Jornalista e Director Solidariedade Humana de Informação ODPS · vido no espaço temporal do...

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12 FICHA TÉCNICA: FICHA TÉCNICA: FICHA TÉCNICA: Propriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social * Director/Grafismo: André Rubim Rangel (C.P.: TE428) * Administração: Presi- dência da ODPS * Presidente ODPS: Américo Ribeiro * Colaboradores: João Pratas e Mónica Taipa de Carvalho * Cronistas Efectivos: Agostinho Jardim, Américo Ribeiro, António Bagão Félix, Bernardino Chamusca, Daniel Serrão, Eugénio da Fonseca, Francisco Carvalho Guerra, Francisco Sarsfield Cabral, Lino Maia, Paulo Morais * Revisor: Guilherme Sousa * Gráfica/Impressão: CLARET - Companhia Gráfica do Norte * Periodicidade (2006): Trimes- tral * Tiragem: 4.500 ex. * Depósito Legal: 237275/06 * Sede/Distribuição: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14; 4050-372 PORTO * NIPC: 500849404 * URL: www.odps.org.pt * Mail: [email protected] * Contacto: 912 518 916 * Registo ICS: 124901 * Sócio AIC: 262 * Sócio APDSI: 1000005 Uma Obra com visão e futuro! O O BRA BRA &A &A CÇÃO CÇÃO 4º Trimestre 4º Trimestre 4º Trimestre 2006 2006 »»> Obra agendada: TOME NOTA! * Agradecemos a melhor divulgação e cobertura da Comunicação Social * * O ESPAÇO SOLIDÁRIO tem mais um modo de contacto: o FAX, cujo n. é 220 113 159 * C C EIA EIA DE DE R R EIS EIS ODPS ODPS 13 de Janeiro F F ÓRUM ÓRUM S S OCIAL OCIAL ODPS ODPS 9 -11 Fev., Casa de Vilar J J ANTAR ANTAR DE DE B B ENEFICÊNCIA ENEFICÊNCIA DA DA L L IGA IGA DE DE A A MIGOS MIGOS ODPS ODPS Abril, Porto Palácio Hotel L L ANÇAMENTO ANÇAMENTO DO DO L L IVRO IVRO DA DA H H ISTÓRIA ISTÓRIA ODPS ODPS C C URSOS URSOS DE DE F F ORMAÇÃO ORMAÇÃO , , EM EM D D IVERSAS IVERSAS Á Á REAS REAS M M ANTER ANTER OS OS ÍNDICES ÍNDICES DE DE M M OTIVAÇÃO OTIVAÇÃO E E Q Q UALIDADE UALIDADE S S ERVIÇOS ERVIÇOS A A TODOS TODOS OS OS C C OLABORADORES OLABORADORES ODPS ODPS M M ANUTENÇÃO ANUTENÇÃO DO DO SENTIDO SENTIDO DE DE R R ESPONSABILIDADE ESPONSABILIDADE E E C C RIATIVIDADE RIATIVIDADE EXISTENTE EXISTENTE NOS NOS Q Q UADROS UADROS DA DA ODPS ODPS P P ERSPECTIVAR ERSPECTIVAR A A CRIAÇÃO CRIAÇÃO DE DE S S ALA ALA DE DE R R EFEIÇÕES EFEIÇÕES PARA PARA S S ERVIÇOS ERVIÇOS C C ENTRAIS ENTRAIS A A UMENTO UMENTO DO DO E E DIFÍCIO DIFÍCIO DO DO C C ENTRO ENTRO S S OCIAL OCIAL DE DE F F ONTE ONTE DA DA M M OURA OURA COM COM C.M.P. C.M.P. C C OLABORAR OLABORAR NAS NAS I I NICIA- NICIA- TIVAS TIVAS S S OCIAIS OCIAIS LEVADAS LEVADAS A A EFEITO EFEITO PELA PELA C.M.P. C.M.P. R R EALIZAÇÃO EALIZAÇÃO DO DO P P AS- AS- SEIO SEIO A A NUAL NUAL COM COM TODOS TODOS OS OS C C OLABORADORES OLABORADORES R R EALIZAÇÃO EALIZAÇÃO DO DO D D IA IA DA DA O O BRA BRA C C RIAR RIAR CONDIÇÕES CONDIÇÕES DE DE I I NCENTIVO NCENTIVO , , NUMA NUMA MAIOR MAIOR DINÂMICA DINÂMICA , , AOS AOS M M EMBROS EMBROS DA DA L L IGA IGA DOS DOS A A MIGOS MIGOS C C ONCLUIR ONCLUIR O O O O BJECTIVO BJECTIVO PARA PARA O O E E DIFÍCIO DIFÍCIO 21 21 Plano 2007 Reunião Geral de Trabalhadores ODPS 11/11/2006 * 14h30 11/11/2006 * 14h30 Casa Diocesana de Vilar O ESPAÇO SOLIDÁRIO, em 2007, deixa de ser Boletim e passará a Revista Bimensal, com 20 páginas, mantendo o seu estilo, o formato, a gramagem do papel, a tiragem e os Cronistas habituais. Terá alguns novos Cronistas, novas Secções e novas Parcerias. P P P ARA ARA ARA CELEBRAR CELEBRAR CELEBRAR O O O 1º A 1º A 1º A NIVERSÁRIO NIVERSÁRIO NIVERSÁRIO DESTE DESTE DESTE Ó Ó Ó RGÃO RGÃO RGÃO FAREMOS FAREMOS FAREMOS O O O 1º FÓRUM SOCIAL 1º FÓRUM SOCIAL 1º FÓRUM SOCIAL ODPS ODPS ODPS ! ! ! TEMA: SOLIDAR IEDADE SOLIDAR IEDADE d i s t r i b u i ç ã o g r a t u i t a A A NO NO I N. 4 I N. 4 4º Trimestre 2 0 0 6 > D i r e c t o r < A A A NDRÉ NDRÉ NDRÉ R R R UBIM UBIM UBIM R R R ANGEL ANGEL ANGEL Solidariedade Humana A Solidariedade Humana é um valor que confere ao Homem aperfeiçoamento integral e ajuda maioritariamente a dar razão e sentido de vida. Num viver como o de hoje, interpelado com fre- quentes transformações sociais, políticas, económicas, culturais, científicas e tecnológicas e aliciado, continua- mente, com múltiplas e diversificadas solicitações, o lugar e o tempo para pensar nos outros, mesmo para aqueles que vivem perto de nós, e para a prática da solidariedade é bem reduzido ou até mesmo inexistente. A realidade presente que nos diz haver um mundo globalizado, o diálogo ético, a vivência ou experimentação de valores humanos e transculturais, a inclusão social e a aquisição de uma solidariedade universal deveriam ser o cenário feliz do quotidiano, que passa de forma incessan- te, e deveria desenhar o quadro que desejaríamos guardar no coração, sublinhando o bem comum e a serenidade do bem querer. Paradoxalmente, isso não acontece com a envolvente e tónica requeridas ou com a lógica do conhe- cimento e pensamento humano, mas sim, constatando-se e testemunhando-se o improvável, o imprevisível e o con- denável. Nesta complexidade social, que anuncia a par e passo um dever de muitas incertezas e bifurcações, um dos caminhos a seguir e uma boa forma de lidar com a insegurança do mundo contemporâneo é entender a soli- dariedade como uma prática, que exige concepção aberta, flexível e pluralista e, por isso mesmo, marcante na sensi- bilização do comportamento do homem bom e organizado- ra do paradigma universalista – AJUDAR e AMAR - envol- vido no espaço temporal do nosso mundo, cujo objecto encontra-se intimamente ligado às pequenas e grandes necessidades humanas e aos nossos desejos de satisfa- zer carências e minorar problemas, versando a maior força da Humanidade prescrita por Jesus – O Amor ao Próximo e a Sua Lei da Solidariedade – AMARMO-NOS UNS AOS OUTROS. D. Zulmira: uma Grande Obreira ODPS há 34 anos! p. 10 Sai agora a última publi- cação deste Periódico em 2006, perspectivan- do-se melhorias para 2007. A avaliação que fica deste ano, no Depar- tamento de Informação, penso que é bastante satisfatória, não pelas opiniões que nos chegam, mas também pela presença activa deste Órgão - na Cidade e Diocese - e do Site. No que toca à nossa página, não posso deixar de agradecer o enorme companheirismo e pro- fissionalismo do Infor- mático e Webmaster PAULO SOUSA. Quanto a este Espaço, é certo, estou eternamen- te grato aos Cronistas geniais que temos. Nun- ca hesitaram, desde o início, em abraçar este Projecto profícuo. Neste abraço Solidário esten- do, como é óbvio, a Administração, a Direc- ção, as Responsáveis dos Centros, os Colabo- radores e os Utentes. E a Comunicação Social! Pois, resta-me desejar a todos um Santo Natal! »»> Editorial André Rubim André Rubim André Rubim Rangel Rangel Rangel Jornalista e Director de Informação ODPS »»> Do Alto Américo Ribeiro Américo Ribeiro Américo Ribeiro Presidente da ODPS e Membro Directivo do BPN O Rally- Paper foi um suces- so! A Obra tocou os corações de quem a desconhe- cia... pp. 2 - 3 Entrevista com: Presidente do ISS, Edmundo Martinho p. 5 Como será este Órgão em 2007 e no seu 1º Aniv.? p. 12

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FICHA TÉCNICA:FICHA TÉCNICA:FICHA TÉCNICA: Propriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social * Director/Grafismo: André Rubim Rangel (C.P.: TE428) * Administração: Presi-dência da ODPS * Presidente ODPS: Américo Ribeiro * Colaboradores: João Pratas e Mónica Taipa de Carvalho * Cronistas Efectivos: Agostinho Jardim,

Américo Ribeiro, António Bagão Félix, Bernardino Chamusca, Daniel Serrão, Eugénio da Fonseca, Francisco Carvalho Guerra, Francisco Sarsfield Cabral, Lino Maia, Paulo Morais * Revisor: Guilherme Sousa * Gráfica/Impressão: CLARET - Companhia Gráfica do Norte * Periodicidade (2006): Trimes-

tral * Tiragem: 4.500 ex. * Depósito Legal: 237275/06 * Sede/Distribuição: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14; 4050-372 PORTO * NIPC: 500849404 * URL: www.odps.org.pt * Mail: [email protected] * Contacto: 912 518 916 * Registo ICS: 124901 * Sócio AIC: 262 * Sócio APDSI: 1000005

Uma Obra com visão e futuro! OOBRA

BRA & A

 & ACÇÃO

CÇÃO 

4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

»»> Obra agendada: TOME NOTA!

* Agradecemos a melhor divulgação e cobertura da Comunicação Social *

* O ESPAÇO SOLIDÁRIO tem mais um modo de contacto: o FAX, cujo n. é 220 113 159 *

CCEIAEIA DEDE R REISEIS ODPS ODPS 13 de Janeiro

FFÓRUMÓRUM S SOCIALOCIAL ODPS ODPS 9 -11 Fev., Casa de Vilar

JJANTARANTAR DEDE B BENEFICÊNCIAENEFICÊNCIA DADA L LIGAIGA DEDE A AMIGOSMIGOS ODPSODPS Abril, Porto Palácio Hotel

LLANÇAMENTOANÇAMENTO DODO L LIVROIVRO DADA H HISTÓRIAISTÓRIA ODPS ODPS

CCURSOSURSOS DEDE F FORMAÇÃOORMAÇÃO, , EMEM D DIVERSASIVERSAS Á ÁREASREAS

MMANTERANTER OSOS ÍNDICESÍNDICES DEDE MMOTIVAÇÃOOTIVAÇÃO EE Q QUALIDADEUALIDADE

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MMANUTENÇÃOANUTENÇÃO DODO SENTIDOSENTIDO DEDE R RESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE EE CCRIATIVIDADERIATIVIDADE EXISTENTEEXISTENTE NOSNOS Q QUADROSUADROS DADA ODPS ODPS

PPERSPECTIVARERSPECTIVAR AA CRIAÇÃOCRIAÇÃO DEDE S SALAALA DEDE R REFEIÇÕESEFEIÇÕES

PARAPARA S SERVIÇOSERVIÇOS C CENTRAISENTRAIS

AAUMENTOUMENTO DODO E EDIFÍCIODIFÍCIO DODO CCENTROENTRO S SOCIALOCIAL DEDE F FONTEONTE DADA M MOURAOURA COMCOM C.M.P. C.M.P.

CCOLABORAROLABORAR NASNAS I INICIA-NICIA-

TIVASTIVAS S SOCIAISOCIAIS LEVADASLEVADAS AA EFEITOEFEITO PELAPELA C.M.P. C.M.P.

RREALIZAÇÃOEALIZAÇÃO DODO P PAS-AS-

SEIOSEIO A ANUALNUAL COMCOM TODOSTODOS OSOS C COLABORADORESOLABORADORES

RREALIZAÇÃOEALIZAÇÃO DODO DDIAIA DADA O OBRABRA

CCRIARRIAR CONDIÇÕESCONDIÇÕES DEDE IINCENTIVONCENTIVO, , NUMANUMA MAIORMAIOR

DINÂMICADINÂMICA, , AOSAOS M MEMBROSEMBROS DADA L LIGAIGA DOSDOS A AMIGOSMIGOS

CCONCLUIRONCLUIR OO O OBJECTIVOBJECTIVO PARAPARA OO E EDIFÍCIODIFÍCIO 21 21

Plano 2007

Reunião Geral de Trabalhadores ODPS

11/11/2006 * 14h3011/11/2006 * 14h30

Casa Diocesana de Vilar

O ESPAÇO SOLIDÁRIO, em 2007, deixa de ser Boletim e passará a Revista Bimensal, com 20 páginas, mantendo o seu estilo, o

formato, a gramagem do papel, a tiragem e os Cronistas habituais. Terá alguns novos

Cronistas, novas Secções e novas Parcerias.

PPPARAARAARA CELEBRARCELEBRARCELEBRAR OOO 1º A 1º A 1º ANIVERSÁRIONIVERSÁRIONIVERSÁRIO DESTEDESTEDESTE ÓÓÓRGÃORGÃORGÃO FAREMOSFAREMOSFAREMOS OOO 1º FÓRUM SOCIAL 1º FÓRUM SOCIAL 1º FÓRUM SOCIAL ODPSODPSODPS!!!

TEMA: 

SOLIDARIED

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AANONO I N. 4 I N. 4

4º Trimestre 2 0 0 6

> D i r e c t o r < AAANDRÉNDRÉNDRÉ R R RUBIMUBIMUBIM R R RANGELANGELANGEL

Solidariedade Humana A Solidariedade Humana é um valor que confere ao Homem aperfeiçoamento integral e ajuda maioritariamente a dar razão e sentido de vida. Num viver como o de hoje, interpelado com fre-quentes transformações sociais, políticas, económicas, culturais, científicas e tecnológicas e aliciado, continua-mente, com múltiplas e diversificadas solicitações, o lugar e o tempo para pensar nos outros, mesmo para aqueles que vivem perto de nós, e para a prática da solidariedade é bem reduzido ou até mesmo inexistente. A realidade presente que nos diz haver um mundo globalizado, o diálogo ético, a vivência ou experimentação de valores humanos e transculturais, a inclusão social e a aquisição de uma solidariedade universal deveriam ser o cenário feliz do quotidiano, que passa de forma incessan-te, e deveria desenhar o quadro que desejaríamos guardar no coração, sublinhando o bem comum e a serenidade do bem querer. Paradoxalmente, isso não acontece com a envolvente e tónica requeridas ou com a lógica do conhe-cimento e pensamento humano, mas sim, constatando-se e testemunhando-se o improvável, o imprevisível e o con-denável. Nesta complexidade social, que anuncia a par e passo um dever de muitas incertezas e bifurcações, um dos caminhos a seguir e uma boa forma de lidar com a insegurança do mundo contemporâneo é entender a soli-dariedade como uma prática, que exige concepção aberta, flexível e pluralista e, por isso mesmo, marcante na sensi-bilização do comportamento do homem bom e organizado-ra do paradigma universalista – AJUDAR e AMAR - envol-vido no espaço temporal do nosso mundo, cujo objecto encontra-se intimamente ligado às pequenas e grandes necessidades humanas e aos nossos desejos de satisfa-zer carências e minorar problemas, versando a maior força da Humanidade prescrita por Jesus – O Amor ao Próximo e a Sua Lei da Solidariedade – AMARMO-NOS UNS AOS OUTROS. ◘

D. Zulmira: uma Grande Obreira

ODPS há 34 anos! p. 10

Sai agora a última publi-cação deste Periódico em 2006, perspectivan-do-se melhorias para 2007. A avaliação que fica deste ano, no Depar-tamento de Informação, penso que é bastante satisfatória, não só pelas opiniões que nos chegam, mas também pela presença activa deste Órgão - na Cidade e Diocese - e do Site. No que toca à nossa página, não posso deixar de agradecer o enorme companheirismo e pro-fissionalismo do Infor-mático e Webmaster PAULO SOUSA. Quanto a este Espaço, é certo, estou eternamen-te grato aos Cronistas geniais que temos. Nun-ca hesitaram, desde o início, em abraçar este Projecto profícuo. Neste abraço Solidário esten-do, como é óbvio, a Administração, a Direc-ção, as Responsáveis dos Centros, os Colabo-radores e os Utentes. E a Comunicação Social! Pois, resta-me desejar a todos um Santo Natal! ◘

»»> Editorial André Rubim André Rubim André Rubim RangelRangelRangel Jornalista e Director de Informação ODPS

»»> Do Alto Américo RibeiroAmérico RibeiroAmérico Ribeiro Presidente da ODPS e Membro Directivo do BPN

O Rally-Paper foi um suces-so! A Obra tocou os corações

de quem a desconhe-

cia...

pp. 2 - 3

Entrevista com: Presidente do ISS, Edmundo Martinho

p. 5

Como será este Órgão em 2007 e no seu 1º Aniv.?

p. 12

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OOBRA

BRA & A

 & ACÇÃO

CÇÃO 

Uma Obra com visão e futuro! 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

»»> Eco do Leitor… Tenho a honra de acusar a recepção e agradecer a carta de V. Exa., capeando o envio do periódico infor-mativo “Espaço Solidário”, que mereceu a devida con-sideração. Com os melho-res cumprimentos,

David Justino (Assessor para os Assun-

tos Sociais do Sr. Presi-dente da República)

Encarrega-me o Senhor Primeiro Ministro, Eng.º José Sócrates, de acusar a recepção da carta de V. Exa. e de agradecer o exemplar de “Espaço Soli-dário”, que teve a amabili-dade de lhe fazer chegar e que mereceu a melhor atenção. Com os melhores cumprimentos.

Pedro Lourtie (Gabinete do Sr. Primeiro

Ministro de Portugal)

Cumprimento e agradeço o n.3 do “Espaço Solidário”, esperando que este órgão informativo possa realizar o que se pretende na área da informação.

D. Armindo Lopes Coelho (Bispo do Porto)

Venho por este meio agra-decer o envio da vossa revista “Espaço Solidário”, que é um espelho vivo do trabalho social e humanitá-rio desenvolvido pela ODPS no concelho do Por-to. Sensibilizado pela obra já construída, não poderia a Ordem dos Médicos Dentistas, única Ordem Profissional, com sede na cidade do Porto, ficar indi-ferente a este trabalho meritório dos maiores elo-gios. (…) Com os melhores cumprimentos

Orlando M. da Silva (Bastonário da Ordem MD)

1º Rally-Paper: fantástico!

No último dia de Setembro, a Cidade Invicta foi invadida – no

bom sentido, claro! – pelo 1º Rally-Paper da Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS), com pontos de partida e de chegada no Centro Social da Pasteleira. ‘Um dia agradável’ era a defini-ção que se estampava claramente no rosto de todos os que qui-seram unir-se à maior IPSS do Porto, em que o tempo meteoro-lógico também ajudou a sorrir. Antes da partida do primeiro carro (às 9h30 em ponto e conduzido pelo Conselho de Administra-ção), o Presidente, Américo Ribeiro, saudou a todos, agradecen-do os esforços envidados para a concretização desta iniciativa, salientando o espírito familiar e de amizade que o fazia estar ali, sem o querer ganhar ou perder: “hoje, estou aqui apenas como Américo Ribeiro, não como Presidente da Obra, sem quaisquer problemas e preocupações”. E esta sábia postura com mensa-gem passou e ficou em todos, pois não houve sinais de tropelias/ acidentes nem manifestações de desgarrada competição.

Na impossibilidade de falar com todas as equipas partici-

pantes – estiveram 44 presentes das 46 inscritas, equivalente a 180 pessoas, aproximadamente –, falámos com a maioria, para reportagem, num momento de maior convívio antes da entrega dos prémios. Houve uma mistura interessante entre todos os participantes, pois para além do “grosso modo” ser colaborador da ODPS, também havia alguns utentes, fornecedores (apoiaram e patrocinaram cerca de duas dezenas) e cidadãos da Invicta desconhecedores da realidade desta Obra, que tiveram conheci-mento pelos cartazes de divulgação afixados no interior de auto-carros dos STCP. Uma participação especial foi a inscrição do Jornal “O Primeiro de Janeiro” (com duas equipas), que para além da informação publicada ao longo de Setembro não quis deixar de entrar nesta corrida única, até ao fim!

Após as opiniões colhidas pudemos registar o apreço geral pela realização deste evento que permitiu, de facto, um maior conhecimento e projecção da Instituição, pois mesmo muitos dos seus colaboradores não conheciam os 12 Centros Sociais onde presta serviço, apesar de saberem da sua grandiosidade e forte acção social.

Natura lmente que o convívio, em busca dum dia dife-rente e bem conse-guido, foi outra res-posta sonante que levou um grande número a participar no evento. Dos jogos existentes – à prova em cada um dos Centros – os que reuniram maior satis-

»»> I n f o r ’ O b r a

“É o espírito familiar e de amizade que me faz estar aqui,

(…) não como Presidente!”

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Move, promove e tudo se desenvolve O OBRA

BRA &

 A & ACÇÃO

CÇÃO 

20062006 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre

Mobilidade Interna de Colaboradores ODPS

Programa de Acção cumprido: 2006 - Incentivar um maior sentido de responsabilidade e criatividade aos Quadros

da Obra; - Criar um espírito de família, de confiança, de entusiasmo, de profissionalis-

mo, de cooperação, de solidariedade e de amor ao próximo em todos os Colaboradores da Obra, sem excepção, para assim ser prestado um melhor serviço a todos os Utentes;

- Remodelar o edifício da Infância no Centro Social da Pasteleira; - Criar as condições necessárias para a edição do Livro que relate a História

da ODPS; - Criação de página de qualidade e de informação na Internet, permanente-

mente actualizada; - Realização do Dia da Obra; - Criação de desdobrável para divulgação da realidade e acção da ODPS; - Promover a criação da Liga dos Amigos da ODPS; - Dar continuidade aos Cursos de Formação, em diversas áreas, para a valo-

rização dos Colaboradores; - Realização do Passeio Anual com todos os Colaboradores (estiveram 300); - Ceia de Reis com todos os Colaboradores; - Colaborar nas iniciativas sociais levadas a efeito pela C. M. do Porto; - Perspectivar o futuro para o Edifício 21. ◘

»»> Dinamismo Geral

Falta fazer:

- Concretizar o au-

mento do edifício do Centro Social de Fonte da Moura em parceria com a Câmara Municipal do Porto;

- Encontrar as condi-ções de espaço físico para a cria-ção de Sala de Refeições para os colaboradores dos Serviços Centrais.

10 OOBRA

BRA & A

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CÇÃO 

Uma Obra com visão e futuro! 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

»»> Dinamismos Centrais »»> Um Obreiro Bernardino ChamuscaBernardino ChamuscaBernardino Chamusca

Advogado e ex- Presid. ODPS

D. Zulmira: Dedicação, Lealdade,

Disponibilidade

Anos e anos de dedicação a uma

causa ou a uma instituição (o que, no fundo, “vai dar ao mesmo”) nem sempre são reconhecidos ou, se o são, o reconhecimento surge muitas vezes a destempo.

Não é o caso de hoje. A D. Zul-mira completa 34 anos de experiên-cia profissional ao serviço da ODPS, o mesmo é dizer, ao serviço da soli-dariedade.

Nem sempre é fácil ver nas pes-soas que tratam dos assuntos admi-nistrativos um(a) trabalhador(a) ao serviço da solidariedade.

O enclausuramento que quase sempre rege quem exerce funções de retaguarda impede-as de ter visi-bilidade.

Mas é esse enclausuramento e a permanente dedicação que tal servi-ço exige que importa salientar nos 34 anos de serviço da D. Zulmira.

Nela encontrei sempre (como, não tenho dúvidas, encontra o actual Presidente do C. A.), uma colabora-dora leal, dedicada, interessada e disponível.

Além disso, a D. Zulmira possui a memória viva da história da ODPS, tendo exercido funções em vários locais da Cidade do Porto onde os serviços centrais da Obra funcionaram, o que a faz ser uma referência indiscutível da ODPS. ◘

Inovações...

Com os melhores cumprimentos, cá estamos novamente a começar cheias de entusiasmo um novo ano lectivo com algumas inovações a referir:

- As crianças de 3, 4 e 5 anos e A.T.L. irão ter aulas de Taekwondo, (arte marcial de defesa pessoal sem armas, de origem coreana);

- As sessões de motricidade para a Infância continuarão a ser orientadas por um professor de Educação Física;

- Vamos ter a ajuda de uma enfer-meira voluntária na 3ª Idade, uma vez por semana;

- Continuaremos com as sessões semanais de Yoga na 3ª Idade. ◘

Centro Social da Pasteleira

Testemunho

Ao longo des-tes anos, sempre procurei fazer o meu trabalho o meu trabalho com dedicação, carinho, empenho e profis-sionalismo.

Colaborei com

todos os Conse-lhos de Administra-ção que passaram pela obra, sempre com humildade, lealdade, honesti-dade, e muito brio profissional, dando sempre o meu melhor. O qual vou continuar a fazer até ao final da minha carreira pro-fissional na Obra Diocesana.

Durante estes

anos sempre traba-lhei nos Recursos Humanos, o que foi muito gratificante, pois pude conhe-cer, dialogar e par-tilhar com todos os colaboradores des-ta Instituição.

A todos que, ao

longo destes anos, trabalharam e tra-balham comigo: muito obrigada.

Bem-haja a

todos aqueles que colaboraram e os que fazem volunta-riado por um gesto que é tão nobre: “Solidariedade”. ◘

Zulmira Ferreira (Serviços Centrais)

Artesanato... “Assim se trabalha na ODPS”. Esta é uma pequena mostra dos trabalhos manuais efectuados diariamente pelos nossos utentes. Estão habitualmente representados em feiras de artesanato nas nossas instalações. Aqui fica o convite para que nos venham visitar e conhecer o nosso tra-balho. Aguardamos pela Vos-sa estimada visita!!! ◘

Centro Social de Fonte da Moura

O Centro Social Pinheiro Tor-res não deixou passar este dia em branco e fez estes bonecos de ráfia (na foto), para oferecer aos seus 86 utentes das Valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

Foi com grande satisfação que os utentes receberam esta pequena lembrança. ◘

Centro Social de Pinheiro Torres

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O OBRA

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CÇÃO 

20062006 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre Move, promove e tudo se desenvolve

Menção à Comissão...

Há 3 pessoas que merecem o devido reconheci-mento grato de se terem aventurado em trabalhar e avançar com o evento, a Comissão Organizadora: Fernan-do Torres, Carlos Duarte e Paulo Lapa, escriturários nos Serviços Centrais da ODPS. Registamos o seu testemu-nho:

“Enquanto todos os participantes demonstravam sinais de ansiedade e impaciência para saberem em que lugar ficaram classificados, a Comissão do Rally e alguns Voluntários do mesmo, encontravam-se na sala de reu-niões a fazer os cálculos das provas.

Até que a Comissão apurou a grelha de classifica-ção e dirigiu-se ao palco para a comunicar. Os participan-tes encontravam-se em silêncio e esperançados de obter uma boa classificação.

Todas as equipas ganharam um rádio e um porta chave do 1º Rally Paper da ODPS. As cinco últimas equi-pas ganharam um extintor, pois nunca se sabe se no futuro vai fazer jeito (esperemos que não), as equipas que ficaram classificadas entre 20º e 26º lugar ganharam o prato de Natal 2006 da Vista Alegre, as equipas que fica-ram entre 19º classificado e o 11º lugar ganharam um vale de alinhamento de direcção oferecido pela SÓP-NEUS, e do 10º ao 1º classificado ganharam uma taça.“ ◘

Comissão Organizadora

Classificação…

1º - TALHOS BISONTE 2º - AS FEIRENSES

3º - COELHINHAS 4º - OS DUQUES

5º - COCAS 6º - SEXY BOMBS

7º - LAGARTAS VOADORAS 8º - AS ESTAROLAS 9º - OS IMBATÍVEIS

10º - OS MOSTEIROENSES

fação na sua realização foram o das tábuas, o dos olhos vendados e o dos cheiros. Hou-ve também quem não gostasse deste jogo original, com o intuito de testar o olfacto. Para muitos foi a primeira vez que entraram num Rally-Paper, mas para quem já partici-para este não deixou de ser especial, por ser criativo e distinto dos habituais.

Os entrevistados deixaram tam-bém algumas sugestões para uma próxima edição:

- melhor gestão do tempo útil de jogo ao longo do dia ou de parte do dia;

- executar jogos com mais calma, sem função de rapidez ou de melhor tempo;

- mais jogos em cada local, sobretudo, jogos tradicionais, como gincanas, corrida dos sacos, dos ovos e da água e farinha;

- manter o espírito e esqueleto do 1º Rally, mas de forma ainda mais organizada.

Portanto, a grande expressão de ordem

que colmatava no depoimento dos interve-nientes era: “uma experiência a repetir!”.

Já a noite a cair pode assistir-se ao momento da preparação de dois valentes porcos, para serem saboreados no jantar conclusivo do Rally, a que se seguiram tem-pos de maior descontracção e animação, com música e baile para festejar a alegria, a valentia e a energia da Obra Diocesana! ◘

ARR

Mensagem inscrita na viatura da equipa vencedora “Talhos Bisonte”

Obrigado, Patrocínios!

CCONSTRUÇÕESONSTRUÇÕES GNS; D GNS; DISTRIBUIISTRIBUI; ESCOL ; ESCOL -- S SERVERV. . SSEGURANÇAEGURANÇA, L, LDADA.; E.; EUROFLUXOUROFLUXO; GCT; G; GCT; GRÁFICARÁFICA C CLA-LA-

RETRET (R (RENATOENATO & M & MAIAAIA, LDA); H, LDA); HORÁCIOORÁCIO M MAGALHÃESAGALHÃES, , LDA.; LLDA.; LACTOGALACTOGAL; M; MEDIEDI--T; MT; MEGAVALEEGAVALE; M; METALETAL 88; 88; MMOREIRAOREIRA & V & VERISSIMOERISSIMO; O P; O PRIMEIRORIMEIRO DEDE J JANEIROANEIRO; ; OOCEANBACCEANBAC; O; ORTIGAMARRTIGAMAR; P; PADARIAADARIA "O M "O MOLETEOLETE"; "; PPADARIAADARIA C CRISTALRISTAL; P; PAISAGENSAISAGENS DEDE G GAIAAIA; PM ; PM -- I INFOR-NFOR-

MÁTICAMÁTICA, LDA.; R, LDA.; RECHEIOECHEIO; R; RENTOKILENTOKIL; SÓPNEUS; ; SÓPNEUS; STCP; TSTCP; TALHOSALHOS B BISONTEISONTE; V; VIEIROTELIEIROTEL.. ◘

4 OOBRA

BRA & A

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CÇÃO 

Uma Obra com visão e futuro!

4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

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»»> Liga dos Amigos ODPS: DONATIVOS 2006

ATÉ À DATA OBTEVE-SE UM TOTAL DE € 13.175,00. BEM HAJAM!

O Serviço de Psicologia da ODPS teve início, em todos os Centros, em Setembro de 2005. Desde então que a procura de apoio tem aumentado, quer ao nível dos utentes, quer dos funcionários.

Actualmente com duas psicólogas, o Serviço pretende dar resposta às necessidades apresentadas pela Instituição, com o objectivo de avaliar e intervir nas diferentes problemáticas e perturbações que podem surgir na infância, adolescência e idade adulta, promovendo a saúde mental necessária para o bom desenvolvimento e bem-estar individual.

Ao nível da infância e adolescência, este acompanhamento surge da articulação com as famílias e com as técnicas que diariamente lidam com as crianças. As principais problemáticas identificadas nesta fase de desenvolvimento centram-se nas dificuldades de aprendizagem, de concentração, perturbações da ansiedade, do comportamento, relacionais, entre outras. Ao nível emocional, surge também como um suporte para histórias de vida marcadas pela ausência de afecto, violência ou negligência familiar.

No adulto, são frequentes as perturbações do humor, perturbações de ansiedade, perturbações emocio-nais, crises pessoais ou familiares, processos de luto, dificuldades de adaptação psicológica à doença física e à incapacidade, e processos demenciais degenerativos. O trabalho desenvolvido baseia-se na avaliação e inter-venção psicoterapêutica. Os idosos beneficiam sobretudo da capacidade empática, de os ouvir, de estar presen-te e disponível, para reconfortar, atenuar a mágoa ou a solidão, convertendo-se numa importante ajuda para a integração positiva da experiência de vida. ◘ Ana Rita Mota e Susana Queirós

NOVIDADES, desde 9/10/2006: • O Serviço está disponível, após marcação, às Segundas-feiras de manhã nos Serviços Centrais; • A Psicóloga percorrerá os Centros, mediante a marcação prévia e agendamento de Consultas; • Susana Queirós começou, entretanto, a fazer estágio profissional na ODPS, durante 9 meses.

e Formação...

Compromisso de Qualidade

A ODPS no seu percur-

so de evolução encara agora o desafio de implementar um Sistema de Gestão da Quali-dade, tendo como referência os requisitos da Norma ISO 9001:2000 e assim, repensar-se enquanto organização de forma a prestar cada vez mais um melhor serviço aos seus utentes e a envolver e motivar quem todos os dias colabora no cumprimento da sua mis-são.

A implementação do Sistema de Gestão da Quali-dade obriga ao envolvimento de toda a estrutura da organi-zação, a olhar de forma global todos os processos da organi-zação e a procurar a sua opti-mização, recorrendo para isso ao conhecimento existente, à identificação e promoção das boas práticas. (…) ver site...

Paula Salvador

Nº DATA DESCRIÇÃO ACUMULADO CONTRIBUIÇÃO

1 28-04 Sr. Manuel Ferreira Gonçalves 5.000,00 €

2 01-07 Sr. Manuel António B. N.Almeida - utente Cerco 250,00 € Única

3 17-08 Moreira & Carneiro 2.700,00 € Semestral

4 24-08 Eurofluxo - Suporte Novas Tecnologias 100,00 €

5 24-08 Abel Ribeiro - Elect. Mobílias, Lda. 100,00 € Única

6 29-08 Manuel Soares dos Reis, Pe. 2.000,00 € Única

7 12-09 Medi - T 100,00 €

8 13-09 Paisagens Gaia 75,00 €

9 18-09 Constr. GNS 220,00 €

10 19-09 Maria Irene Sampaio e Castro Pinto do Amaral 500,00 € Única

11 19-09 José Luís Sampaio Castro Amaral 250,00 € Anual

12 06-09 Maria das Boas Novas 50,00 € Mensal

13 06-10 Susana Lobão & Sofia F. Rosa,Lda.- Pinheiro T. 50,00 € Anual

14 09-10 PM Informática - Equipamento Consumí. Info. 20,00 € Única

15 09-10 Oceanbac - Comércio de Bacalhau 100,00 € Única

16 09-10 Megavale - Informática 150,00 € Única

17 09-10 Metal 88 - Comércio e Industria, Lda. 100,00 € Única

18 10-10 Animécio Abranches Ferreira Maia 100,00 € Anual

19 11-10 Álvaro de Pinho Ferreira Dias - Pinheiro Torres 125,00 € Anual

20 11-10 Luís José Lima Pereira de Castro - Pinheiro Torres 30,00 € Única

21 11-10 Carpintaria Vilacondense 25,00 € Anual

22 11-10 José Barros Pereira Silva 25,00 € Anual

23 11-10 Luís Pedro Carvalho Martins 25,00 € Anual

24 11-10 Maria Leonor Moutinho 25,00 € Anual

25 16-10 António Lopes, Pe. 20,00 € Única

26 20-10 Americo Joaquim Costa Ribeiro 500,00 € Única

27 20-10 Rui Manuel Silva Álvares da Cunha 500,00 € Única

28 20-10 Carlos Alberto Navega F. Vasconcellos 10,00 € Anual

29 21-10 Julio Tito Neves Rodrigues 25,00 € Anual

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E ELOLO S  SOCIAL

OCIAL 

20062006 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre Move, promove e tudo se desenvolve

Pe. Lino MaiaPe. Lino MaiaPe. Lino Maia Presidente da CNIS e do SDPSC - Porto

Traços Característicos da Identidade

das IPSS

A vertente personalista (humanista) e a vertente comunitá-ria (social) são as grandes verten-tes caracterizantes das IPSS.

Ao considerar a perspecti-va humanista das IPSS, tem-se presente que a lógica da solidarie-dade social tem justamente a sua génese na pessoa humana que é, na sua essência, um ser uno e, ao mesmo tempo, solidário com toda a humanidade, à qual ela pertence e da qual cada indivíduo é uma parcela.

Nesse sentido, a solidarie-dade social é, pois, ao mesmo tempo, uma necessidade e um fruto, ou seja, causa e consequên-

»»> Sol & Dar cia do simples facto de sermos pessoas, seres ao mesmo tempo singulares e múltiplos, capazes de muitas coisas mas incapazes de vivermos uns sem os outros.

Partindo deste princípio, temos de admitir que um verdadei-ro serviço da pessoa humana terá, necessariamente, de ter em con-ta o homem todo e todos os homens.

Nesta perspectiva, é preocupação nas IPSS nunca perder de vista dois elementos constitutivos que tornam um serviço ao público verdadeiramente humanizante:

O elemento relacional: o encontro entre as pessoas que prestam serviços e as que recebem os serviços (agentes e utentes);

O elemento organizativo: ao qual muitas vezes tudo se reduz.

- Enquanto estrutura organizativa, a instituição assume que lhe compete garantir a prestação dos serviços em virtude dum con-trato que coloca a obrigação acima de todos os sentimentos e emo-ções.

- A instituição garante a modéstia indispensável de que se deve revestir a solidariedade humana. Remetendo-se para uma Instituição, o benfeitor não corre o perigo de ver desvirtuado o seu gesto pelo risco da exibição de virtude ou da ostentação de glória. Permite-lhe ser um anónimo discreto.

- Ao garantir a modéstia do benfeitor, a instituição garante a liberdade do beneficiado; depois de receber o que necessitava, este não está mais obrigado a ninguém. A solidariedade não prende, não acorrenta, não obriga, pelo contrário é gratuita, anónima, desinteres-sada. Praticá-la no quadro duma instituição torna-a ainda muito mais libertadora.

- Há sempre pessoas por detrás das obras impessoais a garantir estabilidade e segurança. A instituição nunca se desliga das pessoas que a constituem.

- A solidariedade pessoal não se fecha sobre si mesma para formar uma ilha verdejante num deserto de indiferença geral. O seu exemplo inaugura uma corrente de entreajuda, e longe de se voltar sobre si própria difunde-se no organismo social.

- A pessoa inspira a instituição e a instituição inspira a pes-soa. Não se aprende a amar sozinho, somos sempre instruídos por outros, por uma moral comum, por um sentido de justiça social que nos impulsiona a agir na sua defesa. ◘

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Inv

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Con

vict

a

Júlio Couto, Hélder Pacheco e Ger-mano Silva foram distinguidos, jun-tamente com a Fantasporto, pela Confraria das Tripas à Moda do Por-to, na 2ª Gala Infante D. Henriques, que teve lugar no Porto Palácio Hotel, a 30/09/2006. A parte musi-cal, no fim, coube a Rui Reininho - também homenageado - e a excelen-te apresentação da Gala esteve a cargo do fiel das Usanças da Confra-ria, Chef Hélio Loureiro, nosso futuro Cronista. Bem-vindo, Caríssimo! ◘

O Prof. Carvalho Guerra, nosso Cronista, deixou de ser o Presiden-te do CRP da Universidade Católica Portuguesa. A tomada de posse do novo Presidente, Prof. Joaquim Azevedo, foi a 11/10/2006, no Auditório Ilídio Pinho da UCP - Pólo da Foz, com as presenças do Bispo do Porto, do Cardeal Patriarca, do Reitor da UCP e da Governadora Civil do Porto. O “Pai Guerra”, como é conhecido, honra-nos ao continuar a colaborar connosco. ◘

A Revista “A Folha dos Valentes” cele-bra agora 30 anos de vida. Para assi-nalar a data reali-za um Fórum Jovem (com Con-ferências, Jantar e Sarau), entre 23 e 28/10/2006, na Paróquia da Boa-vista - Porto. Ins-creva-se já! ◘

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OCIAL 

Uma Obra com visão e futuro!

4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

»»> Diocese Portucalense Pe. A. Jardim MoreiraPe. A. Jardim MoreiraPe. A. Jardim Moreira Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza

Não tenhais medo! Os problemas sociais, económicos, políticos e éticos com frequência desafiam os Cristãos e as comunidades cristãs a rever as suas actuações. Na sequência da aplicação das orientações do Ministério da Educação em prolongar o tempo lectivo nas escolas, gerou-se uma grande con-fusão. Será que vamos ter de fechar o ATL? E esta pergunta tem preocupado muitos Centros Sociais Paroquiais, com razão ou sem ela?! De facto, a Igreja através das suas comunidades territoriais, as paróquias, devem prestar todo o apoio aos pobres e a ajuda na solução dos seus problemas Porém, continuo a pensar que o espírito de Jesus, a Pastoral Evangélica da Caridade, não se pode confun-dir com a execução contratualizada, com os governos, das suas políticas sociais, como vulgarmente acontece. Mas, o que é específico do Cristão é o exercício da prática do Amor para com o seu irmão. Esta caridade deve ser a identidade de todo o serviço prestado, a qualquer pessoa que nos pede apoio, justiça, fraternidade, dig-nificação pessoal. A instituição, com as suas valências, os seus directores, sabem que a sua missão é estar "para servir" o outro, e que este serviço deve ter uma força motora, que brota do Amor de Deus derramado nos nossos corações. Amai-vos como Eu vos Amei, isto é, amar sem limites e sem acepção de pessoas. O que nos deve preocupar é saber se a pessoa (criança/adolescente) está a ser bem ajudada a crescer no seu todo. O modo de ser e de estar da Igreja no mundo deve ser semelhante à do fermento na massa, à da luz na escuridão, à do sal na sociedade. Se se confunde com a massa ou se não salga, de pouco prestará.

O homem moderno espera que os Cris-tãos lhe revelem Jesus, o Messias. ◘

»»> Actualidades Francisco Sarsfield CabralFrancisco Sarsfield CabralFrancisco Sarsfield Cabral Director de Informação: Rádio Renascença

O grande desafio ético

A protecção social como obrigação do

Estado tomou corpo no mundo industrializado quando os pobres puderam votar. O sufrágio universal (que, em alguns países, tem menos de cem anos) deu voz e peso político ao que, até meados do séc. XX, eram as maiorias. Gente que tinha um presente e um passado não só de grande pobreza como, sobretudo, de extrema vulnerabilidade aos azares da vida: o desemprego ou uma doença do chefe de famí-lia significava a miséria. Daí o impulso para criar uma rede de segurança.

Em democracia os políticos seguem a vontade das maiorias, sob pena de não serem eleitos. Por isso nasceu o chamado Estado-providência. Acontece que, hoje, nos países desenvolvidos – e até em Portugal – os realmen-te pobres são uma minoria, que em grande parte vive marginalizada e nem sequer vota. Entretanto, a classe média e muitos dos ricos tomaram conta do Estado-providência. E do voto deles dependem os políticos.

Assim, os remediados e ricos (agora a

maioria dos votantes) não têm permitido a dis-criminação positiva, isto é, a concentração dos apoios nos mais pobres. Isto numa altura em que, nomeadamente por razões demográficas, os esquemas de protecção social dos Estados se encontram perto da falência financeira.

Está aí, porventura, o maior desafio ao

valor da solidariedade: convencer os que não vivem mal de que, por imperativo ético, têm de abdicar de algumas regalias para ajudar quem vive na miséria. ◘

Todos os Centros Sociais ODPS e os Serviços Centrais, recebem neste momento (assinatura ou gratuito - permuta com o Espaço Solidário; diário, semanário e 2 mensais), os seguintes órgãos de Comunicação Social (jornais/ revista):

5 Move, promove e tudo se desenvolve

E ELOLO S  SOCIAL

OCIAL 

20062006 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre

»»> Entrevista com...

EDMUNDO MARTINHOEDMUNDO MARTINHOEDMUNDO MARTINHO

Presidente do Instituto de Segu-rança Social e ex-Presidente da União Mutualidades Portuguesas

diversificado de factores, como por exemplo a taxa de crescimento económico do país, o aumento da taxa de emprego e da produtivida-de, a modernização do aparelho de estado, a própria reforma do siste-ma de pensões, referida na pergun-ta anterior, etc, etc… O combate à fraude e à evasão fiscal, à fuga aos pagamentos à Segurança Social, mas também o rigor na fiscalização das situações de baixa, desemprego e acesso ao RSI, em que estamos fortemente empenhados e com resultados visíveis, são feitos por imperativos de moralização cívica e de justiça social mas, pelo retorno financeiro que geram, também podem ser considerados mais um contributo para aproximação aos padrões de desenvolvimento europeus.

ES – Para melhor esclarecimento de todos, como funciona a parceria entre a Segurança Social e a Obra Diocesana de Promoção Social? EM – A Obra Diocesana de Promo-ção Social está implantada em toda a cidade do Porto, incidindo a sua actuação em vários bairros de habi-tação social. Através de Centros Sociais desen-volve uma intervenção que abarca aproximadamente 2.800 utentes, nas valências de Creche, Jardim de Infância, ATL, Centro de Animação de Jovens, Centro de Dia e de Con-vívio, Apoio Domiciliário, sedeadas em diferentes freguesias – Aldoar, Paranhos, Lordelo, Campanhã. A Segurança Social, através do Centro Distrital do Porto, financia e dá apoio a estas valências nos termos da legislação que regula-menta os acordos de cooperação entre a Segurança Social e as IPSS. Esta colaboração expressou-se também em dois projectos de luta contra a pobreza em que a ODPS foi promotora connosco. ES – Conhecendo certamente bem muitas Instituições nacionais, como classifica e caracteriza esta IPSS?

ES – Num tempo de instabilidade e insegurança social (e não só!) o que pretende ser, e de que forma, a Segurança Social? Edmundo Martinho (EM) – Num contexto global a Segurança Social portuguesa está apostada na modernização do sistema de protecção social, garantindo a sua sustentabilidade futura e a sua capacidade de contribuir para uma sociedade mais inclusi-va e que garanta os direitos de cidadania consubstanciados no Modelo Social Europeu. No âmbito deste esforço de modernização em que estamos fortemente empenhados, poderia destacar, concretizando, dois aspectos que considero muito relevantes. O primeiro é a refor-ma do sistema de pensões, pro-curando garantir níveis adequa-dos de protecção na velhice e, simultaneamente, incentivar o envelhecimento activo e a pou-pança individual complementar. Esta reforma, que mereceu o acordo da quase totalidade dos parceiros sociais, é indispensá-vel para garantir a sustentabilida-de futura de todo o sistema de protecção social. O segundo aspecto, na área da acção social, diz respeito a um conjunto de medidas que têm vindo a ser adoptadas com vista a responder melhor às necessi-dades das pessoas e famílias que enfrentam situações mais graves de pobreza e exclusão social. Refiro-me a medidas como o Complemento Solidário para Idosos, o reforço da compo-nente de inserção social no RSI, o alargamento da cobertura em equipamentos sociais, com rele-vo para as creches, entre outras, que visam minorar as situações mais extremas de pobreza, nomeadamente de crianças e idosos e abrir caminho para uma sociedade ainda mais inclusiva. ES – Com este aperto exigente que a Instituição faz de acertar contas com quem não paga os impostos e outras dívidas ao fisco ou com quem recebe o subsídio de desemprego sem o estar, poderão as nossas Finan-ças e Economia retomar valores realmente normais e desejáveis na UE? EM – A desejável aproximação aos níveis médios de crescimen-to económico dos países da UE (considerando a UE dos quinze) depende de um conjunto muito

EM – A ODPS, como atestam os números referidos na res-posta anterior, desempenha um papel meritório e de relevo não só pelos equipamentos e serviços que dirige benefician-do idosos, crianças e respecti-vas famílias, mas também pelas diversas actividades que promove no apoio aos mais desfavorecidos, ajudando a sua integração social e promo-vendo a valorização das comu-nidades junto de quem traba-lha, em contextos sociais, por vezes muito problemáticos. Na relação mais directa com a Segurança Social, a ODPS tem demonstrado vontade expressa de modernizar e ade-quar os seus equipamentos tendo em vista a melhoria e qualidade das respostas, de acordo com as orientações técnicas que vão sendo forne-cidas. ES – Que votos e futuro gosta-ria de ver augurados nesta relação solidária e social? EM – Tem sido política da Segurança Social apoiar as Instituições de Solidariedade para responder às necessida-des das famílias e dos cida-dãos e aos diferentes proble-mas sociais, através de acor-dos de cooperação e de diver-sos programas e medidas de política, sendo que esta cola-boração ao longo do tempo se tem revelado profícua. O Instituto de Segurança Social deseja ver reforçados os laços de cooperação e colabo-ração, a todos os níveis, com todas as instituições privadas do mundo solidário que, tal como a ODPS, partilham o caminho para dar resposta aos problemas sociais dos cida-dãos, apoiar os mais desfavo-recidos, promover o desenvol-vimento social e uma socieda-de coesa e sem exclusões. ES – O apoio financeiro entre ambas as Instituições já é bas-tante bom, mas poderá a ODPS vir a vislumbrar outros números superiores aos agora estabelecidos? EM – Na sequência da resposta à pergunta anterior, qualquer reforço da cooperação deverá ter uma correspondência em matéria de apoio financeiro, a qual, em termos concretos, estará sempre condicionada pelo âmbito e amplitude em que essa cooperação se verifi-que e, pela legislação e regula-mentos que a enquadrem. ◘

Entrevista: ARR Fotos: “Escolhas” e CNIS

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RLA T TEM

ÁTICA

EMÁTICA 

Uma Obra com visão e futuro!

4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre 20062006

»»> Práticas Temáticas

Daniel dos Santos SerrãoDaniel dos Santos SerrãoDaniel dos Santos Serrão

Professor Catedrático Jubilado, Médico, Membro das Academias Pontifí-cia e Nac. da Vida e do Comité Director de Bioética do Cons. da Europa

O Solidário não é Solitário

Parece um trocadilho, mas não é. Ser solidário é, por essência, um comportamento relacional, um gesto dirigido para um outro, presente

ou ausente, mas real. Ninguém é solidário no vazio, perdido sozinho, no deserto ou no meio do mar. Dizem os filósofos e psicólogos que o ser humano só se descobre como um ser próprio, como um eu,

quando toma consciência da presença, à sua frente, de um outro ser humano que se revela como um absoluta-mente outro. A face do outro que me olha permite-me que eu me descubra como um eu, oposto ao mundo e às outras pessoas situadas nesse mundo.

Também dizem os sociólogos que o ser humano não pode viver isolado e

tem absoluta necessidade de socialização. Desde logo a socialização espontânea homem/mulher, ordenada para a procriação que garante a sobrevivência da espé-cie e depois a reunião de um grupo de pares procriadores que forma a sociedade primitiva ou primordial da qual provêem as nossas complexas sociedades actuais.

A relação com o outro não é, pois, uma opção mas uma necessidade imposta pela própria natureza das coisas.

São múltiplas as formas de criar e usar esta relação privilegiada eu-tu. Há relações de afecto, de amor, de indiferença, de ódio, de exploração; há

relações de verdade e há relações de traição; há relações de respeito e há relações de abuso. A mais nobre de entre todas as relações humanas é, no meu entendimento,

a relação de solidariedade. Por três motivos principais, a saber: O primeiro é que não é uma relação espontânea mas é, sim, uma relação intencionalmente procurada. O

solidário vai procurar o outro, aquele que lhe deve merecer uma atenção solidária. O segundo é que se trata de uma relação totalmente gratuita e voluntária. Quem vai ser solidário não

procura pagamento ou recompensa, nem sequer agradecimento por parte do outro que é objecto da solidarie-dade.

O terceiro é que a solidariedade é, nos Estados modernos, condição significativa da coesão social, na exacta medida em que o Estado-Providência, baseado no que chamarei solidariedade obrigatória, não conse-gue cumprir as obrigações e as expectativas que criou.

Por estes motivos, o solidário, aquele que dá ao outro afecto, tempo ou dinheiro, consoante a natureza dos seus actos solidários, não é, nunca, um ser solitário. É um ser com o outro que está desvalido e vulnerável e por isso tem de ser acolhido na solidariedade. ◘

* Belo Gesto Solidário *

OBRIGADO Reverendíssimo Padre MANUEL SOARES DOS REIS. A verdadeira ajuda humanitária convertida em solidariedade, para além

de um pensamento altruísta, implica obras e acções. Estas organizam exemplos e referências que nos fazem reflectir, melhorar e crescermos como pessoas.

Os autores destes exemplos e referências destacantes merecem a nos- sa mais profunda atenção e uma enorme gratidão, pois fomentam a paz, a alegria, a justiça social, a atitude disponível e a motivação para a prática do Bem.

Nestes autores inclui-se o Reverendíssimo Padre Manuel Soares dos Reis, cuja vida, vontade e exemplo nos tem habituado e deixado um relevante testemunho como sacerdote e como pessoa.

A sua simplicidade envolta na grandiosidade do ser e do actuar serve para nos fazer ver o essencial da vida, exortando-nos a desenvolver o potencial de bondade e de amor.

A Obra Diocesana de Promoção Social agradece-lhe a dádiva de € 2.000,00 (dois mil euros) que ofereceu à sua causa, movido por esse espírito de grande homem, sempre pronto a apoiar e diri-ge-lhe uma mensagem de gratidão num OBRIGADO de profundo reconhecimento.

Com Amizade, o Presidente (Américo J. C. Ribeiro). ◘

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O ORLA

RLA T  T

EMÁTIC

AEM

ÁTIC

A 20062006 4º Trimestre4º Trimestre4º Trimestre Move, promove e tudo se desenvolve

»»> Perspectivas Eugénio da FonsecaEugénio da FonsecaEugénio da Fonseca Presidente da Caritas Portuguesa e da C.I. Confederação Nac. do Voluntariado

Solidariedade e Bem comum

»»> Janela de Inclusão Paulo MoraisPaulo MoraisPaulo Morais Matemático, Professor Universitário e ex-Vice Presidente da C. M. Porto

A insegurança domina

Algumas das políticas sociais inspiradas

no modelo social europeu, impuseram-se da pior forma aos modelos de gestão urbana. Dis-so é exemplo a disseminação de guetos consti-tuídos pelos bairros sociais que proliferaram pelas maiores urbes da Europa. A pretexto de combaterem a exclusão, levaram muitas vezes apenas à sua concentração, e mesmo à sua multiplicação. Têm vindo a aumentar as mani-festações de exclusão: comunidades imigrantes desinseridas, um número crescente de sem-abrigo, de toxicodependentes de rua e indigen-tes. A pobreza nas cidades tornou-se miserável e crónica. O número de sem-abrigo é o mais elevado dos últimos 50 anos, cerca de quinze por cento dos europeus estão em risco de pobreza. A insegurança domina. Segundo The European Opinion Research Group, 35% da população europeia sentia-se insegura; e 75% exige mais policiamento.

A procura de modelos que possam capa-citar as cidades com respostas modernas e humanizadas deve constituir o principal objecti-vo das políticas urbanas. Para fazer face à exclusão social, as cidades devem dispor duma rede de suporte que assuma o papel de verda-deiro hospital social. Como num hospital, as respostas devem ser múltiplas e específicas. Como num hospital, as intervenções devem ser dirigidas a diferentes sujeitos, em diferentes momentos, novos problemas devem trazer novas respostas técnicas, que substituam as anteriores. Como num hospital, deve privilegiar-se o ambulatório e evitar-se a institucionaliza-ção dos doentes.

As soluções urgem respostas solidárias. O conflito latente, nas ruas das cidades euro-peias, entre os comportamentos marginais de uma minoria que abusa de liberdades que não podem desaparecer, por um lado; e as garantias de segurança que uma maioria reclama, por outro – é este o caldo de cultura propício para o desenvolvimento desse ovo de serpente que ao longo da história vem gerando ditaduras, guer-ras e liquida civilizações.

Só a solidarieda-de pode, pois, salvar a democracia. ◘

“Só a solidarie-

dade pode, pois,

salvar a democra-

cia.”

Solidariedade é uma das palavras que, por tão badalada, cor-re o risco de se esva-ziar de sentido. Um dos maiores perigos é reduzi-la a um mero sentimento. Na riquís-sima definição de João Paulo II ser solidário é empenhar-se «pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeira-mente responsáveis por todos» (SRS 38). Ou seja, de qualquer atitude solidária tem que brotar, de forma inequívoca, o sentido da responsabilidade comum e universal em ordem à criação de condições da vida que permitam, tanto às so-ciedades como a cada um dos seus mem-bros, alcançar mais plena e facilmente a sua própria perfeição.

Assim, para que a solidariedade seja mesmo um meio eficaz de edificar o bem co-mum não se pode orientar por atitudes interesseiras, mas de total gratuitidade; deve rejeitar a imposição sobre o outro e poten-ciar o caminhar em conjunto, fazendo aflo-rar capacidades as-sentes na liberdade e no respeito pela digni-dade das pessoas.

Por outro lado, as relações humanas geradas pela solidarie-dade são diferentes das que resultam de outro tipo de relações como são as empresa-

riais ou comerciais, porque radicam no serviço e na disponi-bilidade real, bem como na rejeição do “ser mais que o outro”. Ser solidário é, pois, ser «perito em humanidade» (SRS 41), na medida em que procura restituir a plena dignidade e igualdade de direitos a qualquer pessoa que esteja em dificul-dades. Permite ainda sentir, amar, sonhar de outra maneira, nomeadamente não tendo como objectivo possuir, mas compar-tilhar, valorizando o “ser e estar” e não só o “fazer”. Isto implica, porém, dar importân-cia aos outros e a nós mesmos, não pelo que temos mas pelo que somos e pela oportunidade de es-tarmos juntos.

Nesta perspec-tiva, quem opta pela solidariedade tem que aceitar riscos e sacri-fícios.

É óbvio que, pelo seu carácter es-truturante para o de-senvolvimento inte-gral da pessoa e do mundo, a solidarieda-de, assim como a justiça, têm implica-ções políticas. Mas estas são transver-sais às lógicas parti-dárias e podem e devem unir todos os cidadãos, a favor da mudança de uma or-dem mundial injusta e desumana. ◘