Jornal Placar Londres 2012 Ed 10

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LONDRES 2012 edição 10 | sábado, 4 de agosto de 2012 | www.placar.com.br Rafael RibeiRo/Cbf FUTEBOL Brasil 100% encara Honduras por um lugar nas semifinais n Rafael Silva (foto maior) e Cesar Cielo (no detalhe) Paolo bruno/getty images QUiNN RooNeY/GeTTY iMaGeS ...e para lamentar Para festejar... os bronzes do judoca rafael Silva e de cesar cielo, alcançados ontem, têm sabores diferentes ATLETISMO Os jamaicanos Usain Bolt (foto) e Yohan Blake tentam se classificar hoje para a final dos 100 metros rasos, que acontece amanhã, no Estádio Olímpico

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Jornal Placar Olimpiadas de Londres 2012 Ed 10

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LONDRES 2012edição 10 | sábado, 4 de agosto de 2012 | www.placar.com.br

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FUTEBOLBrasil 100% encara Honduras por um lugar nas semifinais

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...e para lamentarPara festejar...

os bronzes do judoca rafael Silva e de cesar cielo, alcançados ontem, têm sabores diferentes

ATLETISMOOs jamaicanos Usain Bolt (foto) e Yohan Blake tentam se classificar hoje para a final dos 100 metros rasos, que acontece amanhã, no Estádio Olímpico

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Aquecimento frases

jornal placar | SÁBADO, 4 De AGOSTO De 2012

Destaques Do site

Editorial

Lembro-me da frase do corredor Claudinei Quirino, que, com a equipe de revezamento 4 x 100 metros rasos, conquistou a medalha de prata nos Jogos de Sydney 2000, atrás da equipe dos Estados Unidos.

“Nossa medalha foi conquistada. A dos americanos foi concedida.” Foi assim que ele justificou o surpreendente resultado do time brasileiro. Ou, como diz o chavão, “a prata com sabor de ouro”, que certamente é bem diferente da prata reservada ao atleta ou time que perde uma final olímpica. Lembrei-me dessa frase ao fim do dia de ontem, em que dois brilhantes atletas brasileiros conquistaram suas medalhas de bronze: a do judoca Rafael Silva, o Baby, tem o doce sabor da vitória. A de Cesar Cielo, conforme ele próprio não conseguiu esconder, ficou com um gosto amargo.

Por Miguel Icassatti

02

www.abrilemlonDres.com.br Os destaques e o melhor conteúdo exclusivo sobre Londres 2012 na internet

Hora EsportE sExo Disputa Etapa BrasilEiros na Disputa

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para ver na tv

[email protected]

“Vou chegar domingo e já Vou cair na farra. Vai ter churrasco em casa, para comemorar minha VoLta e o aniVersário do meu pai”Da brasileira Jaqueline Ferreira, comemorando a quebra do recorde brasileiro de levantamento de peso obtido ontem, em Londres

“É uma situação horríVeL. em termos de oLimpíadas, É inÉdito para a gente. isso É o que me entristece”O técnico José Roberto Guimarães, inconformado com a situação da seleção feminina de vôlei do Brasil, quase eliminada dos Jogos ainda na fase de grupos

nao sei porque mas me identifico com o rafaeL BaBy!!!!! #BoamuLeque”Ronaldo Fenômeno, pelo Twitter, brincando com sua forma física e comemorando a medalha de bronze do judoca Rafael Silva, na categoria pesado

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5h00 Vôlei de praia F oitavas de

final talita e Maria Elisa

5h00 Vôlei de praia M oitavas de

final alison e Emanuel

5h00 triatlo F pâmella oliveira

5h30 remo F skiff Final

6h00 atletismo M 100m rasos Eliminatórias

6h00 tênis de mesa M Equipe 1ª rodada Gustavo tsuboi,

Hugo Hoyama e thiago Monteiro

6h20 atletismo F salto com vara Eliminatórias Fabiana Murer

6h30 Hipismo saltos equipe Eliminatórias Equipe brasileira

6h35 atletismo M 400m rasos 1ª rodada

7h35 atletismo F 3 000m com obstáculos 1ª rodada

8h00 Futebol M Quartas de final

8h00 tênis F simples Final

8h00 tênis M Duplas Final

8h00 tênis Duplas mistas Final

8h00 Vela F 470 regatas ana Barbachan e Fernanda oliveira

8h00 Vela M laser regatas Bruno Fontes

8h00 Vela M rs-x regatas ricardo Winicki

8h00 Vela F laser radial regatas adriana Kostiw

8h00 Vela F rs-x regatas patrícia Freitas

8h30 atletismo M 100m rasos 1ª rodada

10h30 Futebol M Quartas de final

12h45 Basquete M Brasil x China 1ª fase

13h00 Futebol M Quartas de final Brasil x Honduras

13h00 atletismo M Marcha de 20 km

15h00 atletismo M 400m com barreiras semifinais

15h30 natação F 50m livre Final

15h30 Futebol M Quartas de final

15h30 atletismo F lançamento de disco Final

15h35 atletismo F 100m rasos semifinal

15h55 atletismo M salto em dis-tância Final

16h05 atletismo F 400m rasos semifinais

17h15 atletismo M 10 000m

17h55 atletismo F 100m rasos Final

18h00 Vôlei M Brasil x sérvia 1ª fase

Na quinta, o Brasil perdeu Ruy de Freitas, medalha

de bronze com a seleção de basquete nos Jogos Olímpicos de Londres 1948, a primeira do país em esportes coletivos. Com Algodão, Affonso, Alberto e companhia, aquela equipe fez uma primeira fase perfeita: cinco jogos e cinco vitórias. Nas quartas de final, o Brasil venceu a Checoslováquia por um placar baixo para os padrões de hoje, 28 a 23. Parecia que a seleção ia para o ouro, mas os franceses ganharam a semifinal. O Brasil bateu o México e ficou com a medalha de bronze.

Guerreiro de bronze

baú olímpicoqpor olavo Guerra

país ToTal

1 EstaDos uniDos 21 10 12 43

2 CHina 20 13 9 42

3 CorEia Do sul 9 2 5 16

4 Grã BrEtanHa 8 6 8 22

5 França 8 5 6 19

6 alEManHa 5 9 6 20

7 itália 4 5 3 12

8 CorEia Do nortE 4 0 1 5

9 CazaQuistão 4 0 0 4

10 rússia 3 12 8 23

11 áFriCa Do sul 3 1 0 4

12 noVa zElânDia 3 0 3 6

13 japão 2 8 11 21

14 CuBa 2 2 1 5

15 HolanDa 2 1 3 6

21 Brasil 1 1 4 6

Quadro dE mEdalhasq

n Quadro de medalhas atualizado até as 21h30 (horário de Londres). Confira o quadro atualizado em tempo real no site www.abrilemlondres.com.br

Após mais um dia de competições, saiba quais os brasileiros que ainda estão na disputa por medalhas Divirta-se: jogue — online – torneios de basquete, atletismo, natação, vela e remo Antes de interpretar Tarzan no cinema, o ator Johnny Weissmüller foi bicampeão nos 100m nado livre;

acesse mais curiosidades olímpicas

n Ruy de Freitas: pódio em Londres 1948

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JORNAL PLACAR Especial Olimpíadas Londres 2012 é uma publicação diária da Editora Abril com distribuição gratuita entre os dias 26/07/2012 a 13/08/2012, em São Paulo, pela distribuidora Logway. PLACAR não admite publicidade redacional.

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Aquecimento 03jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

Por Paulo Vitale, da Londres Os jOgOs que vOcê nãO vê

pioneira ontem, a judoca Wojdam Shaherkani foi a primeira mulher saudita a disputar os Jogos. Teve de esconder os cabelos e perdeu na primeira luta

papO triplO - três perguntas para giOvane gáviO twitadas OlÍmpicasEx-jogador de vôlei, 47 anos. Bicampeão olímpico (Barcelona 1992 e Atenas 2004), quatro vezes vencedor da Liga Mundial e campeão do mundo em 2003, jogou com muitos dos jogadores da atual seleção masculina. Hoje, é treinador do Sesi-SP, onde ganhou a temporada 2010/2011 da Superliga.

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“Phelps getting gold in 100M butterfly #greatestolympicathlete” “Phelps ganhando ouro nos 100m borboleta #greatestolympic athlete” o astro da seleção masculina de basquete, LeBron James (@KingJames), após a vitória de mais um ouro do nadador Michael Phelps

“Poxa, estou muito triste com a derrota... Infelizmente, deus quis que fosse assim... Muito triste” a lateral-esquerda da seleção feminina de futebol, Maurine (@maurinedorneles), depois da eliminação brasileira contra o Japão

“obrigada a todos pelas mensagens. Juro, demos o nosso máximo, mas infelizmente não foi o suficiente :(“erika (@erikasouza14), erika, pivô da seleção feminina de basquete, lamenta a eliminação precoce do brasil nos Jogos

“tropeços acontecem. Ninguém quer perder, mas obstáculos estão ai para serem superados. essa derrota veio numa hora que podia acontecer” a jogadora de handebol da seleção feminina, Mayara (@May_Fier), conformada com a derrota para a Rússia

“Pronto para a batalha de hoje à noite, Usa #london2012” ryan Whiting, do arremesso de peso, se preparando para a estreia nas olimpíadas de Londres 2012

1O que você está achando do desempenho do vôlei masculino do Brasil nos Jogos? O Brasil está bem. Sempre tive confiança nesses jogadores. Eles, com uma boa condição física, são capazes de brigar por

qualquer campeonato do mundo. Bola eles têm e sempre tiveram.

2A seleção masculina chegou sem um pouco desacreditada aos Jogos pelo resultado na Liga Mundial. O que você acha que aconteceu pra que eles começassem tão bem a competição? A parte física foi o que mais pesou. Muitos jogadores jogaram com dor,

o Giba estava se recuperando de uma cirurgia, o Murilo também não estava bem fisicamente, além do Vissotto, que teve o problema de arritmia cardíaca. Alguns dos nossos melhores jogadores estavam com problemas, aí, não tem como.

3Tem algum jogador se destacando mais, na sua opinião? Todos estão jogando tudo o que podem, não destaco ninguém. O Brasil funciona como um grupo, o conjunto é forte. Esse é o diferencial da seleção.

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jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

NATAÇÃO04

Lágrimas de bronzeCesão foi superado por francês e norte-americano. Fratus chegou em 4º

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Nas oito raias da pro-va dos 50 metros, só os Estados Unidos

tinham nadadores quanto o Bra-sil. Cesar Cielo e Bruno Fratus, posicionados nas raias 4 e 6, respectivamente, tinha a missão de superar os outros seis por uma medalha.

Cielo tinha uma preocupação a mais. Ele era um dos três com-petidores que não havia conse-guido baixar o melhor tempo do ano na eliminatória e na semifi-nal. Seria possível bater os 21s38, obtido em 24 de abril, no Rio de Janeiro? O brasileiro de 24 anos achava que sim.

Fratus era, até então, um aza-rão. Corria por medalha, mas sem o peso de Cielo, ouro em Pequim 2008. Aos 22 anos, deixava o peso maior para o concorrente, a quem só cumprimenta com “boa sorte” — a relação entre os dois brasilei-ros é restrita às piscinas.

Na piscina do Aquatic Centre, em Londres, Cesar repetiu o ri-tual. O mais saudado dos oito competidores chegou com a to-alha enrolada no pescoço. Jogou água no peito, secou o trampo-lim e permaneceu estático. Fra-tus entrou logo em seguida, de tênis. Sentou-se, tirou o calçado e mirou o fundo da piscina.

Eles e outros seis competido-res se posicionaram para a lar-gada. Cielo largou melhor, mas viu o francês Florent Manadou o ultrapassar. Depois foi o nor-te-americano Cullen Jones, que havia cravado o mesmo tempo que Cielo na semifinal.

Não foi possível nadar melhor. Enquanto o francês batia a me-lhor marca do brasileiro no ano, com o tempo de 21s34, Cielo le-vava apenas o bronze, com 21s59. Jones, com a prata, cravara 21s54. Fratus chegou em quarto lugar, com o tempo de 21s61, melhor resultado no ano.

O desempenho de Cielo era estranho. Como pode o melhor nadador na distância dos 50 me-tros do mundo piorar o tempo de um dia para outro? Afinal, na semifinal, ele percorrera o tre-cho em 21s54, o que lhe daria uma medalha de prata ontem.

Mas foi Fratus quem sentiu mais o golpe. Saiu da piscina com a cara amarrada, ignorou os jornalistas e empurrou com for-ça a porta do vestiário.

Cielo pareceu em estado de choque, mas foi solícito. Inter-rompeu a entrevista apenas por-que tinha que trocar o traje de banho pelo agasalho. Dali a al-guns minutos, receberia no pó-dio sua terceira medalha olím-pica, ainda que de bronze.

A que você atribui o seu desempenho?Cielo - são vários fatores para ganhar os 50 metros. e o francês fez a melhor prova da vida dele, tanto que foi o melhor tempo do ano, melhor que o que eu tinha feito. de qualquer forma peguei mais uma medalha olímpica para a minha carreira. Não vou mentir que podia ter na-dado melhor. Mas a medalha de ouro que o Manadou conquistou foi com uma grande prova.

O que faltou para você fazer a prova de sua vida?Cielo - ah, o cansaço pesou. Foi o quarto dia de compe-

tições para mim. Fui o único que nadou três vezes os 100 metros livres e fui direto para os 50 metros livre. Pesou um pouquinho, estava com a explosão um pouco com-prometido. agora é pensar se vai valer a pena nadar os 100 metros e pensar no que vai dar para melhorar. Pen-sar em tirar férias, que não tiro desde o ano passado.

Ficou decepcionado?Cielo - Fiz o melhor que eu tinha. da baliza até a pare-de, fiz o que podia fazer. se tivesse saído algo muito errado, provavelmente estaria mais triste. só não fiquei

100% satisfeito. Mas tenho que valorizar a terceira me-dalha olímpica da minha carreira, apesar de não ser a de ouro que eu queria. É bola para a frente. Para não ficar tão ruim, saiu uma medalhinha de bronze.

O que foi mais determinante para o bronze?Cielo - o cansaço das competições comprometeu. Nos 50, você precisa nadar mais descansado que nas ou-tras provas. se tivesse nadado mal, teria feito 21s8, 21s9. Fiquei a dois décimos do meu melhor tempo, uma coisa muito pequena. (M.S.S.)

Cielo saiu da piscina assustado. Parecia não acreditar que havia falhado. e disse que pensa em se aposentar – mas só nos 100m

n DeCepçãO Cesar Cielo não consegue esconder frustração nos 50 metros

Por Marcos Sergio Silva, de Londres

“É pensar se vale a pena continuar nadando os 100 metros”

Phelps, 21Micheal Phelps continua impossível:

com o ouro nos 100m borboleta, nadados em 51s21, chegou à sua 21ª medalha olímpica. o sul-africano Chad le Clos e o russo evgeny Korotyshkin dividiram a prata com 51s44 (quando isso ocorre ninguém fica com o bronze).

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jornal placar | sábado, 4 de aGosTo de 2012

Judô06

Baby é bronze

Rafael Silva, o Baby, ganha medalha de bronze na categoria pesado, após vencer quatro lutas no golden score, duas delas em decisões dos juízes

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mais tranquila de todas. Melhor tecnicamente, o brasileiro aplicou um ippon com 1min48s de luta e finalizou o combate sem maiores dificuldades. O duelo seguinte foi contra o lituano Marcius Paskevi-ci. A luta, como costuma aconte-cer na categoria pesado, foi mar-cada pela lentidão e pelo estudo. Tal morosidade fez com que am-bos fossem punidos por falta de combatividade. A luta foi para o “golden score” — uma espécie de morte súbita, na qual a luta termi-na assim que algum judoca conse-gue encaixar o primeiro golpe vá-lido. E, desta vez, Rafael caprichou e aplicou logo um ippon, com ape-nas 24 segundos da prorrogação.

Nas quartas de final, Rafael me-diu forças contra o russo Alexan-

der Mikahylin. Mais uma vez, a lerdeza tomou conta da luta, que foi para o golden score empatada e assim terminou. Dessa vez, os juí-zes levantaram a bandeira para o russo e o brasileiro foi para a re-pescagem, contra o húngaro Barna Bor. Rafael precisava vencer para seguir vivo na luta pelo bronze. A luta foi bem parecida com a ante-rior. Ambos receberam uma puni-ção por falta de combatividade e o combate seguiu empatado. Porém, dessa vez, a sorte sorriu para o brasileiro, que ganhou por decisão dos árbitros.

A luta que valia a medalha foi contra do sul-coreano Sung Mim King. O combate foi marcado pela tensão e pela dificuldade de ambos encaixarem a pegada, tanto que

ambos receberam uma punição com 3min22s de luta por falta de combatividade. No golden score, Rafael buscou forças e começou a encaixar a pegada com mais efici-ência. O coreano, que só se defen-dia, acabou punido por falta de combatividade com 1min13s.

Fim de luta e bronze para Baby. O judô do Brasil já podia sair de cena com a missão cumprida.

FemininoMaria Suelen, que representou

o Brasil na categoria pesado do feminino, perdeu nas quartas de final para a japonesa Mika Sugi-moto por ippon. Na repescagem, mais um ippon derrubou a brasi-leira, desta vez aplicado pela chi-nesa Weng Tong.

o caminho para o bronze

Contra: Thormodur Jonsson Finlandês não resiste a Rafael, que encaixa a pegada e aplica ippon antes da metade da luta.

Contra: marCius PaskeviCi

em luta lenta, lituano leva o combate para o golden score, mas toma o ippon

com 24 segundos do tempo extra.

Contra: alexander mikahylin em combate tenso, luta vai para o

golden score. Ninguém pontua e juízes, por unanimidade, dão vitória ao russo.

Contra: Barna Bor

ambos foram punidos por falta de combatividade e luta vai para o golden score. Mais uma vez, ninguém

pontua, mas juízes consideram o brasileiro vencedor.

Contra: sung mim king

Mais uma luta que vai para o golden score. Mas, dessa vez, o sul-coreano é punido por falta de combatividade.

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n suPeração o judoca brasileiro demonstrou muita raça

Foi na base da raça e — por que não? — numa espécie de “apito ami-

go”. Valendo-se da regra, que transforma falta de combativida-de dos adversários em punições que resultam pontos em favor do oponente, o judoca Rafael Silva (categoria pesado, acima de 100kg) conquistou a medalha de bronze e encerrou a participação do judô brasileiro nas Olimpíadas de Londres 2012 em alto astral. A modalidade, enfim, cumpriu a meta de sair dos Jogos com 4 me-dalhas, feita pela Confederação Brasileira de Judô.

A primeira luta, contra o islan-dês Thormodur Jonsson, foi a

Por Pedro Proença

MissãocumpridaCom o bronze de ontem, esporte cumpre meta de quatro pódios. Recordista, rende 19 medalhas olímpicas

O objetivo da Confederação brasileira de Judô antes das olimpíadas era

claro: trazer ao brasil quatro medalhas, uma delas de ouro e levar o judô feminino a uma final. o ouro de sarah Menezes e o bronze de Felipe Kitadai no primeiro dia cumpriu metade da meta. a euforia tomou conta da imprensa e da delegação. afinal, os favoritos Leandro Guilheiro e Tiago Camilo ainda não haviam lutado. Porém, como não subiram ao pódio, o que era otimismo virou desconfiança e muita gente achou que a modalidade não iria obter todas as medalhas que desejava. o clima de decepção era geral, menos para Ney Wilson, coordenador da equipe brasileira em Londres. “eu ainda acredito que o brasil vá ganhar essas medalhas. Não mudaria nada na preparação e nas metas”, disse o dirigente ao ser questionado sobre a hipótese de o país não alcançar o que previra. Mas o bronze de Mayra aguiar, anteontem, e o de Rafael silva, ontem, fizeram com que a missão fosse cumprida. Rafael escreveu mais um capítulo de uma história que começou em Munique 1972, e a medalha de bronze de Chiaki Ishii. em todas as edições dos Jogos seguintes, o brasil subiu ao pódio, com destaque para aurélio Miguel e Rogério sampaio, que conquistaram o ouro em seul 1998 e barcelona 1992, respectivamente. as quatro medalhas de Londres 2012 foram o melhor resultado do judô do brasil na história olímpica. elas superam os três bronzes de Pequim 2008 e a prata e dois bronzes obtidos em Los angeles 1984. o judô se despede de Londres como a modalidade que mais pódios rendeu ao brasil na história olímpica: 19.

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handebol08

Brasil perde a invencibilidade, mas ainda briga pela pontaMesmo com derrota por 31 x 27, seleção mantém melhor pontuação da chave

A vibração era boa. Com a flâmula do jogo na mão e os tra-

dicionais shorts-pijama, Fabiana Diniz puxou o pelotão brasileiro do handebol. A adversária era a Rússia, a segunda melhor do Gru-po A. A primeira, sim, era o Brasil. Viria mais uma vitória, a quarta desta Olimpíada? Não veio, mas o Brasil vendeu caro a derrota por 31 x 27. E ainda briga para ser primei-ro na chave.

Foi Fabiana quem deu a saída. Bola na mão de Ana Paula Rodri-gues. Na primeira infiltração, a go-leira russa Sedoykina defendeu disparo de Duda. Na sequência, três contra-ataques russos, e duas defesas de Chana. Ela não impediu o gol russo, de Khmyrova.

A primeira metade da etapa ini-cial no Copper Box pode ser resu-mida nas ações do parágrafo ante-rior: ataques brasileiros que não encaixavam e contragolpes fulmi-nantes da Rússia. Ainda era cedo para prognósticos, mas o Brasil re-

Chana agarra 43% dos chutes

Melhor goleira do Campeo-nato Mundial em 2011.

Destaque da Liga Dinamarquesa, a mais forte do mundo. Primeira brasileira a jogar por um time eu-ropeu. Esta é Chana, a goleira da seleção feminina de handebol. A evolução do esporte no Brasil pode ser creditada a ela.

Quando a catarinense de Ca-pinzal estreou em uma Olimpía-da em 2000, aquela era apenas a primeira do nosso handebol. Vie-ram mais três, incluindo esta, em Londres. Depois dos Jogos de Sydney, Chana começou sua in-cursão europeia. Hoje joga pelo Rander HK, da Dinamarca.

“Fui a primeira brasileira. Hoje você vê uma porção por lá. Alguns clubes até me pedem indicações”, diz a goleira. De fato, houve uma explosão de brasileiras “exporta-das” para as ligas europeias. To-das as 14 atletas convocadas para a Olimpíada atuam no continente — metade delas no Hypo Nie-derösterreich, da Áustria.

Chana mantém um aproveita-mento altíssimo em quadra. Na Olimpíada de Londres, tem defen-dido em média 43% das bolas que são atiradas contra o seu gol, o me-lhor desempenho entre as goleiras das 12 seleções que disputam o tor-neio. O número é bem próximo do executado no Mundial de 2011, quando terminou eleita a melhor goleira do mundo.

A catarinense pode, na volta da Olimpíada, voltar a atuar no Brasil. Ela não descarta defender a Meto-dista, de São Bernardo do Campo. “É fechar um ciclo. E o que mais quero.” Assim, ficará mais perto de Capinzal, cidade no interior de Santa Catarina, onde nasceu. Lá mantém uma escolinha de hande-bol. “No Brasil, elas vão poder me assistir jogar e treinar”, confia.

jornal plaCar | sábado, 4 de agosto de 2012

n Tempoo técnico dinamarquês morten Soubak orienta as jogadoras brasileiras

n a melhor Chana pretende voltar a jogar no Brasil

Por Marcos Sergio Silva, de Londres

Nas mãos delas

petia erros anteriores, mais pilha-do que o rival.

E o erro se repetiu no gols de Da-vydenko, Khmyrova e Turei. O pla-car dilatou-se em 5 x 1, e o técnico dinamarquês Morten Soubak pe-diu tempo. Na volta, Ana Paula Ro-drigues encaixou mais um gol e o Brasil equilibrou o jogo. Alexandra comandava as ações. Em jogada in-dividual, forçou o segundo amare-lo da russa Murayeka, penalizada com dois minutos de suspensão. E com seis gols fez com que o Brasil

terminasse o primeiro tempo ape-nas um gol atrás: 15 x 14.

Na retomada do segundo tempo, o Brasil assistiu às russas marca-rem os dois primeiros gols, mas descontou em três belas jogadas da ponteira Fernanda Silva, primeiro encobrindo a goleira Postnova e depois disparando duas bolas sem ângulo. Alexandra seguia com a sua sina artilheira. Já ampliava para oito sua artilharia do dia, aproximando o Brasil do empate.

As russas, no entanto, não se

abalavam. Mantinham o placar sob controle. Até Duda encaixar a bola de empate, aos 16min do se-gundo tempo. O Brasil, no entan-to, deixou que as russas abrissem novamente três pontos logo de-pois da suspensão de Daniela Pie-dade. Faltavam oito minutos para reverter novamente a desvanta-gem. Não deu. E as russas vence-ram por 31 x 27. “Nossa defesa ruim definiu esse resultado”, defi-niu a ponteira Alexandra.

“A gente passou por cima delas no mundial, mas sabia que hoje não seria fácil. Mas hoje não era o jogo mais importante, e sim as quartas de final. Estamos com a cabeça em pé para ganhar esse jogo, que deixar mais perto da medalha”, disse a goleira Chana, poupada no segundo tempo. “Pedi para sair. Não defendi três bolas no início do segundo tem-po. Ela entrou para fazer a parti-da que eu não estava conseguin-do. Eu trabalho mais com a defe-sa, e ela é muito ágil, defende bo-las inacreditáveis. Quando a de-fesa não funciona, o jogo é dela”.

Chana Goleira

Clube: Randers HK-DIN

idade: 33 anos

Altura: 1,83 metro

Peso: 79 kg

Principal destaque da equipe, está na quarta Olimpíada. Quatro vezes medalha de ouro no Pan.

alexandra nasCimento ponteira

Clube: Hypo

Niederosterreich-AUS

idade: 30 anos

Altura: 1,77 metro

Peso: 67 kg

É a sua terceira Olimpíada. Foi artilheira do Campeonato Mundial de Handebol, com 57 gols.

duda (eduarda amorim) Atacante

Clube: Audi Eto Gyor-HUN

idade: 25 anos

Altura: 1,86 metro

Peso: 84 kg

A catarinense esteve na Olimpíada de Pequim e é bicampeã pan-americana. Forte no ataque, abusa das faltas.

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Um conto de dUas cidades

Eu já morava em Londres há sete meses quando recebi a visita de meus pais. Certa noite estava com eles em um restaurante na região central de Londres, quando dois policiais armados entraram no local. Não havia nada de

errado, eles queriam apenas uma porção de fish and chips. Mas a presença das armas naquele local me incomodou, porque imaginei que meus pais se sentiriam intimidados.

Para minha surpresa, eu era o único incomodado entre os três. Levei um tempo para perceber que ver policiais e seguranças armados nas ruas é parte de nossa rotina no Brasil. Em Londres, a maior parte dos policiais não carrega armas de fogo. O simples fato de haver policiais armados no aeroporto de Heathrow e em instalações olímpicas foi motivo de críticas na imprensa inglesa — que já havia criticado a presença ostensiva de militares no Parque Olímpico de Pequim 2008.

A polícia inglesa está evidentemente longe da perfeição. Basta lembrar o caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto em 2005 em uma operação equivocada da Scotland Yard. No

ano passado, a morte de um homem pela polícia no norte de Londres foi o estopim para tumultos em toda a cidade. Mas as notícias que chegam do Brasil sobre abusos e equívocos policiais — e sobretudo os que sequer viram notícia — não nos deixam em condição muito confortável para julgar a competência dos ingleses.

O que mais me chama atenção, porém, é a maneira como a relação entre os policiais e a população se dá em um nível bem mais cordial

por aqui, sem a mesma conotação autoritária. Os britânicos não temem ou evitam os policiais, sabem que podem contar com eles para pedir ajuda ou informação sem medo algum. E o mesmo vale para os turistas, que frequentemente pedem até para tirar fotos com os policiais – algumas em situações inusitadas, como a brasileira acima simulando uma prisão.

Nos Jogos do Rio 2016, os policiais terão a importante função de garantir a segurança dos Jogos. Mas é preciso ter em conta que eles também serão vistos pelo turistas como uma referência segura – e que precisam ser capacitados e treinados para isso. A ideia de uma polícia desarmada no Brasil ainda parece utópica, mas por enquanto não custa pensar em pelo menos um pouco mais de cordialidade.

n scotland yard os turistas até pedem para tirar fotografias com os policiais britânicos

Os britânicos não temem os policiais. Sabem que podem pedir ajuda a eles

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A polícia cordialPor Jonas oliveira

10 futebol

Vexame de chuteirasPela primeira vez nos Jogos, Brasil cai antes das semifinais

Após quatro Olimpía-das em que chegou pelo menos até a

vaga nas semifinais, o futebol fe-minino brasileiro foi eliminado de Londres 2012, nas quartas de final. As japonesas, atuais campe-ãs do mundo, fizeram 2 a 0, no Millennium Stadium, em Cardiff, e, nas semifinais, encaram a Fran-ça, que derrotou a Suécia.

O Brasil apresentou um futebol irregular, assim como nos últi-mos dois jogos, contra a Nova Ze-lândia, quando marcou no final, e na derrota para a Grã-Bretanha. O primeiro gol japonês saiu aos 27 minutos do primeiro tempo, em uma falha da zaga brasileira. Ogimi recebeu dentro da área e, livre, tocou colocado para o fun-do do gol de Andreia.

Mesmo perdendo, Marta e companhia tinham uma posse de bola maior do que as japonesas, 62% a 38% — terminou o jogo com 64% —, mas os ataques não eram eficientes. O primeiro tem-po terminou com a vantagem mí-nima para as asiáticas. O Japão começou melhor a segunda eta-pa, pressionando a defesa brasi-leira. Aos 28, a zaga cedeu à pres-são. Ohno recebeu um lançamen-to longo, driblou a marcação e chutou por cima de Andreia, para

A derrota da seleção femini-na para o Japão, ontem,

contribuiu para Mano Menezes botar as barbas de molho. Pre-gando um discurso de respeito aos rivais das quartas de final, o técnico brasileiro apelou até para a velha tática do mistério e não quis revelar a escalação da equi-pe que inicia o jogo contra Hon-duras, no Estádio St. James Park, em Newcastle. Para o treinador brasileiro, “não se pode cair nes-

jornal placar | sáBado, 4 de agosto de 2012

n ADEUS Yuki Ogimi festeja gol japonês e Marta se desespera

andreiaFabianaerikaRenata Costa (grazielle)Rosana (ester)BrunaFrancielleFormigaMartathaisinhaCristianeT. Jorge Barcellos

FukumotoKingaIwashimizuKumagaisameshimasakaguchiMiyamaKawasumisawaohno (ando)ogimi (takase)t. Norio sasakiT. Norio sasaki

Árbitra: Kirsi Heillinen (FIN)Gols: ogimi, aos 27 minutos do primeiro tempo, e ohno, aos 28 da segunda etapacartões amarelos: Marta e Bruna (Brasil); sakaguchi (Japão)

Brasil 20 Japão

NetoRafaelthiago silvaJuanMarcelosandroRômulooscarHulkNeymarPato (L. damião)

T. Mano Menezes

MendozaCrisantoFigueroaVelasquezLeveronNajargarridoMartinezMejiaLozanoBengtson

T. Luis soares

local: st. James Park (Newcastle)Horário: 13h (Brasília)Árbitra: árbitro: Felix Brych (aLe)

Brasil Honduras

liquidar a fatura. As brasileiras tentaram apertar, aproveitando que as japonesas recuaram, mas o esforço não foi o suficiente.

Esta foi a pior campanha da seleção feminina os Jogos Olím-picos, com duas vitórias e duas derrotas. Seguem na competi-ção, além de Japão e França, que fazem uma das semifinais, os Estados Unidos, que passaram pela Nova Zelândia, por 2 a 0, e o Canadá, que venceu as britâni-cas pelo mesmo placar.

Mano fica esperto contra zebratécnico brasileiro esconde a escalação e exalta adversário, que ainda está invicto nas olimpíadas

sa de achar que os outros não têm capacidade para vencer”, disse, em campanha contra o salto alto. Tanto é que os jogadores treina-ram cobranças de pênaltis.

O meia Ganso, que quase foi cortado por causa de uma lesão na coxa esquerda, está liberado pelo departamento médico e vai para o banco de reservas.

Mano tem repetido insistente-mente que não foi por acaso que os hondurenhos chegaram até aqui. “É um adversário que está invicto na competição e teve uma vitória significativa sobre a Espanha”, lembrou o treinador. Do outro lado do front, o técnico de Honduras, Fernando Suárez, agradece e ad-mite que pensa sim na vitória. “Acreditem em mim. Nós pode-mos”, declarou. Os quatro semifi-nalistas serão definidos hoje. Às 8h, o Japão pega o Egito, no Está-dio Old Trafford, em Manchester. Quem passar pega o vencedor de México e Senegal, que se enfren-

tam às 10h30, no Wembley, em Londres. O adversário de Brasil ou Honduras sairá do confronto entre Grã-Bretanha e Coreia do Sul, que jogam às 15h30, no Millennium Stadium, em Cardiff.

Por Olavo Guerra

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jornal placar | SÁBADO, 4 De AGOSTO De 2012

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Na pista do Estádio Olímpico de Londres, realizam-se 42 dos 47 eventos do atletismo: as exceções são as provas da maratona e da marcha atlética, que acontecem na região central da cidade. Dos 259 atletas brasileiros que estão em Londres 2012, o atle-

tismo será representado por 36 (18 homens e 18 mulheres). As competições, que começaram ontem, seguem até o dia 11 de agosto. Faça um passeio pela área que reunirá as maiores feras da modalidade.

FossoApós uma das cinco barreiras da corrida de 3 000 metros com obstáculos, há um fosso d’água junto à barreira, com 3,66 metros de comprimento e fundo inclinado, com 70 cm de profundidade. Os atletas passam pelo fosso sete vezes durante a prova.

[1]

A lArgAdA dAs provAs de velocidAdeSão as únicas em que se utilizam blocos de

largada (ao lado). Ao ouvir o comando “on your marks” (em suas marcas), os atletas devem se posicionar com os dois pés no bloco, as duas

mãos e pelo menos um dos joelhos no chão. Ao ouvir o comando “set” (preparar), os atletas podem

erguer o joelho e se posicionar para a largada.

110 m com barreiras

100 m rasos

Fosso

As rAiAsNas baterias eliminatórias das provas de 100 a 800 metros, incluindo os revezamentos, a posição dos atletas nas raias é definida por sorteio. Nas fases seguintes, é feito um novo sorteio de acordo com o desempenho: os quatro atletas mais rápidos ocupam as raias de 3 a 6; o quinto e o sexto, as raias 7 e 8; os dois últimos, as raias 1 e 2.

As bArreirAsNa prova dos 110 metros, disputada pelos homens, as barreiras têm 1,067 metro de altura e são separadas por 9,14 metros. Na dos 100 metros, disputada pelas mulheres, a altura é de 83,8 cm e a distância entre elas é de 8,5 metros. Nos 400 metros, as barreiras têm 91,4 cm para os homens e 76,2 cm para as mulheres. A distância entre elas é de 35 metros, para ambos.

Juiz de provacom pistola

Lançamento de disco

A pistolA de lArgAdAO sinal para a largada é emitido por um sistema eletrônico: a pistola é conectada a um circuito automático, que também dispara o cronômetro. Atrás de cada atleta há um alto-falante, que garante que todos escutem o sinal ao mesmo tempo. A pistola é totalmente eletrônica, mas emite fumaça e luz para imitar um tiro.

Linha de largadados 3000 mcom obstáculos

Linha de largadados 5000 m

Salto com vara

200 m rasos

vArANo salto com vara, cada atleta deve usar seu próprio equipamento, que pode ter qualquer tamanho ou diâmetro. Caso a vara se quebre durante o salto, o atleta ganha o direito a uma nova tentativa (com uma vara reserva, que ele deve levar).

corridAs de velocidAdeAqui, cada centésimo de segundo é essencial. A largada é feita em blocos de saída, onde sensores acusam qualquer antecipação dos atletas, e a chegada,

registrada por câmeras de alta resolução. Em Londres já vale a nova regra da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), que desclassifica imediatamente o atleta que queimar a largada.

corridAs de Meio FundoO único comando antes do tiro da pistola de largada é “on your marks” (em suas marcas). Nos 800 m, os atletas

largam em raias separadas e permanecem nelas até a linha de raia livre; nos 1 500 m e distâncias superiores, não há raias predeterminadas para largada.

provAs de lAnçAMentos/ArreMessosAs provas de arremesso de peso e lançamento de martelo são as que têm os objetos mais pesados: 7,260 kg para os homens e 4 kg para as mulheres. No lançamento de disco, o peso é de 2 kg para os homens e 1 kg para as mulheres.

Já no lançamento de dardo, temos 800 gramas para os homens e 600 gramas para as mulheres. Somente os atletas do lançamento de martelo têm permissão para utilizar luvas. Os demais podem usar substâncias como talco nas mãos ou no pescoço — no caso do arremesso de peso.

corridAs coM bArreirAs/obstáculosNos 100 (mulheres), 110 m (homens) e 400 m (ambos) com barreiras, cada atleta deve saltar um obstáculo individual. Ele pode derrubar barreiras, desde que não o faça de forma deliberada. Nos 3 000 m com obstáculos, há cinco barreiras ao

longo da pista, com altura de 91,4 cm para os homens e 76,2 cm para as mulheres. As barreiras são uma peça única para todos os atletas e devem ter no mínimo 3,94 m de comprimento. Uma delas, localizada em uma das extremidades da pista, é seguida por um fosso d’água.

provAs coMbinAdAsNo primeiro dia do decatlo, disputado pelos homens, são realizadas as provas de 100 m, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 m. No segundo dia, 110 m com barreiras,

arremesso de disco, salto com vara, arremesso de dardo e 1 500 m. No heptatlo (mulheres), as provas são 100 m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso e 200 m (dia 1º) além de salto em distância, arremesso de dardo e 800 m (dia 2).

Os segredos do grande palco conheça os detalhes do templo que reúne os mitos da velocidade, dos saltos e da resistência

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13jornal placar | SÁBADO, 4 De AGOSTO De 2012

chegAdAAs chegadas de todas as modalidades de corrida acontecem aqui. A primeira Olimpíada a contar com câmera na chegada foi a de Londres 1948. Desde então, ela evoluiu muito. Hoje, a photo Finish é capaz de registrar 2000 imagens por segundo. Um laser é projetado sobre a linha de chegada e, assim que o primeiro atleta passa por ali, um sinal trava o cronômetro e aciona a câmera.

A zonA de pAssAgeMa entrega do bastão deve ser feita nas zonas de passagem, que medem 20 metros. Caso o bastão seja entregue fora dessa zona, a equipe é desclassificada. No revezamento 4 x 100 m, o regulamento permite que os atletas coloquem adesivos na pista para facilitar a marcação.

o bAstão do revezAMentoO bastão usado no revezamento deve ser cilíndrico, feito de madeira, metal ou qualquer outro material rígido. Sua altura deve ser de 28 a 30 cm, com diâmetro de 4 cm e peso de pelo menos 50 gramas.

Largadas em curva dos 400 m e 800 m

Largada dos 10000 m

Corredores do revezamento

[3]

Linha de chegada

A linhA de rAiA livreNos 800 metros, os atletas devem permanecer nas respectivas raias até a linha de raia livre, a partir da qual podem utilizar toda a pista. No revezamento 4 x 400 m, só os atletas da primeira volta são obrigados a se manter nas raias de largada; os da segunda volta, apenas até a linha de raia livre.

Lançamento de martelo

Arremesso de peso

Salto em altura

Lançamento de dardo

Largada dos 1500 m

[3]

9 rAiAsNas provas em

que há raias definidas,

utilizam-se as raias de 2 a 9 —

a raia interna, número 1,

fica vazia.

Pelotão de corredores das provas de fundo e meio fundo

Saltos em distância e triplo

águA e esponjAsNas provas de fundo, o regulamento permite que a organização ofereça aos atletas água e esponjas molhadas, para aliviar o calor. Em Londres 2012, serão distribuídos cerca de 45 litros de água por prova, em copos de plástico. Não haverá bebidas isotônicas à disposição.

[2]

[3]

orgulho (e peso) no peito Londres 2012 terá as medalhas olímpicas mais pesadas da história — entre 375 e 400 gramas — o dobro das medalhas de Pequim 2008, por exemplo. As medalhas têm 85 mm de diâmetro e 7 mm de espessura, e têm no verso a deusa grega da vitória Nike com o estádio Panathinaiko ao fundo. Na frente, o rio Tâmisa e a logomarca oficial de Londres 2012 são entrecortados por raios. A medalha de ouro é feita de 92,5% de prata, 1,34% de ouro e o restante de cobre. A de prata, 92,5% de prata e o restante de cobre. A de bronze, 97% de cobre, 2,5% de zinco e 0,5% de estanho.

A tochA olíMpicAA pira (suporte da chama) é acesa na abertura dos

Jogos e permancece assim até o encerramento, em 12 de agosto. Antes disso, a tocha percorreu um longo caminho, que começou no dia 10 de maio com uma

cerimônia no santuário de Olímpia, na Grécia. De lá ela viajou até Atenas e embarcou num avião rumo ao Reino Unido. Ao todo, 8 000 pes soas carregaram a tocha por

um percurso de 12 800 km até a aber tura dos Jogos. Ela tem 800 gramas e 80 cm.

[3]

revezAMentosNo 4 x 100 m, as equipes correm toda a prova nas respectivas raias de largada. No 4 x 400 m, apenas

os atletas da primeira volta ficam nas raias de largada. Quem derruba o bastão deve recolhê-lo e voltar ao ponto da queda para prosseguir.

corridAs de FundoNos Jogos Olímpicos, as provas de 5 000 e 10 000m são disputadas na pista do estádio, o que implica tempos menores do que os de rua — o recorde dos

10 000 m, por exemplo, é 27 segundos mais rápido que o dos 10 km (na rua). Os atletas largam lado a lado e não precisam respeitar o limite das raias — o que muitas vezes provoca choques e quedas.

provAs de sAltosOs saltos em distância e em altura são as duas únicas competições em que a espessura da sola do calçado dos atletas não pode exceder 13

mm. No salto em altura, o calcanhar deve ter uma espessura máxima de 19 mm. Já no salto triplo não há regra para os calçados. A outra modalidade de saltos é a do salto com vara.

provAs de lAnçAMentos/ArreMessosAs provas de arremesso de peso e lançamento de martelo são as que têm os objetos mais pesados: 7,260 kg para os homens e 4 kg para as mulheres. No lançamento de disco, o peso é de 2 kg para os homens e 1 kg para as mulheres.

Já no lançamento de dardo, temos 800 gramas para os homens e 600 gramas para as mulheres. Somente os atletas do lançamento de martelo têm permissão para utilizar luvas. Os demais podem usar substâncias como talco nas mãos ou no pescoço — no caso do arremesso de peso.

MArchAsOs atletas devem obedecer basicamente a duas regras. A primeira é ter sempre um dos pés apoiado no chão. A segunda, manter a perna da frente, que faz contato

com o solo, sempre estendida. Asprovas serão disputadas nos arredores do Palácio de Buckingham, num percurso de 2 km. A marcha atlética de 50 km só é disputada por homens.

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jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

14 Atletismo

Hoje é dia de Boltatual campeão olímpico e recordista dos 100 e dos 200 metros é a grande estrela a pisar hoje na pista do estádio olímpico

Depois de um primeiro dia morno, com várias provas eliminatórias

e apenas dois pódios (no arremes-so de peso masculino e nos 10.000 metros feminino), o Estádio Olím-pico se prepara para viver emo-ções fortes neste sábado. Hoje, 18 medalhas estarão em jogo no atle-tismo. Salto em distância, 10.000 metros e 20 km da marcha mascu-linos (prova disputada nas ruas do centro de Londres); e 100 metros rasos, arremesso de disco e hepta-tlo femininos.

Mas boa parte do público que promete lotar o estádio estará lá para ver uma competição que dará medalhas só amanhã: os 100 me-tros rasos. Culpa da maior estrela do atletismo mundial, o jamaicano Usain Bolt, atual campeão olímpi-co e recordista dos 100 e dos 200 metros. Ele pisa pela primeira vez a pista no início da tarde londrina (a partir das 8h30 de Brasília) para correr uma das eliminatórias que darão vaga nas semifinais de ama-nhã, mesmo dia da grande final.

O principal concorrente do gi-gante de 1,96 metro e 93 kg é seu compatriota Yohan Blake, que o venceu nas seletivas jamaicanas nos 100 e nos 200 metros no mês passado. Esse resultado levou mui-tos analistas a cravarem o nome de Blake como favorito para as duas provas dos Jogos. Mas Bolt não pa-rece disposto a ceder em sua inten-ção de conquistar outros três ouros (em Pequim 2008, ganhou também o revezamento 4x100 m ao lado de Asafa Powell, Michael Frater e Nesta Carter) e, nas suas palavras, “virar uma lenda”. “Ambos estão 100% em forma, prontos para ir com tudo”, disse o médico da equi-pe jamaicana, Winston Dawes.

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Rosângela e Duda salvam estreia do BrasilO primeiro dia de disputas no

atletismo não começou bem para os brasileiros. As únicas boas notícias vieram nos 100 m fe-minino e no salto em distância masculino.

Keila Costa, do salto triplo, quei-mou a primeira tentativa e não foi muito melhor nas seguintes. Sua melhor marca foi 13,84m, que a dei-xou na 20ª posição e fora da final,

disputada apenas pelas 12 melho-res saltadoras. Nos 400 m rasos, as duas representantes brasileiras também não conseguiram se classi-ficar. Na primeira bateria, Geisa Coutinho sentiu lesão na perna es-querda e fez o quinto tempo. Na penúltima prova, Joelma Sousa foi um pouco melhor, mas ficou em 4ª colocação e não garantiu vaga na próxima fase. Elas ainda disputam

o revezamento 4x400 m. À tarde, nos 100 m, Rosângela Santos fez bonito e se classificou para a semi-final, com o segundo melhor tempo (11s07). A semifinal será disputada hoje, às 15h35. No salto em distân-cia, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, fez a melhor marca do dia, junto com o americano Marquise Goodwin (8,11 m). Os 12 melhores disputam a final hoje, às 15h55.

Por Maurício Barros, de Londres

Os inimigos do Homem Raio os principais concorrentes que sonham roubar o lugar de bolt no pódio em Londres

Yohan BlakeJamaicaIdade: 22Melhor tempo nos 100 metros: 9,75 (29/6/2012, Kingston)Melhor tempo nos 200 metros: 19,26 (16-set-11, bruxelas)Já venceu Bolt? sim (seletivas jamaicanas, 2012, 100 e 200 metros).

asafa powellJamaicaIdade: 29Melhor tempo nos 100 metros: 9,72 (2/9/2008, Lausanne)Melhor tempo nos 200 metros: 19,90 (26/6/2006, Kingston)Já venceu Bolt? sim (estocolmo, 2008, 100 metros)

Tyson GayeUaIdade: 29Melhor tempo nos 100 metros: 9,69 (20/9/2009, Xangai)Melhor tempo nos 200 metros: 19,58 (30/5/2009, Nova York)Já venceu Bolt? sim (estocolmo, 2010, 100 metros; osaka, 2007, 200 metros)

n favorItoJamaicano Usain Bolt diz que foi a Londres para se tornar uma lenda

Após 4 horas e 26 minutos de jogo, o suíço Roger Fede-

rer, primeiro no ranking mun-dial, venceu o argentino Juan Martín Del Potro por 2 a 1 (3/6, 7/6 e 19/17) e está na final do torneio de simples. O último set teve 36 games, o que transfor-mou o jogo “melhor de três sets” no mais longo da Era Aberta (1968, quando os profissionais foram liberados a participarem dos principais torneios, que só aceitavam amadores).

O outro finalista também foi definido: é o britânico Andy Murray. Ele venceu o ex-núme-ro um, o sérvio Novak Djokovic, por 2 a 0 (7/5 e 7/5). Empurrado pela torcida local, reeditará com Federer a final do torneio

de Wimbledon de menos de um mês atrás. A final das Olimpía-das acontece amanhã.

No feminino, outra final de peso. Também campeã em Wimbledon, a americana Sere-na Williams enfrentará a russa Maria Sharapova hoje, às 10h. Nas duplas, a final masculina terá os dois duetos líderes do ranking. Os irmãos americanos Mike e Bob Bryan encontram os franceses Michael Llodra e Jo-Wilfred Tsonga. Apenas as tchecas Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka se garantiram na final entre das mulheres. A outra semifinal será disputada hoje, às 12h30, entre as irmãs americanas Venus e Serena Williams, e as russas Maria Ki-rilenko e Nadia Petrova.

Murray e Federer disputam ouro na mesma quadra do grand slam. No feminino, duelo será sharapova x serena

Olimpíada repete final masculina de Wimbledon

n Sharapova

n MUrray

n Serena

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Tênis

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brasileiro do diaPor Alexandre Salvador, da VEJA

Se você quiser achar o pugilista Everton Lopes fora do período de competições, aqui vai uma dica: procure-o em sua terra natal, Salvador. O atual campeão mundial dos meio-médio ligeiros não perde uma oportunidade de

estar perto da mãe, dona Cláudia, e de seu técnico Luiz Dórea (aquele mesmo que já trabalhou com Acelino Popó Freitas e hoje também instrui lutadores de MMA como Júnior Cigano e Anderson Silva). Mesmo aqui em Londres, Everton não nega as raízes e é um dos mais animados da equipe de boxeadores brasileiros. Gozador, o baiano não perde uma oportunidade de tirar um sarro da cara de seus colegas. O atleta de 23 anos segue a escola de esportistas da Bahia com senso de humor apurado, como os jogadores de futebol Vampeta e Edílson.

No aquecimento, Everton morre de rir com a movimentação dos seus companheiros. Mas quando chega a sua vez de subir ao ringue, ele muda completamente de personalidade. Um de nossos fotógrafos aqui em Londres acompanhou com exclusividade uma das sessões de treinos da equipe brasileira

realizada no centro esportivo de Crystal Palace. Enquanto todos os lutadores colocavam o capacete obrigatório no boxe olímpico, Everton quis treinar sem proteção alguma. A intensidade e a violência dos golpes trocados entre o baiano e seu sparring foi tamanha que o técnico da seleção teve que interromper a “luta” por duas vezes, pois cada um deles quase foi a nocaute em um mero treinamento.

Essa bravura de Everton é reconhecida

internacionalmente. O brasileiro é apontado por diversas publicações especializadas como o grande favorito ao ouro olímpico. O baiano começa a disputa pela medalha neste sábado, contra Roniel Iglesias, da tradicionalíssima escola cubana. Ele tem a chance de marcar seu nome na história do esporte, ao ser o segundo brasileiro medalhista no boxe – o primeiro foi Servílio de Oliveira, nos Jogos de 1968, realizados na Cidade do México. É bom saber que o brasileiro está treinando duro por essa medalha, sem perder a ternura baiana, é claro.

n lopes O boxeur baiano é apontado como o favorito ao ouro na categoria até 64 kg (meio-médio ligeiros)

O boxeador baiano não perde a chance de tirar sarro dos colegas de treinamento

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jornal placar | sábadO, 4 de agOstO de 2012

16 basquete

Até a próxima...brasil perde do Canadá e é eliminado do torneio feminino de forma melancólica, com quatro derrotas

A história se repete. Assim como aconte-ceu nos Jogos de Pe-

quim 2008, a seleção feminina de basquete do Brasil foi eliminada ontem com quatro derrotas conse-cutivas na fase de grupos. As qua-tro primeiras colocadas da chave avançam para a próxima fase. Des-ta vez, as brasileiras foram venci-das pelo Canadá, por 79 a 73. Os outros tropeços do Brasil foram contra a França (58 a 73), a Rússia (59 a 69) e a Austrália (61 a 67).

Resta agora à equipe do técnico Luis Cláudio Tarallo cumprir seu compromisso diante da Grã-Breta-nha, amanhã, às 18h15, e embarcar de volta para casa. Se vencer, a equipe pode igualar o desempenho dos últimos Jogos, quando se des-pediu do torneio na 10ª colocação, com apenas um triunfo — diante da Bielorrússia — em cinco jogos.

“É muito triste não termos con-seguido essa vaga. Esse grupo tra-balhou muito, não faltou empe-nho, estudo ou treinamento. Foi

uma sequência muito dura. Esti-vemos sempre atrás no placar du-rante as partidas e isso é um des-gaste muito grande”, lamentou o técnico. “O grupo sentiu muito esse primeiro tempo ruim contra o Canadá. Conversei com elas no intervalo tentando mexer com o emocional e até deu certo, mas faltou força para sustentar a rea-ção. Acho que conseguimos jogar de igual para igual com elas, mas ainda não temos força suficiente para vencer”, acrescentou.

Ainda faltam duas rodadas para o término da fase de

grupos do torneio masculino de basquete e os jogadores brasileiros só pensam em uma coisa: evitar o confronto com os Dream Team no mata-mata. Para que isso ocorra, a equipe verde e amarela precisa ter-minar a etapa entre os três primei-ros colocados de seu grupo. “Te-mos que ficar entre os três primei-ros do grupo para não pegar os Es-tados Unidos. Estamos focados, sabemos o que queremos e temos um time experiente para nos recu-perar”, destaca o ala-armador Marcelinho Machado.

Hoje, às 12h45, o time pega a

China, que ainda não venceu nos Jogos e amarga a lanterna da cha-ve, com apenas três pontos. Apesar do desempenho fraco, o técnico Rubén Magnano está atento aos chineses. “Há muitos jogadores que atuam abertos e chutam de três pontos. Quando jogam com um percentual alto de três pontos, é um time extremamente perigoso. Vamos analisar as atuações deles e a partir daí traçar um planejamen-to ofensivo e defensivo”. No último confronto, diante da Rússia, o Bra-sil foi derrotado por 74 a 75, com uma cesta de três de Vitaliy Fri-dzon, faltando apenas quatro se-gundos para zerar o cronômetro.

n de novo!Apesar de todo o esforço da pivô Érika, Brasil aumentou sua coleção de derrotas diante do Canadá

Sai pra lá, Dream Teambrasileiros sonham em acabar primeira fase entre os três primeiros do grupo para escapar do duelo com os eUa

EUA exaltam placar recordeUm dia após ver seu time cravar o

recorde olímpico de pontos em uma única partida de basquete, o técnico da seleção norte-americana, Mike Krzyzewski, adotou um discurso contido, evitou o termo humilhação e elogiou a equipe da Nigéria. “arremessamos melhor do que qualquer time que eu já dirigi. dividimos bem a bola, foram 41 assistências, 29 chutes de três. É muito difícil perder um jogo assim. a Nigéria jogou forte. Nós fizemos muitos pontos e eles (nigerianos) também. Um desempenho incrível de arremessos e que não vai acontecer tão fácil de novo. Não estamos aqui para humilhar ninguém. só queremos jogar basquete”, exaltou.

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iatismo 18

Bons ventos?Com o bronze garantido na star, a dupla Scheidt-Prada tenta redimir a Vela, que em Londres foi superada pelo judô como o esporte que deu mais medalhas ao país

jornal placar | Sábado, 4 de agoSto de 2012

C om todas as classes do iatismo já em disputa em Londres

2012 — algumas delas chegando à regata final neste fim de sema-na —, é importante fazer um ba-lanço da participação brasileira nas águas de Weymouth Bay & Portland Harbour. A modalida-de que mais deu medalhas ao Brasil até o início desta edição olímpica, com 16 pódios, foi su-perada pelo judô, que agora acumula 19 medalhas. Pelo de-sempenho dos velejadores bra-sileiros até o momento, vai ser difícil a vela retomar a ponta.

Um bronze já está garantido, é verdade, com a dupla Robert

470Disputada nos Jogos Olímpicos tanto por

homens como mulheres, a classe tem esse nome por causa do comprimento de

cada embarcação, 470 centímetros (4,70

metros), que tem três velas e é conduzida

por dois tripulantes: o comandante e o

proeiro. Em Moscou 1980, os brasileiros

Marcos Soares e Eduardo Penido foram campeões olímpicos nesta

classe.

49erTambém projetado

por duas pessoas, este barco leve e veloz

requer que os tripulantes se pendurem nos

respectivos trapézios para contrabalançar a

área vélica. Sua inclusão no programa olímpico é recente: a

classe vem sendo disputada desde os

Jogos de Sydney 2000. O Brasil não

classificou cometidores nem no

masculino nem no feminino.

StarPara dois tripulantes,

o barco tem 6,9 metros, peso mínimo de 671 kg, área vélica de 26,5 m² e quilha

fixa. Participa do programa olímpico desde Los Angeles

1932. Muito competitiva, a classe já deu ao Brasil diversas medalhas olímpicas:

duas de ouro (Atlanta 1996 e Atenas 2004),

uma de prata (Pequim 2008) e duas de

bronze (Seul 1988 e Sidney 2000).

RS: XA partir de Pequim

2008 a classe substituiu a mistral como a

modalidade de prancha a vela (windsurfe). É disputada tanto por

mulheres quanto por homens. Em Londres 2012 foi representada por Ricardo Winick

Santos, o Bimba, em sua quarta participação olímpica, que já foi campeão mundial na categoria. Nas

regatas femininas a respresentante

brasileira é Patricia Freitas.

LaserÉ certamente a classe

mais popular do mundo, com mais de

190.000 barcos produzidos. A versão

feminina do barco, conhecida como laser

radial, difere da masculina apenas por causa da área vélica: 7,12 m² (homens) e

5,76 m² (mulheres). O casco é rigorosamente o mesmo: 4,23 metros de comprimento total

e 56,7 kg. Robert Scheidt, que hoje compete na star, é

bicampeão olímpico nesta classe (Atlanta 1996 e Atenas 2004). Em Sydney 2000 foi

prata.

Scheidt e Bruno Prada na classe star que, amanhã, participa da medal race, regata derradeira, que dará pontuação dobrada aos dez barcos finalistas. Para conseguir o ouro, os brasileiros devem chegar quatro posições à frente do barco inglês, que lide-ra a classe. A prata virá caso Scheidt e Prada terminem a me-dal race uma posição atrás da embarcação sueca, terceira na classificação. “Às vésperas da regata final, estamos vendo um repeteco do que ocorreu em Pe-quim 2008”, diz Marcos Ferra-ri, ex-atleta olímpico da delega-ção brasileira na classe 49er e comentarista dos canais ESPN.

Na classe laser, Bruno Fontes está em 14º lugar e tem duas re-

gatas para ficar entre os dez que vão à medal race. “Mesmo que ele passe, dificilmente trará me-dalha”, diz Marcos Ferrari. Essa é a mesma posição de Ricardo Winick Santos, o Bimba, nosso representante na classe RS-X (windsurfe). “Ele não tem mais chances de medalha, infeliz-mente”, avalia Ferrari.

Jorge Zarif, em sua primeira participação olímpica, ficou fora da regata final da classe

finn: terminou em 20º lugar na classificação geral.

Entre as mulheres, Patricia Freitas está em 14º lugar e difi-cilmente deve avançar na classe RS-X feminina. Sua melhor co-locação foi um 12º lugar. Adria-na Kostiw, na laser radial, é ape-nas a 24ª colocada após oito de dez regatas. As esperanças de medalha se mantêm com Fer-nanda Oliveira e Ana barba-chan, na classe 470. Após as

duas primeiras regatas elas ocu-pam o 6º posto. “Se mantiverem a regularidade, podem subir na tabela porque as duplas que es-tão à sua frente oscilaram bas-tante e terão de descartar uma pontuação maior”, prevê Mar-cos Ferrari.

O Brasil não enviou a Londres 2012 velejadores nas classes 470 (masculino), Elliott 6m (dispu-tada apenas por mulheres) e 49er (masculino e feminino).

Por Miguel Icassatti

conheça as diferenças entre as classes olímpicas

Elliott 6mDisputada pelas

mulheres em Londres 2012, a embarcação

foi projetada por Greg Elliott, na Nova

Zelândia, em 2000. O barco tem 6 metros

de comprimento e 15,9 m² de área de

vela. Não teve participação de brasileiras em Londres 2012.

FinnO barco é tripulado somente por uma

pessoa. Tem apenas uma vela e casco bem

pesado. É indicado para velejadores

jovens, em boa forma física. Em Londres

2012 o Brasil foi representado pelo

estreante Jorginho Zarif.

n star scheidt e Prada entram na medal race em 2º lugar

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jornal placar | Sábado, 4 de agoSto de 2012

20 vôlei

De olho na próxima fasedepois de perder por 3 sets a 1 para os eUa, brasil enfrenta Sérvia e pode garantir classificação antecipada

A empolgante vitória contra a Rússia en-cheu os jogadores da

seleção brasileira de confiança, porém a categórica derrota por 3 sets a 1 para os Estados Unidos fez com que a seleção voltasse à Terra de forma dura. Hoje, con-tra a Sérvia, os comandados de Bernardinho buscam retomar o caminho das vitórias. Completam a rodada de hoje Estados Unidos

Antes do jogo contra a Chi-na, as jogadoras eram unâ-

nimes em afirmar a necessidade de vencer para manter vivo o sonho da classificação. Elas venceram, mas não como deveriam. O placar de 3 sets a 2 (25/16, 20/25, 25/18, 30/28 e 15/10) pode acabar sendo insuficiente para evitar um dos maiores vexames da história re-cente do vôlei brasileiro. Com duas virtórias no tie break, o Brasil tem 4 pontos ganhos, dois a menos que a Turquia, e vai depender dos re-sultados da última rodada para sa-ber se dá ou não adeus a Londres.

O jogo de ontem começou com a impressão de que as brasileiras não teriam dificuldades para fechar a

Meninas a perigoVitória no tie-break sobre a China deixa brasil correndo o risco da eliminação

Prazer, Leandro "Muro" Vissotto!O nome dele é Leandro Vissotto, mas pode chamar de Muro. O oposto Leandro Vissotto, responsável por 5 dos últimos 19 pontos que a seleção fez de bloqueio nos três primeiros jogos, Vissotto falou ao JORNAL PLACAR

Vocês estão no auge da forma física na temporada? Não sei dizer se estamos no auge, mas posso garantir que estamos muito bem treinados e que nos preparamos bastante para essas Olimpíadas.

Você tem ido muito bem no bloqueio e no ataque...Isso é fruto de muito treinamento. E também é preciso dividir os méritos com o restante do grupo. No ataque, o Bruninho mete umas bolas muito boas, isso facilita.

Houve alguma motivação específica para a partida contra os Estados Unidos? Não. Nossa motivação é vencer, sempre. Como o grupo mudou um pouco em relação àquele que foi vice-campeão em 2008, não houve qualquer tipo de revanchismo ou vingança. Não levamos esse tipo de emoção para dentro da quadra, apenas o desejo da vitória.

Quem são os principais adversários do Brasil? Os jogos são sempre difíceis aqui, mas nossos maiores rivais são Estados Unidos, a Rússia, a Itália e a Polônia. O Brasil vai forte para brigar pelo pódio.

partida. A entrada de Dani Lins e de Jaqueline no time titular, além da atuação de Sheilla e Thaisa, de-ram volume de jogo ao Brasil, que fechou o primeiro set por 25 a 16.

No segundo set, as chinesas vol-taram mais ligadas e venceram 25 a 20. No terceiro set, o Brasil desper-diçou três sets points e permitiu que s chinesas fechassem em 30 a 28.. No tie break, o Brsil fez 15 a 10.

A próxima partida do Brasil é contra a Sérvia, amanhã. A situa-

ção é incômoda, mas não chega a ser tão desesperadora. As coman-dadas de Zé Roberto precisam vencer a Sérvia por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, além de torcer para os EUA vencerem a Turquia, ou para o jogo entre Coreia e China não terminar em 3 x 2 (o número de vitórias é o primeiro critério de desempate). Caso o Brasil vença a Sérvia por 3 sets a 2, tem que tor-cer para as americanas vencerem a Turquia por 3 a 0 ou 3 a 1.

n sufoco Brasileiras vibram com vitória apertada

London CaLLingPor Giancarlo Lepiani, de Londres

Talvez nenhuma cidade no planeta tenha tanta tradição esportiva quanto Londres – e, mesmo em tempos de Olimpíada, uma de suas catedrais do esporte segue atraindo uma peregrinação diária. Trata-se do All England

Lawn Tennis Club, em Wimbledon, no sudoeste da cidade. O torneio de tênis olímpico realizado no lendário templo da modalidade é uma daquelas atrações capazes de roubar os holofotes das disputas mais clássicas dos Jogos, como a natação e o atletismo. O torneio de Grand Slam de Wimbledon, o mais antigo do mundo, acabou há menos de um mês — mas isso não quer dizer que o tênis olímpico ficou menos atraente. Pelo contrário: a disputa pelo ouro nas quadras de grama transformou-se num disputadíssimo bis da competição anual.

Neste pequeno Wimbledon dentro dos Jogos Olímpicos, todos os ingredientes da mágica fórmula que tanto fascina os fãs do tênis são preservados. Está lá a grama sagrada — ainda que

desgastada, em função do curto período que se passou desde o fim do torneio da ATP. Nas arquibancadas e tribunas, lá estão os sócios de carteirinha, de roupas impecáveis e drinques nas mãos, e os convidados de honra, que incluem, como não poderia deixar de ser, os integrantes da família real, devidamente acomodados no camarote da rainha. Entre uma

partida e outra, consome-se o alimento oficial e obrigatório de Wimbledon, morangos com creme — de um vermelho irretocável, selecionados com precisão cirúrgica, pelo equivalente a 7,50 reais o potinho com cerca de uma dúzia.

E há, por fim, a melhor parte: o tênis, jogo cuja versão moderna nasceu na própria Grã-Bretanha, no século retrasado. Nesta sexta-feira de semifinais olímpicas, enquanto a quadra 1 recebia as musas russas Maria Sharapova e Maria Kirilenko (2 sets a 0 para a primeira), Roger Federer enfrentava Juan Martin Del Potro na quadra central. O argentino venceu o primeiro set e o suíço empatou num segundo set equilibrado. Mas nada que se comparasse ao terceiro e decisivo set. No regulamento olímpico, a decisão era por melhor de três sets, sem tie break no último. E Federer e Del Potro esticaram o duelo por 4h26, no mais longo jogo de triplo sets da história. O suíço errou mais do que de costume, mas passou à final vencendo por inacreditáveis 19 a 17, em mais um capítulo de sua longa antologia de façanhas.

Strawberry Fields Forever

Em Wimbledon, come-se morango com cremes nos intervalos

n 19 x 17 foi o placar do 3º set. federer e Del Potro jogaram 4h26

x Rússia e Alemanha x Tunísia.No momento, o Brasil divide a

segunda posição do grupo com o russos. Caso vença os sérvios por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, a equipe já estará classificada às quartas de final com uma rodada de antece-dência. A Sérvia não deve ser uma adversária difícil. O time europeu soma apenas 4 pontos no grupo, após derrota para os Estados Uni-dos (3 x 0) e para a Alemanha (3 x

2), e vitória (3 x 1) sobre a Tunísia, que é o saco de pancada da chave.

Para Bernardinho, o que pesou no duelo contra os americanos foi a perda da paciência por parte do time brasileiro, sobretudo a partir do terceiro set: “Foi uma partida muito desgastante men-talmente. O time perdeu o que é mais important,e que é a paciên-cia. A Sérvia agora é a nossa deci-são”, afirmou o treinador.

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22jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

radar olímpico

Boxe brasileiro nabriga por medalhas

o boxe brasileiro ainda sonha com uma medalha em Londres. Hoje, às 11h45, o

peso pesado Yamagushi Falcão tenta, contra o chinês Fanlong Meng, ser o terceiro pugilista do brasil a avançar para as quartas de final. o galo Robenílson de Jesus e o médio esquiva Falcão já se garantiram em suas categorias. ontem, Julião Neto, de 30 anos, foi eliminado pelo portorriquenho Jeyvier Cintron ocasio, de apenas 17 anos, na categoria até 52 kg.

Juliana Veloso se despede dos Jogosa brasileira Juliana Veloso (foto) não

conseguiu se classificar para as finais dos saltos ornamentais, na categoria trampolim de 3 metros, ontem, e se despediu dos Jogos de Londres de forma precoce. ela terminou a competição na 28ª colocação, somando 241,15 pontos. esta foi a quarta participação olímpica de Juliana. em sydney 2000, ela terminou em 19º, na plataforma, e 35º, no trampolim. em atenas 2004, a saltadora foi para a semifinal das duas provas, ficando em 16° e 18°, respectivamente. em Pequim 2008, ela terminou na 23ª colocação da plataforma.

Anderson Nocettitermina em 19ºcom tempo de 7m25s03, o remador

anderson Nocetti venceu a final d no single skiff na manhã de ontem e encerrou sua participação olímpica no 19° lugar da classificação geral. Na briga pelas medalhas, o ouro ficou com Mahe drysdale (Nova Zelândia), a prata com ondrej synek (República Checa) e o bronze com alan Campbell (grã-bretanha).

Brasil dá adeusno tênis de mesaa esperança de passar da primeira

rodada durou só 42 minutos para a equipe brasileira de tênis de mesa. esse foi o tempo que a Coreia do sul precisou para vencer os três jogos (dois de simples e um de duplas) contra as brasileiras Caroline Kumahara, giu Lin e Lígia silva no torneio feminino por equipes dos Jogos de Londres. todas as partidas terminaram em três sets a zero para as sul-coreanas.

Judoca gigantetem 218 quilos

c om 1m85 de altura e 218 kg, o judoca Ricardo blas Junior, da pequena Ilha

de guam (país da oceania, com 160 mil habitantes), foi uma das maiores — literalmente — atrações do último dia de competições do judô, ontem, na exCel arena, em Londres. Com uma barriga imensa, que mas fazia lembrar um lutador de sumô, ele não passou da segunda rodada, quando foi derrotado pelo cubano oscar brayson. Por ippon!

Corrida durousó 10 metrosn oor Hussain al-Malki, de 17 anos,

primeira mulher do Catar a competir no atletismo dos Jogos olímpicos, não conseguiu terminar sua prova dos 100m rasos, ontem, após sentir uma lesão muscular na coxa direita no início da prova. Com a cabeça coberta por um lenço com as cores da bandeira de seu país, Malki, percorreu apenas dez metros e caiu na pista, abandonando a competição.

Ciclista caiude propósitoD epois da expulsão de oito atletas

do badminton que fizeram “jogos de comadres” para escolher adversárias mais fáceis, uma nova polêmica em torno do espírito olímpico agita Londres, desta vez envolvendo a equipe britânica que conquistou o ouro no ciclismo. Philip Hindes admitiu que caiu de propósito porque largara mal e, segundo as regras, um acidente provoca o reinício da prova.

Triatleta do Brasil“caça” favoritasa triatleta Pâmella oliveira,

medalhista de bronze no Pan de guadalajara, sabe que chegar ao pódio em Londres é improvável. Mas ela tem sua estratégia mais do que decorada para tentar um lugar entre as dez melhores: “caçar” as líderes na natação, sua especialidade. o triatlo feminino (1.500 metros de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida) começa hoje, com largada às 5 h (brasília).

Assim que soltou os halteres de 128 kg sobre o tablado do Complexo Excel,

a brasileira Jaqueline Ferreira abriu um lar-go sorriso, beijou o peso e agradeceu o pú-blico diante dela. Ela sabia que acabara de realizar um feito inédito: a 8ª colocação do torneio olímpico de levantamento de peso. Jaqueline sequer esperou o resultado das outras atletas. Comemorou o sucesso em to-das as suas seis tentativas, principalmente a última, quando ergueu 128 kg, na prova de arremesso para atletas até 75 kg.

“A meta era ficar entre as 10 primeiras. Além disso, consegui quebrar o recorde bra-sileiro da prova”, comemorou. Na somatória geral, incluindo as tentativas no arranque, a brasileira alcançou 230 kg. “Foi um agrade-cimento por ter feito a melhor competição da minha vida. Assim que acabou a prova eu liguei para a minha mãe e choramos juntas de tanta emoção”, comentou a atleta, referindo-se à co-memoração ao lado do técnico Dragos Stanica.

Carioca, de Duque de Ca-xias, a halterofilista de 25 anos já projeta seu desempenho nos Jo-gos do Rio, em 2016. “É um esporte que pode crescer muito no Brasil, pois temos muitos atletas com potencial. Basta força de vonta-de, apoio e treinamentos. Quem sabe, pode-mos sonhar com uma medalha nos próxi-mos Jogos”.

Brasileira ergue 230 kg e entra para história

n alegria, alegria! Jaqueline quebrou o recorde brasileiro

n Vai para Missy Franklin, o Michael Phelps de saias. a jovem nadadora americana não se destacou nas olimpíadas apenas pelo tamanho de seu pé (ela calça 46!), mas por ter pulverizado o recorde mundial dos 200m costas, ontem, ao nadar a distância em 2min04s06. ela já havia conquistado a medalha de ouro nos 100m costas, no 4 x 200m livre e a de bronze no 4 x 100m livre. ah, detalhe: ela tem apenas 17 anos.... Na prova de ontem, Missy Franklin sobrou na piscina. Completou os 50m iniciais já na primeira colocação e aproveitou o restante da prova para abrir vantagem sobre suas adversárias. a partir da metade da disputa, a dúvida não era mais se ela ia conquistsar o ouro, mas sim se bateria o recorde de Kirsty Coventry.

n Vai para o Comitê olímpico Internacional (CoI), que ainda não se retratou do erro cometido ao atribuir o recorde de pontos do basquete feminino olímpico, pertencente à ala brasileira Janeth, à australiana Lauren Jackson. a gafe ocorreu após a vitória da austrália sobre o brasil, por 67 a 61, pela fase preliminar do torneio. somados os 18 pontos marcados no jogo contra as brasileiras, Lauren acumula 497 pontos, 38 a menos que a ala brasileira, que defendeu a seleção brasileira nos Jogos de atlanta 1996 e sydney 2000, conquistando as medalhas de prata e bronze, respectivamente. a Confederação brasileira de basquete (Cbb) enviou uma nota oficial de protesto ao Comitê olímpico brasileiro (Cob) exigindo a retratação do CoI sobre o erro.

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Jaqueline Ferreira é a 8ª no levantamento de peso

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Vôlei de praia 23jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

Juliana/Larissa e Ricardo/Pedro Cunha já estão nas quartas de final. Hoje tem mais na quadra de areia em Londres

As duplas brasileiras Juliana e Larissa e Ricardo e Pedro

Cunha carimbaram ontem o pas-saporte para as quartas de finais do torneio de Volei de Praia dos Jogos Olímpicos. As meninas en-traram na arena montada no cen-tro de Londres para o confronto com as holandesas Meppelink e Van Gestel, e saíram de lá com uma vitória por 2 sets a 0 (21/10 e 21/17). “O jogo foi bacana. No primeiro set, não fomos ameaça-das. No segundo, elas sacaram melhor e bloquearam. Mas o ba-

cana é que a gente conseguiu voltar mesmo estando com três pontos atrás. Isso está dando confiança”, destacou Juliana.

As brasileiras voltam à quadra amanhã diante das alemãs Goller e Ludwig, em busca de uma das vagas nas semifinais da competi-ção. As alemãs derrotaram a du-pla compatriota Holtwick e Semmler por 2 a 0, em 37 minu-tos. No masculino, Ricardo e Pe-dro Cunha despacharam os espa-nhóis Herrera e Gavira, por 2 a 0 (21/18 e 21/19), e agora pegam a dupla polonesa Fijalek e Prudel, que venceu os suíços Heyer e Chevallier, por 2 a 0. A zebra da

rodada ficou por conta dos nor-te-americanos Rogers e Dalhaus-ser, atuais campeões olímpicos, eliminados pela dupla italiana Lupo e Nicolai, por 2 a 0 (21/17 e 21/19), em 40 minutos. Os italia-nos haviam sido derrotados por Alison e Emanuel na fase preli-minar, por 2 a 0.

Hoje é a vez de Alison e Ema-nuel brigar por um lugar nas quartas. Eles enfrentam os ale-mães Erdmann e Matysik, às 6h (Brasília). Às 14h, Maria Elisa e Talita, que haviam batido por 2 a 1, as alemãs Goller e Ludwig na fase preliminar, pegam as checas Kolocova e Slukova, às 14h. R

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Da Redação

Brasil segue firme na briga por medalhas

notas londrinas Por Aline Salcedo, da

Turista por um diaPela primeira vez, em 24 anos no

jornalismo esportivo Mylena Ciribelli viajou para cobrir uma olimpíada. “saí da

globo e vim para a Record por causa disso, era a minha chance de cobrir um

grande evento sem ser no estúdio. e acho que sou pé quente, pois comecei com o

brasil ganhando medalha e os dias em Londres estão lindos, sem chuva, como

nunca vi”, constatou Ciribelli, durante um rápido passeio por pontos turísticos de

Londres a convite da CoNtIgo!. animada, ela posou para fotos em pontos turísticos

como o big ben por um dia.

Feijão com arroz garantidosa chef Roberta sudbrack, que já trabalhou no Palácio do Planalto servindo o presidente Fernando Henrique Cardoso, foi voluntária para ser a cozinheira dos atletas brasileiros durante a olimpíada. Na cozinha no centro de treinamento Crystal Palace, serve a cerca de 250 pessoas por dia. “todo dia tem feijão, arroz, bife de panela e empadão de galinha caipira.os campeões ganham brigadeiro de sobremesa”, contou Roberta.

Vila placar segue bombandobronze na categoria peso ligeiro (até 60 quilos) logo no primeiro dia de competições do judô, o lutador Felipe Kitadai seguiu comemorando sua vitória nos dias seguintes. acompanhado da namorada, dora altikes, ele visitou a Vila Placar, e os , espaço dedicado à torcida brasileira e convidados dos patrocinadores do projeto abril em Londres, do qual o JoRNaL PLaCaR faz parte. além do casal, esteve na Vila Placar o jornalista Mário andrada, diretor de relações institucionais da Nike brasil (à direita). depois de uma visita à Vila Placar, empresários, patrocinadores e publicitários, todos convidados vips da Vila Placar, viajaram de barco pelo Rio tâmisa para assistir a final da ginástica artística feminina em North greenwich arena.

n em formaLarissa saca durante o duelo contra as holandesas

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Em cada movimento. Em cada conquista Vem ser [Optimus] com a gente

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