Jornal Voz Nativa - Edição 01

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Chegou na Ilha Grande o Projeto... Cursos, Jornalismo, Cultura e muito mais... Nº 1 Informativo do Projeto Voz Nativa - Ilha Grande, Angra dos Reis / RJ - Associação Civil Alternativa Terrazul - Setembro de 2014 Jornalismo Badjeco Levado a Sério!

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Esta é uma edição especial do Jornal Voz Nativa, pois marca o retorno do jornal para a Ilha Grande após 12 anos de seu nascimento. Setembro de 2014.

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Chegou na Ilha Grande o Projeto...

Cursos, Jornalismo, Cultura e muito mais...

N º 1 I n f o r m a t i v o d o P r o j e t o Vo z N a t i v a - I l h a G r a n d e , A n g r a d o s R e i s / R J - A s s o c i a ç ã o C i v i l A l t e r n a t i v a Te r r a z u l - S e t e m b r o d e 2 0 1 4

Jornalismo Badjeco Levado a Sério!

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EXPEDIENTE Associação Civil Alternativa TerrazulConselho DiretorPresidente Regina Maria Sousa Chaves Diretor Financeiro Pedro Piccolo Contesini Diretora Técnica Camila Ribeiro Soares

Projeto Juventude Protagonista da Ilha GrandeVoz NativaCoordenador Geral Marcio RanauroCoordenador de Comunicação Carlos Henrique PainelCoordenador Administrativo Arnaldo AugustoAssistentes Ana Laíse, Beatriz Luz, Eduardo Garcia

Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social – UFRJCoordenador Pedagógico Ivan Bursztin

Editor Executivo Marcio RanauroColaboradores Arnaldo Augusto, Carlos Henrique Painel, Maraci Guimarçaes, Camilo Papi e Silvia NoronhaProjeto Gráfico IDEARIADiagramação Marcio Ranauro, apoio Camilo Papi

Endereço Espaço Voz NativaAlameda Meu Santo, 250 / Vila do Abraão, Ilha Grande – Angra dos Reis/RJ CEP:Telefones (24) 99903-5776 / 99940-1736 / [email protected]: Voz Nativa - Ilha Grande

Associação Civil Alternativa TerrazulRua Floriano Peixoto, 1440 / Centro – Fortaleza/CECEP: 60.025-131www.alternativaterrazul.org.br

Tiragem 5.000 Distribuição Gratuita

Este jornal é uma iniciativa do Projeto Voz Nativa, sua intensão é dar visibilidade e voz aos jovens nativos da Ilha Grande. As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do Terrazul e das instituições parceiras.

Esta é uma edição especial do Jornal Voz Nativa, pois marca o retorno do jornal para a Ilha Grande após 12 anos de seu nascimento. É com muita felicidade que nós da Associação Civil Alternativa Terrazul colocamos mais uma edição deste jornal nas casas da Ilha Grande. Assim como em 2002, o Jornal Voz Nativa tem como objetivo central ser um espaço para os jovens e moradores da ilha manifestarem suas opiniões sobre o desenvolvimento local, sobre o turismo, sobre as políticas públicas e sobre a cultura caiçara. É então um jornal étnico e comunitário que pretende ser o espaço da voz do jovem nativo, do nativo badjeco.

Sendo um jornal vinculado a um projeto de formação profissional, o Voz Nativa tem também a função de divulgar informações, notícias e conteúdos que contribuam para o empreendedorismo local, qualificando o trabalho dos jovens e moradores da ilha, além de buscar promover seu protagonismo no desenvolvimento de um turismo de base comunitária.

O Voz Nativa é um jornal para o jovem ativo! É um espaço aberto para todos os moradores locais, principalmente os jovens, enviarem matérias, comentários, notícias, críticas, fotos, opiniões, histórias, poesias e crônicas. É um jornal para ser construído por todas as praias, e que se destina a informar moradores, turistas e apaixonados pela Ilha sobre as coisas, histórias, cultura e memória da Ilha.

Nós do Terrazul temos como objetivo institucional trabalhar com a causa socioambiental, promover maior consciência sobre sustentabilidade, acreditando que um futuro com mais qualidade de vida passa pela participação de todos nas escolhas sobre desenvolvimento e vida em comunidade. Por isso, o jornal é para ser da comunidade, para fazer parte da rotina local e procurar contribuir com os temas centrais do cotidiano da Ilha. O Voz Nativa renasce agora a partir do patrocínio da Petrobras, com a possibilidade de editar mais 10 números desse informativo por dois anos. Nele divulgaremos cursos, eventos e atividades direcionadas para a comunidade da Ilha Grande.

As atividades do Projeto Voz Nativa são construídas em parceria com o Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro LTDS/UFRJ. O LTDS vem se dedicando para elaborar e realizar cursos de formação profissional para a Ilha Grande, e o jornalismo é parte dessa formação, procurando ampliar a voz do nativo, promovendo um jornalismo badjeco levado à serio!

EDITORIAL

Patrocínio

Jornalismo Badjeco Levado à Sério!

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Vamos falar dos últimos 10 anos da Ilha Grande, principalmente da Vila do Abraão, principal porta de entrada da Ilha, onde todos os dias desembarcam dezenas de turistas de todas as partes do mundo. E por esse motivo, deveria receber mais apoio do Poder Publico.

Mas, infelizmente, não é o que acontece. Todos os dias vemos brigas internas pelo poder e, enquanto isso, os problemas continuam aumentando cada vez mais, tais como: crescimento desordenado (falta de planejamento urbano), saneamento básico (continuam as valas negras), coleta de lixo seletiva (lixo amontoado em pleno centro do Abraão), Barcas (cada vez pior).

Enquanto isso o Abraão continua crescendo. A cada dia barcos e mais barcos continuam a chegar e desembarcar toneladas de material de construção. São novas pousadas, bares, restaurantes, mansões, etc sendo construídas. E enquanto isso o verdadeiro nativo da Ilha vai sumindo aos poucos.

Olhando para o outro lado, até bem pouco tempo atrás, quando o presídio ainda era ativo, não tínhamos tantas associações, ex.: de morador, de comércio, meios de hospedagem, ong’s... órgãos de governo e vai por aí, todos preocupados com a preservação da Ilha.

Naquela época não tinha nada disso e não se viam manguezais sendo aterrados para a construção de pousadas, campings, heliporto, cercas nas praias, além de trilhas centenárias sendo fechadas ou desviadas e até Igreja sendo fechada à visitação pública. Até mesmo a cultura local está se perdendo, pois ao lado do mais antigo e tradicional forró local, foram construídas várias pousadas, obrigando o dono a fechar o seu negócio, deixando a comunidade, principalmente no

inverno, sem seu único meio de diversão.

Enquanto isso, as associações, as Ong’s e os órgãos do governo colocam matérias na internet ou em jornal de circulação local e gastam fortunas com helicóptero nos feriados – pois a Ilha recebe turistas todos os dias - não se unem e a situação piora.

Os turistas já não têm nem mais cais para desembarcar com segurança, pois o único quem tem* não suporta mais tanta gente, tanto barco de material. E todo mundo sabe que existe uma parceria da Prefeitura de Angra dos Reis e a Telemar para a reforma do outro cais, o que inclusive consta no plano de 100 dias da Prefeitura , que já se esgotou e não foi cumprido. Vale a pena lembrar que o turismo hoje é, sem dúvida nenhuma, uma das maiores fontes de arrecadação de ICMS da Prefeitura e um dos maiores geradores de emprego. Sendo assim, se todos não se unirem rápido, será também o maior destruidor da natureza.

Chega de pensar só no financeiro e vamos pensar juntos numa forma de desenvolvimento justo e sustentável, não deixando de lado o nativo, como acontece agora. É buscando estruturar a nossa Ilha que vamos viver melhor e receber cada vez melhor o nosso turista.

Tá na hora de parar para pensar e se unir.

Chega de hipocrisia, vamos falar sério que ainda dá tempo.

* atualmente a Vila do Abraão já conta com um novo cais de turismo.

Enquanto isso...Matéria publicada no primeiro Jornal Voz Nativa, em 2002. Continua atual!

Elizabet (Turma 301 de 2002)

Foto: Marcio Ranauro

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Fala sério, JOU!

Mesmo com os avisos da Prefeitura para não jogar lixo em local proibido, a falta de respeito continua… Isso prejudica a comunidade, com isso os moradores correm riscos de ter várias doenças. Muitos lixos se acumulam na frente do cemitério e da Rua das Flores, por exemplo. Há placas com aviso para não jogar lixo e mesmo assim o lixo é jogado diariamente.Parece que estas placas apenas ocupam espaços.A Ilha Grande é um lugar turístico que recebe pessoas de todo o mundo, mas com a poluição as pessoas não vão querer visitar por causa do mau cheiro.Os moradores deveriam tomar consciência disso e começar a jogar lixo no lixo.Mesmo com a coleta diária destes lixos muitos móveis são jogados lá. Será que é falta de respeito ou falta de onde jogar lixo?Seria bom nós mesmos resolvermos os problemas da Ilha, ao invés de esperar as “autoridades’’. Vamos pensar mais no caso, vamos preservar nossa Ilha.

Logo na chegada encontramos água parada e muito lixo. Esse é um dos muitos problemas causados pelos barcos parados muito tempo nas praias da Vila do Abraão.Entendemos que os proprietários não têm lugar para botá-los, mas também sabemos que não há necessidade de deixá-los apodrecendo e atrapalhando a paisagem da nossa Ilha. Entrevistamos algumas pessoas e todos chegaram a mesma conclusão:- “É um desrespeito aos turistas e moradores e uma vergonha ter tanta sujeira e água parada”. Pedimos: Não deixem o lixo acumular, não derramem óleo na praia ou mar e acima de tudo cuidem para que seus barcos não apodreçam!

Agradecemos desde já. Muito Obrigado!

Estacionamento para Barcos

Lugar de Lixo é no Lixo

Gleice Hellen, Ana Beatriz, Breno Oliveira e Vitória Helle

Alexander de Oliveira, Carlos Henrique, Marcelo Rodrigues e Marcílio Oliveira

Fotos: Breno Oliveira, Ana Beatriz e Vitória Helle

Foto: Alexander de Oliveira

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O futebol no Abraão é o esporte mais praticado, porém passa por várias dificuldades. O chão da quadra está cheio de buracos, refletores funcionando mal e as grades com muitas falhas. Quando a bola rola acontece alguns acidentes, como as várias vezes que os jogadores machucaram o pé ao chutarem os buracos na quadra. Mesmo com todas as reclamações dos moradores, nada foi feito ainda. A Associação de Moradores já se reuniu muitas vezes para lutar pelos direitos de quem pratica este esporte e pelo jeito ainda não resolveu. Pedimos a Prefeitura que conserte a nossa única área de lazer.Sendo uma das únicas coisas que podemos fazer aqui, achamos que a prefeitura deveria dar mais atenção às crianças, aos jovens e aos adultos que utilizam a quadra. Outra opção de lazer seria o Parque, mas foi desmontado há bastante tempo. Antes tinha balanço, gangorra, escorrega e etc. Hoje em dia não tem mais nada. As crianças ficam à toa, brincando nos barcos parados na areia. E o que a prefeitura irá fazer?

Lá vem Campeonato!

Mesmo assim o futebol no Abraão cresce a cada dia. Jovens e adultos se reúnem para praticar este esporte envolvente. A prefeitura até organizou um campeonato em Angra dos Reis. Para aprimorar nosso futebol e buscar entrosamento acontecem treinos amistosos nas segundas e terças com um professor contrato pela prefeitura. Nos finais de semana, temos uma ajuda a mais com o pastor Altair Lopes que treina os jogadores.

Espaço Brigadista

No Abraão, nós temos muitos times de futebol. Tem o dos jovens de 9 a 13 anos, que jogaram a Copa Nike em junho, mas infelizmente não ficaram nos primeiros lugares.Tem Sub-15 que é o time mais forte e tem uma equipe muito boa. Eles jogaram a Copa Nike em agosto. Foi criado pela Prefeitura há uns 4 anos. Todos os Professores foram ótimos e agora é o Alexander. E tem o Sub-17 que é um time muito bom que também participa da Copa Nike.Essa competição acontecerá no Balneário Angra dos Reis e em outros lugares.Temos também os times dos veteranos S.V.A que tem os quadros 1° (os mais novos) e 2° (os mais velhos) e eles saem do Abraão com frequência para jogar fora e muitos times vem no Abraão para jogar contra eles e jogam muitos campeonatos e já foram Campeões muitas vezes.

Os Elit3s

Lazer Caiçara

Foto: Lucas FariaUlisses Neto, Lucas Faria, Alexander Oliveira,

Fábio Batista, Lucas Silva, José Henrique eBreno Oliveira

Distração ou Perigo

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A Ilha Grande possui muitas belezas que são muito exploradas. Devido ao turismo as atividades possíveis são inúmeras e agradam a todos os públicos. Se você procura um ambiente bonito e calmo está no lugar certo!Nossas praias são locais de tranquilidade e diversão. A Ilha guarda pontos turísticos bastante visitados, como suas praias e mirantes, além de algumas trilhas. Os lugares mais procurados são as praias do Aventureiro, Palmas, Lagoa Azul, Lagoa Verde e Lopes Mendes . Lagoa Azul: É uma pequena faixa de areia com água clara quando está sol. Antigamente chamada de Ilha do Macaco.Lagoa Verde: É uma lagoa clara e muito bonita. De lá, podemos ver dois lados do oceano: um com a lagoa e outro de mar aberto. Na Lagoa Verde pode-se ver muitas tartarugas.Praia do Aventureiro: É uma praia grande, limpa e belíssima. De águas cristalinas com muitas ondas. La há um coqueiro deitado que é alvo de muitas fotos de turista de todo o mundo. Praia do Funil: É uma pequena praia com um campinho de futebol para diversão do pessoal. Lopes Mendes: É considera uma das praias mais bonita do mundo e o grande alvo do turismo na Ilha Grande. É uma grande praia com muitas ondas. Ótima para prática do surf. Difícil decidir pra onde ir quando se esta aqui!

Ilha Grande e suas mais belas visões

Fizemos uma pesquisa na Vila do Abraão sobre os melhores passeios que a Ilha Grande pode oferecer aos turistas.

De acordo com as agências, esses são os melhores passeios, esperamos que gostem.

1. Volta a Ilha - Caxadaço, Dois Rios, Parnaioca, Aventureiro, Meros, Lagoa Verde e Maguariquessaba;

2. Meia volta - Lagoa Verde, Lagoa Azul, Feiticeira, Praia do Amor, Saco do Céu , Parcel do Aripeba e Maguariquessaba;

3. Lagoa Azul;

4. Lopes Mendes;

5. Super Sul - Jorge Grego, Dois Rios, Caxadaço e Lopes Mendes;

6. Feiticeira.

Espaço Brigadista

Os Melhores Passeios Náuticos da Ilha Grande

Fotos: Raizza Tavares

Raizza Tavares, Allexia Letícia,Fabiana Costa e Luara Brás

Gleice Hellen, Ana Beatriz, Breno Oliveira e Vitória Helle

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Você, eleitor, é o prin-

cipal personagem da

sua história.

Será que os brasileiros sabem exercer sua cidadania?

E as escolas formam cidadãos críticos?

Percebemos que muitas pessoas estão descrentes no poder público e, na maioria das vezes, se acomodam com políticas assistencialistas esquecendo-se de exercer sua cidadania para cobrar dos governantes políticas públicas que possibilitem uma transformação social.

Exemplos para o exercício da cidadania:

• Reivindicar melhorias para sua comunidade

• Se organizar em uma associação de moradores

• Participar da vida escolar

• Participar de reuniões com políticos locais

O voto é o principal meio de exercer a cidadania. Através dele escolhemos nossos representantes na política do nosso país. É importante que haja uma grande demanda de eleitores cientes do seu voto para que uma determinada região receba atenção dos órgãos públicos.

Quando falta colaboração entre as pessoas, o pensamento individual predomina em detrimento do coletivo. Aqui na Ilha Grande, conversamos com alguns moradores da Praia Grande das Palmas sobre o dever de votar e ter seu título de eleitor.

Segundo Dario morador mais antigo da praia: “Votar é engordar os políticos”. Já Juliana Moreira recém moradora de Palmas destacou o uso do voto como exercício da cidadania.

A maior parte vota em Angra, uma pequena parte ainda não transferiu seu título e outros não se interessam em votar. Fica evidente a falta de exercício da cidadania entre os moradores. Os mesmos precisam se reunir para discutir os principais problemas como: turismo desordenado, transporte, lixo, energia, educação entre outros.

Você, eleitor, é o principal personagem da sua história.

Exercício da Cidadania

Escola Municipal e Colégio Estadual Brigadeiro NóbregaZona Eleitoral da Vila do Abraão, Ilha Grande

Espaço Brigadista

Foto: Marcio Ranauro

Vitória Uchoa e Daniel KnowelsPraia Grande das Palmas

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De repente, eu desperto contente. Eu saio nas ruas e ninguém falando mal do presidente.Não entendo, o que está acontecendo? Na porta dos hospitais públicos não tem ninguém morrendo, ninguém lamentando falta de atendimento, mas o posto não está fechado, está funcionando. Meu Deus! Eu não estou acreditando.

O meu relógio permanece no meu braço, meu cordão no pescoço, minha carteira no meu bolso, meus pés não ficaram descalços. Só pode ser um milagre, hoje eu não fui assaltado.

Na calçada já não vejo os mendigos pedindo esmola, não vejo as crianças cheirando cola. Não estão mais ali jogados na pior, sedentos por droga, por um pouco de pó.

As crianças eu as vejo estudando, ao invés de estarem trabalhando, enfim adquirindo cultura, se informando. Não são mais restritos ao que a televisão mostra, todo mundo corre atrás, todo mundo se informa.

O meu povo não é mais humilhado, eu vou a vários lugares e ninguém é discriminado. O cidadão humilde não é mais enganado pelos poderosos, pelos mais estudados. O trabalhador não é mais explorado, o aposentado, o deficiente são todos respeitados. Tanto faz se você é rico, se é pobre, se sobe o morro ou se não sobe. Ninguém se importa com o meu cabelo ou como me visto, eu consigo ficar na moral, não sou discriminado por causa disso.

As escolas públicas são um orgulho para a nação brasileira, todas funcionam bem, tem direção de verdade, merenda e merendeira.

Quem sabe um dia...

Em todos os lugares as condições de vida são invejáveis, não há o que reclamar dos governantes, das autoridades. O nosso país não é subdesenvolvido, a felicidade é um sentimento comum, eu me sinto no paraíso.

Mas é como diz o ditado: “alegria de pobre dura pouco”, e eu desperto assustado, como um louco, no meu quarto um som ensurdecedor, a porcaria do despertador. Era apenas um sonho, nada disso é verdade, eu retomo a consciência e volto a nossa realidade.

Sonho com o Brasil do jeito que eu queria, não perdi as esperanças, quem sabe um dia...

Um país melhor depende de nós. O que passou, passou, está escrito e jamais será mudado, mas se queremos melhorias não podemos ficar parados. O futuro nos pertence. Mas devemos fazer uma coisa de cada vez, e para começar devemos mudar o lugar onde moramos: Ilha Grande, Angra dos Reis.

Anjo Negro

(Novamente rimando, me disseram que sou bom. Vou acabar acreditando)

Matéria escrita em Março de 2003

Foto: Marcio Ranauro

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“Badjeco”: termo pejorativo utilizado pelas pessoas do continente angrense com relação aos ilhéus. Mais tarde esse termo foi absorvido pelos moradores da Ilha Grande até como um adjetivo pátrio.

“Pegadjera”: segundo os caiçaras badjecos de Ilha Grande, este termo significa um aglomerado de peixe.

“Arrustia”: significa afrouxar. Termo muito utilizado na pesca quando o peixe fisgado não interessava.

Uma mania caiçara é jogar marimba na palha do coqueiro para esconder-pindurar garrafa de cachaça.

Fonte: Anderson Pontes “Fumaria”

Conhece mais termos?

Encaminhe e publicamos!

O Peixe com Banana é um prato típico da Ilha Grande.

Em entrevista com Dona Dílcelina Maria do Rosário, descobrimos um pouco mais do preparo desse prato.

Segue aqui os ingredientes e a receita, esperamos que goste!

Ingredientes:

Peixe (Garoupa, Corvina, Cação, Cavala ou Dourado), banana, pimentão, tomate, cebola, alho, óleo, sal à gosto, limão e cheiro verde

Expressões Palavras e Manias Badjeco Caiçaras

Peixe com Banana

Espaço Badjeco

Modo de preparo:

Tempere o peixe com limão, óleo e sal.Refolgue a cebola, pimentão e o tomate.Bote um pouco de colorau e deixe o peixe cozinhar com pouca água.Quando o peixe estiver quase pronto, coloque a banana em fatias (alguns colocam inteira).Abafe a panela e deixe cozinhar por vinte minutos. Depois que o peixe estiver cozido transfira-o para uma travessa ou um refratário. O caldo pode ser utilizado para fazer um pirão. Sirva com arroz!

Breno Oliveira, Matheus, Carlos Henrique, Marcelino e Marcelo Rodrigues

Foto: Acervo Lua e Mar

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O Jornal Voz Nativa nasceu em 2002, numa

parceria entre a Brigada Mirim Ecológica da

Ilha Grande, o Colégio Estadual Brigadeiro

Nóbrega e a Universidade Estadual do

Rio de Janeiro – UERJ. Era então uma

iniciativa de Educação Ambiental que se

propunha a dialogar temas do cotidiano

da Ilha com os jovens da Vila do Abraão.

A Voz Nativa se manifestou então num

jornal jovem, que tinha

como intensão colocar

a voz da moçada dar

visibilidade às opiniões,

críticas e perspectivas do

jovens nativos sobre os

assuntos da Ilha Grande.

Doze anos depois, o Jornal Voz Nativa se

tornou um projeto de Formação Profissional

para a Ilha Grande, coordenado pela

Associação Civil Alternativa Terrazul e pelo

Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento

Social – LTDS, da Universidade Federal do Rio

de Janeiro – UFRJ, sendo possível através

do patrocínio da Petrobras.

Hoje o objetivo do Projeto Voz Nativa é

oferecer cursos de Formação Profissional

em Turismo para os jovens moradores da

Ilha Grande, promovendo oportunidade de

qualificação e apoiando o empreendedorismo

dos moradores locais. Para isso, o

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projeto se organiza em três linhas de

ação: 1) oferecendo cursos de turismo,

meio ambiente e inglês; 2) promovendo

a publicação do Jornal Voz Nativa; e 3)

promovendo com os jovens eventos que

valorizem a cultura local e um Turismo de

Base Comunitária em toda a Ilha Grande.

O Terrazul e o LTDS pretendem oferecer

diversos cursos em parcerias locais que

atendam as demandas identificadas nas

comunidades da Ilha, podendo assim apoiar

os moradores nos temas de seu interesse.

Para isso, é importante identificar o que

os jovens e moradores locais estão

necessitando e quais as parcerias que podem

ser oferecidas por outras instituições.

Por isso, tão importante ouvir os desejos

e demandas locais!

O Projeto Voz Nativa é realizado na Ilha

com a parceria da Brigada Mirim Ecológica

da Ilha Grande, do Colégio Estadual

Brigadeiro Nóbrega (Vila do Abraão), do

Parque Estadual da Ilha Grande (INEA) e do

Ponto de Cultura Arena Cultural.

O Voz Nativa funciona na sede do Terrazul

na Vila do Abraão. Conta com sala de aula,

escritório, espaço para palestras, cinema

e atividades livres, além de alojamentos

para professores e estudantes, tudo

juntinho a Mata Atlântica!

Foto: Marcio Ranauro

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CURSOS OFERECIDOS

- Turismo de Base Comunitária e o Meio Ambiente da Ilha Grande

- Atendimento ao Público e Hospitalidade

- Condução de Visitantes em Passeios Marinhos e Terrestres

- Agenciamento de Passeios e Viagens

- Gestão de Pousadas e afins

- Gestão de Restaurantes

- Interpretação do Patrimônio

- Bioarquitetura Caiçara

- Mídias Comunitárias

- Inglês

E MUITO MAIS...

A Educação Ambiental deveria ser inserida já no ensino fundamental como uma disciplina, principalmente em áreas onde existem unidades de conservação, como a Ilha Grande. A Educação Ambiental tem um papel muito importante na vida do cidadão e tem destaque no mundo contemporâneo por sua importância na relação homem e meio ambiente.

Na atual realidade de nosso planeta o ser humano criou uma ligação com a natureza de diversas formas, seja como um simples cidadão, que mesmo sem saber da importância da conservação para sua sobrevivência respeita a natureza como crença. Cito como exemplo as religiões que têm na natureza suas respresentações, seja pelo cidadão que usufrui do meio em que vive de forma sustentável e consciente e também para os pesquisadores e educadores que estão diretamente ligados à questão.

Por este motivo que a educação ambiental está ligada diretamente a mudança social, pois inserida em diversos setores da sociedade como, sociedade civil,

Educação Ambiental como disciplina nas escolas e voltada para a mudança social!

economia, política, cultura e educação, mexe com todos e seus atores são diversos. Por isso, se persiste na abordagem interdisciplinar, pois há muitos setores da sociedade envolvidos no tema, mesmo que na maioria dos casos de forma tímida. A Educação Ambiental é de suma importância para todos.

O envolvimento deve ser amplo e englobando as ciências humanas, sociais, exatas, tecnologia e é claro a educação. Dessa forma é possivel ter uma equilíbrio entre o ser humano e o nosso planeta. Vamos pensar mais sobre nosso relacionamento com o meio em que vivemos. Ao inserir a Educação Ambiental na grade de disciplinas, já para as crianças do ensino fundamental, com certeza vai viabilizar uma relação mais benéfica entre ser humano e o meio em que vive.

Waldeck S Tenorio

Guia Turístico Caiçara

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Por volta de 10 mil anos atrás, as transformações da natureza foram responsáveis pelo deslocamento das populações que habitavam o continente americano. A elevação dos níveis de temperatura e dos oceanos motivou os homens dessa época a se deslocarem para as regiões litorâneas da América. A presença humana nessas localidades foi comprovada por meio de aglomerados de conchas e restos de peixes com alguns metros de altura.

O nome desse tipo de formação calcária ficou conhecido como sambaqui, termo em tupi que significa “monte de conchas”. A tese mais comum sobre a existência dos sambaquis explica que a sucessão de comunidades litorâneas foi responsável pela acumulação de conchas, ossos de peixes e outros restos de alimento próximos a vestígios de casas e ossadas humanas. Sabe-se que os sambaquieiros, de norte a sul do Brasil, eram pescadores, juntavam conchas, construíam morros e ali enterravam seus mortos. Mas desde a função dos sambaquis até as habilidades manuais desses grupos, passando por rituais de sepultamento e de manejo de vegetais, há diferenças marcantes de uma região para outra.

No Rio de Janeiro, os grupos fabricavam lâminas de machado, pontas de lanças e outras, utilizadas para a pesca. No sítio Ilhote do Leste, na Ilha Grande, Maria Cristina Tenório, arqueóloga do Museu Nacional, estima que teriam sido polidas mais de 200 mil pedras para servirem como lâminas. Ainda hoje, caminhando na região, pela praia do Aventureiro, podem ser vistos os blocos de pedra usados para fabricar essas ferramentas. Como não há sinais de

conflitos internos ou com outros grupos, acredita-se que essas ferramentas serviam para cortar a madeira para a construção de canoas e cabanas, ou em trocas com grupos de outros sambaquis próximos.

A formação dessas comunidades corresponde à transformação dos hábitos alimentares do homem pré-histórico das Américas. Com o passar do tempo, a caça e a coleta perderam espaço para uma dieta marcada pelo sistemático consumo de peixes, crustáceos e outros frutos do mar. Nos terrenos próximos aos sambaquis, foi comprovado, através de achados, que suas comunidades desenvolveram o artesanato, a escultura e trabalharam com a pedra polida ( que era feito com água, areia e pedra na pedra).

No Brasil, os Sambaquis podem ser encontrados ao longo do litoral nordestino, no Rio de Janeiro , em São Paulo, e em outras partes do litoral gaúcho. Os maiores sambaquis brasileiros foram encontrados nas cidades de São Francisco do Sul, Jaguaruna, Laguna e Garuva, no estado de Santa Catarina, onde temos formações com 30 metros de altura e 400 metros de extensão. O mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado no Vale do Ribeira, em São Paulo, e tem aproximadamente nove mil anos de existência. Mais do que reportar um dado do passado, a pesquisa sobre os sambaquis traça o surgimento e os deslocamentos humanos nas Américas, responsáveis pelas transformações ocorridas até os dias atuais.

Júnior Barros ( texto e foto)

Bibliografia: http://guiadoestudante.abril.com.br/

Os Sambaquis da Ilha Grande

Praia de Dois Rios – Vestígios da presença dos Sambaquieiros

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O Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG), segundo maior parque insular do Brasil, está localizado no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. Foi criado na década de 70, quando ainda funcionava na ilha o Instituto Penal Cândido Mendes. Com a demolição do instituto,

em 1994, registrou-se um aumento da visitação por turistas brasileiros e estrangeiros.

Considerado o segundo Parque Estadual mais visitado do Rio de Janeiro, o PEIG conta com praias, além de costões rochosos, florestas, restingas, manguezais, rios, cachoeiras, lagoas, construções históricas e mais de 30 quilômetros de trilhas.

A Ilha Grande é reconhecida pela UNESCO como um importante remanescente de Mata Atlântica, fato também reconhecido pela revista americana de turismo e viagens National Geographic Traveller, que a colocou em 30º lugar no ranking das 111 ilhas mais preservadas do planeta.

Há vestígios da ocupação pré-histórica na ilha que datam de aproximadamente três mil anos e são confirmados pela presença de sambaquis e rochas próximas a cursos de água, com cavidades onde eram afiados e amolados os machados e outras ferramentas de pedra.

Com uma área de 12.052 hectares, o Parque é coberto pela Mata Atlântica e é possível encontrar a floresta primária nas grandes altitudes da ilha. Mais de 90% da área do Parque é coberta por florestas e o restante divide-se em áreas de restingas, brejos, manguezais e vegetação sobre afloramento rochoso. Entre os representantes da flora pode-se observar o cobi (Anadenanthera colubrina), jacatirão (Miconia cinnamomifolia), guapuruvu (schizolobium parahyba), ipê amarelo (Tabebuia sp.) e outros. A flora é composta por mais de 230 espécies de árvores, além de diversas espécies de arbustos, cipós, trepadeiras, bromélias, orquídeas, ervas, samambaias, líquens, musgos e fungos.

O animal símbolo do PEIG é o bugio (Alouatta guariba), também conhecido como guariba ou barbado. Na avifauna destacam-se espécies como o

O Parque Estadual da Ilha Grande - PEIG

tangará dançarino (Chiroxiphia caudata), araponga (Procnias nudicollis), pavó (Pyroderus scutatus), tiriba (Phyrrura sp.), martim-pescador (Megaceryle torquata) e bacurau (Hydropsalis albicollis). Nas regiões praianas ou junto ao mangue são comuns socó (Nycticorax nycticorax), atobá (Sula leucogaster) e tesourão (Fregata magnifecens).

Além do PEIG, a Ilha Grande conta ainda com outras unidades de conservação (UCs) geridas pelo INEA, formando um refúgio natural para espécies da fauna e flora da Mata Atlântica.

Existem várias comunidades no entorno do Parque e parte dos moradores descende de europeus, índios e outros. Uma parte da população da Ilha é formada também por ex-funcionários e ex-detentos dos antigos presídios. A pesca, que em outras épocas representou a principal fonte de renda dos moradores da Ilha, foi parcialmente substituída pela atividade turística. Nos últimos anos, a Ilha acolheu novos moradores vindo do continente. Novos e antigos moradores querem ver uma Ilha Grande melhor e a conservação da natureza é parte essencial deste processo.

O Parque preserva a flora e fauna de um importante e ameaçado bioma, a Mata Atlântica, e contribui para a manutenção da variabilidade genética das suas espécies. É um direito e um dever de todos preservarem o meio ambiente para hoje e para as gerações futuras.

Sugestões de pauta, curiosidades, eventos a divulgar, reclamações, críticas e sugestões: [email protected]; [email protected]

Foto: Robson Quintino

Foto: PEIG

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Venho refletindo sobre a cultura na comunidade onde moro, onde trabalho como agente cultural, Vila do Abraão na Ilha Grande, Angra dos Reis RJ.

A cultura e a identidade de um povo!

Pois bem! Se perguntarmos a qualquer um que está trabalhando na atual economia do turismo local, qual é a cultura da Ilha Grande? Arrisco a dizer que a resposta seria: não sei!

Se perguntarmos a um adolescente ou jovem da Ilha, a mesma questão, muitos ficariam estarrecidos procurando o que responder.

A grande verdade é que sem identidade cultural não haverá sentimento de pertencimento regional, não há valor sobre o território no qual você mora.

Podemos proporcionar a melhor formação intelectual, conscientização ambiental, qualificação profissional, oferecer as melhores condições de vida, que nada adianta, se não tivermos este sentimento de pertencimento territorial.

Esta é a primeira coisa que uma sociedade precisa ter para que possamos proporcionar o empoderamento social cultural e econômico.

Como fazer???

Eu não tenho a fórmula.

Mas algumas coisas bem simples podem ajudar a promover uma reformulação do nosso entorno.

As visitas monitoradas no Circuito Abraão acontecem as terças e quintas, as 10:00 e as 15:00 horas com objetivo de transmitir conhecimentos sobre o PEIG; incentivando a prática de caminhadas ecológicas e despertando o interesse pelo convívio com a natureza.

Venha desfrutar do ar puro, da tranquilidade e da beleza que o PEIG oferece. Agende sua visita na sede do PEIG ou pelos telefones: (24) 3361-5540/ 3361-5800.

Identidade CulturalAcho que estamos apontando muito para os outros os problemas que estão acontecendo com os nossos jovens nos dias de hoje.

A culpa é da escola? do governo? do sistema? de quem será? Você também tem sua parcela de culpa sim!

Poderíamos contribuir com pequenas ações na formação social e cultural dentro da nossa comunidade.

Pois é! Aquela reunião de família, um almoço ou jantar com os nossos filhos e avós para lembrar de nossos costumes e histórias vividas, momentos inesquecíveis, também de muitas dificuldades e superação, que uniram ainda mais nossos familiares.

A quanto tempo não acontecem?

Poderia citar outros exemplos, mas vou deixar você refletir sobre o que poderia fazer para que seus pais, avós, filhos e amigos poderia obter tais informações para ter esta identidade cultural.

atenciosamente.

Adriano Fabio da Guia

Prof. Capoeira

Coordenador do Centro Cultural Constantino Cokotós

Visitas Guiadas no PEIGCircuito Abraão

Foto: Arena Cultural

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O escritório regional do Sebrae/RJ de Angra dos Reis está promovendo cinco oficinas gratuitas na Ilha Grande. Trata-se do programa de Oficinas SEI, destinadas aos MEIs, modalidade empresarial que mais cresce no país. As oficinas visam capacitar o microempreendedor individual para aprimorar a gerência do seu negócio.

Na Ilha Grande, as oficinas acontecem em parceria com a Casa da Cultura da Vila do Abraão, cada dia com um tema diferente. Confira a programação!

As oficinas são gratuitas e as vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas pelos telefones 0800-570-0800 ou (24) 3365—2799. Para maiores informações, o Sebrae realiza Plantão de Atendimento na Ilha Grande todas as terças-feiras, na Subprefeitura do Abraão, das 10h as 16:30h.

Sobre o MEI:

A criação do MEI (Microempreendedor Individual) permite a formalização de pessoas que atuam por conta própria e faturam até R$ 60 mil por ano. No total, são 473 atividades que podem se cadastrar como MEI. Os tributos a serem pagos variam conforme a categoria profissional - em média, ficam em torno de R$ 40,00 (quarenta reais) por mês. Ao se formalizar, o empreendedor pode emitir nota fiscal e participar de licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos e fazer vendas por meio de máquinas de cartão de crédito. As principais atividades formalizadas estão nos setores de comércio varejista, atividades de turismo, fornecimento de alimentação, profissionais autônomos como cabeleireiros, manicures, pedreiros, entre muitos outros.

Confira a programação das Oficinas SEI na Ilha Grande:

1ª Oficina - SEI Empreender

Objetivo: reconhecer as atitudes empreendedoras praticadas no seu negócio, de modo a atribuir a si mesmo a responsabilidade pelas decisões tomadas.

Descobrir e aplicar o seu potencial empreendedor, para o fortalecimento do negócio.

2ª Oficina - SEI Planejar

Objetivo: compreender a importância do planejamento para que a atividade empreendedora gere resultados satisfatórios. O planejamento de ações de forma ordenada e articulada contribui para o aumento das vendas de seus produtos e serviços, com qualidade e preços atrativos, permitindo: o domínio do processo de organização do seu negócio; e a aplicação das ferramentas de planejamento para melhorar o desempenho do empreendimento, com aumento de competitividade, de modo sustentável.

3ª Oficina - SEI Controlar meu dinheiro

Objetivo: compreender a forma de utilização do controle de caixa no seu dia a dia empresarial; reconhecer a importância de se efetuar o controle diário de entradas e saídas de sua empresa; e elaborar o controle diário de entradas e saídas de sua empresa.

4ª Oficina - SEI Comprar

Objetivo: Aprender a negociar com fornecedores: qualidade, preço e prazo. Compreender a importância dos elementos que envolvem o processo de compras para assegurar os melhores resultados no seu negócio; predispor-se a realizar compras planejadas, objetivando melhores resultados; selecionar, criteriosamente, o que deverá ser comprado, considerando inclusive a procedência e mantendo bons relacionamentos com os fornecedores; e negociar para obter bons preços e prazos com foco no processo ganha-ganha.

5ª Oficina - SEI Vender

Objetivo: Aprender a calcular o valor ideal de seu produto e alcançar mais clientes. Contribuir para que o empreendedor individual pense nas suas vendas adotando o composto de marketing, com vistas a entender as necessidades do mercado e ampliar as possibilidades de crescimento do seu negócio.

Sebrae/RJ promove Oficinas SEI na Ilha Grande

Empreendedorismo

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Matrículas abertas para o 2º semestre de 2014 no Nova Educação de Jovens e Adultos (NEJA), destinado a novos alunos acima de 18 anos que desejam concluir o Ensino Médio.

Horário das aulas: De 2ª Feira a 6ª Feira, das 19h às 22:50.

Para realizar a matrícula ou mais informações procurar a secretaria do Colégio Estadual Brigadeiro Nóbrega, das 9h às 12h e das 18:30 às 21:30. Telefone: (24) 3361-5296

O Conselho Consultivo do PEIG é um instrumento de gestão previsto pela Lei 9.985/2000, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), Decreto 4.340/2002. Ressalte-se que o conselho é entendido “como espaço legalmente constituídos e legítimos para o exercício do controle social na gestão do patrimônio natural e cultural, e não apenas como instância de consulta da chefia da UC. O seu fortalecimento é um pressuposto para o cumprimento da função social de cada UC.”.

Estão todos convidados!

Calendário das próximas reuniões do Conselho Consultivo do PEIG para 2014.

26 Agosto / 21 Outubro / 02 Dezembro

Aviso importante da Secretaria do Colégio Estadual Brigadeiro Nóbrega

Participem do Conselho Consultivo do PEIG!

Projeto Voz NativaCursos Programados para Setembro e Outubro

- Introdução ao Turismo de Base Comunitária e o Meio Ambiente da Ilha Grande

- Oficina de Desenvolvimento do Blog Voz Nativa

- Curso de Agenciamento de Passeios e Viagens

- Oficina de Bioarquitetura Caiçara com o Instituto Tibá

As datas serão divulgadas na página “Voz Nativa - Ilha Grande” no Facebook!

Havendo alunos interessados nas diversas praias da ilha, ligar para o telefone (24) 99903-5776.

O Projeto Voz Nativa está em busca de parceria para a realização do curso de Marinheiro Auxiliar de Convés - MAC na Vila do Abraão. Pré-inscrição e critérios de seleção às vagas, visitar o Espaço Voz Nativa!

Programação

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Nasci por força do destinoNum cantinho discreto,De uma verdadeira obraDa natureza.Nasci e cresci num paraíso,Eu vivia cercado de lindas praias,Arvores e cachoeiras de águasLimpas e cristalinas.Mar azul, peixe em fartura,Pássaros cantando ao amanhecer,E cigarras ao anoitecer.O tempo foi passando, fui envelhecendoE o progresso desordenado foi aparecendo,A luz do lampião sumiu,Fogão a lenha acabou, a cachoeira secou,O rio em esgoto se transformou.As praias tão lindas o homem se apoderou,As árvores o empresário derrubou,E o peixe que era tão fartoNem para o pescador sobrou.E hoje me pergunto,Onde é que eu estou?O paraíso que para mim era um sonhoEm pesadelo se transformou.E eu quem sou?Sou um velho caiçaraQue vive nesse paraíso que sempre amou,Que em forma de poesiaFez seu protesto e desabafou.

Iordan Oliveira do RosárioSetembro de 2002

O Meu Paraíso

Foto: Marcio Ranauro

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O Projeto Voz Nativa agradece aos parceiros, pessoas e instituições, pela força e contribuição nas atividades de inicio do Projeto:

Rodrigo Oliveira, Luíz Henrique e todos os Brigadistas da Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande; Anderson Pontes, Davi, Carol, Leila, Marcele e todos os professores do Colégio Estadual Brigadeiro Nóbrega; Luís Claudio do Colégio Estadual Pedro Soares; Andrea Varga Professora de Inglês; Prem Jayati Instrutora de Yoga; Adriano Fabio da Guia do Casarão de Cultural Constantino Cokotós; Sandro Munis e todos os funcionários do Parque Estadual da Ilha Grande / INEA; Nelson Palma e Karen Garcia do Jornal O Eco; Janete Ribeiro Mota da Petrobras; Fred da Pousada Caiçara; Fabiano, Nildo e todos da Agência Objetiva; Leo e o apoio da Internet Connect; Iordam e Bebeto empreiteiros locais; Neuseli Cardoso Professora; Rosane Manhães Prado e seus alunos da UERJ; Waldeck Tenório e Júnior Barros, parceiros e Guias Turísticos; Ivan Bursztyn, André da Paz, Camilo Papi, Eloise Botelho, Gabriel Bursztyn, Silvia Noronha e todos os professores do LTDS/UFRJ; Dani Borges, Natalia Padalko, Victor Palaci e toda moçada IDEARIA; Equipe NBS; Ana Laíse, Beatriz Luz e Eduardo Garcia assistentes do Projeto Voz Nativa; Edivaldo – Vidraceiro; Bar do Nego; Erasmo do Bar Sinuca; Cantinho do Bicão; Idíliio Materiais de Construção; Mônica do Hostel Bambu; Teresa Guimarães, Maracy Guimarães, Ivana Ribeiro, Gustavo Melo, Gregor Sales, Raissa Mirela, Gabriela Peixoto, Eliane Marques, Mariza Passos, Chris Alcantara, Gleice Coelho, Andreia Melo e todos os apoiadores e voluntários do projeto.

Agradecimentos

Devido ao grande número de turistas que vem para Ilha Grande todos os dias, a população em nossas praias também vem aumentando. Se não cuidarmos deste paraíso, não perderemos só o nosso lar, mas também o meio de sustento de muitos moradores.

As belezas vistas na Ilha não são encontradas com muita facilidade no resto do mundo e por isso devemos dar mais valor ao que temos. Se o maior número de trabalhadores está no turismo, o certo seria preservarmos o meio de sustento de muitos moradores. Infelizmente isso não vem acontecendo...

A população não está conscientizando os turistas dos cuidados com a Ilha Grande!

Essa é apenas uma visão crítica de jovens moradores. Queremos apenas abrir os olhos de todos para que nosso belíssimo lar não seja destruído.

Allexia Leticia, Raizza Tavares, Luana Braz e Fabiana Costa

Espaço reservado para a matéria, crônica, poesia, foto, crítica, sugestão, divulgação... que você ainda não enviou!

Convidamos todos os jovens e moradores da Ilha Grande a enviarem suas matérias e representar a realidade de

todas as praias.

As matérias podem ser encaminhadas para o email:

[email protected]

Visite o Espaço Voz Nativa e Participe!

Paraíso?

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ProjetoJuventudeProtagonistaIlha Grande