizado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Uni- versidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Prefeitura Municipal de Sobral e Governo do Estado do Ceará. IMPORTÂNCIA DA CARACTERIZAÇÃO DO MEL NO CEARÁ (Página 3) USO DA PRÓPOLIS NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES (Página 5) DICA DE LEITURA (Página 4) (Página 5) (88)36144333 Projetão da Câmara Setorial do mel do Ceará. Veja as novidades... (Página 6) GPAP MÓVEL: Uma colaboração para a extensão universitária da UVA (Página 2) Notícias da Apicultura de Monsenhor Tabosa CE (Página 2)

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Page 1: JornApis nº5

ISSN 2316-4794

JornApis JornApis, Número 5, Out/Dez, 2012 - Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA

Informando sobre a apicultura cearense

Produtos Apícolas:

A CERA DAS ABELHAS:

Curiosidades e importância

(Página 4)

O IV SIMPAVASF é um evento que visa reunir alunos, pesquisadores, professores e

profissionais dos diversos elos da cadeia produtiva animal para promover a atualização

e difusão de pesquisas realizadas no Semiárido Nordestino. Juntamente com o IV SIM-

PAVASF, será realizada a III Mostra Científica da Zootecnia e o I Fórum de Pós-

Graduação em Ciência Animal, que visa a divulgação das pesquisas existentes nos cur-

sos de graduação (Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia) e pós-graduação em

Ciência Animal da Universidade Federal do Vale do São Francisco, UNIVASF.

Serão realizadas 15 palestras, duas mesas redondas, 5 minicursos e uma mostra científi-

ca. O evento ocorrerá de 04 a 07 de dezembro de 2012, no Complexo Multieventos da

UNIVASF e contará com a participação de renomados profissionais oriundos de diver-

sas regiões do país.

Na área da Apicultura, teremos um minicurso com o título “Manejo de colmeias na caa-

tinga, o qual será ministrado pelo Prof. Dr. José Everton Alves, do Curso de Zootecnia

da UVA.

Mais informações, acesse: http://www.univasf.edu.br/~simpavasf/

Será realizado em Sobral, de 07 a 09 de

novembro deste ano, a X Agrinorte e o III

Congresso Cearense de Agroecologia

com o tema “Agricultura familiar e agro-

ecologia: convivência com o semiárido.

Haverá neste evento uma programação

especial para apicultura, com um mini

curso de Ecologia da polinização com

abelhas, ministrado pelo Prof. Dr. José Everton Alves do Curso de Zootecnia da UVA.

Toda a programação, inscrição, hospedagem e várias outras informações poderão ser

observadas através do site: http://www.uvanet.br/cca/.

O evento está sendo realizado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Uni-

versidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

do Ceará (IFCE), Prefeitura Municipal de Sobral e Governo do Estado do Ceará. IMPORTÂNCIA DA

CARACTERIZAÇÃO

DO MEL NO CEARÁ

(Página 3)

USO DA PRÓPOLIS

NA ALIMENTAÇÃO

DE RUMINANTES

(Página 5)

DICA DE LEITURA

(Página 4)

(Página 5)

(88)36144333

Projetão da Câmara Setorial do mel

do Ceará. Veja as novidades... (Página 6)

GPAP MÓVEL: Uma colaboração

para a extensão universitária da UVA (Página 2)

Notícias da Apicultura de Monsenhor Tabosa – CE

(Página 2)

Page 2: JornApis nº5

JornApis

Casa do Campo (88) 3611.3267

O GPAP Móvel é uma ferramenta de divul-

gação dos trabalhos do grupo de estudantes (Grupo

de Pesquisas com Abelhas e Polinização-GPAP),

dos produtos obtidos das abelhas e levar informa-

ções diversas sobre o fascinante mundo das abelhas

e de polinização à comunidade.

Foram realizados duas versões do GPAP

Móvel em Sobral-CE, o primeiro em 23 de agosto

de 2012 na feirinha da Praça São João, das

18h00min às 22h00min e o segundo no dia 15 de

setembro de 2012, das 8h00min às 12h00min, no

Becco do Cotovelo.

Com a degustação de mel, exposição de

banners e folders, o evento chamou muita atenção

dos frequentadores, que demonstraram grande fascínio com as informações apresentadas. Dentre as atra-

ções a colmeia de observação com uma colônia de abelhas africanizadas se destacou em atrair o público.

Foram expostos mel e pólen apícola para degustação. O pólen apícola despertou interesse em

várias pessoas, por se tratar de um produto novo para alguns.

Os integrantes do GPAP sentiram-se satisfeitos com os resultados deste programa, por poder

repassar as informações para algumas pessoas que nunca tiveram contato nenhum com a atividade além

de receberem muitas informações valiosas para serem discutidas e usadas como indutoras do conheci-

mento científico. Esses dois eventos do GPAP Móvel foram o ponta pé inicial para vários outros que

irão ocorrer em diversos lugares abertos ao público.

Página 2

GPAP MÓVEL: Uma colaboração para a extensão universitária da UVA Talícia de Lima Marinho

O município de Monsenhor Tabosa vem se

destacando pela produção de mel e pelo be-

neficiamento de aproximadamente 12 tonela-

das anuais de mel em sachês, que são desti-

nados aos municípios cearenses de Santa

Quitéria, Crateús, Novo Horiente, Parambú,

Nova Russas, Poranga, Ipaporanga e Monse-

nhor Tabosa.

Diante do crescimento da atividade no muni-

cípio, foi realizado em junho de 2012, um

encontro com os atuais e futuros apicultores de Monsenhor Tabosa. O evento foi organizado pelo presi-

dente da Associação Taboense de Apicultores, Sr. Algaci Abreu de Mesquita com o objetivo principal de

discutir os projetos futuros de ampliação e melhoria das condições dos atuais apicultores. Na oportunida-

de esteve presente o Eng. Agrônomo Flamarion Alencar Cavalcanti.

NOTÍCIAS DA APICULTURA DE

MONSENHOR TABOSA – CE

GPAP na WEB:

blogdogpap.blogspot.com.br

CONTATO COM GPAP: [email protected]

CONTATO COM JornApis:

[email protected]

Page 3: JornApis nº5

JornApis , n.5, Out/Dez, 2012 Página 3

IMPORTÂNCIA DA CARACTERIZAÇÃO DO MEL NO CEARÁ

Prof. Dr. Júlio Otávio Portela Pereira1 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Campus Sobral, Av. Dr. Guarani, 317,

62040-730, Derby Clube, Sobral-CE. [email protected]

Colméia.com (85) 8884.3344

(85) 8884.3334

Os produtos apícolas, em especial o mel de abelhas africanizadas, passam hoje por um processo de

melhoria na qualidade de produção através da adoção de procedimentos chamados de BPF - Boas Práticas

de Fabricação, com o intuito de proporcionar aos consumidores, produtos de elevada qualidade, e aos api-

cultores novos mercados para seus produtos. Nesta ótica, a caracterização do mel é realizada por meio de

diversas análises: identificação de sua origem floral, análise físico-química, microbiológica e sensorial, a-

testando então sua qualidade e locais de produção, gerando informações de rastreabilidade e subsidiando a

escolha do melhor mercado a ser introduzido (BENDINI et al, 2008; SANTOS et al, 2011).

No estado do Ceará alguns estudos (FREITAS, 1991; NORONHA, 1998; SILVA, 2006; NASCI-

MENTO, 2011;) tem demonstrado uma grande variação das características físico-químicas e sensoriais dos

diversos méis produzidos, no entanto, se faz necessária a ampliação destas pesquisas, referentes à qualidade

dos méis associada à insuficiente utilização das boas práticas que são um conjunto de normas e procedi-

mentos usados para salvaguardar a qualidade dos produtos manipulados pelo homem, desde sua coleta pas-

sando pelo seu beneficiamento e envase, e por fim observando seu armazenamento e expedição (SILVA et

al, 2009, ALVES et al, 2011).

No Estado do Ceará instituições como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

(IFCE), a Universidade Federal do Ceará (UFC), e a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) vêm

desenvolvendo novas tecnologias e gerando informações oferecidas aos produtores através de cursos aos

níveis técnico, de graduação e pós-graduação para a ampliação de sua qualificação, de forma a melhorar a

produtividade e a qualidade de seu produto.

Diante do exposto, sugere-se aos produtores e suas associações que busquem caracterizar seus

méis como forma de agregar maior valor, além de participarem de cursos de aperfeiçoamento que os quali-

fiquem para garantir a qualidade em toda cadeia produtiva do mel da apicultura cearense.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, T. T. L.; SILVA, J. N.; MENEZES, A. R. V.; HOLANDA NETO, J. P de. Caracterização físico-química e avaliação

sensorial dos méis produzidos por abelhas Apis mellifera L. oriundos de diversas floradas da região do Cariri cearense. Revista

Verde (Mossoró-RN-BR), v. 6, n. 2, p. 169 –175 abril/junho, 2011.

BENDINI, J. do N.; SOUZA, D. C. Caracterização físico-química do mel de abelhas proveniente da florada do cajueiro. Ciência

Rural, v. 38, n. 2, Santa Maria, RS. p. 565-567, 2008.

FREITAS, B.M. Potencial da caatinga para a produção de pólen e néctar para a exploração apícola. 1991. 140f. Disserta-

ção (Mestrado): Universidade Federal do Ceara, Fortaleza, 1991.

NORONHA, P.R.Q. Caracterização de méis cearenses produzidos por abelhas africanizadas: parâmetros químicos, composição botâ-

nica e colorimetria. 1997. 147f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1997.

NASCIMENTO, A.S. dos. Caracterização botânica e geográfica do mel de Apis mellifera L. produzido no território do

recôncavo da Bahia. Cruz das Almas, BA, 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cen-

tro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, 68f, 2011.

SANTOS, D. da C.; OLIVEIRA, E.N.A.; MARTINS, J.N. Caracterização físico-química de méis comercializados no município

de Aracati-CE. Acta Veterinaria Brasilica. v. 5, n. 2. p. 158-162, 2011.

SILVA, K.F.N.L.; QUEIROZ, A.J.M.; FIGUEIREDO, R.M.F. de; SILVA, C.T.S.; MELO, K.S. Características físico-químicas

de mel produzido em Limoeiro do Norte durante o armazenamento. Revista Caatinga, Mossoró, v.22, n.4, p.246-247 254, 2009.

SILVA, R. A. Caracterização da flora apícola e do mel produzido por Apis mellifera L., 1758 (Hymenoptera: Apidae) no

Estado da Paraíba. 2006. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal da Paraiba. 99f, 2006.

(85) 9907.0288

www.implavel.com.br

(88) 3565-0717

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Dica de Leitura 1:

Polinizadores e pesticidas: princípios e manejo para os agroecossistemas brasileiros.

A questão da polinização agrícola tem sido ponto central em várias discussões

mundo afora sobre a sustentabilidade dos ecossistemas e sistemas agrícolas e a

produção de alimentos no mundo.

Neste contexto, os pesticidas tem se mostrado um sério problema e apesar de já

haver uma quantidade razoável de informações a respeito da sua forma de ação

sobe os polinizadores agrícolas (principalmente abelhas) e efeitos letais e sub-

letais, essas informações geralmente se encontram espalhadas em vários artigos,

comunicados técnicos de empresas produtoras de pesticidas, reguladoras do gover-

no ou particulares, e, quase sempre em outras línguas.

O livro em questão não é para venda e pode ser solicitado em sua versão impressa diretamente ao MMA

(endereço no verso da capa do pdf abaixo).

O livro está disponível na internet gratuitamente e pode ser acessado e baixado no site:

https://www.dropbox.com/sh/qlhnqdpy96vemd4/9ci7WN1hpP

JornApis

A CERA DAS ABELHAS: Curiosidades e importância. Patrícia Matias Araújo1

1Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Av. da Universidade, 850, Campus da Betânia,

62040-370, Sobral-CE. [email protected]

A construção do favo pelas abelhas com a cera é uma verdadeira obra de engenharia , pois com

uma pequena quantidade de matéria prima elas conseguem construir recipientes com grande capacidade

de armazenamento de volumes.

A cera de abelhas é tão antiga quanto a própria história das abelhas e de sua exploração pelo ho-

mem. Foram encontrados blocos de cera inalterados em túmulos egípcios e em navios naufragados. Co-

mo a cera possui oxidação lenta, dura por muito tempo, desde que não seja atacada por traças da cera ou

exposta a altas temperaturas.

A cera é produzida por quatro pares de glândulas cerígenas, que se localizam no abdômen das

abelhas operárias estão geralmente mais ativas na faixa entre dez e dezoito dias de idade. Secretam a ce-

ra em forma líquida a 36 graus, que se solidifica imediatamente em pequenas lâminas finas e transparen-

tes. Essas lâminas são recolhidas pelas patas dianteiras, e após sofrer um processo de mastigação e adi-

ção de secreções, são moldadas com as mandíbulas para o uso principalmente na construção dos favos.

A matéria-prima da cera é o próprio mel que as abelhas transformam em gordura. Para isso as

abelhas enchem seu estômago de mel e se posicionam em forma de cacho. O calor gerado pelo metabo-

lismo do mel eleva a temperatura ambiente e horas mais tarde começam a segregar a cera. Se o apicultor

alimentar as abelhas com um xarope rico em carboidratos ela também conseguirá a produção de cera.

Estima-se que para produzir um quilo de cera, as abelhas necessitam ingerir entre 6 e 7 quilos de mel.

Quando as abelhas enxameiam elas viajam com o estômago cheio de mel, com o objetivo de

construir sua nova colônia num oco de árvore ou qualquer lugar que sirva de abrigo. Quando isto aconte-

ce é mais fácil observar as lâminas de cera se soltando do abdômen das abelhas.

Para o homem, a cera tem aplicação na produção de velas, impermeabilizantes, confecção de cos-

méticos, serve de base para certos remédios, além de outros produtos industriais.

Página 4

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados."

(Mahatma Gandhi)

Page 5: JornApis nº5

USO DA PRÓPOLIS NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

Rildson Melo Fontenele1 1Doutorando em Zootecnia. Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia, Programa

de Pós-Graduação em Zootecnia, Campus do Pici - Bloco 810, 60021-970 Fortaleza – CE. [email protected]

A própolis tem sido objeto de várias pesquisas na área de zootecnia. No entanto, o maior número de

trabalhos recentes concentra-se na área de ruminantes, pelo possível uso da própolis como aditivos e pro-

motores de crescimento.

A própolis é uma substancia resinosa, coletada pelas abelhas Apis mellifera, de diversas partes da

planta como broto, botões florais e exsudados resinosos. A palavra própolis é derivada do grego [pro= em

defesa de] e [polis = cidade], isto é, em defesa colmeia (BURDOCK, 1998). A sua composição química é

bastante complexa e variada, estando intimamente relacionada com a ecologia da flora de cada região visi-

tada pelas abelhas. De modo geral, contém 50-60% de resinas e bálsamos, 30-40% de ceras, 5-10% óleos

essenciais, 5% de grãos de pólen, além de microelementos como alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, cobre,

manganês e pequenas quantidades de vitaminas B1, B2, B6, C e E (GHISLBERTI, 1979).

A própolis e alguns de seus componentes possuem efeitos sobre a permeabilidade da membrana cito-

plasmática bacteriana aos íons, causando a dissipação do potencial de membrana, o que a caracteriza como

substância ionófora. A ação dos ionóforos no rúmen ocorre por mudanças na população microbiana, sele-

cionando as bactérias gram-negativas, produtoras de ácido succínico ou que fermentam ácido láctico e ini-

bindo as gram-positivas, produtoras dos ácidos acético, butírico e láctico e H2.

As vantagens do uso de própolis na alimentação de ruminantes são: manutenção das condições rumi-

nais; aumento da produção de propionato em 10,3%; inibição da atividade de desaminação de aminoácidos

pelos microrganismos ruminais; redução da produção de gases como o metano que é responsável pela des-

truição da camada de ozônio; e controle de helmintoses por reduzir a ovoposição dos endoparasitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURDOCK, G.A. Review of the biological properties and toxicity of bee propolis. Food and Chemical Toxicology, v.36, p.347

-363, 1998.

GHISALBERTI, E.L. Própolis: a review. Bee World, v.60,p.59-84, 1979.

JornApis , n.5, Out/Dez, 2012 Página 5

Dica de Leitura 2: Polinizadores no Brasil – Contribuição e perspectivas

para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais.

Produzido pelo Grupo de Pesquisa de Serviços Ambientais do Instituto de Estudos Avan-

çados (IEA) da USP, a obra mostra os resultados de trabalhos científicos realizadas por 85

pesquisadores e que foram apoiadas pelo CNPq e pelo Fundo Setorial do Agronegócio. A

base do conhecimento gerado provêm de um projeto temático cujo título é

“Biodiversidade e uso sustentável de polinizadores, com ênfase em abelhas Meliponini”.

Este projeto foi coordenado pela Profa. Dra. Vera Lúcia Imperatriz Fonseca

(Universidade Federal Rural do Semiárido) no âmbito do programa BIOTA-

FAPESP, a qual também liderou a organização do livro no grupo formado

por Dora Ann Lange Canhos (Centro de Referência em Informação Ambien-

tal -Cria), Denise de Araújo Alves (Universidade de São Paulo) e Antonio

Mauro Saraiva (Escola Politécnica da USP). Este livro homenageia o Prof.

Dr. Paulo Nogueira Neto e o Prof. Dr. César Ades pelo conhecimento gera-

do e pelo papel desempenhado por eles à causa ambiental.

Em síntese, o livro mostra como os polinizadores do Brasil estão inseridos

no contexto ambiental considerando o seu impacto na agricultura, na biodi-

versidade e no agronegócio.

Para adquirir esta obra, entre no site:

http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=413445

Da esquerda para a direita. Primeiro

plano: Dr. Paulo Nogueira Neto e Dra.

Denise de Araújo Alves. Segundo

plano: Dr. Antônio Mauro Saraiva,

Dra. Vera Lúcia Imperatriz Fonseca e

Dra. Dora Ann Lange Canhos.

Foto: Blandina Felipe Viana

Page 6: JornApis nº5

E X P E D I E N T E

JornApis ISSN 2316-4794

O JornApis é uma publicação trimestral do Grupo de Pesquisas

com Abelhas e Polinização da

UVA

JornApis, n.5, out/dez, 2012

Tiragem: 400 exemplares

[email protected] Impressão: Egus -Editora Gráfica

Universitária Sobralense.

Editores

José Everton Alves

José Elton de Melo Nascimento Universidade Estadual Vale do

Acaraú—UVA Av. da Universidade, 850. Campus da

Betânia. 62.040-370, Sobral-CE

Colaboradores Fernando Rocha Aguiar

Jânio Angelo Félix

João Paulo de O. Muniz

Patrícia Matias Araújo

Talícia Lima Marinho

Yan Igor de Oliveira

Jéssica Clemente

PARCEIROS DO GPAPPARCEIROS DO GPAPPARCEIROS DO GPAP

Prefeitura

de Sobral Sec. da Agric. e Pecuária

PATROCINADORES DO

JornApis

JornApis Página 6

PROJETÃO DA CSMel: Estruturação e qualificação da Apicultura

do Ceará

Vinicius Araújo de Carvalho1 1Presidente da Câmara Setorial do Mel do Estado do Ceará. [email protected]

Será lançado na próxima reunião da CSMel, no dia 15 de outubro próximo,

na ADECE, o Projetão da CSMel, que buscará promover a expansão do setor apícola

do Estado do Ceará. O projeto procurará atender parte da demanda do setor, que care-

ce de melhorias de produtividade, diversificação e qualidade dos produtos ofertados.

Apesar de haver no Estado do Ceará aproximadamente 300 unidades de ex-

tração de mel distribuídas em mais de 150 municípios, somente 15% delas, estão cer-

tificadas ou em processo de certificação do Selo de Inspeção Federal (SIF). Outros

pontos de estrangulamento para o avanço da apicultura são a baixa produtividade e a

estabilização do tamanho dos apiários e da qualificação dos apicultores.

Para atender às necessidades de melhoria da qualidade do mel do Ceará será

implantado o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de

Origem Animal (RIISPOA) nas casas de mel que necessitam. A proposta qualificará

200 unidades de extração de mel, de forma a atender a 10.000 apicultores do Ceará.

Será realizado um censo para avaliar a capacidade de ampliação dos apiários

de cada unidade produtora. Com base neste censo, serão tomadas medidas que visam

impactar as exportações através do incremento, num prazo de quatro anos, de 3.600

toneladas para 12.000 toneladas. Estas medidas promoverão um aumento de 257% na

produção de mel no Estado Alencarino.

Ainda baseados no censo, serão confeccionados subprojetos de ampliação de

apiários e de reforma das casas do mel, profissionalizando ainda mais a apicultura.

Serão ofertados 200 cursos avançados com o objetivo de fixar técnicas de

manejo direcionadas ao aumento da produtividade de 25kg, para 40kg/colméia/ano.

Espera-se com este PROJETÃO DA CSMel, poder atender às demandas da

apicultura cearense. Para isso, a Câmara Setorial do Mel contará com o apoio do Go-

verno do Estado do Ceará, SEBRAE, SENAR, FAEC, SDA e demais parceiros.

Para obter mais informações, os interessados deverão procurar o Sr. Vinícius

Araújo de Carvalho pelos telefones (85) 3383.0060 e (85) 9907.0288.

ESPAÇO RESERVADO À EGUS/INTA

(88)36144333

Prof. Orientador

Prof. Dr. José Everton Alves

MESTRADO EM ZOOTECNIA

O Curso de Mestrado em Zootecnia da Universidade Estadual

Vale do Acaraú (UVA) em parceria com a Embrapa Caprinos e

Ovinos, receberá em novembro próximo inscrições para os

candidatos. Maiores informações: (88) 3611-6527

E-mails: [email protected] e [email protected]

VESTIBULAR DA UVA

Estarão abertas as inscrições para o vestibular da UVA para diversos cursos,

inclusive para Zootecnia, para o qual serão ofertadas 50 vagas. O período de

inscrição serão de 22 de outubro a 9 de novembro de 2012.

Maiores informações no pelo site: https://vestibular.uvanet.br/