Jornal selva 12_f
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No passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr.
Manuel Laranjeira em Espinho, Christophe da Silva, aluno da Escola
Básica e Secundária Ferreira de Castro, recebeu na presença dos represen-
tantes do Ministério da Educação Francês, da Alliance Française do Porto
e da Direcção Regional de Educação do Norte, o Diploma Elementar em
Língua Francesa, nível B2 (DELF B2). (Pág. 2)
A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 12 Abril 2011
Nesta edição:
Notícias 2
Grande entrevista 3-5
Leituras 5-6
Ambiente 7
Novas oportunidades 8-9
Visitas de estudo 10-13
Iniciativas / Projectos 14-22
Poesia 22-23
Teatro 24
Opinião /Reflexão 25-27
Línguas 28-30
Passatempos 30
Desporto escolar 31
A nova Escola 32
Perspectivas para a nossa escola
À conversa com a Directora
Com a nossa escola em grandes mudanças, a equipa redactorial d’
“A Selva” entrevistou a Directora, professora Ilda Ferreira, com o
intuito de recolher as suas opiniões sobre a vida escolar no presente
e no futuro…. (Pág. 3)
Aluno da E. B. S. F. Castro ganha Diploma internacional de Língua Francesa
Como funciona o processo de certificação
de competências dos adultos (RVCC)
Entrevista com a professora Paula Catela
Dar a conhecer as várias oportunidades que existem na nossa
escola para que os adultos possam certificar as suas competências,
é o objectivo da entrevista realizada pelo jornal “A Selva” à coor-
denadora do CNO – CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES,
professora Paula Catela. (Pág. 9)
Alunas da E. B. S. F. Castro apuradas para a
prova de corta-mato...
A Isa e a Diana, alunas do
9º e do 11º Anos da nossa
escola, foram apuradas
para o Campeonato
Nacional de Corta - Mato. (Pág. 31)
Comemoramos o 37º
Aniversário da Revolução
de Abril.
No próximo número do
jornal “A Selva” serão
publicados trabalhos
alusivos a esta data tão
importante para Portugal
20 de Maio - 14 horas
Ministra da Educação
visita a Escola Básica e Secundária
Ferreira de Castro
24 de Maio
Dia da Escola Workshops, mob dancing show, desporto,
música e muito mais... (Pág. 21)
N o passado dia 9 de Dezembro
de 2010, na Escola Secundária
Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, 1
aluno da Escola Básica e Secundária
Ferreira de Castro recebeu, na presen-
ça dos representantes do Ministério da
Educação Francês, da Alliance Fran-
çaise do Porto e da Direcção Regional
de Educação do Norte, o Diploma
Elementar em Língua Francesa, nível
B2 (DELF B2). O aluno agora distin-
guido chama-se Christophe da Silva.
Em Maio de 2010, este aluno realizou,
com excelentes resultados, o exame
oral e escrito que, agora, lhe conferiu
esta certificação.
Estas provas, realizadas em contexto
escolar, desde há três anos, são da
responsabilidade do Ministério da
Educação Francês e regem-se pelos
critérios europeus de certificação do
nível de proficiência linguística em
língua francesa, no âmbito do Quadro
Europeu Comum de Referência para as
Línguas (QECR). À luz deste documen-
to, os exames, iguais para todos os paí-
ses europeus, dividem-se por quatro
níveis de competência linguística (A1,
A2, B1, B2) e são promovidos, no nosso
país, pelo Serviço Educativo da Embai-
xada Francesa em Portugal e pela
Alliance Française, em articulação com
as Direcções Regionais de Educação e a
Associação de Professores de Francês
(APPF).
Este tipo de diploma poderá facilitar,
futuramente, a entrada numa universida-
de francesa e trazer vantagens no acesso
ao mercado de trabalho.
A este aluno, desejamos as maiores
felicidades para o seu futuro académico,
profissional e pessoal e esperamos que
outros alunos, agora no 9º ano, sigam o
exemplo do seu colega e se inscrevam
para a realização dos exames DELF que
terá lugar na Escola Secundária Dr.
Manuel Laranjeira, nos dias 12 e 13 de
Maio de 2011.
Diploma de Língua internacional de Língua Francesa para
aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
Página 2
Notícias
Propriedade: Escola Básica e Secundária Ferreira de
Castro - Rua Dr. Silva Lima
3720-298 Oliveira de Azeméis
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314
Directora: Ilda Ferreira
http://www.esfcastro.net
Responsabilidade pela edição,
redacção e composição
Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gaspar,
Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro,
Vanessa Lima (edição); Diana Con-
ceição, Diogo Silva, Miguel Teixeira,
Rosa Silva (redacção); Ana Carvalho,
Sara Agostinho, Tânia Paiva, Yhony
Alves (composição).
Professores: Artur Ramísio (Área de
Projecto) e Maria João Moreira
(Português).
Impressão: Escola Básica e Secundá-
ria Ferreira de Castro
Tiragem da versão impressa: 200 ex.
Editorial
Cá estamos a procurar cumprir a promessa de
uma nova era para o nosso jornal, marcada pela
responsabilidade que nos foi atribuída de
editarmos o jornal da Escola.
Durante o 2º período lectivo lançámos uma
campanha no sentido da alteração do logótipo do
jornal e de
fomentar a
participação de
toda a
comunidade
educativa na
elaboração do
jornal.
Relativamente
ao logótipo, não
obtivemos
propostas, por isso mantém-se o actual. Mas
quanto à colaboração de alunos e professores,
isso sim, foi uma aposta bem ganha, pois, como
este número do jornal revela, foram muitas e
variadas as notícias que nos fizeram chegar.
O próximo número ainda vai ser melhor!
A turma do 12º E
N o dia 28 de Março, a Biblioteca
recebeu o jornalista e escritor
Vítor Hugo Carmo que “abriu” a Feira do
Livro que ali decorreu.
O escritor falou com alunos do ensino
secundário acerca dos seus projectos
(como a conclusão de um romance e uma
incursão no cinema), das suas actividades
profissionais e da forma como consegue
conciliar o trabalho diário com a escrita.
Respondeu também às várias questões
apresentadas por um conjunto de alunos
bastante atento e interessado!
Vítor Hugo Carmo já publicou o livro de
contos “O mel e o fel” e o livro de poesia
“A outra página em branco”. Em prepara-
ção está um romance… ficaremos à espera que ele chegue à nossa BECRE!
Até lá, se tiverem curiosidade, procurem na net o programa “Fa-las curtas”, da RTP2, e
encontrarão uma curta-metragem de Vítor Hugo Carmo.
Escritor e jornalista Vítor Hugo na Feira do Livro
da Escola
Encontro do escritor e jornalista Vítor Hugo com alu-
nos da Ferreira de Castro
3 ,141592653589793…
Este é apenas o início de um número muito especial com uma infinidade de casa deci-
mais: o número π – a razão entre o perímetro de um círculo e o seu diâmetro.
No dia 14 de Março comemorou-se na Escola B. Secundária Ferreira de Castro este dia, com
o objectivo de promover junto dos alunos o gosto pela matemática, aproveitando o interesse que
o π tem suscitado ao longo dos tempos em todas as culturas.
Dia do PI
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Legenda que descreve a ima-
gem ou gráfico.
Que balanço é que faz deste ano lectivo? Faço um balanço francamente positivo, até porque comecei há pouco
tempo. É o segundo ano do meu mandato e penso que estou a conseguir
levar avante aquilo a que me propus em termos do Projecto de Inter-
venção na escola. Como sabem, há dois anos realizou-se um processo
de candidatura para o Director da escola, existiu mais do que uma can-
didatura, sendo o projecto apresentado por mim aquele que mereceu o
acolhimento da maioria dos membros do Conselho Geral. Por isso, irei
cumprir aquilo a que me propus.
Em relação ao ano passado, o número de alunos tem aumentado
ou diminuído?
Sensivelmente o mesmo. No ano passado tínhamos 1094 e este ano
1050. O que temos é mais turmas: para além do ensino regular, este ano
temos mais 2 Cursos de Educação e Formação (CEF), tipo 6; relativa-
mente aos cursos profissionais, temos mais uma turma do primeiro ano
de Animação Sociocultural e menos uma turma, do Curso Técnico de
Gestão; continuamos a ter dois cursos de Educação e Formação, tipo 2,
o de Empregado Comercial e o de Padaria e Pastelaria. O nosso objecti-
vo é aumentar a oferta formativa, não só no ensino profissional, como
também aumentar o número de turmas no ensino regular/normal. No
próximo ano lectivo vamos ter um grande desafio: o segundo ciclo
nesta escola, com turmas do quinto ano, que vamos acolher pela pri-
meira vez, a partir de Setembro. O desafio do ano em curso foi, de
facto, conviver pacificamente com as obras; no próximo será o novo
ciclo do ensino básico!
Com as novas instalações, a escola irá fazer parte de algum agru-
pamento?
Com a construção do Centro Escolar, que está previsto para os terre-
nos contíguos à Escola, já cumprimos o estipulado na lei, pois passa-
mos a constituir um Agrupamento Vertical, com alunos desde o pré-
escolar até ao décimo segundo ano. A decisão ainda não está tomada. A
DREN irá decidir depois de ouvir a Escola e o Município. No entanto,
estou com a esperança de que, tornando-se um Agrupamento Vertical,
a escola se vai tornar muito grande e difícil de gerir. Mais complicado
seria gerir um agrupamento com mais do que um núcleo escolar.
Nestes últimos anos tentamos reforçar a identidade da escola, em
torno do nosso patrono: construímos um Projecto Educativo, apro-
vado no ano anterior, um novo Regulamento Interno e uma nova
imagem da escola, um novo logótipo, tudo numa tentativa de criar e
reforçar a identidade da nossa escola. O nosso Projecto Educativo
foi considerado, pela Agência Nacional de Qualificações, um dos
seis mais interessantes e consistentes, num universo de sessenta
escolas.
Como é que vai ser dirigido, isto é: haverá novas funções?
Para o quinto ano? Sim, será nomeado um coordenador que irá
acompanhar este novo ciclo. Este, como já mencionei, será o nosso
próximo desafio.
Estão anunciadas alterações aos currículos como, por exem-
plo, vão deixar de existir as aulas de Área de Projecto. Que mais
alterações poderão vir a existir?
O que já está na lei para funcionar, a partir de Setembro, no próxi-
mo ano lectivo, é o término da Área de Projecto e do Estudo Acom-
panhado, no 3.º ciclo. O
Estudo acompanhado vai
funcionar apenas como
apoio educativo. Em
relação ao ensino secun-
dário, ainda não foi nada
publicado, embora exista
uma proposta que se
encontra em discussão
pública.
Sabe se existem casos
de violência aqui na
escola?
Esse foi um desafio
inicial, primeiro, no
projecto de Intervenção
do Director e depois no
Projecto Educativo.
Perspectivas para a nossa escola
À conversa com a Directora
As obras de remodelação da Escola
Básica e Secundária Ferreira de Castro
aproximam-se do fim e, a par disso, há
também notícias relacionadas com a
reorganização das escolas e dos
currículos. Com a intenção de saber de
que modo estas alterações se poderão
reflectir na vida escolar, no presente e no
futuro, a equipa redactorial d’ “A Selva”
entrevistou a Directora da escola,
professora Ilda Ferreira.
“Nestes últimos anos tentamos
reforçar a identidade da escola,
em torno do nosso patrono:
construímos um Projecto
Educativo, aprovado no ano
anterior, um novo Regulamento
Interno e uma nova imagem da
escola, um novo logótipo, tudo
numa tentativa de criar e reforçar
a identidade da nossa escola.”
(Cont. p. 4)
Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 3
Página 4
Legenda que descreve a ima-
gem ou gráfico.
Nestes documentos, um dos objecti-
vos era melhorar as relações inter-
pessoais entre os pares da escola,
reduzindo os casos de indisciplina e
violência. A escola tem uma equi-
pa, designada Equipa de Qualidade,
que faz a avaliação contínua da
escola e, portanto, também dos
casos de violência. Apercebemo-
nos do elevado número de casos de
indisciplina e da existência de mui-
tos procedimentos disciplinares.
Neste sentido, foram elaborados
inquéritos aos alunos sobre a vio-
lência. Os alunos pronunciaram-se
sobre aquilo que sentiam na escola. Fizemos uma análise e pedimos
sugestões aos alunos sobre formas de minorar este fenómeno e surgi-
ram várias ideias.
Foi, neste contexto, que nasceu o Projecto da Diversão Solidária,
coordenado pela professora Yaneth Moreira. Um dos objectivos deste
projecto é a criação e reforço de laços de solidariedade, entre alunos,
dando-lhes maiores responsabilidades. Outra forma de reduzir a violên-
cia foi o movimento associativo dos
alunos. Incentivámos o ressurgimento da
Associação de Estudantes. Acho muito
importante este tipo de iniciativas por-
que, ao mesmo tempo, os alunos criam
hábitos de cidadania responsável através
da participação nos órgãos próprios, e
também dão voz aos estudantes.
Ainda em relação à violência, criámos
o Gabinete de Apoio ao Aluno no senti-
do de evitarmos situações de violência.
Os alunos com problemas comportamen-
tais são sinalizados e é efectuado um
plano de acompanhamento. A prevenção
deste fenómeno evitará situações extre-
mas de procedimentos disciplinares.
Reduzimos substancialmente os proces-
sos disciplinares. O trabalho de preven-
ção é mais importante do que o de puni-
ção.
Existe uma participação activa dos
pais (Encarregados de Educação) na vida escolar?
Os elementos da Direcção da Associação de Pais são pessoas activas,
que gostam de colaborar e têm participado em vários projectos da esco-
la, nomeadamente no Projecto da Diversão Solidária, ofereceram as
setas electrónicas e outros equipamentos. É importante o envolvimento
dos pais nos projectos escolares. A associação reúne-se mensalmente e
eu participo nas reuniões, ouço o que têm a dizer e presto esclarecimen-
tos em relação àquilo que questionam. É importante a sua participação.
Temos pais muito atentos.
Em relação às obras, nós sabemos que estão a terminar. Quando
será o dia certo para a inauguração?
Não sabemos. O prazo inicialmente apontado para a conclusão é 14
de Março de 2011, mas dificilmente será nesse dia. Como sabem, quem
está a conduzir as obras não é a escola mas sim a empresa Parque Esco-
lar, que faz a sua gestão e que terá a decisão final sobre a data da inau-
guração. Vamos apontar para Abril...
E vem alguém especial?
Também não sabemos. Sabem que isso é tudo organizado pela
empresa e a gestão é feita por ela.
Mas não queria que viesse aqui alguém como o Presidente da
Câmara, por exemplo?
Sim, faço muita questão que venham pessoas tais como o Presi-
dente da Câmara, o Vereador da Educação. Seria importante a pre-
sença de um membro do governo, pois daria um maior significado
ao acto.
Que perspectivas tem para o futuro em relação à escola?
Espero cumprir aquilo a que me propus e levar as coisas com
calma, até porque sou uma pessoa calma e gosto de ouvir toda a
Comunidade Escolar. Adopto uma
liderança “com as pessoas” e não
“sobre as pessoas”. É essencialmente
nisso que eu aposto e também na
criação de uma rede de lideranças.
Penso que caminhamos exactamente
para isso.
O espaço escolar aumentou.
Acha que há um número suficiente
de funcionários?
Olhem, não há! Nós temos menos
10 funcionários do que os necessá-
rios. Temos feito sentir isso à tutela.
Os pais têm ajudado no que toca a
esse assunto porque também é impor-
tante a sua colaboração.
Como sabem, a escola triplicou o
seu espaço e são necessários muitos
mais funcionários. No entanto, como é sabido, o orçamento de esta-
do não permite mais contratos. Foi sugerida pela DREN a contratua-
lização externa dos serviços de limpeza, o que já nos ajudava, se
fosse concretizada. Isto porquê? Se os nossos funcionários cumpris-
sem o horário só para estarem em determinados sectores e se a lim-
peza fosse feita pela empresa teríamos horários diferentes, porque os
funcionários poderiam entrar mais tarde e cumprir o seu horário só
nos sectores. Não teriam que fazer a limpeza.
A vinda de uma empresa de serviços de limpeza teria ainda outras
vantagens. Por exemplo, os vidros do exterior do 1.º andar, têm de
ser limpos por uma empresa que tenha determinados equipamentos
específicos.
É impensável as nossas funcionárias andarem de esfregona, por se
tratar de espaços enormes. Assim, pedimos já, no projecto de orça-
mento para este ano civil, um valor para a contratualização de um
serviço de limpezas externo.
E com o aumento do espaço escolar, teremos também novos
professores, correcto?
Não sei. Porque sabem que o fim das Áreas Curriculares (Área de
Projecto e Estudo Acompanhado) irá libertar professores. Mas,
como vamos ter mais um ciclo, o 5.º ano, vamos necessitar de pro-
fessores de outras Áreas Disciplinares, portanto, aí poderá haver
alguma mudança, mas não será um grande aumento de professores.
Perspectivas para a nossa escola
Entrevista com a Directora
Professora Ilda Ferreira
(Cont. da p. 3)
(Cont. p. 5)
“O nosso Projecto
Educativo foi considerado,
pela Agência Nacional de
Qualificações, um dos seis
mais interessantes e
consistentes, num universo
de sessenta escolas.”
“Incentivamos o
ressurgimento da
Associação de
Estudantes. Acho muito
importante este tipo de
iniciativas porque, ao
mesmo tempo, os
alunos criam hábitos de
cidadania responsável
através da participação
nos órgãos próprios, e
também dão voz aos
estudantes.”
“Espero cumprir
aquilo a que me propus
e levar as coisas com
calma, até porque sou
uma pessoa calma e
gosto de ouvir toda a
Comunidade Escolar.
Adopto uma liderança
«com as pessoas» e não
«sobre as pessoas» .
Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Porque alteraram os horários neste ano lectivo?
Por razões pedagógicas, ou seja, tentar concentrar os alunos de forma
a que eles, saindo mais cedo, consigam mais tempo para organizarem o
seu estudo em casa: ter apoios, ter música, entre outras actividades,
concentrando durante a manhã os tempos lectivos, para que de tarde
possam desenvolver outro tipo de actividades.
Soubemos da existência de várias queixas em relação à comida
servida na Cantina da escola. Que comentário faz sobre este pro-
blema? Irá existir solução?
Por motivo de obras na escola, durante o ano de 2009-2010, o serviço
de refeições passou a ser feito na modalidade de catering. Ao longo
desse ano esta escola denunciou aos responsáveis quer da Direcção
Regional de Educação do Norte, quer da
empresa adjudicatária - Eurest, várias defi-
ciências no serviço de refeições. Menciona-
ram-se, essencialmente, questões relaciona-
das com a pouca quantidade e falta de quali-
dade de alguns pratos confeccionados. Estas
queixas, apoiadas em inquéritos preenchidos
pelos alunos, reclamações de Encarregados
de Educação, levaram à substituição do local
onde se confeccionavam os alimentos.
No início deste ano lectivo, repetiram-se
alguns problemas e acrescentaram-se outros,
como o cumprimento dos horários no início
do serviço, que foram imediatamente repor-
tados à empresa. Foi solicitada uma reunião
com os responsáveis da empresa que ocorreu
no dia 27 de Janeiro e nela ficaram decididas
algumas medidas, nomeadamente relaciona-
das com o cumprimento de horários, melho-
ria do serviço de refeições, quantidade e qualidade da comida.
No entanto, nessa reunião, foi também referido que só depois de ini-
ciada a confecção na cozinha da escola se poderiam dar outras
garantias de melhoria. Relativamente à quantidade servida e varie-
dade das ementas fomos informados de que estão a ser respeitadas
normas indicadas superiormente. Disponibilizaram-se, também, para
aceitar a presença de Pais/Encarregados de Educação que quisessem
almoçar na cantina da escola e “testar” a comida servida.
Tudo indica que, após o período de interrupção do Carnaval, as
refeições possam ser confeccionadas na escola.
Que mensagem gostaria de deixar à comunidade escolar?
A nossa escola está prestes a inaugurar
instalações totalmente renovadas e
melhores.
A Direcção espera e deseja que as
novas instalações contribuam para o
bem-estar e sucesso de todos. Cabe a
cada um de nós tirar o melhor partido
das condições oferecidas em benefício
do estudo, do ensino-aprendizagem e
também do convívio. É preciso, por
exemplo, zelar pela conservação e lim-
peza dos novos espaços e equipamentos.
Só com a colaboração de todos neste
aspecto será possível termos, realmente,
uma escola melhor.
Contamos, ainda, com a Associação
de Estudantes para colocar em prática
este apelo.
(Cont. da p. 4)
Perspectivas para a nossa escola Entrevista com a Directora
Professora Ilda Ferreira
“...ficaram
decididas algumas
medidas (…)
relacionadas com o
cumprimento de
horários, melhoria
do serviço de
refeições,
quantidade e
qualidade da
comida.”
“É preciso (…)
zelar pela
conservação e
limpeza dos novos
espaços e
equipamentos.”
“Contamos (…)
com a Associação de
Estudantes para
colocar em prática
este apelo.”
Apreciação crítica do conto “Tanta Gente Mariana”
ela diz (escreve). O conto con-
tém um grande centro de refle-
xão e quando acabamos de o ler
a nossa vida muda, porque ela
faz-nos pensar tanto que não
conseguimos ficar indiferentes.
O mesmo acontece quando
leio Fernando Pessoa. Ele faz-
me refletir!
Fernando Pessoa também fala
(escreve) muito sobre o porquê
de existirmos…
Ambos os autores tentam
compreender as pessoas,
“pessoas estranhas” para eles;
ambos se sentem sós; ambos
tentam encontrar uma solução
para as suas vidas, mas acabam
por não fazer nada; ambos pen-
A o ler este conto de
Maria Judite de Car-
valho fiquei absorvida pela
forma como ela escreve!
A história em si não me
encantou muito, mas a
forma como ela escreve é,
na minha opinião, espeta-
cular. Gostei imenso!
Ela tem frases que se des-
tacam pela sua profundida-
de de sentimentos e pelo
realismo. Por detrás delas
existe também, por vezes,
alguma ironia. E isso agra-
da-me!
Para além disto, é pratica-
mente impossível não
ficarmos a pensar no que
savam na morte; ambos intera-
gem com poucas pessoas e
passam muito tempo no quarto
sozinhos. Enfim, ambos não
têm convivência social, falam
da angústia existencial e do
isolamento.
Na minha opinião, estes dois
escritores têm uma forma de
transformar as mais simples
palavras em frases cativantes,
de grande reflexão e de pura
simplicidade.
Adriana Santos
O que andamos a ler
Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 5
Nota da Redacção: a entrevista foi realizada em 18 de Fevereiro
de 2011 e, entretanto, algumas das situações relatadas sofreram
alterações, nomeadamente as questões relacionadas com Estudo
Acompanhado e Área de Projecto do Ensino Básico.
M aria Judite de Carvalho nasceu em
Lisboa a 18 de Setembro de 1921.
Autora de inúmeros contos e crónicas, a
sua obra encontra-se afastada dos compên-
dios escolares, permanecendo desconheci-
da para a maioria do público escolar, ape-
sar de ter sido galardoada com inúmeros
prémios literários. Trata-se de uma autora
com uma escrita fluida e cujo universo fic-
cional revela personagens de perturbante
atualidade. Inebriadas pela complexa perso-
nalidade de Fernando Pessoa, as alunas do 3º
ASC foram convidadas a entrar neste univer-
so e o balanço foi muito positivo.
O que andamos a ler… Maria Judite de Carvalho
Resumo do Conto Paisagem sem Barcos
no colégio a falar com a Diretora,
liga-lhe Mário Sena, um ex-
namorado. Mário ligou a Joana
para se poderem encontrar, pas-
sados vinte anos, depois de ele
ter ido para o Brasil. Mário tinha
vindo passar uns tempos a Portu-
gal, antes de se casar, ele iria
casar-se com uma rapariga de 18
anos, e queria revê-la.
Artur é um homem, que traba-
lha num banco, com o qual Joana
pensa vir casar, mas existe um
problema: ele só admite casar-se
depois de a sua filha de 17 anos
se casar, ou seja, daí a muito
tempo. Joana não concordava,
mas como gostava dele, tinha de
aceitar. Na vida de Artur, Joana
estava sempre em segundo lugar.
Ele nunca lhe prestava muita
atenção, gostava que fosse tudo à
sua maneira. Certo dia, Joana
toma a decisão de acabar com
Artur, pois andava bastante can-
sada, exausta com o impasse do
seu relacionamento.
Depois de Joana ter acabado
com Artur, recebe uma chama-
da de Mário a informar que vai
voltar para o Brasil, pois tem
uns papéis muito importantes
para tratar antes de se casar
com a rapariga de 18 anos.
Chegam ainda a combinar
talvez um dia irem os três
passar uns dias ao campo.
Nessa mesma noite, Joana
falou com Paula, mas sentia-se
como se sentia no princípio,
sozinha, abandonada, sem
ninguém. Joana chega a dizer
“Sou uma ilha.”. Pois é uma
ilha perdida no oceano desco-
nhecido com um nevoeiro
denso que não deixa ver os
barcos. Joana volta à sua rotina
anterior, dar aulas, dar explica-
ções e pouco mais.
Andreia Silva
J oana é uma rapariga
de 38 anos e é pro-
fessora de Físico-
Química num colégio.
Uma rapariga calma,
descontraída, bonita,
muito preocupada com
as opiniões dos outros.
Tem uma amiga cha-
mada Paula (apesar de
Joana não a considerar
propriamente uma
amiga íntima), que é
casada com Francisco.
Elas telefonam uma à
outra diariamente para
contarem os pormeno-
res mais interessantes
de cada dia. É uma
espécie de desabafo,
pois Joana está longe
de casa, longe de tudo
e como só tem Paula
conta-lhe as coisas, os seus
medos, os seus acontecimentos.
Certo dia, quando Joana estava
Página 6
Maria Judite de Carvalho
E u confesso que inicial-
mente a minha vontade
de ler este conto era inexistente
e, quando finalmente arranjava
coragem para ler, o livro torna-
va-se confuso e complicado e
eu desistia. Portanto, li o início
umas cinco vezes. No entanto,
no momento em que percebi
que a autora regressa ao passa-
do conjugando o presente
simultaneamente, achei interes-
sante e emocionante a história.
Apesar de ter gostado do final,
e não só por estar a acabar de
ler (estou a brincar), fiquei
curiosa para saber mesmo o que
realmente Leda tinha a dizer a
Graça. Fiquei revoltada porque
nunca vou saber, mas definiti-
vamente considero que a ideia
do final do conto ser igual ao
começo é engraçada e até dá
um toque pessoal agradável.
Gostei muito da história em
si: a infância de Graça é clara-
mente marcante e toca qualquer
pessoa. Achei curioso o facto
de a autora também ter utiliza-
do a estratégia de dizer umas
coisas e só, praticamente, no
final nós as entendermos e faze-
rem sentido.
A afinidade entre Graça e
Fernando Pessoa é que ambos
nunca estão realmente felizes
e satisfeitos (“à espera do
amor, à espera de que o pai
compreendesse, à espera de
que Clotilde falasse, à espera
do perdão que nunca havia de
chegar, à espera, inconscien-
temente à espera da liberdade,
à espera de regressar onde já
nada a esperava, à espera de
Leda… De que mais?”)
Joana Carvalho
Apreciação crítica do conto “Palavras Poupadas”
Leituras III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
P ara comemorar o primei-
ro aniversário do
“Limpar Portugal”, no dia 19 de
Março de 2011, foi limpa a
lixeira da Minhoteira.
Esta lixeira, considerada “o
ponto negro” de todas as lixei-
ras deste concelho, contava
com uma existência de 30 anos
e era uma das mais problemáti-
cas porque, além da quantidade,
havia grande variedade de lixo
lá presente: desde pneus, latões,
ferro velho, colchões, a lixo
doméstico (fraldas, garrafas,
sacos de erva,…).
Antes do dia 19, foram feitas
algumas reuniões de preparação
para este evento em Carregosa
e Oliveira de Azeméis. Nestas
reuniões foram discutidas todas
as normas de segurança, os
meios que iriam ser disponibili-
zados para este dia… para que
no dia estivesse tudo organiza-
do.
No dia 19, as condições cli-
matéricas eram muito boas e
isso favoreceu a vinda de vários
voluntários para este evento.
Pelas 8:30 da manhã já se
e n c o n t r a v a m
na Minhoteira vários voluntá-
rios de todas as idades
(crianças, jovens e adultos) com
boa disposição para ajudar na
recolha. A câmara cedeu os
tractores e a GNR e os Bombei-
ros Voluntários de Oliveira de
Azeméis estiveram no terreno
prontos para ajudar a erradicar
esta mega-lixeira. Para uma
maior higiene e segurança
foram distribuídas luvas e t-
shirts.
Já no final da manhã, pelas 12
horas, dava-se por concluída a
limpeza desta lixeira, tendo
sido retiradas cerca de 100
toneladas de lixo.
Este evento contou com a
presença do Sr. Presidente da
câmara de Oliveira de Azeméis,
Sr. Hermínio Loureiro, que
declarou esta lixeira como “um
problema muito grave do ponto
de vista ambiental” e
como «falta de educação das
pessoas e de respeito pelo meio
ambiente». Apelou também a
que “quem presencie a prática
desses crimes os denun-
cie». Este evento contou ainda
com a presença do Vereador
Isidro Figueiredo e com um
enviado da RTP1 que relatou o
acontecimento.
Segundo Fernando Pinho,
coordenador do núcleo de Oli-
veira de Azeméis, «a questão
essencial a retirar depois deste
trabalho é que se crie uma
onda de sensibilização ambien-
tal, em particular junto das
crianças e jovens». O movi-
mento irá continuar a dar
sequência ao plano municipal
de erradicação de lixeiras, cum-
prindo o compromisso assumi-
do com a autarquia de Oliveira
de Azeméis, «Este foi o primei-
ro passo e a partir daqui vamos
procurar eliminar todos os
focos poluidores», concretizou
F. Pinho.
No fim, como forma de con-
vívio, os voluntários desloca-
ram-se para a junta de freguesia
do Pinheiro da Bemposta,
onde foi oferecido um almoço
pela câmara municipal.
Também é de notar que no
dia 20 de Março foi realizada
uma caminha pela serra da
Freita, que estava inserida nas
comemorações do primeiro
aniversário do Limpar Portugal,
que contou com a participação
de alguns voluntários.
Comentário de Fernando
Nogueira, de 40 anos:
“Havia de haver mais eventos
como este. Como iniciativa é de
louvar, principalmente porque
não envolve instituições, apenas
o esforço de cada um e, tal
como já disse, era muito bom
que houvesse muito mais inicia-
tivas como esta, porque é bom
para o ambiente e para a comu-
nidade. Um bem-haja!”
Miguel Teixeira, 12ºE
Limpeza da Minhoteira
“era muito bom que
houvesse muito mais
iniciativas como esta,
porque é bom para o
ambiente e para a
comunidade”
O s alunos do 8º Ano, que ainda recentemente realizaram uma visita de estudo ao Jardim
Botânico e ao Museu da Ciência, em Coimbra, têm desenvolvido trabalhos com grande
qualidade na disciplina de Físico-Química, os quais têm sido, por isso mesmo, expostos na
Biblioteca da nossa escola.
Exposição de trabalhos de Físico - Química na
Biblioteca da Escola
O olho humano e periscópios pelos 0itavos anos
Tema: Luz de Físico-Química
Ambiente III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 7
O Centro Novas Oportu-
nidades Ferreira de
Castro, no passado mês de Mar-
ço, dinamizou algumas sessões
de júri que primaram pela origi-
nalidade e demonstração prática
de competências.
No dia 16 de Março, a adulta
Nazaré Santos, certificada com
o nível B3, fez uma pequena
demonstração ao júri, presidido
pelo Avaliador Externo Dr.
Nuno Cardoso, de como se faz
um arranjo floral.
No dia 25 de Março, foram a
júri dois Bombeiros Profissio-
nais dos Bombeiros de Fajões,
Carlos Teixeira e Hugo Soares,
que foram certificados com o
nível B3.
A apresentação a Júri foi feita
em conjunto e incidiu sobre o
Suporte Básico de Vida Adulto,
passos a dar, modos de actua-
ção, etc. Foi uma sessão muito
útil uma vez que todos os mem-
bros do júri puderam adquirir
novos conhecimentos.
Ainda no dia 25, o CNO rea-
lizou uma sessão de júri nas
instalações da “Moldit”, empre-
sa de moldes, situada em Ul/
Loureiro, onde foram certifica-
dos 10 colaboradores desta
empresa.
CNO - Certificações do mês de Março
Página 8
A sessão na Moldit
consistiu numa visita
guiada pela mesma,
onde cada candidato
evidenciou as suas
competências no seu
posto de trabalho.
A profissional Alexandra Leal participou na semana de 21 a 25 de Fevereiro numa formação que
decorreu em Gent, na Bélgica.
A Formação incidiu sobre a temática da educação de adultos, nomeadamente na motivação dos mesmos
para o investimento no aumento das suas qualificações e nas diversas estratégias passíveis de utilizar.
A profissional partilhou as temáticas abordadas na formação com a restante equipa, nomeadamente as
profissionais, técnica de diagnóstico e coordenadora do CNO.
CNO da Ferreira de Castro participa
em formação internacional
Novas Oportunidades III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
O que quer dizer RVCC?
É um processo de reconheci-
mento, validação, certificação de
competências, que os adultos
adquiriram ao longo da vida.
Quais são os objectivos deste
projecto?
Reconhecer a história vivida
dos adultos, as competências que
eles adquiriram ao longo da vida
a nível pessoal, profissional e a
nível de instituições comunitá-
rias em que estejam inseridos.
Estes objectivos estão a ser
cumpridos?
Sim estão. Nos primeiros anos
houve muita adesão uma vez que
as pessoas vinham de livre von-
tade e havia um maior grau de
competências; no entanto, com o
tempo, como eram subsidiadas
pelos centros de emprego, viram
-se obrigadas a frequentar o
Centro para aumentar a sua esco-
laridade. Os objectivos ficaram
um pouco comprometidos por-
que os formandos não trabalham
de forma tão eficaz, já que não
são tão bons como eram no pri-
meiro „boom‟. O número de
certificações ao longo do ano
começou a baixar; se eles não
tiverem as competências neces-
sárias são encaminhados para
outro tipo de formação para
terminarem o curso.
Há quanto tempo está em
funcionamento?
Desde de Setembro de 2006,
aqui na escola.
Tem muita adesão?
Nos primeiros anos mais, só
que neste momento o número de
alunos que nos procuram são, de
certa forma, obrigados. Mas sim,
neste momento estamos de novo
a ter muitas inscrições.
6 – Há quanto tempo está à
frente deste projecto?
Desde Setembro de 2009.
Qual o propósito desta escola
ter sido escolhida para alber-
gar esta iniciativa?
Eu penso que a escola aderiu
porque se apercebeu que havia,
de facto, adultos que, ao longo da
sua história de vida, têm muitas
competências quer a nível profis-
sional, quer a nível comunitário e
não havia uma resposta em ter-
mos de ensino curricular para
essas pessoas. Então, o centro
abriu no sentido de reconhecer a
essas pessoas as competências
que de facto elas adquiriram ao
longo da vida e acharam que
eram úteis. Foi nessa perspectiva
que aderiram a esta iniciativa.
O que motiva as pessoas a
ingressar neste projecto?
Por um lado a motivação é
verem, de certa forma, reconheci-
das as suas competências e de
alguma forma terem a equivalên-
cia a estudos que não completa-
ram noutra fase da sua vida.
As pessoas que frequentam o
RVCC prosseguem os estudos?
Já temos vários casos em que
de facto continuaram com os
estudos, alguns para licenciaturas
no Ensino Superior, outros para
cursos de educação tecnológica,
os CET‟s, que são cursos de
especialização tecnológica e
temos vários casos que estão no
Ensino Superior nesses cursos de
educação tecnológica.
As formações são feitas den-
tro ou fora da escola?
Nós temos situações de forma-
ção dentro da escola, grupos que
começam aqui na escola e com-
pletam todo o seu percurso aqui
na escola, mas também desenvol-
vemos itinerâncias, isto é, deslo-
camo-nos a juntas de freguesia,
empresas e desenvolvemos o pro-
cesso nesses locais. Portanto,
dentro da escola ou fora dela.
Que tipo de formações são
essas?
A formação é geralmente orga-
nizada da seguinte forma: primei-
ro temos uma Técnica, que é a
Dra. Liliana que, quando tem um
número de inscrições suficientes,
faz em grupo uma sessão de escla-
recimento acerca das ofertas for-
mativas que os adultos têm ao seu
dispor para completarem o ciclo
de estudos. Depois, a partir daí, a
doutora faz sessões diagnósticas
individuais para ver qual o perfil
do adulto e qual o processo que se
adequa melhor ao mesmo - se será
o processo de RVCC ou não, pois
poderá ser necessário um processo
mais formativo como os cursos de
educação e formação de adultos
que são os EFA‟s. Após essas
sessões e depois de esclarecido o
percurso ao adulto pela técnica
diagnóstica, o encaminhamento
do adulto passa para os profissio-
nais de RVCC, que são pessoas
normalmente licenciadas na área
da Psicologia ou das Ciências
Sociais, entre outras, que vão
acompanhar os adultos e explicar
em que consiste o processo que
vai iniciar. A partir de certa altura,
e depois de várias sessões com os
adultos, entram os formadores de
áreas específicas de acordo com o
currículo.
Se for um currículo básico têm
de entrar formadores de LC -
Línguas e Comunicação - e de CE
- Cidadania e Empregabilidade - e
Como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC)
Entrevista com a professora Paula Catela
Dar a conhecer as oportunidades de formação disponíveis na
nossa escola e o modo como funciona o processo de
certificação de competências dos adultos (RVCC), é o objectivo
da presente entrevista realizada pela equipa de redacção do
jornal “A Selva” à coordenadora do CENTRO NOVAS
OPORTUNIDADES (CNO), professora Paula Maria Simões
Catela.
formadores de TIC e de Mate-
mática para a Vida. Com esses
formadores alternados, o for-
mando vai desenvolvendo as
suas competências de acordo
com a sua história de vida. No
final, quando os formadores
acharem que eles têm as compe-
tências necessárias, são propos-
tos para ir a uma sessão de júri,
isto no nível básico. No nível
secundário a sequência é a mes-
ma, mas os formadores são
diferentes, o nível é mais exi-
gente e prolonga-se em termos
de tempo. No nível secundário
existem só três áreas: CLC-
Cultura Língua e Comunicação,
STC – Sociedade, Tecnologia e
Ciências, CP – Cidadania e
Profissionalidade. No final o
processo é o mesmo: os forma-
dores vão avaliar se têm compe-
tência para irem a júri.
Os formadores são professo-
res da escola?
A maior parte sim.
Qual a variação entre as
idades dos formandos?
É muito variada, vai desde os
dezoito até cerca dos setenta
anos.
No final da entrevista a
professora Paula Catela fez
ainda a seguinte proposta:
“se conhecerem alguém que
ainda não tenha o nono ano ou
o décimo segundo, aconselhem
os mesmos a virem
experimentar o RVCC”
Novas Oportunidades III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 9
E ra uma vez 121 adoles-
centes e 8 adultos. Era
uma vez 3 autocarros. Era uma
vez o relógio a bater as escassas
horas da madrugada. Era uma
vez uma viagem até Mafra.
6 horas da manhã e já alguns
alunos estão à porta da escola.
O percurso é longo, mas certa-
mente vai ser muito agradável,
pois estão reunidas as vontades
necessárias para assistir à repre-
sentação d‟O Memorial do
Convento, de José Saramago, e
para visitar o Palácio que Sua
Majestade, el-rei D. João V
mandou construir com o ouro
do Brasil e o suor do povo.
Que silêncio! Pudera, vão
todos a dormir aquele bocadi-
nho que falta…
Mas o que é bom acaba
depressa: bastou uma pequena
paragem para que todos acor-
dassem e entrassem em amena
cavaqueira.
Fim da paragem. Aqui vamos
nós rumo a Mafra. Chegámos a
horas, tratámos dos bilhetes e
assistimos à peça que a grande
maioria dos espectadores muito
apreciou. Depois do almoço –
entre o parque do Palácio e os
restaurantes ou tasquinhas da
zona – chegou a hora da visita.
Parabéns aos guias que soube-
ram cativar os estudantes com
algumas curiosidades bem
“picantes” e responder pronta-
mente aos esclarecimentos
solicitados.
Depois… Bem, depois foi
lanchar, passear e regressar de
autocarro em grande festa e
animação. O corpo estava can-
sado, o dia seguinte ia ser duro
(desculpem, mas não era possí-
vel adiar o teste…), mas ainda
havia muita garganta para
aguentar a viagem até OAZ.
20 horas 52 minutos: a chega-
da a horas depois de uma via-
gem sem percalços. Só falta
“entregar os meninos” e des-
cansar não sem antes perguntar:
Valeu a pena?
MJ
J á vem sendo hábito os
alunos desta escola partici-
parem em actividades extracur-
riculares que lhes permitem
aprofundar os conhecimentos
que adquirem nas aulas e enri-
quecer os laços que unem alu-
nos e professores. Neste ano
lectivo, os oitavos anos realiza-
ram, no passado dia 21 de
Janeiro de 2011, uma visita de
estudo a Coimbra. Nela conhe-
cerem o Museu da Ciência (no
âmbito de Físico-Química), a
Biblioteca Joanina (no âmbito
de História) e o Jardim Botâni-
co (no âmbito de Ciências
Naturais). A adesão foi extraor-
dinária, tendo faltado apenas
uma aluna por se encontrar
doente. Os alunos manifestaram
-se bastante satisfeitos com a
visita de estudo. Seguem-se
algumas fotografias da visita de
estudo.
Yaneth Moreira
Viagem de estudo a Mafra
Alunos do 8º Ano visitam Coimbra
Página 10
Museu da Ciência
Biblioteca Joanina
Jardim Botânico
N uma actividade integrada no Plano Anual de
Actividades, os alunos das turmas TG3 e 12º
C, acompanhados por professores da nossa escola,
efectivaram, recentemente, uma Visita de Estudo à
9ª Mostra da Universidade do Porto.
Alunos das turmas TG3 e 12º C visitam 9ª Mostra da Universidade do Porto
Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
N o passado dia 26 de
Fevereiro de 2011, os
formandos do curso EFA –
Nível Secundário – da Escola
Básica e Secundária de Ferreira
de Castro, realizaram uma visi-
ta de estudo ao Visionarium em
Santa Maria da Feira.
No laboratório do Visiona-
rium os formandos sentiram-se
“quase” cientistas pois tiveram
a oportunidade única de testar o
efeito das Drogas Sociais
(cafeína, nicotina e o álcool) no
ritmo cardíaco das misteriosas
Dáfnias. Estas experiências não
poderiam deixar de ficar regis-
tadas e, para isso, nada melhor
do que aprender a criar um
blogue, tarefa facilitada com a
preciosa colaboração da moni-
tora do Visionarium.
Esta visita é a prova viva de
que nunca é tarde para aprender
e descobrir o mundo que nos
rodeia, quer através da ciência
quer através das novas tecnolo-
gias.
N o passado dia 24 de Fevereiro de 2011, os alunos do Curso CEF –
Empregado Comercial – da Escola Básica e Secundária de Ferreira
de Castro, realizaram uma visita de estudo ao Hipermercado Continente e
ao Centro Comercial 8ª Avenida - S. João da Madeira. Os alunos tive-
ram oportunidade de visitar os armazéns do Hipermercado com uma expli-
cação especializada acerca dos procedimentos de gestão e controlo de
stocks, disposição, localização, ” ilhas” de produtos no espaço comercial e
serviços pós-venda. Identificaram e caracterizaram ainda, os diferentes
estabelecimentos comerciais e a sua localização no centro comercial.
É longo o caminho por meio de teorias, mas breve e eficaz por meio de
exemplos.
Alunos do CEF - Empregado Comercial
visitam hipermercado 8ª Avenida
Alunos do curso de Panificação e Pastelaria de visita a Bruxelas
O s alunos
da turma
do curso de Pani-
ficação e Pastela-
ria, da Escola
Básica e Secun-
dária Ferreira de
Castro, realiza-
ram entre os dias
28 e 30 de Mar-
ço, uma Visita de
Estudo à cidade
de Bruxelas -
Bélgica. Tiveram
oportunidade de
visitar o Parla-
mento Europeu e,
assim, compreender melhor o
funcionamento da União Euro-
peia. Um dos pontos altos da
visita foi a participação num
worshop de chocolate, ou não
fosse a Bélgica o país do delicio-
Visitas de Estudo
“A sabedoria do mestre, não deverá estar somente em cumprir
metas e leccionar conteúdos, mas acima de tudo, desocultar as
inúmeras competências que existem em cada jovem”
Séneca
As Drogas Sociais - formandos do curso EFA visitam Visionarium
Formandos do curso EFA no Visiona-
rium, em S. Maria da Feira
so chocolate. Houve ainda tempo para visitar a parte
histórica e turística da cidade: a Grand Place, o
Manneken Pis, as “Chocolateries” e o famoso Ato-
mium. Uma viagem inesquecível para muitos destes
alunos.
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 11
N o passado dia 11 de Março, as quatro
turmas do 3º ano do Ensino Profissional
deslocaram-se a Mafra para mais uma visita de
estudo dinamizada pela disciplina de Português.
A visita estava relacionada com um dos conteú-
dos programáticos a abordar no módulo 12 dos
cursos profissionais: Textos Narrativos e Descri-
tivos - Memorial do Convento, de José Sarama-
go (obra de leitura integral) pelo que a visualiza-
ção da representação da peça, Memorial do
Convento e a visita temática ao Palácio Nacional
de Mafra eram de grande importância para
incentivar e facilitar a leitura e compreensão
desta obra e as expectativas de professores e
alunos eram elevadas.
De facto, esta visita não só permitiu aos alu-
nos visitar o espaço onde se desenrola a ação
principal da obra, como também lhes deu a pos-
sibilidade de contatar diretamente com aspetos
da época, locais reais onde viveram algumas das
personagens históricas referidas em Memorial
do Convento.
De salientar igualmente a importância da visi-
ta temática que foi orientada por um guia que
forneceu aos alunos informações importantíssi-
mas acerca da intriga da obra, acerca da sua
dimensão
crítica, acer-
ca de aspe-
tos simbóli-
cos ligadas
ao espaço e
às persona-
gens, para
além de
outros ele-
mentos rele-
vantes para
“penetrar”
no universo
ficcional sugerido na obra.
A visualização da representação da peça, que
constitui uma adaptação do texto integral, con-
tribuiu certamente para que os discentes perce-
bessem a parte ficcionada da obra, a crítica nela
presente e até alguns aspetos que poderiam pas-
sar despercebidos se não assistissem à represen-
tação no próprio local. É sempre enriquecedor
ver o texto em ação, em particular um texto
escrito num estilo muito especial como o de
Saramago.
Como balanço global podemos afirmar que a
atividade superou as expectativas. As alunas do
3º ASC em resposta ao desafio lançado pela
professora no blog da disciplina confirmam
largamente esta conclusão.
Visita a Mafra dos alunos do 3º ano do Ensino Profissional
Página 12
“Achei a visita muito enriquecedora!
Já tinha estado antes no Convento de
Mafra, mas nunca tinha sido tão
esclarecida como fui desta vez”
Ana Monteiro
“Na parte da manhã, visitámos o
convento, acompanhadas pela guia
Ana Rita Pinto, uma guia
extremamente simpática que explicava
tudo muito bem.
Adorei conhecer o convento, aprendi
muito com a nossa guia, consegui
tirar bastantes apontamentos, ao
longo da visita, na qual obtive um
conhecimento mais abrangente sobre
a obra.”
Andreia Oliveira
“Estou convicta que esta visita de
estudo nos enriqueceu bastante não só
porque a nossa guia explicava
bastante bem as coisas, fazendo-nos
uma boa contextualização histórica
apesar de falar rápido, mas também
porque estávamos no local dos
acontecimentos.”
Catarina Santos
“No convento, à tarde, fomos ver a
peça de teatro sobre o Memorial do
Convento e tenho a dizer que gostei
muito, o elenco era muito bom e estes
incentivaram-me a ler o livro, pois
transmitiram ao público uma boa
história, cheia de emoção, ironia e um
pouco de comédia.”
Adriana Santos
“Em suma, gostei da visita no seu
todo, mas principalmente por me ter
dado uma noção geral da obra e por
me ser possível agora lê-la e analisá-
la sem grandes obstáculos!”
Arlete Silva
Memorial do Convento, de José Saramago
Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
N o âmbito do projecto
„The colour red‟ -
Comenius foi realizada uma
viagem, entre os dias 27 de
Fevereiro e 6 de Março, à Tur-
quia. Cinco intervenientes esti-
veram envolvidos na visita, três
alunos do 11ºA (Ana Margari-
da, André e Micael), a profes-
sora coordenadora do projecto
Alexandra Esteves e o professor
Mário Matos.
A estadia com as famílias de
acolhimento foi uma parte
importante no intercâmbio, pois
puderam compartilhar a sua
vida com uma família diferente
observando as diferentes
maneiras de viver a vida dos
turcos. Os alunos ficaram sur-
preendidos ao saberem, entre
outras coisas, que os homens se
beijam, em forma de cumpri-
mento; que as pessoas não
usam calçado dentro das suas
habitações; que as mulheres,
durante o período menstrual,
estão proibidas de rezar e que
dentro das escolas é proibido o
uso do véu, bem como de cal-
ças de ganga.
De acordo com a opinião dos
participantes nesta viagem, a
participação em rituais nas
mesquitas foi bastante interes-
sante, visto que testemunharam
realmente a rotina religiosa
muçulmana, desde o prestar
culto a Alá até aos costumes
mais minuciosos como a ablu-
ção (“lavagem”) antes de cada
oração, o descalçar-se para
entrar nas mesquitas, o acordar
ao som dos minaretes (do turco
minare), local de onde o almua-
dem anuncia as cinco chamadas
diárias à oração, entre outros.
Visitaram também alguns
monumentos importantes de
Istambul como a Mesquita Azul
e o Grande Bazar.
Além da visita a Istambul,
visitaram as grutas em Eregli
onde, segundo a mitologia,
Hércules matou Cêrberus – o
cão de três cabeças que guarda-
va o inferno. Visitaram, tam-
bém, Amasra e Safranbolu,
onde os professores e os alunos
aprenderam mais sobre a cultu-
ra turca.
Esta estadia na Turquia não
foi meramente turística, mas
também envolveu trabalhos
realizados pelos alunos que
tinham por objectivo dar a
conhecer alguns aspectos do
nosso país. Foram apresentados
quatro trabalhos: o primeiro
sobre dados estatísticos nacio-
nais sobre os casamentos ou
divórcios, o segundo também
de estatística, mas neste caso
como resposta ao questionário
„Emotions and Drives‟, o ter-
ceiro em relação ao Bispo Con-
de Manuel Pina e a sua influên-
cia na sociedade e, por último, a
apresentação do filme sobre o
Amor de D. Pedro e Inês de
Castro.
Estes trabalhos receberam
uma avaliação positiva por
parte dos professores envolvi-
dos dos outros países que consi-
deraram muito boa a apresenta-
ção bem como o envolvimento
dos alunos e dos professores
nas diversas actividades realiza-
das na Turquia.
Além da apresentação dos
trabalhos portugueses, os alu-
Viagem à Turquia no âmbito do projecto „The colour red‟ - Comenius
nos e os professores foram
brindados com algumas surpre-
sas. Assistiram a uma recriação
de um casamento turco e a dan-
ças do ventre e realizaram algu-
mas actividades como a “Art of
marbelling‟, que consiste na
marmorização de papel numa
superfície aquosa. Criaram
verdadeiras obras de arte que
trouxeram para Portugal!
Os objectivos alcançados
foram a melhoria das compe-
tências dos alunos no uso de
línguas estrangeiras (inglês) e o
desenvolvimento da tolerância
e do trabalho de equipa.
Os representantes da Alema-
nha, Bélgica, Itália, Noruega,
Portugal (Cuba) e Turquia
encontrar-se-ão em mobilidade
em Portugal no período de 3 a
11 de Maio de 2011. Na nossa
Escola as actividades desenvol-
ver-se-ão de 3 a 7 de Maio.
Apelamos a toda a comunida-
de escolar para um acolhimento
tipicamente português, de modo
a que no final professores e
alunos estrangeiros possam
dizer como o Papa Bento XVI:
"Guardo na alma a cordialidade
e acolhimento afectuoso, a
forma calorosa e espontânea do
povo português".
D e 3 a 7 de Maio, alunos belgas, italianos, noruegueses, ale-
mães, turcos e portugueses, vão participar em diversas iniciati-
vas do projecto Comenius. Neste âmbito, no dia 5 de Maio estes estu-
dantes irão passar o dia na Escola Básica e Secundária Ferreira de Cas-
tro, o que constituirá um grande momento de intercâmbio cultural.
Alunos de vários países europeus vão
estar na nossa Escola no dia 5 de Maio
Visitas de Estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 13
I niciou-se na nossa escola,
no primeiro período, o
Projecto Diversão Solidária
(PDS). Projectado e aprovado
no ano lectivo transacto, foi
neste ano lectivo que começou
a ser concretizado.
A implementação deste pro-
jecto teve como objectivos
proporcionar aos alunos da
escola um espaço para ocupa-
rem os seus tempos livres,
envolver a comunidade educati-
va numa iniciativa solidária/
divertida e apoiar pessoas da
comunidade educativa da nossa
escola que mais necessitam.
A sala de jogos (Espaço
Diversão Solidária - EDS) abriu
no dia da inauguração no novo
Bar da escola, a 2 de Dezembro
de 2010. Actualmente, o EDS
está aberto em quase todos os
períodos do tempo lectivo,
graças à existência de um
número já bem significativo de
voluntários. Importa esclarecer
que estes voluntários fazem
atendimento no Espaço Diver-
são Solidária, mas também
triagem dos materiais doados e
organização dos mesmos na
arrecadação criada para o efei-
to, já que além do EDS, o PDS
também tem uma arrecadação
onde organiza bens doados,
para depois serem encaminha-
dos.
No final do primeiro período
foi feito um balanço, sob forma
de relatório, que foi encaminha-
do para o Conselho Pedagógi-
co. Desse balanço transcrevem-
se aqui alguns pontos de maior
relevância:
“…
1.No Projecto Diversão Soli-
dária trabalham 87 voluntários;
2.Já foram feitas 57 doações,
com um aproveitamento de 469
bens materiais para o PDS;
3.O Espaço Diversão Solidá-
ria tem à disposição para a
comunidade educativa 69 jogos
para requisição;
4. Com a requisição dos
jogos arrecadou-se, até meados
de Fevereiro, 116,81€;
5.O projecto tem sinalizados
8 casos para auxílio;
Já foi possível encaminhar
104 bens materiais para os
beneficiários sinalizados.
…”
No Espaço Diversão Solidária
desenvolvem-se iniciativas
diversificadas. A base deste
espaço é a utilização de jogos
variados, mas, por vezes, são
concretizadas outras iniciativas.
No final do primeiro período
montou-se uma “Árvore de
Natal Solidária”, que consistiu
em receber donativos de mate-
rial escolar, em que os doadores
os colocavam na mesma árvore
de modo a preenchê-la com
enfeites diferentes e solidários.
Esta árvore foi um sucesso,
tendo-se conseguido preenchê-
la por completo com inúmeros
lápis, canetas, marcadores…
que podem agora ser encami-
nhados.
Neste segundo período já
decorreu a “Feirinha Solidária”,
onde foram vendidos, a preços
simbólicos, bens materiais
novos doados por empresas que
têm familiares a frequentar a
nossa escola. Esta iniciativa
também correu muito bem,
tendo-se arrecadado uma quan-
tia bastante satisfatória.
Quase todo o dinheiro que se
consegue adquirir serve para
colmatar necessidades materiais
que existam na comunidade
Projecto Diversão Solidária
Página 14
educativa e uma parte é gasta
na aquisição de materiais para a
manutenção do Espaço Diver-
são Solidária.
Os objectivos a que este pro-
jecto se propôs estão a ser con-
seguidos na sua plenitude. Exis-
te agora na escola um espaço
onde os alunos se divertem e
ocupam os seus tempos livres,
uma oportunidade da comuni-
dade educativa ser solidária e
um apoio extra a elementos da
comunidade educativa mais
carenciados financeiramente.
Julga-se justo fazer um
balanço extremamente positivo
deste projecto, até ao momento.
Obrigada a todos os que têm
participado, doando, fazendo
voluntariado, apoiando, incenti-
vando e frequentando o espaço.
Graças a todos, o projecto
arrancou com sucesso!
"A solidariedade é o senti-
mento que melhor expressa o
respeito pela dignidade
humana."
Franz Kafka
CONTINUE
A AJUDAR-NOS
A AJUDAR!
A COORDENADORA:
N a sexta-feira dia 8 de Abril, 92 alunos do ensino básico da nossa escola participaram no Peddy Paper “Gestão em
Movimento” com organização do 2.º e 3.º anos do curso profissional de Técnico de Gestão. Os grupos encontraram
-se no átrio da escola entre os dois blocos onde lhes foram atribuídas as identificações e instruções.
Um Peddy Paper consta de jogos de observação e de muita atenção para poderem descobrir as pistas que lhe são dadas.
Os grupos iam saindo e respondendo a diversas perguntas para encontrar as pistas e avançar. À medida que respondiam,
descobriam curiosidades sobre questões económicas e financeiras. Neste contexto de crise é importante alertar os alunos e
pôr à prova os seus conhecimentos sobre curiosidades do concelho, da Europa e também sobre reciclagem.
No último posto cada grupo (eram 23 o que demonstra o êxito desta iniciativa da Área Disciplinar de Ciências Sociais e Gestão) teve que
escrever o refrão de uma música num mural preparado para o efeito.
Este jogo serviu para, de forma pedagógica e divertida, fomentar a educação para a cidadania e o exercício pleno da mesma.
Com este dia diferente aprendemos a trabalhar em grupo, a observar, a orientar e reconhecer a importância dos ensinamentos da escola no
nosso dia-a-dia.
Embora tenha sido cansativo, divertimo-nos muito e queremos repetir.
Peddy Paper - um dia diferente, mas divertido
Iniciativas e Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
N o dia 22 de Março de
2011, dia mundial da
água, foi apresentada pelas
14h30, na biblioteca escolar,
uma palestra acerca da temática
do consumo e indicadores de
qualidade de água dada pela
professora Prof. Dr.ª Maria de
Natividade Vieira, docente na
Faculdade de Ciências da Uni-
versidade do Porto, e pela sua
aluna Ana Ribeiro, a frequentar
um Mestrado. O objectivo prin-
cipal da palestra era sensibilizar
a comunidade escolar para a
poupança deste bem essencial à
vida e obter informação acerca
dos indicadores que nos permi-
tem averiguar se uma água se
encontra poluída ou não.
A palestra correspondeu às
nossas expectativas, visto que
contou com mais de 70 pessoas
a assistir, a maioria com críticas
positivas acerca da mesma.
Na nossa opinião, a palestra
foi extremamente produtiva e
esclarecedora, visto que nos
mostrou uma área da Universi-
dade que os alunos do curso de
Ciências e Tecnologias da nos-
sa escola poderão seguir no
futuro, sendo esta uma área que
interessa também a nível pes-
soal a toda a comunidade.
Agradecemos a presença da
Prof. Dr.ª Maria de Natividade
Vieira e da sua aluna Ana
Ribeiro e de todos os alunos
que se deslocaram à nossa
palestra.
Os alunos do 12º A: Carlos
Miranda, Daniel Rocha, Pedro
Bastos e Pedro Pereira.
Palestra sobre consumo e qualidade da água
Com a informação que estas três oradoras
apresentaram atingimos, e até superámos, os
nossos objectivos, uma vez que ficou bem
patente a ideia de que é muito importante
prevenirmo-nos, conhecer e enfrentar o cancro
para que ele não leve a melhor sobre nós,
sobre a nossa vida: “Com a prevenção, a cura
não será em vão”.
A palestra foi uma actividade que nos deu
bastante trabalho, mas durante a sua realiza-
ção e no final pudemos sentir a recompensa
que fez com que tudo valesse a pena.
Esperamos que esta actividade tenha sido
útil para o público presente e que tenha aberto
a sua mentalidade para a importância da pre-
venção, aceitação e luta contra o cancro.
Carla Costa
Maria João Silva
Sara Silva
Sofia Rodrigues
12.ºA
oncológicos da mama no movimento
„‟Reviver‟‟ de apoio a estas vítimas), a D.
Fernanda (um caso de sucesso de cancro
da mama), e contactámos a escola de
enfermagem, que convidou um profissio-
nal do IPO – Enfermeira Isabel Estevinho.
O público era constituído por alunos de
ciências e tecnologias do 12º e 11º anos e
professores da escola.
Depois de um pequeno atraso, demos
inicio à palestra apresentando sucintamen-
te o nosso projecto.
A primeira oradora foi a Dra. Suani, que
falou sobre a importância do apoio psico-
lógico no processo de aceitação e cura
desta doença. Seguiu-se a D. Fernanda
que, com o seu exemplo de coragem e
perseverança, emocionou toda a plateia.
Por fim tivemos o prazer de ouvir a Enf.ª
Isabel Estevinho, que trabalha no I.P.O. do
Porto há 8 anos e focou a sua participação
na prevenção de cancros como o da mama,
da pele e do pulmão.
N o dia 1 de Março de 2011 teve
lugar na biblioteca da Escola Bási-
ca e Secundária Ferreira de Castro a pales-
tra organizada pelo nosso grupo de Área de
Projecto - „‟A Oncologia na nossa Vida‟‟.
Esta palestra é um dos nossos produtos
finais e tinha como objectivo desmistificar
o cancro dando a conhecer a parte científi-
ca desta doença e alertar para a prevenção
sensibilizando a comunidade escolar. Para
isso convidámos uma psicóloga, a Dra.
Suani Costa (que acompanha doentes
Palestra sobre “A oncologia na nossa vida”
Palestra sobre ciências aeronáuticas
regras de segurança a ter em conta ao exer-
cer esta profissão, a aplicação de alguns
exercícios de segurança necessários em
caso de urgência.
Por parte do público foram colocadas
várias questões que foram devidamente
esclarecidas.
Foi uma palestra bastante esclarecedora
para a comunidade escolar e permitiu
conhecer a vida de um piloto de linha
aérea.
Ana Isabel
Ana Margarida
N o passado
dia 17 de
Fevereiro realizou
-se uma palestra,
no âmbito da dis-
ciplina de Área de
projecto, do grupo
“O futuro da aviação” sobre ciências aero-
náuticas e tinha como palestrante o Sr.
Comandante Paulo Soares. Esta palestra
foi uma conversa informal na qual o
Sr. Comandante interagiu com a assistên-
cia e expôs a sua experiência de vida.
Ao longo desta conversa foram aborda-
dos vários temas, tais como: as várias
Iniciativas e Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 15
R ealizou-se no passado dia 21 de Março a
Palestra "Importância do sono nas
Aprendizagens", orientada pela DRª Núria
Madureira e DRª Helena Estevão, do Laborató-
rio do Sono e Ventilação do Hospital Pediátrico
de Coimbra, destinada aos alunos do Ensino
Secundário, no âmbito do Projecto "Escola Com
Saúde". Esta Palestra, teve como principal
objectivo sensibilizar os alunos para o papel
essencial que o sono tem na vida dos adolescen-
tes, nomeadamente na capacidade de adquirir
informação e posteriormente de a organizar e
estruturar, tornando-os capazes de tomar deci-
sões e de resolver problemas.
Palestra sobre a importância do
sono
No âmbito da disciplina de
Área de Projecto, Diogo Ferrei-
ra, Joel Barbosa e Jorge Costa
entrevistaram o treinador em
maior destaque na Liga Orangi-
na de Futebol, Pedro Miguel. O
objectivo desta entrevista foi o
de procurar compreender
melhor a forma como seniores e
jovens atletas se devem empe-
nhar no desempenho das suas
funções a nível escolar e profis-
sional.
Na opinião de Pedro Miguel,
os jovens jogadores devem
colocar a escola em primeiro
lugar e, os seniores, deverão ter
um emprego externo que lhes
dê segurança financeira. Isto é
um ponto muito importante
para os jovens jogadores, que
deverão preocupar-se em estu-
dar para poder ter um emprego
no futuro que lhes dê estabilida-
de financeira, porque o futebol
não é suficiente.
Pedro Miguel destacou ainda
a importância de ter ambição de
triunfar em tudo na vida:
A vida no mundo do desporto
é suficiente para levar uma vida
sem dificuldades e sem preocu-
pações, ou é necessário ter uma
outra profissão?
PM: O futebol hoje em dia não
é como as pessoas pensam. Se
chegarmos a um patamar eleva-
do, poderá dar um futuro seguro/
próspero, e quando digo patamar
elevado, não falo da 2.º e 1.º liga,
mas sim dos melhores clubes
portugueses ou em clubes estran-
geiros. Neste caso, os jogadores
Todavia, nada nos impede que no fim do
trabalho possamos ter a nossa opinião.
Todo este conteúdo, entre outros aspec-
tos (que não estão aqui enunciados)
poderão ser encontrados no site que o
grupo ainda está a preparar durante as
aulas de Área de Projecto. O site será
divulgado em breve, quando a nossa
pesquisa estiver totalmente concluída.
Este mesmo site servirá como um “livro
aberto” ao qual todas as pessoas podem
aceder e até mesmo
intervir esclarecendo
todas as suas dúvidas
que serão respondidas
pelo próprio grupo.
O nosso trabalho debruça-se sobre o
tema “os sonhos”. Os sonhos são um tema
que apresenta diversas perspectivas, mas o
grupo baseou-se em apenas quatro: de
Freud, de cépticos, da taróloga Helena
Martins e de um padre.
Vamos ainda realizar entrevistas a um
psicólogo e a uma pessoa depressiva e
saber até que ponto os sonhos influenciam
o nosso quotidiano. Este aspecto irá conter
exemplos de casos verídicos, acerca da
existência de sonhos premonitórios.
Porém, nós, como grupo que está a fazer
uma investigação sobre este assunto, não
devemos defender qualquer tipo de posi-
ção. Por esta mesma razão temos que ser
imparciais, para chegarmos a uma verdade.
Segredos para o sucesso no desporto
Os sonhos
Página 16
poderão ter uma vida fácil em
termos de futuro, mas ainda
assim após a carreira deverão
ter de continuar a trabalhar.
Nunca se esqueçam que a car-
reira de um desportista é curta e
que estão sempre sujeitos a
lesões que podem forçar o fim
da carreira ainda mais cedo.
Este grupo tem ainda como
objectivo, futuramente, realizar
uma sessão na nossa escola com
o ex-jogador de futebol Carlos
Secretário, a qual terá como
objectivo sensibilizar os jovens
atletas para a importância de
compatibilizarem o desporto
com a a sua formação académi-
ca. Para além disto, os elementos
do grupo têm estudado docu-
mentação variada no âmbito do
tema.
Entrevista realizada nas imediações da U.D. Oliveirense
Diogo Ferreira Joel Barbosa
Jorge Costa 12º E
“Supercondutividade e Eficiência Energética” é o nome do projecto dos alunos Fábio Rodrigues,
André Gomes, João Cravo, João Alves e João Silva do 12ºB.
O nosso objectivo é divulgar a Supercondutividade e demonstrar a sua utilidade para o futuro. O
principal produto do nosso projecto é um protótipo no qual um objecto levite por Supercondutividade.
Para isso vamos utilizar uma placa de ferro na qual estarão magnetes dando a forma da nossa pista.
Será também necessário material supercondutor (em forma de disco) que será arrefecido com azoto
líquido, até a uma temperatura muito baixa (cerca de -190 °C), e o disco levitará. Este material é caro
pelo que contamos com a ajuda do IFIMUP (Instituto de Física dos Materiais da Universidade do Por-
to) que nos emprestará este material. Mais se informa que podem acompanhar a evolução do nosso
projecto no blog: www.supercondutieficiencia.blogspot.com.
Supercondutividade e Eficiência Energética
Fábio Rodrigues André Gomes
João Cravo João Alves
João Silva 12º B
Ana Sofia Mariana
Marta Sara Almeida
12º E
Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Para a disciplina de AP, o nosso grupo efectuou um projecto baseado
na domótica. Esta consiste na automatização de certos mecanismos
domésticos tais como abertura de persianas, portões, portas, acender
luzes e regular sua intensidade segundo a luminosidade exterior, etc. A
domótica não só facilita a execução destas tarefas como permite poupar
energia e tornar a casa mais eficiente. Portanto, o nosso projecto con-
siste numa maquete em que aplicamos não só a domótica mas também
energias renováveis. Nesta maquete iremos ter a regulação da ligação e
intensidade destes leds e abertura de persianas segundo a luminosidade
exterior que irá ser detectada por um sensor de luminosidade. Um pai-
nel fotovoltaico irá alimentar o circuito dos leds, isto é, das luzes da
casa. Seremos patrocinados pela Empresa IDr, que
nos irá emprestar a central de domótica para a
regulação destes mecanismos.
Esta maquete está projectada para ter estes meca-
nismos controlados por esta central, ou seja, é tudo
automático e regulado pela intensidade da luz exte-
rior de forma a tornar esta casa eficiente. Com tanta poluição e tantos maus hábitos de vida à nossa volta,
está nas nossas mãos salvar o Planeta Terra do poder destrutivo da
espécie humana.
Por isso, enveredámos por este projecto, a “Preservação Ambien-
tal”, que tem como objectivos práticos o cálculo da Pegada Ecológi-
ca da comunidade escolar, análises químicas e biológicas à água do
rio Ul e, principalmente a sensibilização da população para os peri-
gos das nossas acções.
Até agora, já realizámos os questionários relativos à Pegada Eco-
lógica e anotámos os resultados, recolhemos amostras da água do
rio e realizámos as primeiras análises quí-
micas e começámos a elaboração de um
documentário e de um panfleto que, poste-
riormente servirão de síntese de todo o
nosso trabalho realizado ao longo do ano
lectivo. Estes últimos contêm informação
de três animais que escolhemos entre aque-
les que se encontram em perigo.
Sejam amigos do ambiente!
A Domótica Preservação Ambiental
Joel Almeida Tiago Almeida
Fábio Martins 12º B
Ana Ribeiro Cátia Salvador
Daniel Tavares Marisa Flook
Marta Inácio 12º B
.Aspecto do rio Ul em S. Roque
Para a disciplina de Área de Projecto
do 12º ano estamos a realizar um traba-
lho sobre as praxes e a vida académica.
Temos como principal objectivo dar a
conhecer estes dois temas mais aprofun-
dadamente, pois, embora pareça que
todos sabem o que são as praxes, na
realidade, não é isso que acontece.
Como pudemos verificar através dos
inquéritos que realizámos a todas as
turmas do Secundário, muitos dos alu-
nos desconhecem a verdadeira essência
das praxes e o que estas implicam na
vida de um estudante académico.
Até ao presente momento, já seleccio-
námos bastante informação e recolhe-
mos inúmeras notícias que dão conta de
casos verídicos de praxes violentas.
Sendo assim, vamos também focar-nos
nos Direitos Anti-Praxe, que defendem
aqueles que optam por não ser sujeitos a estas práticas, por não as
considerarem fundamentais para a sua integração na Universidade.
Mais uma vez, através dos inquéritos,
verificámos também, que vários alunos
desconhecem que este tipo de direitos
existe.
Presentemente, estamos a apurar todos os
resultados dos inquéritos e a elaborar os
respectivos gráficos para no futuro apre-
sentarmos as várias conclusões que reti-
rámos. Nestes mesmos inquéritos colocá-
mos ainda questões sobre o que os alunos
consideram poder vir a ser um obstáculo
à sua aprendizagem universitária, como
por exemplo, a separação da família, a
conciliação entre os estudos e as festas
académicas, o facto de se tornarem inde-
pendentes, entre
outros.
Iremos apresentar
no Dia da Escola o
nosso trabalho final,
esperando assim esclarecer algumas dúvidas em
relação ao nosso futuro universitário.
As praxes e a vida académica
Andreia Ribeiro Jaquelina Vinagre
Joana Tavares Patrícia Guimarães
Rossana Santos 12º E
Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 17
Vida? Esta palavra tão pequena, talvez insignificante para alguns,
mas com tanto significado para outros… E defini-la? “Estado de acti-
vidade dos animais e plantas; o tempo que decorre desde o nascimento
até a morte; existência; modo de viver… ”.
No entanto, para nós, esta definição não basta e com este projecto
pretendemos dar uma diferente noção de vida. Queremos valorizar
tanto a parte celular que nos constitui e permite viver, sendo a célula a
base da vida, como também todas as fases por que cada um de nós,
como indivíduos e seres racionais vive.
Um dos constituintes da célula é o núcleo que por sua vez contém
todo o material genético capaz de sofrer alterações. Algumas dessas
alterações (mutações), infelizmente, podem prejudicar irreversivelmen-
te o individuo, pois provocam alterações não só físicas como também psicológicas, tendo o individuo e as pessoas que
o rodeiam que lidar diariamente com essas limitações. Todos iguais mas todos diferentes…
Visitem o nosso blogue:
http://biogene12.blogspot.com/
Somos um grupo de Área de
Projecto do 12ºA e o tema do
nosso trabalho é: “A Auto-estima
e as Perturbações Psicológicas”.
A nossa escolha foi baseada no
facto de todas nós gostarmos de
psicologia e concluirmos que este
seria um tema muito interessante
de desenvolver e, além disso,
actual, que cada vez é mais falado
e investigado.
Temos curiosidade em saber até
que ponto o ambiente stressante
em que vivemos nos dias de hoje
afecta a nossa auto-estima, averi-
guar a importância que o amor-
próprio tem na nossa vida e perce-
ber de que maneira “gostarmos de
nós próprios” pode ajudar a preve-
nirmo-nos de ter certas doenças.
Até ao momento aplicámos
inquéritos sobre esta temática,
Página 18
Somos um grupo de alunas do
12. °A e, no âmbito da disciplina
de Área de Projecto, estamos a
desenvolver um projecto cujo
tema é “A Oncologia na nossa
Vida”.
Escolhemos este tema porque
A oncologia na nossa vida
Viver ultrapassa qualquer entendimento
pretendemos des-
mistificar o cancro e
dar a conhecer a luta
permanente das
vítimas oncológicas
pela vida.
Escolhemos como
lema do nosso projecto “Com a
prevenção, a cura não será em
vão”, pois pretendemos sensibi-
lizar a comunidade escolar para
a importância de estarmos aten-
tos a determinados sinais do
nosso corpo. Deste modo pode-
mos ter uma vida mais tranquila
e segura, detectar um possível
cancro a tempo e evitar um
estádio de doença mais avança-
do.
Com a realização do nosso
trabalho esperamos obter esta-
tísticas (através de questioná-
rios e pesquisa na internet),
comparações entre células sau-
dáveis e células cancerígenas,
uma brochura, uma palestra,
panfletos e um filme.
A mensagem de luta que
queremos transmitir é para a
vida e é para pessoas com e
sem cancro, para pessoas novas
e idosas, para pessoas como tu!
Previne-te e ajuda os teus
familiares e amigos a fazê-lo
porque “Com a prevenção, a
cura não será em vão”.
visitámos o hospital psiquiátri-
co Magalhães de Lemos, no
Porto, que nos alertou para a
discriminação que existe para
com os doentes mentais e reuni-
mo-nos com o projecto “Cuidar
de Quem Cuida”, que nos irá
ajudar a perceber de que forma
o acto de cuidar de pessoas com
perturbações psicológicas pode
afectar um indivíduo.
Em suma, através de cartazes,
panfletos, uma brochura e
outros produtos finais e activi-
dades, pretendemos divulgar a
importância da prevenção des-
tas perturbações, uma vez que
estas nos podem aprisionar,
tornar pessoas incapacitadas e
dependentes dos outros. Além
disso, queremos alertar as pes-
soas para o facto de uma auto-
estima saudável poder ser o
“motor” da vida, aquilo que nos
faz crescer como indivíduos, e
daí ser tão essencial gostarmos
de quem somos.
Carla Pinto da Costa
Maria João Silva Sara Parreira da Silva
Sofia Rodrigues
12º A
Alberto Fontes
Daniela Carvalho
Francisco Cruz
Inês Nogueira
Sónia Barcelos
12º A
A Auto-estima e as Perturbações Psicológicas Cátia Martins
Marina Tavares
Sílvia Xará
Tânia Amorim
12º A
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Iniciativas / Projectos
Somos 5 alunos do 12ºA de Área de Projecto. Foi-nos proposto que
realizássemos um projecto no âmbito desta mesma área e, por conse-
quência decidimos enveredar por um caminho mais científico. Sem
qualquer tipo de dúvida, elegemos como tema para projecto:
“Medicina Legal e Ciências Forenses – Importância para o Mun-
do”.
Medicina Legal é uma especialidade médica e jurídica que utiliza
conhecimentos técnico-científicos da Medicina para o esclarecimento
de factos de interesse da Justiça. Faz uso das técnicas do campo das
Ciências Forenses para corroborar teorias/hipóteses.
Após esta explicação mais teórica, de modo a esclarecer os mais
desatentos, falaremos agora um pouco mais do que vamos produzir ao
longo do nosso projecto.
Em primeiro lugar, para esclarecermos a comunidade escolar, iremos
realizar uma palestra educativa, com a especial presença do ilustre
Prof. Dr. José Eduardo Pinto da Costa. Esta mesma palestra terá lugar
na Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
no dia 6 de Abril.
Pretendemos também realizar um vídeo de sensibilização sobre o
tema. Este vídeo vai ser o grande desafio do nosso trabalho. Pre-
tendemos fazer dele o grande destaque do nosso trabalho.
Para concluir a nossa apresentação, podemos referir que dentro
deste projecto, também iremos exercer outros pequenos projectos
como inquéritos, folhetos informativos e visitas de estudo. Visto
tudo isto, pretendemos obter a maior taxa de sucesso possível e
que todos os objectivos sejam alcançados.
Somos um grupo de Área de Projecto
do 12º ano que está a desenvolver um
projecto no âmbito das Ciências Aero-
náuticas. O nosso projecto tem como
objectivo final construção de um avião
de aeromodelismo movido a m combustí-
vel alternativo – o bioálcool.
Uma vez que os veículos aéreos
actuais, devido à combustão dos combus-
tíveis fósseis, estão a contribuir, e muito,
para o aumento do nível de poluição do
nosso planeta, o nosso protótipo pode vir
a ser útil na indústria aeronáutica tornan-
do-a menos poluente.
Assim, os principais objectivos do
nosso projecto baseiam-se na construção
de um avião de aeromodelismo inovador
Medicina Legal e Ciências Forenses
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_knKwC7KUIEU/
Projecto: “O futuro da aviação”
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_neL6Iukd9xY/
Bruno Soares
Bruno Pinto
Fábio
Miguel
Rui Gomes
12º A
“amigo do ambiente”, que será adaptado
de forma a possibilitar o uso de combus-
tíveis alternativos.
Para informar e sensibilizar a Comuni-
dade Escolar para a importância do nosso
projecto, iremos, ao longo deste ano
lectivo, promover algumas actividades.
O combustível que vamos utilizar irá
ser produzido por nós, sendo este um dos
produtos esperados.
No final do presente ano lectivo, ire-
mos apresentar a toda a
comunidade escolar os
frutos de um ano de
trabalho que esperamos
que seja do agrado de
todos.
Ana Isabel
Ana Margarida
Joana
Liliana
12º B
Escolhemos este tema porque todos sentimos uma grande afinidade pelos animais. É um tema
pouco explorado e cada vez mais necessário de ser aprofundado. Vamos abordar muitos subtemas
desde a biodiversidade na Península Ibérica e no Mundo, até às causas de extinção, passando
pelas tradições que envolvem os animais e os abusos cometidos contra eles.
Neste momento estamos a desenvolver um projecto que consiste na angariação de bens para
ajudar a”Associação Amigos dos Animais de São João da Madeira”. Esta associação tem à sua
responsabilidade vários animais de estimação, sobrevivendo de donativos. Estamos também a
criar um blog (http://anaturezaanimal.blogspot.com) para expormos todas as nossas actividades.
Gostávamos também de utilizar o dia da Escola para criar o Dia da Adopção, aberto a toda a
comunidade, de modo a promover a adopção dos animais. O nosso grupo vai também propor à
turma fazer uma visita de estudo ao Jardim Zoológico da Maia com um guia que nos irá explicar
alguns dados que nos possam ajudar numa pesquisa mais aprofundada acerca da diversidade de
animais.
Um dos nossos principais objectivos é fazer com que as pessoas se apercebam de que os animais
não são brinquedos, mas sim seres que merecem todo o nosso carinho e respeito.
Sê humano e ajuda-nos a ajudá-los!
Patrícia Duarte
Inês Silva Rui Pinho
Rita Almeida 12º A
Natureza Animal
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 19
Iniciativas / Projectos
Somos um grupo constituído
pelos alunos Carlos Miranda,
Daniel Rocha, Pedro Bastos e
Pedro Pereira (da turma 12ºA)
e, no âmbito da disciplina
Área de Projecto, estamos a
desenvolver um projecto acer-
ca da temática dos problemas
ambientais, concretamente na
área do consumo e qualidade
de água a nível mundial e,
particularmente, na região de
Oliveira de Azeméis.
O nosso projecto apresenta
como objectivos:
Analisar a água da região
(fontes, poços e da própria
canalização), averiguando se a
água se encontra dentro dos
limites para o consumo huma-
no;
Averiguar se o Rio Caima,
um dos maiores rios da região, se encontra poluído, observando o seu
caudal e procedendo a análises de água recolhida ao longo de diferentes
zonas do caudal do rio;
Perceber os hábitos de consumo de água da população de Oliveira de
Azeméis;
Sensibilizar a comunidade estudantil e alertar para a poupança de
água, visto que é um bem essencial em muitas actividades do nosso dia
-a-dia.
Para atingir os objectivos a que nos propomos, elaborámos um inqué-
rito à população do concelho de Oliveira de Azeméis de modo a reco-
lhermos informação acer-
ca dos seus hábitos de
utilização da água.
Para culminar o nosso
projecto, iremos proceder
à elaboração de um docu-
mentário, onde se inclui-
rão inquéritos filmados a
pessoas da localidade, as
visitas de estudo à Univer-
sidade do Porto, onde
exibiremos as experiências
de análise da água que
realizámos, e a palestra
dada pela Prof. Dr. Maria
Natividade Vieira.
Consideramos que este
projecto será extremamen-
te útil, pois demonstrará o
estado da água na região e
os hábitos da população, e,
ainda, alertará para a pou-
pança da água, visto que é um bem cada vez mais escasso, essen-
cial para toda a população.
Carlos Miranda
Daniel Rocha
Pedro Bastos
Pedro Pereira
12ºA
Problemas ambientais - consumo e qualidade da água
Página 20
Rio Caima
Biogás, uma solução eficaz
O nosso projecto tem o nome
de “Biogás, uma solução efi-
caz”e o seu principal objectivo é
a criação de um sistema caseiro
de produção de biogás a partir
do aproveitamento de resíduos
domésticos.
No início do ano lectivo opta-
mos por escolher este projecto
por se inserir no tema das ener-
gias renováveis, aproveitamento
de resíduos e diminuição da
poluição, temas que são bastan-
tes importantes actualmente.
Já com o 2º período em anda-
mento, realizamos uma visita ao
aterro sanitário de Tondela onde
é produzido biogás. Esta visita
foi fundamental para o desenvol-
vimento do nosso projecto visto
que permitiu ao grupo esclarecer
algumas dúvidas e problemas.
Neste momento estamos a
criar o nosso sistema de produ-
ção de biogás que é um protótipo
constituído por um recipiente de
armazenamento de resíduos,
termicamente isolado e sem
oxigénio, ligado a outro reci-
piente onde o biogás vai ser
armazenado.
Esperamos poder apresentar
este sistema inovador a toda a
comunidade escolar no dia da
escola e com isso sensibilizar
alunos e professores para a
importância que o aproveitamen-
to de resíduos para produção de
biogás pode ter no futuro.
Visitem o nosso blog:
Biogás 12ºB Biogás, uma solu-
çao eficaz!
http://biogas12b.webnode.pt/
João Freitas
Francisco
Marc
Pedro
12º B
Modelo do protótipo do biodigestor
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Iniciativas / Projectos
A importância do Jornalismo no passado, no presente e no futuro
Somos alunas da turma E do
12º.ano do curso de Línguas e
Humanidades. No âmbito da
disciplina de Área de Projecto
propusemo-nos a realizar um
projecto sobre o tema: ”A
importância do Jornalismo no
passado, no presente e no futu-
ro”.
Com este trabalho pretende-
mos analisar as mudanças que
o jornalismo foi sofrendo ao
longo do tempo, desde a Era de
Cátia
Lorena Mónica
Sílvia Vanessa
12º E
Gutenberg até à introdução das
mais modernas tecnologias de
informação e comunicação no
jornalismo, as quais configuram
o actual paradigma digital na
esfera da comunicação.
Um dos nossos objectivos é o
de prever o futuro do jornalis-
mo, pelo que nos estamos a
debruçar sobre as seguintes
questões:
Será que o jornal em formato
de papel irá desaparecer?
Qual virá a ser o futuro do
jornalismo?
Que impacto terá na socieda-
de?
Pequenos Seres, Grandes Heróis!
tica, pois produzem uma substân-
cia bastante útil, a penicilina. Os
bolores, responsáveis pela sua
produção, são uma espécie de
fungos muito comuns no quoti-
diano, porém, muito desvaloriza-
dos e ignorados pela população.
Aparecem em todos os lares e
são motivo de repulsa. Estes
pequenos seres, desprezados pela
sociedade, são, no fim de contas,
grandes heróis!
Com o objectivo de dar a
conhecer estes fungos à comuni-
dade, iremos desenvolver um
trabalho que demonstre a impor-
tância destes pequenos seres, que
de certo modo revolucionaram a
medicina, com a criação de anti-
bióticos, tão úteis e essenciais à
nossa saúde e qualidade de vida.
Para isso estamos a desenvolver
Os fungos têm, hoje em dia,
uma importância biológica mui-
tas vezes ignorada. Eles desempe-
nham um papel fundamental nos
ecossistemas, funcionando como
microconsumidores, sendo os
principais responsáveis pela reci-
clagem dos elementos essenciais
aos seres vivos na biosfera. Por
outro lado, há fungos que são
essenciais na indústria farmacêu-
culturas de fungos e bactérias
com o intuito de avaliar a
interacção destes dois organis-
mos. Ana Rios
Ana Silva
Marisa Lopes
Sandra Silva
Tiffany Pinho
12º B
24 de Maio - Dia da Escola
O dia 24 de Maio, Dia da Escola, perspectiva-se como um importante acontecimento para toda a comunidade
escolar, envolvendo actividades que terão a participação activa da comunidade escolar, a começar pelos
alunos. Este será um Dia Aberto com actividades alternativas às
aulas, durante o qual serão realizados workshops, actividades
desportivas e musicais como um mob dancing show, entre outras.
Entre o conjunto de iniciativas que neste dia terão lugar,
enquadram-se com particular destaque as actividades
relacionadas com os temas que estão a ser desenvolvidos na
disciplina de Área de Projecto e, entre estas, conta-se a que dará
oportunidade aos alunos de criarem uma página do jornal “A
Selva”, com o apoio da equipa que neste ano lectivo está
responsabilizada pela sua produção: a turma do 12º E.
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 21
Iniciativas / Projectos
Quando surgiu o jornal da
escola?
Perde-se no tempo a origem
de A Selva. No arquivo que
existe na escola, encontram-se
jornais de 1992, 1994/5/6/7 e
um de Maio do ano 2000. Este
número de Maio de 2000 terá
sido o último antes da série III
Milénio que se iniciou em Mar-
ço de 2006. Desta série saiu em
Janeiro de 2011 o n.º 11.
No entanto, segundo informa-
ções recolhidas junto dos pro-
fessores que estão há mais tem-
po na escola, o jornal é mais
antigo. Do que se sabe, durante
os anos em que saiu, A Selva
passou por várias vicissitudes,
teve vários formatos e até este-
ve para mudar de nome.
No ano de 2006 ressurgiu a
ideia de voltar a fazer o jornal
escolar e A Selva reapareceu,
honrando o nome (sempre
actual), inspirado numa das
principais obras de Ferreira de
Castro.
Quem o criou?
Como não sei exactamente
quando surgiu o jornal escolar
A Selva, também não sei quem
o criou. Em 2006, quando se
reiniciou a edição do jornal, os
responsáveis foram os professo-
res Luís Neto e Manuel Borges.
Porque surgiu a ideia? Com
que objectivos para a comuni-
dade escolar?
Quando reiniciamos a publi-
cação de A Selva, em Março de
2006, a ideia era construir um
jornal que desse voz à comuni-
dade escolar, que incluísse os
mais diversos géneros jornalís-
ticos e/ou literários, mas onde,
como se dizia num editorial, se
dispensava «a mais nua e pura
linguagem jornalística», isto é,
onde não se procuraria exagerar
no rigor do texto jornalístico,
admitindo, por exemplo, o
adjectivo e a linguagem mais
poética. O objectivo principal
era levar à participação do
maior número possível de alu-
nos.
Nos primeiros números essa
participação não foi muito gran-
de, mas foi melhorando ao lon-
go do tempo.
Quais os instrumentos utili-
zados?
Em 2005/2006 começámos
por criar cartazes de divulgação
e de apelo à participação de
alunos, professores, pais e todos
os outros membros da comuni-
dade escolar e educativa. Criá-
mos também um e-mail e pedi-
mos a colaboração de todos os
professores, especialmente dos
do Departamento de Línguas.
Na paginação tivemos alguma
colaboração de alunos do Curso
de Educação e Formação de
Operador de Pré-Impressão.
Alguns dos jornais foram
impressos na tipografia e outros
na reprografia da escola. De
todos se procurou fazer divul-
gação no sítio da escola na
Internet.
Alguma vez foi realizado
por alunos?
Os dez números que saíram
de 2006 a 2010 tiveram sempre
“A Selva” - passado, presente e futuro
Página 22
Entrevista
com o professor Manuel Borges
No sentido de apurar
informação sobre a
história do jornal “A
Selva” - contexto do seu
nascimento e
desenvolvimento até à
actualidade - o grupo do
12º E constituído por Ana
Carvalho, Sara Agostinho,
Tânia Paiva e Yhony Alves
entrevistou no passado dia
17 de Março um dos
principais dinamizadores
do jornal, o professor
Manuel Borges.
a participação de alunos, mas a
equipa redactorial e a responsa-
bilidade principal da edição era
de professores, com destaque
para a professora Maria João
Moreira.
O número a que tivemos
acesso saído no ano 2000 pare-
ce ter sido feito quase exclusi-
vamente por alunos.
Qual foi o impacto na
comunidade escolar?
Parece-me que nunca foi feito
um estudo do real impacto do
jornal na comunidade escolar.
Nestes últimos cinco anos,
tenho a ideia de que os primei-
ros números tiveram mais
impacto do que os últimos,
talvez por os primeiros serem,
de alguma forma, novidade.
Recordo-me de uma última
página de um dos primeiros
jornais em que constavam as
fotografias em ponto pequeno
de todos os alunos da escola
que criou bastante impacto.
Mas um jornal, ainda que
tenha pouca saída, cria sempre
impacto e é uma óptima e
memorável experiência, nomea-
damente para quem o faz e vê,
no fim, a obra concluída. A
parte mais difícil tem sido a
distribuição/venda. Era bom
que houvesse alunos com cora-
gem para fazer este trabalho de
forma mais completa, abordan-
do todos os alunos no sentido
de ficarem com o jornal…
OAZ, 17 de Março de 2011
Tenho saudades tuas
Saudades do teu sorriso
E continuo a deixar cair uma lágrima nas ruas
Todos os dias, de bocado em bocado, eu me martirizo.
E mesmo sabendo que partiste agora
Estás aqui, de alguma maneira, no meu coração
Portanto, aqui, a esta hora
Eu te dedico esta espécie de oração.
Muita gente pode não se lembrar nem se importar
A maior parte não quer admitir
O que está agora a sentir.
Eu, por outro lado, admito
E estou alegre porque sei
Que contigo sempre pude contar.
Margarida Bastos, 10ºF
Poemas à moda de Camões
Iniciativas / Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Pela matina
Está sempre tudo pesado!
Seja lápis,
Seja papel,
Até os olhos que, sempre abertos,
Têm sempre lado semicerrado.
E os trapos para vestir,
Há sempre que saber:
Ainda serve?
Tem cor desbotada?
Afinal, que vestir? Não tenho nada!
Depois de saciado,
Sigo.
Caminho.
Corro.
Depende...
Estarei atrasado ou não?
E quando chego ao destino,
Volta a dar, não ma dão.
E o ponto de pérola chega
Em sinal de saudação.
Sabedoria, sei que é boa,
Mas o que trago,
Sonolência,
Penso que não!
Celebração do Estudante
Algumas quadras espontâneas
Para fazer estas quadras
inspirar-me-ei em quem?
Sem saber em quem ou em quê
inspirar-me-ei em alguém.
Um rosto redondo
carregado de lágrimas.
Uma brisa suave
cheia de dádivas.
Abro o caderno,
vejo páginas rasgadas.
Começo a escrever
palavras amadas.
Tanta coisa a dizer.
Algo a escrever.
Dias nisto e naquilo…
Muita e pouca coisa a fazer.
Beatriz Martins 8º A
A minha cama fechada
Espera já por mim.
Quem dera ser estudante
Para o resto da vida:
Depois de um dia de saber,
Sem pressas, sem querer,
Dormir, dormir, dormir.
No final:
Acordar, crescer e seguir.
Cátia Soares, 11º F
Palavras pequenas
que explicam o sentimento.
Temperaturas amenas
que aquecem e arrefecem o sofrimen-
to.
Bonecas sem coração
sem saber onde ficar.
Não há com que se preocupar!
Na minha mão há sempre lugar.
Guardar um segredo
é viajar clandestinamente.
Sem de nada ter medo,
é como amar loucamente.
Rute Portugal , 8º A
Tanto muda, o tempo se encur-
ta,
Tão rapidamente a vida permu-
ta.
Sem dar conta da idade desgas-
tada,
Ficam as memórias, as emoções
a existência devastada
Esperança? O que quer isso
dizer?
Resignada estou quando a
minha alma partir
Basta de mágoa, ira ou vontade
de sofrer.
Mariana Ferreira, 10ºF
De uma forma anormal quero
chorar.
És especial para mim desde que
te conheci.
De uma forma anormal consigo
te amar.
Paremos de fingir, meu querido.
Não há nada para dizer
Quando nos meus olhos se pode
ver
Os dolorosos golpes no meu cora-
ção ferido.
Paremos de fingir, meu amor.
A realidade não passa de um
precipício
Onde se concentra toda a dor
De que jamais escaparemos.
Meu querido, parei de te mentir
Ainda que em tempos a verdade
magoasse.
Iludi-me! Tudo o que queria era
sentir
Mesmo que desse sentimento não
gostasse.
Meu amor, por ti é raro
Esconder tal força voraz. Custou
Provar tal veneno amargo. Foi
caro,
Um preço que meu coração não
recusou.
Sinto-me fraca, vulnerável
Inocente e incapaz de lutar
Contra um mal quase incurável
Que dói, que me está a matar.
Patrícia Santos, 10ºF
Poemas à moda de
Camões
Poesia III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 23
N o passado dia 19 de
Janeiro visitámos o
Museu de Serralves, no Porto,
cujo tema central era “Às artes,
cidadãos!”. Nesta exposição
pudemos observar uma combi-
nação da arte contemporânea
com temas políticos tão actuais
como a democracia, o civismo,
a utopia e a revolução. E ainda
mais numa altura em que a vida
política portuguesa está tão
turbulenta, é necessário que
nós, jovens, saibamos o que se
passa à nossa volta e nos ques-
tionemos.
É importante que nos questio-
nemos sobre a razão do desinte-
resse de tantos como nós pela
política. É importante que nos
questionemos sobre a razão de
cada vez menos pessoas vota-
rem. É importante que nos
questionemos sobre a razão de,
ainda nas últimas eleições pre-
sidenciais, mais de metade da
população portuguesa não ter
exercido o seu direito de voto.
Sim, porque é um direito, mas
mais do que isso, é um dever,
um dever de todos. Porque é
fácil criticar e apontar o dedo e
dizer que está tudo mal, mas é
nessas alturas que se pode fazer
a diferença, e a maioria fica-se
pelas vãs palavras. Quer queira-
mos, quer não, fazemos parte
de uma sociedade, e se não
começar por nós tentar fazê-la
melhor, por quem começará?
Não podemos estar à espera que
os outros façam por nós ou
decidam por nós. Cabe a cada
um esse papel.
E alegar descontentamento ou
insatisfação para não votar
também não é justificação, uma
vez que existe o voto em bran-
co, que tem um significado
totalmente diferente do não
voto. Enquanto que não votar é
demonstrar puro desinteresse
em relação à eleição, votar em
branco é um sinal de protesto, é
afirmar que apesar de saber as
suas opções, não se encontrou
nenhuma merecedora do seu
voto.
Está tudo nas nossas mãos. É
tempo de deixar a conversa em
casa e ir às mesas de voto. Bas-
ta de tanta conformismo e
comodismo!
Basta de conformismo e comodismo!
Página 24
Sofia Pinho
12º E
N o meio de tantas obras
da exposição “Às
artes, cidadãos!” surgiu uma
curiosa iniciativa: adoptar um
enxame de abelhas!
A ideia seria combater a morte
maciça desta espécie, fenómeno
que prejudica o desenvolvimento
das espécies cultivadas, deixando
de haver polinização.
A Fundação de Serralves asso-
ciou-se a este projecto com o
objectivo de dar resposta a este
alarme. Assim, através da adop-
ção, pretende instalar colmeias
nas cidades e nos campos, nas
casas particulares e nas escolas,
nos lugares públicos dos bairros.
Adoptar um enxame de abelhas
torna-se uma importante contri-
buição para a formação de uma
ilha de cultura. Esta ilha iria tornar
possível uma união entre espécies
humanas (apicultores, adoptantes
de colmeias) e não humanas
(abelhas, flores). Nestas ilhas, seres
de espécies diferentes coabitam
num espaço político, económico e
cultural.
Assim, Serralves disponibiliza
colmeias idênticas à da ilustração
para quem estiver interessado em
aderir a esta iniciativa solidária.
Se estiveres interessado, deves
contactar a Fundação e pedir mais
informações acerca do projecto.
Lembra-te: todo o ecossistema irá
beneficiar desse gesto!
Ana Filipa
12º E
Torna-te “pai” / “mãe” de uma abelha
Opinião/Reflexão III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
A evolução tecnoló-
gica introduziu a
ideia ilusória de domínio
absoluto do Homem sobre
a realidade que o rodeia: a
máquina tudo resolve e
transforma, sugerindo a
possibilidade do Homem
finalmente alcançar o
patamar da invencibilida-
de.
Neste mundo de ilusão
dá-se preferência ao
sucesso, à beleza e à
juventude eterna, presta-
se culto à imagem fugaz
em detrimento da reflexão
e do conhecimento.
A evolução galopante
do mundo informático
abriu portas a uma era em
que o virtual se confunde
com o real, incutindo um
sentimento de facilitismo
a uma existência que,
todos sabemos, também
se compõe de situações de
frustração.
Assim, sem verdadeira-
mente poder ser responsa-
bilizada por isso, uma
nova geração a que resol-
veram apelidar de parva,
foi-se formando na ilusão
de abundância e facilida-
de permanentes que um
mundo virtual ajudou a
consolidar: manipulada e
rendida ao conforto mate-
rial, abdicou do indispen-
sável sentido crítico e do
legítimo espírito reivindi-
cativo em troca do bem
estar inconsequente.
Mas esta geração nasci-
da depois da revolução,
tão academicamente qua-
lificada quanto politica-
mente impreparada, depa-
ra-se agora com uma rea-
lidade bem diferente,
caracterizada pela escas-
sez de estágios não remu-
nerados ou a alternativa
de caixas de supermerca-
do: afinal, a realidade não
coincide com o mundo
virtual!
A sociedade real revela-
se bastante diversa: ven-
der é a palavra de ordem -
criam-se necessidades
artificiais, desactualizam-
se continuamente sofisti-
cados produtos a cuja
concepção presidiu o con-
ceito da obsolescência
planeada, usa-se e deita-
se fora, de preferência
rapidamente.
O sentido afectivo que
outrora se atribuía aos
objectos é substituído
pelo desejo desenfreado
de consumir e por arrasto
perdem-se igualmente os
afectos e o respeito pelo
próximo: o sexo banaliza-
se, os idosos (e o seu
capital de conhecimento
resultante de uma larga
experiência de vida) são
ignorados, os incapacita-
dos votados ao desprezo,
os povos geograficamente
situados fora das rotas de
sucesso ostensivamente
ignorados.
O calculismo e o opor-
tunismo presidem à rela-
ção com o próximo, a
honorabilidade caiu em
desuso, o valor da palavra
baniu-se.
Neste quadro em que se
produz e consome numa
voragem constante, a
natureza sai duplamente
penalizada do confronto
com o Homem, apoiado
pelas tecnologias agressi-
vas de que dispõe – pri-
meiro exaurida
dos recursos que
generosamente
disponibiliza,
depois tendo que
suportar a polui-
ção decorrente
dos despojos per-
manentemente
jogados em lixei-
ras gigantescas,
transformadas
em recorrentes
focos de desequi-
líbrio ambiental.
Aquilo que numa pri-
meira impressão pareceria
significar a invencibilida-
de do Homem traduz-se
afinal no seu enfraqueci-
mento, porque se desvalo-
riza a reflexão como
motor indispensável à
construção do conheci-
mento, porque não se
aceita o espaço da derrota,
que promove a reflexão e
confere saber e maturida-
de, que humaniza, não se
admitindo como tendo que
naturalmente participar da
vida e complementar os
não menos indispensáveis
momentos de felicidade e
plenitude.
A crise que as socieda-
des ocidentais actualmente
experimentam pode resul-
tar na oportunidade para a
definição de soluções
alternativas, para a valori-
zação criativa de uma
sociedade que se pretende
mais realista e solidária:
no futuro terá que ser pos-
sível alcançar o bem estar
com muito menos. E essa
riqueza possível, também
o sabemos, terá igualmen-
te que ser partilhada por
muitos mais.
Uma “Geração Parva”?
Ilustração do aluno Diego Manjate, do 12ºD
“A crise que as sociedades
ocidentais actualmente
experimentam pode resultar
na oportunidade para a
definição de soluções
alternativas, para a
valorização criativa de uma
sociedade que se pretende
mais realista e solidária”
Opinião/Reflexão
Os jovens (actuais alunos
da Ferreira de Castro
incluídos) verificam agora
que nada têm a ganhar
com uma atitude que reve-
la tanto de arrogância
como de ingenuidade rela-
tivamente à realidade que
os rodeia: é preciso que,
para que não sejam nova-
mente apanhados em con-
trapé, não se deixem iludir
e façam o que lhes compe-
te - que reflictam para que
possam ter voz própria,
para que responsavelmente
exijam participar nas deci-
sões e para que depois evi-
tem confessar: “Que parvo
(a) que eu fui!”
Mário Luís Melo Ferreira (professor de Artes Visuais)
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 25
T al como foi noti-
ciado na edição
passada, os alunos do
12ºE e 11ºG tiveram a
oportunidade de visitar,
no passado mês de Janei-
ro, uma exposição no
Museu de Serralves, inti-
tulada “Às artes, cida-
dãos!”.
Esta exposição coloca à
disposição um lugar de
encontro entre o artista e
o espectador, atribuindo
igual poder a ambos e
criando uma plataforma
de debate. É esta envol-
vência participativa que
permite desenvolver
conhecimentos em áreas
que estão intrinsecamente
relacionadas com as
comemorações do Cente-
nário da República.
A actividade política
(direitos e deveres), o
conceito de cidadania e,
consequentemente, a
democracia e a soberania
do povo foram temas que
se evidenciaram em todas
as obras expostas, agu-
çando o interesse dos alu-
nos, nomeadamente os
que frequentam o curso
de Humanidades.
Foram várias as nacio-
nalidades que assumiram
relevância, dado a multi-
plicidade de artistas inter-
nacionais que compõem a
exposição. Assim, preten-
de-se dar a conhecer as
diferentes formas de
interpretação que podem
surgir acerca de um tema
tão abrangente e actual!
Os alunos manifestaram
a sua preferência por
variadas obras, no entanto
uma foi merecedora de
bastante destaque. Numa
demonstração profunda
do que pode ser o activis-
mo político, o artista Car-
los Mot ta ( "SEIS
ACTOS: UMA EXPE-
RIÊNCIA DE JUSTIÇA
NARRATIVA" E "DEUS
POBRE") fez uma pes-
quisa sobre antigos dis-
cursos de figuras políticas
colombianas e entregou-
os a actores nacionais.
Estes, por sua vez, foram,
literalmente, para o meio
da rua interpretar os tex-
tos políticos de forma
bastante expressiva. Apa-
rentemente, a obra não
seria motivo para tanto
interesse, contudo, desta-
ca-se pela forma como se
apresenta aos espectado-
res: uma sala rectangular,
com 6 projectores distri-
buídos uniformemente
(mostrando os vídeos das
interpretações dos discur-
sos), onde a cada uma das
projecções correspondem
colunas que emitem,
simultaneamente, o som.
É fácil de perceber que,
ao entrar na sala, somos
recebidos com uma mis-
celânea de vozes exalta-
das, numa língua estran-
geira, que nos absorvem
completamente. Parece
confuso, mas torna-se
uma experiência curiosa.
A exposição fica assim
marcada por diferentes
artistas que procuram
individualizar-se através
da apresentação, essen-
cialmente, estética, cap-
tando a atenção de todos
os espectadores.
“Às artes, cidadãos!”
Ana Filipa
12º E
Opinião/Reflexão III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 26
N os dias 15 e 16 de
Fevereiro das 19 às
20.30, na Biblioteca da nossa
escola, decorreu a actividade “
Restaurante das Letras”,
dinamizada pelas formado-
ras de Cultura Língua e
Comunicação, Linguagem e
Comunicação e Cidadania e
Empregabilidade com a
colaboração da formadora
Elisabete Tavares e das
profissionais Alexandra
Leal e Mónica Leal do Cen-
tro Novas Oportunidades
Ferreira de Castro, cujo objec-
tivo era promover o gosto pela
leitura a partir de pequenos
textos de diferentes autores
portugueses e estrangeiros.
Esta actividade, integrada na
“ Semana das Línguas”, desti-
nou-se essencialmente aos adul-
tos em processo de Reconheci-
mento, Validação e Certificação
de Competências (RVCC) e aos
alunos dos cursos de Educação
e Formação de Adultos (EFA)
nocturnos e das Unidades de
Formação de Curta Duração
(UFCD).
Foi uma actividade de grande
sucesso, uma vez que nela par-
ticipou um número significativo
O n the 28th January the stu-
dents of English from the 12th form set up an evening
party in order to raise money to help them with the school trip to
London during the Easter school holidays. The show was a huge
success full of dance, poetry, music and comedy! The whole
class was actively involved in this event and many talented
teachers were of big help, too. The audience simply loved it!
Congratulations to all of you for a wonderful show with moments we will never forget!
Sarau
Restaurante das letras
de adultos, uns por iniciativa
própria outros acompanhados
pelos respectivos formadores.
Algumas apreciações elabora-
das pelos adultos como retribui-
ção dos “ pratos” oferecidos:
“Foi uma iniciativa muito
original, de bom gosto que
cativou muito os estudantes
nocturnos”
“Foi uma experiência origi-
nal. Boas entradas, pratos deli-
ciosos, bem confeccionados…”
“Balanço positivo, foi uma
actividade engraçada.”
Outras iniciativas
Línguas III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 27
D ecorreu entre os dias 14
e 18 de Fevereiro mais
uma edição da Semana das
Línguas, organizada pelo
Departamento de Línguas da
nossa escola.
Com o intuito de sensibilizar
a comunidade escolar para a
importância das línguas como
meio de comunicação privile-
giado, os professores do depar-
tamento de línguas realizaram
actividades diversas para divul-
gar aspectos da gastronomia,
música, cinema, literatura, lín-
gua, hábitos sociais, entre
outros.
Alunos estrangeiros, a estudar
em Portugal por um período de
seis meses ou um ano, conver-
saram com os alunos portugue-
ses acerca da sua experiência.
Para conhecer melhor este tipo
de intercâmbio e, quem sabe,
viver uma experiência idêntica,
vai a
www.intercultura-afs.pt
Restaurante das Letras: nos
dias 14 e 15 de Fevereiro, na
Biblioteca, esteve aberto um
restaurante muito especial. A
ementa incluía pratos como, por
exemplo, “Feijoada à brasilei-
ro”, “Salada de frutas à Cas-
trim” ou “Pratinho de arroz
doce”, confeccionados por
autores portugueses e estrangei-
ros:
Pequeno-almoço multicultu-
ral: com a preciosa colaboração
dos alunos e formador do curso
de Panificação e Pastelaria, os
professores de línguas serviram
um pequeno-almoço composto
por “iguarias” típicas de cada
um dos países representados
(Portugal, Espanha, França e
Inglaterra).
Na cantina, no dia 14 de
Fevereiro, colocaram-se tabu-
leiros alusivos ao “Dia dos
Namorados” e no dia 17 foi
possível realizar passatempos
“multilinguísticos” enquanto se
almoçava.
Semana das línguas
Durante a semana das línguas
realizaram-se as semi finais do
concurso “ Spelling Bee” na
Biblioteca da nossa escola. Como
foram todos muito bons foi com
muita dificuldade que
conseguimos apurar os seguintes
finalistas.
Concurso “Spelling Bee”
Group 1 - 7th grade
Rafaela Santos 7º C
João Mota 7ºD
André Martins 7ºD
Group 2 - 8th grade
Sofia Barros 8º C
Catarina Silva 8º C
André Carvalho 8º C
Group 3 - 9th grade
Nuno Nascimento 9ºA
Henrique Xará 9º D
Pedro Godinho 9º D
Group 4 - Profissionais 10th
grade
João Brandão 1º TGPSI
Marcela Santos 1º ASC- A
Pedro Henriques 1º TD
Group 5 - 10th grade
Francisca Queirós 10º A
Eva Pinho 10ºC
Luís Moura 10º D
Mariana Ferreira 10º F
Patrícia Soares 10º F
Group 6 - 11th grade
José Rafael Costa 11º A
Sérgio Silva 11º A
Nuno Pinho 11º C
Group 7 - 12th grade
Inês Silva 12º A
Andreia Ribeiro 12º E
Rossana Santos 12º E
Group 8 - Profissionais
11th /12th grade
Sandra Coreixas 3º TG
José Valente 3º TGPSI
Fábio Brandão 3º TGPSI
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Línguas
Página 28
Alunos do 9º Ano assistem a representação da obra “Auto da Barca do Inferno”
N o dia 1 de Fevereiro de
2011, os alunos do 9ºano
da Escola Básica e Secundária
Ferreira de Castro foram a Pera-
fita (Matosinhos) assistir à peça
“Auto do Barca do Inferno” de
Gil Vicente. Esta visita de estu-
do, no âmbito da disciplina de
Língua Portuguesa, decorreu na
parte da tarde e, na minha opi-
nião, fez os alunos conhecerem
melhor o mundo da representa-
ção, motivando-os a participar e
intervir numa vida cultural mais
activa. De um modo geral, gostei
desta representação do “Auto da
Barca do Inferno” pois os acto-
res conseguiram captar a minha
atenção do início ao fim da peça
e trabalharam esta obra de Gil
Vicente fazendo com que o
público vivesse com eles todas
as emoções da representação.
Os momentos mais marcantes
da visita de estudo foram, sem
dúvida, a viagem de autocarro e,
mais tarde, a peça em si, desta-
cando-se a cena do Parvo, que
fazia as suas brincadeiras, a cena
do Corregedor que preparou
uma “dança” com as pessoas do
público e também as cenas do
Frade e da Alcoviteira (Brísida
Vaz). A cena de que mais gostei
foi a cena do Parvo pelo cómico
que a personagem criou. Não
houve nenhuma cena de que não
tenha gostado.
Na minha opinião, a peça foi
bastante divertida, animada
essencialmente pelo Parvo; cria-
tiva, devido a estratégias que os
actores inventaram para torná-la
mais apelativa e actual; bem
coordenada porque os actores
estavam muito bem ensaiados e
representaram muito bem o seu
papel. No fundo, excedeu as
minhas expectativas, no sentido
em que tudo estava melhor do
que eu tinha imaginado.
Animação, criatividade e uma
obra como esta escrita por um
autor tão conceituado – Gil
Vicente – resultaram numa peça
alegre, criativa e muito bem
representada pela Companhia de
Teatro “O Sonho”. É de destacar
também o seu profissionalismo
ao nível do som, luz e da própria
representação.
Em conclusão, gostei muito de
ter visto a representação do
Imagens da representação do
“Auto da Barca do Inferno, de Gil
Vicente, pela Companhia de Teatro
O Sonho
“Auto da Barca do Inferno”.
Ana Margarida Ferreira
9ºA
Greetings everybody! Aren‟t we sick and tired of Human
Rights? At least I am. Supporting Human Rights is support-
ing a global culture and discouraging unique cultures that
aren‟t related to the western world. Much more relevant
would be waking all dead people to their duties. I‟ll begin
with a piece of advice if you want to be successful in today‟s
world:
Firstly, you have to believe in God or other Heroes sup-
ported by masses. This will help you to cheat the emptiness
in which we all live. Besides, you won‟t need to think.
Amazing no?;
Consume mainstream music, films or books because it will
surely give you status, even if their content is very poor. Re-
ject underground cultures because they will never get any-
where and no one likes them, only weird people;
Now pay attention to the following tip: ALWAYS discuss
intricate topics even if you don‟t have any idea of what you
are saying. If no one understands you, you might be consid-
ered brainy;
Live your life freely… But regret, or else God will hunt
you down. If you aren‟t living your life according to your
own ideas, don‟t worry. God knows your desires so you will
experience a magical feeling of achievement in Heaven. Are
you picturing? Hundreds of amazing virgins, endless bottles
of whisky… Still, an enormous feeling of void due to the
lack of courage while you were alive...;
Support all charity causes willingly. It doesn‟t matter if
you‟re donating food to Africa or making hypocritical leaders
profit. You feel your void so deeply that you need to help
others;
Do not overreact. There are so many noble people looking
after you as we speak. The Pope is taking care of your faith,
your Prime Minister is running your country, your mother is
washing your clothes - So… why bother, right? Just enjoy
your meaningless days with pleasure but not too much be-
cause deep inside you fear that forgiveness from Above is
limited.;
Always smile and be nice to everyone. Cheat yourself and
those around you. Everybody wins, isn‟t it?
NO, MANKIND DOESN‟T WIN! I‟m so sick of this mad-
ness. I‟m still waiting… Free spirits where are you? Can‟t
you understand? I want paradoxes. I want to see white collar
workers with their bodies filled with tattoos and their faces
full of piercings; I want to listen to hardcore and metal in
mainstream radios; I want to smell joints of weed on the
streets because tobacco is also a drug and no one complains
about it.
All in all, please try to keep your mind unspoiled with stu-
pid moral values. This should be our main concern, our duty.
We will be ready to fight for human rights and discuss them
if we can be truly open-minded.
Línguas III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
How to be perfect By André Gomes
Página 29
Curiosité
Compositeur belge origi-
naire de la ville de Laeken,
Paul Van Haver, de son
vrai nom, débute sa carriè-
re au sein du groupe de rap
Suspicion. Il décide ensui-
te de se lancer dans une
carrière en solitaire et adopte le
pseudonyme Stromae ("Maestro", à
l'envers). Le chanteur fait une en-
trée remarquable avec son single
"Alors on danse".
Página 30
Línguas/Passatempos M
ots
Ca
ch
és
N o âmbito da «Semana das Línguas», a nossa escola
recebeu calorosamente três estudantes oriundos de
países tão diferentes como a Tailândia, a Turquia e a Costa Rica.
Os três jovens encontram-se a viver em Portugal por um ano, no
seio de uma família portuguesa, que os acolhe como se de um
membro da família se tratasse, e frequentam uma escola secundá-
ria – em Sever do Vouga, São João da Madeira e Costa Rica.
Alberto Cruz (da Costa Rica), Deniz Merkit (da Turquia) e Yod-
manee Rojnchanathong (da Tailândia) participam no programa
anual de estudar/viver um ano num outro país da AFS – Intercul-
tura–AFS é uma Associação de Juventude e Voluntariado, sem
fins lucrativos. Não tem filiações partidárias, religiosas ou outras
e tem estatuto de Instituição de Utilidade Pública.Tem como objectivos contribuir
para a Paz e Compreensão entre os Povos através de intercâmbios de jovens e
famílias, para uma Aprendizagem Intercultural e Educação Global (para saberes
mais sobre a Intercultura http://www.intercultura-afs.pt/por_po/view/learn ). Com a
presença dos três estudantes, a Ferreira ficou mais próxima desses três países, cul-
turas e línguas. E o encontro deu-se num ambiente descontraído e informal, em que
houve tempo para ouvir outras línguas e outros hábitos culturais e onde a curiosida-
de dos estudantes portugueses do ensino secundário foi traduzida em perguntas, às
quais os convidados de
outras latitudes responderam
amigável e generosamente. E
as perguntas foram muitas :
sobre as escolas dos seus
países de origem, os seus
hábitos alimentares, a forma
como ocupam os tempos
livres, desporto... As línguas
em presença – Português,
Inglês, Espanhol e algumas
palavras em Turco e Tailan-
dês – serviram de pontes
para a comunicação.
Terminado o encontro, que também contou com a presença de um voluntário da
AFS, Flávio Rino, todos voltaram para as suas rotinas de sempre, mas com algo
mais, com toda a certeza, porque afinal de contas tratou-se de aproximar e de dar a
conhecer três continentes e três modos de neles se viver – Europa, Ásia e América
– e perceber como é que «outros olhos» vêem o nosso país, a nossa cultura e a
nossa língua.
UN MOMENT D‟HUMOUR …
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Jovens de outros países na
Ferreira
C erca de quatro
dezenas de alunos
da nossa Escola Básica e
Secundária Ferreira de
Castro participaram nesta
prova, após se classifica-
rem nos primeiros lugares
no corta mato organizado
entre nós. Apesar do
lamaçal existente no local
da prova (sítio da "Feira
Medieval", em Sª Maria
da Feira), tornando o per-
curso muito lamacento e
Alunas da Ferreira de Castro no Campeonato Nacional de Corta - Mato
Voleibol juvenis femininos: conquista do bicampeonato
D esde 4ª Feira, dia 16 de Março, até sábado, 19, muita
coisa aconteceu à nossa equipa. No primeiro dia visita-
mos a cidade de Espinho, onde, na Escola Dr. Manuel Laranjei-
ra, vencemos a equipa local por 3x0 (25-19, 25-17 e 15-06).
Mas já em nossa casa, no
sábado, a equipa de Espi-
nho presenteou-nos do
mesmo modo vencendo-
nos por 3x0 (18-25, 13-25
e 14-16). Com o empate
em set´s, pegou-se na
máquina calculadora e
verificou-se que o campeo-
nato era nosso, por dois
pontinhos apenas....
escorregadio, todos os
alunos estão de parabéns
pela sua participação, sen-
do de realçar os segundos
lugares alcançados pelas
alunas Isa e Diana, res-
pectivamente do 9º e do
11º Anos, que lhes permi-
tiu serem apuradas para o
corta mato nacional.
Voleibol - juniores femininos
juvenis e, ainda duas equipas da APROJE de São João da Madeira.
No primeiro jogo perdemos por 2 – 0 com a equipa A da APROJE;
no segundo jogo ganhamos por 2 – 1 à equipa B da APROJE e, por
fim, perdemos no terceiro jogo por 2 – 0 com a
equipa de juvenis da Escola Básica e Secundária
Ferreira de Castro. O torneio decorreu, de uma
forma geral, de forma positiva e com uma boa
assistência na bancada. As nossas atletas puderam
pôr em prática, numa situação de competição,
alguns dos conteúdos que têm vindo a ser exerci-
tados nos treinos. Notou-se em algumas alunas
uma certa evolução, respondendo bem a este teste,
e houve outras que denotaram algum nervosismo,
com as coisas por vezes a não saírem tão bem.
Este torneio contou com a presença da Directora e
do Presidente do Conselho Geral da nossa Escola, os quais entrega-
ram os diplomas a todos os participantes.
Desporto III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
Página 31
Desporto é na Ferreira!
A equipa de badminton da Escola Básica e
Secundária Ferreira de Castro
D ecorreram no passado mês de Janeiro as jornadas do cam-
peonato de voleibol, nas quais participou a nossa equipa
feminina de juniores de voleibol. A primeira jornada decorreu na
Escola Secundária Soares Basto e contou ainda
com a equipa da casa e com a da Escola Secundá-
ria Oliveira Júnior (S. J. da Madeira). No primei-
ro jogo a escola de São João da Madeira bateu a
escola anfitriã por três a zero (25 – 17; 25 – 14;
15 – 13) e no segundo jogo bateu a nossa escola
por dois a um (22 – 25; 25 – 15; 15 – 13). No
terceiro e último jogo as nossas meninas levaram
de vencida a Escola Secundária Soares Basto por
três a zero (25 – 18; 25 – 20; 15 – 13).
Nesta primeira jornada as nossas alunas tive-
ram uma boa prestação. Demonstraram empenho
e alguma evolução em relação à prestação no Torneio de Natal.
A segunda jornada decorreu em S. João da Madeira. Nesta jornada
participou a nossa equipa de juniores em conjunto com a equipa de
A nossa nova Escola
Página 32
A nova Escola III Milénio | Nº 12 | Abril 2011
A nossa escola dispõe agora de novos e
modernos espaços que proporcionam
melhores condições de trabalho e de
convívio.
A preservação das boas condições agora
criadas é uma tarefa que cabe a toda a
comunidade educativa. A limpeza e arrumação das salas de aula e dos espaços de convívio e a conservação em bom estado dos
equipamentos são fundamentais para que todos nos sintamos bem na nossa escola e para que todos atinjam bons resultados.
No capítulo da limpeza, estão colocados em diversos pontos da escola recipientes
destinados à selecção do lixo. Assim, colocando o lixo no sítio certo, dá-se um bom
contributo para a preservação do Ambiente.
As salas de aulas foram apetrechadas com novos equipamentos, entre os quais
computadores, quadros interactivos e projectores multimédia. São equipamentos caros e que
precisam de cuidados especiais para o seu bom funcionamento. Entre esses cuidados
salientam-se os seguintes: não desligar os cabos dos computadores, evitar tocar com as
mãos nos quadros interactivos e não escrever neles com as canetas utilizadas nos quadros
brancos tradicionais.
A escola é de todos e de cada um de nós. Vamos contribuir para a sua preservação!