Jornal Setembro 2011

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CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília CORREIOS Jornal da Casa do Ceará Ano XXII - 231 - Setembro de 2011 Ceará em Brasília www.casadoCeará.org.br Ceará em Brasília Editorial, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág.2 Expediente,pág.2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá, Praça do Ferreira, pág. 3 Pesquisa da Câmara mostra que 95% da população aprova a Lei Maria da Penha, pág.4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág.4 Unilab de Redenção estará consolidada em cinco anos, pág. 5 Governador Cid Gomes autoriza realização de concursos públicos, pág 5 O último choro do mestre Alencar Sete Cordas, pág. 5 Anúncio da Marquise, pág.5 Leituras I - Chagas,o bom companheiro, de Lustosa da Costa, pag.6 A cara de cearense e as outras caras em Os Cearenses Internacionais, pág. 6 Leituras II - Ceará Moleque, de Nelson Faheina, pág. 6 Leituras III - Pega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezenses, de Wilson Ibiapina, pág. 7 Ceará realiza 885 transplantes este ano e já supera o ano todo de 2010, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pag 7 Documento - Artista Plástico George Macário inaugura Galeria de Arte de padrão Internacional no Crato, pag. 8 Cearense vai desenvolver os robôs espaciais da Nasa, pág.8 Leituras IV - Use a cabeça, voa pela Real- Aerovias, de José Colombo de Souza Filho, pág. 9 &DL[D Mi OLEHURX 5 PLOK}HV HP ¿QDQFLDPHQWR LPRELOLiULR QR &HDUi SiJ PIB do Ceará cresce 4,42% no 2º trimestre e supera o nacional,. pág 9 Ceará é o segundo Estado que mais realiza transplante de coração,. pág 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, pág. 10 e 11 Leituras V - O Menino do Choró, Retalhos de Lembranças, A Casa de Farinha, de José Wilson Pereira , pág. 12 BNB injetou R$ 1,6 bilhão na economia cearense no 1º semestre , pag. 12 Ceará bate recorde de exportações com U$ 3,4 bilhões, pág. 12 Leituras VI - Quem matou o sargento Galego ? artigo de Newton Pedrosa, pág. 12 Leituras VII - Como o Ceará libertou seus 30 mil escravos, de JB Serra e Gurgel pág.13 Leituras VIII, Humor Negro & Branco Humor, pág. 13 Anúncio da Confere, da Confederal, pag. 14 Anúncio da Nacional Gás, pag. 16 Deputado critica discriminação, pág.17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág.17 Página da Mulher - Artigo de Regina Stella, Um mercenário a caminho - Receitas Nordestinas testadas e aprovadas, de Raimunda Ceará Serra Azul - Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa médicos, pág. 18 Mucuripe terá novo terminal de passageiros e carga, pág. 20 Regiões litorâneas e sertão recebem melhorias rodoviárias , pág. 20 &LG *RPHV LQDXJXUD (VFROD GH (GXFDomR 3UR¿VVLRQDO HP &DPRFLP SiJ Anúncio do Beach Park, pag. 20 Leia nesta edição Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano. Leia mais na pág. 19 Casa do Ceará tem nova Diretoria e Conselho Fiscal para o período 2011/2015. Leia mais na pág. 17 Bruno Pedrosa, uma referência do Ceará, do Riacho do Machado (Lavras da Mangabeira),virou o mundo pelo avesso, saiu do Ceará, mas o Ceará não saiu dele. Exposição sobre sua obra será inaugurada dia .10 na Unifor, em Fortaleza. Leia mais na pág. 15 Homenagem de Geraldo Vasconcelos e sra. ao Ministro e sra. Ubiratan Aguiar, que se aposentou no TCU . Leia mais na pág. 16 Fernando César Mesquita 1º Vice José Sampaio de Lacerda Junior Evandro Pedro Pinto Luiz Gonzaga de Assis Planejamento e Orçamento João Rodrigues Neto Jurídico Maria Aurea Magalhães Promoção Social Francisco Machado da Silva Saúde Angela Barbosa Parente Obras JB Serra e Gurgel Comunicação Social Osmar Alves de Melo Presidente Fernando Gurgel Educação e Cultura A posse de Edmilson Caminha (Fortaleza) na Academia de Letras do Brasil. O escritor Edmilson Caminha (Fortaleza) tomou posse em 23.09 na cadeira 26 (cujo patrono é Carlos Drummond de Andrade) da Academia de Letras do Brasil. A solenidade ocorreu na sede da Associação Nacional de Escritores (ANE), conduzida pelo Ministro Fontes de Alencar, Presidente da ALB. A saudação foi proferida pelo acadêmico Fabio de Sousa Coutinho. Na última foto, veem-se, da esquerda para a direita, os acadêmicos Danilo Gomes, Alaor Barbosa, Anderson Braga Horta, Afonso Ligório, Fontes de Alencar, Kori Bolívia, João Carlos Taveira, Fabio de Sousa Coutinho, Edmílson Caminha, José Jeronymo Rivera e Flávio Kothe. 20

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Jornal da Casa do Ceará

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CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXII - 231 - Setembro de 2011

Ceará em Brasíliawww.casadoCeará.org.br

Ceará em Brasília

Editorial, pág. 2Espaço Luciano Barreira, pág.2Expediente,pág.2Conversando com o Leitor, pág. 2Samburá, Praça do Ferreira, pág. 3Pesquisa da Câmara mostra que 95% da população aprova a Lei Maria da Penha, pág.4Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág.4Unilab de Redenção estará consolidada em cinco anos, pág. 5Governador Cid Gomes autoriza realização de concursos públicos, pág 5 O último choro do mestre Alencar Sete Cordas, pág. 5Anúncio da Marquise, pág.5Leituras I - Chagas,o bom companheiro, de Lustosa da Costa, pag.6A cara de cearense e as outras caras em Os Cearenses Internacionais, pág. 6Leituras II - Ceará Moleque, de Nelson Faheina, pág. 6Leituras III - Pega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezenses, de Wilson Ibiapina, pág. 7Ceará realiza 885 transplantes este ano e já supera o ano todo de 2010, pág. 7Anúncio do Uniceub, pag 7Documento - Artista Plástico George Macário inaugura Galeria de Arte de padrão Internacional

no Crato, pag. 8Cearense vai desenvolver os robôs espaciais da Nasa, pág.8Leituras IV - Use a cabeça, voa pela Real- Aerovias, de José Colombo de Souza Filho, pág. 9

PIB do Ceará cresce 4,42% no 2º trimestre e supera o nacional,. pág 9Ceará é o segundo Estado que mais realiza transplante de coração,. pág 9Anúncio do Governo do Estado do Ceará, pág. 10 e 11Leituras V - O Menino do Choró, Retalhos de Lembranças, A Casa de Farinha, de José Wilson Pereira , pág. 12BNB injetou R$ 1,6 bilhão na economia cearense no 1º semestre , pag. 12Ceará bate recorde de exportações com U$ 3,4 bilhões, pág. 12Leituras VI - Quem matou o sargento Galego ? artigo de Newton Pedrosa, pág. 12Leituras VII - Como o Ceará libertou seus 30 mil escravos, de JB Serra e Gurgel pág.13Leituras VIII, Humor Negro & Branco Humor, pág. 13Anúncio da Confere, da Confederal, pag. 14Anúncio da Nacional Gás, pag. 16Deputado critica discriminação, pág.17Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág.17Página da Mulher - Artigo de Regina Stella, Um mercenário a caminho - Receitas Nordestinas

testadas e aprovadas, de Raimunda Ceará Serra Azul - Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa médicos, pág. 18

Mucuripe terá novo terminal de passageiros e carga, pág. 20Regiões litorâneas e sertão recebem melhorias rodoviárias , pág. 20

Anúncio do Beach Park, pag. 20

Leia nesta edição Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano. Leia mais na pág. 19

Casa do Ceará tem nova Diretoria e Conselho Fiscal para o período 2011/2015. Leia mais na pág. 17

Bruno Pedrosa, uma referência do Ceará, do Riacho do Machado (Lavras da Mangabeira),virou o mundo pelo avesso, saiu do Ceará, mas o Ceará não saiu dele. Exposição sobre sua obra será inaugurada dia .10 na Unifor, em Fortaleza. Leia mais na pág. 15

Homenagem de Geraldo Vasconcelos e sra. ao Ministro e sra. Ubiratan Aguiar, que se aposentou no TCU . Leia mais na pág. 16

Fernando César Mesquita1º Vice

José Sampaio de Lacerda Junior

Evandro Pedro Pinto Luiz Gonzaga de AssisPlanejamento e Orçamento

João Rodrigues NetoJurídico

Maria Aurea MagalhãesPromoção Social

Francisco Machado da SilvaSaúde

Angela Barbosa ParenteObras

JB Serra e GurgelComunicação Social

Osmar Alves de MeloPresidente

Fernando GurgelEducação e Cultura

A posse de Edmilson Caminha (Fortaleza) na Academia de Letras do Brasil.O escritor Edmilson Caminha (Fortaleza) tomou posse em 23.09 na cadeira 26 (cujo patrono é Carlos Drummond de Andrade) da Academia de Letras do Brasil. A solenidade

ocorreu na sede da Associação Nacional de Escritores (ANE), conduzida pelo Ministro Fontes de Alencar, Presidente da ALB. A saudação foi proferida pelo acadêmico Fabio de Sousa Coutinho. Na última foto, veem-se, da esquerda para a direita, os acadêmicos Danilo Gomes, Alaor Barbosa, Anderson Braga Horta, Afonso Ligório, Fontes de Alencar,

Kori Bolívia, João Carlos Taveira, Fabio de Sousa Coutinho, Edmílson Caminha, José Jeronymo Rivera e Flávio Kothe.

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Ceará em Brasília2Setembro/11

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

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A Administração de Brasília esta aprovando o Projeto Fausto Nilo. Há quatro anos, quando o Fernando César Mesquita tomou posse na presidên-cia da Casa ele deu partida conseguindo apoio do Governador Cid Gomes, presidente de honra da Casa para que pudéssemos elaborar o projeto.

Acreditamos que outros quatro anos serão necessá-rios para implementação do Projeto.

Os seis mil metros quadrados de área construída nos 30 mil metros atuais da Casa serão substituídos por 12 mil metros numa das duas glebas de 15 mil metros.

mantiveram presentes no cotidiano de Brasília. Na verdade a duras penas, com o sacrifício pessoal de Chrisantho Moreira da Rocha, Álvaro Lins, Mary Pessoa, José Jezer e Fernando César Mesquita.

Casa funcionando, matando um leão por dia. As unidades existentes estão exauridas, acanhadas, degradadas pelo tempo. Se distanciaram dos cearenses e dos brasilienses.

A nova Casa marcará a refundação para mais 50 anos. Nos inserirá no projeto turístico, urbanístico e paisagístico de Brasília, com uma arquitetura que é marco da criatividade, da ousadia e da capacidade dos cearenses. Não custa esperar. Com a nova Casa, nascerá um novo modelo de gestão com uso administra-

que não se precise de rodar o pires para obter recursos.

mento da União, do Ceará e do Distrito Federal.Estamos dispostos a disputar o mercado com serviços

assistência social aos mais necessitados, cearenses ou não,

espaços adequados. Nossas instalações estarão abertas para eventos grandes, médios e pequenos, convenções, congressos, batizados, casamentos, bodas.

A nova Casa do Ceará, por outro lado, pretende operar, em convênios, com outras instituições, levando nossos serviço as populações das cidades satélites.

Inacio de Almeira (Baturité),jornalista, diretor

Expediente

Conversando com o Leitor + Recebemos O Jornal da Associação Nacional dos

Escritores, sediada em Brasília, com artigos de Danilo Gomes, João Carlos Taveira, Nonato Silva, Fernando Py, M, Paulo Nunes. Manoel Hygino dos Santos, Tereza Fleuri de Queiroz. Edmilson Caminha, Ruy Vale, José Peixoto Junior Anderson Braga Horta, Jarbas Maranhão, Ronaldo Cagiano, Fabio Lucas, Lina Tâmega Peixoto, Fabio de Sousa Coutinho e Marco-Aurélio Pessoa.

+ Chegamos a 112 mil visitas acumuladas em 12 meses na nossa página na internet: www.casadoceara.org.br

+ No mês de agosto, tivemos 4.776 visitantes de 13 países e de 83 cidades.

+ Entre os 13 países, estão Estados Unidos, Portugal, Espanha, Holanda, Romênia, França, Namíbia e Itália.

+ Entre as 93 cidades, Brasília, Fortaleza, São Pau-lo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Caucaia, Goiânia, Salvador e Curitiba.

+ As páginas mais visitadas foram as de cursos, as-sistência médica e odontológica, Noticias, blogs.

+ O Sr. Donizete de Souza, de Lavras da Mangabeira, nos manda o Informativo O Grito das Águas, edições de junho e julho/2001 com artigos seus e manifestações de emancipação do distrito de Quitaús. Grato.

+ Recebemos ofício do presidente do Tribunal de Contas dos Municípos, José Marcio Feitosa, congratu-lando-se pela indicação de Fernando César Mesquita para o Troféu Seria de Ouro 2011.

+ Recebemos o Binóculo, edição de agosto de 2011, com artigos de Dimas Macedo, Antonio Robson Tavares Neves , Ernane Vitorino e Batista de Lima.

+ Haroldo Felinto nos manda Academus, órgão in-formativo da Academioa de Letras dos Municípios do Estado do Ceará, ALMECE, edições de julho/agosto 201º, novembro/dezembro 2010 e julho de 2011. Na edição de julho, a posse do novo acadêmico Adegildo Ferrer. Há um artigo de Haroldo Felinto sobre o Invento da Lamparina.

+ Concorrida a posse do escritor Edmilson Caminha, na Academia Nacional de Escritores, em Brasília. o Sr. Donizete de Souza, de Lavras da Mangabeira, nos manda o Informativo O Grito das Águas, edições de junho e julho/2001 com artigos seus e manifestações de emancipação do distrito de Quitaús. Grato.

+ Waldy Sombra (Limoeiro do Norte) nos mandou seu discurso de posse na Academia Limoeirense de Letras, seu clássico “Moreira Campos, professor de histórias e de amizades” e “Limoeiro, Tipos Populares”, com José Flavio Sombra Saraiva.

Espaço Luciano BarreiraDespedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.

Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma

dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...

O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio...

dela. O dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha

Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão

palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do

juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, “Kkk” pra cá, “www” pra lá.

Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebri-dade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou “tremendo de medo”. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...

Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.

Adeus, TremaTudo na vida é uma questão de ponto de vista...O camarada vai trabalhar numa obra, como ajudante de

pedreiro. Logo no primeiro dia, o mestre-de-obras chama-lhe a atenção:

- Ô, Vicente! Os outros serventes levam dez tijolos de cada vez! Por que você leva só cinco?

- Ah, o senhor sabe como tem gente folgada nesse mundo!... responde o trabalhador....- Eles têm preguiça de fazer duas viagens!!!

Essa quase ninguém acerta

de língua Portuguesa. Trata-se de um teste realizado em um curso na American Airlines. Na frase abaixo deverá ser colocado 1 ponto e 2 vírgulas para que a frase tenha sentido PENSE antes de ver a

Essa já é difícil para brasileiro. Imagine para americano...“ MARIA TOMA BANHO PORQUE SUA MÃE DISSE ELA

PEGUE A TOALHA.”Por favor, não olhe a resposta antes de tentar acertar, porque

assim não vale a Resposta Certa:Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha.A ‘pegadinha’ está no fato do uso do verbo suar, confundindo com

o pronome possessivo (sua).. A Língua Portuguesa é fogo, mesmo.Telegrama de divórcio. Uma mulher é transferida para trabalhar

em outra cidade. Depois de poucos dias, mandou um telegrama ao marido que dizia:

“FAVOR, ENVIAR URGENTE DOCUMENTOS PARA O DIVÓRCIO. ENCONTREI UM COMPANHEIRO IDEAL, QUE POSSUI AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO NOVO FORD FUSION”

Curioso, o marido vai a uma concessionária e pergunta ao ven-dedor quais as características do tal carro.

“É MAIS POTENTE, MAIS COMPRIDO, MAIS LARGO, MAIS RÁPIDO NA SUBIDA, MAISBONITO E NÃO BEBE MUITO.”

Duas semanas depois, é ela que recebe um telegrama do marido dizendo:

“MANDEI OS PAPÉIS DO DIVÓRCIO. ASSINE RÁPIDO!!!ENCONTREI UMA COMPANHEIRA IDEAL. REÚNE TO-

DAS AS QUALIDADES DA NOVA RANGER”Curiosa, a mulher vai à uma concessionária e pergunta sobre o

tal carro. O vendedor responde:“É MAIS RESISTENTE, SUPORTA MAIS PESO, TEM LU-

BRIFICAÇÃO AUTOMÁTICA, A CARROCERIA É NOVA E MAIS ARREDONDADA, É MAIS BONITA E CONFORTÁVEL, POSSUI AIR-BAG DUPLO EXTRA LARGE, MAIS SILEN-CIOSA, É MAIS ECONÔMICAE AINDA ACEITA ENGATE NA TRASEIRA.”

Conclusão: Não mexa com quem tá quieto.

Fundada em 15 de outubro de 1963Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e

Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)Diretoria

Presidente - Fernando César Moreira Mesquita (Fortaleza): Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), 1º vice; Nasion de Melo Ferreira (Fortaleza),

2º vice; Osmar Alves de Melo (Iguatú), Administração e Finança; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Planejamento e Orçamento; Regina Stela Stuart

Quintas (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara),

Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social,

e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.Conselho Fiscal

Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca);

Membros suplentes: Ciro Barreira Furtado (Baturité), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio).

Jornal da Casa do CearáFundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)

Conselho EditorialAry Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson

Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuição

Antonia Lúcia GuimarãesCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF

CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

Page 3: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Setembro/11

Desembargadora Edite BringelA corregedora geral da Jus-

tiça do Ceará, desembargadora Edite Bringel Olinda Alencar, participou do 57º Encontro Na-cional do Colégio de Corregedores Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal (Encoge). O juiz corregedor auxiliar Eduardo Scorsafava também participou do evento, em Araxá (MG). O evento prossegue até o dia 20. A solenidade de abertura do 57º Encoge foi presidida pelo presidente do Colégio de Corregedores Gerais, desembargador Bartolomeu Bueno. Em seguida, hou-ve palestra da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça sobre o tema “O papel do Poder Judiciário no desenvolvimento nacional”

Almanaque do JuazeiroO senador Eunício Oliveira recebeu da presidente do

grupo O Povo de Comunicação, Luciana Dummar, o almanaque com toda história dos 100 anos de fundação da cidade de Juazeiro do Norte. Eunício informou que vai solicitar a diretoria do senado que disponibilize a pu-blicação na biblioteca da Casa. “É importante que todos possam ter acesso a essa completa obra sobre a história de Juazeiro”, disse.

CarnaubeirasO deputado Rogério Aguiar cobrou na ALCE a

criação de uma frente em defesa das carnaubeiras do Estado, afetadas por duas pragas - Viúva Alegre e Boca de Leão. O assunto já foi tema de audiência pública no município de Marco. Admitiu que há seis meses vem percebendo que a planta vem sendo dizimada, com enorme prejuízo ao Estado. De acordo com ele, num raio de 50 hectares, foram detectadas cerca de 100 carnaubeiras mortas.

Mais vereadoresA Câmara Municipal de Fortaleza quer aumentar

o número de vereadores de acordo com a população do município, a partir da legislatura de 2013. Com a mudança, sobe dos atuais 41 para 43 o número de vereadores na Capital. Fortaleza, segundo censo de 2010, tem cerca de 2.452,185 habitantes, o que torna possível o Legislativo ter 43 parlamentares. Pela Constituição, os municípios com até 15 mil habitantes terão nove vereadores, enquanto os mu-nicípios com mais de 8 milhões de moradores terão 55 vereadores.

Raul BarbosaO Banco do Nordeste abriu em 20.08 a exposição

“Raul Barbosa 100 Anos”, com curadoria do professor Alexandre Barbalho, e lançou os livros “O Banco do Nordeste do Brasil e o Desenvolvimento Econômico da Região: seleção, organização e notas”, de Nilson Holanda e Maria Olímpia Xavier, e “Desenvolvimento Agrícola, Industrialização e Pobreza Rural no Nordeste: resgatando a história”, de Pedro Sisnando Leite. A homenagem ao centenário de nascimento do ex-presidente do Banco do Nordeste, ex-governador do Ceará e ex-deputado fede-ral se deu no acontecerão no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza.

SAMBURÁ - Praça do Ferreira O povo e JuazeiroPublicou Sonia Pi-

nheiro, em O POVO: “VIA requerimento do senador Inácio Arruda, a Câmara Alta home-nageou com prestigiada sessão solene o centená-rio de Juazeiro do Norte. E, no momento, a presi-dente do O POVO, jor-nalista Luciana Dummar, entregou a Inácio Arruda (ambos no clic) e demais senadores exemplares do Almanaque Juazeiro, com o selo do Grupo de Comunicação O POVO & Fundação Demócrito Rocha. No capítulo: na evolução da sessão solene, Arruda ressaltou que a contribuição do Cariri para o mundo e para o BR não se dá apenas pela cultura letrada e o vigor da economia da região “mas pelos tesouros valiosos da cultura popular local”.

Gerardo Fontelles José Gerardo Fontelles (Fortaleza) é o novo

secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com mais de 40 anos de serviço público federal assume o cargo pela 2ª. vez. A 1ª. foi entre maio de 2009 e março de 2011 –, Fontelles também atuou como técnico na Presidência da República e Ministérios da Indústria e Comércio, Planejamento e Fazenda, onde foi secretário-adjunto da Secretaria Especial de Abastecimento e Preços e coordenador-geral das Secretarias de Assuntos Econômicos e de Acompanhamento Econômico e assessor especial do Ministério para assuntos agríco-las.Nascido em Fortaleza, Gerardo Fontelles iniciou sua carreira no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), Em 1972, foi transferido para Brasília, tendo trabalhado na extinta Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), atual Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

M. Dias Branco é a 4ª do mundo Escreveu Egidio Serpa, no Diario do Nordeste: “Saiu

a última pesquisa World Pasta Market-Share Value, feita pelo Euromonitor sobre o mercado mundial de massas alimentícias: a líder é a italiana Barilla. Em segundo lugar, o Grupo Ebro Puleva; em terceiro, a Nestlé; em quarto a cearense M. Dias Branco. A pesquisa Latin America Pasta Market-Share Value mostra a M. Dias Branco na liderança no continente”.

Família GirãoFoi lançado no Centro Cultural Oboé, em Fortaleza, o

livro “ Dr. Vanderley Girão - Delegado Padrão e Outras Glórias da Família Girão”, de Luis de Sousa Girão.

Maia Jr., ex-diretor de Saúde da Casa do Ceará e que mora em Brasília.

80 anosOs 80 anos do Ideal Clube, presidido por Alcimor

Rocha, foram festivamente comemorados. Foi lança-do, entro das comemorações culturais dos 80 anos, a edição completa Poemas de Mesa. Médico e poeta José Telles comandou e mais de 30 participantes do livro compareceram. O Ideal continua sendo a referência da elite cearense.

Eunício entre os 100O senador Eunício Oliveira

(lavras da Mangabeira) está no-vamente na lista do DIAP dos 100

18ª. edição do livro Os “Cabeças” do Congresso”. Esta é a 4ª. vez em que Eunício faz parte da lista dos

outras três vezes quando ainda era deputado federal nos anos de 2001, 2002 e 2003, neste último,

liderança do PMDB na Câmara.

O berço do forró Continua acesa a polêmica existente entre pesquisadores

do Pernambuco e do Ceará a respeito de qual estado foi o berço do forró. Os cearenses tentam emplacar como pri-

Xerêm e Tapuya, em outubro de 1937, pela RCA Victor. Esse disco de cera (há um exemplar no Arquivo do Nirez) seria a prova documental de que, doze anos antes de o per-nambucano Luiz Gonzaga entrar em estúdio para gravar o “Forró de Mané Vito”, os cearenses Xerém já haviam criado o forró. Os pernambucanos sustentam o “Forró na roça” tem

não era forrozeiro, mas baiãozeiro, tendo como um de seus principais parceiros foi o “doutor do baião” Humberto Teixeira, cearense do Iguatu. Juntos, eles compuseram: “Asa branca”, “Assum preto”, “Baião”, “Baião de dois”, “Estrada de Canindé”, “Juazeiro”, “Légua tirana”, “Lorota boa”, “Mangaratiba”, “No meu pé de serra”, “Paraíba”, “Qui nem jiló”, “Respeita Januário”, “Xanduzinha”.

Resta umLucio Brasileiro escreveu em O POVO: “Colunista se

mar que ainda tem um presidente do Balneário vivo, trata-se de José Hugo Bastos, que dirigia Companhia Quixadá com

dos 60s, hoje com 92, e tendo perdido mulher Abigail Vieira começo do ano, como se sabe, clube tinha duas diretorias, a Sociedade Anônima, de 250, proprietária da sede, e a Sociedade Civil, com quadro de contribuintes que ali se divertia pagando um cruzeiro por ano”.

Grupo MarquiseRegistrou Leda Maria na sua coluna no Diário

do Nordeste: “Carla Pontes, diretora da Holding do Grupo Marquise, só comemora. É uma das vencedoras

ting, que tem como objetivo homenagear dirigentes que realizaram estratégias de comunicação de grande impacto, tanto no mercado nacional como no exterior.

culação nacional”.

Energia solar de TauáSurfando na onda da energia solar, a cidade cearense

de Tauá, domicílio do Sol, foi o destaque do programa Cidade e Soluções, da Globo New. A reportagem mostra os benefícios da usina construída pela MPX e anuncia que ela será ampliada para 5 MW. A usina que esteve para ser inaugurada em duas oportunidades entrou em operação

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Ceará em Brasília4Setembro /11 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 39 anos

Pesquisa da Câmara mostra que 95% da população aprova a Lei Maria da PenhaA Lei Maria da Penha (11.340/06), que protege a

mulher vítima de violência doméstica, foi aprovada por 95,5% dos entrevistados em sondagem de opinião realizada pela Câmara dos Deputados entre 30 de junho e 11 de agosto de 2011. Há cinco anos, no dia 22 de setembro de 2006, a lei entrava em vigor.

A sondagem sobre a percepção da população brasi-leira em relação aos cinco anos de vigência da lei foi feita com 1.295 pessoas, com abrangência nacional. A pesquisa foi realizada mediante adesão do cidadão ou cidadã que ligava espontaneamente para o Disque--Câmara (0800 619 619), serviço telefônico gratuito oferecido à população.

Dos entrevistados, 77,5% declararam conhecer o con-teúdo da lei, ainda que parcialmente. “São pessoas que já podem, minimamente, invocar a lei para exercer seus direitos”, diz a consultora da pesquisa, Giovana Perlin, especialista em estudos de gênero, família e sexualidade. “Levando-se em conta que o percentual dos que aprovam as medidas é maior do que o percentual dos que conhecem o conteúdo da lei, alguns entrevistados aprovam medidas punitivas mesmo sem conhecê-las”, complementa.

Giovana destaca que não houve diferenças estatísti-

“Ambos mostram intolerância em relação à violência

A pesquisa também mostra que 90,7% dos entrevis-tados acham que a punição contra agressores deveria ser mais rigorosa. “O dado mais relevante talvez seja

a consultora.Para os próximos anos, a pesquisadora recomenda

da lei, por meio de campanhas educativas na mídia, especialmente nos meios públicos e institucionais. “As pessoas sabem da existência da lei, mas não sabem os detalhes do que ela diz”, explica.

Problema públicoSegundo a diretora-executiva do instituto feminista

Patrícia Galvão (Pagu), Jacira Melo, a pesquisa da Câmara revela uma mudança na percepção da população sobre a violência doméstica. “Antigamente, a sociedade brasileira tinha a percepção de que era um problema privado. Hoje a sociedade reconhece a violência doméstica como um pro-blema social sério, que necessita de intervenção do Estado.”

A pesquisa da Câmara também revelou que 86% dos homens entrevistados e 79% das mulheres entrevistadas pensam que a lei deveria ser estendida para proteger também homens vítimas de violência doméstica. Jacira Melo ressalta, no entanto, que as denúncias tornadas públicas e as evidências nos hospitais mostram que as mulheres são as principais vítimas.

Dados do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado pela Secretaria de Políticas para as Mulhe-

res e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que, dentre as mulheres vítimas de violência física no País, 43,4% foram agredidas dentro da própria casa. Apenas 11,2% dos homens vítimas de violência foram agredidos na própria residência.

Aplicação da leiA coordenadora da bancada feminina na Câmara,

deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), lembra que a Lei Maria da Penha é considerada uma das três melhores do mundo na área de proteção à mulher pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, mas é necessário colocá-la totalmente em prática. “Falta implementar tudo o que está na lei, a partir de políticas públicas integradas, incluindo as áreas de educação, cultura e saúde”, explica.

Para a deputada, não basta punir os casos de violência doméstica. “É necessária uma ampla campanha educa-tiva para mudar a cultura da violência”, disse.

Janete Pietá lembrou que a violência doméstica inclui a chamada violência psicológica – ou seja, agressões verbais.

Além disso, ela acredita serem necessários mais abrigos para mulheres ameaçadas de morte; mais delegacias da

nessas delegacias; e mais juizados especializados.Segundo pesquisa realizada em 2009 pelo Instituto

no País apenas 70 juizados de violência doméstica, 388 delegacias especializadas no atendimento à mulher, 193 centros de referência de atendimento à mulher e 71 casas para abrigo temporário.

Page 5: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Setembro/11

Unilab de Redenção estaráconsolidada em cinco anos

Dentro de cin-co anos, a nova Universidade da Integração In-ternacional da Lusofonia Afro Brasileira (UNI-LAB), inaugu-rada em maio no Ceará, nordeste do Brasil, já estará em pleno funciona-mento, disse o reitor Paulo Speller, para quem o “norte é o sul”.

“O nosso norte é o sul, mas sem perder de vista o

salientou Paulo Speller à agência Lusa.

que não temos um modelo previamente estabelecido, estamos aprendendo a fazer”, disse Paulo Speller à mar-gem do Congresso Luso Afro Brasileiro (CONLAB) de Ciências Sociais que decorre esta semana em Salvador, na Baía.

Segundo o reitor da mais nova universidade federal brasileira, o princípio da UNILAB é o da cooperação solidária.

“A cooperação unidirecional geralmente se dá daquele que tem para quem não tem. E isso não é solidária. No nosso caso, estamos buscando uma cooperação com

Durante o congresso de Ciências Sociais, Speller participou de um painel sobre universidades e lusofonia e destacou que a base é a língua portuguesa, mas a pers-pectiva da UNILAB é que traga novos conhecimentos e tecnologias voltadas para o desenvolvimento sócio--económico sustentável dos países da CPLP

Leia no Portugal Sem Passaporte

Novos con-cursos para o serviço público, mais benefícios para os servido-res e nomeação de novos escri-vães de polícia. Essas foram al-gumas das deliberações da reunião realizada em 23.09 entre o governador Cid Gomes e representes de sindicatos e associações do serviço público, na sala de reuniões do Palácio da Abolição. Entre os concursos já autorizados pelo Governador estão duas mil vagas para ensino médio para a Secretaria da Educação, 800 para agentes penitenciários da Secretaria da Justiça, inspetores da Polícia Civil, servidores para o Detran e três mil vagas para a Polícia Militar. A pre-visão é que parte desses concursos tenha edital publicado ainda neste ano, como o da Seretaria da Justiça e Detran. Durante a reunião, Cid Gomes autorizou a nomeação de 23 novos escrivães da Polícia Civil.

No encontro, o Governador assinou o decreto de rea-juste dos valores das diárias de serviço no percentual de

no Estado. Cid autorizou ainda que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) estude a proposta na mudança da carga horária dos servidores que têm 30 horas para 40 horas e auxílio transporte para os servidores do Interior que se deslocam mais de 6km até o local de trabalho. Ainda na reunião, Cid Gomes sancionou a Lei que prevê punições contra o assédio moral no serviço público - uma conquista considerada histórica pela categoria. Esse foi o segundo encontro entre o chefe do Poder Executivo do Estado e

reunião de 2011.

Governador Cid Gomes autoriza realização de concursos públicos

O último choro do mestre Alencar Sete Cordas

Músico de for-mação popular, Alencar Sete Cor-das começou a to-car em bailes aos 12 anos em Ipu (CE), sua cidade natal, ainda na década de 60. Ao se mudar para Brasília, em 1971, integrou-se à comunidade musical, especialmente aos grupos de choro.Em 1977, ajudou a fundar o Clube do Choro, casa na qual tocou de forma constante por 25 anos.

Durante sua carreira, apresentou-se com grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Paulo Moura, Sílvio Caldas, Hermeto Paschoal, Sivuca, Dominguinhos, Odet-te Ernest Dias, Pernambuco do Pandeiro, Zé da Velha e Silvério Pontes.

Especializou-se no violão de sete cordas, instrumento que lhe rendeu o nome artístico. Além da notável habilida-de como instrumentista e arranjador, Alencar destacou-se na atividade de professor, tendo formado diversas gerações de violonistas de seis e sete cordas.

Entre 1998 e 2003, o músico foi ainda um dos pro-fessores pioneiros da Escola Brasileira de Choro Rafael Rabello, vinculada ao Clube do Choro, juntamente com Hamilton de Holanda, Jorge Cardoso e Evandro Barcelos. Ali trabalhou pelo período de cinco anos, até abrir sua escola.

Nas aulas particulares e participações em cursos da Escola de Música de Brasília, utilizou método próprio, que batizou de árvores harmônicas. Essa solução mostrou-se bastante engenhosa na escolha dos acordes necessários ao acompanhamento das melodias instrumentais e canções.

Page 6: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília6Setembro/11

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Leituras IChagas, o bom companheiro

Lustosa da Costa (*)

Quando me candidatei a suplente de senador, em 1978, pensei que estava marcando um tento com a direção do jornal, “O Estado de S.Paulo”, que se vangloriava de ser jornal de oposição embora, por baixo dos panos, pintasse os canecos que para que D.Helder Camara, adversário da ditadura, não ganhasse o Prêmio Nobel da Paz. Pois bem.Sem respeitar a etiqueta que recomendava me dirigisse primordialmente ao meu chefe direto, o diretor da sucursal Carlos Chagas, telegrafei ao todo poderoso diretor de O Estado de S.Paulo, Julio Mesquita Neto, comunicando lhe a honraria. Não deu outra.

Pelo telefone, o chefão mandou Carlos Chagas me demitir Carlos Chagas, com seu estilo mineiro (no melhor estilo mineiro, diga-se de passagem) de se comportar, levou a ordem na valsa e me manteve no trabalho até que o homem esquecesse de me punir. Dali só saí quando ele também foi demitido, no desmonte de toda a sucursal que, a nossa ver, funcionava em excelentes condições.

EmpregoFlavio Marcilio, quando presidente da Câmara dos

Deputados, decidiu renovar o quadro de redatores da Casa, nomeando vinte e sete jornalistas políticos que ele conhecia de convivência diária. Foi um Deus nos acuda A imprensa foi feroz, violenta, acusando-o de estar montando uma bancada de direita. Eu, lá entre os nomeados, seria de direita? Aliás, hoje em dia, dizem que sou do PT só porque apoio Lula e Dilma. O certo que os jornalistas que trabalhavam com Chagas e ganharam o emprego, não foram incomodados, continuaram a exercer seu ofício no jornalão.

ViúvasUm dia destes conversando com Hebe Guimarães,

colega daquele tempo, ela se proclamou viúva de Carlos Chagas e se propôs a organizar homenagem ao antigo chefe. Aderi, pressuroso, mas a iniciativa não sei porque não foi adiante.

Até os tempos de Chagas na direção da sucursal de Brasília, as sucursais eram comandadas por jornalistas que respeitavam e valorizavam os colegas. Foram, então, ocupadas, não sei porque razão, por feitores,capitães do mato, docilíssimos, subservientes aos chefes e impe-riais, humilhando os subordinados. Um deles chegava a esfregar o punho diante de colegas que momentamente

Hoje esta na matriz, lá em cima, disposto a este e

BodasEnila e Carlos Chagas chegaram às bodas de ouro de

casamento. Ele jamais aceitou emprego público. Todos em Brasília sabem que um lugar de assessor legislativo do Senado esperou, por ele, em vão, anos.Os dois preferiram

de Ética na UnB, ela como psicóloga. E educaram tão

Justiça e a outra é Ministra da Comunicação do governo Dilma, lembrando o pai que foi Secretario de Imprensa da Presidência da República nos tempos de Costa e Silva.

Um dia destes tive o prazer de rever Chagas, mulher e

frito,ele sempre discreto eu mais exuberante, meridional. Agora que ele não e mais meu diretor de jornal, posso homenagea-lo como merece sem peias e sem que al-guém me chame de interesseiro, apenas lembrado de sua correção,de seu coleguismo e excelente caráter.

(*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor

Leituras IICeará Moleque

Nelson Faheina(*)

1. - Peixoto de Alencar, famoso locutor da Rádio Dragão do Mar, elegeu-se deputado estadual e da trubuna da Assembléia Legislativa e pelo rádio, batia forte na ditadura. Parsifal Barroso, Governador do Estado, chama Peixoto e diz: você pode ser preso a qualquer momento. Procure fazer amizade com os mi-litares, do contrário vai para a cadeia. Quem são seus amigos de farda? Peixotom abre a mão e apontando para os dedos: Sargento Hermínio, Capitão Clóvis Maia, Major Facundo, General Bizerril e Marechal Floriano Peixoto. Para quem não sabe esses militares são nomes de ruas de Fortaleza. Com poucos dias, Peixoto toma um porre e vai até o quartel da Décima Região Militar e pergunta para o sentinela: “tem alguma órdem de prisão para o deputado Peixoto de

e disseram que não. Mas como ele estava ali, por via das dúvidas, disseram; “considere-se preso”. Nada foi provado contra ele. Mesmo assim,por causa de um porre,passou mais de quatro meses preso.

2. “Seu” Lunga, comerciante em Juazeiro do Norte, uma das pessoas mais conhecidas do Ceará, pela ma-neira grosseira de atender as pessoas, inclusive, forte candidato ao título de o “ Homem mais Ignorante do Mundo” do Guinnes Book, candidatou-se a vereador. Conseguiu 190 votos.

Perante o juiz ele gritou: “fui roubado. Vocês são ladrões de votos”.

A Imprensa de Fortaleza noticiou, com destaque, a acusação. O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, mandou o juiz Suenon Bastos, apurar os fatos. Políti-cos de Juazeiro patrocinaram um advogado para seu “Lunga” que foi orientado para dizer que, tudo não passou de um engano. Pedia desculpas.Ao ser inter-

para o juiz disse: vocês são ladrões. Recebi 200 pares de alpergatas, 400 litros de gasolina, 300 camisas de meia, mais de 200 quilos de arroz, feijão e açucar, e no

do TRE, comprovando se tratar de um homem rude, mas honesto, e de uma personalidade forte, encerrou o questionamento, sem punir “seu” Lunga.

3. O general Humberto Ellery, vice governador do Estado, após inaugurar algumas obras úblicas, em Jaguaruana, a 178 km de Fortaleza, teve que pernoitar na casa de um líder político. Comeu galinha a cabidela, até dizer chega, e macarrão com maionese e outros pratos que davam água na boca. Depois foi dormir. Não conseguiu. Foi várias vezes ao banheiro. Cedo da manhã,a dona casa vendo o heróico general com cara de quem estava sofrendo muito, perguntou: general, a comida lhe fez mal? O general não teve tempo de responder. Correu pela quadragésima vez para o ba-nheiro. Ao sair ouviu a dona da casa dizer garanto que não foi a comida. A maionese que servi ao senhor é de ótima qualidade. O vidro eu mesma abri quando o Governador Faustino Albuquerque esteve aqui, há oito anos. Ele comeu bastante e não sentiu nada.

(*) Nelson Faheina (Limoeiro do Norte) jornalista e escritor

A cara de cearense e as outras caras em Os Cearenses InternacionaisEu tenho cara de caririense do Crato, cara de cearense,

cara de nordestino, cara de gente diferenciada e, segun-do o norueguês da recente tragédia, cara de brasileiro disfuncional.

Tenho cara de judeu (como insinuaram em um bar de Beirute, Líbano) e cara de egípcio lóki -quando eu era mais bonitinho, me confundiram em uma taverna da Calle de la Cruz, em Madrid, com um egípcio, repare só, um design egípcio, o Karim Rashid.

Você tem cara de quê? A solene indagação vem a propósito da polêmica provocada pela legítima esposa do diretor global Marcos Paulo, a Antônia Fontenelle.

No twitter, a atriz, na maior cara de pau, respondeu a um texto do crítico Pablo Villaça, do site “Cinema em cena”, com o que ela imagina ser uma ofensa: o rapaz teria cara de cearense.

salto ao Banco Central”, baseado em fatos reais ocorridos, por coincidência, no Ceará.

Pablo Villaça é mineiro, mas poderia ser cearense, com muito orgulho, segundo o próprio.

Poderia ser cearense como a cantora Bjork é cearense, como o escritor John Updike é cearense, como o craque Iniesta (Barcelona) é o maior dos cearenses.

Como o Truman Capote é cearense desde pequeni-ninho, a cara e a voz de cearense de Tracey Thorn, o Nicholas Cage tem muitas poses de cearense e até a Bette Davis, nas suas horas de bondade ou de maldade, foi mega cearense.

amigos Cearenses Internacionais.E você, amigo(a), repito, tem cara de quê?Escrito por Xico Sá às 14h07, de Xico Sá nos remete

ao site Cearenses Internacionais, no site http://cearen-sesinternacionais.worldpress.com

Lá está uma listagem de personalidades supostamente “nascidas” no Ceará, todos com cara de cearense.

Aqui está uma pequena amostra, não na ordem do site, mas em ordem alfabética:

Jogador Andres Iniesta (Morro Branco), escritor An-tonio Gramsci (Cariri Central), jogador Arjen Robben

Betty Davis (Aurora), cantora Bjork Guomundsidothir (Limoeiro do Norte) Atriz Catherine Zeta Jones (Ara-rendá), bandido Cesare Batisti ( Praia do Cumbuco), Dee Dee Ramon (Baixio) cantora Edith Piaf (Tabuleiro do Norte) Diretor George Luckas (Caucaia), ator Ge-orge Clooney (Baixo Curu), cantor George Michael (BarrosoII) Ator Henry Fonda (Sobral) Atriz Helen Boham Carter ( Cariré), presidente Hosni Mubarack (Fortaleza) ator Jack Black (Manguezal do Rio Cocó), Escritor Jean Paul Sartre (Quixeramobim), escritor John Uodije (Brejo Santo). escritor Jurgen Habermas (Serra da Ibiapaba) ator Kurtwood Smith (Maranguape) Atriz Kurten Dunst (Aracoiaba) Líder soviético Lenin (Qui-xeramobim) Atriz Maggie Gullenhaal (Quixeramobim), Mark Hamill (Jijioca de Jericoacoara), Cantora Marilyn Manson (Ererê), Micky Dolen (General Sampaio), Micko Mc Brain (Frecheirinha), escritor Milan Kundera (Brejo Santo) Imperador Napoleão Bonaparte (Tauá), batista Bick McBrain (Frecheirinha), ator Nicolas Cage (Morada Nova), indigenista Noel Nutels (Canoa Quebrada), escri-tor Norman Mailler (Beberibe) Baterista Phi “Animal” Tayor (Deputado Irapuan Pinheiro), Ator Rioark Junior (Guaraciaba), Fotografo Robert Mapplethorpe (Caucaia), Presidente do Banco Mundial. Robert Zoellick (Lavras da Mangabeira), ator Robin Williams (Paracuru), diretor Roman Polanski (Baturité) Vocalista Samuel Roy Sammy

xadá) Ator Tommy Lee Jones (Pirambu), Vocalista Tracy Thorn (Aratanha)

Page 7: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br7 Setembro/11

Leituras IIIPega Pinto: uma bebida que refrescava os fortalezense

O jornalista Gervásio de Paula me remeteu a Fortaleza dos anos 60, época em que o refrigerante preferido dos habitantes da cidade era o refresco - ou aluá? - de Pega--Pinto.

Trata-se de uma raiz que chegou a ser colhida entre os túmulos do cemitério São João Batista para poder garantir o consumo. Na praça do Ferreira, o comerciante Mundico abriu uma lanchonete - ou merendeira? - de apenas uma porta, bem pequena, que tinha como principal produto o Pega-Pinto, delicioso diurético que era servido com tapioca ou pedaço de bolo.

São Luiz ou Diogo, a rapaziada lotava o Pega-Pinto do Mundico, que concorria com o caldo de cana da Leão do Sul. O progresso expulsou o Mundico da rua Major Facundo para a Duque de Caxias, perto da praça do Carmo. Fui embora de Fortaleza e não tive mais notícia da garapeira famosa.

Hoje, o Gervásio espalha na Internet essa foto dele tomando aluá de Pega-Pinto por um Real. Vou saber

Só espero que não seja armação dele para nos matar de inveja e saudade.

O aluá está de volta a FortalezaA resposta do Gervásio:Wilson,

O pega-pinto é vendido, atual-mente, na lanchonete Azteca, no

das ruas Liberato com Pereboyre Siva, onde joguei muita conversa fora com omestre Américo Barrei-ra, quando editei durante 10 anos a revista RMC, de responsabilidade jurídica dele.

O escritório do Estadista do Mu-nicipalismo, nome que deiquando

2003, com capa de Audifax Rios e prefácio de Blanchard Girão, pela Fundação de Cultura, Esportes e Turismo (Funcet). Na época dirigida pelo poeta Barros Pinho

A foto do pega-pinto foi feita recentemente pelo

do SamuelWainer e outras publicações de renome na década de 60. Ele veio para Fortaleza com promessa

após as eleiçõesrecentes - para quem trabalhou. Levou bolo. E, agora, está desempregado, sobrevivendo numa quitinete com umas economias que fez. Aqui e ali faz free-lancer para o DN. Fez, inclusive, um documentário sobre a Praça do Ferreira.

O seu blog está bom...Precisa de um cronista leve para contar, com lirismo, fatos ocorridos diariamente nas ruas.

AbrsGervásio de Paula

Piaba.

Ceará realiza 885 transplantes este ano e já supera o ano todo de 2010

Ainda faltam mais de três meses para o ano terminar e o Ceará já superou o total de transplantes feitos em 2010. Este ano já foram realizados este ano 885 trans-plantes, dez a mais do que os 875 feitos durante todo o ano passado. Agora, são cinco anos consecutivos de recordes. Superando os 446 do ano de 2006, em 2007 foram realizados 618 transplantes, em 2008 chegou a 739, em 2009 aumentou para 767 e em 2010 atingiu 875 transplantes. Este ano, com o recorde já superado, a previsão é de ultrapassar a marca de 1.000 transplantes. O acumulado do número de transplantes no Ceará, desde 1998, ano de implantação da Central de Transplantes do Estado, soma 6.970.

É com esses números positivos, que a Sesa promove uma semana de mobilização para sensibilizar ainda para a doação de órgãos e tecidos e lança a nova campanha “Doar transforma. Doe órgãos e ajude a fazer do Ceará um Estado cada vez mais solidário”.

As córneas respondem por mais da metade do total de transplantes feitos este ano. São 541 córneas trans-plantadas. Bem mais do que as 460 transplantadas no ano inteiro de 2010. A meta de Sesa é zerar a fila de espera por córneas no próximo ano. Atualmente há 509 pessoas aguardando a doação para voltar a enxergar o mundo com novas córneas. No total da fila de espera por órgãos e tecidos há 918 pessoas, apostando na solidariedade e que os doadores avisem à família a vontade de doar.

Para ser um doador no Brasil não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta conversar com a família sobre o desejo de ser doador.

No UniCEUB, tradição e modernidade, tecnologia e conteúdo, experiência e juventude completam-se. Realizar. Inovar. Conectar. É trabalhando as características de cada geração que, há 43 anos, construímos, juntos, um dos três melhores centros universitários do Brasil.

Page 8: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília8Setembro/11

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DocumentoArtista Plástico George Macário inaugura

Galeria de Artes de padrão internacional no Crato

O artista plástico Cratense George Macário, que é também Presidente da Fundação Cultural J. de Figueiredo Filho, inaugurou em Crato, uma galeria de artes, contendo mais de 50 dos seus trabalhos em pintura e escultura.

George, que é filho do ex-prefeito Humberto Macário de Brito, de-senvolveu o seu talento para a pintura durante a adolescência, porém resolveu seguir a carreira de advogado. Hoje, aos 40 anos de idade, após o incentivo de mestres da pintura mundial como Bruno Pedrosa, com quem esteve recentemente em São Paulo George volta a se dedicar à sua ver-dadeira paixão: as artes plásticas.

Possuidor de caracte-rísticas bastante próprias , George lança-se de corpo e alma ao mundo do abs-tracionismo, sem perder ainda os traços do impres-sionismo e do desenho, que foram as suas primei-ras tendências artísticas, quando realizou dezenas de trabalhos em “bico de pena”. Hoje, amadurecido em sua arte, desenvolveu a excelência dos super talentosos, e a constante superação daqueles que buscam obter a perfeição naquilo que fazem. Com-bina formas estruturais exóticas que nos remetem aos páramos da arquite-tura, bem como aborda temas abrangentes como as necessidades globais;

Cearense vai desenvolver os robôs espaciais da Nasa

O Brasil terá um representante cearense na agência espacial americana, a Nasa, a partir de setembro. Graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Eduardo Brito Almeida, 30 anos, foi convidado pela Nasa para desenvolver pesquisas que ajudarão a aperfeiçoar os robôs espa-ciais da agência.

O pesquisador explica que alguns robôs espaciais usados pela Nasa são controlados de forma remota. “Eles são assim para evitar que colidam com algo ou caiam em buracos. Se eles puderem ler a superfície poderão mapear e escolher o melhor percurso. Isso se chama Navegação Autônoma”, explica Almeida que, como bolsista do projeto Pré-Doutoral Harriett G. Jenkins, trabalhará com desenvolvimento de mo-delos matemáticos que permitam a locomoção robó-tica autônoma e segura. “Em minha pesquisa quero aperfeiçoar a leitura tridimensional de superfícies. Quero que ela seja impactante”, diz.

A oportunidade na agência veio após a inscrição no programa de Ph.D. em Engenharia da Brown University em 2010, onde foi aceito com bolsa inte-gral. No mesmo ano, ele se inscreveu para a bolsa de estudos Space Grant, incluso no projeto Pré-Doutoral Harriett G. Jenkins, da Nasa. A agência espacial se interessou pelo projeto de pesquisa ao qual ele se dedica e ofereceu a bolsa.

orgulhosos. “Nunca tive de ensinar uma tarefa (da

Carneiro de Almeida. “Desde criança, ele foi sempre

que é professor universitário e doutor em Matemática Avançada, tema preferido das conversas entre os dois “desde a juventude” de Almeida. E, de acordo com o

na UFC em 2000.Já nos primeiros semestres da faculdade se inte-

ressou por robótica, tornando-se bolsista de iniciação

e do Laboratório de Visão, Imagens e Sinais (GPI/LABVIS). “A experiência adquirida na UFC, por meio de disciplinas e pesquisa, foi essencial na minha formação”, destaca o ex-aluno.

Almeida mora nos Estados Unidos há cinco anos. Estagiou no Laboratório de Propulsão a Jato, de 2009 a 2010, em Pasadena, Califórnia. O centro desen-volve e gerencia aeronaves destinadas à exploração espacial.

Nasa – A agência espacial americana pertence ao Governo dos Estados Unidos e é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (Naca), foi responsável pelo envio do homem à Lua (Projeto Apollo) e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. Atualmente, a Nasa trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, a Agência Espacial Federal Russa e com mais alguns países da Ásia e do mundo todo para a criação da Estação Espacial Internacional.

(Fonte: Diana Vasconcelos/ G1)

O Prefeito Samuel Araripe e a Primeira-Dama Mônica Araripe grande apoiadora do artista

A galeria foi inaugurada com a presença de amigos do mundo das artes, autoridades e familiares

os grandes temas da civilização, as inquietudes de um planeta à beira do colapso, a guerra, a fome, e

a esperança humanas.Um soberbo combi-

nadores de matizes, seus quadros se caracterizam pela combinação de co-res fortes e vibrantes, criteriosamente escolhi-das para gerar obras de grande valor artístico e beleza, que tem sido elo-giadas por críticos desde São Paulo à Austrália. De Londres à Veneza.

Assim é George Macá-rio; Um artista talentoso que finalmente decidiu investir na sua própria arte, levando-a para bri-lhar nas grandes galerias do mundo, que afinal de contas, dentro daqui-lo que já executa, veio a tornar-se tanto a sua matéria-prima, de onde extrai o subsídio, quanto

to artista que abrange o universo e as suas reen-trâncias, numa arte que supera épocas e espaços; Um artista que podemos dizem sem medo de errar, que é verdadeiramente multidimensional.

A galeria foi inaugu-rada com a presença de amigos do mundo das artes, autoridades e fa-miliares.

Cobertura fotográfi-ca, Reportagem e Fo-tos: Dihelson Mendonça, www.blogdocrato.com

Recebe o apoio do pai, e agradece a Humberto Macário de Brito

George Macário posa ao lado de um dos seus recentes trabalhos

Page 9: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br9 Setembro/11

Leituras IVUse a cabeça, voa pela Real- Aerovias

José Colombo de Souza Filho (*)

Nos tempos de Juscelino na década de sessenta o Co-ronel Dimas de Freitas, mineiro e próspero fazendeiro no Vale do Paraopeba em companhia do sobrinho fez uma viagem ao Rio de Janeiro,então Capital Federal. A olhar vitrines de lojas ao longo da Avenida Rio Branco, por onde passeavam, detiveram-se a exami-nar roupas masculinas no famoso magazine Casa José Silva. Chamou-lhes especial atenção umas calças de ‘nycron’: a roupa da moda, a coqueluche do momento. O tecido não amarrotava, os vincos eram permanentes. Por sugestão do sobrinho, decidiu comprar duas ‘ para experimentar’. Provou-as: caimento perfeito, só as barras por fazer. Estranhou apenas o fecho ecler. E mais uma vez o sobrinho acudiu a esclarecer: “ era a moda: no Rio e em São Paulo não mais se usava fechar as braguilhas com botões.

- Os ajustes seriam feitos num instante, o tempo de tomarem um cafezinho nas imediações...

- Informou o vendedor.

de comprar roupas prontas e achou tudo muito cômodo. O fecho ecler, então! Com uma puxadinha se fechava a braguilha. Pensou em comprar mais peças,mais acabou

Horizonte. Como bons mineiros,chegaram ao Aeroporto Santos Dumont com muita antecedência.Estando com vontade de urinar seu Freitas segurou a ida ao sanitário

Caixa já liberou R$ 558 milhões em fi nanciamento imobiliário no Ceará

imobiliários da Caixa Econômica no Ceará atingiram o montante de R$ 558 milhões, distribuídos em 6.704 contratos habitacionais. “O resultado é um exemplo de

comprometimento que temos em conceder linhas de

A Caixa é referência em habitação e nossos clientes

Caixa”, destaca o superintendente regional da Caixa em Fortaleza, Odilon Pires Soares.

Conforme o superintendente, os financiamentos com recursos da poupança foram responsáveis por R$ 264,5 milhões dos valores contratados no Ceará, o que representa um crescimento de 16% em comparação com o primeiro semestre de 2010. Já as contratações com re-cursos do FGTS corresponderam a R$ 144,4 milhões no

relação a igual período do ano passado. Em todo o País, foram liberados R$ 34,7 bilhões

para habitação, valor 3,4% superior ao mesmo período de 2010. A Caixa registrou uma média de R$ 269,6 milhões e 3.889 contratos, ao dia, em 2011, sendo que

lários mínimos. Minha Casa, Minha Vida Na segunda versão do Programa Minha Casa Minha

Vida (PMCMV), já foram realizados aproximadamente

Ceará, foram contratados R$ 1,3 bilhão, para construção de 24.409 moradias e, destas, 537 já foram entregues.

para o mais perto possível do embarque. Queria evitar o uso do toalete a bordo. Á primeira chamada, corre o seu Freitas ao banheiro. Ao fechar, com um puxão, o zíper, este pega uma parte do prepúcio e outra da ceroula. En-quanto tentava se desvencilhar, a barriga estorvando a visão do local, o sobrinho chama-o em voz alta lá de fora:

vai perder o avião! ... Está me ouvindo?- Houve um imprevisto,venha cá ...- Olhe só o que aconteceu ... aquele trem me pe-

gou bem aqui ... veja se você consegue me livrar ... agachando,após se inteirar do que ocorrera,sem contudo, atinar o que fazer, exclamou:

- Puxa vida ! O Negócio aqui ‘ ta feio, tio ... assim mesmo vou tentar livrá-lo dessa geringonça ... agüenta

- Ai,ai ! ... Cuidado,está doendo! ... Assim não! - Reclamou o tio.Devido á delicadeza da situação e ao nervosismo

causado pelo medo de perder o avião, após algumas vãs tentativas o sobrinho desistiu, fazendo o seguinte comentário:

- É tio,o trem encrencou mesmo! ... Nem alui do lugar ... não vou dar conta não. Mas, o quê foi que o senhor ...

xe estar ... vamos embora! ... Oh meu Deus! Que coisa desagradável, chata e incômoda!

Seu Freitas não teve dúvida: pôs-se curvo como um corcunda, e escondendo com a mão a parte exposta,

apresentou-se para o embarque. A Companhia Real-

de um homem corcunda, ‘parecidim, parecidim’ com seu Dimas Freitas. Tal circunstância levou alguém a perguntar –lhe se ele era parente do homenageado ou o próprio. Embarcou daquele jeito. A bordo, cons-trangido e envergonhado, expôs em cochichos o caso a aeromoça,que gentilmente o acomodou próximo á ‘ gale’ traseira,pedindo –lhes que aguardasse até a deco-lagem e o apagar das luzes de ‘apertar os cintos e não fumar’- Nem cigarro de Palha. E foi com a maior perícia que aquela aeromoça,ajoelhada entremeio ás pernas do

moda e burlesca. No aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, comovido de gratidão e vencida já a timidez, fez questão de descer por último e assim ter a chance de agradecer tão meritório serviço. – Quis inclusive

contido delicadamente por ela. Entremostrando um riso misto de educação e sarcasmo, ela se despediu:

- Nada a agradecer, seu Freitas! ... É nosso dever e, antes de tudo,satisfação atender bem aos passageiros! ... A nós, sim, cabe agradecê-lo por voar na Real-Aerovias! ... Continue,pois, a nos dar preferência. Feliz regresso ao lar e passe bem!

Use a cabeça,voe pela Real- Aerovias.

(*) José Colombo de Souza Filho (Fortaleza), jor-nalista e escritor

PIB do Ceará cresce 4,42% no 2º trimestre e supera o nacional

A economia cearense, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, cresceu 4,42% no segundo trimestre de 2011 e superou mais uma vez – a exemplo do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano – o índice de crescimento da economia brasileira, que foi de 3,1%. O mesmo comportamento ocorreu também no primeiro semestre deste ano, já que o PIB do Ceará

Os números do PIB do Ceará foram divulgados pelo secretário de Planejamento e Gestão do Estado do Ce-ará (Seplag), Eduardo Diogo, juntamente com o diretor Geral do Ipece, professor Flávio Ataliba.

O PIB do Ceará, tendo como parâmetro o “valor adi-cionado a preços básicos”, cresceu 5,18% no segundo trimestre de 2011 em relação a igual período do ano passado. Resultado é bem superior aos 2,7% registrados no Brasil em igual período. Com relação ao primeiro

também superando os 3,2% do nacional, isso com base no “valor adicionado a preços básicos”.

O produto Interno Bruto do Ceará nos quatro tri-mestres, comparado com o resultado obtido nos quatro trimestres imediatamente anteriores, foi de 5,91%, contra 4,7% do nacional. Tendo como base o valor

também os 4,1% do Brasil. Dos três setores que com-põem o PIB – agropecuário, serviços e indústria – o agropecuário, a exemplo do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano, foi que apresentou melhor desem-penho, com 55,5%.

O desempenho do setor agropecuário foi estimulado pelas boas chuvas registradas no período, segundo ob-serva o professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece.

Ceará é o segundo Estado que mais realiza transplante de coração

Doação Referên-cia nacional e inter-nacional em trans-plante cardíaco, o Hospital de Messe-jana Dr. Carlos Al-berto Studart Gomes comemora os dados divulgados recente-mente no relatório do Registro Brasileiro de Transplante, da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), onde destaca-se como o segundo Hospital do Brasil a reali-zar mais transplantes no primeiro semestre deste ano,

Foram 11 procedimentos que aconteceram de janeiro a junho de 2011. Atualmente, a equipe da Unidade de

dimentos. O relatório revela ainda que o Ceará também se posiciona como segundo colocado na estatística por milhão de habitantes, com uma média de 2.6 transplan-

e Rio Grande do Sul.De acordo com o coordenador da Equipe de Trans-

plante do HM, João David de Souza Neto, o Ceará manteve boa média em relação ao país, que registrou queda considerável no número de transplantes. Mas ele revelou que a quantidade de transplantes cardíacos poderia ter sido maior. “Por causa da má conservação dos órgãos captados, muitos corações doados acabam não sendo transplantados”, explicou. Este ano, quatro

cardíaco não resistiram a espera e acabaram morrendo.

Page 10: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília10Setembro /11 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

osmar baquit

Page 11: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 11 Setembro/11

Page 12: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília12Setembro/11

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Leituras VO Menino do Choró

Retalhos de Lembranças A Casa de Farinha

Um dos espetáculos mais inesquecíveis para o

Menino do Choró, era a Farinhada, que consistia na fabricação de farinha de mandioca, da maneira o mais artesanal e primitiva possível. Era uma oportunidade de se constatar de uma maneira muito forte, a solidarie-dade, a união, a amizade e o cooperativismo empírico, entre famílias e vizinhos. Era ainda, o nascer de muitos romances que resultavam em casamentos. Parentes e vizinhos se juntavam para ajuda mútua e produzir a farinha. Cada vez era numa Casa de Farinha distinta. Alguns pequenos agricultores que não dispunham de instalações adequadas, usavam as de um parente ou compadre amigo, pagando uma pequena quantia em espécie ou em farinha mesmo.

O Menino do Choró, ia às vezes, nas férias, na época de Farinhada, para a casa dos Marinheiros, parentes dis-tantes, no povoado de Timbaúba, a cerca de uma légua, 6 quilômetros do Choró. Eles tinham uma boa Casa de Farinha, bem arejada, com fornos adequados, secadei-ras, moendas, bolandeira e cangas de bois para puxá-la.

A Casa de Farinha propriamente dita era uma espé-cie de galpão enorme, com o pé direito muito alto, de forma circular como se fosse uma grande toca de índio coberta por palha da carnaubeira. A força motriz da moenda era uma dupla de bois velhos e cansados, que

4 ou 5 metros de diâmetro. Ali ocorria a parte triste do processo, pois os animais eram chicoteados e às vezes,

ponta. Mas era apenas isso que empanava o brilho e a alegria daquele ambiente tão agradável e do espetáculo deslumbrante aos olhos do Menino do Choró. A cena era impressionante, com muitas mulheres, mais de vinte possivelmente, sentadas no chão batido, trajando roupas de trabalho muito simples. Usavam vestido de chita, algumas com uma calça comprida para permitir liberdade de sentar à vontade, sem maiores preocupa-

monte de mandioca, da altura de uns 3 metros, munidas de faca bem amolada para permitir uma raspagem fácil do tubérculo. Aí é que transparecia a alegria no trabalho porque ao mesmo tempo em que raspavam, cantavam músicas populares, folclóricas, cantigas de roda ou ciranda e o tempo passava sem se sentir. Não havia nenhum instrumento musical. Era somente um coro de

da quantidade de mandioca arrancada e transportada, essa faina entrava pela noite a dentro. Nos intervalos era servido café, aluar, garapa de cana ou até de rapadura, sempre acompanhada de tapioca ou beiju. Animais domésticos, como cachorros vira latas, galinhas com seus pintinhos, galos, capotes, gatos, cabras, carneiros e alguns pássaros passeavam tranqüilamente naquele ambiente agradável que lhes acolhia de bom grado e lhes fornecia algumas sobras de alimentos.

A mandioca depois de raspada, era triturada. Depois de espremida para tirar o líquido altamente tóxico, a maniçoba, era posta a secar para em seguida ir ao forno e se tornar farinha.

Os pequenos acidentes de trabalho eram resolvidos ali mesmo, na hora. Os mais comuns eram pequenos cortes nas mãos. Nesses casos, uma pessoa mais jeitosa colocava pó de café e amarrava com um pedaço de pano limpo. Pronto, estava resolvido o problema.

Terminada a tarefa, restava esperar a nova safra ou nova Farinhada em outra Casa de Farinha da região.

Julho de 2001

BNB injetou R$ 1,6 bilhão na economia cearense no 1º semestre

O Banco do Nordeste injetou mais de R$ 1,6 bilhão na economia cearense no primeiro semestre de 2011, em cerca de 390 mil operações de crédito, 26,3% superior ao contratado no mesmo período do ano passado.

O montante divide-se em operações de longo prazo (R$ 899 milhões), curto prazo (R$ 754 milhões) e mer-cado de capitais (R$ 12 milhões). O crédito comercial, que envolve capital de giro e Crédito Direto ao Consu-midor, teve aumento de 23,5% no período, alcançando a cifra de R$ 376,5 milhões.

A maior parte das operações, cerca de 350 mil, refere--se a operações de microcrédito urbano e rural, segmen-tos para os quais foram destinados aproximadamente R$ 418 milhões. Somente por meio do Crediamigo, progra-ma de microcrédito urbano do BNB, foram desembol-sados R$ 378 milhões em empréstimos. Nessa linha de crédito, o crescimento foi de, aproximadamente, 40%.

Com o Agroamigo, com o qual operacionaliza o Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Banco contratou R$ 40 milhões, 17,4 % mais do que no primeiro semestre de 2010. Considerando todas as linhas do Pronaf, o valor

to foi de 11,2%. Na comparação semestral, os créditos para as Micro

e Pequenas Empresas cearenses 28% cresceram. Foram quase 7,5 mil operações realizadas com o segmento, num total de R$ 265 milhões liberados.

Ceará bate recorde de exportações com U$ 3,4 bilhões

O comércio exterior cearense alcançou, em 2010, a marca recorde de US$ 3,4 bilhões, consequência direta da ampla expansão nas transações comerciais do Ceará com o resto do mundo. Merece também destaque o forte crescimento das importações, que superaram a expansão das exportações quando comparado a 2009.

Tais constatações – e outras muitas - fazem parte do trabalho “Análise do Desempenho do Comércio Exterior do Ceará 2010 – 2011” título do Ipece/Informe nº 14, que o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado

O aumento na aquisição desses bens de capital (im-portação), na análise do professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece, é fruto do forte processo de expansão que

-se no aumento na capacidade produtiva da economia nos próximos anos. Ele avalia que as novas medidas que estão sendo adotadas pelo Governo Federal, especial-mente a partir do Plano Brasil Maior, possam favorecer a competitividade das exportações cearense já que grande parte delas concentra-se em setores que são intensivos em mão-de-obra, que é o foco do referido plano.

O mais novo trabalho do Ipece é composto por 24 páginas, divididas em Introdução; A balança comercial do Ceará; O Comportamento das transações comerciais internacionais (destaques das exportações e das impor-

Estado: O comportamento da balança comercial cearen-

e Anexo. Logo após o lançamento, o Ipece/Informe nº 14 vai ser disponibilizado na página www.ipece.ce.gov.br.Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano

Leituras VIQuem matou o sargento Galego?

Newton Pedrosa (*)

A vida do policial militar de há décadas no Ceará era um combate incessante aos cangaceiros que infestavam os sertões.As “diligências,” patrulhas

incursões pelo interior a qualquer hora à cata de ban-didos os mais ferozes, quase sempre protegidos dos coronéis do mato. Viajavam quilômetros e léguas, fuzís às costas, enfrentando à pé o sertão adusto, em montarias ou velhos jeeps emprestados, por estradas acidentadas, lamacentas no inverno e poeirentas no verão.Eram uns heróis em suas missões, que enfren-tavam toda sorte de obstáculos por conta da vocação

exibi-los como troféus, mostrando-os pelas ruas da cidades a uma população estupefata. Naquele tempo bandido era bandido e policial era polical e pronto.

Homens valentes e destemidos! Nem por isso, no entanto, estavam à salvo de emboscadas da bandi-dagem, às vezes fatais, e alguns tombavam sob as balas ou punhais assassinos. Coronel Chico Bento, coronel Antonio Pereira, capitão Araújo, tenente Arnaud, tenente Sá Roriz, sargento Josias, sargento

crônica policial dos anos 40 e 50 do século passado no sul do Ceará, recheada de lances dramáticos e de coragem. naquele época delegados de polícia sempre estavam a serviço de chefes políticos da UDN ou do PSD, que se revezavam em disputas radicais no poder a cada quatro anos. Foi nessa circunstância que o sargento Galego,forte e elegante, novo e va-lente, foi designado delegado especial na conturbada região do Jaguaribe sob o mando do “coronel” José de Holanda Cunha poderoso líder udenista.

num bar e se gabava de suas conquistas amorosas no lugar,contando quantas delas haviam passado por ele.

Um garoto de vinte anos que ouvia a conversa reagiu e fez ver que ele assim agia porque nunca

sargento levantou-se e passou o copo no nariz do menino, que repeliu lançando a bebida sobre o mi-litar. Revidando, Galego sacou de uma faca e lhe cortou o fundo das calças, chegando a lhe ferir as nádegas. Sangrando, a vítima foi para casa e narrou o acontecido ao pai,que se sentindo ultrajado, jurou vingança. Dias depois, o sargento recebeu uma carta

seria assassinado.Não deu importância à ameaça e à morte anuncia-

da. Certa manhã, um dia de feira, estava ele à sombra de frondosa àrvore em frente à residência do coronel Holanda,quando dois pistoleiros se aproximaram de repente desferindo-lhe vários tiros, matando-o na hora. A seguir, sacaram de facas e cada um cortou as orelhas do cadáver,levando-as como valioso troféu. E desapareceram na mata sem deixar vestígio. Até hoje não se sabe quem foram os autores do crime ou quem mandou matar o sargento. Quem matou o sargento Galego ?

(*) Newton Pedrosa (Fortaleza), jornalista

Page 13: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br13 Setembro/11

Como o Ceará libertou seus 30 mil escravosLeituras VII

JB Serra e Gurgel (*)Ingleses, franceses, espanhóis, holandeses e portugueses,

numa ponta e reinos africanos, noutra, ganharam vendendo e comprando escravos. Era um importante item do comércio internacional na época. Comércio tão sujo como a corrupção dos novos tempos, no Brasil, na India, no Afeganistão, no Paquistão e no Nordestão.

25.03.1883, quando o Ceará libertou seus escravos, contava apenas 30 mil numa população de 721 mil habitantes. O Censo de 1872 contou 31.913 e o de 1881 24.463 cativos e 7.436 livres. Não eram muitos, pois o Ceará não tinha cana de açúcar, minas e gado que exigissem mão de obra intensiva.

O “Libertador” em 01.01.1884, localizou os 21.516 escravos no Ceará: Fortaleza/Messejana, 1.273; Aracati/União/Jaguaruana, 1.159; Granja/Palma/Coreaú, 1.250; Acaraú, 440; Aquiraz, 449; Acarape/Redenção, 115; Assaré, 512; Barbalha/Missão Velha, 512; Baturité, 789; Canindé/Pentecoste, 516; Cascavel, 807; Crato, 835; Icó, 731; Ipu, 736; Imperatriz/Itapipoca, 882; Jardim 446; Jaguaribe/Cachoeira/Solonópole, 608; Limoeiro do Norte, 608; Lavras da Mangabeira, 768; Maranguape/Soure/Caucaia, 847; Maria Pereira/Mombaça, 438; Milagres, 586; Morada Nova, 367; Pedra Branca, 157; Pacatuba, 298; Pereiro, 465; Quixeramobim, 1.924; Quixadá, 298; São Francisco/Itapa-gé, 427; São Bernardo/Russas, 1.972; Santa Quitéria, 820; Santana do Acaraú, 941; São Mateus/Jucás. 499; Saboeiro/Brejo Seco/Brejo Santo, 1.130; São João do Príncipe/Tauá/Arneiroz, 1.956; São Benedito/Ibiapina, 135; Telha/Iguatu, 251; Trairi, 249; Tamboril, 614; Viçosa do Ceará, 323 e Várzea Alegre, 153.

Como Acopiara era então Lages, distrito de Telha/Iguatu, não há precisão sobre quantos acolheu.

“No porto do Ceará não se embarca mais escravos”. A frase é atribuída a Chico da Matilde, Francisco José do

Nascimento, por José do Patrocínio mais tarde batizado Dragão do Mar, jangadeiro de Aracati, prático-mor, prático da barra, convocado por Pedro Artur de Vasconcelos e José Napoleão para trancar o ´porto a partir de 30.08.1884, por sua liderança junto aos praieiros, não se embarcando e não se desembarcan-do. Nesta época, não havia atracadouro em Fortaleza. Os navios

jangadas e barcos a remo. Em 30.08.1881, Tentaram embarcar

ros. Consequência: Dragão do Mar foi demitido das funções de prático-mor . Houve reações, protestos dos comerciantes, pressões junto ao Governo provincial e denuncias de abusos junto ao governo do Império. Mais tarde, em 1883, Dragão do Mar foi suspenso de suas funções de prático da barra, “resta--me agora fechar as minhas contas com os meus gratuitos e covardes inimigos”.

Em 30.11.1882, José do Patrocinio, o “Marechal Negro”, líder abolicionista do Rio de Janeiro, desembarcou em For-taleza, com Alipio Teixeira, seu colega da Gazeta da Tarde, tendo calorosa acolhida da Libertadora, o Centro Abolicionista e do Clube dos Libertos. Num encontro com Dragão do Mar, indagou: “então, o porto está mesmo bloqueado?” A resposta:

ro”. A presença de Patrocinio em Fortaleza teve impacto, com manifestações no Passeio Público, vitrine da pequena cidade. O “Libertador” repercutiu a visita e os abolicionistas marcaram para 1° de dezembro a libertação dos 32 escravos em Acarape/Redenção, iniciando a onda emancipacionista. Começaram a recolher dinheiro para comprar as alforrias. Uma delas , de um conto de réis (1:000$000), veio do Imperador dom Pedro II para a Sociedade Cearense Libertadora , sacada do Banco do Brasil contra os srs. Pereira Carneiro &Cia, de Pernambuco,

emancipação, com a presença de José do Patrocínio que retor-nou ao Rio de Janeiro em 10.01.1883 e que cunhou a expressão

que o Ceará era a “Terra da Luz”, que nos acompanha há mais de um século, exprimindo o que vira no Ceará. Daí pra frente, cada município foi repetindo o gesto: Pacatuba, Arrarial/Uruburetama, São Francisco/Itapagé, Imperatriz/Itapipoca, Canoa/Aracoiaba, Baturité, Icó, Tauá. Maran-guape, Aquiraz, Sobral, Trairi, Santa Quitéria, Aracati, Cachoeira, Lavras, Tamboril, Santana, Independência, Camocim, Cascavel, Morada Nova, Acaraú, São Bernardo de Russas , Granja.

O movimento ganhou impulso. Joaquim Nabuco , de Londres, ao tomar conhecimento do que aconteceria no Ceará em 25 de março de 1885 “Chega-me de diversas partes a noticia de que no dia 25 de março a província do

escravidão. Não há em nosso passado desde a Independên-cia uma data nacional igual à que a providencia do Ceará vai criar”. E criou. Coube ao presidente da Província , o baiano Sátiro de Oliveira Dias, com muita pompa, ênfase,

tiros, na Praça Castro Carreira, anunciar: “A Província do Ceará não possui mais escravos”. O grande ausente foi Dragão do Mar que embarcara para o Rio de Janeiro, em 14 de março, tendo sido recebido por dom Pedro II. Em Paris, José do Patrocínio reuniu a imprensa francesa, anunciou o feito e leu um cartão de Vitor Hugo: “Uma Província do Brasil acaba de declarar extinta a escravidão no seu território. Para mim a notícia é extraordinária”.

Depois do Ceará, o Presidente da Província do Ama-zonas, o cearense Teodoro Barreto de Farias Souto, fez idêntica proclamação em 20 de junho. Mais tarde, Pará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.

É bom que as gerações atuais, tão despolitizadas e anes-tesiadas pela política de baixo nível das elites brasileiras, tomem conhecimento dos feitos de seus antepassados.

JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor, com base em Djacir Menezes e Raimundo Girão.

Leituras VIII1. A pressa é inimiga da conexão.

2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. A arquivo dado não se olha o for-mato.

4. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

5. Para bom provedor uma senha basta.

6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

8. Hacker que ladra, não morde.

9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

10. Mouse sujo se limpa em casa.

11. Melhor prevenir do que formatar.

12. Quando um não quer, dois não teclam.

Humor Negro & Branco Humor

13. Quem clica seus bons ares multi-plica.

14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

16. Quem não tem banda larga, caça com modem.

17. Quem semeia e-mails, colhe spams.

18. Quem tem dedo vai a Roma.com

20. Diga-me que computador tens e direi quem és.

21. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão

minha ?

22. Aluno de informática não cola, faz backup.

23. Na informática nada se perde nada se cria... Tudo se copia... E depois se cola.

Os ditados da era digitalPensamentos nada corretos...

PIOR DO QUE NÃO TER O QUE VESTIR, é não ter alguém para te despir...

Casamento começa em ‘motel’ e termi-na em ‘pensão’!

PINTO É QUE NEM DÓLAR: SOBE NO PARALELO E CAI NO OFICIAL.

É fazendo muita merda que se aduba a vida!!!

‘Ironia do destino é quando um jardi-

trepadeira...’

Qual mulher nunca comeu uma caixa de bis por ansiedade, uma folha de alface por vaidade e um cafajeste por saudade?

‘Não adianta ser rico e usar roupas caras, se o melhor da vida a gente faz pelado.’

‘Nóis só num bebe acetona porque tira o esmalte dos dente.’

‘Tem dia em que a noite é foda.’‘Se tiver que casar, case com uma mu-

lher baixa. Dos males, o menor!’

‘’Passar a mulher para trás é fácil,difícil é passar adiante!’

que pensem que você é umidiota, do que abrir a boca e não deixar

nenhuma dúvida.’

Homem é como orelhão: A cidade está cheia deles, só que 75 % não

funciona, e o restante está ocupado.

A S S A L T O J A P O N E S KKKKKKKKKKKKKKKK

A polícia estava fazendo a maior blitz por conta de um assalto a um banco, nas imediações de Carapicuíba, em São Paulo.

Quando interceptaram uma kombi considerada suspeita, a qual estava lotada

de japoneses.A polícia foi logo gritando: ‘Desce todo

mundo!!!!!!!!!!!’A japonesada obedeceu em silêncio.‘Agora um por um, vai dizendo seu

nome!!!!!’E eles obedientes foram se apresen-

tando:Sartamo, Obanko, Matamo, Okasha,

Kontiro, Nosako, Katamo, Osnique, Saimo,Koreno, Fugimo, Nakombi, Osguarda,

Pararo, Tomamo, Noku.

Pensamentos nada corretos

Page 14: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília14Setembro/11

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Page 15: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br15 Setembro/11

DocumentoBruno Pedrosa, uma referência do Ceará, do Riacho do Machado (Lavras da Mangabeira),Virou o mundo pelo avesso,

saiu do Ceará, mas o Ceará não saiu dele. Exposição sobre sua obra será inaugurada dia 20.10 na Unifor, em Fortaleza.Raimundo Pinheiro Pedrosa ou Bruno Pedrosa, 61 anos, um dos

maiores artistas plásticos cearenses contemporâneos, desenhista, pintor, escultor, joalheiro, tapeceiro, tem um compromisso que quer resgatar: Riacho do Machado, Lavras da Mangabeira e Ceará. Quer ser reconhecido como cearense. Virou o mundo pelo avesso, saiu do Ceará, mas o Ceará não saiu dele. A Itália é grande, mas o Ceará é maior. Nascido no Ceará, jamais perdeu sua identidade principal. Há 43 anos longe do Riacho do Machado, amigo de infância de Nonato Luis, seu primo, e de juventude de José Sampaio de Lacerda Junior, do Crato, é uma apaixonado por sua terra, tem consigo uma biblio-teca de 3.000 volumes sobre a História do Ceará, encadernada com couro de vaca do Ceará, com raridades históricas, disputadas a tapa com outro notável colecionador de obras cearenses, José Bonifácio Câmara, cuja família vendeu a sua biblioteca de 30 mil volumes ao governo do Ceará. Tem até uma coleção completa da revista Itaytera, do Crato. Acompanha o que se passa na terra e se emocionou em 20.08, quando na despedida do ministro Ubiratan Aguiar, em Brasília, encontrou em casa de Geraldo Vasconcelos dezenas de cearenses: “matei muitos coelhos com uma cajadada”, ao ser apresentado a todos eles. Neste dia tomou cajuína, comeu castanha.

cheio de fé, esperança e orgulho o que se consumará em de outubro, em Fortaleza, quando inaugurará exposição de desenhos e pinturas, na Unifor, sob patrocínio do Ministério das Relações Exteriores da Itália e que abrirá o Ano da Cultura Italiana no Brasil, a ser celebrado em 2012. A Exposição tem a curadoria do Museu de Arte Contemporânea de Lucca, sendo curador um dos maiores críticos de arte da Itália, Maurizio Vanni, e marcará os 40 anos de sua 1ª mostra fora do Brasil. Contará com 15 quadros e 15 desenhos. Os desenhos são uma pequena mostra do que chamou de “Suite Cearense”, um

nome de cada uma das 70 praias do Ceará entre Piauí e Rio Grande do Norte, coisa que o Google tem sem a indicação dos nomes, mas que ele debruçado num mapa detalhou com seus lápis. A exposição terá em seguida uma trajetória pelas principais galerias do mundo. O que gostaria é que fosse editada a “Suite Cearense” no Ceará

não adianta ser conhecido em todo mundo e ser desconhecido no meu país e no meu Ceará. Quero

Machado. E difícil mas não impossível. Venci

e vencerei este também”. Bruno é determinado, como todo cearense.

“O mundo é mundo em toda a dimensão da sua bola. Um ho-mem pode viver acima ou abaixo da linha do Equador, que não é um papel que determina onde tem que viver. Se um dia você sentir necessidade de ter uma cidadania que guarde no coração que seja a de cearense”. A frase de Raimundo Pinheiro Pedrosa, “Raimun-do André dos Torrões”, seu avô, ditada no Riacho do Machado,

Catingueira”, seu pai, que vive ainda hoje na mesma sesmaria de Bernardo Duarte Pinheiro, outorgada em 20 de fevereiro de 1717, e desde então ocupada por seus descendentes. Fala com carinho de seu avô que o acompanhou à distância. O avô dos Torrões um dia lhe disse e jamais esqueceu: “Numa terra que não tem rapadura não se pode viver”!

Em 1968, a família se reuniu no Riacho do Machado, com a presença do avô, do pai, familiares e dos amigos para uma despedida

Pinheiro Pedrosa, com 18 anos, comunicou a todos sua disposição de ir estudar no Rio de Janeiro. Passara uma temporada no Crato

aí que se avô lhe perguntou: estudar o que? “Belas Artes”, respondeu

respeito, mas o pai lhe passou uma baita descompostura na frente de todos. Uma coisa feia. Bruno ouviu calado, pois fora educado

Terminado, retrucou num tom mais baixo, com a dignidade de quem sabia o que queria e ainda deixou claro: “ Vou estudar arte,

não quero um centavo seu. Buscarei meu rumo”. Seu Manoel André

com sua ajuda, pois tinha algumas vacas e poderia até vender, para lhe sustentar, se precisasse. Sem mágoa, mas sangrando um pouco, fala que seu pai pouco quis saber de sua caminhada, matando um leão por dia para conquistar seu espaço. Um dia perguntou ao seu

“Vale muito dinheiro, pai”, colocando um bocado de zeros. ”Então dá pra comprar muitas vacas”. Hoje, vivo, aos 91anos, tá lá no seu canto no Riacho do Machado.

No Rio de Janeiro, morava em um apartamento na Rua Sena-dor Vergueiro e teve como madrinha, Rachel de Queiroz, então o grande nome do Ceará na Capital da República. Quando lhe disse o que pretendia fazer respondeu no talo: “Belas Artes”. Rachel disparou: “Você está é doido”. No mesmo ano, 1968, realizou sua 1ª. exposição individual,no Museu Antonio Parreiras, em Niterói. Em 1972, publicou seu 1º. trabalho, um álbum de desenhos tendo Ouro Preto como tema.

Pietro Maria Bardi, lhe abriu as portas no mundo da arte, orientou e levou a conquistar uma bolsa da Fundação Hartford Bristol que lhe permitiu, em 1975, fazer uma serie de desenhos de cidades colonias da América Latina, começando por Ouro Preto, Brasil; Sucre, na Bolívia, Cuzco,no Peru, Iquitos, no Equador, e posteriormente mostra intinerante nos Estados Unidos e no México, onde conheceu a obra do muralista Alfaro Siqueiros.

Mas Raimundo não estava doido, fez o vestibular na Escola

Nacional de Belas Artes, que passara por um terremoto, pois seus principais mestres tinham sido aposentados compulsoriamente pelo regime político dominante, profs. Mario Barata, Abelardo Zaluar

no Ceará quando deu referência aos grandes nomes das artes do Ceará, Vicente Leite, Aldemir Martins, Sinhá d’Amora, Antonio Bandeira, Sérvulo Esmeraldo. Na direção Escola estava Thales

ralelo ao curso de Belas Artes cursou também, sempre na UFRJ,

Mosteiro de São Bento, na Praça Mauá no Rio de Janeiro, onde era

cearense Hildebrando Nogueira Accioly, que fora ministro das Relações Exteriores e por longos anos embaixador junto a Santa Sé. Filho e neto, respectivamente, do Presidente da Província do Ceará, Nogueira Acioli. Trocou Raimundo por Bruno, virou monge postulante e levado pela leitura de “A Montanha dos 7 Patamares”, de Thomas Merton, o jornalista e escritor norte-americano que escreveu 40 livros, abraçando a vida em comunidade, de silêncio,

estabilidade,renuncia, meditação, vivendo a regra monástica de São Bento, sob o lema “ora et labora”, reza e trabalha. Os monges faziam tudo que trouxeram da vida civil. Quem era engenheiro,

continuou pintando, desenhando, em contato com o mundo das artes do Rio de Janeiro. Fez inclusive um painel de 6 metros qua-drados que está no Mosteiro de São Bento, de Juiz de Fora/MG e um retrato de João Paulo II que se encontra no Museu do Vaticano.

“Monge necessariamente não é padre, é um cristão que decide viver a vida cenobitica sob uma regra de obediência, silêncio, oração e trabalho”. Assinalou, lembrando que o Mosteiro fora construído pelos monges e que se mantinha, não com dízimos, doações e contribuições,cobrança de batizados e casamentos, mas com o resultado do trabalho dos próprios monges. Recorda alguns dos grandes nomes do Mosteiro, Dom Lourenço Almeida Prado, médico, Dom Irineu Pena, neto do ex Presidente Afonso Pena e Dom Marcos Barbosa, da Academia Brasileira de Letras.

Em 1980, deixou o hábito de monge mas com sua arte produziu um álbum de 30 desenhos do Mosteiro, publicado para comemorar os 1.400 anos de nascimento de São Bento, com apresentação de

de Clarival do Prado Valadares, amigos e incentivadores, e que se transformou em documento histórico, hoje esgotado, e disputado em leilões e livrarias de arte. Uma nova re-edição, inclusive bilín-güe, está em curso, idéia que apóia.

Cinco anos depois saiu do mosteiro e foi morar em Niterói, onde montou atelier de pintura em Icaraí. Em Niterói,viveu e está enterrado o maior pin-tor cearense de todos os tempos, Raimundo Cela, que foi professor da Escola Nacional de Belas Artes. Bruno conquistou a cidade tornando-se Cidadão de Niteroi. Em 10 de março de 2012,sua afeição pela cidade será retribuída com exposição comemorativa dos 40 anos de carreira, no Museu do Ingá, que foi sede do governo do antigo Estado do Rio de Janeiro.

Em 1981, conheceu Elinor Perlingeiro Garnero, Lila, arquiteta, casaram-se seis meses depois e foram morar em Ipanema. Reabriu seu atelier no Flamengo. Ela era de Ipanema, nascida na rua Barão de

Garnero, que viera fazer uma temporada no Municipal e se apaixonou pelo Rio de Janeiro, casado com Ausonia Perlingeiro, uma mulher tipicamente carioca, bonita e encantadora. Em 1982, nasceu a primeira

na Itália, especialista em Direito Internacional. Em 1985, nasceu a

casada com o físico italiano Alberto Cavallin. Em 1986, lançou o álbum de desenho “Retratos do Rio”, com

tiragem limitada e numerada, e o poema “Retrato de uma Cidade”, de seu amigo, Carlos Drummond de Andrade. Em 1987,levou a família para morar em Mury, em Nova Friburgo, quando evoluiu, progressivamente, do naturalismo realista, para o expressionismo fouvista para chegar gradativamente ao abstrato gestual. Em 1988, viajou pela Espanha, Portugal, França.

Em 1990, mudou-se para a Itália, indo morar inicialmente em Cuneo, no Piemonte, no noroeste italiano, terra natal de seu sogro, mudando-se depois para Bassano del Grappa, cidade de mais de mil anos, ao pé do monte Grapa, 70 km distante de Veneza, com 40 mil habitantes, mas que tem três grandes museus, uma Academia de Letras, grande biblioteca, livrarias, o que lhe assegura intensa e distinta vida cultural na Itália. Em Bassano viveu muitos anos em uma casa histórica, situada ao lado do “Ponte Vecchio”, um dos mais importantes monumentos históricos da Itália, datado de 1542. Seu atelier transformou-se rapidamente em ponto turístico, sendo comum turistas baterem à porta com postal na busca de autógrafo. Durante 15 anos trabalhou na fundição de cristal de Murano, a mesma que produziu trabalhos em vidro para Picasso, Matisse, Braque, Moore, que atrái milhares de turistas. Suas esculturas estão em mais de 30 países.

Ibiapina e José Sampaio de Lacerda Jr.

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Ceará em Brasília16Setembro /11 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Homenagem de Geraldo Vasconcelos e sra. ao Ministro e sra. Ubiratan Aguiar, que se aposentou no TCU

O Almoço de despedidas do Geraldo Vasconcelos (Tianguá) e Maria, ele presidente da Confraria dos Cearenses, em 20.08, em sua casa,para o ministro Ubiratan Aguiar (Cedro) e Inezita, que se despediu do Tribunal de Contas da União em 06.07, de surpresa, sem foguetes, no silêncio do plenário, reuniu os ministros José Coelho Ferreira e(Novo Orien-te) e Genoveva, Valmir Campelo (Crateús)e Marizalva, Claudio Santos (Parnaiba/PI) e Eliene, ministra Maria Elizabeth Guimarães Rocha, do STM, e general Romeu Bastos, procurador Roberto Gurgel (Fortaleza)e Claudia, embaixadores Rui Nogueira (Rio de Janeiro) e José Marcus Vinicius de Souza (Fortaleza) e Márcia, deputado Danilo Forte e Valéria,desembargadores Cruz Macedo (Mauriti) e Monica, Lecir Manuel da Luz e Tereza,

Stênio Campelo (Crateús) e Ana, jornalistas Fernando Cesar Mesquita (Fortaleza), pre-sidente da Casa do Ceará,e Claudia, Rangel Cavalcante (Crateús) e Celina, Lustosa da Costa (Sobral)e Veronica, Wilson Ibiapina (Ibiapina), JB Serra e Gurgel (Acopiara) Jose Sampaio de Lacerda Junior (Crato) e pintor Bruno Pedrosa (Lavras da Mangabeira),mais

Hugo Gueiros, Fernanda, Marília (Bernardo) , Paula (Lucas); José Gerado Filho, Alba, Marccella e Fabrício, e Mariza.A surpresa foi a presença do consagrado pintor cearense Bruno Pedrosa (Lavras da Mangabeira), há 40 anos fora do Ceará e há 22 anos morando em Bassano del Grappa,na Italia, a 70 km de Veneza.

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 17 Setembro/11

Nas eleições reali-zadas em 29.09, foram eleitos os novos diri-gentes da Casa ddo Ce-ará para o quadriênio compreendido entre 2011 e 2015, sendo Presidente: Osmar Al-ves de Melo (Iguatu), 1º Vice Presidente: Fernando César Mes-quita (Fortaleza); 2º Vice Presidente: José Sampaio de Lacerda Junior (Crato); Dire-tor de Planejamento e Orçamento : Luis Gonzaga de Assis (Li-moeiro do Norte); Di-retor de Administração e Finanças: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza); Diretora de Obras: Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza); Diretor de Saúde: Francisco Machado da Silva (Pedra Branca); Diretor Cultural: Fernando Gurgel Filho (Fortaleza); (Diretora de Promoção Social: Áurea Maria de Magalhães (Fortaleza); Diretor de Comunicação Social: JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Diretor Jurídico: João Rodrigues Neto (Independência) Conselho Fiscal: Titulares : José Carlos de Carvalho (Itapipoca) , José Colombo de

Souza Filho (Fortaleza) e José Ribamar Madeira (Itapipoca), Suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio), general An-tonio Florêncio Silva (Fortaleza) e Edivaldo Ximenes Ferreira (For-taleza) A diretoria foi eleita e empossada em

29.09.2011, de acordo com os Estatutos e o Regimento Interno.

DesafioO principal desafio

da nova Diretoria da Casa será a implanta-ção do Projeto Fausto Nilo, mediante a venda de uma das glebas de 15 metros quadrados,

no SGAN 909/910. Os recursos servirão para a instalação e equipamento da nova Casa, na outra gleba de 15 mil metros quadrados. Atualmente, a Casa atem 6 mil quadrados de área construída. A nova Casa, aterá 12 mil.

Os presidentes da Casa foram: Chrisantho Moreira da Rocha (Fortaleza), Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca), Maria (Mary) Calmon (Fortaleza), José Jezer de Oliveira e Fernando César Mesquita.

José Carlos Carvalho José Cobombo José Madeira

José Ademir Holanda Antonio Florêncio Edvaldo Ximenes

Casa do Ceará tem nova Diretoria e Conselho Fiscal para 2011-2015

Deputado critica discriminação e intervenç~sao na Oboé

O deputado Roberto Mes-quita (PV) protestou, durante sessão na Assembleia Legislati-va, 20.09, contra a intervenção, feita pelo Banco Central (BC), na financeira Oboé Crédito, Financiamento e Investimento S/A. O deputado manifestou apoio à Oboé Financeira e ao controlador da instituição, Newton Freitas, porque a deci-são da autoridade monetária foi injusta e discriminatória.

No seu entendimento, o Banco Central tratou de forma notoriamente desigual o caso da Oboé, uma empresa do Ceará, quando comparado ao episódio do Banco PanAmericano, de São Paulo, no ano passado,

sofreu intervenção. Já a Oboé, sem problema de liquidez,

ceira vive do crédito, da boa imagem, e hoje, a Oboé já carrega um prejuízo muito grande por essa injustiça”, avaliou o parlamentar.

Para Roberto Mesquita, a Oboé foi “esmagada pelo trator do Banco Central, que não teve pena”, alcançando

Ressaltou o orador que, em nota divulgada na impren-

tivo ou sofreu penalidade por parte do Banco Central.Publicou o Diário do Nordeste, em 21.10.2011.

Page 18: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília18Setembro/11

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Página da Mulher

Receitas nordestinas testadas e provadas

Raimunda Ceará Serra Azul (*)

Bolo de Carimã

Ingredientes

Leite de 1 coco grande

1 kg de carimã4 ovos100g de manteiga1 xicara de queijo ralado

Deixe a carimã de molho de um dia para o outro. No dia seguinte, esprema a carimã num

guardanapo, coloque-a numa tigela, adicione o leite de coco, os ovos, a manteiga e o queijo ralado. Misture tudo muito bem, despeje numa forma untada e leve ao forno quente para assar.

(*)Raimunda Serra Azul (Uruburetama), ad-vogada.

Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa médicosDados indicam que casos entre crianças de 5 a 9 anos

se multiplicaram nas últimas décadas.Para executar este conteúdo em Java você precisa estar

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As estatísticas apontam que a obesidade infantil é a que cresce mais rapidamente no Brasil, e o cenário agravado por mudanças nos hábitos alimentares, ampla oferta de produtos hipercalóricos e menos atividades físicas nas horas de lazer preocupa médicos que lidam com o problema

Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, indicam que, em 20 anos, os casos de obesidade mais do que quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos, chegando a 16,6% (meninos) e 11,8% (meninas).

“É de chorar como está vertiginoso o aumento, como o ritmo está maior”, diz a nutricionista Inês Rugani, profes-sora da Uerj e sanitarista do Instituto de Nutrição Annes Dias. “A obesidade vem aumentando faz tempo entre os adultos, mas não era observada na infância dessa forma.”

“Tratamos a obesidade infantil como uma epidemia pelo ritmo vertiginoso de aumento que está tendo no mundo, e o Brasil está acompanhando esse fenômeno”, diz Rugani, apontando que, em contrapartida, o processo de desnutrição está em processo de superação no país.

Quando se consideram também as crianças com excesso de peso, o problema é ainda mais alastrado. De 1989 para 2009, o sobrepeso mais do que dobrou entre meninos, e triplicou entre meninas.

Hoje, um em cada três meninos e meninas de 5 a 9 anos está acima do peso normal para a idade. O fenômeno é grave também entre pessoas de 10 a 19 anos, faixa de idade em que o excesso de peso gira em torno de 20%.

Entre os fatores que levam ao aumento de peso ainda na infância, especialistas destacam mudanças no padrão alimentar, redução da prática de atividades físicas nas horas de lazer e diferentes hábitos nas refeições – não raro feitas de frente para a televisão.

“Os jogos antes eram na rua ou na pracinha, as crianças gastavam energia”, diz o endocrinologista pediatra Paulo Solberg. “Hoje, as brincadeiras são no videogame.”

“A noção de que elas têm que fazer atividade física é nova, porque antigamente elas faziam naturalmente”,

Excesso de caloriasO aumento do consumo de alimentos de alto valor

calórico, muitas vezes industrializados, também contribui para a obesidade - assim como o hábito de fazer refeições ou lanches fora de casa.

De acordo com dados do IBGE, quase 50% dos ado-lescentes comem fora de casa no dia a dia. Entre os itens mais consumidos na rua estão salgadinhos (fritos, assados ou industrializados), pizza, refrigerante e batata frita.

“A propaganda de alimentos faz esse apelo também, alimentos mais coloridos, milhares de biscoitos rechea-dos”, diz a nutricionista Rosana Magalhães, pesquisadora do departamento de Ciências Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz.

“Os alimentos processados tendem a ter uma densidade energética absurda e perdem a gama de nutrientes que

combater quadro de obesidade infantilO custo de ter itens saudáveis na alimentação também

pode pesar. Mãe da pequena Mylena, Luciane Queiroz Costa está desempregada e diz ser “entre trancos e barran-cos” que consegue ter uma fruta ou legume na geladeira

de obesidade.

frutas pelo preço que está”, diz Luciane. “Está tudo muito

Com BBC Brasil no Rio de Janeiro

Um mercenário a caminhoRegina Stella (*)

E ela chegou, exuberante, linda, no consultório médi-co, cheia de ansiedade, na expectativa do que iria dizer o cirurgião, quando expusesse os motivos que a tinham levado a procura-lo. E com a intenção de acatar a sua opinião e de se submeter aos seus cuidados.

No meio que assiduamente freqüentava, alto nível, cargos importantes e mulheres bonitas, sempre vinha à tona, nas conversas, em se tratando de beleza, da compe-tência do Doutor. Sua exímia habilidade em tirar defeitos, imperfeições,transformar em pequenino e gracioso um exagerado nariz, amendoar os olhos, abolir o excesso de gordurinha sob o queixo, a execrável papada, e uma interminável lista de correções falsamente imaginadas no rosto das beldades, insatisfeitas com os dons que tinham recebido do Criador.

E ali estava, apreensiva, frente ao esteta, medrosa, se submetendo à sua apreciação. A bem da verdade, a si pró-pria confessava, não precisava de um cirurgião plástico! Expunha a sua beleza, tímida e submissa, 30 anos de encanto, os olhos castanhos um pouco repuchados, bre-jeiros, as sobrancelhas arqueadas, o riso claro iluminando

Tinha convicção de que era bonita, mas, como narciso, se debruçava sobre a sua imagem, fascinada, enfeitiçada, insatisfeita, sempre querendo mais!

Tem razão de querer corrigir algumas imperfeições disse com ar de austeridade, depois de ouvi-la,catedrático,

culos Uma mulher inteligente, e atenta, não pode aceitar os descuidos da natureza. E se derramou em adjetivos, fazendo apologia da beleza.Sem perigo algum, o silicone, hoje, resolve todas as preocupações. E, solícito, pressu-

quer pequeno, médio, ou grande o tamanho do b usto? E, sem demora, entrou nos detalhes da cirurgia, por

ninguem perceberia...E aí, sem cerimônia, como um artista em cena, no

palco, gesticulando, enveredou pelas descobertas que

rosto lindo e no corpo escultural. Bem, e prosseguiu: os seus olhos são lindos, mas precisam de uma ligeira in-tervenção, Essas linhas, em volta, são inaceitáveis, num rosto de tanto viço e graça! Essas olheiras, leves,mas dão um ar de cansaço no olhar, e...

A mãe que a acompanhava, ela pedira a sua presença para adquirir mais segurança, e que permanecera o tempo todo calada, apenas escutando, não se conteve. _ Doutor, o senhor não acha que essas leves olheiras são apenas noites

em olheiras passageiras!Quem sabe, uma compressa de água fria, de chá, pode resolver a questão!

Atenta, percebeu, de pronto, um ar de irritação na voz do Doutor, ao retrucar, decisivo:_ Absolutamente! Essa sombra sob os olhos, essas linhas precisam ser tiradas! A cirurgia plástica evoluiu bastante, e é inadmissível que

pequena intervenção lhe devolve uma pele louçã!Mas, Doutor, insistiu a mãe, esses ligeiros riscos são

da exaltação, do fato mesmo de ser jovem e expontane-amente deixar vir à tona as emoções, o arrebatamento!

Como se não tivesse ouvido as ponderações, o Doutor prosseguiu explanando a urgência da cirurgia naquela

por silicone no busto , porque não tirar as linhas em torno dos olhos, o que você acha? e pediu que ela se levantasse, e desse uma volta na sala, O que você acha de fazer uma lipoaspiração nos quadris e tirar um pouco dessa gordu-rinha que está arredondando por demais as suas curvas?

Um olhar agressivo como resposta, o Doutor não se

sua lista de mulheres bonitas, sujeitas à sua tirania, domi-nando o narciso presente nos pobres mortais. Além de, evidentemente, aumentar a sua polpuda renda..

(*) Regina Stella (Fortaleza) , jornalista e escritora

Page 19: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br19 Setembro/11

Sereia de Ouro entregue a Fernando Cesar Mesquita, Valmir Campelo, Everardo Teles e Luiz Hermano

Valmir Campelo Bezerra – Ministro O ministro Antônio

Valmir Campelo Bezer-ra é de Crateús, filho de João Amaro Bezerra e Raimunda Campelo Bezerra, casado com Ma-rizalva Ximenes Maia

Estudou na Universidade de Brasília - UnB, onde concluiu bacharelado em Comunicação Social. Participou de vários cur-sos, entre eles curso de Administração Pública e Desenvolvimento Municipal, realizado na Alemanha, e curso sobre Objetivos e Tarefas das Administrações Municipais no Domínio de Proteção Ambiental, também na Alemanha.

Na atividade pública, destacou-se como deputado fede-ral constituinte, de 1987 a 1991; senador, de 1991 a 1997; ministro do Tribunal de Contas da União, de 2001 a 2002; vice-presidente do Tribunal de Contas da União, de 2001 a 2002; ministro-corregedor do Tribunal de Contas da União, de 2001 a 2002; e presidente do Tribunal de Contas da União, de 2003 a 2004. Participou da Assembleia Nacional Constituinte e exerceu várias atividades parlamentares, como a participação em comissões do Congresso Nacional e do Senado Federal.

Também integrou muitas missões no exterior e, ao lon-go dos anos, vem acumulando inúmeras condecorações e honrarias, entre as quais medalhas do Mérito Alvorada, do

perador Dom Pedro II. Na administração pública, exerceu diversos cargos, como diretor administrativo da Fundação do Serviço Social do Governo do Distrito Federal; diretor administrativo da Sociedade de Abastecimento de Brasí-lia; chefe de gabinete da Fundação do Serviço Social do Governo do Distrito Federal; secretário do Governo do Distrito Federal (substituto); e administrador regional de Brazlândia, do Gama e de Taguatinga, no Distrito Federal. É autor das publicações: “Deputado Valmir Campelo na Constituinte”; “Opinião - Política, Governo e Desenvol-vimento Econômico”; “Plebiscito: Considerações de um Democrata”; “Homens, Feras e Prisões”; “Atividades Parlamentares - 1° Semestre de 1995”; “As Safenas da Economia”; e “O Novo Tribunal de Contas - Órgão Protetor dos Direitos Fundamentais”.

Everardo Ferreira Telles – EmpresárioO empresário Eve-

rardo Ferreira Telles co-manda o Grupo Ypióca. A empresa da família foi fundada há 65 anos pelo bisavô, Dario Telles de Menezes, em Maran-guape, um português que trouxe o conhecimento da fabricação de des-tilados. Ao longo dos anos, os negócios foram passando pelas gerações. Everardo Telles pertence à quarta geração, tendo assumido a área comercial e, em oito anos mais tarde, chegou à presidência do grupo que é um dos maiores produtores de aguardente do Brasil e exporta para mais de 40 países nos cinco continentes. Há três décadas e meia à frente do grupo, ele tem contribuído para a ampliação,

um empreendedor sempre focado no futuro e nas oportuni-dades. Assim, o grupo aplicou investimentos em empresas que atuam em diferentes setores: agropecuária, indústria de papelão, indústria de garrafas plásticas, água mineral, cultura e turismo. Com o acervo de antigas máquinas e de velhos registros do século dezenove, montou o Museu da Cachaça. Lá encontra-se o maior tonel de madeira do mundo, registrado no Livro dos Recordes. O tonel com-porta mais de sete milhões de doses de aguardente em um único recipiente. No museu, os visitantes podem conhecer a saga da família para produzir a primeira cachaça exportada pelo Brasil. E podem acompanhar a evolução da bebida em vários períodos. Ao lado do museu, foi construído um parque de aventuras que transformou aquela área da cidade de Maranguape em um destino privilegiado: o Complexo Turístico Ypióca, o Y-Park, que recebe mais de dois mil visitantes por mês. Parte da renda dos ingressos é doada para a Santa Casa de Misericórdia. Everardo Telles é for-mado em Agronomia e pós-graduado em Economia pela Universidade Federal do Ceará. Da família, herdou os valores morais como alicerce dos negócios, um conceito que transmite para a quinta geração da família. Cinco de

Fernando César de Moreira Mesquita – JornalistaO jornalista Fernando

César de Moreira Mes-quita iniciou a carreira de

na terra natal, Fortaleza, onde trabalhou na Rádio Iracema, O Jornal, O Es-tado e Tribuna do Ceará. Em 1963, em Brasília, ingressou no Diário Ca-rioca. Depois esteve no Correio do Povo, United Press International, Di-ário de Notícias, Rádio Jovem Pan, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Rede Globo. Em plena atividade, é diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal, presidente da Casa do Ceará em Brasília e membro do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações, representando

Mesquita. O jornalista destacou-se no Distrito Federal e já ocupou vários cargos importantes. Foi assessor de imprensa dos gabinetes dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Sarney, assessor especial da Comissão Parlamentar Mista do Mercosul no Congresso Nacional, diretor da Se-

cretaria de Comunicação Social do Senado e responsável pelo Projeto de Comunicação Social do Senado (jornal, rádio, TV e agência de notícias). Foi também diretor da PROPEG - agência de publicidade, em Angola, e responsá-vel pelo Projeto de Marketing Político do Governo do Pri-meiro Ministro Marcolino Moco. Exerceu ainda os cargos de secretário de Estado do Meio Ambiente e Turismo do Governo do Maranhão, secretário executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação e governador do Território Federal de Fernando de Noronha. Presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos do Cidadão, foi secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República e membro do Conselho Deliberativo da Legião Brasileira da Boa Vontade. Já recebeu títulos, medalhas e condecorações, entre eles Medalha Mérito Cidadão Brasiliense, concedido pelo Instituto Histórico e Geográ-

Brasília, título de Cidadão Noronhense, título de Cidadão Maranhense, Grã Cruz da Ordem Alencariana Judiciária do Trabalho, Ordem do Mérito Tamandaré, Medalha da Ordem do Rio Branco, Medalha Santos Dumont e Medalha

Luiz Hermano Façanha Farias - Artista PlásticoO art ista plást ico

Luiz Hermano Façanha Farias nasceu no muni-cípio de Cascavel, onde iniciou os estudos. Filho do agricultor Francisco Campoamor Farias e Silva e de Maria Eugê-nia Façanha Farias, cres-ceu à sombra das man-gueiras e dos cajueiros e desde pequeno mostrou interesse pelas artes. Aos 16 anos, se mudou para Fortaleza, onde

Escola Técnica Federal do Ceará e iniciou o curso de

para Brasília, morou no Rio de Janeiro e foi para São Paulo, onde reside. O artista conquistou espaço e nunca mais parou de viajar pelo mundo, tendo morado dois anos em Paris, 1984 e 1985; participou de duas bienais internacionais de São Paulo, em 1987 e 1991. Expôs no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP - a convite de Pietro M.Bardi. Foram muitas as suas exposições individuais, entre as principais estão “Rio de Contas”, “Rede Concreta/Trama Orgânica”, “Falso Brilhante”, “Extinto”, “Projeto para Dias de Chuva” e “Desenhos”. Entre as exposições coletivas estão “Volpi e as Heranças Contemporâneas”, “Poéticas da Nature-za”, “Era Uma Vez... Arte Conta Histórias do Mundo”, “Bienal do Vento Sul”, “Puras Misturas” e “Proposição”. Seus trabalhos podem ser vistos nos principais museus brasileiros, como o MASP, Museu A. Arte Moderna de São Paulo e Museu A. Pinacoteca de São Paulo, Arte Contemporânea de São Paulo. Uma coleção de trabalhos doada pelo artista, ‘ mostrando várias fases de sua carrei-ra pode ser vista ainda no Museu de Arte, Contemporânea do Ceará, que funciona no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza. Também tem obras na Biblioteca Nacional de Paris e coleções particulares, como Patrícia Cisneiro. Em 2008, quando realizou a exposição individual “Tempo do Corpo”, na Pinacoteca de São Paulo, lançou um livro sobre sua obra. O artista plástico Luiz Hermano Façanha Farias é representado pela Galeria Nara Roesler, em São Paulo. Divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e São Paulo na produção da sua obra.

A entrega do Troféu Sereia de Ouro, em Fortaleza, dia 30.09, encheu o Teatro José de Alencar,em solenidade presidida por d. Yolanda Queiroz. O Troféu de Fernando

César Mesquita foi entregue pelo senador José Sarney,ex-Presidente da República, o do ministro Valmir Campelo,pelo senador Fernando Collor de Mello,ex-Presidente da

República,o do empresário Everardo Teles pelo governador Cid Gomes, e do artista Luiz Hermano pelo Ministro César Rocha.

Page 20: Jornal Setembro 2011

Ceará em Brasília20Setembro /11 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Cid Gomes inaugura Escola de Educação Profi ssional em Camocim

O governador Cid Gomes e a se-cretária Izolda Cela inauguraram em 22.08 uma nova sede, que segue o padrão estabeleci-do pelo MEC, para

nhor Expedito da Silveira de Sousa, em Camocim, município localizado no Litoral Oeste. A unidade ofertará os cursos de Informática, Enfermagem, Turismo, Redes de Computadores, Hospedagem e Comércio. O investimento contou com recursos do Governo do Estado no valor de R$ 7,3 milhões.

A EEEP terá capacidade para 540 alunos, em tempo integral. Com 12 salas de aulas, a estrutura é constituída de auditório para 200 lugares, biblioteca e dependências admi-nistrativas. Para colocar em prática o que aprenderam em sala de aula, os estudantes terão ainda Laboratórios Tecno-lógicos, de Línguas, Informática, Química, Física, Biologia e Matemática. A comunidade escolar vai dispor de um ginásio poliesportivo e um teatro de arena. A obra foi supervisionada pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), órgão vinculado à Secretaria da Infraestrutura (Seinfra).

Atualmente, estão matriculados 401 alunos que, além dos conteúdos disciplinares, aprendem com os projetos colocados em prática na escola. A professora Iris Alves de

objetiva aproximar do estudante o cotidiano vivenciado na

no turismo camocinense”, que teve início em 2009, com a turma de Turismo, que vai se formar em breve.

Mucuripe terá novo terminal de passageiros e carga

Porto do Mucuri-pe passará de profun-didade de 10,5 me-tros para 14 metros, com acesso a navios de maior porte

O edital para a licitação das obras do novo terminal a ser construído no Porto do Mucuripe será lançado no próximo dia 1º de outubro, informa o presidente Paulo André Holanda, da Companhia Docas do Ceará. O Ter-minal de Múltiplo Usos e de Passageiros terá custo estimado de R$ 149,8 milhões, e prazo de 18 meses de construção, após o início das obras. O empreendimento está incluído no PAC 2. Segundo Holanda, ainda falta o recebimento da Licença Prévia, a ser emitida pela Semace, para que o processo seja iniciado.

calado do Porto do Mucuripe, projeto que conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), chamada Virgínia, veiodo Porto de Cabedelo, na Paraíba, para concluir o trabalho que foi interrompido pela máquina anterior, que,

estava desenvolvendo o serviço de forma adequada. A nova draga está concluindo o acabamento dos berços de atracação, o que representa os 5% restantes da obra.

Com a dragagem, o porto passará de uma profundidade de 10,5 metros para 14 metros, permitindo a entrada de navios de maior porte. Segundo Holanda, novos contratos já estão sendo estabelecidos para o recebimento de embarcações maiores. A

tratos de compra de carga em maiores volumes.

O potencial tu-rístico do Litoral Oeste cearense está sendo incrementa-do com a pavimen-tação da rodovia CE-176, ligando a sede do município de Amontada aos distritos de Aracatiara e Icaraí. Os ser-viços já estão praticamente concluídos e proporcionarão melhores condições de acesso às praias do município como Caetanos, Icaraí e Moitas entre outras. O trecho tem 50,8 km de extensão e passou por terraplenagem, pavimentação, revestimento asfáltico, drenagem, serviços auxiliares, con-servação, faltando apenas as sinalizações horizontal e ver-tical. Foram investidos cerca de R$ 17,1 milhões oriundos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) em convênio com a Secretaria do Turismo (Setur).

Além da região litorânea, os investimentos em melhorias

quilômetros do trecho entre Granja e Viçosa (CE-311) foram pavimentados; a CE-362, ligando Massapê a Sobral está na

integração do Ceará, Piauí e Maranhão(Cepimar), dentro do convênio de aproximar esses estados.

Os motoristas que passam pela CE-386, ligando os muni-cípios de Crato e Farias Brito já percorrem os 43 quilômetros do trecho restaurados. O investimento de R$ 23 milhões faz parte do Programa Rodoviário do Estado do Ceará (Ceará III), que está melhorando as condições da malha rodoviária, restaurando ou pavimentando trechos.

Regiões litorâneas e sertão recebem melhorias rodoviárias