Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

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Os shoppings da Grande Tijuca já sentem os reflexos das novas administ- rações e se esforçam para agradar ainda mais os consumidores, oferecendo novas opções de lojas e serviços e até mesmo a revisão de conceitos comerciais. O Tijuca — adquirido pelo grupo administrador de shoppings BRMalls em 2010 — está inaugurando o Espaço Gour- met, com maior variedade de restauran- tes, como o Gula Gula, e tipos de comida, alguns exclusivos da região. O Boulevard Rio, novo nome do Iguatemi, foi adquirido pelo grupo Ancar- Ivanhoé em 2012 e as mudanças começam a aparecer, também na área de alimenta- ção e mobiliário. Em 2014 será a vez dos cinemas. Veja mais na página 6. Farmácias e drogarias aumentam faturamento e atraem investimentos de grandes grupos. Página 18 Com câmeras da Prefeitura, é possível monitorar o trânsito nas principais ruas do bairro. Saiba onde estão. Página 24 COMÉRCIO A arte de multiplicar os pães, com novos sabores. O Tijuca Gourmet, antigo mini-mercado Tijuca Mix, vem se sofisticando nos úl- timos anos e passou a ofe- recer novos serviços. Hoje são mais de 40 variedades de pães, alguns exclusivos, Ao lado dos produtos de panificação, o co- mércio oferece tam- bém carnes especiais no seu açougue. Conversamos com o sócio Mar- cello Oliveira so- bre a história da loja. Veja na página 16. Eu amo as palavras, mas sou completamente apaixonada por atitudes.- Tati Bernardes Selecionamos mais frases para você na página 05. SAÚDE DOS ANIMAIS O mau hálito em cães e gatos mui- tas vezes resulta de tártaro. O problema não é só estético. Além do mau cheiro, essas placas bacteri- anas causam dor e san- gramento aos animais. Veja melhor como acabar com isso na página 18. Funciona há 3 anos uma escola gratuita de educação financeira. O acesso é aberto a todos. Pág 12 Tijuca e Boulevard Rio: os shoppings investem e mudanças já aparecem

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Jornal Promoções & Negócios, 2a edição. Com matérias sobre os investimentos em andamento nos shoppings Tijuca e Boulevard (antigo Iguatemi), lançamentos imobiliários em Vila Isabel, dicas para aposentadoria, uma escola gratuita para aprender a mexer com dinheiro e muito mais para o seu bolso.

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Os shoppings da Grande Tijuca já sentem os reflexos das novas administ-rações e se esforçam para agradar ainda mais os consumidores, oferecendo novas opções de lojas e serviços e até mesmo a revisão de conceitos comerciais.

O Tijuca — adquirido pelo grupo administrador de shoppings BRMalls em 2010 — está inaugurando o Espaço Gour-met, com maior variedade de restauran-tes, como o Gula Gula, e tipos de comida, alguns exclusivos da região.

O Boulevard Rio, novo nome doIguatemi, foi adquirido pelo grupo Ancar-Ivanhoé em 2012 e as mudanças começam a aparecer, também na área de alimenta-ção e mobiliário. Em 2014 será a vez dos cinemas. Veja mais na página 6.

Farmácias e drogarias aumentam faturamento e atraem investimentos de grandes grupos. Página 18

Com câmeras da Prefeitura, é possível monitorar o trânsito nas principais ruas do bairro. Saiba onde estão. Página 24

COMÉRCIO A arte de multiplicar os pães, com novos sabores. O Tijuca Gourmet, antigo mini-mercado Tijuca Mix, vem se sofisticando nos úl-timos anos e passou a ofe-recer novos serviços. Hoje são mais de 40 variedades de pães, alguns exclusivos,

Ao lado dos produtos de panificação, o co-mércio oferece tam-bém carnes especiais no seu açougue. Conve r samos com o sócio Mar-cello Oliveira so-bre a história da loja. Veja na página 16.

“Eu amo as palavras, mas sou completamente apaixonada por atitudes.” - Tati Bernardes Selecionamos mais frases para você na página 05.

Saúde dOS anIMaIS O mau hálito em cães e gatos mui-tas vezes resulta de tártaro. O problema não é só estético. Além do mau cheiro, essas placas bacteri-anas causam dor e san-gramento aos animais. Veja melhor como acabar com isso na página 18.

Funciona há 3 anos uma escola gratuita de educação financeira. O acesso é aberto a todos. Pág 12

Tijuca e Boulevard Rio: os shoppings investem e mudanças já aparecem

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2 — EDITORIAL/EXPEDIENTE — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

EXPEDIENTE

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS é uma publicação de Alquimia Comunicação e Eventos Ltda. (CNPJ 08.087.990/0001-59) produzido pela Paperlink Copiadora Ltda. (CNPJ

17.409.190/0001-06), estabelecida à

Rua Conde de Bonfim 44, loja 113

CEP 20.520-053—Tijuca—Rio de Janeiro—RJ

Contatos: [email protected]

Tel.: 21-3553-1234 / 3529-2029

www.promocoesenegocios.com.br /

Jornalista responsável: Alaor Barbosa

Diretor Alaor Barbosa

Editor Francisco Barbosa

Comercial Rodrigo Ferreira/

Ana Carolina Inácio

Arte Marcos Pereira

Tecnologia Denilton Cymbron

Redes Sociais Luciano Henriques

Distribuição Maria Alice Tomaz

Um comércio mais pujante

Os dois grandes centros comerciais da

região — os shoppings Tijuca e Boulevard

Rio (antigo Iguatemi) — estão aumentando

as ofertas de serviços e atraindo novas

lojas. É o primeiro sinal dos investimentos

realizados pelos grupos que assumiram os

dois empreendimentos nos últimos anos, o

BR Malls (Tijuca) e Ancar-Ivanhoé

(Iguatemi — Boulevard-Rio). E nada indica

que pretendem parar por aí. Ao contrário. É

certo que os consumidores terão cada vez

mais opções. Como são grupos fortes os

investimentos podem ser maiores—assim

como os benefícios aos seus consumidores.

O jornal Promoções&Negócios ouviu

dirigentes dos dois empreendimentos e traz

informações que, acreditamos, é do

interesse dos nossos leitores. E esse é um

dos nossos objetivos: retratar o movimento

do setor empresarial na região.

Trazemos nessa edição outros assuntos,

passando por uma reportagem especial

sobre o setor de farmácias, as

oportunidades que o segmento audiovisual

está trazendo a novos cineastas e outros

profissionais criativos, além de outros

temas.

Pesquisamos também sobre o grande

número de câmeras que monitoram o

trânsito no bairro. De acesso público,

permitem visualizar — e, talvez, até fugir

dos engarrafamentos.

Desejamos a todos, boa leitura.

ÍNDICE FRASES

Frases humorísticas e inspiradas para o seu dia a dia

5

CONSUMO Shoppings Tijuca e Boulevard-Rio (ex-Iguatemi) começam a colher os frutos de mais investimentos

6

VIDA PESSOAL

Pequenos e grandes empresários convivem com a questão da aposentadoria, mas de formas diversas

8

Pequenas economias podem gerar grandes poupanças a longo prazo

9

TECNOLOGIA E a presidente Dilma não sabia que o Google tem acesso ao conteúdo dos correios eletrônicos

10

TENDÊNCIAS Fatos e decisões que afetam os negócios 11

EDUCAÇÃO Em Vila Isabel, funciona uma Escola de Educação Financeira, gratuita

12

NEGÓCIOS Em novembro serão realizados grandes eventos no Rio para divulgar o empreendedorismo

13

OPORTUNIDADES Governo obriga TV a cabo a exibir mais ‘conteúdo nacional’, abrindo oportunidades em audiovisual

14

COMPORTAMENTO Nem todos admitem, mas a superstição está presente no mundo corporativo

15

ALIMENTAÇÃO Empório Tijuca Mix diversifica e oferece mais de 40 tipos diferentes de pães, alguns exclusivos

16

ANIMAIS O tártaro pode afetar a saúde de cães e gatos, além de provocar mau hálito

17

FARMÁCIAS Grandes grupos investem pesado no setor de farmácias, que têm crescido forte no Brasil

18

ESTÉTICA Feiras e eventos divulgam tendências de cortes de cabelo e produtos de beleza

20

Floresta da Tijuca foi apontada pelo ‘Lonely Planet’ o melhor passeio urbano do mundo

21

TURISMO Black Friday nos EUA, quando vale a pena viajar para comprar

21

IMÓVEIS Vila Isabel ultrapassa a Tijuca em lançamentos imobiliários até setembro

22

AUTOMÓVEIS O Gol é o carro mais vendido no Brasil, mas no Rio a preferência é por um carro da Fiat

23

SERVIÇOS 40 câmeras monitoram o trânsito na região e podem auxiliar motoristas a fugir de engarrafamentos

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Frases, frases, frases .... Veja abaixo mais frases que selecionamos para você.

Muitas vezes, pequenas palavras nos ensinam muito. Outras nos divertem.

NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS – FRASES — 5

Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela. Albert Camus

Não há evidência maior de insani-dade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes. Albert Einstein

Ama-se mais o que se conquista com esforço. Benjamim Disraeli

Ama os teus inimigos, porque eles falam-te dos teus defeitos. Benja-mim Franklin

O ideal seria se todas as pessoas soubessem amar como sabem fingir. Bob Marley

Que prazer mais egoísta, o de cui-dar de um outro ser, mesmo se dan-do mais do que se tem pra receber. Cazuza

Ah o amor... que nasce não sei on-de, vem não sei como, e dói não sei porquê. Luis de Camões

“(...) Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis (...)”. Machado de Assis

Eu ando num labirinto e você em linha reta. Te chamo pra festa, mas você só quer atingir sua meta. Pauli-nho Moska

Amar, porque nada melhor para a

saúde que um amor correspondido. Vinícius de Moraes

Mesmo nublados, meus dias serão sempre lindos, pois tenho o prazer de acordar e ver você ao meu lado.

Eu amo as palavras, mas sou com-pletamente apaixonada por atitu-des. Tati Bernardes

O maior erro de um homem é não valorizar a mulher que lhe faz bem.

Mesmo quando estou rodeado de pessoas, nenhuma delas substitui a falta que você me faz.

Quer se livrar de alguém? Peça di-nheiro emprestado para ele.

Eu te desejo que você ganhe dinhei-ro e que você diga a ele, ao menos uma vez, quem é dono de quem. Frejat

Eu não ligo se uma pessoa é feia. Não ligo, não atendo, não adiciono em redes sociais...

Quem compra o que não pode, ven-de o que não deve.

Ter parentes no Facebook, é ter a certeza de que eles vão adicionar nossas ex-namoradas.

Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando pode-

rá ser tarde demais. Ralph Waldo Emerson

Trabalhe como se você fosse viver 100 anos e reze como se você fosse morrer amanhã.

Quem não tem Las Vegas, vai no bingo de Irajá. Quem não tem Be-verly Hills, mora no BNH. Zeca Ba-leiro

Começar já é metade de toda ação.

Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele. Henry Ford

Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia a mais. José Saramago

Se você pensa que é um derrotado, você será derrotado. Napoleon Hill

Quando eu morrer quero que colo-quem no meu caixão minha certidão de casamento. Ela é minha credenci-al para a área vip do céu.

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais um vez eu sei. Escu-ridão já vi pior, de endoidecer gente sã. Espera que o sol já vem. Renato Russo

O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos. William Shakespeare

O dinheiro compra o crucifixo, mas não lhe dá a fé.

Quem poupa o lobo sacrifica a ove-lha.

Dinheiro é igual beleza: quem tem jura não ter, e quem não tem jura que não faz falta!

Espere o melhor, prepare-se para o pior, receba o que vier.

As mais altas torres começam do chão.

O melhor educador é o que conse-guiu educar a si mesmo.

Quem ama a rosa suporta os espi-nhos.

É mais fácil enfrentar um inimigo que te ataca, do que um amigo falso que te abraça.

Errei ontem, aprendi hoje e preten-do superar amanhã.

Quem já sabe o caminho chega pri-meiro.

As pessoas se sentem sozinhas, por-que em vez de construir pontes constroem muros.

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6 — COMÉRCIO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

Shoppings oferecem mais atrações

O BoulevardRio Shopping destaca a arquite-

tura da construção, com o grande vão livre

O Shopping Tijuca desenvolveu campanha

mostrando a ligação com os moradores

A praça de alimentação é uma das priorida-

des da nova administração do Boulevard

No Tijuca deu-se ênfase para trazer novos res-

taurantes, que ainda não estavam no bairro

O s dois grandes centros comerciais da

Grande Tijuca vivem momentos de trans-

formação, beneficiando-se dos investimentos

realizados pelas novas administrações que as-

sumiram os empreendimentos nos últimos dois

anos. No final de 2010 a BR Malls uma das

gigantes do setor e com ações negociadas na

bolsa de valores, adquiriu o controle do Shop-

ping Tijuca, desembolsando R$ 425 milhões

por 49,9% das ações. Em agosto do ano passa-

do o grupo Ancar Ivanhoé, também um dos

maiores do setor, desembolsou R$ 300 milhões

para comprar o antigo Iguatemi, que foi rebati-

zado para Boulevard Rio.

Os novos gestores se declaram satisfeitos

com os resultados dos investimentos realiza-

dos. “O shopping está crescendo a mais de

15% ao ano, acima dos que havíamos projeta-

dos. E 2014 deverá ser ainda melhor, com os

efeitos dos investimentos que estão sendo rea-

lizados”, comemora Odirlei Fernandes, supe-

rintendente do Boulevard Rio.

O Shopping Tijuca já realizou várias refor-

mas internas e agora está fazendo revitalização

das fachadas. Essas mudanças resultam de uma

pesquisa realizada com os moradores da região

sobre o que eles queriam do centro comercial.

Uma constatação foi que havia forte demanda

de um “espaço gourmet”, com nomes de desta-

ques da culinária carioca. Com isso, a nova

administração reservou uma área de 1.500 me-

tros quadrados no terceiro piso chamada de

“Alameda Gourmet”. Entre os novos restau-

rantes já estão presentes o Gula Gula e o Galli.

A cafeteria Starbucks também se instalou no

shopping.

Além de maior “musculatura” para investi-

mentos — tanto o BR Malls quanto o Ancar

Ivanhoé têm porte internacional — o movi-

mento de revitalização dos dois centros comer-

ciais se beneficiou da pacificação da região da

Grande Tijuca, com a instalação de várias Uni-

dades de Polícia Pacificadora (UPP). Com isso

os próprios moradores da região voltaram a ter

mais orgulho dos empreendimentos locais. E

como esses passaram a oferecer mais opções

— e melhores —, o resultado foi um círculo

virtuoso, onde todos estão ganhando.

E mais investimentos estão sendo realiza-

dos. Fernandes informa que o setor de alimen-

tação também é uma das prioridades para o

Após mudança de controle, os dois shoppings da Grande Tijuca são beneficiados por investimentos

realizados pelas novas administrações e oferecem mais opções para o consumidor, com destaque para os segmentos de lazer e

alimentação. Objetivo é atrair uma população crescente e cada vez mais sofisticada

Boulevard-Rio. As obras estão em andamen-

to e serão entregues antes do Natal. Um dife-

rencial é que a nova praça de alimentação vai

criar ambientes que permitirão maior privaci-

dade aos frequentadores. “Muitas famílias se

reúnem em restaurantes e querem ficar mais

à vontade. O novo espaço vai permitir isso”,

complementou.

Em termos de expansão de área física os

dois shoppings foram evasivos. Fernandes

destacou a arquitetura do Boulevard, que pri-

vilegia os amplos espaços abertos, especial-

mente no vão central para descartar novas

expansões. Ele não vê condições de replicar

esse tipo de construção, pois exigiria grandes

áreas físicas. A seu ver, a transformação do

centro comercial será basicamente interna,

com novas lojas e outras atrações para o con-

sumidor. Na sua opinião, o grupo Ancar Iva-

nhoé já demonstrou capacidade em fazer

grandes transformações em centros comerci-

ais, com resultados surpreendentes. Um dos

exemplos é o Nova América. “Era um shop-

ping de outlet, que foi inteiramente reformula-

do e hoje é uma das jóias do grupo”, ilustrou.

O Shopping Tijuca também nega projeto de

expansão física, mas quem consultar os arqui-

vos da Secretaria de Urbanismo da Prefeitura

do Rio vai constatar que há um projeto de li-

cenciamento, com data de fevereiro último,

para “modificação de projeto aprovado com

acréscimo de área”. O endereço é Av. Maraca-

nã 987, justamente o do shopping. E os arqui-

vos da Prefeitura informam que esse projeto

soma 7.070 metros quadrados. Considerando

que atual Área Bruta Locável (ABL) do shop-

ping soma 35 mil metros quadrados, o projeto

de expansão é de 20%.

O Shopping Tijuca, na verdade, não são só

lojas. O complexo ainda possui três torres co-

merciais acopladas, compostas por cerca de

200 salas, com opções de serviços variados

como a clínica de diagnóstico por imagem

CDPI e o Laboratório Sergio Franco.

Em termos de tamanho, o Shopping Tijuca

é maior tanto em Área Bruta Locável (ABL),

Page 7: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Boulevard Rio Shopping

Shopping Tijuca

Conforme pode ser visualizado no mapa, os

shoppings Tijuca e Boulevard Rio distam

apenas 2,5 km um do outro. Em dias de trân-

sito livre é possível percorrer a distância en-

tre os dois em menos de 10 minutos, de car-

ro. Nem sempre o frequentador de um centro

comercial é o mesmo, havendo preferências

individuais pelos centros comerciais preferi-

dos. De qualquer forma, essa proximidade

faz com que um empreendimento esteja sempre

acompanhando a movimentação do concorren-

te, até para evitar surpresas desagradáveis.

Para o consumidor, a concorrência é sempre

saudável. E agora, com os dois pertencendo a

grupos empresarias de porte internacional, a

concorrência tende a ser ainda mais forte. Afi-

nal, ambos têm mais recursos para investir,

seja em marketing ou novos serviços.

quanto no número de lojas e estacionamento

de veículos. Enquanto o Shopping Tijuca tem

35 mil metros quadrados e 300 lojas, o Boule-

vard Rio Shopping tem 28.552 metros quadra-

dos e 187 lojas.

Ambos oferecem serviços complementares

que dão conforto aos usuários, como cinemas e

academias de ginástica. No Tijuca, a academia

é a Body Tech, que busca o segmento dos fre-

quentadores mais sofisticados. No Boulevard,

quem está presente é a Physical, com forte pre-

sença na região da Tijuca. A rede de cinemas

no Tijuca é a Kinoplex e no Boulevard é a Se-

veriano Ribeiro, mas que também passará a ser

Kinoplex no primeiro trimestre de 2014.

Para os lojistas, a grande diferença é o valor

da locação, com a relação dos aluguéis oscilan-

do entre 1 para 2 ou 1 para 3. Ou seja, se o alu-

guel do metro quadrado no Boulevard Rio

atinge R$ 1.000, no Tijuca é duas a três vezes

mais caro, dependendo da localização e área

total.

Quem caminha pelas alas dos dois empreen-

dimentos, porém, vai notar que há mais lojas

disponíveis para locação no Boulevard do que

no Tijuca, indicando o shopping mais procura-

do pelo comércio.

De qualquer forma, a julgar pelos investi-

mentos dos dois grupos empresariais, nota-se

que ambos estão acreditando no potencial de

expansão. Como têm musculatura de gigantes,

os investimentos tendem a ser crescentes, o

que é melhor para o consumidor. &

PROMOÇÕES E NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — COMÉRCIO —7

Page 8: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Aposentadoria preocupa grandes e pequenos

A revista EXAME divulgou duas capas em-

blemáticas recentemente, tratando de questões

que afetam diretamente grandes e pequenos

empresários: qual a melhor hora de deixar o dia

a dia dos negócios e se aposentar. Enquanto

Abílio Diniz, ex-todo poderoso do grupo Pão

de Açúcar (o maior grupo varejista do país)

assumiu o comando da BR Foods (Sadia + Per-

digão), o presidente do Itaú, Roberto Setúbal

ganhou sobrevida de alguns anos no seu cargo

após alterações no estatuto do banco, que prevê

aposentadoria compulsória aos 60 anos. Diniz

está com 76 anos e Setúbal com 58.

Mas se o assunto é sensível aos grandes e

pequenos, há diferenças expressivas entre os

dois grupos. Enquanto há “filas” de candidatos

para os cargos-chave de grandes empresas, os

pequenos, muitas vezes, não encontram suces-

sores na própria família. E muitos continuam

em atividade simplesmente porque não têm pa-

ra quem deixar os negócios.

Nesta página há a reprodução das duas ca-

pas da revista e um “manifesto do idoso”, que

resume a opinião de alguém que não tem receio

de se declarar “velho”. Ao contrário, ele até vê

vantagens na acumulação de experiências. Em

muitas casos, o idoso conquista também a li-

berdade.

Na página seguinte há uma simulação de

como pequenas economias no dia a dia podem

fazer diferenças relevantes em horizontes de

20, 30 ou 40 anos. Ou seja, qual seria a pou-

pança acumulada ao longo de uma vida, com

redução de gastos entre R$ 10 e R$ 20 ao dia.

São páginas complementares, que podem trazer

subsídios tanto a quem está começando a vida

8 — VIDA PESSOAL — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

O brasileiro é o que tem a expectativa de se aposentar mais jovem, aos 46 anos de idade, conforme pesquisa do Banco HSBC.

Isso apesar de a população do país estar “envelhecendo”, conforme mostram dados do IBGE. A revista Exame tratou do assunto em duas reporta-

gens de capa recentemente. É um tema sensível aos pequenos empresários, pois muitos não têm sucessores na própria família.

A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou per-der tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou co-mer sobremesa todos os dias (se me apetecer).

Eu nunca trocaria os meus amigos surpre-endentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhe-cendo, tornei-me mais amável para mim, e me-nos crítico de mim mesmo. Eu tornei-me o meu próprio amigo... Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser

extravagante. E livre.

Vi muitos amigos queri-dos deixarem este mun-do cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelheci-mento. Quem vai me censurar se resolvo fi-car lendo ou jogar no computador até as qua-tro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles suces-sos maravilhosos dos

“Eu gosto de ser idoso” Esse texto — de autor desconhecido — circula na Internet.

Numa sociedade onde só se cultua o jovem, fica o manifesto da experiência.

anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou.

Vou andar na praia com um calção excessi-vamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu qui-ser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set. Eles, também, vão envelhecer ...

Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas impor-tantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como o seu coração pode não que-brar quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril. E nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o sufici-ente para ter meus cabelos grisalhos. E ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder à sua pergunta, sim eu gosto de ser idoso.

profissional, quanto a quem

está em vias de se aposentar.

A mudança de comporta-

mento é mais sensível no

público jovem, mas econo-

mizar traz efeitos em qual-

quer etapa da vida. Até por-

que a tendência é continuar

na ativa por mais temo, co-

mo mostra o exemplo de

Abílio Diniz.

Veja, abaixo, o manifesto

do idoso. É uma leitura

emocionante.

Page 9: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — VIDA PESSOAL — 9

Despesas diárias com refeições

Mais caro Médio Econômico

Gasto por dia em diferentes situações — refeições mais caras e baratas

Café da manhã 6,00 5,00 4,00

Almoço 12,00 10,00 8,00

Lanches 6,00 5,00 4,00

Total 24,00 20,00 16,00

Quanto é possível economizar mudando pequenos hábitos

Economia Por dia Por mês Por ano

Mais caro para médio (A) 4,00 84,00 1.008,00

Médio para econômico (A) 4,00 84,00 1.008,00

Mais caro p/ econômico (B) 8,00 168,00 2.016,00

Total acumulado (sem capitalização de juros)

Situação A Situação B

5 anos (60 meses) 5.040,00 10.080,00

10 anos (120 meses) 10.080,00 20.160,00

15 anos (180 meses) 15.120,00 30.240,00

20 anos (240 meses) 20.160,00 40.320,00

25 anos (300 meses) 25.200,00 50.400,00

30 anos (360 meses) 30.240,00 60.480,00

Taxas de aplicação (% ao mês)

0,25% 0,50% 1,00%

fundos imo-

biliários

fundos

agressivos

fundos

poupança Período Situação

5 anos A—R$ 68 5.430,32 5.860,68 6.860,25

60 meses B—R$ 164 10.860,65 11.721,37 13.720,50

10 anos A— R$ 68 11.738,28 13.765,87 19.323,25

120 meses B–R$ 164 23.476,56 27.531,73 38.646,50

15 anos A-R$ 68 19.065,71 24.428,77 41.964,74

180 meses B-R$ 164 38.131,41 48.857,54 83.929,47

20 anos A-R$ 68 27.577,37 38.811,44 83.097,45

240 meses B-R$ 164 55.154,74 77.622,87 166.194,90

25 anos A-R$ 68 37.464,66 58.211,49 157.823,12

300 meses B-R$ 164 74.929,31 116.422,99 315.646,23

30 anos A-R$ 68 48.949,90 84.379,26 293.576,99

360 meses B-R$ 164 97.899,80 168.758,53 587.153,97

Pequenas economias geram boa poupança

O brasileiro espera se aposentar aos 46 anos de idade, conforme

pesquisa conduzida pelo Banco HSBC, concluída em junho. Dos 15

países pesquisados, é o que espera se aposentar mais jovem — a

média dos 15 países é de 59 anos; no Reino Unido e Estados Unidos é de 65 anos. O brasileiro é

o que espera viver mais tempo após se aposentar (23 anos) ,mas apenas 12 anos estariam cober-

tos e outros 11 anos ficariam sem recursos suficientes. Cerca de 81% lamentam não ter feito pou-

pança suficiente. O Estado é o grande provedor de recursos do aposentado brasileiro, conforme a

pesquisa (46%). Apenas a França (83%) e o México têm participação maior (54%). A íntegra do

estudo pode ser baixada no link: http://isearch.hsbc.com/search?=default_frontend&num=10

Brasileiro quer se

aposentar cedo, mas

teme falta de recursos na

aposentadoria

P equenas economias podem gerar poupanças expressivas ao longo

dos anos. Isso fica claro nas tabelas e gráfico ao lado. Uma economia diária de R$ 8,00 (alterando a rotina do lanche e café da manhã) pode gerar poupança de R$ 168 mensais. Aplicados a 1% ao mês, essa sobra pode resultar num pe-cúlio de quase R$ 600 mil ao final de 30 anos, em valores atuais, ou seja des-considerando-se os efeitos da inflação sobre o dinheiro.

Essa taxa de juros já não é tão fácil

de se conseguir no mercado financeiro brasileiro, embo-ra o Brasil continue com uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Mesmo a taxa mensal de “apenas” 0,25% ao mês (que faria a alegria de japoneses e euro-peus) pode-se garantir um pecúlio de quase R$ 100 mil ao final de 30 anos. Com taxa de 0,50% ao mês a poupança poderá atingir R$ 168 mil.

Para fazer a poupança mensal bastam pequenas alterações na rotina. Quem toma café da manhã e no almoço fora de casa e gastar R$ 24,00 por dia poderia

reduzir para R$ 16,00 diários (economia de R$ 8,00 por dia ou R$ 168,00 no mês).

Muitas vezes é possível outras pe-quenas economias que aplicadas de for-ma sistemática gera muitos ganhos gra-ças à força dos juros compostos (juros sobre juros). Quem faz acompanhamen-to do orçamento de forma regular pode identificar outras alternativas, pensando em formar pecúlio. É um trabalho lento e exige disciplina mas os ganhos podem ser compensadores.

O número azul mostra os anos co-

bertos pela poupança. Em amarelo,

os descobertos. O laranja é o total

de anos, após aposentadoria.

A tabela acima simula qual seria o valor acumulado no

período, considerando a poupança diária da tabela ao lado.

Para melhor visualização, veja gráfico acima.

Page 10: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

E a Dilma não sabia que o Google sabia ...

Icann ou UIT, uma disputa política A presença da Internet — rede das redes — assumiu

importância crucial não só para as empresas como tam-

bém para os governos. E há uma disputa política (e ideo-

lógica) sobre quem deve “governar” a rede, se o setor

privado ou órgãos do governo. Isso está sempre presente

nos debates dos fóruns especializados, mas nem sempre o

assunto é colocado de forma clara para o público leigo.

Desde o início, as Forças Armadas americanas estive-

ram envolvidas na Internet. Mas mantendo a coerência do

sistema político daquele país, a opção foi que a grande

rede ficasse sob o controle de um órgão privado, sem fins

lucrativos, chamado ICANN (Internet Corporation for

Assigned Names and Numbers—www.icann.org).

Esse órgão fica nos Estados Unidos e muitos especia-

listas consideram que, de fato, o controle é do governo

americano. A entidade garante a sua independência e

acentua que há um grupo de representantes que dão a

orientação para as suas atividades. Assegura que não

interfere em correios eletrônicos (e nem pode impedir o

spam). A entidade é presidida por Fadi Chehad, libanês

com nacionalidade libanesa, egípcia e americana.

No ano passado, representantes de 193 países tenta-

ram, sem sucesso, transferir esse poder para a União In-

A presidente Dilma usava o sistema de email do Google, que além de gratuito funciona bem. Os jornais informaram, porém, que a presidente não

sabia que o Google consegue “ler” as mensagens postadas em seu sistema. O Google alega que não invade a privacidade dos seus usuários. O

acesso é através de robôs que geram os anúncios. Assim o sistema continue sendo gratuito. Um ditado americano diz: “não há almoço grátis”.

ternacional de Telecomunicações (UIT), vinculada à

ONU e baseada na Suíça. Através desse órgão, os gover-

nos passariam a ter ingerência mais incisiva sobre a go-

vernança da rede.

No Brasil, o órgão de controle da Internet é o Comitê

Gestor da Internet (CGI.br). Cabe a esse órgão fazer o

registro dos domínios com o sufixo .br, ou seja, para cir-

cular no Brasil. Ela se define como uma entidade plura-

lista, sem personalidade jurídica formada por 21 mem-

bros, com representantes do governo, meios acadêmicos e

do meio empresarial.

A grande rede só começou a se difundir no Brasil há

21 anos, quando da realização da ECO-92. A difusão se

deu, porém, a partir de 1995 e a configuração atual foi

regulamentada em 2003, quando foi instituído um sistema

de governança com 11 representantes do setor privado (4

de entidades empresariais, 4 de ONGs e 3 de universida-

des) e 10 do governo, sendo um do Ministério da Ciência

e Tecnologia.

O assunto está em discussão no Congresso, que está

buscando consenso para pontos polêmicos, que seriam

consolidados no Marco Civil de Internet. Há grandes di-

vergências entre os parlamentares.

Quem observar os anúncios postados pelo Google quando abrir a sua mensa-

gem poderá observar que há “coincidência” entre o teor da mensagem e os

anúncios que aparecem na página.

Se o texto fala sobre viagens a Miami, por exemplo, aparecerão pacotes de via-

gens. Se o teor da mensagem é sobre investimentos em bolsa de valores, os

anúncios mudam— e passam a divulgar opções de investimentos.

Não é coincidência, portanto. Os robôs do Google (pequenos sistemas de com-

putador) leem as mensagens e buscam anúncios vinculados. Tudo isso em ques-

tão de segundos. É bom para quem anuncia, pois a publicidade é focada. Nem

sempre o usuário do correio do Google, porém, está atento a esses detalhes.

E não adianta fugir muito. Outros provedores de serviços gratuitos de mensa-

gem eletrônica (Microsoft com o outlook/hotmail e o Yahoo) adotam práticas

semelhantes. Mas o usuário pode configurar o seu serviço e recusar que apare-

çam anúncios. A empresa garante que a eficácia do sistema será a mesma.

O escândalo da espionagem

da correspondência de

membros do governo brasileiro,

inclusive da presidente da Repúbli-

ca, Dilma Rousseff, trouxe à tona

um dos pontos mais polêmicos da

Internet, que é a questão da priva-

cidade. Ou seja, como você pode-

ria impedir que outros acessem o

seu computador — e os seus arqui-

vos — e ‘roubem’ informação.

A questão interessa não só aos

governos, como empresas de gran-

de porte e qualquer organização

que precise colocar os seus dados

em algum tipo de rede e ao cida-

dão comum. Ao vincular a rede

particular da empresa e/ou organi-

zação à Internet — que é uma rede

que conecta outras redes — há o

risco de a informação vazar. Seja

por questões de espionagem eco-

nômica, como o governo brasileiro

acusa o governo americano e cana-

dense, seja por outro tipo de mili-

tância.

Os policiais militares do Rio de

Quando um computador

entra na rede —Internet —

outros computadores po-

dem vê-lo e acessá-lo. É

preciso usar sistemas de

proteção para evitar isso.

Janeiro, por exemplo, tiveram seus

dados divulgados por um grupo

que se denomina de “anonymous”.

Após acessar os dados o grupo

passou a divulgá-los publicamente,

expondo esses profissionais a situ-

ações de risco. Alguns moram em

áreas com forte concentração de

bandidos, mas poucos sabem do

seu vínculo com a polícia. Quando

o dado é divulgado de forma públi-

ca, todos passam a ter acesso, in-

clusive outros bandidos.

A privacidade é considerada

uma “conquista”, com batalhas

históricas envolvendo principal-

mente a correspondência através

dos correios. Teoricamente, só

com autorização judicial, alguém

pode ter acesso a correspondência

alheia.

Em tempos de Internet, porém,

há dúvidas sobre a eficácia e vali-

dade desses direitos. Muitos advo-

gam o “fim da privacidade”. Os

efeitos desta postura, porém, não

seriam pequenos. Nem indolores.

10 — TECNOLOGIA — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

Page 11: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — TENDÊNCIAS—11

Renda concentrada A concentração de riqueza voltou a se acen-

tuar nas últimas décadas nos Estados Unidos e

se aproximam do recorde histórico. Conforme

acompanhamento de uma entidade do setor pri-

vado — Center for Economic and Policy Rese-

arch (CEPR) - www.cepr.org) — a parcela

mais rica da população, equivalente a 1% do

total, responde por quase um quinto da renda

total gerada na maior economia do mundo

(19,34% em 2012).

Esse patamar é similar ao observado há 70

anos, na década de 30, quando estava em

19,6% (veja gráfico). Para Colin Gordon, ana-

lista do CEPR, além da situação econômica,

políticas públicas também interferem no grau

maior ou menor de concentração de renda. Ele

vê no movimento de liberalização da economia

— redução do controle sobre os bancos e os

meios de telecomunicações — como indutores

do processo de concentração.

A CEPR foi criada em 1993 e se define co-

mo instituição apartidária e é bancada por algu-

mas das maiores fundações americanas, como

Fundação Ford e Banco para Compensações

Internacionais (BIS—banco central dos bancos

centrais).

Nacionais em smartphone Desde o dia 15 de outubro, os smartphones

produzidos no Brasil e beneficiados com isen-

ção fiscal do governo deverão sair da fábrica

com um pacote de pelo menos cinco aplicati-

vos nacionais. Segundo informou o ministério

das Comunicações, o número de aplicativos

exigidos vai aumentar gradualmente ao longo

de 2014, passando a 15 em janeiro, 30 em ju-

lho e 50 em dezembro.

O objetivo do governo é dar mais visibilida-

de aos sistemas desenvolvidos no país e a ex-

pectativa do ministério das Comunicações é

que fabricantes abram canais para receber pro-

postas de programas por parte dos pequenos

Decisões e fatos que afetam os negócios desenvolvedores e que também promovam con-

cursos e eventos para selecionar aplicativos.

Tela da Foxconn não saiu A parceria do governo — via BNDES —

com a taiwanesa Foxconn para instalar uma fá-

brica de telas no Brasil não decolou. O anúncio

da construção da fábrica foi feito em fevereiro

de 2011 durante visita da presidente da presi-

dente Dilma Rousseff à China. Agora ninguém

fala mais no assunto. Técnicos do BNDES in-

formaram que o projeto não era interessante ao

banco, que teria de aportar muito dinheiro em

projeto de risco.

O então ministro da Ciência, Tecnologia e

Inovação, Aloizio Mercadante, anunciou que a

companhia pretendia investir US$ 12 bilhões no

Brasil em um período de quatro a seis anos. Em

um primeiro momento, de 2011 a 2013, a com-

panhia fabricaria telas para celulares e tablets.

A partir de 2014 teria início a produção de telas

para TVs.

No fim de 2012, a Foxconn anunciou um

investimento de US$ 1 bilhão em uma fábrica

de componentes em Itu, no interior de São Pau-

lo. O projeto ainda não saiu do papel devido a

uma disputa judicial sobre a propriedade do ter-

reno em que a unidade será instalada.

Alencar no PMDB Josué Gomes da Silva, presidente da Cotemi-

nas, seguiu os passos do seu pai, José Alencar, e

ingressou na política, filiando-se ao PMDB, em

concorrida cerimônia realizada no início de ou-

tubro, em Brasília. O seu pai foi vice-presidente

de Lula e muitos veem a decisão de Josué como

o primeiro passo para disputar o governo de Mi-

nas Gerais.

Poucos duvidam da aliança de Alencar com

o governo, já que o BNDES é um dos principais

acionistas do grupo e faz parte do bloco de con-

trole. Além disso, fundos de pensão estatais são

acionistas relevantes da Coteminas. Ou seja, a

empresa tem sólidas (e boas) ligações com em-

presas do governo.

No balanço divulgado em junho, a Cotemi-

nas revela empréstimos junto ao Banco do Bra-

sil de R$ 244 milhões a taxa de 102% a 108%

do CDI (indicador de referência no mercado

financeiro). O Itaú BBA tinha outros R$ 205

milhões emprestados na mesma época, com ta-

xa de 117,7% acima do CDI. A Coteminas tor-

nou-se umas principais empresas têxteis do

mundo, ao adquirir a americana Springs. No

Brasil controla a Artex, M Martan, Santista,

Casa Moyses, entre outras.

Proliferação de senhas As grandes empresas de tecnologia estão

trabalhando duro para equacionar um dos prin-

cipais problemas da era digital, a grande proli-

feração de senhas. Senhas mais longas e troca-

das com frequência são as mais eficazes, mas

são difíceis de serem memorizadas. Por isso,

muitas estão trabalhando para oferecer soluções

que sejam, ao mesmo tempo, seguras e conve-

nientes.

Muitos laptops já vêm com leitor de impres-

sões digitais integrado. Os smartphones e ou-

tros dispositivos móveis também estão adotan-

do opções biométricas, como reconhecimento

facial e de voz. Algumas empresas estão usan-

do até fones de ouvido. Os gadgets leriam

"senhas mentais". O Google está testando to-

kens que geram senhas numéricas aleatórias, já

usadas por bancos e outras empresas.

A maioria dos especialistas concorda, po-

rém, que não há uma solução “perfeita”. Uma

tecnologia resolve alguns problemas, mas nem

sempre se aplica a todos. A falta de digitais (ou

do próprio dedo), por exemplo, pode dificultar

reconhecimento biométrico.

Brasileiro otimista O brasileiro é um dos povos mais otimistas

do mundo quanto às perspectivas financeiras. A

conclusão é de uma pesquisa da Future Founda-

tion, empresa sediada em Londres e especiali-

zada em pesquisas sobre tendências do consu-

mo. Essa tendência já havia observada em 2011

e se acentuou em 2013 (ver gráfico).

Os mais pessimistas, ainda segundo a pes-

quisa, são os franceses. E o que pior, a tendên-

cia de ver o futuro mais “vermelho” está au-

mentando na França.

Page 12: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

12 — EDUCAÇÃO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

Em Vila Isabel, educação financeira (gratuita)

Carlos Batalha: “Percebemos que havia muitos

funcionários com descontrole financeiro

Devedores anônimos, em

busca de mais ajuda Toda sexta-feira, das 19h às 21h, um grupo de

pessoas se reúne na Igreja Nossa Senhora do

Líbano (Rua Conde de Bonfim 638) em busca

de um objetivo comum: melhorar o controle de

suas finanças e reduzir (ou eliminar) o endivi-

damento.

O trabalho se inspira no movimento dos alcoó-

licos anônimos, onde pessoas com problemas

comuns com o álcool tentam se ajudar. No ca-

so, o objetivo é buscar soluções para o endivi-

damento.

O grupo é discreto e tem pouca visibilidade. E

não há garantias de se encontrar soluções

“milagrosas”. Até porque o problema não é

fácil.

Quem quiser mais informações pode visitar o

site www.devedoresanonimos-rio.org.

Quem precisa de suporte jurídico, pode buscar

apoio na Defensoria Pública do Estado, no

Terminal Menezes Cortes (centro do Rio). Ali

funciona o núcleo de defesa do consumidor,

com apoio à renegociação de dívidas.

Q uem está com problemas financeiros, nem

sempre tem recursos para buscar orientação

técnica para resolver as suas pendências. Mas

em Vila Isabel funciona, há dois anos, uma es-

cola voltada especificamente para quem tem

dúvidas (ou dívidas) e quer buscar apoio. E o

que é melhor: com cursos, palestras e consulto-

ria inteiramente gratuitos.

Embora a escola seja mantida pelo fundo de

previdência dos funcionários do Governo do

Estado do Rio (RioPrevidência), os serviços

estão abertos a todos. “É um serviço que presta-

mos para a comunidade, não só para os funcio-

nários”, explica Carlos Batalha, diretor da insti-

tuição desde a sua fundação.

Mesmo sendo gratuitos, não há dificuldades

para assistir as palestras e cursos, garante. A

única exceção é o programa “Dr. Finanças”, em

que há uma consultoria personalizada. Nesse

caso, o atendimento é somente às sextas-feiras,

e é preciso entrar “na fila” para o atendimento,

especialmente na primeira vez.

“O instrutor faz uma entrevista pessoal e tra-

ça um programa de trabalho. O atendimento é

individual”, explica.

A ideia de se montar a escola surgiu da cons-

tatação de que muitos funcionários do Estado

(aposentados e da ativa) tinham problemas fi-

nanceiros. “Eles precisavam de ajuda. Daí sur-

giu a escola, fundada pelo ex-presidente do Rio

Previdência (hoje Secretário de Educação), Wil-

son Risolia. “A experiência deu certo”, comple-

mentou.

(Endereço: Rua Felipe Camarão, 83 - Vila

Isabel - Tel: 2334-1846 )

Page 13: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Tecnologia gera mais riqueza que petróleo

EMPREENDEDORISMO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS – 13

Quem não acompanha o dia a dia

do mercado de capitais deve es-

tranhar o gráfico acima, que mos-

tra o “valor de mercado” de em-

presas bem conhecidas dos brasi-

leiros. O Facebook, fundada há 9

anos por um adolescente america-

no (Mark Zuckerberg) é avaliado

em US$ 124 bilhões, enquanto a

Petrobras poderia ser comprada

na bolsa por US$ 105 bilhões.

No mundo real, ninguém duvida

da importância da Petrobras para

o Brasil. Na verdade, se a empre-

sa não operar bem, o país sim-

plesmente para, enquanto o Face-

book ainda é visto como algo

“estranho”, especialmente pelos

mais idosos.

Os números retratam, porém, o

processo de formação de riqueza

no século XXI, em que a tecnolo-

gia assume papel cada vez mais

estratégico, embora muitos ainda

advoguem que o maior bem de um

país sejam as riquezas minerais.

O fracasso da OGX ilustra o fato.

A empresa até descobriu petróleo.

Mas não tinha tecnologia para

extraí-lo e foi à lona. A Petrobras,

além do petróleo, desenvolveu

tecnologia adequada e está viva.

A líder mundial, em valor de mer-

cado, é a Apple, avaliada em US$

440 bilhões. A Exxon, maior pe-

troleira negociada em bolsa, vale

US$ 60 bilhões a menos.

John D. Rockfeller cunhou a fa-

mosa frase que diz que o melhor

negócio do mundo é uma empresa

de petróleo bem administrada, o

segundo melhor uma empresa de

petróleo mal administrada. No

século XXI, a frase não vale mais.

Muitos eventos para o empreendedor Grandes eventos sobre empreendedorismo estão programados para novembro, incluindo a Semana

Global da Endeavor e encerrando com a Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae. Em meados do

mês, a ExpoMoney, especializada em mercado de capitais, mas que abriu espaço para discutir o tema.

O movimento para o fortalecer

o empreendedorismo no Brasil

está ganhando forças. Isso fica

claro no grande número de even-

tos sobre o tema, além de ações de

diversos governos — federal e

estaduais — visando a criar at-

mosfera favorável ao investimen-

to de risco no país, especialmente

em start-ups.

O movimento ocorre apesar de

o Brasil ser considerado um dos

países que mais impõe restrições

ao desenvolvimento dos negó-

cios, seja pelo excesso de buro-

cracia ou pelo elevado nível dos

impostos.

A tabela abaixo, preparada

pelo Banco Mundial, mostra que

na América Latina, o Brasil só

está em posição melhor do que a

Venezuela, cuja economia está

em frangalhos. A pontuação do

Brasil é de apenas 54,66, em 100

Doing Business — distância relativa das melhores práticas (Quanto mais próximo de 100, melhor para os negócios)

Economy DB 2006 DB 2007 DB 2008 DB 2009 DB 2010 DB 2011 DB 2012 DB 2013 DB 2014

Argentina 69,55 69,81 70,18 68,54 69,17 68,96 69,38 69,68 68,77

Brazil 48,78 48,81 48,75 49,02 50,95 52,7 52,92 52,99 54,66

Chile 78,69 78,75 78,9 79,03 79,1 82,09 87,14 87,22 88,11

Colombia 70,12 68,78 70,84 76,17 79,88 81 81,8 81,64 81,64

Ecuador 56,8 58,51 58,84 58,04 60,07 62,26 62,77 62,75 63,34

Mexico 69,33 78,63 78,82 77,02 82,45 86,7 87,19 87,47 87,5

Paraguay 41,18 42,5 72,42 73,59 74,94 75,13 76,07 76,12 76,43

Peru 57,19 64,41 64,73 66,86 74,92 83,87 86,08 86,24 86,29

Venezuela 46,65 46,95 46,61 46,77 47,11 46,37 46,86 46,67 45,72

China 41,56 59,42 60,65 59,14 61,55 62,23 63,21 66,99 67,38

India 41,93 49,68 49,22 51,9 53,79 58,03 61,13 61,67 62,74

South Africa 77,14 77,36 79,98 85,66 85,67 85,66 88,78 88,78 88,78

Russia 80,26 80,55 80,61 80,81 80,97 80,87 80,92 83,37 85,91

Iran 80,66 80,78 80,8 80,9 86,92 86,45 86,48 83,68 83,72

Iraq 66,69 62,7 58,98 52,41 62,84 58,35 57,8 67,31 72,34

Egypt 41,61 46,62 81,31 84,82 85,16 86,33 86,4 86,42 86,49

Fonte: Banco Mundial — www.doingbusiness.org/data

O quadro abaixo mostra que o ambiente no Brasil não é favorável às empresas

pontos possíveis. Apesar do quadro, o

brasileiro demonstra que acredita em si

mesmo e quer empreender.

Page 14: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

A pós um período de adaptação, a lei nº

12.485/11, também conhecida como a

Lei da TV Paga, já rende frutos. Criada pelo

governo federal para fomentar a demanda por

produtos nacionais do setor audiovisual, a nor-

ma estabelece uma cota mínima, atualmente de

2h20, de conteúdo feito no Brasil a ser veicula-

do semanalmente em horário nobre nos canais

de televisão por assinatura. A obrigatoriedade

subirá para 3h30, com algumas exceções

(canais de órgãos oficais e de estrangeiros).

Hoje, já é visível o número de programas e

documentários brasileiros, disponíveis aos te-

lespectadores.

De acordo com Rosana dos Santos Alcânta-

ra, da diretoria da Ancine (Agência Nacional

do Cinema), os custos dos conteúdos estrangei-

ros (comercializados no mercado internacio-

nal), serão “sempre menores que os custos de

produção de uma obra nacional inédita”. Daí a

necessidade de incentivar o protagonismo dos

conteúdos brasileiros, principalmente de pro-

dutoras independentes, avalia Rosana.

Por falta de programas inéditos, muitas ope-

radoras repetem as mesmas séries diversas ve-

zes na semana, em muitos casos até nos mes-

mos horários. Para os especialistas, isso sinali-

za a “urgência” de se ampliar o conteúdo naci-

onal, abrindo novas oportunidades de negócios

e de trabalho para quem atua no segmento au-

diovisual. O setor de tevê paga vive um bom

momento no Brasil, com ampliação do número

de assinantes e da publicidade.

Em documento divulgado em agosto, a An-

cine aponta algumas das conquistas do merca-

do audiovisual do País: triplicação da quantida-

de de horas de conteúdo brasileiro veiculado

por mês e o crescimento da taxa de ocupação e

dos salários das produtoras do segmento.

Segundo a Ancine, com bases nos dados do

Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-

da), para o nível técnico, as ocupações que re-

gistraram maiores ganhos de remuneração fo-

ram os técnicos de operação de câmera foto-

gráfica, de cinema e de televisão.

O diretor executivo da ABPITV, Mauro

Garcia, acredita que a produção brasileira está

encontrando o próprio espaço na grade dos ca-

14 — OPORTUNIDADES — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

Mais ‘brasil’ na TV a cabo amplia oportunidades

Francisco Barbosa

nais por assinatura.

“Tem muitos canais

fazendo propaganda

sobre séries brasileiras

para atrair telespectado-

res. Estão indo além do

que determina a lei”,

afirma.

Mas o setor não é só

elogios à medida. Mau-

ro Garcia, da ABPITV,

critica os recursos desti-

nados pelo governo fe-

deral para o setor audio-

visual do Brasil, através

do Fundo Setorial do

Audiovisual. “Hoje, o

financia mento está

aquém do aquecimento

do necessário pelo mer-

cado”, reclama. O go-

verno alocou R$ 205

milhões para fortalecer a

cadeia produtiva do au-

diovisual.

Para Garcia, a expec-

tativa é que o mercado

de se torne sustentável e

não “ficar amparado em

fundos governamentais”.

Ele acredita que o setor

vai atrair mais recursos

da publicidade.&

Por determinação legal, tevê a cabo ampliou a exibição de “conteúdo nacional” (filmes e audiovisuais produzidos no Brasil)

desde setembro. Muitas operadoras reclamam da falta de programas inéditos e buscam parcerias com produtores independentes ampliando a

oferta de trabalho e oportunidades de negócios. Consumidor reclama do excesso de reprises, devido à falta de programas originais.

Indicadores do setor Indicador 2013 / 2 trim 2012 / 2 trim % período

Assinantes TV por assinatura 16.960.993 14.535.183 16,7%

Assinantes banda larga 6.500.000 5.314.508 21,7%

Fatura (inclui publicidade) R$ 6.759.970.188 5.704.395.797 18,5%

Empregos diretos e indiretos 98.045 95.805 2,3%

Fonte: ABTA

O gráfico mostra o

rápido e firme

crescimento do setor de

tevê paga no Brasil. Em

2012 o setor cresceu

27%, seguindo saltos de

30% em 2011 e 31% em

2010. As projeções para

2013 sinalizam a

manutenção do ritmo

forte de crescimento.

Page 15: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — NEGÓCIOS — 15

Um ditado espanhol afirma que

yo no creo em brujas, pero que las

hay, las hay (eu não acredito em

bruxas, mas que elas existem,

existem) resume o que se passa no

mundo dos negócios. É cada vez

mais frequente a utilização de

dados “científicos” para se

administrar uma empresa, mas

m u i t o s e m p r e s á r i o s n ã o

dispensam um “amuleto da sorte”

quando precisam tomar decisão

difícil.

A moda mais recente é analisar

o chamado “Big data” ou a grande

massa de informações que os

internautas postam diariamente na

Internet. A esperança dos analistas

é descobrir — e antecipar —

novas tendências na cabeça do

consumidor e desenvolver

produtos e serviços que atendam

essas novas necessidades.

Quem crê em “bruxas” nem

sempre dá valor a essas análises. E

quem dá grande importância a

todas essas tendências, nem

sempre consegue captar o que

“vem por aí”. Basta ver a análise

semanal divulgada pelo Banco

Central com a chamada Pesquisa

Focus. Nela são resumidas as

projeções dos mais experientes

profissionais de economia do país

— e os erros são mais frequentes

do que eles admitem.

O gráfico nesta página mostra

que na primeira semana de

janeiro, o mercado financeiro

previa que os juros dos papéis do

governo e da poupança chegariam

em dezembro em 7,25% ao ano.

As projeções mais recentes já

sinalizam a 10%. Se um

e mp re sá r io c o m et er er r o

semelhante em alguns dos seus

i n d i c a d o r e s - c h a v e , a s

consequências serão relevantes.

Ainda em junho, a mesma

pesquisa Focus sinalizava que os

Fonte: http://sortegoodluck.blogspot.com.br/2013/01/talismas-e-amuletos-da-sorte.html

O logo de Eike Batista mudou. O X permanece, mas a direção do Sol agora é

para a direita (sentido horário). O antigo era para esquerda (anti-horário).

A superstição no mundo dos negócios O empresário Eike Batista já entrou para a história com recordes na criação e destruição de riquezas. No auge, Eike não escondeu que era

supersticioso. Diversos levantamentos mostram que a superstição é muito forte nos negócios. Se a crença nem sempre ajuda, a matemática também

tem suas falhas, como mostra a pesquisa Focus, do BC (ver abaixo). A propósito: você olha para um gato preto e fica indiferente:

Encarar os olhos de um gato

preto — frente a frente — é um

desafio para alguns. E muito

agradável para outros. As cren-

ças não são uniformes. O que

para uns é azar, para outros é

sorte. O número 13, por exem-

plo, é evitado por muitos. O ex-

presidente Lula (e o PT) teve

sorte com o numeral. Zagalo, ex

-técnico da seleção, também

adora o 13.

As inúmeras opções de “amuletos” da sorte

preços públicos (combustíveis,

energia elétrica, transportes)

subiriam 4,35% em 2013. A

revolta das ruas, porém, fez o

governo recuar dos aumentos e

a previsão agora é de um

reajuste de 1,80%. Quem seria

capaz de prever um movimento

tão forte como aquele? E a sua

influência sobre os preços

públicos (e sobre a Petrobras)?

O empresário Eike Batista

não escondia de ninguém que é

um homem supersticioso. Tanto

que colocou um X nas suas

empresas como símbolo de

multiplicação. E os contratos

que assina sempre tem o final

63, que é o número de uma

lancha com a qual venceu várias

provas náuticas.

Quanto descobriu que o poço

que furou não tinha petróleo,

descobriu a “causa”: o logotipo

da sua empresa estava errado

(ver ilustração acima).

Para os especialistas, a

superstição nos negócios

funciona como um placebo na

medicina. Quando o paciente

acredita, os resultados são

favoráveis. Ao usar um amuleto

e alcançar o sucesso nos

negócios, a pessoa atribui a sua

“sorte” ao objeto. E isso reforça

a sua crença.

O fato é que, como já disse o

dramaturgo inglês William

Shakespeare há mais de 500

anos: “há mais mistérios entre o

céu e a terra do que sonha a

nossa vã filosofia”.

Se Eike não teve sorte ou se

os economistas não conseguem

adivinhar todas as tendências, o

fato é que o futuro vai sempre

intrigar o ser humano. E muitos

se apoiarão em diversas fés e

crenças como suporte no

desconhecido. &

Page 16: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

16 — ALIMENTAÇÃO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

A multiplicação dos pães ‘gourmet’ Criar os próprios pães, inclusive os fermentos, foi um desafio que o empresário Marcelo Oliveira decidiu enfrentar ao

identificar que havia carência de produtos gourmet no segmento de panificação, na região da Tijuca. Hoje ele produz mais de

40 variedades de pães e prepara até o lançamento de do segmento gourmet, também em sorvetes.

D e um açougue familiar a um mi-

ni-centro comercial gourmet na

Tijuca. A história do Tijuca Gourmet,

antigo Tijuca Mix, é repleta de trans-

formações, e assim como o bairro,

vem se sofisticando nos últimos anos.

O local hoje oferece diversas opções

de comida para os clientes, como

pães de chocolate, australianos e ba-

guetes italianas. A casa conta também

com uma cafeteria com um cardápio

de bebidas variadas. “Fizemos um

investimento grande apostando que

nossos clientes querem produtos de

melhor qualidade por um preço jus-

to”, explica Marcello Oliveira, um

dos sócios da empresa. Hoje eles co-

mercializam mais de 40 tipos de pães

artesanais diferentes.

O início dessa história começa em

Botafogo, com o Açougue Ouro Preto.

Após deixar a sociedade na empresa, José Cor-

reia, o pai de Marcello resolveu continuar o

trabalho que vinha fazendo até então, mas ago-

ra na Tijuca. Em 1980, abriu com um sócio na

rua São Francisco Xavier o açougue Visconde

de Ouro Preto, em homenagem à rua que tra-

balhava na zona sul da cidade até então. Em

1991, Marcello, que até então trabalha com

auditoria externa, passou a fazer parte da em-

presa, substituindo um sócio que havia saído

na época. Em 1999, após a reforma o açougue

Visconde de Ouro Preto virou Tijuca Mix.

Para se alimentar, Marcello “se virava” com

sanduíches. “Mas eu não conseguia achar um

pão decente em todo o bairro. Era sempre

aquele velho pão francês”, relata. Com esse

problema em mente, Marcello e o pai decidi-

ram realizar uma reforma no açougue e incluir

uma padaria no local.

Marcello conta que começou a estudar com

afinco tudo o que era necessário para fazer

pães diferenciados. “Conseguíamos encontrar

coisas diferentes na tradicional Colombo e na

The Bakers, na zona sul. Não tínhamos nada

parecido na região. Investimos em produtos de

confeitaria, principalmente em massa folhada”,

lembra. A padaria conta com receitas novas,

quase artesanais. “Poucos sabem, mas o fer-

mento usado na fabricação de pães é ‘vivo’. É

uma levedura que é cultivada.

Segundo o comerciante, todos os produtos

vendidos na padaria e mercearia são feitos

com base em receita própria. “Isso vem do

meu avô. Ele tinha o hábito de fazer o pró-

prio pão, a própria manteiga. Quando os ali-

mentos são pré-fabricados, nós nunca conse-

guimos saber o que tem lá dentro”, diz.

“Nossa padaria já é bastante conhecida no

mercado. Temos verificado, nos últimos

anos, um aumento da participação do açou-

gue no nosso faturamento. Acreditamos que

seja porque as pessoas preferem uma carne

mais nobre, manipulada por profissionais que

conseguem personalizar o pedido de cada

pessoa, reduzindo ou exterminando a mani-

pulação pós-compra”, afirma. Oliveira acre-

dita que as vendas da mercearia vêm crescen-

do pelo mesmo motivo: alguns consumidores

preferem produtos mais nobres. Hoje, o fatu-

ramento da empresa se divide da seguinte

maneira: padaria, 32%, açougue, 19%, mer-

cearia gourmet, 11%.

A cafeteria conta com café de marca pró-

pria, moído, com o ponto de torra e espessura

que seguem as determinações especificadas

por Marcello. Para fazer o café, o empresário

contou com a ajuda da Baggio Café, empresa

de torrefação do interior de São Paulo. “Essa

importância dada ao café especial é mais co-

mum em São Paulo que aqui. O Rio de Janei-

ro ainda está caminhando na direção

de valorização de um produto diferen-

ciado”.

E com tanto foco em produtos artesa-

nais, surgiu uma história curiosa. Al-

guns judeus, que frequentam o Clube

Monte Sinai pediram perguntaram se

o estabelecimento fazia pães Challah,

são consumidos durante cerimônias

com motivos religiosos. “O rabino

tinha que benzer o pão. Isso complica-

va muito a fabricação do produto”.

Para consolidar a participação cada

vez maior da padaria e da mercearia

no faturamento da empresa, o mini-

mercado Tijuca Mix passou por uma

reforma para virar o Tijuca Mix Em-

porium Gourmet, que abriu as portas

em julho deste ano. Mesmo com a

reforma ainda não finalizada, o co-

merciante já sonha com o próximo

passo. E qual seria esse próximo pas-

so, Marcello? “Tenho planos de montar uma

sorveteria gourmet”, revela.&

O desenvolvimento de uma nova modalidade de pão exige vários testes, que demandam mais de 6 meses de trabalho. Além do fermento é

preciso ter a farinha certa para cada variedade.

Page 17: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

ANIMAIS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — 17

O tártaro e o mau hálito dos cães M uitos pacientes chegam ao consultório

com diversos problemas e um dos que

mais vemos e não se dá a atenção devida é o

tártaro. Muitos proprietários não ligam para a

saúde bucal de seus cães ou gatos e só

procuram o veterinário quando o problema já

está bem avançado, causando mau cheiro, dor

e sangramentos.

Assim como nós, os animais também

possuem em sua boca uma flora bacteriana,

estas bactérias são as responsáveis pela

formação da placa bacteriana, que ao longo do

tempo sofrem o processo de mineralização e

formam o que visualizamos: o tártaro. A raça,

a idade e a dieta influenciam diretamente nesse

processo de formação do tártaro. Muito

comum de se ver animais de raças pequenas,

com idade avançada e que não se alimentam só

de ração, apresentando grande quantidade de

tártaro.

Este acúmulo gera um ambiente propício

p a r a o

desenvolvimento

exacerbado das

bactérias orais.

Como o número

destas aumenta

muito, o número

de substâncias tóxicas produzidas por seu

metabolismo também cresce na mesma

p r o p o r ç ã o e d a í s u r g e m a s

Periodontopatias: Gengivite e Periodontite.

O sinal mais comum é o mau hálito. A

fermentação causada pelas bactérias pode

causar um odor muito forte e desagradável

que será logo notado pelo proprietário. Em

doenças mais avançadas o animal pode

deixar de se alimentar, brincar e ficar triste

por causa da dor.

O problema não é somente estético. O

problema é que essas bactérias podem

migrar para o sangue e são levadas até

outros órgãos. Os órgãos

mais afetados são o

coração, rins e fígado,

podendo levar a sérios

problemas no futuro.

Evi t e prolongar a

p e r m a n ê n c i a d e s s a s

bactérias na boca do seu

cão ou do seu gato. Dê uma

olhada na boca do seu

amigo pois quanto mais

tempo ele ficar com essas

bactérias pior pra ele no

futuro. Existem estudos que

apontam as bactérias do

tártaro como as mais

frequentes aceleradoras da

insuficiência renal e

cardíaca em cães.

A limpeza é feita de

maneira simples e rápida,

com o uso de ultrassom e

de anestesia inalatória, a

forma mais segura de se

realizar o procedimento.

Cada caso é um caso, vale

consultar o veterinário para

s a b e r s o b r e o

procedimento.

Consultório Veterinário

Doutor Fiel: 3217-2637

Page 18: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

18 — NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

Farmácias e drograrias - especialidades

1 Import de medicamentos 5 Hospitalares (**)

2 Ind farmacêuticas 6 Manipulação (**)

3 7 Lab de análises clínicas Homeopáticas (**)

4 Distr medicamentos 8 Farmácias e drogarias

9 Farmacêuticos (+ aposent)

UF 1 2 3 (**) 4 5 (**) 6 (**) 7 8 9

Bra-

sil 119 496 1.030 3.800

5.80

2 7.353 9.590 85.036 155.574

AC 0 0 0 18 14 7 12 226 215

AL 1 1 4 36 5 32 26 1.078 984

AP 0 1 2 24 10 6 25 211 239

AM 7 6 1 64 9 19 95 800 1.941

BA 0 2 22 172 222 154 567 4.211 5.397

CE 0 11 5 213 200 63 280 2.214 3.267

DF 7 5 21 51 125 58 128 1.383 3.041

ES 31 7 11 69 102 197 386 1.863 3.861

GO 2 37 12 206 345 218 245 3.523 6.261

M.S 0 8 4 48 123 98 247 1.360 2.478

MA 1 3 7 128 265 42 387 2.283 2.388

MT 0 2 4 53 99 100 315 2.029 2.827

MG 16 42 226 258 848 1.164 2.127 10.354 18.439

PA 0 4 9 150 77 76 246 2.496 2.635

PB 0 5 11 76 105 52 254 1.451 2.314

PR 0 33 48 256 543 449 757 5.793 13.392

PE 10 26 6 197 202 126 132 3.100 2.933

PI 0 7 1 122 8 42 217 1.513 645

RN 0 2 3 67 118 70 344 1.402 2.315

RS 11 28 251 229 338 578 837 5.954 11.428

RJ 11 75 226 105 704 488 231 6.118 11.648

RO 3 4 0 47 40 46 155 791 1.048

RR 1 0 0 17 4 2 28 122 357

SC 4 24 29 116 272 354 999 3.877 7.782

SP 14 157 125 993 924 2.867 443 19.533 45.950

SE 0 4 2 50 27 25 48 668 697

TO 0 2 0 35 73 20 59 683 1.092

Fonte: Conselho Federal de Farmácias / dados referentes a dez/2011

Farmácias, um setor que está atraindo gigantes Mais idosos na população, venda de biocosméticos, medicamentos genéricos e alimentos funcionais

aumentam faturamento de farmácias e drogarias e atraem investimentos de grandes grupos financeiros. Setor reclama

de excesso de controle, mudanças constantes e carência de mão de obra especializada.

O setor de farmácia está atraindo o apetite

de grandes grupos empresariais. No início

do ano a CVS, maior grupo de varejo e servi-

ços farmacêuticos dos Estados Unidos, anunci-

ou a compra da rede Onofre, desembolsando

cerca de R$ 600 milhões. Em setembro o grupo

nacional Ultra — que controla a rede Ipiranga

de Petróleo, Ultragaz e vários outros negócios

— adquiriu a rede Extrafarma, que é forte no

Norte do país. O objetivo é integrar o setor à

rede de lojas de conveniência do grupo (AM/

PM). Em 2009 o banco BTG Pactual fundou a

Brasil Pharma com o objetivo de ser um

“consolidador” (comprador) de empresas do

setor.

Essa movimentação reflete a percepção dos

agentes econômicos de que o setor de farmá-

cias e drogarias reúne potencial para um forte

crescimento nos próximos anos. Vários fatores

dã o fu n da me n to , i n do d e s d e o

“envelhecimento” da população brasileira — a

tendência é o Brasil ter número crescente de

idosos, que geralmente consomem mais remé-

dios — à expansão da classe média e o desen-

volvimento da indústria de genéricos, geral-

mente mais baratos que os medicamentos tradi-

cionais. Há ainda os “alimentos funcionais”

vendidos em farmácias e dro-

garias e os biocosméticos, on-

de as margens são maiores.

Por isso, administrar empre-

sas do setor exige cada vez

mais capacitação e investimen-

tos. “Hoje não basta ser farma-

cêutico. Tem de estudar muito

economia e ficar sempre ante-

nado com as tendências do pa-

ís como um todo”, resume o

vice-presidente do Sincofarma

-Rio, Ricardo Valdetaro de

Moraes. Além disso, as empre-

sas precisam estar aptas a aten-

der uma regulação cada vez

mais rígida tanto dos órgãos

federais quanto das entidades

de classe. “O controle é muito

grande, acentua”. Isso para não

falar no consumidor, que está

cada vez mais exigente e infor-

mado sobre procedimentos de

saúde”, complementa.

Ele dá como exemplo o que

observa na Farmácia do Leme,

uma das mais tradicionais do

Rio (fundada em 1933), da

qual é um dos sócios. “Aqui

nós quase não trocamos funci-

onários. São todos antigos na

casa, pois isso dá mais segu-

rança ao nosso cliente, já que

há uma relação de confiança”,

ilustra.

Outra estratégia que usa é

manter serviço de aplicação de

injeção, pelo qual só cobra R$

3,00. Para isso, porém, tem de

manter uma cabine impecável

e pagar taxa de R$ 800,00 anu-

Moraes: o fundamental é construir

uma boa relação de confiança

Page 19: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 19 — FARMÁCIAS E DROGARIAS

O governo autorizou os farmacêuticos e outros pro-fissionais do setor de saúde — incluindo nutricio-nistas e enfermeiros — a prescrever medicamentos

de venda livre, como antitérmicos e analgésicos, quebrando monopólio dos médicos. A justificativa é que a medida vai dar mais opções ao paciente, já que há carência de médicos no país. A decisão foi criticada pelos médicos, que alegam que os farmacêuticos não estariam preparados pa-ra a missão. Esses evidentemente, enfatizam que estão aptos, pois conhecem medicamos tanto quan-

to os médicos. Esse não é o único ponto de atrito entre os profissi-onais do setor de saúde. Muitas vezes a discordân-cia é até acirrada, principalmente porque muitos comentam que alguns médicos só prescrevem remé-

N o mercado

de farmácia

de manipulação

há 28 anos, Ana

Cristina Couto é

apaixonada pela

profissão. Mas

não esconde os

desafios que têm

‘Bom atendimento e treinamento constante’

Ana: o desafio é diário

de superar no dia a dia da empresa que admi-

nistra, a Plantarum Farmácia, em conjunto

com o marido, José Iris Arruda, e mais dois

funcionários.

“É tudo muito difícil, além de muito caro”,

reclama. Os controles dos diversos órgãos –

governo e entidades de classe – são muitos,

rigorosos e caros, ilustra. Só de balanças ele-

trônicas ela é obrigada a ter sete, por conta

dos medicamentos que manipula.

O setor de farmácias encontra outros obstá-

culos “muito graves”, na opinião de Ana.

“Falta mão de obra especializada em todos os

níveis, do atendimento no balcão, ao funcioná-

rio especializado (manipuladores, farmacêuti-

cos, entre outros)”. Ela observa que as mudan-

ças estão sempre ocorrendo, seja na legisla-

ção, medicamentos ou novas técnicas.

E o casal não mede esforços em busca de

um aperfeiçoamento. Em outubro, por exem-

plo, Ana participou de um Seminário Internaci-

onal na Espanha e Portugal, organizado por

algumas das mais tradicionais universidades

daqueles países. Nesse período a Plantarum

ficou fechada, já que os estabelecimentos do

setor não podem funcionar sem a presença de

um farmacêutico.

Para Ana, o que garante a sobrevivência de

farmácias isoladas é a qualidade no atendi-

mento, além da confiança dos seus clientes.

“Temos clientes que estão conosco há vários

anos. Muitos foram indicados pelos próprios

pais. É uma relação de confiança que temos de

estar preparados para atender”, observa.

O Brasil vai “envelhecer” de

forma acelerada nas próximas

décadas, conforme projeções

do IBGE, com destaque para as

mulheres. Os idosos geralmen-

te consomem mais remédios. O

consumo per capita no Brasil

ainda é baixo (ver ao lado).

Governo autoriza farmacêuticos a prescrever remédios; médicos reprovam

dios caros para agradar os grandes laboratórios. Em troca receberiam comissões. A classe médica rejeita — com veemência — essas insinuações.

Para quem precisa de remédios, essa discussão

nem sempre é percebida, mas saber usar os conhe-

cimentos de cada profissional pode ser uma forma

de se obter economia.

Uma alternativa é trocar um remédio caro por um

genérico. Outra é pedir informações sobre os prin-

cípios ativos de um medicamento caro e solicitar a

sua manipulação na farmácia.

Bons profissionais trabalhando de forma ética po-

dem trazer grandes benefícios aos pacientes, espe-

cialmente para quem tem doença crônica e precisa

fazer uso continuado de medicamentos.

ais à Anvisa. Somando todas as taxas obriga-

tórias, Moraes estima um gasto anual em tor-

no de R$ 3.000,00. Isso fora os impostos regu-

lares.

Os números consolidados do setor, porém,

mostram o segmento está se expandindo de

forma acelerada. Dados do Conselho Federal

de Farmácia estima que no final de 2011 havia

85 mil farmácias e drogarias no País, sendo

6.118 no Rio. E o setor está crescendo a um

ritmo de três a quatro vezes mais que a econo-

mia, chegando a 15% no ano passado, quando

o país teve um pibinho de 0,7%.

Ao contrário do que muitos pensam, não é

preciso ser farmacêutico para ser dono de far-

mácia. O exigido é que toda empresa tenha

um farmacêutico responsável trabalhando em

tempo integral.

Outra dúvida frequente é quanto à diferen-

ça entre farmácia e drogaria. A primeira é

mais completa, podendo manipular medica-

mentos. Para isso precisa ter laboratórios equi-

pados. As drogarias são simplesmente reven-

dedoras, sem laboratórios internos.

A julgar pelo movimento dos grandes gru-

pos empresariais, o setor reúne boas condições

de crescimento. Muitos acreditam, porém, que

a concentração será inevitável, assim como

ocorreu com os supermercados e eletrodomés-

ticos. Um pequeno número de grandes redes

nacionais passaram a dominar o setor.

No setor de farmácias, há o predomínio das

farmácias independentes, com 48% das ven-

das. As cinco maiores redes respondem por

29% e as 10 maiores por 35%,. Os grandes

estão avançam, mas assim como os pequenos

mercados mantêm o seu espaço, as farmácias

isoladas certamente acharão seus nichos.

Page 20: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Nas feiras, tendências dos cabelos para 2014

20 — ESTÉTICA — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

O segmento de hairstylists está se profissi-

onalizando cada vez mais, investindo em

qualificação e novos produtos. Um dos indí-

cios disso pode ser visto durante a terceira edi-

ção da Feira Profissional Rio Belleza, realiza-

da no final de outubro, que contou com diver-

sas palestras e workshops com dicas para pro-

fissionais do setor.

Para Magno Alves, dono da Universidade

do Cabelo (no interior de São Paulo), é neces-

sário que os hairstylists estejam sempre atrás

de conhecimento técnico suficiente para con-

seguir os melhores resultados de acordo com o

perfil desejado pelos clientes.

Os números divulgados pela Feira Profissi-

onal Rio Belleza mostram que a procura dos

profissionais do setor por qualificação e por

produtos de qualidade estão em alta. Durante

os dois dias da feira, cerca de 25 mil pessoas

frequentaram as palestras e workshops progra-

mados e visitaram os stands das 110 marcas

que apresentaram os produtos e novidades no

local.

No workshop promovido durante o evento,

Alves apresentou o procedimento técnico que

desenvolveu ao estudar a pessoa de acordo

com suas características físicas e personalida-

de, o que é conhecido como visagismo. “Dessa

forma o profissional de beleza atinge o seu

objetivo que é a fidelização do cliente”, afir-

mou o hairstylist. Para Alves, hoje existe um

número muito grande de profissionais no mer-

cado e uma das maneiras de se destacar é atra-

vés do visagismo e da estilização da imagem

pessoal.

A hairstylist Helena Gimenez faz parte da

Associação Internacional de Mestres Cabelei-

reiros (Intercoiffure, com sede em Paris) e é

profissional do grupo artístico do Senac Rio.

Ela apresentou na feira as tendências de cortes

masculinos para 2014 e realizou cortes na hora

para que os profissionais presentes pudessem

acompanhar o processo de criação. “Os cortes

de cabelo curtíssimos estão em alta. Bem bai-

xo nas laterais e, na parte de cima, com um

pouco mais de volume, repicado”, disse Hele-

na.

O especialista em gestão de salão de beleza

Marcelo Ribeiro apresentou um workshop en-

sinando a vender qualidade em produtos e ser-

viços. Segundo ele, a empresa deve fazer o

cliente entrar no salão e se sentir em casa, “ou

até melhor”. Para isso, o profissional de bele-

za deve trazer serviços que não são encontra-

dos em outros locais. Marcelo aconselha que

os salões organizem campanhas de incentivo

ao funcionário e estratégias para atrair os cli-

entes em meses mais fracos.

Produtos. Novos produtos também mar-

caram presença na feira. A fluminense Nou-

velle destacou um suplemento vitamínico,

que estimula crescimento do cabelo. O pro-

duto foi lançado em setembro na Beauty Fair,

em São Paulo.

A paulista Kert, de Taboã da Serra, divul-

gou em seu stand produtos para cabelo feitos

a base de Henna. A novidade ficou por conta

de como o produto foi elaborado: com bases

de óleos exóticos, como o Kukui (do Havaí),

Tamanu (Polinésia) e Macadâmia (Austrália

e Nova Zelândia) – todos 100% de origem

vegetal. “Eles foram criados para atender um

nicho específico de mercado. São voltados

para um público vegan, ayuvérdico, que pro-

curam mercadorias

de origem vegetal”,

diz Ivete S. de Car-

valho, responsável

técnica pelo desen-

volvimento de pro-

dutos da Kert.

Segundo ela, ne-

nhuma mercadoria

desenvolvida pela

companhia faz testes

em animais, o que

atende os anseios de

parte dos consumi-

dores modernos de

produtos de beleza.

Feiras de estética e beleza são oportunida-

des para a troca de informações e atualização

dos profissionais da área. Quem não partici-

pou da feira realizada em outubro no Centro

de Convenções Sul América, na Cidade Nova,

poderá participar de um evento semelhante a

ser realizado no RioCentro, no período de 23

a 25 de novembro.

Além de workshops com profissionais do

setor, está programado ainda a 1a. Jornada de

Maquiagem e a 7a. Jornada da Manicure. É

também oportunidade para a realização de

negócios.

Segundo dados dos organizadores, a Feira

Profissional Rio Belleza gerou negócios de R$

1,5 milhão, 25% a mais do que no ano passa-

do. A informação é da Rio Belleza, que organi-

za e promove o evento.

No primeiro dia, além de shows e congres-

sos (com um Campeonato de Manicure e sor-

teio de brindes), foram realizados 18

workshops. Nos workshops técnicos houve cur-

sos como Maquiagem Primavera/Verão 2014.

Já o Sebrae e Senac organizaram cursos

para ajudar o hairstylist a se profissionalizar,

como Gestão Financeira.Paulo Roberto da

Fonseca, diretor da Rio Belleza, conta que a

maioria dos clientes são profissionais.

“Muitas vezes eles não possuem tempo para

ter acesso às novidades de corte de cabelo,

serviços e produtos. A feira quer suprir essa

demanda”, argumenta.

Oportunidades de atualização

Cortes de cabelo masculinos curtíssimos estão em alta para 2014, conforme profissionais que participaram da

Feira Rio Belezza, realizada em outubro no Centro de Convenções Sul América. Outra preocupação muito discutida no evento foi como

atrair e fidelizar os clientes. O ideal é que o cliente “se sinta em casa”, na avaliação dos especialistas.

Nas feiras e eventos, além de

reciclagem há os reencontros

Page 21: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — TURISMO — 21

“O melhor passeio urbano do mundo”

O P a r q u e

Nacional

da Tijuca foi

eleito no início

de outubro pelo

Lonely Planet,

considerado o

maior guia de viagens do mundo, o melhor

lugar para caminhadas em área urbana.

A nova edição do Lonely Planet lista mil

aventuras ao redor do planeta e faz um ran-

king dos melhores locais. O ranking coloca as

trilhas do parque carioca acima das de outros

lugares como Londres; Cidade do Cabo, na

África do Sul; Sidney, na Austrália; e Vancou-

ver, no Canadá. A escolha foi feita pelos edito-

res do próprio Lonely Planet.

O Parque Nacional da Tijuca tem quase 200

quilômetros de trilhas abertas e sinalizadas,

além de mirantes, recantos e lagos. O parque

recebe cerca de 7 mil visitantes por dia e ofe-

rece muitos atrativos como o Corcovado, a

Vista Chinesa, a Floresta da Tijuca e a Pedra

da Gávea.

Segundo o chefe do parque, Ernesto Castro,

a unidade passa por obras para melhor aten-

der aos visitantes. “O parque está passando

por muitas melhorias, como a construção do

complexo Paineiras, centro de visitantes com

exposição educativa, restaurantes, banheiros,

estacionamentos e lojas de suvenires no aces-

so ao Morro do Corcovado; e a Trilha Trans-

carioca, que ligará vários parques, cruzando

toda a cidade. No Parque Nacional da Tijuca

estão prontos 30 quilômetros de trilhas, ligan-

do o Alto da Boa Vista ao Corcovado”, disse.

Sobre a segurança do parque, ele declarou

que, com as medidas de vigilância adotadas,

as ocorrências diminuíram. “Os acessos ofici-

ais são controlados por vigilantes e agentes do

ICMBio, e as trilhas patrulhadas com apoio

da Guarda Municipal e Polícia Militar.

O parque é o lugar mais seguro da cidade e,

em 4 mil hectares, na opinião de Castro. Em

2013 foram registrados cinco assaltos. A título

de comparação, isso representa 0,4% do nú-

mero de assaltos registrados no bairro de San-

ta Teresa, vizinho ao parque”, disse.

‘Black Friday’ nos EUA, passeio e economia

Trilhas com segurança na floresta

Texto e fotos de Delti Luce.

Moradora da Tijuca e

apaixonada pela floresta

O s circuitos de trilhas foram criados com o

objetivo de orientar e oferecer maior se-

gurança aos caminhantes no momento da sua

escolha. Ser consciente da sua limitação física

e saber definir o percurso mais adequado é

fundamental para usufruir bem o passeio e

desfrutar da aventura sem correr maiores ris-

cos de acidentes. Cada trilha é identificada por

seu percurso, extensão e grau de dificuldade.

Seja prudente e fique na trilha.

Trilhas Circulares — Por ocasião do Evento

Rio + 20 foram criadas trilhas circulares, que

facilitam ainda mais o trajeto, a manutenção e

a segurança ao longo dos percursos. Observe

que as placas sinalizam esta modalidade.

Mapa dos percursos é disponibilizado no Cen-

tro de Visitantes

Apesar de serem bem identificadas e manti-

das sob cuidados constantes, é aconselhável

que o caminhante leve consigo o mapa com as

orientações necessárias que é disponibilizado,

gratuitamente, no Centro de Visitantes. Cada

trilha é uma aventura de muitos encantos, con-

duzindo a riachos, cachoeiras, grutas, vestígios

históricos e até aos desafiantes morros e picos

que descortinam ampla vista de extrema beleza

da cidade. É importante ressaltar que a escolha

por trilhas mais longas e com grau de dificul-

dade maior exi-

gem um preparo

físico especial e

até o acompanha-

mento de guias

especializados.

Respeito pela

natureza— O

ato de caminhar em um ambiente calmo, com

ar puro, cercado de belezas naturais, sons,

aromas e cores característicos e distintos tem

o poder de despertar e aguçar os sentidos,

serenar a mente das preocupações do dia a

dia e relaxar o corpo das tensões acumuladas.

Ao usufruir de um ambiente tão especial as-

sim, que oferece tantos benefícios a saúde

física, mental e espiritual, é importante que o

andarilho se aperceba que se encontra em

santuário natural e que o seu agradecimento

será demonstrado por ações de respeito no

seu pensar, sentir e agir.

Q uem estava esperando o lançamento do

Play Station 4 no Brasil recebeu uma du-

cha de água fria quando souberam do preço, no

final de outubro: quase R$ 4.000,00. O valor

surpreendeu até o principal executivo da Sony

na América Latina, Mark Stanley, mas ele jus-

tificou que o valor ficou elevado devido aos

elevados impostos no Brasil.

A reação dos admiradores do game foi ime-

diata, com protestos veementes pela Internet.

Alguns até mostraram que fica mais barato ir

aos Estados Unidos para comprar o aparelho

(veja ilustração).

Na avaliação de Paulo Aguiar, da Spazio

Turismo, de fato viajar aos Estados Unidos pa-

ra fazer compras pode gerar economia. Mas ele

alerta que a decisão só traz resultados efetivos

se for bem planejada. “Quando você viaja de

última hora nem sempre consegue bons preços

nas passagens”, alerta. Além disso, a viagem

pode coincidir com períodos de alta tempora-

da, onde tudo fica mais caro e mais concorrido.

Uma das exceções, na visão de Aguiar, é a

‘Black Friday’ que este ano cairá no dia 29 de

novembro, quando o comércio americano con-

cede descontos fantásticos.

Se o objetivo for apenas compra — sem

incluir passeios, ele recomenda planejamento

mais cauteloso. “Agora é hora de planejar a

Black Friday de 2014. Quem for comprar

passagens agora dificilmente terá preços

bons e nem as melhores hospedagens”, alerta

Page 22: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Veja os imóveis licenciados na região desde 2012

22 — IMÓVEIS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

MÊS BAIRRO Logradouro Atividade Edif Resid Não res Área m2 Média

m2

set/13 Vila Isabel Rua Visconde de Abaeté 100 multifamiliar 1 36 3.748 104

ago/13 Tijuca Rua Alzira Brandao, 194 multifamiliar 1 28 3 783 135

jul/13 Maracana Rua Professor Gabizo, 21 multifamiliar 1 24 3 747 156

jul/13 Vila Isabel Boulevard 28 de Setembro, 51 Centro Pes UERJ 1 1 1 3 340

abr/13 Grajau Rua Borda do Mato, multifamiliar 1 24 2 498 104

abr/13 Maracana Avenida Paula Sousa, 330 multifamiliar 1 17 2 247 132

abr/13 Tijuca Rua Almirante Cochrane, 92 multifamiliar 1 10 1 647 165

mar/13 Maracana Rua Ibituruna, 95 hotel 1 1 1 4 835

mar/13 Tijuca Rua Araujo Pena, 84 multifamiliar 1 10 1 519 152

mar/13 Vila Isabel Rua Teodoro da Silva, 899 multifamiliar 4 196 20 782 106

fev/13 Grajau Rua Mearim, 69 multifamiliar 1 12 1 488 124

fev/13 Tijuca Avenida Maracana, 987 shopping center 7 070

jan/13 Tijuca Rua Araujo Pena, 16 multifamiliar 1 40 5 205 130

dez/12 Maracana Rua Professor Gabizo, 252 aptos e lojas 30 943

dez/12 Vila Isabel Rua Torres Homem, 688 multifamiliar 3 94 9 580 102

nov/12 Vila Isabel Rua Visconde de Abaete, 51 multifamiliar 2 114 12 466 109

out/12 Maracana Rua Pedro Guedes, 56 multifamiliar 1 12 1 428 119

out/12 Tijuca Rua Conde de Bonfim, 497 salas e loja 1 55 55 5 155 94

out/12 Tijuca Rua Sao Francisco Xavier, 111 salas 1 26 26 2 725 105

set/12 Grajau Avenida Eng Richard, 142 multifamiliar 1 14 1 795 128

ago/12 Tijuca Rua Conde de Bonfim, 550 multifamiliar 1 12 2 093 174

jul/12 Maracana Rua Francisco Xavier, 439 sde admin 1 1 1 295 295

jun/12 Grajau Rua Uberaba, 90 multifamiliar 1 39 5 337 137

jun/12 Tijuca Rua Haddock Lobo, 210 salas e lojas 1 220 220 10 829 49

mai/12 Tijuca Rua Joao Alfredo, 3 multifamiliar 1 610

abr/12 Tijuca Rua Araujo Pena, 80 multifamiliar 1 32 4 634 145

jan/12 Tijuca Rua Sao Miguel, 696 multifamiliar 2 13 1 667 128

jan/12 Tijuca Rua Uruguai, 61 aptos e lojas 1 37 1 3 534 96

Fonte: Secretaria de Urbanismo/Prefeitura

Em setembro, a prefeitura do

Rio recebeu apenas 1 pedido de

licenciamento de imóveis na Gran-

de Tijuca, em Vila Isabel (ver ta-

bela). O bairro registra grande

número de lançamentos. Em mar-

ço a prefeitura registrou 20 mil m2

na Rua Teodoro da Silva.

O Shopping Tijuca vai ampliar

a sua área em mais 7.000 metros

quadrados. O projeto deu entrada

na Prefeitura do Rio em fevereiro,

conforme pode ser visualizado na

tabela ao lado.

Outro grande projeto foi apre-

sentado em dezembro passado, na

Prof. Gabizo 252. Serão mais de

30 mil metros quadrados de área a

serem construídos.

O pedido de licenciamento é o

primeiro passo para a construção

de um imóvel. Só após a conclusão

e o habite-se os apartamentos e

salas poderão ser utilizados. Mas

esse indicador sinaliza a disposi-

ção do mercado de fazer novos

investimentos.

Licenciamentos seguem em ritmo forte em 2013 Até setembro, a Prefeitura do Rio licenciou obras no total de 4,2 milhões de metros quadrados, o que corresponde à média

mensal de 470 mil m2. Esse ritmo está acima do registrado nos últimos dois anos, sinalizando que o mercado no Rio continua forte.

Em 2011 foram licenciados 5,3 milhões de m2 (média de 442 mil) e no ano passado 5,2 milhões (média de 433 mil).

Bairros Área

Barra Da Tijuca 701.037

Recreio Dos Bandeirantes 430.020

Santa Cruz 387.951

Jacarepagua 348.174

Vargem Grande 207.573

Freguesia 104.802

Campo Grande 92.320

Gamboa 227.864

Santo Cristo 231.276

Centro 119.281

Cidade Nova 34.844

Del Castilho 91.564

Penha 76.868

Diversos 59.931

Agua Santa 46.839

Pechincha 47.568

Taquara 52.033

Bairros Area

Vila Isabel 27.870

Tijuca 19.223

Bonsucesso 11.057

Imperial De Sao Cristovao 10.862

Maracana 10.829

Grajau 3.986

Rio Comprido 1.828

Botafogo 12.939

Copacabana 12.088

Flamengo 10.791

Lagoa 4.216

Leblon 9.655

Licenciamento de obras em 2013 (até setembro) Em área—metros quadrados

Vila Isabel lidera o volume de lançamentos imobiliários na região da Grande Tijuca, com mais de 27 mil

metros quadrados. Na cidade, o destaque continua sendo a Barra da Tijuca, com licenciamento de 701 mil

m2. A região portuária registra forte movimentação. No bairro da Gamboa foram licenciados 227 mil m2.

Page 23: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

Ranking dos veículos mais vendidos no Brasil e Rio

PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — AUTOMÓVEIS — 23

Veículo UF Pos Indicador JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET JAN-SET

VW/Gol BR 1 QTD 22.335 15.714 19.227 21.579 19.953 22.541 22.122 22.620 22.060 188.151

VW/Gol BR 1 Part% 15 15,37 14,56 14,00 13,80 13,42 14,84 13,67 14,38 15,46 14,37

VW/Gol RJ 2 QTD 1.381 869 1.133 1.232 1.027 1.054 1.142 1.216 1.053 10.107

VW/Gol RJ 2 Part% 15 11,86 10,67 12,62 11,12 9,84 9,68 11,08 11,10 10,03 10,88

Fiat/Uno BR 2 QTD 18.022 11.108 15.234 17.462 18.352 16.324 15.878 14.079 14.528 140.987

Fiat/Uno BR 2 Part% 15 12,40 10,29 11,09 11,17 12,35 10,75 9,81 8,95 10,18 10,77

Fiat/Uno RJ 7 QTD 984 669 598 824 768 719 681 614 657 6.514

Fiat/Uno RJ 7 Part% 15 8,45 8,22 6,66 7,44 7,36 6,60 6,61 5,61 6,26 7,01

Fiat/Palio BR 3 QTD 17.357 13.129 14.039 16.650 15.474 14.086 16.719 15.167 12.896 135.517

Fiat/Palio BR 3 Part% 15 11,95 12,17 10,22 10,65 10,41 9,28 10,33 9,64 9,04 10,35

Fiat/Palio RJ 3 QTD 1.160 819 852 1.061 914 927 963 847 871 8.414

Fiat/Palio RJ 3 Part% 15 9,96 10,06 9,49 9,58 8,76 8,51 9,35 7,73 8,30 9,06

Ford/Fiesta BR 4 QTD 7.215 5.550 9.139 8.317 11.394 12.993 14.375 13.541 11.992 94.516

Ford/Fiesta BR 4 Part% 15 4,97 5,14 6,65 5,32 7,66 8,56 8,88 8,61 8,41 7,22

Ford/Fiesta RJ 9 QTD 509 314 548 681 607 813 783 915 794 5.964

Ford/Fiesta RJ 9 Part% 15 4,37 3,86 6,10 6,15 5,82 7,47 7,60 8,35 7,56 6,42

Fiat/Siena BR 5 QTD 9.850 6.819 8.557 10.405 10.748 9.580 10.834 12.685 12.645 92.123

Fiat/Siena BR 5 Part% 15 6,78 6,32 6,23 6,65 7,23 6,31 6,70 8,07 8,86 7,04

Fiat/Siena RJ 1 QTD 994 613 706 1.112 1.244 1.083 1.034 1.480 1.708 9.974

Fiat/Siena RJ 1 Part% 15 8,53 7,53 7,86 10,04 11,92 9,94 10,04 13,51 16,27 10,73

Hyundai/HB20 BR 6 QTD 9.028 10.116 12.536 12.117 9.631 8.408 10.428 9.537 8.671 90.472

Hyundai/HB20 BR 6 Part% 15 6,21 9,37 9,13 7,75 6,48 5,54 6,44 6,06 6,08 6,91

Hyundai/HB20 RJ 6 QTD 844 764 846 915 661 725 626 699 638 6.718

Hyundai/HB20 RJ 6 Part% 15 7,25 9,38 9,42 8,26 6,34 6,66 6,08 6,38 6,08 7,23

GM/Onix BR 7 QTD 10.724 9.035 9.408 9.427 10.184 9.742 10.195 10.326 9.341 88.382

GM/Onix BR 7 Part% 15 7,38 8,37 6,85 6,03 6,85 6,42 6,30 6,57 6,55 6,75

GM/Onix RJ 11 QTD 689 735 653 464 548 502 399 489 434 4.913

GM/Onix RJ 11 Part% 15 5,92 9,03 7,27 4,19 5,25 4,61 3,87 4,46 4,13 5,29

VW/Fox BR 8 QTD 11.244 7.756 8.823 10.297 9.024 12.079 9.243 8.972 8.419 85.857

VW/Fox BR 8 Part% 15 7,74 7,19 6,42 6,58 6,07 7,95 5,71 5,71 5,90 6,56

VW/Fox RJ 4 QTD 1.108 668 598 725 748 1.116 752 830 783 7.328

VW/Fox RJ 4 Part% 15 9,51 8,20 6,66 6,55 7,17 10,25 7,30 7,58 7,46 7,89

Renault/Sandero BR 9 QTD 7.356 4.511 5.845 8.967 7.375 8.707 10.401 10.034 9.065 72.261

Renault/Sandero BR 9 Part% 15 5,06 4,18 4,26 5,73 4,96 5,73 6,43 6,38 6,35 5,52

Renault/Sandero RJ 5 QTD 1.135 519 450 687 753 862 926 864 848 7.044

Renault/Sandero RJ 5 Part% 15 9,74 6,37 5,01 6,20 7,22 7,92 8,99 7,89 8,08 7,58

VW/Voyage BR 10 QTD 8.024 6.146 8.387 10.634 8.347 7.410 7.223 6.961 6.919 70.051

VW/Voyage BR 10 Part% 15 5,52 5,70 6,11 6,80 5,62 4,88 4,46 4,43 4,85 5,35

VW/Voyage RJ 8 QTD 828 539 668 946 723 679 501 604 598 6.086

VW/Voyage RJ 8 Part% 15 7,11 6,62 7,44 8,54 6,93 6,24 4,86 5,51 5,70 6,55

GM/Classic BR 11 QTD 8.479 4.580 6.196 7.356 7.880 9.193 10.973 7.496 5.587 67.740

GM/Classic BR 11 Part% 15 5,84 4,24 4,51 4,70 5,30 6,05 6,78 4,77 3,92 5,17

GM/Classic RJ 15 QTD 440 236 206 272 422 503 474 409 360 3.322

GM/Classic RJ 15 Part% 15 3,78 2,90 2,29 2,46 4,04 4,62 4,60 3,73 3,43 3,58

GM/Celta BR 12 QTD 9.239 5.420 6.638 6.387 4.389 5.004 6.698 8.202 5.529 57.506

GM/Celta BR 12 Part% 15 6,36 5,02 4,83 4,08 2,95 3,30 4,14 5,22 3,88 4,39

GM/Celta RJ nd QTD 441 284 250 275 224 206 236 328 209 2.453

GM/Celta RJ nd Part% 15 nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd

GM/Cobalt BR 13 QTD 4.958 3.851 4.187 5.991 5.174 4.823 5.586 5.259 4.370 44.199

GM/Cobalt BR 13 Part% 15 3,41 3,57 3,05 3,83 3,48 3,18 3,45 3,34 3,06 3,38

GM/Cobalt RJ 10 QTD 616 380 474 682 645 528 575 632 475 5.007

GM/Cobalt RJ 10 Part% 15 5,29 4,67 5,28 6,16 6,18 4,85 5,58 5,77 4,52 5,39

Honda/Civic BR 14 QTD 1.343 3.977 4.864 5.635 5.191 5.181 5.008 5.635 5.247 42.081

Honda/Civic BR 14 Part% 15 0,92 3,69 3,54 3,60 3,49 3,41 3,09 3,58 3,68 3,21

Honda/Civic RJ 12 QTD 137 387 462 579 538 493 427 478 546 4.047

Honda/Civic RJ 12 Part% 15 1,18 4,75 5,15 5,23 5,16 4,53 4,14 4,36 5,20 4,36

GM/Prisma BR 15 QTD 131 197 4.264 5.175 5.537 5.779 6.132 6.750 5.393 39.358

GM/Prisma BR 15 Part% 15 0,09 0,18 3,10 3,31 3,72 3,81 3,79 4,29 3,78 3,01

GM/Prisma RJ nd QTD 19 12 157 394 355 383 352 515 395 2.582

GM/Prisma RJ nd Part% 15 nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd

15 primeiros BR QTD 145.305 107.909 137.344 156.399 148.653 151.850 161.815 157.264 142.662 1.309.201

15 primeiros RJ QTD 11.648 8.142 8.979 11.075 10.433 10.890 10.303 10.953 10.498 92.921

Fonte: Fenabrave - Elaboração: Promoções&Negócios

O Gol, da Volkswa-

gen mantém a liderança

no ranking dos carros

no Brasil. Mas no Rio,

tradicional veículo ocu-

pa a segunda posição.

A liderança no estado

cabe ao Siena, da Fiat,

conforme pode ser ob-

servado na tabela ao

lado.

O aumento da parti-

cipação do Siena no

Rio quase dobrou. Em

janeiro representava

8,53% do total vendido

e em setembro essa

participação atingiu

16,27%. O carro ga-

nhou posição em outras

regiões, mas em inten-

sidade menor.

O Uno, por sua vez,

vem perdendo posição

mês a mês, tanto no Rio

como no Brasil como

um todo. Em janeiro,

por exemplo, tinha par-

ticipação de 12,40%

dos carros vendidos no

país. Em setembro essa

participação caiu para

10,18%, o que repre-

senta queda de mais de

2 pontos percentuais no

ano. No Rio, o ritmo de

queda foi similar, cain-

do de 8,45% para

6,26%.

Em termos relativos,

pode-se destacar o forte

avanço relativo do

Honda/Civic. Em janei-

ro o carro japonês ti-

nha apenas 1,18% do

mercado do Rio e em

setembro essa partici-

pação subiu para

5,20%.

A tabela ao lado

permite a visualização

do desempenho dos 15

veículos mais vendidos

no País este ano.

Page 24: Jornal Promoções & Negócios - 02 - novembro

24 — SERVIÇOS — NOVEMBRO 2013—PROMOÇÕES & NEGÓCIOS

O Centro de Operações Rio divulga

três boletins diários (6h, 11h e 18h),

com informações das principais

ocorrências do dia: trânsito, tempe-

ratura, condições dos aeroportos,

número de ocorrências da Defesa

Civil, e condições de balneabilida-

de, entre outros.

O informe também pode ser lido nas

redes sociais do Centro de Opera-

Câmaras de ‘olho’ no trânsito do bairro Quase 40 câmaras monitoram o trânsito na Tijuca e região, permitindo ao internauta ter uma visão — em tempo real — das condições do fluxo de

veículos na região. Nem todas estão funcionando de forma satisfatória, mas o sistema fornece de maneira bastante razoável se há engarrafamentos

nas áreas críticas, especialmente no acesso ao centro da cidade e outros pontos de conexão para o Rebouças, Rodoviária ou Jacarepaguá.

As câmeras do trânsito na Tijuca e região n° Logradouro Bairro

72 R Conde de Bonfim x R Uruguai Tijuca

73 R Conde de Bonfim x R General Rocca Tijuca

171 R Conde de Bonfim x José Higino Tijuca

350 R Conde de Bonfim x R. José Higino Tijuca

333 R Conde de Bonfim x R. Almirante Cochrane Tijuca

334 R Conde de Bonfim x Rua São Francisco Xavier Tijuca

335 R Conde de Bonfim x R. Uruguai Tijuca

344 R Conde de Bonfim x R. Rademaker Tijuca

368 R Conde de Bonfim x R. Basileia Tijuca

369 R Conde de Bonfim x R. dos Araújos Tijuca

347 Av. Maracanã x R. José Higino Tijuca

76 Maracanã x R Dep. Soares Filho Tijuca

342 R. Uruguai x Av. Maracanã Tijuca

71 R São Francisco Xavier x R Heitor Beltrão Tijuca

172 Rua Vico Cabo Frio x Praça Barão Corumba Tijuca

336 R. Barão de Mesquita x R. Major Ávila Tijuca

337 R. Barão de Mesquita x R. José Higino Tijuca

341 R. Haddock Lobo x R. Campos Sales Tijuca

365 Rua Dr. Satamini x Rua Campos Sales Tijuca

70 R Pereira Nunes x Barão de Mesquita Tijuca

370 R. Almirante Cochrane x R. Pareto Tijuca

371 R. Heitor Beltrão x R. Carmela Dutra Tijuca

359 R. São Francisco Xavier x R. Luiz de Matos Tijuca

77 R Teodoro da Silva x Barão de São Francisco Vila Vila Isabel

79 R Teodoro da Silva x Barão do Bom Retiro Vila Isabel

352 R. Teodoro da Silva x R. Sousa Franco Vila Isabel

353 R. Teodoro da Silva x R. Gonzaga Bastos Vila Isabel

356 Boulevard 28 de Set x Pça. Barão de Drummond Vila Isabel

357 Boulevard 28 de Setembro x Rua Gonzaga Bastos Vila Isabel

338 R. Visc Santa Izabel x R. Barão de S Francisco Vila Isabel

364 R. Visconde de Santa Izabel x R. Alexandre Calaza Vila Isabel

366 R. Pereira Nunes x R. Baltazar Lisboa Vila Isabel

349 R. Maxwel x Av. Barão de Mesquita Grajaú

351 Estr Grajaú-Jacarepaguá x R José do Patrocínio Grajaú

214 R. Santa Alexandrina x R. da Estrela Rio Comprido

363 R. Barão de Itapagipe x R. do Bispo Rio Comprido

140 Elevado Eng. Freyssinet próximo ao T Rebouças Rio Comprido

141 Elevado Paulo de Frontin altura Túnel Rebouças Rio Comprido

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/riotransito

ções (Twitter e Facebook).

Desde a sua criação, houve

um crescimento na quantidade

de câmeras instaladas em to-

das as regiões: de 93 para

560.

Assim, é possível deslocar

equipes com maior rapidez e

diminuir o tempo de resposta

para as viaturas oficiais.

Uma visão geral quando se acessa

o site do Centro de Operações.

O s engarrafamentos no trânsi-

to fazem parte do dia a dia

de quem mora no Rio de Janeiro e

outras grandes cidades no Brasil.

Há diversos recursos visando a

orientar os motoristas, desde heli-

cópteros que fornecem visão geral

de pontos da cidade — transmiti-

dos pela televisão ou rádio—, mas

nem sempre essas informações

são suficientes.

Uma opção para quem precisa

se orientar é utilizar o sistema de

câmeras públicas implantado pela

prefeitura da cidade em pontos-

chave. Nem todas as câmeras lis-

tadas, porém, estão funcionando e

outras apresentam defeitos.

De qualquer forma, na região

da Grande Tijuca há quase 40 cru-

zamentos monitorados dia e noite

pelo Centro de Operações. O sis-

tema, porém, está disponível a

qualquer usuário com acesso a

Internet — de preferência com

banda larga.

Conforme pode ser visualizado

na tabela ao lado, ao longo da Rua

Conde de Bonfim há 10 câmeras

“varrendo” o fluxo desde a rua

Uruguai até à altura da rua dos

Araújos.

Em Vila Isabel há câmeras

nos dois sentidos, seguindo pela

28 de setembro e pela Teodoro

da Silva. No Rio Comprido é

possível acompanhar o fluxo de

veículos tanto para o acesso ao

túnel Rebouças.

Através dos equipamentos

instalados no Grajaú é possível

identificar quaisquer problemas

na estrada rumo à Jacarepa-

guá.&