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Jornal Biomassa Ediçao 18

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Biomassa cresce namatriz energética

ENERGIA RENOVÁVEL

Aldemir Batista - Editora Exceuni [email protected] | (41) 3657-2864

os últimos anos a demanda mundialpor energias renováveis vem aumentan-

do, e quase metade do consumo foi atendi-do por fontes de biomassatradicional, como combustãodireta de madeira, carvão ve-getal, resíduos agrícolas, en-tre outros.

No Brasil, embora o gran-de destaque na geração deenergia renovável provenhaprincipalmente da energia hi-droelétrica, que sozinha res-ponde por 64% da produçãonacional, a biomassa vemconquistando mais espaço ejá supera 8% da produção deenergia total nacional, ficando atrás do gás edo petróleo, que, juntos, representam qua-

se 16% da matriz energética.Um estudo recente divulgado pelo Progra-

ma das Nações Unidas para o Meio Ambien-te (Pnuma) destaca que os in-vestidos no último ano emenergias renováveis no mundocresceram consideravelmente,especialmente em países emdesenvolvimento, como China,Brasil e países africanos. Estesmesmos investimentos se re-fletem diretamente na maioroferta de empregos e renda.

Entretanto, o crescimentomais acelerado desta fonte deenergia renovável dependeainda de investimentos em tec-

nologia e maior diversificação no aproveita-

NO crescimentomais aceleradodesta fonte deenergia renováveldepende ainda deinvestimentos emtecnologia e maiordiversificação noaproveitamento deresíduos dabiomassa.

Governo São Paulo – MME (Ministério deMinas e Energia) – Tatiana Gonsalves (Nexsteppe)– Dr. Laércio Couto (WBA) – Marcelo Pierossi– João Antônio Prestes (Grupo Orsa)– Tatiane Silveira (UFV) – Marina Souza (UFV)– Prof. Benedito Rocha Vita (UFV)– Prof. Luiz Carlos JBB – Admilson Barbosa (UFABC)

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4 ENERGIA RENOVÁVEL

mento de resíduos da biomas-sa. Resíduos da colheita e in-dustrialização da cana deaçúcar, aproveitamentoflorestal, resíduos da co-lheita de safras agrícolase até mesmo de resídu-os sólidos urbanos sãograndes fontes de maté-rias primas para a gera-ção de energia renová-vel, além de em mui-tos casos ser uma ex-celente solução paraproblema de passivoambiental.

O potencial instalado no Bra-sil para produção de energia gerada da bio-massa atingiu, somente em 2013, 11.250 MW,o que equivale à produção de energia pre-vista para a Usina de Melo Monte, a qual estáestimada em 11.233MW. Esta energia é pro-veniente de 496 usinas de bio-massa que estão em operaçãono país atualmente, a grandemaioria com o uso do bagaçoe a palha da cana-de-açúcarcomo matéria prima.

No caso específico dos resí-duos da biomassa da cana-de-açúcar o aproveitamento é to-tal. De cada tonelada do pro-duto, 250 kg é bagaço e outros204 kg, palha e pontas. Tudopode ser reaproveitado parageração de energia elétrica.Como em São Paulo, a partirde 2014, toda a colheita pas-sou a ser mecânica, isto signi-fica que o aproveitado passoua ser de quase 98% da casca efolha, e por consequência di-reta a produção de energiadeve aumentar entre 40% e 50.

Levantamento recente daUnião da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), aponta que a energia elétri-ca gerada pelas usinas beneficiadoras daplanta é suficiente para atender a toda a de-manda da produção de etanol e açúcar du-

rante a safra. Das 370 usinas existentes, 160também fornecem energia para o SistemaInterligado Nacional (SIN). Juntas, elas leva-ram à rede 1.381 Megawatts (MW) médios ,o que corresponde, por exemplo, a 45% do

consumo de energia da cida-de de São Paulo. A capacida-de instalada dos resíduos dacana hoje é de 8.974 MW, ou6,77% da produção nacional.

O levantamento indica ain-da que se todo o bagaço pro-duzido for aproveitado, até2021 o setor poderá oferecerao Sistema Interligado Nacio-nal cerca de 10 Gigawatts(GW) médios. Contudo o se-tor ainda necessita de uma po-lítica setorial delongo prazo, commais investimentosem tecnologia emodernização dasunidades em ope-ração.

Apesar de o Bra-sil ocupar uma po-sição de destaquemundial na geração

de bioenergia, o país ainda estáaquém de outras nações no quediz respeito ao aproveitamentodos resíduos da biomassa. Sem

considerar que aindústria poderiaampliar a produ-ção e agregar va-lor aos resíduosagrícolas, agroin-dustriais e agro-florestais, especi-almente com aprodução de ou-tros produtoscomo pellets e bri-quetes.

Além de resídu-os da cana e doflorestal, outrasfontes também sedestacam e sur-gem com um grande potencial energético. Éo caso, por exemplo, da casca de arroz. Hoje,existem no país nove usinas que transformamo resíduo em energia. Juntas, elas geram 36,4MW de potência, ou seja, 0,03% da produ-ção nacional. Este volume ainda é pequeno,mas se toda a capacidade instalada existen-te no Brasil fosse aproveitada, seria possívelproduzir cerca de 200 MW de potência.

Juntamente a esta fonte de biomassa ener-gética existem outras que não estão sendoaproveitadas, e em muitos casos tornam-seaté mesmo problemas ambientais a partir deseu acumulo. A necessidade de uma políticade governo que amplie os investimentos eincentive a adoção de fontes alternativas degeração de energia por meio de biomassa éuma das prioridades.

Levantamentorecente da Uniãoda Indústria deCana-de-Açúcar(Unica), apontaque a energiaelétrica geradapelas usinasbeneficiadoras daplanta é suficientepara atender atoda a demanda daprodução deetanol e açúcardurante a safra.Das 370 usinasexistentes, 160também fornecemenergia

Além de resíduosda cana e do

florestal, outrasfontes também se

destacam e surgemcom um grande

potencialenergético. É o

caso, por exemplo,da casca de arroz.Hoje, existem nopaís nove usinas

que transformamo resíduo em

energia.

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5LEILÕES 5

Leilões 2015m meio a novasprevisões de crise

energética e aumentode preço da energia elé-trica em 2015, o MME– Ministério de Minas eEnergia divulgou em de-zembro a realização decinco leilões de energiaem 2015. Os dois pri-meiros já têm data mar-cada pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética: ode Fontes Alternativas acontece em 27 de abril e oA-5, no dia 30. Além dos dois já marcados, o setorcontará ainda com os leilões de Energia de Reserva,A-3 e A-1.

Para o Leilão de Fontes Alternativas, foram ca-dastrados 570 projetos, correspondentes a 14.962MW. Desse total, 530 são usinas eólicas, somando12.895 MW de potência instalada, e 40 usinas ter-melétricas a biomassa, que somam 2.067 MW.

Apesar de apresentar, apenas no estado de SãoPaulo, um potencial de geração de 13 GW, até 2020,a biomassa ainda é um ator tímido na participaçãoda matriz energética brasileira. Não deveria ser as-sim. Dados da Única – União da Indústria de Canade Açúcar demonstram que até 1º de dezembro de2014, mesmo com uma queda de 3% no volume to-tal de cana processada na Região Centro-Sul, a fon-

te biomassa conseguiu,até aquele período, gerar17% a mais do que todasua produção de energiaelétrica no ano passado.

Ainda segundo a Úni-ca, até dezembro, a bio-massa acrescentou aosetor elétrico brasileiro2.260 MW médios. Essageração é suficiente para

atender ao consumo anual de 10,4 milhões de uni-dades residenciais. Enquanto isso, a demanda cres-ce. De acordo com o Plano Decenal de Expansão,do MME, o consumo de energia elétrica aumentará,em média, 4,7% ao ano até 2022.

Atualmente, as termelétricas são responsáveispor 19% da energia gerada no país. Elas são aciona-das principalmente em momentos de emergência,por exemplo, em períodos de longa estiagem comoo país passou em 2014. Contudo, é comum o uso decombustíveis fósseis, que são finitos, caros e polu-entes.

É possível aumentar a participação da biomassana matriz energética brasileira, com políticas de pre-ços favoráveis aos biocombustíveis e a geração debioenergia por fontes renováveis e com a valoriza-ção de matérias-primas dedicadas à produção indus-trial de combustíveis e eletricidade, como o sorgo

biomassa Palo Alto, da Nexsteppe.O aumento da participação de biomassas, em

complemento à cana de açúcar queimada em cal-deiras, garante material para geração de energia aolongo de todo ano, além de reduzir o custo de ma-téria-prima, que fica menos dependente da disponi-bilidade de bagaço.

Muitas coisas mudaram em 2014, como o des-taque para a biomassa, no Leilão A-5, que apareciatradicionalmente ligada a outras modalidades comosolar ou eólica. Esta separação é um sinal de certasofisticação do certame, pois ao separar as fontes,é possível deixar os preços mais competitivos, deacordo com o custo de produção de energia em cadamatriz.

Contudo, ainda há muito a se fazer para estimu-lar o uso de energia vinda do campo, como umapolítica de incentivo à venda de bioeletricidade nosleilões por meio da definição de preços competiti-vos, investimentos em novas tecnologias e aumen-tar a divulgação das vantagens da biomassa comouma fonte de energia renovável, de produtividadeescalável e ambientalmente correta.

Por: TatianaGonsalves,Vice-PresidenteComercial daNexsteppepara a Américado Sul

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Recolhimento da palha de cana:Qual rota utilizar?

stamos sendo bombardeados nos últimosmeses por notícias não muito animadoras

sobre a situação de nossos recursos hídricos quepoderão nos levar, no curto prazo, à uma situa-ção de escassez ou racionamento, tanto de água(algo infelizmente muito provável em parte doEstado de São Paulo) quanto de energia elétrica.Tomando-se apenas o aspecto energético daquestão, fica muito claro que uma política ener-gética que levasse em conta a biomassa disponí-vel no setor sucroenergético poderia melhorar emmuito este cenário.

Segundo dados da Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel), as usinas de açúcar e álcooltem capacidade de 10 GW, respondendo por cer-ca 7% da matriz elétrica brasileira.

A produção de cana-de-açúcar gera uma gran-de quantidade de biomassa residual que pode serutilizada na geração termoelétrica. Dados do CTCindicam que para cada tonelada de colmo de cana-de-açúcar gera aproximadamente 140 kg de fibra(bagaço) e 140 kg de folhas (palha) em base seca(Hassuani, 2005). Em virtude de suas caracterís-

Por: Marcelo de Almeida Pierossi e Luciano Rodrigues Menegasso

ticas químicas ambas possuem um poder calorí-fico muito parecido e, nas condições atuais dascaldeiras existentes do setor, é possível gerar 0,4MWh por tonelada de bagaço a 50% de umidadee 0,7 MWh por tonelada de palha de cana comumidade em torno de 15%. Com base nestes nú-meros e tomando-se apenas a utilização parcialda palha disponível no campo no pós-colheita(50% do total para evitar problemas agronômi-cos na lavoura) seria possível gerar aproximada-mente 27,5 TWh anuais, cerca de 5% do total daenergia consumida no Brasil em 2013 (600 TWh)e duas vezes e meia a geração da Belo Monte(11,2 TWh).

Entretanto, diferentemente do bagaço que édisponibilizado como resíduo ao final do proces-so de extração do caldo de cana, a palha de cana-de-açúcar requer uma série de operações agríco-las para o seu recolhimento e transporte até ausina onde será utilizada. Esta logística agrícolaainda é muito recente, e como toda operação exis-tente na lavoura canavieira, demanda análisespara determinação da melhor rota de recolhimen-

to de palha para cada local.As duas rotas de recolhimento atualmente em

uso são o transporte da palha junto com a canapicada colhida mecanicamente e o enfardamentoda palha mais seca em fardos retangulares, reali-zado em operação posterior à colheita mecaniza-da da cana (Figura 1). Ambos sistemas têm suasvantagens e desvantagens tanto do ponto de vis-ta de viabilidade técnica quanto econômica.

Durante a colheita de cana, grande parte dapalha é separada dos colmos através de um sis-tema de ventilação composto por dois extratoreslocalizados na colhedora de cana picada e os va-lores usuais de impurezas vegetais (palha) encon-trados atualmente situam-se entre 5 e 6%, dei-xando grande parte da palha no solo. Inicialmen-te o setor optou pelo sistema de transporte demaiores quantidades de palha junto com a canapicada e posterior separação. Isso é possível atra-vés da diminuição da rotação dos ventiladores econsequentemente menor eficiência de separa-ção da palha dos colmos, fazendo com que seja

COLHEITA

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BIBLIOGRAFIAHASSUANI, S.J. - Evaluation of agronomic routes to un-burned cane harvesting with trash recovery In: HASSU-ANI, S. J. et al. - Biomass power generation: sugar canebagasse and trash - Piracicaba: PNUD-CTC, 2005. (Sé-rie Caminhos para Sustentabilidade).PIEROSSI, M.A.; FAGUNDES, S.A. Enfardamento da Pa-lha. In: SANTOS, F.; BORÉM, A. (Eds.). Cana-de-açúcar:do plantio à colheita. Viçosa: UFV, 2013. p.245-257.

possível levar maiores quantidades depalha (10 a 15% de impurezas vege-tais) que será separada em uma uni-dade industrial chamada Estação deLimpeza a Seco, onde a palha será se-parada dos colmos logo na entrada doprocesso industrial através de ventila-ção.

A colheita parcial da palha reali-zada desta maneira possibilita umamaior facilidade operacional vistoque impacta pouco na operação co-tidiana na usina, porém a densidadede carga é impactada negativamen-te pelo aumento do teor de impure-za vegetal (quantidade de palha) re-presentando um importante fator nacomposição de custos desta opera-ção. Vários estudos conduzidos pordiferentes instituições mostraram que a densida-de da mistura cana picada e palha cai cerca de 1/3 a 1/4 quando se transporta car-gas com 10 a 15% de impurezasvegetais. Outro aspecto quedeve ser considerado é a umida-de do teor de palha, pois quan-do comparamos os sistemas de-vemos compará-los em baseseca, pois suas umidades sãomuito diferentes. No sistema delimpeza parcial a palha possuiumidade em torno de 35 a 40%,enquanto que na palha enfarda-da a umidade é de aproximada-mente 15%.

O terceiro e último ponto aser considerado é o desempe-nho da estação de limpeza aseco com relação à eficiência de limpeza, pois ocusto deve ser calculado em função da quantida-de de palha separada na unidade industrial e nãoem função da quantidade de palha transportada.Estações de limpeza com maiores eficiências fa-zem com que o custo total da palha seja menorquando comparado às unidades menos eficien-tes.

Devido à maior demanda pelo aproveitamen-to da palha, ocorreram estudos que mostraramque o enfardamento de palha através de far-dos retangulares grandes era uma opção vi-ável economicamente. O recolhimento da

palha através do enfardamento é realizado de4 a 7 dias após a colheita para garantir a se-

cagem da palha após a colheita.Porém é necessário ressaltar queo mais importante não é o tempode exposição ao sol, e sim a umi-dade do material, que deverá es-tar entre 10% e 15%, podendo emalguns casos, devido as condiçõesclimáticas local chegar a valores deaté 5%. No instante da colheita,grande parte das folhas encon-tram-se verdes e a umidade mé-dia das folhas é de aproximada-mente 40% e apenas após garan-tida a umidade ideal, inicia-se asequência de operações de reco-lhimento mostrada na Figura 2(abaixo no rodapé):

O aleiramento consiste no agrupamento dapalha em leiras triangulares e o modo como érealizado impacta na quantidade de impure-zas minerais adicionada ao fardo e no desem-penho operacional da enfardadora, operaçãosubsequente. A enfardadora recolhe a palhacontida na leira, compactando-a em fardosretangulares amarrados com barbantes lon-gitudinais. Os fardos então são depositadosautomaticamente no solo conforme são pro-duzidos e o recolhimento é realizado pela car-reta recolhedora de fardos agrupando-os empilhas e então carregados nos equipamentos

Figura 2 - Recolhimento da palha da cana-de-açúcar através do enfardamento.

rodoviários que os transportarão até a usi-na utilizando-se vários tipos de composiçõesrodoviárias dependendo da quantidade depalha a ser transportada (PIEROSSI & FAGUNDES,2013)

Os fardos ao chegarem na usina são proces-sados para serem usados como combustível nacaldeira. O processamento mais adequado con-siste em descarregar os fardos, remover as im-purezas minerais e trituração até atingirmos agranulometria adequada. Soluções industriaisexistem no mercado para diferentes escalas

Os principais pontos a serem considerados noenfardamento são: desempenho da enfardado-ra, equipamento de menor produtividade e mai-or custo; custo do barbante, distancia da lavouraà usina devido ao custo de transporte, umidadeda palha no momento do enfardamento e desem-penho na remoção de terra e na trituração na ins-talação industrial, pois o fardo possui alto teor deimpurezas minerais que poderão causar danosàs caldeiras e o tamanho final da partículainfluencia a eficiência da caldeira. Além dis-so, o enfardamento introduz uma “nova co-lheita” na usina e precisa ser gerenciada deforma a minimizar os impactos em outras ope-rações subsequentes como tratos culturais e apli-cação de vinhaça.

Além das considerações citadas acima, todoestudo para o recolhimento de palha deve consi-derar também a quantidade de palha que poderáser removida dos canaviais mantendo a susten-tabilidade da produção canavieira, considerando-se solo e clima de cada localidade.

As duas rotas de recolhimento descritas aci-ma têm suas vantagens e desvantagens e a defi-nição da alternativa a ser escolhida depende deestudos considerando-se as condições locais decada usina tanto agrícolas quanto de instalaçõesindustriais, e quantidade de palha necessária e dis-ponível. Pode ser também considerada a opçãode utilização de ambas rotas de forma simultâ-nea, visando uma otimização de custos de reco-lhimento.

COLHEITA

Os fardos aochegarem na usinasão processadospara serem usadoscomo combustívelna caldeira. Oprocessamentomais adequadoconsiste emdescarregar osfardos

Figura 1 – Rotas de recolhimento da palha da cana-de-açúcar

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Energia gerada por Biomassa tem aumentadoseu espaço na Matriz Energética Brasileira

Fonte já é responsável por aproximadamente 10% na matriz energética nacional

ALTERNATIVA

biomassa já respondepor quase 10% da matriz

energética brasileira e hoje éuma das principais linhas depesquisa no país. Inclusive, játem empresa produzindo aprópria energia a partir dacasca de arroz e de aveia.

A maioria dos brasileirospode até não saber o que ébiomassa, mas ela está perti-nho da gente, todo santo dia.

“Biomassa é toda matériade origem vegetal ou animalque inclui resíduos, incluiplantações energéticas, incluiplantações de árvores, quepodem ser também aprovei-tadas energeticamente e, atémesmo, resíduos sólidos urbanos, como, porexemplo, o lixo das cidades, resíduos rurais eresíduos de animais”, explica Suani Coelho,coordenadora do Centro Nacional de Refe-rência em Biomassa da USP (Universidade deSão Paulo).

É difícil imaginar um país com mais bio-massa que o Brasil e com tanto potencial. Abiomassa responde por 9,53% da matriz ener-gética brasileira.

Destaque para o bagaço de cana, resídu-os florestais, lichivia, que é um subprodutoda indústria papeleira, biogás do lixo e deresíduos agropecuários, casca de arroz, en-tre outras fontes. Mas, segundo os cientis-tas, o potencial de exploração energética dabiomassa do nosso país equivaleria em umaconta conservadora á pelo menos quatro hi-drelétricas de Itaipu.

Apenas a queima do bagaço de cana gera10 mil megawatts. “Metade disso é para con-sumo próprio das usinas, mais ou menosmetade é usada para ser ex-portada para a rede. Masnós temos um potencialpara dobrar essa exportaçãopara a rede, portanto pode-mos ter mais de uma Itaipusendo produzida e sendoinjetada na rede”, apontaSuani Coelho.

É recente no país a explo-ração do gás do lixo, comojá existe nos dois principais

aterros de São Paulo. O Bandeirantes e o SãoJoão já foram desativados, mas continuamgerando aproximadamente 3% de toda aenergia elétrica consumida na maior cidadedo país. Mas se lixo urbano gera energia, oque dizer do lixo agrícola?

Uma fábrica de aveia no Rio Grande doSul descobriu á três anos que a casca do ce-real, descartada como resíduo, poderia subs-tituir o gás natural. Desde então, 2.500 kg decasca são queimados por hora, uma econo-mia de 30% no consumo de energia.

“Essa economia, além das mais de mil to-neladas de gás efeito estufa que nós deixa-mos de pôr no ambiente, acaba tendo tam-bém uma economia real monetária e este éum bom exemplo em que nós produzimosde uma forma mais limpa e temos também obeneficio econômico”, afirma Manuel Ribei-ro, vice-presidente de operações da PepsiCoBrasil.

A matriz da multinacional festeja o feitoda filial brasileira. É a pri-meira unidade deles nomundo que apostou na cas-ca de aveia e se deu bem. Eo que vale para a casca deaveia, vale também para acasca de arroz.

Uma fábrica na cidade ga-úcha de Alegrete recebetodo o arroz produzidoemum raio de 200 km.

A montanha de grãos

que chega lá tem dois desti-nos. O miolo do arroz vira ali-mento. A casca se transformaem 5 megawatts de energia,o suficiente para abastecer afábrica inteira e ainda cercade 14 mil residências.

E do processo, patenteadopela empresa, saiu ainda umnovo produto: a sílica ecoló-gica, usada para engrossar amistura de concreto e arga-massa.

“Hoje essa sílica é uma re-alidade da empresa e nós já estamos comercializando emtodos os estados da RegiãoSul e, inclusive, no estado deSão Paulo”, informa Lucas Ma-

tel, engenheiro químico da empresa.O poder energético da biomassa é tão im-

portante que se tornou uma das principaislinhas de pesquisa da Embrapa Bioenergia,em Brasília.

Em uma parte do laboratório são guarda-das amostras de biomassa que estão sendoinvestigadas pelos pesquisadores da Embra-pa. O cavaco de madeira é um resíduo muitocomum na indústria de papel e celulose noBrasil. Tem ainda o capim elefante, que já éfonte de energia na Bahia.

Os gaúchos conhecem a casca de arrozqueimada que vira energia renovável e a es-trela de todas as biomassas de origem vege-tal: o bagaço de cana. O objetivo das pesqui-sas é abrir novos caminhos no mercado paraessas e outras fontes de energia vegetais.

Todas as amostras do laboratório são tri-turadas em máquinas especiais. Depois, es-ses equipamentos medem o quanto de ener-gia cada uma é capaz de gerar. Os resultadossão animadores.

“A grosso modo, falando, a gente poderia,com as tecnologias que temos hoje, talvezter mais duas ou três ou mesmo quatro Itai-pus de biomassa. Em uma época em que aenergia está tão cara e tão escassa, isso fazdiferença”, diz José Dilce Rocha, pesquisadorda Embrapa Agroenergia em Brasília.

No país do pré-sal, não é preciso buscarnem muito fundo, nem muito longe, energialimpa e renovável barata e farta. Basta pres-tar atenção no que está por aí.

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Destinação final de resíduos sólidosem aproveitamento energético

processo de produção deenergia a partir de tratamen-

to térmico e geração de energia apartir dos resíduos urbanos não re-cicláveis são altamente favoráveis.

Desde que realizado após crite-riosa e abrangente institucionali-zação de coleta seletiva contribuipara que todos os materiais commercado de reciclagem firme sejamconvenientemente atendidos.

Contribui para geração de em-prego, renda e ocupação para todauma extensa faixa de populaçãomenos favorecida que tem nos me-canismos de reciclagem e cataçãoum forte instrumento de inclusãosocial.

Auxilia a economia ambientalde forma holística ao propiciar quematérias-primas de diversas naturezas en-trem novamente no ciclo produtivo, evitan-do os impactos ambientais gerados pelo pro-

cessamento denovas matérias-primas, de fontesrenováveis ounão.

Somente se-rão submetidos aotratamento térmi-co para recupera-ção energéticauma boa parteda matéria orgâni-ca e os materiaisnão recicláveis.

Não existemotivo para sus-peitar que a ne-gligência da prá-tica pública deoptar pelas solu-ções simplifica-das como a recu-

peração energética, coloque em risco inicia-tivas do mais amplo apoio e repercussão so-

cial na sociedade dos municípios integrantesda bacia.

Outro bom motivo para esta solução seráa presença em curto espaço detempo de grandes quantida-des de lodo e matéria orgâni-ca advindos de estações de tra-tamento de esgotos, que temumidade elevada, mas tam-bém alto poder calorífico e te-rão na solução integrada de in-cineração um forte apelo dedestinação correta, pois emcaso contrário serão elevadasas despesas com destinação fi-nal deste material em aterrossanitários.

Existem várias tecnologiasdisponíveis e apresentadas aolongo do relatório, mas em ge-ral o tratamento térmico dosresíduos em fornos ocorre emmédia em temperaturas de950º C e a oxidação dos gasesnas câmaras de pós-queimaatinge temperaturas em torno de 1050°C, comtempo de residência muito reduzido, em torno

de segundos de tempo.As cinzas são recolhidas em arrastadores

submersos em corrente de água e lançadasno próprio decantador dasusinas. Há uma extensiva dis-cussão de gases gerados aolongo do trabalho, e esta pre-ocupação se justifica na me-dida que os órgãos ambientaistem reservas históricas e jus-tificadas de precaução quan-to às possibilidades de gera-ção de efluentes gasosos quepoluam a atmosfera.

Dados pesquisados de re-latórios do Ministério do Meioambiente, preservação ambi-ental e segurança nuclear daRepública Federal da Alema-nha asseveram que nas novastecnologias para recuperaçãoenergética a partir de resídu-os sólidos, os níveis de dioxi-nas e furanos são extrema-mente baixos e controlador,

RECICLAÇÃO

Existem váriastecnologiasdisponíveis eapresentadas aolongo do relatório,mas em geral otratamentotérmico dosresíduos emfornos ocorre emmédia emtemperaturas de950º C e aoxidação dos gasesnas câmaras depós-queima atingetemperaturas...

O

Dados pesquisadosde relatórios doMinistério do Meioambiente,preservaçãoambiental esegurança nuclear daRepública Federalda Alemanhaasseveram que nasnovas tecnologiaspara recuperaçãoenergética a partir deresíduos sólidos, osníveis de dioxinas efuranos sãoextremamentebaixo...

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inferiores a unidade parte por mi-lhão, e mais influenciados por larei-ras domésticas do que propriamen-te pelas usinas.

Os gases quentes (cerca de 1000ºC) são aspirados através de uma Cal-deira de Recuperação, onde é pro-duzido vapor a 45 Bar de pressão e400° C.

O vapor gerado pela caldeira po-derá acionar Turbos-geradores, quepropiciem a geração de aproximada-mente 600 kW de energia elétricapor tonelada de lixo tratado. É mui-to importante observar-se que a ener-gia gerada é um sub-produto do proces-so de destinação final ambientalmentecorreta do lixo urbano e como tal umaUnidade de Tratamento de Resídu-os Sólidos Urbanos nunca deve ser compara-da com hidrelétricas ou termelétricas, cujaúnica função é a geração de energia.

A recupera-ção energéticaaproveita o po-tencial de gera-ção contido nosresíduos queseriam simples-mente destina-dos a um ater-ro sanitário, ge-rando um pas-sivo ambientalimensurável. Acoleta seletiva ereciclagem pré-via contribuipara a geraçãode emprego erenda entre ascamadas me-nos favorecidasda população e

para a conservação de energia contida nosmateriais remetidos para a indústria de reci-clagem.

Os gases exauridos na caldeira de recupe-ração, geralmente sofrem processos de neu-tralização considerando que os processosocorrem em circuito fechado, com filtros de

mangas, lavadores de gases e até mesmo tan-ques de decantação. Desta forma as usinasde recuperação de energia não liberam qual-quer tipo de efluente líquido.

Normalmente os processos de lavagem dosgases utilizam filtros de mangas que captu-ram os materiais particulados e posterior-mente são resfriados e lavados no interiorde lavadores com “spray jets” e “barreiras desoluções alcalinas micronizadas por hélicesturbinadas ou mecanismos similares, numprocesso que se denomina polimento dos gases.

Ainda podem ser instalados exaustoresapós a filtragem, garantindo que todo o sis-tema de combustão dos resíduos opere empressão negativa, impedindo também qual-quer vazamento dos gases da combustão di-retamente para a atmosfera em caso de aci-dente.

Os projetos são muito diversificados, masnormalmente a solução de lavagem é reco-lhida em tanques de decantação onde ocor-rem neutralizações com cinzas do próprioprocesso ou substâncias como hidróxidos desódio.

As cinzas resultantes constituem quanti-dades em geral inferiores a 10% da massa deresíduos iniciais e podem ser utilizadas emsubstituição aos materiais arenosos em ar-tefatos de construção civil.

Qualquer que seja o projeto de recupera-ção energética, deve constar especificação

RECICLAÇÃO

para que o mesmo seja analisado de acordocom a convenção de Estocolmo sobre Polu-entes Orgânicos Persistentes (POPs). E tam-bém tendo precauções quanto a eliminaçãode CO, operação em pressões negativas paraevitar acidentes e sejam submetidos a tem-peraturas elevadas em estágios para oxidaçãodos gases.

É também recomendável que a tecnolo-gia submetida seja elaborada ao Sumário deFormulações Políticas do IPCC da ONU (Inter-govenamental Painel Climate Change ou Pai-nel Intergovernamental de Mudanças Climá-ticas da Organização das Nações Unidas).

A expectativa da consultora é que qual-quer processo desta natureza que reduz aemissão de gases de efeito estufa, particu-larmente CH4 e CO2 – gases que constituemjuntos mais de 80% das emissões registradaspela bibliografia em resíduos sólidos, se-jam capazes de promover a certificaçãodo projeto como mecanismo de desenvol-vimento limpo (MDL) e os respectivos cer-tificados de redução de emissões (CERs)sejam passíveis de comercialização comocréditos de carbono.

Este procedimento poderá ser bastanteampliado, considerando a redução das dis-tâncias de transporte dos resíduos que irãogerar redução nas emissões de CO2 dos veí-culos transportadores e outros processos quepossam ser otimizados.

Normalmente osprocessos delavagem dos gasesutilizam filtros demangas quecapturam osmateriaisparticulados eposteriormentesão resfriados elavados no interiorde lavadores com“spray jets” e“barreiras desoluções alcalinasmicronizadas porhélices...

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Brasil tem geração de biomassa equivalente aBelo Monte e terá o mesmo em eólica, diz Braga

ENERGIA

Ministro esteve reunido com o presidenteda empresa, José da Costa Carvalho Neto

ara obter um amplo diagnóstico do se-tor energético brasileiro, o Ministro de

Minas e Energia, Eduardo Braga, visitou, quin-ta e sexta-feira desta semana, 15 e 16 de ja-neiro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE)e a Eletrobras, no Rio de Janeiro. Em mensa-gem aos diretores, empregados e colabora-dores da Eletrobras, Braga destacou que oPaís tem grande potencial de fontes renová-veis de geração de energia.

“Conseguimos expandir a geração elétricanos últimos anos, e fizemos isso diversifi-cando nossa matriz energética. Há pou-cos anos, tínhamos pouco ou quase nadade geração com biomassa. Hoje temos oequivalente à capacidade da usina deBelo Monte de geração de energia de bi-omassa pelo bagaço de cana. Há poucosanos, tínhamos pouco de geração eólica.Em 2015, o Brasil poderá dizer que tem oequivalente e uma Belo Monte de gera-

ção eólica”, afirmou Braga durante discur-so transmitido ao vivo para os mais de20 mil empregados das empresas Eletro-bras em todo o Brasil.

O Ministro ressaltou a importância da ge-ração fotovoltaica, a qual, segundo ele, podepermitir que em um prazo recorde, de doisou três anos, possamos anunciar que tam-bém temos o equivalente a uma Belo Montede energia fotovoltaica”, disse o Ministro.

Durante a visita à Eletrobras, o Ministroesteve reunido com o presidente da empre-sa, José da Costa Carvalho Neto. Braga tam-bém participou de apresentações sobre oPlano Estratégico 2015-2030 da empresae recebeu informações sobre obras em an-damento.

Na EPE, o Ministro participou de reuniões com o presidente do órgão, Maurício Tol-masquim e diretores. “Foi um dia muitoproveitoso. Pude conhecer mais do tra-balho da EPE. Essa foi apenas a primeira dasmuitas visitas que pretendo fazer aos órgãoe entidades vinculadas ao Ministério paracontinuar nossas análises nesses primei-ros 90 dias no MME, aprofundando osdiagnósticos sobre o setor energético”, afir-mou o Ministro.

Assessoria de Comunicação SocialMinistério de Minas e Energia

(61) 2032-5620/[email protected]

P

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losey spaced forest plantations toproduce biomass for energy in short

rotation has been used for a long time inthe United States of America and someEuropean countries. Institutions such as theOak Ridge National Laboratory and theState University of New York in USA andCoppice Resources Inc in UK have beenstudying and testing the use of willows andpoplars for that purpose. The main reasonfor the choice of these trees is their fastgrowing and their ability to sprout from thestumps after being harvested.

In Brazil, attempts to use closely spacedforest plantations to produce biomass forenergy in short rotation systems, started inthe early 1970's by some companies of thePig Iron, Steel and Iron Alloys industry.Eucalyptus and Corymbia were the twomain genus used to produce forest biomasswith the objective of supplying charcoal asa redactor in the blast furnaces in theindustrial process of reducing iron ore toget the desired final product.

EUCALYPT

CLOSELY SPACED SHORT ROTATIONEUCALYPT AND PINE PLANTATIONS

FOR ENERGY IN BRAZILLaercio Couto - World Bioenergy Association

Joao Antonio Prestes - Grupo Orsa

Use of the Bio Baler equipment to harvest closely plantation and short rotation willows for energy

However, those earlier experimentalclosely spaced plantations did not work inBrazil due to the genetic diversity of theseedlings, originated from seeds, which leadto a very big intraspecific competitionbetween plants in the forest stands. Thoseplantations were heterogeneous with

dominant and codominant trees and aconsiderable number of intermediate andsuppressed ones. In 1975, the developmentof vegetative propagation of eucalypts byexperts of today Fibria, introduced thecountry in a new era, the one based onclonal silviculture and paved the way toallow closely spaced short rotation eucalyptplantations in Brazil.

In the earlier 2000's the first researchwith closely spaced clonal eucalyptplantations was established inItamarandiba, Minas Gerais by theDepartment of Forestry of the FederalUniversity of Vicosa - UFV, with the supportof CNPq, Capes, CEMIG, MME andAPERAM. This work resulted in a Ph.D. andseveral M. Sc. Theses at UFV and theFederal University of the Valleys of Mucuriand Jequitinhonha - UFVJM. It alsostimulated the foundation of the BrazilianNetwork of Biomass for Energy - RENABIO.The 2010 Bioenergy Award of the WorldBioenergy Association was given to the

President of RENABIO receiving the World Bioenergy Award 2010 in Jonkoping, Sweden

C

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Several companies in Brazil such as URP,Bertin Group, Marquesa and Duratex in SaoPaulo, GMR in Tocantins, Ramires in MatoGrosso do Sul, ERB and EFSA in Bahia,established pilot areas by using clonaleucalypts in this closely spaced shortrotation plantations aiming the productionof biomass for energy. Resultsdemonstrated that in a 3 m x 0.5 m spacingthe plantations could be harvested at 2years age while in a 3 m x 1 m they couldbe harvested at the age of 3 years. On theother hand, the research carried out inItamarandiba showed also that theplantations would continue to grow withlow mortality if they were not harvested atthe prescribed or estimated rotation age.On the other hand, studies promoted byDuratex showed that the biomass of thoseplantations could also be used for MDFproduction.

Once the silvicultural aspects of theclosely spaced short rotation clonaleucalypt plantations were taken care and

solved in Brazil, the harvesting of suchplantations became an issue. However,Biosystems Engineering Pty, a companyfrom Australia solved this problemdeveloping and testing there, the combinedone pass harvester machine called BionicBeaver. The new version of this machine isbeing finished this year and will probably

EUCALYPT

Closely spaced short rotation eucalypt plantations to produce biomass for energy

be also, operating in Brazil by the end of2015. The quality of the wood chipsproduced by the Bionic Beaver, theharvesting capacity and the low cost of itsoperation will promote a very big impact inthe use of wood biomass for energy inBrazil.

The Bionic Beaver developed by Biosystems Engineering Pty from Australia

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19EUCALYPT

Three years ago,as part of a researchprogram ofMarquesa, a forestcompany located inItapeva, Sao Paulo,the closely spacedshort rotation systemwas applied totropical hybrid Pines.By using pine andpromotinginnovations in theway such trees areplanted andmanaged in Brazil,Marquesa would liketo know if it could inthe short run getbiomass for energyby harvestingalternate plantinglines of the standand also somepercentage of trees within planting linesleaving some trees to be tapped for resinproduction and to produce logs forsawmills in the long run. A pilotresearch area was planted in the SulBrasil farm of the company in Itapeva,Sao Paulo, by using a hybrid of Pinustecunumanii x Pinus caribaea varhondurensis, 3.5 years ago.

It is important to note that this researchtrial was establishe in a region with a1,500 mm of annual rainfall withouthydric deficit. Therefore it is necessaryto try this silvicultural system in regions

Closely spaced short rotation pine plantarions to produce biomass for energy and resin

The trial comprised five initial spacings and data recently collect in a forest inventoryshowed the following results:

Spacing (m) Trees per Hectare Dbh (cm) Height (m) Volume (m3. ha-1. year -1)

3.0 x 1.0 3,333 8.3 14.8 236.4

3.0 x 1.5 2,222 9.1 15.1 222.7

3.0 x 2.0 1,667 10.1 16.7 226.2

3.0 x 3.0 1,111 11.0 17.7 231.1

The mean annual increment were respectively: 70.8 - 66.7 - 67.7 - 69.2 m3. ha-1. year -1

with lower levels of pluviosity. However,the initial findings show promisingexpectations for this kind of plantedpine forests all over Brazil. That is thereason it should be under the radar of

institutions such as the BrazilianConfederation of Agriculture andLivestock and also of the nationalplanted forests program of the Ministryof Agriculture.

ANUNCIE AQUI!Ligue (42) 3025-7825 ou mande um e-mail: [email protected]

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Briquetes produzidos com resíduosENERGIA RENOVÁVEL

Nos dias atuais é constante a discussão sobre anecessidade da obtenção de alternativas para fon-tes de energias renováveis como mecanismos dedesenvolvimento sustentável. A gestão de resíduossólidos urbanos também faz parte deste contexto eatualmente é um fator preocupante principalmentenos grandes centros urbanos.

Um tipo de resíduo sólido urbano muito comumé o resultante da poda de árvores e diversos outrosvegetais que compõem a paisagem das cidades.Oriundo da extração de galhos finos e grossos, fo-lhas, raízes e troncos, este material é gerado ao lon-go de todo o ano, a e destinação destes represen-tam um problema tanto para as prefeituras comotambém para concessionárias de energia de todo opaís.

Outro exemplo de material bastante comum nomeio urbano é o papelão ondulado, utilizado em di-versos tipos de embalagens e com diferentes carac-terísticas de espessura e resistência, são fonte po-tencial de geração de resíduos. Embora o papelãoseja passível de reciclagem, há um ponto em que osmesmos não serão mais adequados para esse pro-cesso e deverão ser dispostos em aterros.

Uma boa alternativa de gestão para esses tiposde resíduos sólidos é a utilização como fonte ener-gética. Isto pode ocorrer através do beneficiamen-to utilizando-os como matéria prima no processode briquetagem, transformando-os em um produtode maior valor agregado e minimizando os impac-tos ambientais gerados pela sua disposição inade-quada. A briquetagem consiste na compressão emalta pressão de uma massa de partículas comconsequente aumento de temperatura resultan-do no produto chamado briquete. O briquete écaracterizado principalmente por ser um com-bustível com maior densidade por unidade devolume que seu material de origem, e por pos-suir dimensões uniformes, que facilitam muito omanuseio, o transporte e a alimentação dos equi-pamentos de queima.

Através de um trabalho preliminar avaliou-se bri-quetes feitos a partir de misturas de papelão ondu-lado e resíduos de poda urbana, a fim de verificar aviabilidade técnica do produto. Esta pesquisa é par-te de um projeto realizado pela Empresa Metropo-litana de Águas e Energia – EMAE em parceria como Laboratório de Painéis e Energia da Madeira –

LAPEM da Universidade Federal de Viçosa.Inicialmente foram determinadas as condições

experimentais (granulometria, massa e umidade) dosresíduos e suas características físicas e químicas. Nasegunda etapa determinaram-se as condições debriquetagem e efetuou-se a produção de briquetesem diferentes proporções de resíduo de poda e pa-pelão ondulado. Por fim, realizou-se a caracteriza-ção física e mecânica dos briquetes visando a de-terminação da melhor proporção de mistura paraprodução dos briquetes.

Os resíduos foram preparados para análises físi-cas e químicas, para tanto se utilizou um moinho dotipo martelo equipado com peneira para a tritura-ção das amostras. Para as análises de densidadebásica do resíduo de poda e gramatura do papelusou-se parte dos resíduos não triturados.

Para fabricação dos briquetes, os resíduos depoda e o papelão já se encontravam com umidadeadequada para compactação. Foi então utilizado omaterial que passou pela peneira (< 8 mm) em fun-ção das características da matriz da briquetadeira(coluna de 15 cm e diâmetro de 3 cm). O papelãoondulado não foi peneirado nem seco previamentepor não haver necessidade.

A densidade básica do resíduo de poda foi calcu-lada utilizando o material saturado em água. E a den-sidade aparente foicalculada no teor deumidade de trabalhodo material. As deter-minações de densida-de foram feitas comimersão em mercúrio,visando a não penetra-ção do liquido nos pe-daços de madeira. Fo-ram selecionados, aoacaso, 10 diferentesmateriais oriundos dos10 sacos de resíduosrecebidos. No caso dopapelão ondulado foiestipulada somente adensidade aparente ea gramatura.

As condições debriquetagem foram: pressão de 1500 PSI, tempera-

tura de 120 ºC, tempo de prensagem de 5 minutos etempo de resfriamento de 5 minutos. A massa utili-zada foi determinada em função da matriz da bri-quetadeira e do resíduo de menor densidade. A co-luna ocupada pelo resíduo podia ser de 10 cm dealtura e diâmetro de 3 cm. A proporção de papelãocom o resíduo de poda em cada repetição foi de 0,10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100 %, utilizandouma massa de 16 g de resíduo por briquete.

Para comparação da absorção de água e umida-de de equilíbrio higroscópico, foram feitas pesagensantes e após condicionamento em câmara climáti-ca a 60% de umidade e 23°C.

Os parâmetros físicos e mecânicos avaliados nosbriquetes foram: densidade aparente, taxa de retor-no (variação dimensional), absorção de água emfunção da umidade de equilíbrio higroscópico e re-sistência à compressão perpendicular.

O experimento foi montado segundo um deline-amento inteiramente casualizado com dez repeti-ções em esquema fatorial, em que foram analisa-dos os efeitos de 11 proporções de misturas entreos resíduos sobre a qualidade dos briquetes produ-zidos na pressão de 1500 PSI e temperatura de 120ºC, somando-se um total de 110 corpos de prova(briquetes).

Os parâmetros analisados estatisticamente fo-ram: variações das dimensões (diâmetro e altu-ra), densidade aparente, absorção de água, car-ga máxima e umidade de equilíbrio higroscópi-co. A variável carga máxima e umidade de equi-líbrio higroscópio tiveram os dados baseadosem cinco repetições enquanto as demais tive-ram em dez repetições.

RESULTADOSPropriedades físicas e químicas dos resíduosNa Tabela 1 estão apresentados os valores mé-

dios das propriedades físicas e químicas dosresíduos utilizados para a produção dos briquetes.

NA = Não analisado PCS = poder calorífico superior

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21ENERGIA RENOVÁVEL

O poder calorífico superior do papelão ondula-do foi menor em relação ao obtido para os resíduosde poda, o qual é composto em sua grande maioriade material lenhoso que é muito utilizado nos pro-cessos de combustão para geração de energia. Em-bora o valor calorífico do papelão tenha sido me-nor, evidencia-se que é um valor relativamente altoquando comparado com outros resíduos usadospara fabricação de briquetes, como por exemplo,casca de arroz e bagaço de cana, cujos valores são 3.730kcal.kg-1 e de 3.700 kcal.kg-1, respectivamente.

Com relação à densidade aparente, o valor de-terminado para o papelão foi inferior a do resíduode poda, isto se deve principalmente ao aspectovolumoso em que este material ficou depois de pas-sado em moinho. Já no resíduo de poda, a densida-de a granel, básica e aparen-te apenas se mostrou condi-zente com os relacionados àmadeira, visto que essas de-terminações foram feitascom o material cavaqueadoenviado.

PROPRIEDADES DOSBRIQUETES

Na Figura 1 é apresenta-da a tendência dos dadosreferentes à densidade dosbriquetes em função do teorde papelão ondulado adici-onado à mistura.

De acordo com a figura,pode-se observar que a den-sidade aparente diminuiugradativamente como o au-mento da proporção de pa-pelão na mistura até teorespróximos de 80% e, logoapós, houve uma pequena ele-vação nos teores de 90% e100%. A diminuição pode serexplicada pela menor densi-dade do papelão em relaçãoao resíduo de poda fazendocom que a haja maior compac-tação conforme o seu teorna mistura aumente.

Já para a variável de resistência à compressãoplana, apresentada em carga máxima, nota-se tam-bém uma tendência, como é apresentado na Figura2 (acima).

Observa-se que à medida que o percentual depapelão aumenta, ocorre também um aumento daresistência à compressão dos briquetes, ou seja, aforça necessária para ocasionar a ruptura dos bri-quetes foi maior conforme se atingia as maiores pro-porções de papelão. Devido a baixa densidade e aspartículas serem menores e com maior superfícieespecífica, o papelão pôde proporcionar uma mai-or compactação dos briquetes, tornado-os mais re-sistentes sob força.

Figura 2 – Carga máxima de ruptura dos briquetes produzidos com a mistura de papelão com resíduo

Figura 1 – Densidade aparente dos briquetes produzidos com a mistura de papelão com resíduo de poda

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22 ENERGIA RENOVÁVEL

A estabilidade dimensional dos briquetes, demodo geral, está diretamente re-lacionada à higroscopicidade damatéria prima utilizada, além dapressão e da temperatura exerci-da no processo de briquetagem. Ahigroscopicidade também é im-portante para avaliar a estruturafísica dos briquetes em relaçãoaos impactos sofridos durante oarmazenamento e o transporte.

O ganho de massa, relaciona-do à absorção de água pelos bri-quetes até atingirem a umidade deequilíbrio higroscópico, teve valo-res mínimos próximos a 1% e má-ximos a 2%, sendo que os encon-trados para os tratamentos de 40a 90% de papelão são estatistica-mente iguais entre si.

Os valores de absorção deágua e umidade de equilíbriohigroscópico também não apre-sentaram uma tendência defini-da. Em média, os tratamentostiveram um bom resultado deumidade de equilíbrio higroscó-pio compatível com as exigên-cias para o uso. Observa-se quenos dois parâmetros os briquetes produzidos a par-

tir de um só resíduo não apresentaram diferençasentre si.

Isto pode demonstrar que essesresíduos, quando compactados,apresentam baixa influencia na suaumidade de equilíbrio higroscópi-co em função de variações nataxa de absorção de água. O co-nhecimento da afinidade do ma-terial com água é importante,pois contribui para o entendi-mento da estabilidade (dimensi-onal?) e da resistência dos brique-tes em função da exposição dosmesmos a diferentes condições cli-máticas durante seu transporte earmazenamento.

Nos tratamentos de 30 a 90% deteor de papelão não foi observadoinfluencia na taxa de absorção deágua. Os tratamentos de 10 e 20%de papelão apresentaram a menortaxa de absorção de água apesar deainda apresentarem as maiores umi-dades de equilíbrio higroscópico.Uma explicação para este fato se-ria que nesses teores a compacta-ção tenha se processado de formaa reter a água proveniente da umi-dade das partículas e evitar sua saí-

da. Assim, essa água permaneceu nos briquetes após

O ganho demassa, relacionadoà absorção de águapelos briquetes atéatingirem aumidade deequilíbriohigroscópico, tevevalores mínimospróximos a 1% emáximos a 2%,sendo que osencontrados paraos tratamentos de40 a 90% depapelão sãoestatisticamenteiguais entre si.

o resfriamento e estes foram para câmara climáti-ca mais úmidos que nos outros tratamentos.

Com base nas condições de análise podemoschegar às seguintes conclusões:- É possível a produção de briquetes de misturas

de resíduos de poda urbana e papelão ondula-do;

- Não houve tendência na taxa de retorno (alturae diâmetro) com relação aos teores de papelãoagregados;

- As maiores densidades foram obtidas com asmenores proporções de papelão;

- As maiores resistências a compressão plana fo-ram obtidas com as maiores porcentagens depapelão;

- A umidade de equilíbrio higroscópico, em todosos tratamentos, apresentou-se compatível comas necessidades para uso;

- É necessário o estudo da eficiência da combus-tão e da emissão de gases para melhor caracte-rização dos briquetes.

AUTORESTatiane da Silveira Silva, Tecnóloga em Meio

Ambiente, Bolsista EMAE/UFV; Marina Moura deSouza, Estudante Doutorado em Ciências Flores-tais, UFV; Benedito Rocha Vital, Professore daUniversidade Federal de Viçosa; Rafael Rezen-de Teixeira, Engenheiro Florestal ; AdmilsonClayton Barbosa, Estudante Doutorado, UFABC

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Oferta de energias renováveis em SP chega a 53,5%

ENERGIA RENOVÁVEL

estado de São Paulo continua sendo oprincipal consumidor nacional de ener-

gia e também tem se destacado na geraçãode energia. No último ano a oferta total deenergia (produção + importações + variaçãode estoques) no Estado de São Paulo, foi de101.783x10³ toe, significando um acréscimode +8,4% em relação ao ano anterior (93.865x10³ toe). Em termos de energia primária, os insu-mos energéticos que apresentaram crescimentosna oferta foram o caldo de cana com +21,3%(8.280x10³ toe), o carvão vapor com+20,0%(1.365x10³ toe), o bagaço de cana com+11,3%(16.970x10³ toe), o gás natural com +6,2%(5.199x10³ toe), a lixívia com +4,9%(1.161x10³ toe) e opetróleo com +2,5%(46.002x10³ toe).

A Oferta Interna Bruta de Energia – OIE(Oferta Total – Exportações) apresentou um acrés-cimo de +4,0% em relação ao ano anterior, a OIEde energia primária aumentou +4,8% e a de ener-gia secundária +9,3%. Os insumos energéticos quemais contribuíram para esse acréscimo foram oetanol hidratado com +387,2%, o querosenecom +164,3% e a nafta com+63,7%.

A participação das energiasrenováveis na oferta total deenergia foi de 53,5%, com des-taque para os derivados dacana 29,9% e hidráulica e ele-tricidade com 18,6%. Isso tor-na o estado de São Paulo o prin-cipal estado na oferta e consu-mo de energias renováveis, su-perando a média nacional, quese mantém em 46%.

Esses números demonstrama importância das matérias pri-mas renováveis (produtos oriundos dos se-tores sucroalcooleiro e de papel & celulose)na evolução da produção e oferta de energiano Estado, reforçando assim, o perfil da ma-triz energética paulista como uma das maislimpas, sob o ponto de vista ambiental e, aomesmo tempo, assegurando uma maior con-fiabilidade no suprimento de energia frenteas suas necessidades.

No último ano o consumo de energia elé-trica, incluindo autoprodutores, foi de153.147GWh. Um acréscimo de 1,9% em re-lação ao ano anterior (150.353 GWh). Excetoos setores transporte e industrial que apre-sentaram retração de -1,4% (1.135 GWh)e -

0,1% (67.851 GWh) respectivamente, houvecrescimento em todos os demais setores. Foide 38.752 GWh para o residencial (participa-

çãode 25,3%); 27.251 GWh para ocomercial(participação de 17,8%); 11.581GWh para o público (participação de 7,6%)

e de 3.095GWh para o agrope-cuário. Com um aumento de+0,4%, no período, a autopro-dução de eletricidade atingiu opatamar de 12.416 GWh, ouseja, 15,5% da produção totaldo Estado. Em dezembro de2013, a capacidade instalada noEstado de São Paulo, por meiode suas usinas hidrelétricas etermelétricas, era de 21.452,1MW, correspondente a aproxi-madamente 17,6% do total domesmo perfil da capacidade ins-talada no Brasil.

O

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Empresa é destaque nofornecimento de máquinas e

equipamentos para geração deenergia limpa e renovável

A GELL é uma empresa pertencente aoGrupo Gaboardi, o qual, desde sua funda-ção em 1968, vem diversificando e inovan-do sua área de atuação, primando pela qua-lidade e excelência no atendimento ao cli-ente. Atenta às necessidades do mercado eà sua capacidade em supri-las, a GaboardiEnergia Limpa Ltda, investiu em tecnologia,mão de obra especializada, engenheiros etécnicos altamente capacitados para desen-volver e fabricar máquinas e equipamentospara geração de energia, com destaque paraUsinas para peletização , Aquecedor de pas-sagem Automático a Biomassa, alimentadoa Pellets, suprindo assim as necessidades dosclientes com confiança e competência. Las-treada em tecnologia européia, a empresaestá preparada para competir no mercadocom grande qualidade e inovação. O parquefabril foi especialmente desenvolvido e

Gell

Chamape Araupel

equipado com mandriladora, calandra, torno,frezadora, corte cnc e solda na fabricação demáquinas para geração de energia, e, Aque-cedor de Passagem Automático a Biomassa,a fim de garantir a qualidade e eficiência dosequipamentos.

O corpo técnico é formado por experien-tes engenheiros, sendo acumulado ao know-how 20 anos de experiência na Europa, noprojeto e desenvolvimento de máquinas parageração de energia limpa.

MISSÃO:“Atuar no mercado de fornecimento de má-

quinas e equipamentos para geração de ener-gia, buscando continuamente novos processose tecnologias com excelência na utilização derecursos naturais para geração de energia lim-pa, disseminando a conscientização da susten-tabilidade ambiental.”

EMPREENDEDORISMO

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Mercado de biodieselMercado de biodieselMercado de biodieselMercado de biodieselMercado de biodieselcresceu 15% em 2014cresceu 15% em 2014cresceu 15% em 2014cresceu 15% em 2014cresceu 15% em 2014

consumo de biodiesel no mercado bra-sileiro cresceu 15% no ano passado e

atingiu mais de 3,27 bilhões de litros, pormeio da mistura compulsória ao diesel. A par-ticipação das matérias-primas manteve-sepraticamente estável, com o óleo de soja res-pondendo por 75% de todo biodiesel fabri-cado no Brasil, seguido das gorduras animais(21%) e do óleo de algodão (2%).

As informações são da Associação Brasi-leira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abio-ve), compiladas a partir de dados da AgênciaNacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombus-tíveis (ANP) e do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Em nota, a Abiove observa que as vendasde diesel B no Brasil devem ter fechado 2014com volume próximo a 60 bilhões de litros.“Desse total, 11,5 bilhões de litros (19%) fo-ram originados no exterior, com desembolsode US$ 8,72 bilhões”, diz a entidade, obser-vando que os valores são recordes desde oinício do Programa Nacional de Produção e

Uso de Biodiesel (PNPB), em 2005.Segundo a Abiove, O preço médio nacio-

nal do biodiesel no ano passado foi de R$1,96/litro na usina, uma queda de 5,7% emrelação ao patamar médio de 2013. Já o die-sel B (com 93% de diesel A e 7% de biodiesel)entregue aos postos de combustíveis custou,em média, R$ 2,21/litro no ano passado, altade 8,3% em relação a 2013. O preço pago pelodiesel A às refinarias da Petrobras subiu 9,8%no mesmo período.

ECONOMIA

O

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27CARVÃO

Carvão vegetal: Biocombustível sólido renovávelurante os últimos 10 anos, as empresasbrasileiras do setor de base florestal,

sustentadas no crescimento interno e nas co-tações internacionais, montaram fortes es-tratégias com o objetivo de acompanhar ocrescimento generalizado de outros setoresda economia. Dentro desse contexto, a bus-ca de uma economia de escala levou diver-sas empresas a aquisições e fusões com simi-lares e também à realização de investimen-tos que aumentassem sua produção e, con-sequentemente, sua competitividade. Comoresultado, o País cresceu em importânciacomo exportador de produtos como ferro-gusa, ferroligas, aço, celulose, painéis e mó-veis.

A súbita mudança de ordem econômicaocorrida no cenário mundial a partir de se-tembro de 2008 provocou marcantes altera-ções na economia nacional e quebrou um ci-clo de otimismo vivido pelo setor de base flo-restal brasileiro, especialmente nos últimos5 anos. A área de florestas plantadas anual-mente, que crescera, em média, quase 20%

ao ano entre 2003 e 2008, aponta nos últi-mos anos queda.

Embora todas as atividades econômicastenham sido afetadas pela recessão global, aindústria siderúrgica foi, de início, a mais du-ramente castigada. Os efeitos da crise sobreas ferroligas não foram tão imediatos, mas,já agora se fazem sentir com a redução daprodução e a pior das conseqüências: a per-da de grande número de postos de trabalho.

Dentro de um sistema de produção inte-grado, a perda de mercado do produto final,seja ele ferro-gusa, ferroliga ou aço, acabarefletindo em toda a cadeia produtiva.

Os estudos de cenários futuros têm sidocrescentemente utilizados na área de plane-jamento estratégico de pequenas e grandesempresas, por oferecer um referencial de al-ternativas em face das quais as decisões se-rão tomadas. Num cenário de crise mundial,quando aumentam as incertezas em quasetodas as atividades econômicas, cresce tam-bém a necessidade de análise e reflexão so-bre as perspectivas futuras de cada ramo de

negócios, mesmo tendo-se em conta que ofuturo é algo incerto e indeterminado. É cla-ro que as estimativas usadas aqui levam emconsideração o contexto econômico da atu-alidade, porém, as projeções futuras basei-am-se, fundamentalmente, nas tendênciashistóricas observadas na última década.

A siderurgia a carvão vegetal brasileira éúnica no mundo e, por depender da cadeiaprodutiva de base florestal, constitui impor-tante fator de inclusão social na medida emque gera empregos e renda em todas as ca-madas sociais. Importante é também ressal-tar que os benefícios da silvicultura sistema-tizada não se limitam apenas aos aspectossocioeconômicos. De fato, todos os vegetaisem processo de crescimento retiram gás car-bônico da atmosfera, porém, pelas suas di-mensões, pela superfície foliar e pelo ciclode colheita, as árvores fazem isso com parti-cular eficiência. Num sistema de rendimentosustentável, para cada 01 hectare em proces-so de colheita, existem mais 06 em fase de

D

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28

crescimento, retirando carbono da atmosfe-ra e amenizando as variações climáticas. Nun-ca é demais lembrar que o carvão vegetal éum biocombustível sólido renovável

Na última década, o consumo de carvãoatingiu seu ponto máximo, quanto foram pro-duzidos e consumidos mais de 38 milhões demdc(¹). São bem conhecidos os altos rendi-mentos alcançados pela silvicultura brasilei-ra, no entanto, as plantações florestais ho-mogêneas não são capazes de suprir toda ademanda das empresas, havendo um déficitanual médio de quase 50% (no mínimo 100mil ha) que é suprido com resíduos e manejode florestas naturais. Torna-se, portanto, ne-cessária e urgente a implementação de me-didas que incentivem a expansão dos planti-os florestais de modo a suprir a crescentedemanda industrial de madeira e derivados.Além da demanda evidente, é muito prová-vel que haja também uma grande demandareprimida, isto é, uma escassez da matéria-prima que impede o aparecimento de novasindústrias.

Como se observa, o consumo de materialde origem nativa ainda é bastante elevado.Como têm crescido as restrições legais ao seuuso, é correto presumir que, dentro de nomáximo 10 anos, somente será consumidocarvão vegetal originário de florestas planta-das ou de matas naturais em regime manejosustentável.

Todos os prognósticos da economia mun-dial deixam claro que a situação da econo-mia brasileira não é das piores, porém, nãohá dúvidas de que haverá redução do cresci-mento e, portanto, redução geral do consu-mo. É claro que essa situação não vai conti-nuar indefinidamente.

Vale ainda ressaltar que os produtos side-rúrgicos brasileiros elaborados com carvãovegetal, desfrutam de ótimo conceito nosmercados mundiais. Isso significa que, tãologo haja uma retomada de crescimento, essesprodutos voltarão a ter seus mercados garanti-dos, com as naturais tendências de crescimentoem médio e longo prazos. Ademais, tantopelo seu apelo ambiental quanto pelas suasqualidades intrínsecas, os produtos siderúr-gicos brasileiros estão plenamente habilita-dos à conquista de novos mercados.

De acordo com as previsões elaboradaspor organismos internacionais, entre as quaiso Banco Mundial, a retomada da plena ativi-

dade econômica será gradual. Portanto, anecessária autossuficiência em madeira paraenergia só será obtida com uma política deincentivos que inclua financiamentos a jurose prazos compatíveis com o ciclo da silvicul-tura e também uma redução do excessivo

PRODUÇÃO ANUAL DE CARVÃO E O DÉFICIT FLORESTAL.

controle que o Estado exerce sobre as plan-tações florestais. Os plantios foram estima-dos levando-se em conta o crescimento dademanda de carvão até 2020 em conexãocom a busca da sustentabilidade nesse mes-mo ano.

COM BASE NAS ÁREAS DE PLANTIOS HISTÓRICO E FUTUROS, PODE-SEASSUMIR QUE A SEQÜÊNCIA DE COLHEITAS NOS PRÓXIMOS ANOS

CARVÃO

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30

Como estimar perdas de calor na combustão damadeira e da casca - 1ª parte: considerações

RACIONALIDADE

A utilização racional dos recursos flores-tais ultrapassa os preceitos técnicos e filosó-ficos da sustentabilidade dos mesmos. É im-prescindível que ela se refira à própria cons-ciência do que representam esses recursosflorestais em termos de valor energético.

Esse por seu lado, se encontra intimanen-te relacionado com a quantidade de energiaou calor que pode ser recuperada, por exem-plo, na cadeia produtiva da geração de ener-gia térmica ou de calor onde a combustãodireta constitui para os dendrocombustíveisuma alternativa promissora na matriz ener-gética. A madeira e a casca, por exemplo, sãoconvertidas em energia térmica (calor) peloprocesso da combustão.

Essa se inicia pela evaporação da águapresente em suas respectivas estruturas ana-tômicas e químicas nas quais a celulose, aspolioses e a lignina são os coadjuvantes prin-cipais. Dessa forma, componentes combustí-veis e não combustíveis são conduzidos à tem-peraturas compreendidas entre 100ºC a600ºC. O valor combustível dos dendrocom-bustíveis entre os quais a madeira e a casca,guarda uma estreita relação com a capacida-de dos sistemas industriais de geração deenergia de serem capazes de promoverem arecuperação de uma parte significativa docalor de combustão desses dendrocombustí-

veis que se dissipa nesse processo é referidocomo calor recuperável (CR). É por essa ra-zão que a análise econômica da utilização deum ou outro dos processos industriais decombustão direta disponíveis no mercado,assim como também da natureza do dendro-combustível (ex: madeira ou casca), requerpreviamente o conhecimento da fração daenergia ou calor recuperável (CR). Esse pro-cedimento é de vital importância para se pro-mover uma gestão racional da cadeia produ-tiva energética.

É de conhecimento que essas perdas decalor de calor decorrem de uma série de fa-tores. Alguns inerentes ao próprio sistemade combustão utilizado outros, associados ànatureza e às características do combustívelutilizado. Assim, o teor de umidade, taxas deoxigênio indispensáveis no processo de com-bustão, taxa de hidrogênio e de carbono nosmateriais combustíveis e finalmente, níveisdiferenciados de temperatura no processo decombustão os quais são fundamentais parapromoverem a ebulição da água presente nosdendrocombustíveis, assim como também,para assegurar a sustentabilidade da combus-tão e também a exaustão dos gases que seformam em decorrência. Além dessas perdasde calor citadas precedentemente, existemoutras decorrentes por irradiação térmica,convecção e condução entre outras. Ressal-ta-se que a quantidade de energia térmicarecuperável (CR) varia igualmente com a com-posição química dos combustíveis com as es-pécies, e até mesmo entre indivíduos de umaespécia.

A quantidade de calor recuperável porunidade de massa de um combustível (lb, kg)é sempre inferior ao conteúdo energéticomáximo de um dado combustível (PCS), eisso, se deve principalmente ao fato de queum dendrocombustível não é fornecido na

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31RACIONALIDADE

condição absolutamente seca (0% de umida-de), daí esse viés em termos de conteúdoenergético disponível (Poder Calorífico Infe-rior) e o teórico (Poder Calorífico Superior).

Geralmente, quanto maior o teor de umi-dade dos combustíveis ou maior a tempera-tura dos gases de exaustão na chaminé deum sistema de combustão direta, maior seráa quantidade de calor que se dissipa para oexterior.

O teor de umidade dos dendrocombustí-veis para fins de cálculos de perdas de calor,é expresso na base úmida ou verde (X) con-forme ilustram as Equações 1 e 2.

O teor de umidade assim expresso corres-ponde à fração decimal do material combus-

tível (madeira,casca, cavacosetc.) que consis-te exclusivamen-

te de água. Por exemplo, uma libra (lb) ou0,454 kg de madeira verde com um conteúdo

de umidade igual a 50% na base verde (X)contem 0,5 libras de água e consequentemen-te 0,5 libras de madeira absolutamente seca.

Finalmente, nessa rubrica procurou-senessa primeira parte fazer uma abordagemsobre os principais aspectos relacionadoscom as perdas de energia térmica inerentesao próprio processo da combustão direta dosdendrocombustíveis (ex: madeira e casca). Nasegunda parte, a qual será abordada na pró-xima edição do Jornal BiomassaBr, (Edição nº19) pretende-se apresentar e discuitir cadauma das equações que permitirão estimartodas as perdas de energia ou calor (Hi) de-correntes do processo da combustão diretadesses dendrocombustíveis. Essas perdas deenergia serão expressas em Unidades Térmi-cas Britânicas (BTU) e consequentemente, aunidade de massa quando necessário seráreferida como libra (lb). Finalmente, na Edi-ção nº 19 será apresentado um estudo decaso concernente às perdas de energia tér-mica (calor) ao longo do processo de com-bustão seja para a madeira ou a casca..

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCHANG, Y.-P., AND R. A. MITCHELL. 1955. Chemical compositi-

on of common North American pulpwood barks. Tappi38(5):315-320

CORDER, S. E. 1973. Wood and bark as fuel. Sch. Forestry Res.Bull. 14, Oreg. State Univ., Corvallis, Oreg. 28 p.

DOBIE, J., AND D. M. WRIGHT. 1972. Conversion factors forthe forest products industry in wester Canada. Can. For.Serv., West. For. Prod. Lab. Inf. Rep. VP-X-97. 60 p.

HARDER, M. L., AND D. W. EINSPAHR. 1976. Bark fuel value ofimportant pulpwood species. Tappi 59(12):132-133.

HARDER, M. L., AND D. W. EINSPAHR. 1978. An update of barkfuel values of important pulpwood species. Tappi61(12):87-88.

FONTE: WWW.BIOMASSTRADECENTRES.EUFONTE: https://www.google.com.br/search?q=%C3%89CORCE&biw=1440&bih

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32 RECICLAGEM

Do lixo ao luxo de gerar energiaResíduos florestais outrora descartados conquistam usinas térmicas

agravamento da crise hídricaestá instigando o mercado abuscar novas fontes para gera-

ção de energia e os olhares voltam-secada vez mais para os resíduos demadeira. A expectativa de que, emabril de 2015, o leilão de fontes alter-nativas de energia negocie contratosde energia eólica e biomassa chama aatenção para a diversificação da ma-triz energética, com aproveitamentode insumos que anteriormente eramdescartados.

Para ter uma ideia do potencialdesta biomassa, lembre-se de que oBrasil registra mais de sete milhões dehectares de florestas plantadas deeucalipto e pinus, além de outras cul-turas florestais como acácia e mognoafricano. O Panorama do Potencial deBiomassa no Brasil, produzido peloCentro Nacional de Referência em Bi-omassa (Cenbio), aponta São Paulo eParaná como os Estados com maiorpotencial de aproveitamento de resí-duos de madeira, provenientes da sil-vicultura, na geração de energia elé-trica. Bahia e Minas Gerais aparecemna sequência. De acordo com o estu-do, na conjuntura atual, inclusive a re-

moção dos tocos tem se tornado lu-crativa para queima em usinas térmi-cas.

O avanço da legislação tambémtem favorecido o aproveitamento dosresíduos de madeira, que até recente-mente eram descartados indevida-mente. Com a atual Política Nacionalde Resíduos Sólidos, é proibido des-cartar os resíduos de árvores juntocom o lixo domiciliar. A mudança afe-ta diretamente os resíduos de podasurbanas. O material que era deixado

no campo ou descartado indevida-mente nos aterros sanitários está seconsolidando como alternativa paraqueima em caldeira e substrato paracompostagem. A estimativa do Pano-rama é de que a biomassa tenha maispeso na geração mundial de eletrici-dade, produzindo cerca de 27 TWh até2020.

A eficiência do processo está me-lhorando com novas tecnologias deconversão. Ainda que a combustãoem fornos e caldeiras seja predomi-nante, processos como gaseificação epirólise despontam como alternativasmais eficientes. Segundo o BalançoEnergético Nacional, a participação dabiomassa na matriz energética brasi-leira é de 27%, a partir da utilizaçãode lenha de carvão vegetal (11,9%),bagaço de cana-de-açúcar (12,6%) eoutros (2,5%). O potencial autorizadopara empreendimentos de geração deenergia elétrica, de acordo com aAgência Nacional de Energia Elétrica(ANEEL), é de 1.376,5 MW, quando seconsideram apenas centrais geradorasque utilizam bagaço de cana-de-açú-car (1.198,2 MW), resíduos de madei-ra (41,2 MW), biogás ou gás de aterro

(20 MW) e licor negro (117,1 MW).Além da conjuntura, outro fator

que tem favorecido o aproveitamen-to desta biomassa é o desenvolvimen-to de tecnologias específicas para omanejo deste material. Fabricantesglobais como a Vermeer estão insta-lados no Brasil trazendo soluções jáconsagradas em outras regiões comoEstados Unidos e Europa, auxiliandoo mercado local na superação das bar-reiras tecnológicas. A fabricante refor-ça seu posicionamento com a maiorfrota de equipamentos combinados ecom uma filial no País para o prontoatendimento aos clientes.

O mercado é favorecido com tec-nologias que viabilizam cavacos, mi-crocavacos e pellets em granulometri-as precisas. O leque de soluções dis-poníveis é amplo. A linha de triturado-res, por exemplo, possui equipamen-tos horizontais e verticais. Estes últi-mos operando com gravidade, ou seja,eles não possuem uma mesa de ali-mentação e sim uma grande bacia comum tambor triturador. Alguns modelospossuem oito martelos e 16 cortado-

Flávio Leite - GerenteGeral da Vermeer Brasil

O

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33

res, que podem ser substituídos emmenos de uma hora. São trituradoresversáteis, adequados para lidar commateriais volumosos como tocos, far-dos e pellets.

Alternativa entre os modelos detrituradores horizontais são os auto-propelidos. Opções móveis e eficien-tes para as operações de reciclagemde resíduos de madeiras, seja durantea limpeza de campo, ou para o pro-cessamento de compostagem, de des-bastes florestais e para o processa-mento de resíduos da arborização ur-bana. Diferente dos modelos rebocá-veis, que necessitam de equipamentosauxiliares como tratores para seremmovimentados, essa alternativa per-mite ao operador total autonomia nodeslocamento ao redor do campo detrabalho, otimizando a produção coma mesma eficiência de processamen-to de materiais.

Outra solução bastante difundidaé o picador florestal. Há modelos ap-tos a processar material de até 58 cmde diâmetro com garantia de eficiên-cia por intermédio de sistemas de ali-mentação automático e rotores decorte de alta velocidade e embreagema disco. O sistema de alimentação coma mesa de três metros de comprimen-to é mais uma vantagem do equipa-mento. O sistema de alimentação dealguns picadores aceita toras de ma-deira com comprimento muito supe-rior ao da mesa, além de posicionar omaterial a ser picado em ângulo decorte mais eficiente. É preciso aten-ção ao design das máquinas para ava-liar se a abertura de alimentação tam-bém minimiza gargalos de material,além de oferecer uma área de alimen-tação ampla, sem a presença de de-fletores laterais, o que aumenta a pro-dutividade do operador da garra flo-restal durante o procedimento. Outrodestaque do equipamento é o sistemade esmagamento automático, quepode ser programado para exercerentre 0 e 1,8 toneladas de pressão deesmagamento. Há opções em que ooperador do equipamento ainda podeacionar um botão manual, para alcan-çar força de esmagamento maior, deaté 2,1 toneladas.

As linhas de picadores de galhostambém estão ampliando suas fatiasde mercado, tornando as operaçõesmais seguras e produtivas. Entre asopções, figuram aquelas equipadascom sistema de controle, que moni-tora o desempenho do motor e rever-te automaticamente o rolo de alimen-tação quando necessário, evitandosobrecarga do sistema. Modelos comuma boca de alimentação de 30 cm dealtura são capazes de picar galhos re-

torcidos e copas de árvores inteiras,sem a necessidade de pré cortá-loscom motosserras. Recursos para des-ligamento da alimentação e a distân-cia da mesa ao rolo são outros fato-res importantes na escolha dos equi-pamentos. O operador não deve ficarpróximo ao rolo, o que também reduzos riscos de acidentes.

Com as oportunidades para apro-veitamento dos tocos, os destocado-res começam a se tornar mais conhe-cidos no mercado. Nas áreas urbanas,quando as prefeituras combinam ouso do destocador em conjunto como picador de galhos, a mão de obraintensiva, de até sete pessoas envol-vidas no processo, cai para duas. Aredução é ainda mais expressiva emtermos de tempo: ao invés de dez via-gens e caminhões para uma operação

média de poda e destocamento, umaequipe que adota um picador e umdestocador, por exemplo, pode execu-tar a operação completa em até umahora e demandar apenas uma viagemde caminhão para o descarte do ma-terial. Se deixados nas florestas, ostocos oferecem riscos aos equipa-mentos que transitam na área, alémde prejudicar as rotações e plantios decultura.

A combinação destas tecnologias,considerando peneiras rotativas, tritu-radores horizontais e verticais, pica-dores florestais, picadores de galhose destocadores é capaz de garantir al-tos níveis de produtividade e confia-bilidade na produção de cavaco, mi-crocavaco e pellets de madeira. A Ver-meer tem equipamentos em campo,contribuindo para o sucesso de diver-

RECICLAGEM

sas operações de geração e cogera-ção de energia. No Nordeste, porexemplo, os trituradores horizontaispicam os resíduos de podas de cajuei-ros. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul,os trituradores horizontais e picado-res florestais operam na limpeza delaranjais, em florestas de eucalipto,palha de cana-de-açúcar entre outras.Com exceção do Sul, nestas regiões osprodutores de grãos estão queiman-do os resíduos florestais para cogera-ção de energia e geração de calor nossilos.

Apesar da produção ainda ser mo-desta, o segmento de pellets amplia asoportunidades de negócios. O Brasiltem grande potencial de aproveita-mento da biomassa florestal na pro-dução de pellets para atender às de-mandas nacional e internacional. AEuropa concentra 52% das plantas in-dústrias e os EUA, 41%, segundo o Eu-ropean Pellet Centre, e mesmo assimeles têm potencial para importar pel-lets de outros mercados.

Por último, é importante alertar com-pradores e decisores em relação ao perfildo fabricante, considerando os resul-tados quando se combina equipamen-tos de uma mesma marca, presençano Brasil, suporte em todo o ciclo devida do equipamento, oferecendotreinamentos, estoque de peças e equi-pe técnica qualificada. Juntos, esses as-pectos proporcionam segurança ao cli-ente, que terá sua operação acompa-nhada de perto pela fabricante.

Apoio:

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34 FEIRAS & EVENTOS

MARÇO28ª FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA

ELÉTRICA, ELETRÔNICA, ENERGIA EAUTOMAÇÃO

Data:23 a 27 de marçoLocal: Anhembi – São Paulo - SP

http://www.fiee.com.br/

KLIMAENERGY 2015Data:26 a 28 de marçoLocal: Bolzano - Italy

http://www.fierabolzano.it/site/

ABRILENERGY HANNOVER

Data: 13 a 17 de abril de 2015Local: Deutsche Messe AG Hannover –

Hannover - Alemanhahttp://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/

?source=redirect

RECICLAÇÃO - FEIRA DE RECICLAGEM& MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL

Data: 15 a 18 de abrilLocal: Parque de exposição Vila Germânica /

Setor Nº 3 / Blumenau - SChttp://www.montebelloeventos.com.br/

AGRISHOW 2015Data: 27 de abril a 01 de maio

Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira Km321 - Ribeirão Preto /SP

http://www.agrishow.com.br

MAIOFEIRA DA FLORESTA

Data: 12 a 14 de Maio de 2015Local: Nova Prata \ RS

www.feiradafloresta.com.br

FECONATIData: 28 a 31 de maio

Local: Atibaia - SPhttp://www.feconati.com.br/

IV SIGERA - SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBREGERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

AGROPECUÁRIOS E AGROINDUSTRIAISData: 5 a 7 de maio

Local: Rio de Janeiro - RJwww.sbera.org.br/sigera2015

JUNHO21St EUROPEAN BIOMASS

CONFERENCE AND EXHIBITIONData: 01 a 04 de Junho

Local: Bella Center – Copenhague/Dinamarcahttp://www.conference-biomass.com

TRÊS LAGOAS FLORESTAL - 2015Data: 01 a 04 de junhoLocal: Três Lagoas \ MS

http://treslagoasflorestal.com.br/

ALL ABOUT ENERGYData: 10 a 12 de junho de 2015

Local: Centro de Eventos do Ceará.http://www.alllaboutenergy.com.br

JULHOENERSOLAR +BRASILData: 15 a 17 de JulhoLocal: São Paulo – SP.

http://www.enersolarbrasil.com.br/

BIOTECH FAIR - FEIRA INTERNACIONALDE TECNOLOGIA EM BIOENERGIA

E BIOCOMBUSTÍVEILData: 15 a 17 de julhoLocal: São Paulo/SP

http://biotechfair.com.br/

ECOENERGYData: 15 a 17 de JulhoLocal: São Paulo – SP.

http://www.feiraecoenergy.com.br/

AGOSTOGUANGZHOU INTERNATIONALBIOMASS ENERGY EXHIBITION

Data: 19 a 21 de AgostoLocal: Guangzhou, China

http://www.cnibee.com/en

6ª GREENBUILDING BRASILData: Data: 11 a 13 de agosto

Local: Transamérica Expo Center - São Paulo

10 º COBEE - ABESCOData: 21 e 22 de Agosto

Local: Centro de Convenções Frei Caneca– São Paulo – SP.

http://www.cobee.com.br/

FENASUCRO 2014Data: 25 a 28 de agosto

Local: Centro de Eventos Zanini- Sertãozinho - São Paulo/SP

http://www.fenasucro.com.br

SETEMBROIV FÓRUM NACIONAL

SOBRE CARVÃO VEGETALData: A definir

Local: Belo Horizonte - MGhttp://www.sif.org.br

INTERSOLAR SOUTH AMERICAData: 01 a 03 de setembro

Local: Expocenter Norte – São Paulo - SPhttp://www.intersolar.net.br/en/intersolar.html

FERIA FORESTAL ARGENTINAData: A definir

Local: Posadas - Misiones - Argentinahttp://www.feriaforestal.com.ar/

EXPOBIOMASA - FERIA DE LOSPROFESIONALES DE LA BIOMASA 2014

Data: de 22 a 24 de OutubroLocal: Valladolid / Espanha

http://www.expobiomasa.com

OUTUBROSNPTEE - SEMINÁRIO NACIONAL DE

PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIAELÉTRICA

Data: de 18 a 21 de outubroLocal: Foz de Iguaçu - PRwww.xxiisnptee.com.br

FENAFOR - FEIRA INTERNACIONALDE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSPARA A INDÚSTRIAS MADEIREIRA

Data: 23 a 25 de outubroLocal: Lima / PEru

http://www.fenafor.com

DIA DE CAMPO DO EUCALIPTOData: 29 e 30 de outubro

Local: Fazenda Experimental Lageado - FCA/UNESP - Campus de Botucatu

http://www.fca.unesp.br/

NOVEMBROWORLD BIOMASSA POWER MARKETS BRASIL

Data: A definirLocal: São Paulo / SP

http://www.greenpowerconferences.com

XV FIMAI - FEIRA INTERNACIONAL DE MEIOAMBIENTE INDUSTRIAL E SUSTENTABILIDADE

Data: 15 a 18 de novembroLocal: Pavilhão Azul, do Expo Center Norte -

São Paulo/SPhttp://www.fimai.com.br/

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MME aprova sistemática para arealização do Leilão “A-5” de 2015

LEILÃO

O Ministério de Minas e Energia publica hoje aPortaria MME nº 12, que define a sistemática parao Leilão de Compra de Energia Elétrica Prove-niente de Novos Empreendimentos de Gera-ção, denominado Leilão “A-5” de2015, a ser realizado em 30 de abrilde 2015. A Portaria altera também asdiretrizes para o Leilão, que encon-tram-se na Portaria MME nº 653,de 11 de dezembro de 2014.

Dentre as alterações, destaca-se a postergação para o dia 2 defevereiro, até as 12 horas, do pra-zo de cadastramento para Peque-nas Centrais Hidrelétricas (PCH),aproveitamentos hidrelétricos compotência inferior a 50 MW, empre-endimentos termelétricos a biomassa, a carvãomineral e a gás natural.

Foi postergado também, para o dia 2 de mar-ço de 2015 até as 12 horas, o prazo para a apre-sentação de documentos de comprovação da dis-ponibilidade de combustível para a operação con-

tínua de projetos de empreendimentos de gera-ção termelétrica no Leilão “A-5” de 2015.

Para a realização do certame será aplicada asistemática publicada por meio da Portaria MME

n° 213, de 14 de junho de 2013,que prevê a negociação de ener-gia elétrica nos Produtos Quanti-dade e Disponibilidade.

No Leilão “A-5” de 2015 serãonegociados Contratos de Co-mercialização de Energia noAmbiente Regulado (CCEAR), namodalidade por quantidadepara usinas hidrelétricas, e namodalidade por disponibilidadepara usinas termelétricas a bi-omassa, carvão mineral ou gás

natural em ciclo combinado. O início de suprimen-to dos CCEAR será em 1º de janeiro de 2020 e oprazo de suprimento será de trinta anos para oCCEAR por quantidade (hidrelétricas) e de vinte ecinco anos para o CCEAR por disponibilidade (ter-melétricas).

No Leilão “A-5”de 2015 serãonegociadosContratos deComercializaçãode Energia noAmbienteRegulado(CCEAR)...

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O Programa de Certificação de Energia Renovável é uma iniciativaconjunta da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e daAssociação Brasileira de Energia Limpa (Abragel) que visa fomentaro mercado de energia gerada a partir de fontes renováveis e comalto desempenho em termos de sustentabilidade. O programa con-siste em duas certificações interrelacionadas, que trazem benefíciosaos geradores de energia e aos consumidores voluntários de EnergiaRenovável:

• Certificação de empreendimentos de geração de energia reno-vável elegíveis

• Concessão de Selo voltado para consumidores da energia certi-ficada

Energia Renovável de Alto Desempenho Socioambiental

O programa foi desenhado por um grupo técnico designado pelaABRAGEL e pela ABEEOLICA, envolvendo diversos especialistas comexperiência das áreas de energia, sustentabilidade, mercado e certi-ficação que foram responsáveis pela definição dos conceitos envol-

Programa de Certificação de Energia RenovávelCERTIFICAÇÃO

vidos para empreendimentos sustentáveis. A garantia de consistên-cia do programa é assegurada através de auditorias por terceira par-te independente e qualificada, que são realizadas periodicamenteem cada empreendimento de geração de energia. Da mesma forma,o Selo voltado para consumidores de energia (cativos, especiais e domercado livre) também é auditado por terceira parte independente.

Para conferir maior credibilidade a todo esquema de Certificação,a governança do Programa é comandada pelo Instituto Totum, orga-nismo de certificação especializado em programas de autoRregula-mentação e selos setoriais.

CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

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37

Nos últimos anos o mercado de energiasrenováveis tem marcado presença cada vezmais forte em todo cenário mundial. Seja porsua eficiência e atual competitividade, oumesmo pela necessidade da inserção de no-vas fontes que ajudem a atender a crescentedemanda no Brasil e no mundo.

Especialistas, estudiosos, em-presários, chefes de estado dasprincipais potenciais mundiais,também como das nações emer-gentes, estão cada vez maisatentos aos assuntos voltados áprodução de energia por fonteslimpas e renováveis.

No caso especialmente damatriz energética brasileira,onde temos a matriz mais limpa em nívelmundial, a necessidade de incentivar os pro-jetos renováveis são uma questão de sobre-vivência, para atender a demanda nacional.Sabemos que nossa matriz é renovável, mas

Foi lançada a 3º Anuário Brasileiro dasindústrias de Biomassa e Energias Renováveis

CALENDÁRIO

Agora em sua terceira edição a publica-ção se consolidou como a mais importantefonte de pesquisa, para empresários, estu-dantes, ou qualquer interessado em conhe-cer mais sobre as diversas formas de gerarenergia de forma limpa, renovável e acimade tudo com sustentabilidade e responsabi-lidade social e ambiental.

Outro papel fundamental do Anuário ER,é divulgar empresas, que tenham produtos,equipamentos, tecnologias e prestação deserviços, que resultam em soluções para ge-ração de energia.

Temos certeza que o 3º Anuário vai conti-nuar ajudando o setor da Biomassa e Energi-as Renováveis, nesta importante fase de re-ciclagem quanto ao fornecimento da energiae suas fontes.

Informações:55 (42) 3086.8588 \ 3025.7825

E-mail: [email protected]

ainda é muito dependente dafonte hídrica, esta que recebemuitas críticas de ambientalis-tas, além de ter deixado o paísás escuras em algumas épocasdo ano, principalmente no ve-rão, quando o consumo aumen-ta, e muito.

Desde sua criação em 2012,o Anuário ER, tem cumprido seu papel de di-vulgar, incentivar e fomentar o setor das Ener-gias Renováveis no Brasil, sendo uma impor-tante plataforma para divulgação de soluçõesligadas ao setor.

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+ 1\4 ANUNCIO SIGERA + 1\4

ECONOMIA

Em tempos de restrição de re-cursos a diversos setores, o BN-DES diz que não faltará dinheiropara financiar projetos de ener-gias alternativas, como eólica esolar, e que manterá, ao menos,o mesmo nível de financiamentode 2014. A decisão ocorre aomesmo tempo em que o país viveuma crise do setor elétrico, como baixo nível dos reservatóriosdas hidrelétricas. No ano passa-do, foram aprovados R$ 6,6 bi-

Projetos de energia alternativaterão verba, promete BNDES

BNDES diz que não faltará dinheiro para financiar projetos de energias alternativas

lhões para projetos de geraçãoeólica – 81% mais do que em2013 (R$ 3,6 bilhões). O objetivoé repetir o número neste ano.

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