JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA...

18
Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2037 JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO JORNAL DE BRASÍLIA THE USE OF WHATSAPP IN THE JOURNALISTIC PRODUCTION OF THE JOURNAL OF BRASÍLIA MARIA DA LUZ ALVES DE LIMA ROSIANE MARA PEREIRA LUIZ CARLOS MENEZES DOS REIS Resumo As redes sociais transformaram a forma de comunicação entre as pessoas. Como reflexo da sociedade, interfere também dentro das redações, fazendo parte das construções de matérias, principalmente as factuais. A partir de entrevistas de modalidade semiaberta investigamos a forma com que o WhatsApp mudou a forma de apuração da notícia, o acesso ás fontes, e de como ele tem colaborado nas produções jornalísticas do Jornal de Brasília. Utilizando o grupo de Informação Pública do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) como objeto de pesquisa, percebemos que há interferência na rotina de produção do jornal diário. Como exemplo, apontamos a elaboração de uma série de matérias construídas a partir de uma informação preliminar informada via mensagem pela corporação. Com base em pesquisas dentro do Jornal de Brasília, constatou-se que o advento do WhatsApp trouxe mudanças e resultados positivos, pois diminuiu o tempo de trabalho dos profissionais, se tratando da agilidade na apuração e no acesso ás fontes. Palavras-Chave: jornalismo; whatsapp; Jornal de Brasília, rotinas de produção. Abstract Introduction: In this section, the author must present an overview of the work. The abstract must be written in a structured way, in only one paragraph. Objective: to show the readers how easy it is to write an abstract of a scientific article. Materials and Methods: this section must be described the main methods used in the study, so that the reader can understand the main procedures used in the study and, from his or hers beliefs, give greater credibility to the study or nnot. It is normal that people use, in this section, the name methodology. This topic must not exceed 250 words. Highlighting the topics introduction; objectives; materials and methods; results; and conclusion is not mandatory. If you decide to highlight these topics, first have in mind the type of article you are writing, since the topics described in this abstract reffer to the original article. So, if you are writing an original article or a case study, be aware of the corresponding topics. Results: In this section, the author must write the main results of the study, without providing contrast to the literature or giving his or hers opinion. Conclusion: In this topic, the author must briefly respond to the objective.Based on research within the jornal de Brasilia, it was found that the advent of WhatsApp brougt changes and positive results, as it decreased the working time of profissionals, when dealing with agility in the calculation and access to sources. Keywords: journalism; whatsapp; journal production routines. INTRODUÇÃO A popularização de aplicativos de troca de mensagens instantâneas em smartphones está nas redações jornalísticas. A ferramenta é utilizada pelos profissionais para contato direto com o público, para abordagens de fontes e comunicação entre a imprensa e assessorias de imprensa. O crescimento dos aplicativos, liderados pelo Whatsapp, permitiu a criação de grupos institucionais para facilitar o envio de informações oficiais que, antes, seriam demandadas eletronicamente. Um deles foi feito pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e é objeto de estudo deste artigo. O grupo "Informação Pública - CBMDF" é formado por militares e jornalistas de veículos de comunicação do Distrito Federal. A ferramenta é utilizada para divulgações de informações, fotos e vídeos das ocorrências atendidas pela corporação. No local, espaço para os jornalistas esclarecerem dúvidas, confirmarem informações e questionarem sobre acontecimentos. Em dezembro de 2017 havia 240 participantes, entre eles, repórteres do Jornal de Brasília, veículo que norteia o trabalho. Com base nisso, é desafio descobrir o que mudou e o que permaneceu em relação à nova forma de comunicação, se há mudanças na forma de apurar e no acesso ás fontes. Assim, comparamos a apuração tradicional com a atual, apontando as características de cada uma de forma que seja possível compará-las. De maneira prática, com entrevistas, falamos sobre as mudanças na redação do jornal e a forma com que o aplicativo de mensagens colabora com as produções de pauta. O estudo baseia-se em pesquisa bibliográfica, entrevistas, consultas a livros acadêmicos. Apontamos as principais diferenças causadas pelas mídias digitais, especialmente o aplicativo de mensagens WhatsApp, na redação do Jornal de Brasília. Começamos com uma breve pesquisa sobre a apuração tradicional e as novas formas de apuração das notícias e fatos. Em seguida, o ponto de partida foi conversar com a equipe do Jornal de Brasília e seguimos com as entrevistas com o Editor-Chefe, Jorge Eduardo Antunes, a repórter da editoria de Cidades, Jéssica Antunes de Lima Rodrigues, além da repórter do site, Lia Sahadi Cavalheiro, e o 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Joberth Medeiros, que nos contou como funciona o grupo do WhatsApp da corporação. Segundo Duarte (2005) uma investigação exige pessoas que conheçam o assunto e tenham capacidade de responder ao tema proposto. O método de entrevista em profundidade foi escolhido por nos permitir obter informações e

Transcript of JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA...

Page 1: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2037

JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO JORNAL DE BRASÍLIA

THE USE OF WHATSAPP IN THE JOURNALISTIC

PRODUCTION OF THE JOURNAL OF BRASÍLIA

MARIA DA LUZ ALVES DE LIMA ROSIANE MARA PEREIRA

LUIZ CARLOS MENEZES DOS REIS

Resumo As redes sociais transformaram a forma de comunicação entre as pessoas. Como reflexo da sociedade, interfere também dentro das redações, fazendo parte das construções de matérias, principalmente as factuais. A partir de entrevistas de modalidade semiaberta investigamos a forma com que o WhatsApp mudou a forma de apuração da notícia, o acesso ás fontes, e de como ele tem colaborado nas produções jornalísticas do Jornal de Brasília. Utilizando o grupo de Informação Pública do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) como objeto de pesquisa, percebemos que há interferência na rotina de produção do jornal diário. Como exemplo, apontamos a elaboração de uma série de matérias construídas a partir de uma informação preliminar informada via mensagem pela corporação. Com base em pesquisas dentro do Jornal de Brasília, constatou-se que o advento do WhatsApp trouxe mudanças e resultados positivos, pois diminuiu o tempo de trabalho dos profissionais, se tratando da agilidade na apuração e no acesso ás fontes. Palavras-Chave: jornalismo; whatsapp; Jornal de Brasília, rotinas de produção. Abstract Introduction: In this section, the author must present an overview of the work. The abstract must be written in a structured way, in only one paragraph. Objective: to show the readers how easy it is to write an abstract of a scientific article. Materials and Methods: this section must be described the main methods used in the study, so that the reader can understand the main procedures used in the study and, from his or hers beliefs, give greater credibility to the study or nnot. It is normal that people use, in this section, the name methodology. This topic must not exceed 250 words. Highlighting the topics introduction; objectives; materials and methods; results; and conclusion is not mandatory. If you decide to highlight these topics, first have in mind the type of article you are writing, since the topics described in this abstract reffer to the original article. So, if you are writing an original article or a case study, be aware of the corresponding topics. Results: In this section, the author must write the main results of the study, without providing contrast to the literature or giving his or hers opinion. Conclusion: In this topic, the author must briefly respond to the objective.Based on research within the jornal de Brasilia, it was found that the advent of WhatsApp brougt changes and positive results, as it decreased the working time of profissionals, when dealing with agility in the calculation and access to sources. Keywords: journalism; whatsapp; journal production routines. INTRODUÇÃO

A popularização de aplicativos de troca de mensagens instantâneas em smartphones está nas redações jornalísticas. A ferramenta é utilizada pelos profissionais para contato direto com o público, para abordagens de fontes e comunicação entre a imprensa e assessorias de imprensa. O crescimento dos aplicativos, liderados pelo Whatsapp, permitiu a criação de grupos institucionais para facilitar o envio de informações oficiais que, antes, seriam demandadas eletronicamente. Um deles foi feito pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e é objeto de estudo deste artigo.

O grupo "Informação Pública - CBMDF" é formado por militares e jornalistas de veículos de comunicação do Distrito Federal. A ferramenta é utilizada para divulgações de informações, fotos e vídeos das ocorrências atendidas pela corporação. No local, há espaço para os jornalistas esclarecerem dúvidas, confirmarem informações e questionarem sobre acontecimentos. Em dezembro de 2017 havia 240 participantes, entre eles, repórteres do Jornal de Brasília, veículo que norteia o trabalho.

Com base nisso, é desafio descobrir o que mudou e o que permaneceu em relação à nova forma de comunicação, se há mudanças na forma de apurar e no acesso ás fontes. Assim, comparamos a apuração tradicional com a atual,

apontando as características de cada uma de forma que seja possível compará-las. De maneira prática, com entrevistas, falamos sobre as mudanças na redação do jornal e a forma com que o aplicativo de mensagens colabora com as produções de pauta.

O estudo baseia-se em pesquisa bibliográfica, entrevistas, consultas a livros acadêmicos. Apontamos as principais diferenças causadas pelas mídias digitais, especialmente o aplicativo de mensagens WhatsApp, na redação do Jornal de Brasília.

Começamos com uma breve pesquisa sobre a apuração tradicional e as novas formas de apuração das notícias e fatos. Em seguida, o ponto de partida foi conversar com a equipe do Jornal de Brasília e seguimos com as entrevistas com o Editor-Chefe, Jorge Eduardo Antunes, a repórter da editoria de Cidades, Jéssica Antunes de Lima Rodrigues, além da repórter do site, Lia Sahadi Cavalheiro, e o 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Joberth Medeiros, que nos contou como funciona o grupo do WhatsApp da corporação. Segundo Duarte (2005) uma investigação exige pessoas que conheçam o assunto e tenham capacidade de responder ao tema proposto.

O método de entrevista em profundidade foi escolhido por nos permitir obter informações e

Page 2: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2038

explorar um assunto bibliograficamente estudado. “A entrevista em profundidade é um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte” (DUARTE, 2005, p. 62).

A modalidade semiaberta parte de um roteiro que permita conduzir a entrevista. De acordo com Duarte (2005), a modalidade trata-se uma entrevista individual onde geralmente tem de quatro a sete perguntas abertas, podendo surgir novas perguntas baseadas nas respostas do entrevistado.

As evolução do WhatsApp e as principais mudanças que ele levou para a produção de pauta do Jornal de Brasília é foco do trabalho. Como destaque, usamos o grupo criado pelo Corpo de Bombeiros para apontar a produção da matéria desde que a informação chega ao repórter. Apuração Tradicional

De acordo com Pereira Junior, “apurar pode resumir-se a um jogo de evidências confrontadas a outras” (2006, p. 72). No jornalismo, é a busca pelas informações que geralmente são empregadas no texto, dando assim mais conteúdo e clareza a matéria, é um método de coleta das informações, uma pesquisa feita pelos profissionais em busca de mais detalhes para a produção da matéria.

Em matérias jornalísticas, a pauta se torna o ponto inicial da apuração, no qual o profissional analisa o assunto que vai tratar para depois começar o método de apuração onde vão ser pesquisados os diversos fatores que estão no tema abordado. Nos veículos impressos, o que vem logo após a apuração é o texto onde serão colocadas todas as informações coletadas para em seguida ser publicado.

A apuração tradicional acaba se tornando mais importante pelo simples fato do profissional está frente a frente com sua fonte, que no decorrer da conversa acaba criando confiança e deixando escapar alguma frase ou informação importante. Os jornalistas constroem seus textos, baseados nas buscas pelos fatos e pela verdade. Um bom profissional é o que busca certezas em meio a incertezas, o que não deixa escapar nenhuma informação importante.

Apurar tradicionalmente é a forma mais abrangente, porque dá ao profissional o direito de ir até o local dos acontecimentos, buscar documentos, entrevistar, ficar mais próximo das fontes, descobrir o que muitos dos entrevistados tentam omitir. O repórter tem que sair em busca das fontes, registros, documentos, fotos ou quaisquer meio para desvendar o assunto e produzir a matéria para o dia seguinte.

A apuração de informações, a investigação, é a pedra de toque da imprensa, seu álibi, a condição que faz um relato impresso ser jornalismo, não literatura. É a espinha dorsal do

trabalho jornalístico. Mas entre a descoberta de um rumor e a publicação da notícia, zonas de sombra de instalam, sinais amarelos se acendem (PEREIRA JUNIOR, 2006, p. 73).

De acordo com Pereira Junior (2006), averiguar as informações é a melhor forma de avaliar uma notícia. É impossível fazer uma boa matéria sem uma investigação profunda, sem antes constatar verdades e mentiras sobre o assunto. A apuração é a alma do jornalismo.

Jornalismo na era digital

A internet foi criada nos Estados Unidos, em 1969, no período da guerra fria. Chamada de arpanet pertencia ao Departamento de Defesa norte-americano e sua função era interligar o laboratório de pesquisa e garantir a comunicação entre militares. No Brasil, a Internet surgiu no final da década de 80, quando as Universidades brasileiras começaram a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos.

A partir de então, a Internet cresceu rapidamente como uma rede global de redes de computadores. O que tornou isso possível foi o projeto original da Arpanet, baseado numa arquitetura em múltiplas camadas, descentralizada, e protocolos de comunicação abertos. Nessas condições a Net pôde se expandir pela adição de novos nós e a reconfiguração infinita da rede para acomodar necessidades de comunicação (CASTELLS, 2003, p. 15).

Jornais do Brasil e do mundo inteiro sofreram mudanças com a chegada da internet. A tecnologia trouxe facilidade na vida de todos, principalmente dos profissionais do jornalismo. O acesso ás fontes ficou mais fácil, o contato pode ser feito por mensagens, via WhatsApp, e-mail, Facebook entre outros. De acordo com Castells “A Internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a comunicação de muitos com muitos, num momento escolhido, em escala global” (2003, p. 8), ou seja, o mundo inteiro está conectado, a notícia já não demora pra chegar à população. Estamos vivendo um mundo totalmente globalizado.

As redes sociais, Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp, vieram para complementar o trabalho dos jornalistas. Para Matos A Era Digital é um momento de novos desafios para as mídias tradicionais e também para a análise de dados devido ao volume, variedade e velocidade com que são produzidos e distribuídos (2013, p. 08).

A partir de 1995, de maneira cada vez mais rápida, as mídias digitais e a internet passam a fazer parte do cotidiano, espalhando-se não apenas no uso de computadores, mas também, em um segundo momento, em celulares, smartphones e outros equipamentos (MARTINO, 2015, pg.13).

A internet mudou a forma de apurar as notícias, com as redes sociais as notícias chegam mais rápidas, é muito comum presenciarmos nas

Page 3: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2039

ruas pessoas usando o celular para fotografar ou filmar algo, geralmente isso contribui para construção da matéria. Quando alguém presencia um crime ou um acidente, por exemplo, e envia o fato com as imagens, facilita muito o trabalho do repórter, dependendo da fonte, nem precisa ir ao local para soltar uma nota para o site, por exemplo. Segundo Rodrigues, a apuração tradicional ainda existe, de o jornalista entrar em contato com a fonte, mandar um e-mail, de ir até o local apurar os fatos. Isso a internet não extingui. (2017). A era digital no Jornal de Brasília

Fundado em 1972, o Jornal de Brasília é o segundo maior jornal em circulação no Distrito Federal. Com a chegada da internet e redes sociais, o jornalismo tem passado por grandes transformações, principalmente, o jornal impresso que começou a apresentar queda. Com isso, o Jornal de Brasília em 2000 criou o portal jornaldebrasilia.com.br, porém, era um site sem interatividade, onde se colocava os lides das principais matérias e convidava o leitor para lê o impresso. Como nossa prática é baseada na comunicação, e a Internet transforma o modo como nos comunicamos, nossas vidas são profundamente afetadas por essa nova tecnologia da comunicação. Por outro lado, ao usá-la de muitas maneiras, nós transformamos a própria Internet. Um novo padrão sociotécnico emerge dessa interação (CASTELLS, 2003, p. 10).

A internet veio para mudar a maneira de nos comunicarmos. Por meio dela e das redes sociais, nos conectamos com o mundo inteiro. Por essa razão o Jornal de Brasília sentiu a necessidade de se adaptar para ficar mais perto dos leitores.

Em 2005, o Jornal de Brasília inovou, e trouxe o clicabrasilia.com.br, além dos leitores ter acesso aos conteúdos do impresso, tem conteúdos exclusivos, produzidos pela equipe do portal. Esportes, entretenimentos e notícias da cidade em tempo real, ganharam destaques para atender os internautas. Em 2005 o jornal por iniciativa de Lourenço Peixoto (um dos sócios) criou um portal chamado Clica Brasília, era um portal com informações mais exclusivas, onde tinha até uma pequena rede social baseada no orkut, na época. Tinha atualização diária, foi quando efetivamente o conteúdo do digital começou a ser alimentado por uma equipe independente, um editor, uma subeditora, uma equipe de repórteres exclusivos, e um estagiário, só para essa versão digital, conteúdos exclusivamente digitais para o Clica Brasília (ANTUNES, 2017).

Para tornar o site mais atrativo, em 2007 o ClicaTV passou a fazer parte do portal uma parceria da TVWeb com o Clica Brasília. Onde o internauta tem a possibilidade de acompanhar em vídeos, matérias locais.

A TVWeb trouxe o meio do internauta visualizar o que está lendo, e isso traz o complemento para a matéria, com certeza, a tornando mais atrativa. O site veio trazer o que faltava ao Jornal de Brasília: A possibilidade do leitor ser participante. Antunes salienta sobre a importância de fazer um jornal que atenda as necessidades do seu público. “Antigamente você fazia uma edição, que sequer sabia se o que você escolheu, ou se ia agradar. Hoje em dia, o leitor basicamente tá dizendo pra você o tempo inteiro, o que e ele quer receber e o que ele quer ler”. (2017)

A redação passou por uma mudança significativa. Com o crescimento do jornal online, os repórteres tiveram que se adaptar a nova maneira de produzir conteúdos menores e de formas instantâneas que atendam o site.

A adaptação ao on-line não foi fácil. Por um lado, surgiu a necessidade de descobrirem as necessidades da linguagem do novo meio e de adaptar o discurso jornalístico a essa nova realidade. Por outro lado, os meios jornalísticos também sentiram a necessidade de ter recursos humanos e financeiros para o jornalismo on-line, além de capacitar seus profissionais para o novo meio (SOUSA, 2003, p. 2 apud SAHADI, 2016, P. 27).

Diferente do impresso, a internet precisa de atualizações constantes para atrair o público. Segundo Martino, quanto mais o ciberespaço se expande, maior o número de indivíduos e grupos conectados gerando e trocando informações, saberes e conhecimentos (2015 p. 28).

As mudanças na apuração são gigantes, o WhatsApp mudou a forma de se apurar os fatos. Por haver interação, onde é possível falar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, ficou mais fácil checar as informações. Com o aplicativo é possível conversar com as corporações e obter respostas de imediato, sem contar que aproximou o público da notícia.

Além das informações que chegam dos grupos das corporações renderem notas para o portal, quando o fato é grave, a equipe sai para apurar. Enquanto faz à apuração, o repórter escreve um texto com as informações preliminares e envia para a redação através do Whatssap para que a equipe do online suba a matéria com rapidez. Para Rodrigues, é um desafio escrever um texto enquanto as informações ainda estão chegando. Ao mesmo tempo em que a gente apura os fatos para o impresso do dia seguinte, temos que mandar informação em tempo real para o site. É um desafio, enquanto ainda estamos confirmando e recebendo informações, temos que consolidar um texto pelo celular e enviar para a equipe responsável subir a matéria para o jornaldebrasilia.com.br (RODRIGUES, 2017).

O uso do WhatsApp tem se destacado nas produções das matérias do Jornal de Brasília,

Page 4: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2040

principalmente os das corporações: Policia Militar, Policia Civil e Corpo de Bombeiros. Antes do aplicativo, as pautas policiais, eram feitas por um repórter responsável pela “ronda” que chegava cedo à redação, e durante todo o dia ligava nas delegacias para saber se tinha alguma ocorrência de destaque, o que dificultava bastante à vida do repórter. Em algumas ocasiões quando a ocorrência chegava à redação, até o repórter se deslocar, dependendo da distância, perdia a pauta. Antes, quando não existia essa ferramenta do WhatsApp do grupo dos bombeiros, a gente sabia das ocorrências que aconteciam na cidade por leitores que enviavam relatos ou por iniciativa dos repórteres que ligavam de quartel em quartel pra saber se tinha alguma ocorrência, ou na rua tendo algum acidente que aconteceu de forma mais presencial. Agora a comunicação é de lá pra cá, da corporação para a redação. Muitas das pautas que a gente constrói dentro do jornal de Brasília envolvendo o corpo de bombeiros, é deles passando pra gente (RODRIGUES, 2017). WhatsApp nas produções do Jornal de Brasília

WhatsApp está presente em 180 países, o aplicativo para smartphones já contabiliza mais de 1 bilhão de usuários ativos. Sua finalidade inicial era a comunicação entre amigos, com sistema de envio de mensagem de texto, vídeos, áudios e fotos. Hoje a ferramenta também é utilizada para envio de localização, documentos e chamadas de voz, para ter acesso a tudo isso, basta o usuário ter um pacote de dados para uso de internet ou conexão wifi.

O aplicativo foi desenvolvido Jan Koum e Brian Acton em 2009 e no fim de 2014 foi vendido ao Facebook, numa transação concluída em 22 bilhões de dólares. Por meio dele é possível manter contato com mais de um usuário, através de grupos, onde é permitido, por exemplo, o envio de arquivos, simultaneamente, a várias pessoas.

O WhatsApp, chegou ao jornal de Brasília há um pouco mais de dois anos, e tem mudado a rotina de produção do veículo. O número do aplicativo é disponibilizado no jornal impresso, e os repórteres responsáveis pela rede social, sãos os do site, por precisarem ter acesso mais rapidamente às notícias. Com a tecnologia digital, que integra processos de produção e difusão da notícia, sistemas e redes interativas, surgiu uma linguagem capaz de integrar e transmitir numa mesma mensagem áudio, texto, fotos, vídeos e gráficos interativos pelo mesmo método, facilitando o sistema de busca da informação (MATOS, 2013, P. 32-33).

Por ser um aplicativo gratuito e disponível para Android e outras plataformas, os leitores já usavam, e a aceitação foi imediata. De acordo com a repórter do site, Sahadi, a integração do WhatsApp surgiu para atender o leitor, pois “muitos já eram adeptos dele e sentiam a vontade

de estar mais próximo da notícia. Portanto, a aceitação dos nossos leitores foi muito bem sucedida” (SAHADI, 2017).

Para Martino (2015), quanto mais à comunicação em rede cresce, maior a quantidade de pessoas conectadas trocando ideias e experiências. Além da interação entre jornalista e leitor, as formas de uso do aplicativo acabam tornando-se úteis no processo de apuração. Os leitores enviam fotos e vídeos de acidente ou problemática na sua comunidade, possibilitando muitas vezes, matérias para o online ou impresso.

O fato é que, além de se tornar um útil instrumento, entre a redação e o repórter, ou entre redação e a assessoria de comunicação de diversos órgãos, o WhatsApp também tem sido uma forma de aproximar da população da construção da notícia. Por meio do crivo editorial do veículo é feita a triagem de fatos que podem virar notícias (HOLANDA et al, 2016, apud, CAVALCANTE, 2016, P. 42).

De acordo com Sahadi chegam dezenas de sugestões de pautas durante o dia, tanto de fontes oficiais - disponibilizadas por corporações como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e Polícia Federal. Como as não oficiais - sugestões repassadas por leitores . Questionada sobre a seleção de notícias, Sahadi (2017) afirma:

Quando as ocorrências são repassadas pelos grupos das corporações, as informações não precisam ser confirmadas, pois são oficiais. No entanto, se precisarmos de um material mais consistente, fazemos uma apuração mais aprofundada, procurando o posicionamento de outros órgão e entidades. Já quando a pauta é sugerida por leitor, nós precisamos checar a veracidade da informação. Aí procuramos os responsáveis por cada setor para confirmar, ou não, o fato (SAHADI, 2017).

A função do aplicativo é muito relevante para a produção de notícias do Jornal de Brasília, de acordo com Sahadi principalmente para o site onde a notícia tem que ser rápida. O público do online quer sempre ser o primeiro, a saber, sobre o que está acontecendo ao seu redor. “No meio digital, as notícias ficam "velhas” muito rápidas, pois circulam com uma rapidez surpreendente”. (SAHADI, 2017)

As assessorias de comunicação perceberam a importância do aplicativo como ferramenta de comunicação junto à imprensa. No Distrito Federal as corporações como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil, criaram grupos de WhatsApp, para contato direto com a imprensa brasiliense.

Iremos utilizar como objeto de pesquisa o grupo do Corpo de Bombeiros (CBMDF), para Medeiros (2017), assessor de informação pública do CBMDF, a criação do grupo se deu pela importância da proximidade e transparência da corporação com a imprensa. “O vínculo criado por

Page 5: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2041

essa aproximação garante uma unificação de interesse, evitando assim especulações ou sensacionalismo”.

Questionado sobre os resultados da criação do grupo e o que mudou no processo de divulgação de ocorrência, e na rotina do CBMDF, Medeiros afirma:

Além da diminuição das buscas a outros braços da instituição, o que causava certo desajuste operacional, houve uma agilidade nas respostas aos questionamentos elencados ao CBMDF, imputando uma rotina diária de esclarecimento das principais atividades desenvolvidas no serviço operacional da corporação. (MEDEIROS, 2017)

As pautas do Jornal de Brasília, além do WhatsApp, são produzidas através de sugestões que chegam as redações por email, telefone, Facebook, agência de notícias e assessoria de imprensa. Nem tudo que chega a redação como sugestão de pauta, rende matéria. Segundo Pereira Junior “pauta não é tema. Não é camisa-de-força. Não busca confirmar o que já se sabe. É uma dúvida sobre algum aspecto da realidade a ser respondida pelos fatos”. (2006, p. 78-79)

De acordo com Antunes, existe um mapeamento através das mídias sociais, pelo Google Analytics, por exemplo, onde mostra quem é o leitor e o que interessa pra ele.

O Jornal de Brasília, por exemplo, como é um jornal forte em cidades, ele vai olhar cidades, política local, polícia, prioritariamente, secundariamente celebridades e terciariamente esportes e programações, etc. Como a gente sabe? Pelo mapeamento que temos nas redes sociais, pelo mapeamento que a gente tem de audiência do site é isso que são os assuntos que mais importa pra ler, então é atrás desses assuntos que a gente efetivamente está indo e isso tem mostrado uma forma de sucesso, o que tem colocado a gente em patamar de audiência muito boa (ANTUNES, 2017).

Para decidir sobre o jornal do dia seguinte, Antunes se reúne todos os dias a tarde, para a reunião de pauta com os editores de cadernos – Cidades, Política, Economia, Torcida, Viva, além do editor de fotografia. Onde colocam suas sugestões baseadas no que receberam das assessorias, leitores e agências, em seguida fazem uma seleção do que é mais importante, levando em consideração o interesse do seu público alvo.

Segundo Antunes, existe uma diferença entre o digital e o impresso. No digital tudo é decido momento a momento, já a reunião de pauta é mais importante para o impresso. “A gente chega com os principais assuntos e decide ali dentro o que vai ser assunto do jornal impresso”. (ANTUNES, 2017). No final da reunião de pauta, fica decidido quais as notícias mais relevantes e qual capa estampará o jornal do dia seguinte.

Depois das pautas selecionadas, a equipe é

formada normalmente por um repórter e um fotógrafo, que trabalham juntos na apuração para entregar a matéria. Ou seja, é através da apuração que uma matéria é concluída. Sem apuração é impossível que uma matéria esteja pronta e nenhuma informação estará completa.

Pauta recebida através do grupo do Corpo de Bombeiros via WhatsApp

Da informação preliminar até a notícia: como uma postagem em rede social é apurada e se torna matéria dentro da redação do Jornal de Brasília. Aqui, mostraremos um caso real de atropelamento.

Domingo de plantão aparentemente tranquilo do dia 27 de agosto de 2017, a repórter Jéssica Antunes de Lima Rodrigues recebe através do WhatsApp uma informação preliminar do corpo de bombeiros sobre um atropelamento no Gama. Sem muitas informações a repórter tomou a iniciativa de se deslocar até o local, juntamente com o Myke, fotógrafo de plantão.

Do jornal até o Gama, são mais ou menos uns 20 km, e durante o percurso a repórter foi pegando informações com os bombeiros e a policia militar, a princípio chegou à informação que seria um atropelamento com dois óbitos. E através do aplicativo e a iniciativa da repórter, que mesmo sem muitas informações se deslocou ao local, o Jornal de Brasília foi o primeiro veículo a chegar ao acidente.

Chegando à quadra 24 do Gama Oeste, local do atropelamento, foi constatado que um adolescente de 17 anos, embriagado, atropelou cinco pessoas da mesma família. E infelizmente, não duas, mas, três pessoas faleceram. Duas irmãs e um bebê de seis meses vieram a óbito no local, o avô e o neto de dois anos foram encaminhados ao hospital.

Rodrigues destaca a importância do aplicativo da corporação, pois sem ele, não teria as informações em tempo real. “Eu acredito que o grupo do corpo de bombeiros, faz com que a gente tenha mais agilidade. Se precisamos de alguma informação, tipo uma estatística, por e-mail demoram uma semana, pelo WhatsApp a resposta, geralmente é imediata”.

A partir dessa dinâmica que o aplicativo disponibiliza, a equipe de jornalismo chega ao local do acidente praticamente na hora do ocorrido, gerando notícia numa rapidez, quase em tempo real.

Esse caso rendeu além das matérias para o site, mais três matérias para o jornal impresso, sendo uma capa. Além do acidente, no dia seguinte rendeu a matéria sobre a dor dos familiares, e o fato de ser um menor o condutor do veículo, e no terceiro dia, rendeu a manifestação por parte dos familiares e amigos contra o perigo do álcool ao volante, e o sepultamento das vítimas.

Page 6: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2042

Conclusão É notório que a chegada, crescimento e

popularização da internet e das mídias digitais, o jornalismo precisou adaptar-se. As redes sociais possibilitaram um canal de interação entre o público e as redações dos veículos de comunicação, inclusive no Jornal de Brasília, onde o grupo do CBMDF tornou-se um grande aliado à produção de notícias.

Na rotina de produção do jornal, o aplicativo chegou para trazer mudanças utilizando-o como ferramenta de trabalho onde é possível checar, apurar, confirmar e obter informações de ocorrências recebidas e atendidas pela corporação. Identificamos o quanto o grupo da é necessário nas construções de pautas, de onde partem as sugestões e apurações dos repórteres que compõem a redação do jornal diário.

Isso ficou claro com o exemplo da chegada de uma informação preliminar de um acidente com supostas vítimas como desencadeador de uma série de reportagens. Conforme relatos dos envolvidos e reportagens publicadas, constata-se que a ferramenta teve interferência direta na coleta de dados do acontecimento factual. No fim, as informações repassadas foram essenciais para que o jornal tivesse êxito na produção do texto referente ao acontecimento e aos desdobramentos dos dias seguintes.

Desta forma, percebe-se que o WhatsApp modificou o recebimento, confirmação e apuração jornalísticas. Aos profissionais da área, tanto receptores quanto emissores de informações, foi necessário que se adaptassem ao dinamismo da internet. Agradecimentos

Tudo é possível ao que crê! Agradeço a Deus por ter me permitido chegar até aqui Agradeço ao meu filho Yuri por ter sido meu psicólogo nas horas mais difíceis. Força, compreensão, paciência e amor, não me faltaram.

Ao Jornal de Brasília pela realização da tão sonhada graduação. Aos colegas do jornal pelo apoio, em especial a Jéssica Antunes por cada dúvida sanada e toda sua dedicação. Aos integrantes do Serviço Operacional de Informação Pública do CBMDF pela colaboração.

A minha mãe e irmãs, pela confiança e alegrias divididas ao vencer semestres. Ao orientador, Doutor e Professor Luís Reis pelo ensinamento e confiança. Aos mestres responsáveis por cada aprendizado durante o percurso, e aos colegas pela parceria (Maria da Luz).

Agradeço primeiramente a Deus pela dádiva de ter cursado o ensino superior, aos meus professores que contribuíram com seus ensinamentos, ao grande mestre Francisco Lima

de Paula Jr, eterno professor Chico. Agradeço também a Maria da Luz e Daiane Dias, duas pessoas maravilhosas que me acompanharam nessa jornada. Agradeço ao coordenador Dácio Renault que nos acompanhou no curso e que sempre esteve disposto a nos ajudar. Ao Orientador, Doutor e Professor Luiz Carlos Menezes do Reis ,meu muito obrigada por toda força durante o curso.

Ao Roger Duarte pela força e todo apoio e a todos, que de alguma maneira contribuíram para o meu sucesso. Chegamos ao fim de uma longa caminhada (Rosiane Mara). Referências 1- CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade . Rio de Janeiro: Zahar, 2003. 2- CAVALCANTI, Jivago Araujo. Rotinas Produtivas e Novas Mídias: O uso do WhatsApp como ferramenta de produção jornalística. Brasília, 2016 3- DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação . SP: Atlas, 2005 4- MATOS, Sérgio Augusto Soares. A Revolução Digital e os Desafios da Comunicação . Cruz das Almas/BA, UFRB, 2013. 5- MARTINO, Luís Mauro Sá. Teorias das Mídias Digitais . Ed. Vozes, 2014 6- NAPOLEÃO, Poliana. O uso do WhatsApp como ferramenta de comunicação . Disponível em: <http://www.partnerscom.com.br/blog/2017/o-uso-do-whatsapp-como-ferramenta-de-comunicacao>. Acesso em: 09 de novembro. 2017 7- OLIVEIRA, Filipe. Conheça a história do WhatsApp . Disponível em: <https://www.meucupom.com/blog/conheca-historia-do-whatsapp>. Acesso em: 10 de novembro. 2017 8- PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. A Apuração da Notícia: Métodos de Investigação na Imprensa . Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. 9- SAHADI CAVALHEIRO, Lia. Oficinas de Notícias: As Rotinas Produtivas do Jornal de Brasília. Brasília, 2016 Entrevistas 1- ANTUNES, Jorge Eduardo. Entrevista realizada em 17 de novembro de 2017, em modo presencial, em Brasília. 2- MEDEIROS, Joberth. Entrevista realizada em 02 de novembro de 2017, pela internet, via WhatsApp. 3- RODRIGUES, Jéssica Antunes de Lima. Entrevista realizada em 06 de outubro de 2017, em modo presencial, em Brasília. 4- SAHADI CAVALHEIRO, Lia. Entrevista a Maria da Luz, realizada em 17 de outubro de 2017, em modo presencial, em Brasília.

Page 7: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2043

APÊNDICE A – ENTREVISTA COM O EDITOR-CHEFE DO JORNAL DE BRASÍLIA Identificação : Jorge Eduardo Antunes, 52 anos, formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (RJ). Ocupa o cargo de editor-chefe. Entrevista feita pessoalmente. 1 Quando o portal do Jornal de Brasília foi criado? O Jornal de Brasília tinha uma versão digital desde o ano de 2001. O site apresentava partes da noticias publicadas no conteúdo impresso e esse conteúdo tinha um aviso sempre: Mais na versão impressa, e não tinha nenhuma opção de você conseguir aquele conteúdo de forma digital, tinha que de fato ir à edição impressa se quisesse o restante da matéria. Tinha uma pequena atualização como era constante por agência nessa primeira versão. Em seguida em 2005 o jornal por iniciativa de Lourenço Peixoto (um dos sócios) criou um portal chamado clica Brasília, era um portal com informações mais exclusivas, onde tinha até uma pequena rede social baseada no orkut, na época. Tinha atualização diária, foi quando efetivamente o conteúdo do digital começou a ser alimentado por uma equipe independente de um editor, uma subeditora, uma equipe de repórteres exclusivos, e um estagiário, só para essa versão digital, conteúdos exclusivamente digital para o Clica Brasília, separou-se então o Jornal de Brasília, a marca Jornal de Brasília para o conteúdo impresso e a marca Clica Brasília para o conteúdo digital. Isso permaneceu pelo menos quatro anos até a época que eu me desliguei do jornal primeira vez em 2010. Depois disso eu não sei o que houve mas elas votaram a se integrar e a marca clica Brasília sumiu e ficou valendo apenas a marca jornal de Brasília. 2 Qual a importância do site para o Jornal de Brasília? O site como 99,99% dos veículos impressos que existia na década retrasada, ou seja, dos anos 2000, era uma linha auxiliar que era bonificação de publicidade, uma linha paralela acessória, completamente acessória. O que aconteceu foi que a partir do ano de 2008 uma revolução dos smartphones e a conectividade plena e uma entrada maciça de algumas redes sociais na vida das pessoas, facebook, Instagram entre outros, houve uma migração da comunicação para o veículo digital. Então o que aconteceu que o digital começou a ter mais importância. Hoje se eles ainda não são preponderantes em receios, eles são preponderantes em influencia. O jornal, como o Jornal de Brasília, hoje tem uma média interessante de leitores por conta do digital, o digital é algo que tem que ser cuidado e vem sendo cuidado desde 2007, na verdade desde 2004, 2005, quando nasceu o Clica Brasília, mas fundamentalmente a partir da segunda metade da década e nos anos atuais.

Hoje, a preocupação é priorizar o digital, embora sem abandonar o conteúdo impresso. Então o digital é uma receita se ainda não é financeiramente importante, é editorialmente importantíssima hoje. Então, hoje a gente tem uma preocupação em ter um conteúdo digital sempre atualizado e um conteúdo impresso que reflita os movimentos do digital. 3 Que tipo de mudança o site trouxe, e qual a interação dele com o leitor? O digital mudou tudo, e o leitor hoje em dia é um participante ativo. Ele é um participante graças à ferramenta de afiliação de audiência, se você observar o que ele está se interessando mais naquele momento, e o que você precisa dar a ele como conteúdo naquele momento, então, mudou tudo. Antigamente você fazia uma edição, que sequer sabia se o que você escolheu ia agradar. Hoje em dia, o leitor basicamente tá dizendo pra você o tempo inteiro o que e ele quer receber e o que ele quer ler. E é com base nesse comportamento, e isso a gente não tem como valorar se é certo ou errado, que a maioria das empresas de jornalismo apresenta seus conteúdos no digital e também no impresso no dia seguinte. Então a comunicação hoje é mais dinâmica, mais participativa e o leitor tem importância fundamental. Seja ele um leitor no digital, ou seja, um leitor impresso. O leitor impresso é muito mais impactado por aquilo que o leitor digital nos indicou na véspera do impresso. Então, ele vai receber, vai ler um conteúdo muito baseado naquilo que foi a noticia digital na véspera, e naquilo que pode ser noticia digital do dia seguinte, de forma que hoje, o leitor é mais senhor do conteúdo, ao contrário do que acontecia antigamente, onde o senhor do conteúdo era nós, os jornalistas e os produtores de conteúdo que entregavam para o leitor aquilo que a gente achava q ele queria ler. Temos que correr atrás dessa audiência, mapear essa audiência o tempo inteiro, graças a essas ferramentas de internet, graças as ferramentas de redes sociais que mostram pra gente o que é bom, o que é mais atual, e o que a gente precisa estar prestando atenção ao longo do dia. Então a comunicação é outra, o mundo é outro. 4 Com a chegada das redes sociais, qual a participação do leitor na construção das pautas? Ainda é pequena na maioria dos lugares, ainda vai ser ampliada, mas hoje ele tem um pode de interferir e de mostrar o caminho que você possa seguir melhor. O leitor já era um personagem importante no dia a dia, vai muito pelo o que a gente julgava que ele queria, gostava, hoje em dia, vai muito além do que a gente conhece dele. E isso as mídias sociais forneceram pra gente, os comentários, as participações e os perfis ficaram mais claros. Hoje a gente efetivamente já direciona melhor os noticiários para aqueles que

Page 8: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2044

estão lendo, e esse é um trabalho que a gente no final de contas, as mídias sociais fazem para nós. 5 Como é feita a seleção de noticias? A gente sabe que cada veículo sabe quem é mais ou menos a clientela deles, porque eles já conseguiram mapear isso pelas mídias sociais, pelas ferramentas de aferição de audiência como o Google analítico, como Score e outros. Então a gente tem um mapeamento de quem é o leitor da gente e o que interessa pra eles, e é desses assuntos que a gente vai correr em busca de material. O Jornal de Brasília, por exemplo, como é um jornal forte em cidades, ele vai olhar cidades, política local, policia, prioritariamente, secundariamente celebridades e terciariamente esportes e programações, etc. Como a gente sabe? Pelo mapeamento que temos nas redes sociais, pelo mapeamento que a gente tem de audiência do site é isso que são os assuntos que mais importa pra ler, então é atrás desses assuntos que a gente efetivamente está indo e isso tem mostrado uma forma de sucesso, o que tem colocado a gente em patamar de audiência muito boa. 6 Como funciona a reunião de pauta? Reunião de pauta, a gente ainda tem hoje, infelizmente, só para o jornal impresso. A gente chega com os principais assuntos e decide ali dentro o que vai ser assunto do jornal impresso. A pauta do digital ela é decidida momento a momento, então em outros lugares essa reunião de pauta acontece também mais de uma vez por dia, mais de uma equipe por dia, mas aqui ainda é uma reunião voltada para a edição impressa do jornal do dia seguinte, e ali a gente realmente decide se alguma noticia vai ficar fora do digital, por que a gente tem conteúdo que ninguém tem, e tem assegurado que isso não vai ser revelado antes que ser revelado para o impresso, isso ai não é uma ferramenta que pode ser meio antiquada, mas, que ainda funciona para dar certa credibilidade ao veiculo impresso que a gente valorizar um pouco. APÊNDICE B – ENTREVISTA COM A REPÓRTER DE IMPRESSO DO JORNAL DE BRASÍLIA Identificação: Jéssica Antunes de Lima Rodrigues, 25 anos, formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília. Ocupa o cargo de repórter do impresso. Entrevista feita pessoalmente. 1 Como funciona o grupo de WhatsApp dos bombeiros? O grupo dos bombeiros, é entre os grupos das corporações o mais restrito, para entrar as pessoas das redações de Brasília inteira tem que fazer uma espécie de cadastro e enviar por e-mail o nome, o cargo, o telefone, contrato do trabalho,

além do próprio celular que tem WhatsApp , e o registro profissional . Tem que ter tudo isso para mandar por e-mail para eles avaliarem. Então... Nele tem pessoas das redações impressos e online de Brasília inteira que passaram por esse sistema. São 266 participantes hoje. 2 Como é a experiência de receber a noticia assim, na hora? Antigamente quando não existia essa ferramenta do WhatsApp do grupo dos bombeiros a gente sabia das ocorrências que aconteciam na cidade, por leitores que enviavam relatos ou por iniciativa dos repórteres que ligavam de quartel em quartel pra saber se tinha alguma ocorrência, ou na rua tendo algum acidente que aconteceu de forma mais presencial. E agora a comunicação é de lá pra cá, da corporação para a redação. 3 Como é que o WhatsApp está colaborando com a produção de pauta? Então, quando acontecem acidentes eles informam: preliminar de acidente em tal localidade parece que teve óbito. Aí a gente já fica alerta para dependendo da gravidade do caso ir até o local ou aguardar por informações mais especifica, ou se ainda não tem chance da gente ir até o lugar porque é longe, por conta do fechamento do jornal, a gente ainda consegue ter com as informações oficiais do corpo de bombeiros e as fotos que eles conseguem tirar em loco das ocorrências, fecharmos a pagina e fazer uma matéria pro site, por exemplo. 4 Você tem alguma experiência em relação à pauta que chegou através do WhatsApp que tenha rendido matéria? Sim. No domingo de plantão do dia 27/08 estávamos aqui na redação, quando um integrante do corpo de bombeiros que eu não lembro quem era agora, informou uma preliminar de acidente no Gama, uma preliminar de atropelamento. De inicio ele disse havia informação de dois óbitos, antes mesmo de confirmar as informações a gente teve a iniciativa de em virtude da gravidade do caso, sair da redação e confirmar as informações no caminho. Fomos à primeira equipe de reportagem a chegar ao lugar e realmente se constatou que um adolescente embriagado atropelou uma família, cinco pessoas da mesma família, e não duas, mas três pessoas morreram duas mulheres e um bebê de seis meses de idade. Essa pauta rendeu três matérias para o impresso, além das do site. 5 A apuração tradicional ainda existe? A apuração tradicional ainda existe, uma não extinguiu a outra. A apuração, de o jornalista entrar em contato com a corporação de mandar um e-mail, de ir até o local ainda existe. Mas sem dúvida o grupo como o do corpo de bombeiros no WhatsApp auxilia para que isso seja feito de forma mais rápida, é o que pede a atualidade no mundo online. 6 Você acredita que o aplicativo reduziu o tempo de apuração do profissional?

Page 9: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2045

Sim. Hoje a gente perde menos tempo, até a concretização da reportagem do que antigamente, por que o corpo de bombeiros auxilia muito a gente na alimentação de informações e de imagem, fonte para entrevista, então pelo grupo é uma ferramenta que, por exemplo, a gente vai pedir por e-mail algum tipo de estatísticas demora uma semana para responder, no grupo geralmente as respostas são imediatas.

APÊNDICE C – ENTREVISTA COM A REPÓRTER DO ONLINE DO JORNAL DE BRASÍLIA Identificação: Lia Sahadi Cavalheiro, 25 anos, formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). Ocupa o cargo de repórter no site. Entrevista feita via WhatsApp. 1 Qual o fluxo de sugestões de pauta por dia via whatsapp? A participação dos leitores é maior pelo aplicativo de mensagens instantâneas ou pelo Facebook? Nós recebemos dois tipos de informações pelo whatsapp: as oficiais - disponibilizadas por corporações como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Samu, Polícia Rodoviária Federal, etc; e as não oficiais - sugestões repassadas por leitores. Não tenho como mensurar a quantidade de mensagens recebidas por dia, pois são muitas, principalmente durante a semana. Aos finais de semana é mais tranquilo. Normalmente recebemos mais mensagens e sugestões dos leitores pelo WhatsApp, mas eles também nos procuram bastante por meio do Facebook. 2 Todo o material recebido é apurado? Quando as ocorrências são repassadas pelos grupos das corporações (como citei acima), as informações não precisam ser confirmadas, pois são oficiais! No entanto, se precisarmos de um material mais consistente, fazemos uma apuração mais aprofundada, procurando o posicionamento de outros órgão e entidades. Já quando a pauta é sugerida por leitor, nós precisamos checar a veracidade da informação. Aí procuramos os responsáveis por cada setor para confirmar, ou não, o fato. 3 A aceitação do leitor com o Whatsapp foi imediata? A integração do WhatsApp surgiu principalmente pela necessidade do leitor. Nós começamos a usar o aplicativo há pouco mais de dois anos e muitos leitores já eram adeptos dele e sentiam a vontade de estar mais próximo da notícia. Portanto, a aceitação dos nossos leitores foi imediata e muito bem sucedida. 4 Há quanto tempo ele é utilizado na redação? Usamos há pouco mais de dois anos. 5 Quantas mensagens em media são recebidas por dia? Qual o período de maior

fluxo? Como te disse acima, não consigo contabilizar o número de mensagens recebidas por dias, são dezenas! 6 Quem é responsável por cuidar do WhatsApp? Os responsáveis por cuidar do WhatsApp são os repórteres do site, pois eles precisam acessar mais rapidamente as notícias. O online requer, principalmente, agilidade. O público do portal do Jornal de Brasília quer ser sempre o primeiro, a saber, o que está acontecendo na cidade, no Brasil e no mundo e quer receber informações o tempo todo. No meio digital, as notícias ficam "velhas” muito rápidas, pois circulam com uma rapidez surpreendente. 7 Quais são os critérios utilizados pra mandar notícias via Whats? Ao mandar notícias pelo WhatsApp, nós procuramos ver os principais interesses dos nossos leitores. Temos acesso a isso por um programa que mede as visualizações de cada reportagem e contabiliza o número de leitores em nossas páginas. 8 O que o WhatsApp mudou na redação do JBr? O Whats trouxe muito mais agilidade para nós. Antes, tínhamos que ficar ligando em cada delegacia, na comunicação do Corpo de Bombeiros, além de ter que andar pela cidade para entender o que os leitores queriam nos dizer. Atualmente, estamos muito mais perto das corporações e dos leitores. Sabemos o que está acontecendo em Brasília sem precisar sair da redação. 9 Qual o papel dos grupos das corporações nas produções de pautas? É importantíssimo. Trabalhamos o dia todo com as corporações e somos dependentes desses grupos. Não dá mais para imaginar o jornalismo sem essa facilidade. APÊNDICE D – ENTREVISTA COM O 1º SARGENTO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL Identificação: Joberth Medeiros, 22 anos de profissão. Ocupa o cargo de Assessor de Informação Pública do CBMDF. Entrevista feita via WhatsApp.

1 Por que o grupo de Informação Pública do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi criado? Qual a necessidade identificada e qual foi o processo para a implementação? A criação do grupo se deu com o objetivo de aproximar a mídia em geral, buscando a unificação, a integridade, a autenticidade e a celeridade das informações ligadas ao CBMDF. Esse canal se fez necessário, tendo em vista a demanda, que em outra época, acarretava outros seguimentos institucionais. O processo de criação

Page 10: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2046

sistematizada com a criação do grupo e inserção dos integrantes por meio de convite e posteriormente por meio de solicitação, obedecendo a critério básico de exigências. 2 Quais os resultados da criação do grupo? O que mudou no processo de divulgação de ocorrências? O que mudou na rotina do CBMDF? Qual é a equipe composta? Além da diminuição das buscas a outros braços da instituição, o que causava certo desajuste operacional, houve uma agilidade nas respostas aos questionamentos elencados ao CBMDF, imputando uma rotina diária de esclarecimento das principais atividades desenvolvidas no serviço operacional da corporação. Atualmente a equipe do Serviço Operacional de Informação Pública (SOINP) é composta por cinco equipes, divididas cada uma delas por três elementos, sendo um oficial de informação pública, um elemento responsável pelo registro de imagem e um condutor operacional, que se alternam em uma jogada ininterrupta de atividades. 3 Quais são as regras para participar do grupo de WhatsApp? Por que a necessidade de regras? Para participar do grupo o interessado deve fazer parte de algum veículo de comunicação. Deve solicitar a inclusão por meio de um e-mail dirigido

ao Centro de Comunicação (CECOM), solicitando a inclusão no grupo. Esse e-mail deve conter o nome do veículo que o jornalista ou produtor representa o número de telefone fixo do contato da produção, o nome é o número do celular do profissional a ser incluído no grupo. Essa regra tem como objetivo incluir no grupo somente profissionais ligados a natureza do serviço de comunicação, além de facilitar o contato direto às produções em caso de necessidade. 4 Qual a importância da proximidade e transparência da corporação com a imprensa do DF? O vínculo criado por essa aproximação garante uma unificação de interesse, evitando assim especulações ou sensacionalismo, pois os profissionais da impressa tem a ciência de onde podem extrair as respostas as suas demandas. 5 Existe algum filtro das informações e mídias enviadas pelo grupo de WhatsApp? O filtro utilizado pela equipe é destinado às averiguações das informações sejam em loco ou à distância, garantindo assim a autenticidade e integridade de todo o conteúdo repassado no grupo. Toda essa atividade e garantida pela unificação do canal de comunicação realizada exclusivamente pela equipe do SOINP de plantão.

ANEXO A – INFORMAÇÃO PRELIMINAR DE ACIDENTE DO GAMA EM 27 DE AGOSTO DE 2017

Page 11: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2047

Figura 1 – Diálogo entre socorristas e jornalistas após informação preliminar às 8h49

Fonte: Fornecidas por Jéssica Antunes

Figura 2 – Jornalistas tiram dúvidas e bombeiros fornecem informações Fonte: Fornecidas por Jéssica Antunes

Page 12: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2048

ANEXO B – MATÉRIA 1 NO SITE DO JORNAL DE BRASÍLIA

Page 13: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2049

Fonte: Disponível em: <http://www.jornaldebrasilia.com.br/cidades/adolescente-de-17-anos-atropela-familia-e-mata-duas-mulheres-e-bebe-no-gama/>. Acesso em 27, outubro, 2017.

Page 14: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2050

ANEXO C – CAPA NO IMPRESSO DO JORNAL DE BRASÍLIA NO DIA SEGUINTE

Page 15: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2051

ANEXO D – MATÉRIA 2 NO IMPRESSO DO JORNAL DE BRASÍL IA NO DIA SEGUINTE

Page 16: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2052

ANEXO E – REPERCURSSÃO

Page 17: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2053

Page 18: JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · JORNALISMO A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP NA PRODUÇÃO JORNALÍSTICA DO

Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2037-2054 2054

ANEXO F – MAIS REPERCURSSÃO