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JORNAL POPULAR DO BRASIL | 9ª EDIÇÃO | ANO 2 | JANEIRO DE 2010 | R$0,50 Esgoto e buracos revoltam Meri Fim do hospital ALBERTO ELLOBO ALBERTO ELLOBO PÁGINA 11 n Rainha da bateria da Beija-Flor, Raíssa de Oliveira será uma das gran- des atrações da Sapucaí. A Grande Rio, de Caxias, busca o primeiro títu- lo, homenageando os desfiles que pas- saram pelo Sambódromo desde 84. n Moradores de São João de Meriti estão indignados com o abandono da Estrada São João-Caxias. Como protesto, eles procuraram chamar a atenção das autoridades, espalhando sofás e lixo na via. O trecho onde aconteceu a manifestação, no Parque Analândia, é um dos que apresenta maiores pro- blemas. Em abril de 2009, o Jornal Popular mostrou a situação de descaso da estrada, tomada por enormes buracos. Quase nada mudou. PÁGINA 3 n Após mais de 40 anos de atendimento à população, o Hospital Municipal de Duque de Caxias não voltará mais a funcionar. Fechado há quase um ano, ele será transforma- do em uma policlínica. PÁGINA 6 É carnaval! A notícia que faz a diferença DIVULGAÇÃO/BRUNO GONZALEZ

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Page 1: JORNAL POPULAR DO BRASIL | 9ª EDIÇÃO | ANO 2 ... apenas quando esgotados todos os recursos. A decisão acolheu um recurso do Minis tério Público Eleitoral (MPE), com base em denúncias

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JORNAL POPULAR DO BRASIL | 9ª EDIÇÃO | ANO 2 | JANEIRO DE 2010 | R$0,50

Esgoto e buracos revoltam Meriti

Fim do hospital

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ALBERTO ELLOBO

PÁGINA 11

n Rainha da bateria da Beija-Flor, Raíssa de Oliveira será uma das gran-des atrações da Sapucaí. A Grande Rio, de Caxias, busca o primeiro títu-lo, homenageando os desfiles que pas-saram pelo Sambódromo desde 84.

n Moradores de São João de Meriti estão indignados com o abandono da Estrada São João-Caxias. Como protesto, eles procuraram chamar a atenção das autoridades, espalhando sofás e lixo na via. O trecho onde aconteceu a manifestação, no Parque Analândia, é um dos que apresenta maiores pro-blemas. Em abril de 2009, o Jornal Popular mostrou a situação de descaso da estrada, tomada por enormes buracos. Quase nada mudou. PÁGINA 3

n Após mais de 40 anos de atendimento à população, o Hospital Municipal de Duque de Caxias não voltará mais a funcionar. Fechado há quase um ano, ele será transforma-do em uma policlínica.

PÁGINA 6

É carnaval!

A notícia

que faz a

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n O ano mal começou e o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) determinou a cassação dos registros de candidatura da prefeita afastada de Magé, Núbia Cozzolino (PMDB), e do prefeito de Itaguaí, Carlos Bussato, o Charlinho, do mes-mo partido.

Núbia Cozzolino teve o seu mandato cassado no dia 5 de janeiro pela juíza Patrícia Sa-lustiano, da 1ª Vara Cível de Magé. Além da perda do man-dato, ela teve os seus direitos políticos suspensos por cinco anos. Na decisão, a magistra-da determinou também que a prefeita cassada devolva aos cofres públicos tudo que não pagou em multas diárias de processos anteriores. Além

disso, ela terá de pagar mul-ta de duas vezes o salário do prefeito da cidade. Núbia já estava afastada do cargo des-de setembro de 2009, por de-terminação da Seção Criminal do Tribunal de Justiça, que a afastou por improbidade ad-ministrativa. Ela responde a outras 20 ações pelo mesmo crime.

Já o prefeito de Itaguaí, Charlinho, que foi reeleito em 2008, teve a prestação de contas das verbas federais que recebeu durante o primeiro mandato rejeitadas pelo Tri-bunal de Contas da União (TCU) e, por isso, não pode-ria participar da eleição. O pedido de cassação foi feito no dia 7 de janeiro e se esten-de ao vice-prefeito Genildo

Gandra. Ainda cabe recurso, mas ele só poderá responder fora do cargo. O presidente da Câmara, Vicente Rocha (tam-bém do PMDB), deve assumir a prefeitura.

Em outubro de 2009, a Jus-tiça também cassou o diploma do prefeito de Seropédica, Darci dos Anjos Lopes, e do vice-prefeito Reinaldo Ro-mano, por captação ilícita de voto. Eles podem recorrer da decisão, que entrará em vi-gor apenas quando esgotados todos os recursos. A decisão acolheu um recurso do Minis-tério Público Eleitoral (MPE), com base em denúncias de que o prefeito havia prometi-do R$ 18 mil a um candidato a vereador, para a compra de 600 votos.

n O Conselho Comunitário de Segurança de Duque de Caxias, entidade ligada ao Instituto de Segurança Pública (ISP) do Go-verno do Estado, vai realizar sua próxima reunião mensal no dia 24 de fevereiro. Ela será no Ciep Darcy Vargas (228), em Saracu-runa, no 3º Distrito. Além de um novo debate sobre segurança pública, o encontro terá como novidade o lançamento do site do CCS de Caxias.

Na última reunião, realizada no dia 6 de janeiro, no 15º BPM (Duque de Caxias), autoridades e a sociedade civil debateram diversos temas, principalmen-te sobre a criminalidade e as ações policiais. Também foram lembradas as fortes chuvas do começo do ano, que causaram

muitos transtornos e destruições no Pilar, no São Bento, no Gra-macho e em Campos Elíseos, entre outras regiões.

Mas o destaque do encontro foi a discussão sobre a possibi-lidade de o município ganhar

uma Unidade de Polícia Paci-ficadora (UPP). Entre alguns debatedores, ficou demonstra-da a vontade de ver a possível UPP instalada no Morro da Mangueirinha, no Centenário.

“Nosso desejo é de que uma

UPP venha para Caxias. Quem sabe na Mangueirinha, que tem causado muitos problemas para o município.” – afirmou o co-mandante do batalhão, tenente-coronel Sérgio Mendes, que falou ainda sobre a defasagem

de policiais na unidade: “Será realizado no 15º BPM um curso para formação de 120 PMs. In-felizmente, a maioria não deverá ficar aqui. Se, agora, chegassem mil homens para o batalhão, não seria o suficiente.”

“Se a UPP está dando certo, acho válido que seja instalada em Caxias. Mas a sociedade civil tem que se mobilizar, assinando um documento.” acrescentou o se-cretário municipal de Segurança Pública, coronel Sérgio Patrizzi.

“O Centenário precisa de segurança, mas também de saúde e educação. Não somos contra a UPP, mas precisamos saber como ela iria funcionar.” – disse o presidente da Asso-ciação de Moradores da Man-gueirinha, Jorge Catarina.

n A informação de que a está-tua do líder negro Zumbi dos Palmares, no Centro de Duque de Caxias, será removida para a construção de um chafariz – divulgada pelo Jornal Popular – causou repercussão entre vá-rias entidades do movimento negro. Houve grande mobili-zação em defesa da escultura. Procurada por lideranças do movimento, a prefeitura con-firmou a intenção.

Sem aceitar que a imagem representativa de Zumbi - ho-menageado no calçadão da Avenida Nilo Peçanha desde 1988 - seja retirada, a Funda-ção Olímpia Costa, a Ordem Espírita Afro-Brasileira, o Grupo Cultural Imalê e Fé, o Cen (Coletivo de Entidades Negras), a Asseafro e os res-ponsáveis pelo Pré-Vestibular para Negros e Carentes, entre outros grupos, se reuniram. Através de um documento as-sinado por várias pessoas, as entidades conseguiram fazer com que uma comissão se reunisse com o prefeito José Camilo Zito.

No encontro, do qual partici-param a secretária de Cultura, Ana Jensen, o subsecretário João Carlos e a presidente do CONDEDINEPIR (Conselho Municipal de Defesa dos Di-reitos do Negro e Promoção

da Igualdade Racial e Étnica), Geanne Campos, Zito afirmou que realmente está previsto o deslocamento da escultura de Zumbi, devido às obras de revitalização do Centro. Se-gundo o prefeito, ela deverá

ser remanejada para o calça-dão da Rua José de Alvarenga. Porém, isso somente será feito com sua autorização.

Após a resposta, cerca de 30 integrantes das instituições de defesa do negro realizaram, no dia 15 de janeiro, um abra-ço simbólico junto à escultura. O ato teve ainda a presença de representantes da OAB-RJ, da Pastoral Afro, ligada à Catedral de Santo Antônio, e do subse-cretário de Cultura, entre outros:

“Buscamos sempre uma dis-cussão pacífica. Se o prefeito decidir colocar a estátua em um ponto que seja melhor para todos, tentaremos chegar a um entendimento. Nós do movi-mento negro lutamos para não perder nossas conquistas e pre-servar a história de Zumbi, que os livros não trazem. A Sema-na de Tradições e Artes Negras Contemporâneas (em novem-bro) foi criada em Caxias por lei municipal, mas o próprio Poder Público não realiza ne-nhum evento.” – disse Jairo César da Cruz, presidente da Fundação Olímpia Costa.

n “Isso aqui virou uma fossa. Tenho pena dos moradores da-qui.” As palavras fortes, ditas pelo empresário Pedro Batista quando passava de carro pela Estrada São João-Caxias (atu-al Avenida Arthur Sendas), no Parque Analândia, resumem a situação caótica em que vivem moradores de São João de Meri-ti. Bem ali, o esgoto corre a céu aberto e, quando chove, forma bolsões d´água. Motoristas e a população local são obrigados a enfrentar muitos transtornos.

“Quando chove forte, as calçadas inundam e entra água nas casas. Exala mau cheiro e aparecem mosquitos e ratos. Minha vizinha Eliete pegou leptospirose e está em estado grave.” – contou a moradora Cíntia Reis.

Nas proximidades do Shopping Grande Rio, uma placa informa que R$ 1 milhão e 750 mil seriam investidos na revitalização do pavimento da Estrada São João-

Caxias e que a obra seria feita em parceria entre os governos do Estado e municipal. No entan-to, já passaram alguns meses e, até hoje, o que se vê são apenas

operações tapa-buracos realizadas pela Prefeitura de Meriti.

“O asfalto não dura um mês. Ele vai embora com a chuva. As calçadas estão destruídas.

Paguei R$ 660 de IPTU em 2009 para viver assim.” – disse Luzimar de Lima, que também reclamou de entupimento na rede de esgoto.

O abandono da via também revolta os motoristas: “Passo aqui três vezes por dia. É sem-pre assim: buracos, aguaceiro e bagunça. Às vezes, quebra a suspensão do carro.” - falou Fábio Robocop, que dirigia um Corsa.

A reportagem do Jornal Popular entrou em contato com a assessoria de imprensa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) - órgão do Governo do Estado - e da Prefeitura de São João de Me-riti. O objetivo foi obter mais informações sobre a revitali-zação da São João-Caxias, como a previsão para o início e o término de sua execução, que não foi divulgada na placa. Mas, até o fechamento dessa edição, não obtivemos qual-quer resposta.

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Do Brasil

Magé, itaguaí e Seropédica na mira do Tre

Uma placa anuncia a revitalização da São João-Caxias, mas os problemas estão longe do fim

Trânsito livre para a calamidade e o descasoALBERTO ELLOBO

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Comandante do 15º Batalhão pede uPP para a Mangueirinha

FLAGRANTE

Embora a prefeitura tenha proibido sua circulação, carroças são utilizadaslivremente para despejo de entulho na estrada

Movimento negro sai em defesa do líder Zumbi

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Anne [email protected]

Glauco [email protected]

Leopoldo e Jairo querem respeito à cultura negra

Autoridades e representantes do Conselho Comunitário lideraram o encontro

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n Pelo visto, a campanha eleito-ral de 2010, se fosse submetida ao crivo do Ministério da Justi-ça, receberia, com antecedência e plena justificativa, a advertência: Não recomendável para menores de 80 anos. A maneira de falar dos principais atores, neste início de ano, antecipa que a campanha vai lembrar o linguajar típico dos personagens da famosa peça do saudoso Plínio Marcos, “Dois Per-didos numa Noite Suja”, que abor-dava as situações-limites de quem vivia num xadrez típico do Brasil dos anos 60, onde os personagens revelavam o desespero de quem atingiu o fundo do poço da degra-dação humana.

Depois que o Presidente Lula se referiu ao senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, como “ba-

baca” e este chamou a ministra Dilma Rousseff (foto) de menti-rosa, acusando-a de fraudar a sua carreira universitária, incluindo em seu currículo cursos de pós-graduação que ela não concluíra, o próprio Lula reuniu o seu Mi-nistério. Ele cobrou de seus inte-grantes uma dedicada participação na eleição presidencial, cuidando, porém, para que a discussão fosse feita em “alto nível”. Mas já era tarde e o estrago já estava feito!

Lamentavelmente, no momento em que o Mundo está de olho no Brasil, que irá organizar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpía-das de 2016, as principais figuras de nossa vida política brindam o público com discursos que não caberiam em recintos como os prostíbulos. Neles, as “meninas”

zelam pelo respeito aos seus lo-cais de trabalho, sem contar as cenas nauseantes de políticos escondendo dinheiro nas cuecas ou nas meias, por falta de “ma-las” adequadas ao transporte do suborno de “alto nível”!

BRONCA POPULARBRONCA POPULARMande sua “bronca” para nossa redação: [email protected]

Cruzamento perigosoPraça abandonada

Posto de Saúde alagado

Cratera para pedestres

“Praça da Saudade”

Farmácia sem remédios

Abrigos improvisados

n A passagem de nível que cruza a Avenida Coe-lho da Rocha tem sido um grande problema para pe-destres e motoristas. Há escolas nas proximidades e muitos alunos são obrigados a utilizar a passa-gem. O risco de atropelamentos e acidentes é gran-de. Quando o trem para, o trânsito fica totalmente engarrafado até Belford Roxo. É um inferno! Quase perdi o emprego por causa desses engarrafamentos. Um viaduto acabaria com tudo isso. – Brígida Cris-tina Pereira, Rocha Sobrinho, Mesquita.

n Os abrigos de ônibus da Avenida Getúlio de Moura não servem para abrigar ninguém e correm risco de despen-car. Em uma rua aqui perto, existem abrigos de fibra fixos no chão. Por que a prefeitura não faz o mesmo na avenida, que é uma das principais da cidade? – Felipe Dias, Centro, Mesquita.

n MAiS BrONCAS De MeSQuiTA

n Nós, pedestres de Duque de Caxias, estamos perdendo as calçadas. Na esquina da Rua Professor José de Souza Her-dy com Rua Passos da Pátria, no bairro 25 de Agosto, somos obrigados a caminhar na rua, disputando espaço com os car-ros e arriscando a vida. Nesse trecho, a calçada fica totalmen-te ocupada por mesas e cadeiras dos bares. É um absurdo! Quan-do alguém reclama o seu direi-to de ter acesso a essa calçada, recebe até vaias. – Rosa Silva, Centro, Duque de Caxias.

n Quando meu marido era vivo, ainda cuidava dessa praça (Praça Angelino Pacheco). Agora, isso aqui está um abandono ge-ral. As árvores não são podadas. Elas encostam nos fios de alta ten-são e provocam curto circuito. Às vezes, ficamos sem energia elé-trica por causa disso. As crianças não têm uma área de lazer decente para brincar. Os prefeitos só vêm aqui pedir voto, mas ninguém faz nada no bairro São Gabriel. - Laudicéia Medeiros, Nova Iguaçu.

Retirem as crianças da sala!n A decisão do deputado Fernando Gabei-ra de disputar o Governo do Estado levará a eleição para o segundo turno, o que não esta-va nos planos do governador Sérgio Cabral.

E vai obrigar os sete vereadores que formam o “Bloco de Oposição” ao prefeito Zito, de Duque de Caxias, a saírem da sombra. Afinal de contas, as eleições de outubro vão mudar o perfil político do Brasil, independentemente de quem seja eleito Presidente da República. E ninguém pode ficar “neutro”!

Pelo visto, PPS, DEM e PSDB deverão apoiar Gabeira no plano estadual e José Serra no plano federal. O PV estará dividido em fun-ção da candidatura da senadora Marina Silva.

A vereadora caxiense Fatinha, do PSC e líder do Governo, por exemplo, já saiu em campo para construir a sua candidatura a de-putada estadual, com base no eleitorado de Imbariê e Campos Elíseos, os dois maiores colégios eleitorais do Município. Resta de-cidir se vai de Cabral ou de Garotinho.

Se vingar a candidatura da vereadora Fatinha, quem ficará em situação difícil será o deputado Marcos Figueiredo, com base eleitoral em Imbariê e que, depois da CPI da Ampla, desapareceu da Mídia.

A mesma situação enfrentará o ex-vereador Laury Villar, até aqui apoiado por Zito. Como o prefeito pretende ele-ger como deputada estadual a Secretária de Ação Social, Claise Maria Zito, não haverá votos suficientes para eleger os dois dentro da mesma área de influência política do prefeito, que desta vez, não contará com o apoio das Prefeituras e os votos de Magé e Belford Roxo, como em situação anterior.

Descendo do muro

n O vereador Mazinho precisa re-tomar, com urgência, o projeto de instituição das Unidades de Polí-cia Pacificadora em Duque de Ca-xias. Os bandidos foragidos da Ca-pital estão assumindo o comando do tráfico de drogas e impondo o terror, como no Centenário, perto de onde está instalado o desfalca-do 15º Batalhão.

Como ficou claro na reunião do Conselho Municipal de Seguran-ça Pública de Caxias, o Governo do Estado recrutou PMs dos ba-talhões do interior para compor as UPPs instaladas nas principais favelas da Zona Sul do Rio de Ja-neiro. Com isso, o atual efetivo do 15º Batalhão é inferior ao que existia nos anos 70.

A exemplo dos CIEPs constru-ídos de frente para as principais vias de transporte como eficientes outdoors do Governo Brizola, as UPPs de Sérgio Cabral só funcio-nam em locais tidos pelo Estado como vitrines. Inclusive, elas já viraram atração turística numa ci-dade que tem tanta beleza natural a oferecer ao visitante.

n E a instituição do bi-lhete único, - nos moldes em que foi formatado, onde o Poder Público paga a diferença entre a tarifa cobrada ao usuário e o seu custo original, fartamente inflacionado, pois não há concorrência entre as diversas empresas – só serviu para mascarar o problema.

PAPO DO CAFEZINHOCom Alberto Marques ([email protected])

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Esta coluna, em sua maioria, é um resumo mensal do conteúdo postado no Blog Alberto Marques. Estes e outros artigos podem ser acompanhados diariamente, acessando o link http://albertomarques.blogspot.com

n A Praça dos Três Poderes, em frente à prefeitura, era linda, com jardins e cheias de plantas coloridas. As pessoas iam tirar fotos de casamento e um se-nhor cuidava dela com o maior carinho. Agora, ela quase não tem verde, não tem nada. Não existem mais aquelas flores e ela está sem atrativo. O pólo do Baixada Digital no meio da pra-ça não tem nada a ver. Como era e o que ela é agora... Uma pena. – Haroldo Correia, Vilar dos Teles, São João de Meriti.

n Não tem nada na Farmácia Po-pular do Centro. Tenho uma filha especial e, várias vezes, fui buscar remédios e fraldas, porque ela usa durante o dia e à noite. Voltei sem nada porque está em falta. Nesse governo do Sérgio Cabral, essa situação é constante. No tempo do Anthony Garotinho não acon-tecia isso. Minha filha precisa muito dos medicamentos e dessas fraldas. Não sei onde vou conse-guir. – Catulo Francisco Ra-mos, Corumbá, Nova Iguaçu.

n O posto do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), antigo Programa de Saúde da Família (PSF) do Pilar teve que ser interditado por causa das chuvas de janeiro. Estou grávida e fui à unidade, mas não consegui atendimento porque ela en-contrava-se alagada. Muitos aparelhos ficaram danificados. Esse alagamento pode atrair o mosquito da dengue. É o único posto médico ambulatorial que existe aqui. - Rosângela Ferreira, Pilar, Duque de Caxias.

n Os moradores do Centenário, Imbariê, Santa Lúcia, Prainha, Engenho do Porto e outros bair-ros de Caxias não podem con-tinuar sob o controle de grupos armados, que exploram diversas atividades comerciais, como a venda de gás engarrafado, de sinais de TVs a cabo e até trans-porte coletivo (Vans).

Com o fim do recesso, a Câma-ra de Vereadores de Caxias deverá retomar a discussão de diversos projetos de interesse público, como a regulamentação dos serviços fu-nerários e dos transportes coletivos.

No caso dos cemitérios, será preciso estabelecer novas normas, pois, com o fim do monopólio da Funerária Duque de Caxias, ou-tras empresas desejam se instalar no município, que é o segundo do Estado em arrecadação e geração de riquezas.

No momento, não há o chama-do “Marco Legal” estabelecendo direitos e deveres dos empresá-rios e dos que precisam contratar um sepultamento digno para seus familiares, muito menos sobre a administração dos cemitérios, que voltou a ser do Município.

n Sobre o transporte coletivo, a legislação disponível é de 1971, época em que as leis municipais ainda eram apresentadas em for-ma de Deliberação.

A Constituição de 1988 de-terminou que os serviços públi-cos concedidos passassem pelo crivo legal da licitação, mas os municípios do Estado do Rio ainda vivem sob o regime das permissões de caráter precário, onde, ao passageiro, cabe o de-ver de pagar a mais cara tarifa do estado em troca de péssimos serviços que não são devida-

mente fiscalizados pelo poder concedente, haja vista o que vem ocorrendo com os trens da SuperVia e o Metrô.

Não há uma só linha de ôni-bus ou van que tenha sido li-citada ou, pelo menos, criada pelo Poder Público. Todas as que hoje existem foram cria-das pelas próprias empresas, com trajetos feitos sob medida para cobrar altas tarifas, como as falsas linhas circulares que apenas somam quilômetros, mas não atendem aos interes-ses dos passageiros.

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n O Hospital Municipal Dou-tor Moacyr Rodrigues do Car-mo, em Duque de Caxias, está apresentando problemas de construção. Funcionando desde setembro de 2008, quando foi inaugurada, a unidade tem ra-chaduras, infiltrações e mofos. Além disso, placas de revesti-mento do teto caíram. Um dos setores atingidos foi o centro ci-rúrgico, no primeiro andar, onde duas das seis salas de operações tiveram que ser interditadas.

Essa situação do Moacyr do Carmo foi divulgada há poucos dias pela prefeitura, mas, segundo o secretário municipal de Saúde, Dr. Da-nilo Gomes, o hospital já en-contrava-se nessas condições há aproximadamente um ano, quando foi iniciado o atual governo. Somente agora, em janeiro, a prefeitura decidiu chamar a construtora Delta, responsável pela construção, para comunicar os problemas. Após uma vistoria, a empre-

sa se comprometeu a fazer os reparos necessários, o que já vem acontecendo.

O quarto andar da unidade hospitalar, que, pelo projeto original, abrigaria um Centro para Tratamento de Queimados (CTQ), continua inacabado. Em junho do ano passado, represen-tantes do Cisbaf (Consórcio In-termunicipal de Saúde da Bai-xada Fluminense) e de várias secretarias de Saúde da região estiveram no local. Na ocasião,

foi apresentada a proposta de transformar o espaço em uma Unidade para Tratamento Inten-sivo (UTI) com 46 leitos.

O Cisbaf ficou com a res-ponsabilidade de elaborar o projeto da obra, cuja verba para a execução poderia vir do Governo Federal. No en-tanto, nada foi feito até agora e o quarto andar vem sendo utilizado como depósito de beliches, macas, colchões e outros objetos.

n Diariamente, milhares de passageiros vivem uma situ-ação complicada na Baixada Fluminense. Sem banheiro nas estações ferroviárias, homens, mulheres, crianças e idosos são obrigados a “dar seu jeito” para conseguir fazer suas ne-cessidades fisiológicas.

Depois de embarcarem em qualquer estação da Baixada, os passageiros têm que rezar para não sentir nenhum aper-to além dos que já são obri-gados a enfrentar quando o trem está superlotado. Se o destino for a Central do Bra-sil e algum usuário tiver von-tade de urinar, por exemplo, ele terá que se segurar até lá ou torcer para a vontade pas-sar. Ainda assim, terá que de-sembolsar quase um real:

“Aqui na Central, o banhei-ro custa R$ 0,75. Acho caro.” – comenta a operadora de te-lemarketing Caroline Vicen-te, que todos os dias sai de Japeri para trabalhar no Cen-tro do Rio. “Às vezes, quando volto à noite, fico uma hora e meia em Saracuruna esperan-do o trem para Raiz da Serra. Dá vontade de ir ao banheiro, mas aqui não tem nada disso,

nem bebedouro.” – reclama a diarista Ana Lúcia Rocha Vieira, que mora em Parada Angélica, Duque de Caxias, e também trabalha no Rio.

Mas nem todos conseguem esperar até encontrar um local apropriado para atender essa necessidade. Morador de Nova Iguaçu, o eletricista Roberto dos Santos Lima, de 45 anos, admite que, de vez em quan-do, improvisa um mictório na

estação ferroviária do Centro, onde mora: “Trabalho longe e o trajeto até aqui é demorado. Costumo sentir vontade no meio da viagem e, logo que desço do vagão, corro pra trás de um poste. Urino ali mesmo.” – confessa ele, que todos os dias de manhã vai para Copacabana.

O estranho em tudo isso é que, desde 2003, a SuperVia – concessionária que, desde

1998, administra quase todo o transporte ferroviário do Rio – é obrigada, pela Lei Estadual 4.131, a instalar banheiros pú-blicos para utilização gratuita em cada estação. Conforme especifica o artigo abaixo:

Art. 3º - Ficam as empresas concessionárias do serviço de transporte público por trens, no Estado do Rio de Janeiro, obrigadas a instalar pelo me-nos um banheiro masculino e

um banheiro feminino em cada estação, para a utilização gra-tuita pelos usuários desse ser-viço de transporte público.

O Jornal Popular entrou em contato com a assessoria de imprensa da SuperVia e perguntou sobre esse e ou-tros problemas enfrentados pelos passageiros dos trens. No entanto, até o fechamen-to dessa edição, não recebeu qualquer resposta.

n Fechado há quase um ano para reforma geral, o Hospi-tal Municipal de Duque de Caxias, na verdade, acabou. Após funcionar durante mais de 40 anos, a unidade de saúde vai virar uma po-liclínica, com atendimento em várias especialidades: cardiologia, clínica geral, proctologia, ginecologia e pediatria, entre outras. Na época da interdição, em março de 2009, foi divulga-do que o Duque encontrava-se em péssimas condições e que ele seria ampliado. Entre as novidades, a uni-dade ganharia uma grande

emergência e o total reapa-relhamento de suas depen-dências. A obra seria con-cluída no segundo semestre do mesmo ano. Porém, nada disso aconteceu.

O fim do Duque desagra-dou principalmente mora-dores do 1° Distrito de Ca-xias: “Fui atendida várias vezes aqui. Antes de ele ser desativado, já não havia mé-dicos, nem os aparelhos ne-cessários. Mas ficamos sem nosso hospital. Tive meu primeiro filho aqui. Agora, vou ter que fazer meu se-gundo parto em Madureira.” – lamentou Maísa Sinfrônio

(foto), moradora do bairro Senhor do Bonfim, que está grávida de oito meses.

De acordo com a prefeitu-ra, o antigo Hospital de Du-que de Caxias se tornará a maior unidade ambulatorial do estado. O processo lici-tatório ainda não ocorreu, devido à mudança da pro-posta inicial da obra. Um concurso de projetos para transformação do hospital em policlínica será apresen-tado agora em fevereiro e a previsão é de que a execu-ção comece em março. O in-vestimento deverá ficar em torno de R$ 9 milhões.

Nem Hospital do Câncer, nem Hospital da Mulher

O Duque vai dar lugar a uma Policlínica

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OHospital inacabado agora apresenta rachaduras

O ‘velho’ Duque de Caxias

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n Nos anos 50, o deputado federal Getúlio de Moura, que representava a Baixa-da Fluminense na Câmara Federal, no Rio, fundou a Associação de Caridade Hospital de Duque de Ca-xias, visando à construção de um hospital público na cidade que há menos de dez anos se emancipara de Nova Iguaçu. Ele contou com a boa vontade dos donos do loteamento Parque Senhor do Bonfim, um morro entre a Vila Meriti, o Parque La-faiete e o Centenário.

A obra foi tocada com verbas que o parlamentar conseguia incluir no Orça-mento da União. Já haviam passado 15 anos quando, em 1966, o Dr. Moacyr do Carmo, em campanha para prefeito, prometeu terminar a construção. Vitorioso e empossado em 31 de janei-ro de 1967, o pediatra lutou

em duas frentes: concluir o Duque de Caxias e construir o Hospital Infantil, que sur-gira como instituição par-ticular, a Associação das Companheiras da Crian-ça, que ele fundara com amigos, como Ruyter Poubel, José Carlos La-cerda e Nelson Cintra.

Em agosto de 1968, o Hospital Duque de Caxias era inaugurado, permane-cendo em funcionamento até ser interditado em no-vembro de 2008. Isto é, pouco depois de comemo-rar, sem festa e sem bolo, seu 40º aniversário. Rea-berto em janeiro de 2009, foi novamente fechado, devido às precárias insta-lações, com seu pessoal e acervo transferidos para o Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, inaugurado em setembro de 2008.

SuperVia não cumpre lei estadual e, até hoje, estações de trem não possuem banheiro

Passageiros tratados como cachorros

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espaço exagerado oferece risco

Anne [email protected]

Glauco [email protected]

n Não é de hoje que os pas-sageiros dos trens da Baixada sofrem com transtornos, prin-cipalmente os relacionados à falta de segurança e de con-forto. Quem utiliza o trans-porte ferroviário para circular entre os municípios da região ou para se dirigir ao Centro ou subúrbio do Rio depara-se com outras situações ad-

versas. Além da superlotação, que acontece nas primeiras horas da manhã e da noite (horários de rush), a falta de conforto também fica carac-terizada pelo número bas-tante reduzido de composi-ções com ar-condicionado e por não haver qualquer bebedouro nas estações. Ou-tros problemas graves são

o espaço exagerado entre o vagão e a plataforma - em alguns casos, ele chega a meio metro, oferecendo grande risco de queda – e a demora para a chegada de equipes médicas do Samu. Em muitos trechos, a linha férrea está tomada de mato e de lixo, o que pode cau-sar focos de dengue.

Grávida de oito meses, Maísa desejava ganhar o bebê no Duque

Os problemas no Moacyr do Carmo teriam começadopouco depois da inauguração

A concessionária, que administra a maioria das estações ferroviárias, tem sido alvo de muitas reclamações, devido à falta de conforto. Moradora de

Japeri, Caroline (destaque ao lado) só encontra banheiro na Central do Brasil

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8 | JANEIRO/2010 JANEIRO/2010 | 9

Chuvas ainda castigam moradores da Baixada

Alimentos viram lixoFOTOS: ALBERTO ELLOBO

n Em janeiro, os quase 40 mil moradores de Miguel Couto foram surpreendidos pela notí-cia de que o território do bairro passaria a ser administrado por Belford Roxo. O prefeito Alci-des Rolim (PT) desenterrou uma lei de 1994 para reivindi-car os direitos administrativos. No entanto, uma semana de-pois, ficou provado que a Lei 2.288 foi considerada incons-titucional no mesmo ano. O que faz um prefeito pagar um mico como esse? São algumas perguntas que os moradores se fazem até agora.

Muitos acreditam que Ro-lim estava mesmo de olho nos R$ 35 milhões mensais que Miguel Couto representa para Nova Iguaçu. “Ele só pensou no dinheiro e em mais nada.”, reforça a dona-de-casa Maria dos Anjos Ferreira, de 45 anos, moradora do bairro. Mesmo que dona Maria tenha razão, é preci-so levar em conta que o prefeito tem uma assessoria jurídica para levantar prós e contras de uma decisão como essa. Mas o que se fala nos bastidores é que Alcides Rolim não ouviu os apelos da assessoria e agiu por conta própria.

A verdade é que o prefeito está no PT há pouco tempo e, desde as eleições da executi-va do partido, está afastado de Lindberg Farias, prefei-to de Nova Iguaçu. Muitos acreditam que esse seja um dos motivos que o levaram a cometer o erro do ano. A ver-dade é que, desde que Bel-ford Roxo foi emancipado, há quem não saiba até hoje a que município pertence. “Muita gente ainda recebe dois carnês de IPTU, o CEP no correio também dá como cidade Belford Roxo e co-nheço gente que tem que ir ao INSS de lá para resolver sua aposentadoria”, reclama

o vereador de Nova Iguaçu, Carlinhos Presidente (DEM), que foi eleito pelo bairro.

Depois da pretensão de Ro-lim, Carlinhos resolveu man-dar ofício para a Alerj e todos os órgãos interessados, in-cluindo os Correios e o INSS, mostrando quais são os limites corretos entre Nova Iguaçu e Belford Roxo. “Não dá mais para os moradores ficarem nessa pendência. Essa ação impensada do Rolim serviu para a gente tentar resolver essa situação de uma vez por todas.”, ressaltou o vereador, que, depois do episódio, rom-peu a amizade que tinha com o prefeito de Belford Roxo.

Prefeito rolim paga mico e não leva Miguel Couto

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Bairro da Prata sofre com indecisão entre Belford roxo e Nova iguaçu

Miguel Couto tem o mes-mo número de habitantes que a cidade de Paracambi e três agências bancárias, mais do que possui o Centro de Ja-peri, por exemplo. Sua arre-cadação anual é maior que a da cidade de Japeri, de apro-ximadamente R$ 170 mi-lhões. O comércio também é um dos que mais cresce na Baixada Fluminense e, no

local, funcionam ainda as se-des de dois jornais de bairros que circulam com freqüên-cia. Para se ter uma idéia, o Centro de Nova Iguaçu tem apenas três sedes de jornais

Além disso, Miguel Cou-to tem vários problemas. Muitas ruas foram asfalta-das, em determinados luga-res, são tantas as rochas que fica difícil o saneamento.

O Rio das Velhas é preocu-pação nas chuvas de verão e o lixo ainda pode ser en-contrado pelas principais ruas. Atualmente, tem dois vereadores eleitos. Carli-nhos Presidente, que teve nove mil votos nas últimas eleições, e Marli de Freitas, que, no primeiro momento, ficou ao lado de Rolim na disputa pelo bairro.

População igual a de Paracambi

Claudia Maria (especial)[email protected]

Claudia Maria (especial)[email protected]

n Não é só Miguel Cou-to que enfrenta problemas diante das administrações de Nova Iguaçu e Belford Roxo. No Bairro da Prata, tanto o prefeito de Bel-ford Roxo, Alcides Rolim, como o de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, estão pro-telando o sofrimento dos moradores. Com recursos do PAC, uma grande obra de macrodrenagem foi fei-ta no limite entre as duas cidades, mas falta a cons-trução de um túnel sob a linha férrea e a Prefeitura de Belford Roxo não dá autorização.“Vários eram os pontos que sempre enchiam a cada chuva, hoje bem me-nos, graças ao direciona-mento dessas águas para a localidade conhecida como Manhoso, também no bairro. Depois de muito tempo aguardando diver-sos prazos não cumpridos por parte da Prefeitura de Nova Iguaçu, qual foi a

surpresa dos moradores. A parte final da obra foi em-bargada na marra pela Pre-feitura de Belford Roxo, que diz não ter sido con-sultada.” - lamenta Jayme Soares, da Comissão de Acompanhamento e Fisca-lização das obras no Bairro da Prata (Coafisp).Ainda segundo Jayme, enquanto as prefeituras brigam, tem gente ficando doente, cansada de perder tudo dentro de casa, quan-do não a própria casa, nes-sas chuvas que tem caído: “Está estimado em mais de 40% o índice pluvio-métrico das chuvas desse ano, o que são mais 40% de problemas para esses moradores. Se esgoto atre-lado à rede pluvial é crime, de acordo com a Portaria 357 do CONAMA, que seja observado o que vem acontecendo nessa loca-lidade. Estão cometendo crime contra a natureza, contra a população e nada é feito, nada é relatado.” – completa o membro da Comissão.

arte: alberto ellobo (9320-1379)

O bairro, cuja arrecadação mensal é de R$ 35 milhões, continua pertencendo a Nova Iguaçu

A construção de um túnel sob a linha férrea estaria dependendo de autorização de Belford Roxo

n O temporal que atingiu al-guns municípios da Baixada Fluminense na semana da vi-rada do ano, principalmente em Duque de Caxias e Belford Roxo, voltou a fazer estragos e também provocou mortes. Como em novembro, rios e canais transbordaram, ruas fi-caram inundadas, casas foram invadidas pela água, barrancos deslizaram e muitos morado-res tiveram grande prejuízo. Houve perda de móveis e até de casas. O que também cha-mou a atenção foi o desperdí-cio de alimentos.

No bairro Cidade dos Meni-

nos, em Caxias, famílias tive-ram que se desfazer de sacos como os de arroz e feijão, já que tudo foi estragado pela água. Os vários pacotes acaba-ram espalhados numa calçada às margens da Avenida Pre-sidente Kennedy, misturados a um monte de lixo. A cena revoltou alguns pedestres: “É uma vergonha. São muitos alimentos jogados fora. Isso também pode trazer focos de dengue.” – reclamou Eduardo Fernandes.

As prefeituras das cida-des mais atingidas já estão tomando providências para

evitar novas calamidades e tragédias. Após reunião com o presidente Lula, em janei-ro, R$ 50 milhões ficaram de ser liberados para ajudar nas ações contra as cheias na Baixada. Iniciativa que visa a reduzir o risco de novas enchentes, o Projeto Iguaçu, do Governo Federal, está em andamento na região, devendo ser concluído no final do ano. Há um ano e meio, uma macrodragagem vem sendo feita nos maio-res rios e o investimento to-tal será de aproximadamen-te R$ 1 bilhão.

Muitas casas dos municípios atingidos sofreram grandes estragos

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10 | JANEIRO/2010 JANEIRO/2010 | 11

n Não dá para pular o carnaval sem colocar uma corzinha no rosto, não é? Curtir a folia com um visual diferente é super le-gal, “tirar uma onda” no trio elétrico ou mesmo na aveni-da faz parte da festa. Então, reunimos algumas idéias ori-ginais para você “mudar de cara” no carnaval.

O brilho aparece em quase to-dos os quesitos apurados na folia: roupas, maquiagem e cabelos. Você pode abusar de cores como o azul, roxo, rosa, dourado e o coral! O gel com glitter é um su-cesso e, nesta época, passa a fazer a festa nos lábios e nos cabelos. Para as mais moderninhas, os sprays coloridos também estão

em alta. Basicamente, tudo será feito com glitter. Mas também há outras opções, como estrelinhas para serem coladas no corpo, quadradinhos de strass e purpu-rina. Aproveite que o brilho é totalmente permitido nesses dias de festa!Os acessórios não podem ser esquecidos! Brincos, pulsei-ras, colares e lenços coloridos são ótimos para incrementar o visual! E já que o calor predomina, apos-te em penteados presos, que são mais frescos e garantem o look inteiro até o final do dia. Rabos de cavalo e tranças são ótimos! E não deixe de enfeitar com pre-silhas, fitas e mechas coloridas. Agora, vale você usar a criativi-dade para brilhar no carnaval!

n Estão a todo vapor os pre-parativos para que a Beija-Flor de Nilópolis e a Aca-dêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, se apresen-tem com todo brilho e conta-giem a Marquês de Sapucaí nesse carnaval.

A Beija-Flor vai levar para a avenida o enredo “Brilhante ao Sol do novo mundo, Brasí-lia, do sonho à realidade, a ca-pital da esperança”, homena-gem pelos 50 anos da capital do País. Para conseguir mais um título, a azul-e-branca, que sagrou-se tricampeã em 2008, vem ensaiando todas as quin-tas-feiras em sua sede, na Rua Pracinha Wallace Paes Leme.

E é muito grande a confian-ça dos sambistas e da própria comunidade: “Essa escola é tudo para nós. O tetra não veio, mas, nesse ano, o tí-tulo não vai escapar de nos-sas mãos.” – acredita dona Maria do Socorro, da ala das baianas. A Beija-Flor será a sex-ta agremiação a desfilar na noite de domingo, 14 de fevereiro.

Com o enredo “Das arqui-bancadas ao camarote nº 1, um “Grande Rio” de emoção na apoteose do seu coração”, a verde-vermelha-e-branca vai contar a história dos 26 carna-vais do Sambódromo, inaugura-do em 1984. No Grupo Especial desde o início da década de 90,

a Grande Rio faz parte dessa tra-jetória, tendo sido vice-campeã em 2006 e 2007. Mas ela quer mesmo é se tornar uma das campeãs da Sapucaí. Pelo oti-mismo dos caxienses, a tricolor já pode se considerar vencedo-ra: “Em 2010, o título será nosso e fim de papo.” – garante Luiz Roberto Nascimento. A escola será a quarta a entrar na avenida na noite de segunda-feira, 15 de fevereiro.

Seus ensaios acontecem nas terças e sextas-feiras na quadra, no Centro de Ca-xias, aos sábados no clube Monte Líbano, na Lagoa, e, em alguns domingos, em avenidas da cidade.

SAÚDe & BeLeZAJaperi implanta Horário Integral em duas escolas

Projeto-Piloto pode ser ampliadoescolas de samba da Baixada

querem fazer bonito na Sapucaíestacionamento gratuito

vai aumentar compras

Outras cinco agremiações vão desfilarn A Baixada Fluminense terá outras cinco agremia-ções nos desfiles oficiais. A Inocentes de Belford Roxo vai tentar o título do Grupo de Acesso A, no sábado de

carnaval. Já no Grupo Rio de Janeiro, estão as outras quatro. Unidos do Cabu-çu, Unidos da Ponte e In-dependente de São João de Meriti – as duas últimas de

São João de Meriti – vão se apresentar pela chave II. Já a Leão de Nova Iguaçu, pela chave IV. É o samba da Bai-xada marcando presença na maior festa popular!

n No Conselho Federal de Medicina, não são menciona-dos na resolução os termos hidrolipoaspiração, mini-lipoaspiração e afins. Isso porque simplesmente não existe “hidrolipo”, nem “minilipo” ou “lipolight”. É isso mesmo, não existe!

O que vem acontecendo

é que médicos de outras especialidades enveredam pelo mundo da “Medicina Estética”. Após fazerem cursos, eles passaram a re-alizar o procedimento no consultório e rebatizaram a lipoaspiração com o pro-pósito de burlar a resolu-ção do CFM, que diz:

RESOLUÇÃO Nº 1.711, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2003Art. 3º - Que há necessidade de treinamento especifico para a sua execução, sendo indispensável a habilitação prévia em área cirúrgica geral, de modo a permitir a abordagem inva-siva do método, prevenção, reconhecimento e tratamento de complicações possíveis.Art. 5º - Que as cirurgias de lipoaspiração devem ser execu-tadas em salas de cirurgias equipadas para atendimento de intercorrências inerentes a qualquer ato cirúrgico.

E para piorar a situação, a “hidrolipo”, a “minilipo” e a “lipolight” são vendidas para a população como sendo proce-dimentos mais modernos, que não precisam de internação. Na realidade, a lipoaspiração rea-lizada em consultório é muito inferior. Além de infringir uma resolução do CFM, não fornece a segurança e o ambiente neces-sários para a realização de um procedimento cirúrgico.

O Dr. Pedro Saraiva Pinheiro, especialista em Medicina In-terna e Nefrologia, pede que as pessoas entrem em contato com o Conselho Regional de Medi-cina da sua região, caso suspeite de alguma clínica irregular.

Atenção! É fundamental pedir para os médicos avalia-rem cada caso. Você pode es-tar impedindo uma tragédia como as que vemos frequen-temente nos jornais.

As quadras da Grande Rio (foto) e da Beija-Flor superlotam nos ensaios

RAFAEL BARRETO

n O ano letivo na rede mu-nicipal de Japeri começa dia 1º de fevereiro com uma novidade: a implantação do Horário Integral nas escolas municipais Vila Conceição e Santa Inês. Serão beneficia-dos 287 alunos da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental.

Trata-se de um projeto-pilo-to que vai servir de base para a implantação do programa nas 30 escolas do município. A partir do novo sistema, os alu-nos ingressam na escola às 8h, assistem às aulas regulares,

praticam atividades diversifi-cadas e ainda têm direito a cin-co refeições diárias, voltando para casa às 17h.

De acordo com a Secreta-ria Municipal de Educação, o projeto não será obrigatório, já que os alunos podem cumprir apenas as aulas regulares. As duas escolas que receberão o projeto passaram por reformas. Em Vila Conceição, a quadra foi totalmente reestruturada e coberta, um parquinho – es-pécie de praça no pátio - foi construído para as crianças e ainda foram feitas salas de in-

formática e de leitura.Outra inovação do governo

Timor neste ano será a distri-buição de 17 mil kits escola-res. Eles vão conter mochila, cadernos, lápis, caneta, lápis de cor, estojo, borrachas e apontadores, que serão distri-buídos logo na primeira sema-na de aula.

A Escola Municipal Vila Conceição fica na Rua Crisó-lito, nº 11, Vila Conceição, no distrito de Engenheiro Pedrei-ra, e a Escola Municipal Santa Inês, na Rua Capianga, nº 23, bairro Santa Inês.

Desconto de15% no iPTu

O contribuinte terá até o dia 31 de maio para quitar o tributo com 15% de des-conto em cota única. Quem optar pelo pagamento até 30 de junho terá 10% (cota única). Outra opção é o par-celamento da dívida em até seis parcelas com o primeiro pagamento em 30 de junho sem desconto. As demais de-verão ser quitadas no último dia útil de cada mês.

Vale ressaltar que na se-gunda quinzena de feve-reiro os carnês começarão a ser enviados para as re-sidências. Quem preferir pagar agora pode emitir a guia pela Internet ou reque-rer o documento na sede da Secretaria de Fazenda.

Ainda há vagas em todasas unidades escolares

Curso de alfabetização

Quem ainda não tiver matri-culado seu filho pode se dirigir a uma das escolas mais próximas de sua residência para efetuar a matrícula. Em todas as unidades de ensino, há projetos de in-centivo à leitura, de reforço do

aprendizado e de socialização, como o Xadrez nas Escolas, Soletrando, Projeto Cores, Ba-tendo um Bolão, Bola no Pé e Lápis na Mão, Japeri: Estação-Trabalho, Conto que Encanta e muito mais.

A Prefeitura de Japeri, em parceria com o Instituto Paulo Freire e a Petrobras, vai ofere-cer curso de alfabetização para jovens com idade entre 15 e 29 anos, através do projeto Mova Brasil. As aulas serão gratuitas e começam no dia 8 de feve-reiro. O curso, reconhecido pelo MEC, terá duração de

10 meses. Os interessados po-dem se inscrever de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Estrada Ary Schiavo, nº 1000, bairro San-ta Inês – Engenheiro Pedreira. Mais informações pelo telefo-ne 2664-5500.

n O vereador e presidente da Câmara Municipal de Duque de Caxias, Dalmar Lírio Mazinho (PSDB), distribuiu, pessoalmente, panfletos no Centro do mu-nicípio. A ideia é divulgar ao maior número possível de pessoas que não é mais necessário pagar estaciona-mento público na região co-mercial aos sábados, desde que a parada seja rápida.

O projeto de lei 054/09, que garante a gratuidade aos sábados, por até duas horas, é do próprio vereador Mazinho e foi transforma-do em lei pelo prefeito Zito em novembro do ano pas-sado, às vésperas do Natal. Mas muita gente ainda não sabe. “Apesar de todo o nosso esforço em divulgar um novo Direito do Con-sumidor, ainda há muita gente que não acredita, desconfia, têm pessoas que nem sabiam da novidade.” - destacou Mazinho.

O guarda municipal Ro-drigo Silva, que trabalha em São João de Meriti, aplau-diu a iniciativa: “Qual é o motorista que não vai gos-tar? Com certeza, todos vão adorar e apoiar essa lei. Sou

guarda municipal e vou di-vulgar para todos os meus conhecidos. Outro dia, fui multado no sábado por ter parado menos de dois minutos em frente ao In-foshopping. Se soubesse da nova lei de estacionamento público gratuito, não teria, agora, que pagar por esse prejuízo.” - comentou Ro-drigo, de 33 anos, morador de Nilópolis.

Reinaldo Bras Nasci-mento, de 48 anos, também aprovou a ideia. O motorista costuma fazer compras re-gularmente no Centro. “Te-nho hábito de fazer compras em Duque de Caxias desde que morava no Parque Ara-ruama, bairro de São João de Meriti que faz divisa com a cidade. Quem mora lá, apesar de já pertencer ao município vizinho, cos-tuma comprar aqui. Achei a ideia ótima. Finalmen-te, um vereador resolveu livrar a população desse tipo de pagamento que, ao meu ver, é injusto e, mui-tas vezes, desleal com o trabalhador.” - finalizou o motorista, que atualmente mora na cidade, no bairro Jardim Gramacho.

Motoristas receberam panfletos sobre alei do vereador Mazinho

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PMJ/ROBERTO DE OLIVEIRA

Dicas de maquiagem e cabelo para o carnaval

Hidrolipo: Muito cuidado!

Patrícia Nascimento ([email protected])

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12 | JANEIRO/2010

n Artilheiro pelos vários clu-bes por onde jogou, Cláudio Adão (foto) é o grande refor-ço do Duquecaxiense Futebol Clube para a temporada de 2010. Mas ele não poderá fa-zer gol, ficando, na verdade, à beira do campo. Atualmen-te na carreira de treinador de futebol, Cláudio Adão vai co-mandar, nesse ano, o time de Duque de Caxias da camisa azul e amarela.

O acerto entre o ex-jogador e o clube foi feito no início de ja-neiro e, logo em seguida, come-çou a mobilização para a con-tratação de reforços. De acordo com a diretoria, a maioria dos novos jogadores – pelo menos oito - virá do Ferroviário de Pernambuco, time onde Cláudio Adão trabalhou em 2009. O Du-quecaxiense, mais antigo clube de Caxias que encontra-se em atividade profissional – os ou-tros são Duque de Caxias e Ti-gres do Brasil – aguarda uma definição para saber em qual divisão irá disputar o Campe-onato Estadual.

Inscrito para a disputa do certame da 3ª Divisão, previs-to para começar no início de março, o anil-dourado aguar-dou, durante o mês de janeiro,

uma resposta da Federação de Futebol do Estado do Rio (FFERJ). Havia a possibili-dade de o time disputar a 2ª Divisão, que estreia após o carnaval. Mas não houve con-firmação e o Duquecaxiense jogará mesmo o Campeonato da Terceirona. O elenco vai se apresentar ao técnico Cláudio Adão nesse mês de fevereiro.

Os treinamentos deverão acontecer no campo da Escola Caminhos do Futuro, no bairro Sarapuí, e no Clube dos Em-pregados da Petrobras (Cepe), em Campos Elíseos. Já os jo-gos em que o time for o man-dante estão previstos para o Estádio Municipal, o Maraca-nanzinho de Caxias. Fundado em 1997 pelos irmãos Otávio e Marcos Rodrigues, que perma-

necem na direção, o Duqueca-xiense sagrou-se campeão da Copa Rio no mesmo ano. O anil-dourado já disputou a 2ª Divisão, mas, em 2009, após um período de licença, voltou pela Terceirona.

Com passagem por mais de 20 equipes, entre eles Fla-mengo, Vasco, Fluminense, Botafogo e Santos, Cláudio Adão, que também atuou no exterior, sempre deixou sua marca no fundo das redes e conquistou títulos. Na década de 70, o então jovem jogador chegou a ser apontado por Pelé como seu substituto no alvinegro santista. Na-tural de Volta Redonda, ele começou a carreira de trei-nador no clube que leva o nome da cidade.

Chuvas fecham posto do Sine em Duque de Caxias

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Cláudio Adão no comandotécnico do Duquecaxiense F. C

n Inaugurada em 8 de abril de 2009, junto com o Mergulhão de Caxias, a Agência Estadual de Trabalho e Renda – ligada ao Sistema Nacional de Em-pregos (Sine) – foi fechada na primeira semana de 2010. O motivo foram as consequên-cias das chuvas de todo o ano passado. Além de atingirem a passagem subterrânea com alagamentos e quedas de partes do teto, elas tam-bém afetaram a agência.

Assim como os corredores, parte principal do Mergulhão, o posto do Sine ficou inundado várias vezes em dias de chuva e ainda sofreu danos no teto, onde placas de gesso caíram, abrindo um buraco. O atendi-mento aos trabalhadores ficou prejudicado e os próprios fun-cionários passaram a correr ris-co. Uma funcionária lembrou a última ocorrência: “Foi logo após o ano novo. Levamos um susto quando uma das placas caiu. Foi a segunda vez que

isso aconteceu aqui.”Para não expor mais a segu-

rança dos atendentes e do pú-blico, a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda decidiu pela interdição. Quem chega para solicitar a a carteira de traba-lho, requerer o seguro-desem-prego ou consultar o balcão de empregos encontra o seguinte comunicado: “Sine informa: atendimento suspenso e sem previsão de retorno. Mudança de endereço! Sine fechado!!!

Os interessados na carteira profissional devem procurar a Secretaria Municipal de As-sistência Social. Para o seguro-desemprego, o trabalhador tem que se dirigir à Subdelegacia Regional do Ministério do Trabalho, no Parque Duque. Já para o balcão de empre-gos, a alternativa é o posto do Sine de Vilar dos Teles.

“É a terceira vez que ve-nho aqui. Queria dar entrada no seguro-desemprego.” co-mentou Róbson Correia.

REPRODUÇÃO DA WEB

Glauco [email protected]