JornApis nº 8

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DICA DE LEITURA Flora Apícola no Nordeste Conheça algumas plan- tas de importância apí- cola na região semi árida do Brasil. (Página 7) ISSN 2316-4794 JornApis JornApis, Número 8, Jul/Set, 2013 - Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA Informando sobre a apicultura cearense Apicultura na ExpoCrato 2013 Veja a programação do Seminário Territorialdo Setor Agronegócio (Pág. 8) Varroatose, uma doença que atinge abelhas do gênero Apis. Profa. Dra. Marcia Regina Cavichio Issa Pesquisadora em Patologia apícola da Depto Genética Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Brasil (Página 6) Produtos Apícolas Pacote de abelhas (Pág. 8) PEC Nordeste 03 a 05/setembro/2013 Centro de Eventos do Ceará Fortaleza (Página 7) VIII CNPA 11 a 14/11/2013 Fortaleza - CE (Página 7) VI Expomel 2013 Detalhes do evento (Páginas 2 a 5)

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DICA DE

LEITURA Flora Apícola no

Nordeste Conheça algumas plan-

tas de importância apí-

cola na região semi

árida do Brasil.

(Página 7)

ISSN 2316-4794

JornApisJornApis, Número 8, Jul/Set, 2013 - Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA

Informando sobre a apicultura cearense

Apicultura na

ExpoCrato 2013 Veja a programação do

Seminário Territorialdo

Setor Agronegócio

(Pág. 8)

Varroatose, uma doença que atinge abelhas

do gênero Apis.

Profa. Dra. Marcia Regina Cavichio Issa

Pesquisadora em Patologia apícola da Depto Genética Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Brasil

(Página 6)

Produtos Apícolas

Pacote de abelhas (Pág. 8)

PEC Nordeste 03 a 05/setembro/2013

Centro de Eventos do Ceará

Fortaleza (Página 7)

VIII CNPA 11 a 14/11/2013

Fortaleza - CE (Página 7)

VI Expomel 2013 Detalhes do evento

(Páginas 2 a 5)

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JornApis, n.8, Jul/Set, 2013

O que aconteceu na VI ExpoMEL Hortênsia Araújo1

1Estudante de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Av. da Universidade, 850,

Campus da Betânia, 62040-370, Sobral-CE. E-mail: [email protected]

Pag. 2

Na primeira vez em que a ExpoMel foi realizada pela AMEL (Associação dos Apicultores da Meruoc) e

a Univefrsidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) num período de 2 dias, o evento contou com 4 ofici-

nas, 17 palestras (5 graduados, 5 mestres e 7 doutores). Estiveram presentes no evento o Secretário do

Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará (Exmo. Sr. Nelson Martins), os prefeitos dos municípios

de Meruoca (Exmo. Sr. Manuel Costa Gomes) e Alcântaras (Exmo. Sr. Eliésio Fonteles), vice-prefeito

de Meruoca (Rubens Lima Vasconcelos), secretários municipais de agricultura de Santana do Acaraú

(Antônio Roberto Barreto Matos), Meruoca (Valzimar Diniz Ferreira), Alcântaras (Wyrna Freire de

Carvalho) e Massapê (José Maria Vasconcelos) além do Diretor Técnico da EMATERCE (Sr. Walmir

Severo Magalhães), Presidente do Instituto Agropolos do Ceará (Sr. ) e demais autoridades.

AND THE Prêmio ExpoMel 2013 GO TO ... A organização da VI ExpoMel 2013 resolveu contemplar com um prêmio pessoas e ou empresas que se

destacaram em quatro categorias relacionadas às abelhas, as quais estão abaixo descriminadas.

Categoria Educação, Ciência e Tecnologia

Prof. Dr. Breno Magalhães Freitas

(Universidade Federal do Ceará)

Categoria Empreendimento com abelhas

Prof. Dr. Afonso Odério Nogueira Lima

(Diretor presidente dos Apiários Altamira)

Categoria Menção Honrosa aos serviços presta-

dos à Apicultura Cearense

Antônio Fernando Landim (Recebido por sua

sobrinha, Profa. Dra. Aline Vieira Landim).

Categoria Trabalho Publicado na VI ExpoMel

FÉLIX, J. de A.;NASCIMENTO, J.E. de M.;

FREITAS, B.M.; ALVES, J.E.. A apicultura

no município de Alcântaras, Ceará.

(Recebido pelo autor Jânio Angelo Felix)

Escolha da Rainha da VI ExpoMel

Após difícil escolha dos jurados, a abelhinha Fernanda Araujo

foi agraciada com o prêmio Rainha do mel 2013.Vanessa Silva

ficou com o segundo lugar e Andressa Leão com o terceiro lu-

gar. Parabéns a todas pela simpatia e beleza esbanjadas na VI

ExpoMel 2013.

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JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 3

OFICINAS NA VI ExpoMel 2013 Oficina 1: Pães e biscoitos usando mel de abelhas Ministrada pela professora Joyce Timbó (IFCE-Campus Sobral) foi um sucesso

mostrando ao público inovações na culinária usando mel de abelhas na substitu-

ição de açucares.

Oficina 2: Sorvete com mel de abe-

lhas A oficina ministrada pela professora Clara Míta de Paula (IFCE-Campus

Sobral) foi acompanhada por 20 participantes que demonstraram grande sa-

tisfação em ter oportunidade de ver como fazer deliciosos sorvetes usando

mel como matéria prima.

Oficina 3: Beneficiamento de pólen apícola O Zootecnista, apicultor e produtor de pólen apícola José Elton apresentou ao

público da VI ExpoMel 2013 como beneficiar o pólen de forma a obter um pro-

duto de bom aspecto sanitário e nutritivo, boa aparência usando um baixo custo

de investimento.

Oficina 4: Limpeza de quadros de col-

meias com equipamento a vapor O empresário Helder Arrais (Empresa Colmeia.com) presenteou a VI ExpoMel

com a sua oficina em que o público ficou satisfeito ao ver dezenas de quadros com

favos velhos saírem limpos de um equipamento simples e funcional e que pode ser

confeccionado com poucos recursos econômicos.

Dica de Leitura: Flora Apícola no Nordeste é de autoria de Fábia de Mello Pereira, Breno

Magalhães Freitas, José Everton Alves, Ricardo Costa Rodrigues de Camargo,

Maria Teresa do Rêgo Lopes, José Maria Vieira Neto e Renato Santos Rocha. A

obra apresentada de forma clara e objetiva visa ajudar o produtor a reconhecer a

flora melífera e polinífera próxima de seu apiário e conscientizar da importância de

preservar e enriquecer a vegetação local.

O volume está gratuitamente disponível pelo site:

-http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/35914/1/Doc104.pdf

APOIADORES DA VI ExpoMel A realização da VI ExpoMel só foi possível graças a várias pessoas das empresas abaixo ilustradas que acredita-

ram no potencial dos que faziam a organização do evento. A apicultura cearense é muito grata a estas organiza-

ções, instituições e empresas.

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JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 4

O Prof. Dr. Breno

Magalhães Freitas,

como sempre, im-

pressionou o público

com a vossa palestra

que imprimiu um

semblante de admi-

ração no público da VI ExpoMel 2013. Vindo do

Prof. Breno, já era de se esperar esta reação.

O Sr. Walmir Severo,

com sua forma convin-

cente de apresentar vossas

palestras, mostrou ao pú-

blico as ações da nossa

querida EMATERCE no

setor apícola no Estado do

Ceará. A EMATERCE que é uma grandiosa par-

ceira na ExpoMel, desde o seu início. Só temos a

agradecer a vossa presença Walmir Severo.

O Prof. Dr. Raimundo Ma-

ciel Souza mostrou, de for-

ma muito didática, como é

necessário e fácil trocar as

rainhas das colônias de abe-

lhas africanizadas. Pelos

comentários nos corredores,

percebeu-se que o público adorou a palestra. Para-

béns Prof. Raimundo Maciel.

Na palestra de poliniza-

ção de culturas em am-

bientes protegidos usan-

do abelhas, o Prof. Dr.

Isac Bomfim deu um

show de competência e

de informações para os

estudantes e apicultores

presentes. Impressionou mesmo já que o assunto

é novidade. O Prof. Dr. Afonso

Odério Nogueira Li-

ma, em sua palestra,

discutiu sobre as estra-

tégias de manter as

colônias de abelhas

africanizadas na região

semi-árida sem necessidade de alimentação artifi-

cial. Valeu a pena para quem assistiu, pela forma

ímpar de apresentar suas palestras e por ter mos-

trado como faz isso em seu apiário em Limoeiro

do Norte-CE.

O Prof. Dr. José Everton

mostrou em sua palestra o

trabalho que a UVA vem de-

senvolvendo com a Associa-

ção dos Apicultores da Meru-

oca (AMEL) como resultado

da incubação desta associa-

ção através da Incubadora de

Empreendimentos Econômicos Solidários da

UVA (IEES-UVA). O exemplo mais concreto

demonstrado foi o da produção de pólen apícola

na Serra da Meruoca que já gerou um produto

no mercado local. Valeu Prof. Everton. O doutorando Mikail de

Oliveira mostrou ao pú-

blico como as abelhas

solitárias e semi sociais

polinizam as culturas a-

grícolas e a importância

destas para a produção

de alimentos para a humanidade. Parabéns Mikail,

tivemos muitos comentários bons a respeito de

O mestre José Xavi-

er deu um show de

participação do pú-

blico em sua palestra

(ou seria reunião?)

em que colocou na

mesa uma proposta

de reorganização do setor apícola no nordeste do

Brasil. Precisamos nos unir, caro Xavier, para

por em prática vossas ideias.

Vinicius: (85) 9907.0288

[email protected]

Palestras da VI ExpoMEL

Page 5: JornApis nº 8

O Prof. Chico Guedes

mostrou ao público da

VI ExpoMel, sua vi-

são a respeito da eco-

nomia solidária e co-

mo o setor apícola

pode se encaixar nesta

forma de gerenciar seus empreendimentos. Pa-

rabéns pela palestra Prof. Chico Guedes.

JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 5

O zootecnista Edneudo da

Ponte mostrou e discutiu os

custos mais comuns de um api-

ário de pequeno porte além de

discutir sobre a forma de ver

os apiários como um empreen-

dimento. Assunto muito neces-

sário para os apicultores de nossa região.

O Prof. Dr. Társio Alves (IF

do Sertão Pernambucano)

mostrou como uma planta co-

mo o cipó-uva pode ser im-

portante para a apicultura de

toda a região do cariri cearen-

se. O público ficou curioso

para conhecer esta planta que produz um mel de

qualidades espetaculares para o mercado. Valeu

a sua vinda à VI ExpoMel Prof. Társio.

O Sr. Carlos Paulino

mostrou com grande ma-

estria as ações do SE-

BRAE-CE, grande par-

ceiro da ExpoMel, para a

agropecuária na região

semi-árida nordestina. Na oportunidade teceu co-

mentários de um verdadeiro analista, impondo na

cabeça do público, a forma empreendedora de pen-

sar a agropecuária, especialmente a apicultura. O-

brigado pela presença Carlos Paulino.

Como forma de colaborar

para introdução dos produ-

tos da apicultura na indús-

tria, o Prof. Dr. Julio Otávio

explanou inúmeras formas

da apicultura colaborar com

a geração de novos produtos

na indústria alimentar, de cosméticos, de higiene e

outras mais. Sua forma convincente foi muito assi-

milada pelos ouvintes da palestra.

A mestra Nayanny Fernandes

mostrou como a temperatura

pode prejudicar uma colônia

de abelhas africanizadas. In-

do mais além, demonstrou os

resultados de seu mestrado ao

explanar que a tampa interna

pode favorecer o conforto ambiental para as a-

belhas africanizadas na região semi árida. Para-

béns Nayanny pela palestra.

Falando sobre flora apícola,

a mestra Aline Silva discor-

reu sobre a sua dissertação

de mestrado onde analisou

a jurema preta (Mimosa

tenuiflora) e sua importân-

cia apícola na caatinga cea-

rense. Esta planta tem uma frequência elevadís-

sima na caatinga e floresce no período de seca.

Parabéns Aline pela pesquisa e pela palestra.

A Câmara Setorial do Mel

do Estado do Ceará

(CSMel) vem sendo con-

duzida de forma muito

responsável pelo Sr. Vini-

cius Carvalho. Na VI Ex-

poMel o mesmo teve o-

portunidade de mostrar aos apicultores as ações da

CSMel e suas pretenções para a apicultura em nos-

so Ceará. Parabéns pela palestra Vinicius.

A VI ExpoMel foi brindada com o apoio desmedido que a Secre-

taria do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará (SDA). A

prova disto é a presença do Secretário Nelson Martins, que mar-

cou presença na VI ExpoMel com sua palestra. Nossos agradeci-

mentos e parabéns Dr. Nelson Martins, por mostrar, com conhe-

cimento de causa, os programas da SDA para o combate à seca e

de apoio às cadeias produtivas no Ceará. Precisamos deixar re-

gistrado que o mesmo consegui segurar um bom público em sua

palestra, entrando pela noite no último dia de ExpoMel.

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JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 6

Varroatose: Uma doença que atinge abelhas do gênero Apis Marcia Regina Cavichio Issa¹

JornApis:Existem duas espécies de ácaro do gênero Varroa citadas na

literatura como presentes no Brasil. São realmente duas espécies? Existe

alguma que se destaca no Brasil?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa: O gênero Varroa sp é um ectoparasita

obrigatório de abelhas Apis sp. na Ásia. Inicialmente foi descrita Varroa

jacobsoni (Oudemans, 1904) em Java (Indonésia) como um hospedeiro natural

da abelha asiática Apis cerana, causando poucos danos. Quando passou a

infestar também as Apis mellifera se espalhou pelo mundo causando grandes danos. Também foram

descritas Varroa underwoodi (Definado-Baker e AggarwaL, 1987) em abelhas Apis cerana no Nepal e

Varroa rindereri (De Guzman e Delfinado-Baker, 1996) em abelhas Apis koschevnikovi, em Borneo.

Finalmente, Anderson e Trueman em 2000, com o uso de métodos moleculares e do tamanho dos ácaros,

mostraram que Varroa jacobsoni era mais de uma raça, existindo também o Varroa destructor; havendo

ainda as variantes J (Japan-Thailand) e K (+ Korea). Assim, o nome do ácaro foi mundialmente redefinido,

mas até 2000 todos os trabalhos feitos com ele usaram o nome Varroa jacobsoni. No Brasil temos Varroa

destructor; as variantes J (Japan-Thailand) e K (+ Korea).

JornApis:Os ácaros do gênero Varroa tem alguma preferência pelo clima semi árido do Nordeste

brasileiro em relação a climas mais amenos como o da região sudeste do Brasil?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa:Alguns fatores favorecem a resistência das abelhas africanizadas ao

ácaro como: raça da abelha, clima, comportamento higiênico. As infestações são menores em abelhas

africanizadas e em localidade de clima quente, como no semi árido do Nordeste brasileiro.

JornApis:Como um apicultor identifica, na prática, se suas colônias estão com um nível de infestação

do ácaro Varroa sp. acima do aceitável?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa:No inicio da introdução do ácaro no Brasil, em 1972 (Jundiaí, São

Paulo), as infestações foram altas, mas com o passar do tempo diminuíram se estabilizando em torno de 2 a

5%, mesmo nos Estados do Sul do Brasil. Elas aumentam nos meses de inverno, mas voltam a esses

índices. O apicultor deve se preocupar se as infestações das suas colmeias estiverem acima disso e não

diminuam depois do inverno.

JornApis:Ao identificar um elevado nível de infestação deste ácaro, o que o apicultor pode fazer para

se livrar desse problema?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa:Nunca usar qualquer tipo de acaricida, as abelhas africanizadas no

Brasil não precisam desse tipo de tratamento. As colônias mais infestadas devem ser observadas e

acompanhadas, até que seja avaliada se essa maior infestação não é transitória, pois no inverno quando as

temperaturas diminuem há um aumento nos índices de infestação nas colônias, que volta a se estabilizar

quando as temperaturas aumentam.

Existem alguns tratamentos alternativos, entre eles o uso de óleos, essências e açúcar refinado, ervas. Com

a abelha africanizada no Brasil não conheço, mas tem sido estimulado o uso em países de clima frio, onde

com a chegada do inverno vão aumentar muito as infestações e os apicultores perdem suas abelhas; aí tem-

se aplicado muito acaricida. Parece que o uso de açúcar tem sido um dos indicados e que tem dado certo

quando quer se evitar o uso de pesticidas.

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(JornApis: A vossa tese de doutorado estuda algumas enzimas do ácaro Varroa jacobsoni e das

abelhas Apis melífera carnica e Apis melífera africanizada. Diante dos resultados obtidos você

aconselha a introdução de rainhas Cárnicas nos apiários do nordeste brasileiro?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa: O estudo das isoenzimas é uma maneira de avaliar a variabilidade

genética nas populações de abelhas e ácaros do Brasil e Alemanha (com o Dr. David e o Dr. Wolf Engels-

Alemanha), nessa época já se suponha existir diferentes raças de Varroa (o que ficou demonstrado pelo

trabalho de Anderson e Trueman em 2000).

A abelha africanizada ainda é “o par perfeito” para a apicultura de todas as regiões do Brasil, por ser

resistente a várias pragas apícolas e muito bem adaptada às regiões de clima quente, sendo mais produtiva

do que qualquer outra raça europeia (cárnicas, italianas, melíferas, caucásicas). Além destas serem menos

resistentes a inúmeras doenças. Trabalhos do Dr. Wolf Engels, Lionel Segui Gonçalves e o grupo de

Ribeirão Preto, mostraram que mesmo no Brasil (com clima tropical) as abelhas cárnicas são mais

infestadas que as africanizadas.

JornApis: Como quantificar os prejuízos causados pelos ácaros Varroa na apicultura brasileira?

Dra. Marcia Regina Cavichio Issa: Nos últimos 40 anos após a introdução do ácaro no Brasil (1972),

poucos foram os prejuízos causados e ocorreram mais no início da introdução, principalmente em regiões

onde o clima é mais frio (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Nessa época, mesmo em São Paulo

foram encontradas infestações altas e preocupantes, nos levando a pensar que a apicultura sofreria grandes

perdas. O Dr. Lionel Gonçalves e sua equipe na USP de Ribeirão Preto (da qual faço parte) começaram a

avaliar as infestações, uso de acaricidas e a estudar a biologia do ácaro (foi quando o Dr. David De Jong

veio para o Brasil e o Dr. Engels para trabalharem conosco). A infestação baixou naturalmente sem grandes

danos. Mundialmente, mesmo nos países vizinhos do Brasil, até hoje, a varroatose tem sido uma das pragas

que mais tem causado prejuízos.

JornApis: Prezada Profa. Dra. Marcia Issa, agradecemos os vossos esclarecimentos sobre este

assunto tão interessante. Certamente, as vossas respostas foram bastante esclarecedoras para os

acadêmicos e apicultores.

JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 7

XVII Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE A procura do fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio da

pecuária do Ceará, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do

Ceará – FAEC, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA,

o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Ceará – SENAR/CE, o

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará –

SEBRAE/CE e os Sindicatos dos Produtores Rurais promovem de 03 a 05

de setembro de 2013, no Centro de Eventos do Ceará, o XVII

PECNORDESTE, evento que este ano debaterá a temática “Viver bem no semi árido”.

VIII CNPA 2013 em Fortaleza-CE

A Sociedade Nordestina de Produção Animal (SNPA), juntamente

com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Capri-

nos e Ovinos) e a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA),

promoverão o VIII Congresso Nordestino de Produção Animal

(CNPA), que será realizado de 11 a 14 de novembro de 2013, em

Fortaleza-CE, com o tema Inovação Tecnológica e Produção Ani-

mal do Nordeste.

O evento contará com vários seminários, apresentação de trabalhos

científicos, premiação de dissertações e teses, palestras e exposição

de empresas e instituições.

Maiores informações no site: http://www.uvanet.br/cnpa2013/

Page 8: JornApis nº 8

APICULTURA NA EXPOCRATO 2013 O Sebrae-CE e a Ematerce realizarão o SEMINÁRIO

TERRITORIAL - SETOR AGRONEGÓCIO durante a

EXPOCRATO. O Seminário terá por tema “Integração do

Agronegócio dos Municípios do Território do Cariri” e

abrangerá a Apicultura como uma das cadeias de destaque.

DATA: 17 de julho de 2013

LOCAL: Instituto Cultural – EXPOCRATO

PROGAMAÇÃO DAS PALESTAS DE APICULTURA

09:00 –ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA

PRODUÇÃO DE MEL

* Palestrante: Paulo Airton de Macedo e Silva (Consultor do Sebrae – Emplanta)

09:45 – ESTRATÉGIAS PARA O AGRONEGÓCIO CEARENSE

* Palestrante: Reginaldo Lobo (Diretor de Agronegócios da ADECE)

10:30 – SEGURANÇA DA QUALIDADE DO PRODUTO NO ENTREPOSTO DE

MEL

* Palestrante: Paulo Seixas Levy (Diretor de Empresa Cearapi)

11:15 –APRESENTAÇÃO DE DEMANDAS DAS ASSOCIAÇÕES DE

APICULTORES

Condução – José Iomar B. da Silva (Gestor do Proj. do Agronegócio – Sebrae

Cariri)

11:40 - Debates

JornApis, n.8, Jul/Set, 2013 Pag. 8

Telefone: (88) 3614.4333

O pacote de abelhas é uma forma de comercia-

lizar abelhas para formação de um novo exame.

É formado por cerca de 1 kg de abelhas com

uma rainha fecundada, nova, produzida a partir

de uma seleção massal. O enxame descrito aci-

ma pode ser armazenado em caixas simples de

madeira com tela para serem transportados após a comercialização.

Este pacote iniciará a formação de uma nova colônia nos apiários comer-

ciais. Seu valor oscila em torno de R$ 50,00 mas é difícil encontrar quem

tenha estoque para a venda deste tipo de produto no Brasil. Pode ser van-

tagem para o apicultor povoar suas colônias por esta alternativa, pois pe-

lo método de captura o povoamento do apiário é lento e depende da dis-

ponibilidade de colônias na região.

PACOTE DE ABELHAS Hortênsia Araújo¹

1Estudande de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.

Av. da Universidade, 850, Campus da Betânia, 62040-370, Sobral-CE.

E-mail: [email protected]

Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com

medo das picadas das abelhas. William Shakespeare

E X P E D I E N T E

JornApis ISSN 2316-4794 O JornApis é uma

Publicação trimestral do Grupo

de Pesquisas com Abelhas e

Polinização - GPAP da UVA

JornApis, n.8, jul/set, 2013

Tiragem: 500 exemplares

[email protected]

Impressão:

Egus -Editora Gráfica

Universitária Sobralense. Editores

José Everton Alves

José Elton de Melo Nascimento

Hortênsia Araújo Universidade Estadual Vale do

Acaraú—UVA Av. da Universidade, 850. Campus

da Betânia. 62.040-370, Sobral-CE

Colaboradores João Paulo de O. Muniz

Patrícia Matias Araújo

Talícia Lima Marinho

Yan Igor de Oliveira

Bruno Bezerra Carneiro

PARCEIROS DO GPAPPARCEIROS DO GPAPPARCEIROS DO GPAP