Jornal ozeca29março10
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Março 2010
Agrupamento de Agrupamento de Escolas de Oliveira do Escolas de Oliveira do
BairroBairro
2ª Edição do ano
Lectivo 2009/10
e caracterização, conse-
guiram retratar as suas
personagens a rigor.
É de salientar que o
sucesso do Desfile de
Carnaval deve-se ao
empenho e à entrega de
todos os professores,
auxiliares de acção educa-
tiva, encarregados de edu-
cação e alunos que de
alguma forma contribuí-
ram para este evento,
quer na preparação dos
fatos de carnaval, nos ade-
reços, na caracterização
das personagens, nos car-
ros alegóricos, quer na
organização, no registo
fotográfico e no acompa-
nhamento dos alunos.
Sandra Brás
Carnaval sai à rua na sua 5ª edição
No dia 12 de Feverei-
ro os alunos do Agrupa-
mento de Escolas de Oli-
veira do Bairro juntaram-
se às restantes institui-
ções e escolas públicas e
privadas para participa-
rem no desfile de Carna-
val de Oliveira do Bairro.
“O Carnaval da
Pequenada” vai já na sua
5ª edição e nesta tarde
soleira e fria de Inverno
somou mais de 2300 par-
ticipantes e 25 carros
alegóricos.
Traçado o trajecto do
Parque Desportivo à
Câmara Municipal, a cor
e a alegria de todos foi
visível à medida que desfi-
laram nos seu trajes alusi-
vos a personagens da His-
tória de Portugal. O tema
proposto pela Câmara
permitiu a inspiração de
todos os participantes que,
dando asas à sua imagina-
ção, ilustraram factos his-
tóricos e comemorações
nacionais, destacando-se
episódios como o 25 de
Abril, os Descobrimentos,
o Centenário da República,
a participação nos jogos
olímpicos, o desporto rei,
o futebol, entre muitos
outros.
Na Escola Básica Dr.
Acácio de Azevedo, parti-
ciparam todas as turmas
do 2º ciclo
que com o
precioso con-
tributo dos
professores de
EVT na elabo-
ração dos
fatos de carna-
val, acessórios
Pontos de interesse especiais:
• Entrevista em exclusivo com a Directora do
Agrupamento -
Professora Júlia Gradeço
• Comemoração de S.
Valentim
• O grupo de Teatro da
escola
• A vinda de ilustres escri-tores ao nosso Agrupa-
mento
• Prémio Elídio Pinho
• Projecto Escola de Pais
• Trabalhos/ Projectos do
1º ciclo
Nesta edição:
Galeria de Carnaval 14
2ª eliminatória Concurso “Leitura em Voz Alta”
17
Visitas de Estudo de HGP
19-20
Projecto Ciência Viva 5
Semana da Poesia 24-26
Internet Segura 15-16
Desporto Escolar 32-34
A turma do 6ºB trajados de Gladiadores
“Convidamos a
visitar a galeria de
fotos na página 14.”
A turma do 5ºA
raízes, que trará con-fiança no futuro.
A escola, assim como a família, é um desafio contínuo para todos os intervenientes.
Combater a indisci-plina através da discipli-na, a violência através da tolerância, a incom-petência através da res-ponsabilidade, poderá ser a prevenção e começar na nossa esco-la, na nossa família.
É cómodo assistir, ignorar ou calar! Par-ticipar, denunciar, é um dever cívico e um acto de coragem. Qual vai ser a tua opção?
Problemas na escola vão existir sempre, mas eu vivo a convicção de que, um dia, será este o comentário da generali-dade dos alunos, quan-do interrogados sobre a “nossa” escola:
“É o lugar onde me sinto bem, para onde venho diariamente com prazer. Sinto saudades nos dias em que cá não venho. É a inspiração para a minha crescente curiosidade científica e para a minha consciência cívica. Professores e fun-cionários são parceiros da minha família no acto de me educar”.
Júlia Gradeço
Indisciplina e violência nas escolas é novamente nota de abertura de noti-ciários e 1ª página de jornais e revistas. Mas serão estes problemas novos, problemas com que só hoje nos depara-mos?
Quem não se lembra das partidas que eram pregadas aos professo-res, daqueles colegas que eram alvo de chacota de toda a turma por serem “ m a r r õ e s ” o u “direitinhos”, das nódoas negras, fruto de caloro-sas disputas no recreio?
Penso que diferente é a sociedade actual, o consumismo e marketing dele decorrente, a nossa disponibilidade, o imedia-tismo.
A indisciplina na sala de aula é a causa primei-ra do insucesso escolar, implica quebras de ritmo, desconcentração, des-motivação. Mas e a indis-ciplina no seio familiar, nos espaços públicos, nos órgãos de soberania?
A autoridade do pro-fessor é frequentemente questionada; mas não o é também a autoridade dos pais, dos treinado-res? Não surgem cada vez mais alegações de professores e progenito-res vítimas de agressão física?
A formação das nossas crianças e jovens não depende apenas de uma boa educação na escola, mas também em casa, nos clubes, nos cafés, nos espaços públicos, nos media. Este é um proble-ma da escola, mas é, fun-damentalmente, um pro-blema social, não pode ser só avaliado pelo que pro-voca hoje, mas também pela sua repercussão futu-ra.
Quais são as causas da indisciplina? Como é que ela pode ser prevenida?
Os factores que favo-recem a indisciplina são inúmeros, passam por características de cada nível etário, falta de moti-vação pelos conteúdos leccionados, níveis dife-rentes de concentração e de capacidade de aprendi-zagem, excessiva permissi-vidade ou excesso de autoritarismo do profes-sor, do progenitor, do treinador, do colega, que conduzem a dificuldades de comunicação e de rela-cionamento.
Reverter a situação actual, é um processo moroso, passa por intervir na escola, através da intervenção na família; passa pela renovação dos valores morais, respeito, seriedade, honestidade e humildade; passa pelo rea-vivar do orgulho pelas
Página 2 O Zeca
• Editorial – Pág.2
● Entrevista com a Directora do
Agrupamento — Pág.3
• Jantar dos Reis — Pág.4
•Concurso “Os olhos são o espelho da
alma” — Pág.4
• Projecto Ciência Viva — Pág. 5
● O Dia dos Namorados – Pág. 6
● Cantinho da Poesia — Pág. 7
● Entrevista a Luís de Camões — Pág. 8
● Uma história em quadras– Pág. 9 ● Homenagem a Rosa Lobato Faria — Pág.
10 ● EB1 de Quinta Nova ganha 1º Prémio
em Concurso - Pág.12
•As nossa s Janeiras – Pág. 12
• Viagem ao longo de um rio- Pág.13
● As aventuras do Sol – Pág. 13
● Galeria de Carnaval - Pág. 14
• Geometria à nossa volta – Pág.15
• CEF Cerâmica/Pintura em Visita – Pág.16
• Internet Segura – Pág.16
• 2ª Eliminatória do “Concurso de Leitura
em Voz Alta”- Pág. 17 ● A selecção natural da História do
Universo—Pág. 18 ● Visita de Estudo ao Museu do Carro
Eléctrico – Pág. 19 ● Apadrinhar a Coruja das Neves– Pág.
20 ● Visita de Estudo ao Mosteiro de
Alcobaça e Ruínas de Conímbriga - Pág. 20 ● A Poetisa Helena Pires em conversa
com os alunos– Pág. 21 ● Arsénio Mota contacta alunos das nossa
escolas – Pág. 22 ● Texto colectivo - Turma de 3º ano -
Pág. 22
● Sugiro... “O Cuquedo”- Pág. 23 ● Formação de utilizadores na Biblioteca
do Centro Escolar —Pág. 23
• Um heroi é… – Pág.23
• Semana da Poesia – Pág. 24
● Concurso “Faça lá um Poema”- Pág. 27 ● 3ª Eliminatória do “Concurso de Leitura
em Voz Alta”- Pág. 28
● Top + - Pág.28 ● Uma incubadora de talentos chamada
Escola – Pág. 29
● Prémio Elídio Pinho— Pág. 30
• Problemas de Indisciplina – Pág.30
• A Famíl ia e o Processo de
Aprendizagem—Pág. 31
● Para um pai especial — Pág. 31
● Desporto Escolar—Pág. 32
● Viagem a Lamballe—Pág. 34
● Dia Mundial da Meteorologia—Pág. 34
● Livros debaixo de água —Pág.35
•4º ano EB1 da Quinta Nova ganha prémio
– Pág.35
• “Na Feira dos Malandrecos”– Pág.36
Em Exclusivo - Entrevista com a Directora do Agrupamento
participar nas actividades e
sugerir formas de participação.
Entrevistadoras: Lembra-se
de algum facto que tenha mar-
cado na sua vida profissional?
Directora: Sinto a falta do
reconhecimento no nosso meio,
do Ensino Público. Como lec-
cionei bastantes anos no Ensino
Particular, julgo que as diferen-
ças não são tantas como as pes-
soas julgam.
Entrevistadoras: Para quando a
construção de uma escola nova?
Directora: Não vai haver uma
escola nova. Vai haver uma remode-
lação e modernização desta estrutu-
ra, já a partir das interrupções lecti-
vas da Páscoa.
Entrevistadoras: Obrigada pela
colaboração que nos foi prestada.
Directora: Até à próxima.
No âmbito da disciplina de
Língua Portuguesa, as alunas
do CEF de Pintura, Carla Gon-
çalves, Cátia Marques entre-
vistaram a Directora da Escola,
Dra. Júlia Gradeço; as imagens
foram da responsabilidade da
Dra. Hercília Viegas.
A nossa entrevistada, a
Directora da escola Dr.
Acácio de Azevedo, nas-
ceu em Sangalhos. É casada e
tem dois rapazes. Estudou no
Colégio do Infante e depois
licenciou-se em Filologia Ger-
mânica, na Universidade do
Porto. Posteriormente, tirou
um curso de especialização
em Gestão Escolar. Actual-
mente, vive em Oliveira do
Bairro.
Entrevistadoras: Há quanto
tempo exerce a função de Direc-
tora?
Directora: Exerço funções de
Presidente do Conselho Executi-
vo desta escola desde há 7 anos.
Como Directora desempenho o
cargo desde o ano lectivo ante-
rior.
Entrevistadoras: Gosta da pro-
fissão que exerce?
Directora: Sim. Gosto imenso
do meu trabalho.
Entrevistadoras: Quais os pro-
jectos que tem em curso?
Directora: São vários. Mas, em
primeiro lugar, preocupo-me que
o Agrupamento de Escolas de Oli-
veira do Bairro tenha as mesmas
competências e o mesmo reconhe-
cimento do Ensino Particular.
Entrevistadoras: Esses projectos
estão a ter sucesso?
Directora: Estão a caminhar... em
Educação tudo é lento.
Entrevistadoras: Por que razão
não existem mais cursos de forma-
ção nesta escola?
Directora: Deve-se ao facto de
não ter havido inscrições suficientes
para abrir outros cursos.
Entrevistadoras: Quais as princi-
pais dificuldades que encontra no
exercício das suas funções?
Directora: Um dos principais pro-
blemas com que me debato é a
pouca valorização que os alunos
dão à escola. Atrás desse problema
vem a indisciplina e a dificuldade em
motivar as pessoas.
Entrevistadoras: Como é que os
alunos podem contribuir, no senti-
do de criar um bom ambiente de
trabalho?
Directora: Devem envolver-se e
Carla Gonçalves, Directora da Escola e Cátia Marques
Página 3
“A DIRECTORA
AFIRMA QUE
HAVERÁ
REFORMULAÇÃO
E
MODERNIZAÇÃO
DA
NOSSA ESCOLA.”
Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
O Zeca propôs o desa-
fio aos professores dos 2º e 3º ciclos que participa-ram prontamente neste concurso. Embora sejam os professores os “donos” dos olhos, o con-curso é destinado aos alunos e consiste em des-cobrir de quem são os respectivos olhos. Já diria o provérbio “Os olhos são o espelho da alma,” Será que são? Conheces estes olhos? Consegues identifi-car os teus professores? Brevemente terás mais novidades sobre como participares. Fica atento e até lá atreve-te...
que se distinguiram pelo seu com-
portamento, durante o primeiro
período.
Dado o envolvimento dos Pais/
Encarregados de Educação e dos
Professores da escola este tipo de
iniciativas deve continuar, no senti-
do de estreitar, cada vez mais, os
laços que unem a Escola à Comuni-
dade Escolar.
Comissão de Eventos e
Comemorações
No passado dia 8 de Janeiro
realizou-se um “Jantar de Reis”, no
Polivalente, da Escola Dr. Acácio
de Azevedo. Este evento foi dina-
mizado pela Associação de Pais e
teve a colaboração da Direcção
Executiva. O convívio iniciou-se
pelas 19 horas e terminou cerca
das 23 horas com uma forte parti-
cipação dos Pais/Encarregados de
Educação. Durante o jantar reinou
a boa disposição, havendo a colabo-
ração da Tuna da Escola, de um
coro de Professores e de dois ex-
alunos da escola, a Mariana e o João.
Houve ainda espaço para se fazer
o sorteio de cabazes de géneros
para angariação de fundos, visando a
aquisição de instrumentos para a
Tuna da Escola. A Associação de
Pais também entregou diplomas aos
dois melhores alunos de cada turma
Página 4 O Zeca
PROJECTO CIÊNCIA VIVA NA NOSSA ESCOLA
ram actividades laboratoriais para proceder à extracção de ADN das células do bolbo da cebola, Allium cepa, das folhas de a l f a z e m a , L a v a n d u l a angustifolia e do alecrim, Rosma r i nu s officinalis.
Iremos promover, no próximo período, actividades igualmente interessantes com as quais conclui-remos este projecto.
Alice Oliveira, Hercília Viegas, Mª Isabel
Quintaneiro, Ortélia Rocha (Coordenadora)
O Projecto “Plantas Aromáticas e Medicinais – conhecer para as uti-lizar em segurança” continua a desenvolver as actividades inicial-mente delineadas.
Para além das já iniciadas no 1º Período, como a manutenção de canteiros, a propagação de plantas e a recolha de informação sobre o uso tradicional de plantas medicinais da região, realizaram-se também as seguintes actividades:
- No dia 25 de Janeiro teve lugar
o “Chá das Cinco”, onde os docentes se deliciaram com aromas e sabores de diversas infusões (tília, camomila, limo-nete, flor de laranjeira, hortelã-pimenta) acompanhados de iguarias igualmente apetitosas, servindo, também, para dar a conhecer melhor este projecto; - No dia 10 de Março veio mais uma vez à nossa escola o Pro-
fessor Doutor Jorge Paiva, para falar aos alunos do 9º ano sobre curiosidades em relação à utiliza-ção destas plantas e alertar para os perigos a elas associadas, uma vez que todas têm substâncias tóxicas que, em excesso, podem ser até fatais. Como sempre, a plateia foi cativada pelo entusiasmo da sua comunicação e pela peculiaridade das suas histórias e vivências;
- Em contexto de sala de aula, com os alunos do 9º ano, decorre-
Professor Doutor Jorge Paiva
Página 5 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
PLANTA EFEITO MODO DE UTILIZAÇÃO
Aloe-vera
Tratamen-to de feri-das e quei-maduras.
Cortar um pouco da folha do aloé e aplicar directamente o suco interno na ferida ou
queimadura.
Camomila
Efeito cal-mante,
favorece a digestão.
Fazer uma infusão com a flor de camomila e beber o chá ao
longo do dia.
Loureiro
Facilita a digestão.
Fazer, com uma folha de lou-ro, uma infusão e beber o chá
após a refeição.
N.B. Este chá deve ser bebido com moderação.
Hera terrestre
Acalma a tosse.
Fazer, com as folhas, uma infusão e beber três chávenas
de chá por dia.
PLANTA EFEITO MODO DE UTILIZAÇÃO
Oliveira
Baixa a tensão arterial.
Fazer, com 3 folhas, uma infusão e beber em jejum.
N.B. Este chá não pode ser bebido frequentemente.
Tília
Efeito calmante, favorece a digestão.
Fazer uma infusão com a tília e beber o chá ao longo do
dia.
Malva
Acção desinfec-tante e cicatri-zante. Usado após extracção dentária e higie-
ne íntima.
Fazer com as folhas uma infusão a qual se utiliza para bochechar a boca após uma extracção dentária ou lavar diversas zonas do corpo.
Carqueja
Alivia o estôma-go e desce o colesterol
Faz-se uma infusão com a carqueja e bebe-se o chá
durante o dia.
ADN
ram Les Crêpes para agra-
do de todos os presentes.
Este evento foi realiza-
do em parceria com a
Biblioteca, que criou um
ambiente propício ao Dia
dos Namorados e deco-
rou uma mesa com livros
alusivos à data, para que
os utilizadores os pudes-
sem requisitar. Para os
mais inspirados também
existia um livro em bran-
co onde podiam escrever
mensagens de amor para
partilharem as suas mais
íntimas emoções.
Sandra Brás
O Departamento de
Línguas comemorou mais
uma vez a tradição anglo-
saxónica do St. Valentine's
Day nos dias 10 a 12
Fevereiro.
As tradicionais cartas
de amor transformaram-
se em mensagens na voz
de cada turma apresenta-
das em forma de coração.
O nível de empenho de
cada turma na constru-
ção dos corações superou
as expectativas e embele-
zou o polivalente. Cada
coração participou no
concurso para eleger o
melhor trabalho de cada
ciclo segundo os seguintes
parâmetros: coração mais
criativo, o melhor traba-
lho manual, coração mais
personalizado, coração
mais adequado à faixa etá-
ria e coração mais adequa-
do à temática. Eis os resul-
tados do Heart Contest:
2º ciclo
1º lugar: 6º E
2º lugar: 5ºC e 5ºE
3º lugar: 5ºB; 6ºA; 6ºB
3º ciclo
1º lugar: 9ºB
2º lugar: 7ºC
3º lugar: CEF Mecânica
Para apimentar o pala-
dar dos enamorados os
alunos e professores de
Francês confecciona-
Página 6 O Zeca
Em cima, corações vencedores
do 2º ciclo. Em baixo, os
vencedores do 3º ciclo
A confecção dos crepes
O que sinto?
Será amor? Será amizade? Que será isto que sinto? Coisa estranha, muito estranha... E agora que digo? Que maleita é esta que me veio atacar? Será que se nota, Ou dá para disfarçar? Os sintomas são variados, Mas não consigo falar... É tão estranho o que sinto... Algum dia vai passar?
Andreia Santos
A dor do adeus...
Quando uma lágrima vai rolando por minhas faces macias, Sinto muita dor, Não existe espaço para alegrias... Essa dor é forte, Aumenta a cada segun-do, É uma dor dilacerante, Que acaba com o meu mundo, A minha vida é triste, pois tu não estás, Sinto saudade, Não quero que vás... Mas tu foste, E aqui estou eu, Como um pedaço de estrela, Esquecida no céu. Quando par-tiste, Meu peito ficou a sangrar, Ainda hoje continua, Sempre sem parar.
Andreia Santos, 8º A
EU E TU ...
Existe o amor. E no amor há confu-sões, mas também pai-
xões. Eu e tu somos como o
mar.
Há dias bons e maus. Depende se há ondas grandes e fortes, ou calmas em que se pode
nadar. Há dias em que morro de ansiedade por te ver, e um dia sem ti é como um século. E há dias em que estou con-fuso, não sei se o mun-do tem fim nem se tu
gostas de mim. Mas tudo superámos, porque o amor é como o fogo , mui-to quente, aquece os corações mes-mo em dias de
Inverno.
ELODIE OLIVEIRA 8ºA
A Minha Amada
Você tem um magnífico nome - P de perfeição, A de admirável, U de única, L de linda, A de amorosa, tudo isto a caracteriza.
Quando a vi pela primeira vez parecia que estava a ver um anjo caído do céu, naquele momento parecia que estava nas nuvens…
Por isso, lhe escrevo esta carta, para declarar o amor que sinto por si! Com muito amor,
Do seu admirador secreto.
P.S. – Espero voltar a vê-la em breve!
André Nogueira, Élio Vieira, Joana Ferreira, 8º C
Página 7 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
O bater do meu coração...
Será amor? Será amizade? Que será isto que sinto? Coisa estranha, muito estranha... Que digo?
O meu coração bate, Mas não bate por bater, Bate porque sente, O amor a crescer...
O meu coração bate, Mas não bate por bater, Bate porque vê, O teu sorriso aparecer...
O meu coração bate de
emoção, O meu coração bate de alegria, O meu coração bate e bate, Pois anseia a tua compa-nhia...
Andreia Santos, 8º A
8. TALVEZ PORQUE TENHA SIDO OBRIGADO A PARTIR E A ESQUE-CER O SEU GRANDE AMOR EMCEUTA… R: Não queria estar a descrever os detalhes da minha vida pessoal, mas já que entrou nessa parte da minha vida posso afirmar que foi doloroso ter que partir para Ceuta em 1547, mas teve de ser, tinha que defender Portugal. 9. CREIO QUE ESTE É O MOMEN-TO PARTICULARMENTE IMPOR-
TANTE DA SUA VIDA: COMEÇOU A “ALINHAVAR OS LUSÍADAS E PERDEU O OLHO DIREITO EM COMBATE… R: Sim, foi o momento mais impor-tante da minha vida. Pois apesar de ter perdido o olho direito, pela minha Pátria, comecei a ortografar Os Lusíadas. Se puder passo a citar uma destas passagens: “ Sem olhos vi o Sol claro / Que dos olhos se seguiu; / Pois cara sem olhos viu / Olhos que lhe custam caro. / De olhos não faço menção, / Pois que-reis que olhos não sejam; / Vendo-vos, olhos sobejam, / Não vos ven-
do, olhos não são.” 10. SIM, EU SEI. PARECE QUE SE ENVOLVIA EM BRIGAS E ARRUA-ÇAS – O QUE LHE VALEU A ALCUNHA DE TRINCA-FORTES. A AGRESSÃO A GONÇALO BOR-GES FICOU PARA A HISTÓRIA. R: É verdade, e eu até gosto dessa alcunha. Este conflito ocorreu numa rixa, em dia da procissão do Corpo de Deus e eu sem intenção feri O Sr. Gonçalo Borges (para proteger dois amigos). Supliquei-lhe o meu perdão e ele aceitou-o, porém esta confusão acabou por ter conse-
quências mais graves.
(…)
LUÍS VAZ DE CAMÕES, VENHO DO SÉCULO XX, NO LIMIAR DO NOVO
MILÉNIO, PARA SABER…
1. UM POUCO MAIS SOBRE A SUA VIDA. OS REGISTOS SÃO CON-TROVERSOS, MAS A CURIOSIDA-DE SOBRE A SUA VIDA PERMANE-CE, QUATRO SÉCULOS DEPOIS… R: A minha vida está nas entreli-
nhas dos escritos que deixei. 2. NEM POR ISSO. A DATA E O LOCAL DO SEU NASCIMENTO PERMANECEM UMA INCÓGNI-
TA…
R: Sim, esse aspecto é verídico. Nunca quis falar muito de mim, neste caso da minha data de nasci-mento ou do local. Pois considero que estes dados não sejam impor-
tantes para a Humanidade. 3. NO ENTANTO, TEVE UMA EDUCAÇÃO COMPLETA. CONHE-CEU OS CLÁSSICOS GREGOS E LATINOS, LEU MUITO… R: Não fugindo à questão, em 1537, quando a Universidade de Coimbra foi transferida, eu entrei nesta, onde adquiri conhecimentos relativos à História de Portugal (pois eu adorava e adoro este tema). Também li imensos livros que fomentaram a minha aprendi-
zagem. 4. FALE-NOS UM POUCO DOS LIVROS QUE LEU E QUE O INFLUENCIARAM…
R: Eu tentei imitar os Gregos e os Latinos, daí eu narrar Os Lusíadas em verso. Aliás, os seus ideais influenciaram a minha vida. A Ilíada, a Odisseia e a Eneida foram algumas das obras que li. Fascinei-me por lendas gregas, pela mitologia grega
e pelos deuses e deusas. 5. FALOU EM DEUSAS. UMA DAS SUAS CARACTERÍSTICAS QUE PASSOU PARA A HISTÓRIA FOI
DE MULHERENGO OU, SE NÃO GOSTAR DA EXPRESSÃO, NAMO-RADEIRO… R: Pois, eu era um homem que gos-tava de, como vocês dizem agora no século XXI, curtir a vida. Os meus poemas são baseados na Mulher, na Mulher perfeita! Posso afirmar que Petrarca, um grande poeta italiano da época do Renasci-mento, me influenciou bastante! Este poeta conseguiu criar um modelo de mulher perfeita com várias características com origem nos trovadores provençais. Para criar os meus poemas baseei-me nesse modelo e a minha inspiração foram as mulheres que tanto amei como Natércia, Dinamene, Bárba-
ra… 6. AMORES QUE LHE CAUSARAM ALGUNS DISSABORES... R: Respondo-lhe da melhor manei-ra que sei, em verso: “Que dias há que na alma me tem posto / um não sei quê, que nasce não sei onde / Vem não sei como, e dói não sei porquê”.O amor é desespe-ro? Ansiedade? “Amor é fogo que arde sem se ver.” 7. MAS O AMOR PELA INFANTA D. MARIA, FILHA D’EL REI D. MANUEL, FOI PARTICULARMENTE DOLOROSO!? R: Se quer que lhe responda com sinceridade, sim foi. Pois para além de a infanta ser rica e da alta socie-dade e eu um pobre e miserável homem tive de ir defender a minha Pátria. Como devem saber os meus amigos gostavam de namoriscar e aproveitar os prazeres da vida, eu fui também um pouco por esse caminho. Agora sinto-me um pouco envergonhado por falar nesta faceta da minha vida, mas posso afirmar que eu gostava de assediar as mulheres, de lhe cantar poemas e de dançar com elas, com aquele cheirinho a cravo que tanto gosto.
Página 8 O Zeca
Abraçados se apressaram A sair daquele inferno E à bruxa escaparam
Jurando um amor eterno.
Lá ao longe na planície
A transformação se deu
Aos olhos da velha bruxa
O milagre aconteceu.
De mãos dadas se afastaram
Para um reino sem igual Ela, Moura, ele, Príncipe
Formando um belo casal.
Trabalho colectivo realizado na aula de
Língua Portuguesa—5ºE
Ilustração: Patrícia Garcia
(mãe do aluno Rafael Garcia)
UMA AUDIÊNCIA A D. SEBAS-TIÃO? R: Mais ou menos... Quando entre-guei os poemas a D. Sebastião soli-citei-lhe a sua leitura. D’el rei con-cedeu-me e então li-os no paço real. Na dedicatória da minha epo-peia eu dediquei-lhe um poema. Para além, do Rei D. Sebastião autorizar a publicação da minha Obra, este concedeu-me uma ten-
ça anual de 15 mil réis.
Bibliografia:
BARROS, João; “Os Lusíadas em Prosa”; SA´ DA COSTA EDITORA; 2009
PAIS, Amélia Pinto; “Para compreender Os Lusíadas”; Centelha; 1982
VIANA, António Manuel Couto; “Breve Dicionário De Autores Portugueses”; Ver-bo; 1985
VIANA, António Manuel Couto; “Os Lusíadas”; Verbo; 1999
CIDADE, Hernâni; “Luís de Camões – O Lírico”; Editorial Presença; 2003
Jéssica Tavares, 9ºC/Nº8
(…) 11. O SENHOR FOI PRESO? R: Infelizmente sim. Fui encarcerado no Tronco da cidade. Foi nesse ano de prisão que compus o Primeiro
canto da minha obra Os Lusíadas. 12. SEGUIU-SE A VIAGEM PARA A ÍNDIA. JÁ LEVAVA NA BAGAGEM O MANUSCRITO DE OS LUSÍADAS? R: Evidentemente. O manuscrito “andou” sempre comigo. Foi nesta viagem que eu registei as magníficas paisagens, os segredos...por onde Vasco da Gama andara e estivera. Foi durante este período, que soube avaliar o esforço formidável do povo audacioso e persistente, que fora capaz de vencer todos os perigos e terrores de tão difícil e arriscada
travessia – os portugueses. 13. O QUE SENTIU NESSA OCA-SIÃO? R: Que era a minha vida que estava em jogo. O poema Os Lusíadas é a minha vida.
14. COMO FOI O REGRESSO A LIS-BOA? R: Regresso a Lisboa em 1569, e em 1572 publico a minha prestigiada obra. Contudo esta viagem foi muito complicada. Pois, como pobre que sou, demorei muito tempo a conse-guir juntar dinheiro suficiente para voltar à minha Pátria. Porém em 1567, uns amigos emprestaram-me dinheiro, e viajo até Moçambique, onde fico mais dois anos. Depois volto a Lisboa de graça. Mas quando cheguei, fiquei muito desiludido. A
peste tinha devastado a cidade. 15. COMO SE SENTIU QUANDO RECEBEU AUTORIZAÇÃO D’EL REI D. SEBASTIÃO PARA PUBLICAR OS
LUSÍADAS»? R: Como é óbvio, fiquei contentíssi-mo. Foi um sonho tornado realida-de. E para demonstrar este agradeci-mento ofereci estes poemas ao rei
D. Sebastião. 16. SEMPRE É VERDADE PEDIU
Era uma vez uma bruxa Que tinha enorme vassoura E um gato preto a ajudou
A raptar uma Moura.
Numa torre muito alta
Bela Moura se encontrava Naquela cela medonha
Noite e dia só chorava.
O gato com muita pena Sentinela à porta estava
Queria ajudar a Moura
Mas a bruxa não deixava.
Lá em baixo na cozinha
Junto a um grande caldeirão A bruxa lia e relia
P’ra fazer uma poção.
De volta do caldeirão A bruxa uma ideia tinha Transformar a bela Moura
Numa feiosa ratinha.
Neste reino de maldade
O gato não evitou
A transformação da Moura
Que p’ra ratinha passou.
Para a poder ajudar Às escondidas o gato
Ao cimo da torre chegou
Para se tornar um rato.
A trepar, trepar, trepar A poção toda bebeu A um canto e a chiar
Ele a ratinha encontrou.
Página 9 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Chamava-se a isto Ado-lescência, as formas cres-ciam-nos como as necessi-dades do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudo literatura, histó-ria universal, história de arte, descobrimentos e o Camões a contar aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te, menina, que vais ser escritora.
Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, a músi-ca da poesia medieval res-soava nas paredes cheias de sol, ay eu coitada, como vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas, vai-las lavar alva, e o rio corria entre as carteiras e nele molhávamos os pés e as almas.
Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e a c e n t o s g r a v e s . Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de onde saía-mos com a sensação de que a mulher era uma mer-dinha frágil, sem vontade própria, sempre a obede-cer ao marido, fraca de espírito que não de corpo, pois, tendo passado o dia inteiro a esfregar o chão com palha de aço, a espa-lhar cera, a puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chave na porta havia de apresentar-se ao macho milagrosa-mente fresca, vestida de
A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazía-mos hospitais para as formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto pou-pava-nos a conversas enfadonhas e incom-preensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores, passeávamos de burro, fabricávamos gri-naldas de flores do cam-po. Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias nunca aprendi-das.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inú-teis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como ver-bos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensi-nar a pensar e a sur-preendente mania de acreditar que isso era b o m . Não batíamos na profes-sora, levávamos-lhe flo-res.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs trincadas com dentes novos, um rasto de horte-lã nos aventais, a angústia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa da aurora), a beleza das can-tigas límpidas das campo-nesas, o fulgor das papoi-las. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos nove ensina-ram-me inglês e pude alar-gar o âmbito das minhas leituras infantis. Aos treze fui, interna, para o Colé-gio. Ali havia muitas rapa-rigas que cheiravam a pão, escreviam cartas às escon-didas, e sonhavam com os filmes que viam nas férias. Tínhamos a certeza de que o Tyrone Power havia de vir buscar-nos, com os seus olhos morenos, depois de nos ter visto fazer uma entrada espam-panante no salão de baile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido para seu par ideal.
Página 10 O Zeca
A escritora, letrista e actriz Rosa Lobato Faria, morreu terça-feira, dia 2, aos 77 anos, depois de uma s e m a n a d e internamento num hosp ita l pr ivado. Publicamos aqui a 'autobiografia' que escreveu para o JL há dois anos.
Foi colaboradora (dizendo poesias) de David Mourão-Ferreira e m p r o g r a m a s literários da televisão. Autora, entre outros, dos romances Flor do Sal, A Trança de Inês, Romance de Cordélia, O Prenúncio das Águas, ou mais recentemente A Estrela de Gonçalo Enes (ed. Quasi).
AutobiografiaAutobiografiaAutobiografiaAutobiografia
Quando eu e ra pequena havia um mistério chamado Infância. Nunca tínhamos ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual, política e pedofilia. Vivíamos num mundo mág i co de princesas imaginárias, príncipes encantados e animais que falavam.
etc. Também escrevi algu-mas destas coisas e daqui senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer teatro porque
não aprendi.
Que mais? Ah, as canti-gas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas mais divertidas que me aconte-ceu. Ouvir a música e perce-ber o que é que lá vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é só
uma cantiga. Irrelevante.
Se isto fosse uma auto-biografia teria muitas outras coisas para contar. Mas não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço que, para 75 anos de vida, conve-nhamos, não é excessivo. Encontramo-nos no meu
próximo romance.
Rita Marques e Paula Sofia
Faria, Rosa Lobato. Autobiogra-fia. [Acedido em: 10, Março,
2010. Disponível em URL: http://aeiou.visao.pt/um-rasto-
de-hortela=f546518
às gerações futuras (ainda não sabia que entre os meus 12 netos se conta-riam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a revolução que NÓS fize-mos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo, quando ainda não era suposto. Quando desco-bri que ser livre era acre-ditar em mim própria, nos meus poucos, mas
bons, valores pessoais.
Depois foram as cir-cunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros, acertos, disparates, generosidades, ingenuida-des, tudo muito bom para aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Apren-der é a palavra chave e dou por mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metá-fora da vida humana e posso glosar essa desco-berta até, praticamente,
ao infinito.
Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as pala-vras. Também escrevia crónicas e contos e reca-dos à mulher-a-dias. E de
repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procuras-se como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos inters-tícios do cérebro, e me atiram para outra dimen-são e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponí-vel, mais alegre, mais
nova).
Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito. Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem. Quando estou em proces-so criativo sinto-me boni-ta. É como se tivesse luzi-nhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens. Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça, idade ou religião. É
um progresso enorme.
Se isto fosse uma auto-biografia teria que dizer que, perto dos 30, come-cei a dizer poesia na tele-visão e pelos 40 e tais pus-me a fazer umas malu-queiras em novelas, séries,
Doris Day, a mesa posta, o jantarinho rescendente, e nem uma unha partida, nem um cabelo desalinha-do, lá-lá-lá, chegaste, meu amor, que felicidade! (A professora era uma sol-teirona, mais sonhadora do que nós, que sabia todas as receitas do mun-do para tirar todas as nódoas do mundo e os melhores truques para arear os tachos de cobre que ninguém tinha na vida real).
Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para a Facul-dade sem fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me, ainda completamente em bran-co (e não me refiro só à cor do vestido). Só seis anos, três filhos e cente-nas de livros mais tarde é que resolvi arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos. Isto não, isto não se usa, isto não gos-to, isto sim, isto segura-mente, isto talvez. .Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os itens que à pergunta por-quê só me tinham res-pondido porque sim, ou, pior, porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de deixar de ser e
começar a abrir caminho
Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
Página 11 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
EB1 de Vila Verde, perten-cendo ao Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, ganhou o primeiro prémio na modalidade de “Criatividade”, com a peça de teatro “Mosqueteiros do Ambiente”.
O texto foi criado pela turma
dos 1º e 4º anos e representada
por alunos das diferentes turmas,
sob a supervisão da Prof. ª Prazeres Silva.
O referido prémio foi gozado, durante três dias em Fronteira, Alentejo, entre
13 e 15 de Fevereiro, por um grupo de 18 alunos, acompanhados pelas professo-
ras Lúcia Campos e Prazeres Silva.
dos, chupa-chupas, figos e alguns chouriços. Em algumas casas também apanhámos tangerinas e laranjas.
No último dia a mãe de uma aluna da escola ofereceu-nos um delicio-so bolo de maçã e canela que comemos a seguir ao lanche. Estava tão bom que não sobrou nem uma migalha!
Esta é uma tradição que é preciso manter!
Nós, os alunos da Escola Básica de Passa-douro fomos cantar as Janeiras nos dias 5, 6 e 7 de Janeiro, pelas ruas da localidade.
Antes de irmos para as ruas estivemos, com a ajuda dos professores e da D. Lúcia, a inventar uma letra para cantar-mos. Ensaiámos e tam-bém arranjámos alguns instrumentos: tambores, pandeiretas, pinhas, ferri-nhos, garrafas com pedri-nhas, …
No primeiro dia fomos para o Cabeço da Póvoa, no segundo dia para a Póvoa do Carreiro e no terceiro dia para o Passadouro.
Em alguns dias andá-mos nas estradas princi-pais que tinham muito trânsito, pelo que tive-mos de ter muito cuida-do.
As pessoas foram muito simpáticas connos-co e deram-nos bolachas, bombons, nozes, rebuça-
Página 12 O Zeca
EB 1 de Vila Verde
GANHA 1º PRÉMIO, (EXEQUO COM MAIS 4
ESCOLAS), NA MODALIDADE
“CRIATIVIDADE” COM A PARTICIPAÇÃO NO
PROJECTO “GERAÇÃO DEPOSITRÃO”,
PROMOVIDO PELA ERP PORTUGAL...
VILA
Todo o grupo de participantes
Na discoteca Jogos de exterior
pancada racharam o gelo,
na segunda partiram
metade e na terceira o
gelo partiu aos pedaci-
nhos. Estes heróis salva-
ram a Terra, tendo em
conta, que sem o Sol, os
seres vivos não iriam
sobreviver.
Enfim, a união faz a
força!
Hélio
EB1 Bustos
Então, Júpiter resolveu
chamar um gigante, con-
vencendo-o a jogar à bola.
Como o Sol tem forma
esférica, o gigante deu-lhe
um grande pontapé, mas o
gelo não partiu.
O gigante conhecia o
Harry Potter, chamou-o
para partir o gelo com a
sua magia, ele usou de
tudo, mas o gelo nem se-
quer rachou. Harry Potter
chamou Lara Croft que
tentou desfazer o gelo
com a sua pistola, mas o
gelo não partiu.
O Pai Natal que estava
de passagem lançou pre-
sentes para partir o gelo,
mas como tinha má pon-
taria, ao invés de partir o
gelo, partiu o chão, e o
Sol afundou-se no mar.
Tiveram que usar uma
nave-espacial para o
puxar, a nave tentou tam-
bém partir o gelo, mas
não conseguiu.
Sem mais hipóteses,
decidiram juntos tentar
ajudar o Sol. Na primeira
xes que estão em perigo,
ou porque ficaram presos
nos ramos, no lixo… ou
porque se aproximam
barcos… Mas, queres
continuar a viagem con-
nosco? Vai ser bom falar!
– convidei eu.
– Sim! Claro que sim!
Obrigado.
Então, nós continuá-
mos a viagem em direc-
ção ao Oceano Atlântico.
Foi bonito! Fizemos cor-
ridas, piruetas, saltos,
jogámos ao esconde-
esconde, cantámos. Sei
lá…foi daqueles dias que
nunca esquecemos.
Quando chegámos a
Um dia, eu e os meus
amigos peixes resolvemos
ir passear ao longo do rio
Tejo.
A paisagem lá em bai-
xo era maravilhosa. A
água era limpa e tinha pei-
xes bonitos.
Quando estávamos a
passar a fronteira entre
Espanha e Portugal,
encontrámos um grande
amigo meu e começámos
a falar:
–Então, amigo… há
tanto tempo! – exclamei
eu.
–Pois é, grande amigo!
Que saudades!! O que
tens feito?
–Tenho andado a
brincar com outros ami-
gos, tenho andado a pas-
sear, se alguém precisa de
ajuda eu ajudo e pratica-
mente é isso. Então e tu?
– perguntei, curioso.
– Eu tenho andado a
passear, a brincar e a tra-
balhar. Mas que ajudas
costumas dar?
– Presto auxílio a pei-
Depois, continuámos a
nossa viagem para che-
garmos à foz do rio, em
Lisboa. Que grande cida-
de! Tão iluminada à noite!
Que bonita é a Torre de
Belém e o Mosteiro dos
Jerónimos!
Foi divertido ver o
estuário do rio e como o
Tejo desagua no Oceano
Atlântico. As gaivotas
quase me comiam…
Eu e os meus colegas
adorámos a viagem.
Diogo, 4.º ano
EB do Troviscal
O sol estava cansado
de ficar parado. Então foi
passear para o Pólo Norte.
Aí, não aguentou o frio e
congelou.
Ele precisava de des-
congelar porque dá luz e
calor à Terra, sem ele nin-
guém vive, então chamou
o seu primo, o gigante
gasoso do Sistema Solar,
Júpiter, que tentou de
várias maneiras resolver o
problema, mas quase que
desapareceu por usar toda
a sua energia.
Página 13 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Página 14 O Zeca
Galeria de Carnaval — 2º ciclo
António Monteiro —
Retirado de “EnigMat”,
Matemática, 7º ano,
Edições Asa
O fascínio da
geometria
Vê lá que atrapalhação,
Disparate e confusão
Este mundo não seria
Se um dia, de repente,
Por loucura toda a gente
Esquecesse a Geometria.
O carpinteiro João
Não podia pôr no chão
Uma mesa que servisse.
E a janela, coitada,
Jamais era consertada
Se um vidro se partisse.
Queria a gente uma jaqueta
Não importa azul ou preta
Mas nem curta nem comprida.
Sem a Geometria – apostas? –
Vinha com mangas nas costas
Nunca ficava à medida.
O operário na construção
Do telhado ao rés-do-chão
Que fazer já não sabia
A porta nunca fechava;
A parede desabava;
A escada não existia.
Andaria tudo torto
E até mesmo no desporto
Haveria muito azar.
No futebol, que cachola,
Não se conhecia a bola
Que se havia de chutar.
... E para haver harmonia
É preciso Geometria,
Usá-la a todo o momento.
Para a podermos estudar
Iremos utilizar
Olhos, mãos e pensamento.
Geometria é uma ciência
Quer amor e paciência
Passa de avós para netos.
Suas principais funções:
Estudar formas e dimensões
De todos os objectos.
Mas no mundo há formas tantas
Nos cristais e nas plantas
Nas pessoas, nos tostões!
E nenhuma é perfeita
Pois se a gente à lupa espreita
Vê que há sempre imperfeições!
Formas simples e perfeitas
Que em Geometria aproveitadas
Só na ideia são vividas.
Não são coisas reais
Mas figuras ideais
Com que as coisas são parecidas.
Torre de Pisa (Itália)
Pirâmide de Kefre (Egipto)
Cubo da Ribeira (Porto)
Hipercubo (Salvador Dalí, 1954)
Bola de Buck (molécula de Carbo-no 60)
Ponte Vasco da Gama — Lisboa
“ Geometria
é uma
ciência
Quer
amor
e
paciência…”
Página 15 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Por volta das 17 horas
terminou a visita de estu-
do e regressaram ao pon-
to de partida.
Os formandos consi-
deraram a visita motiva-
dora, dado que contacta-
ram e vivenciaram expe-
riências pelas quais nunca
tinham passado, tornando
-se uma mais - valia no
seu percurso académico e
pessoal.
Márcia Maia
No dia 17 de Feverei-
ro os formandos da tur-
ma do CEF de Cerâmica
e de Pintura participaram
numa visita de estudo,
sob a orientação das for-
madoras Edite Fernandes
e Carla Silva.
A partida deu-se pelas
10 horas, da Escola Dr.
Acácio de Azevedo e
teve como destino a cida-
de de Aveiro, onde os
discentes visionaram e
apreciaram exemplos da
Azulejaria Antiga, presen-
tes na Arte Nova.
Posteriormente, deslo-
caram-se ao Fórum, onde
almoçaram.
Após a refeição dirigi-
ram-se à Fábrica da Vista
– Alegre. Nesse local, os
formandos tiveram opor-
tunidade de fazer uma
visita guiada, tomando
contacto com a produção
da porcelana e participa-
ram num workshop.
longas, para serem seguras, misturando letras, números e sím-bolos); a saída dos e-mails, plataformas, fóruns, Messenger (deve ser sempre em segu-rança); as regras de cidadania, (fazer uso do lema “Tratar os outros como gostarias de ser tratado”); as situações de perigo físico e finan-ceiro (nunca conversar com estranhos ou for-necer informações pes-soais);
… (continua)
A Internet é extraordiná-ria! Possibilita a aprendiza-gem, a troca de informa-ções, a conversa, o contac-to com gente de culturas diferentes, a construção de amizades, a realização de jogos… mas é preciso mui-to cuidado. Não há qual-quer entidade que supervi-sione a comunicação e a publicação de informação na Internet.
A maior parte dos seus serviços encontra-se à dis-posição dos utilizadores, muitos deles bastante jovens, sem qualquer restri-ção ou controlo. É necessá-rio, então, tomar consciên-cia dos perigos que este “Mundo Maravi lhoso” encerra e não pensar que as “coisas” só acontecem aos outros.
As professoras de Informática e a professo-ra Bibliotecária respon-deram ao desafio lançado às escolas e, de 8 a 12 de Fevereiro, desenvolveram actividades na sala de aula e na Biblioteca Escolar, com o objectivo de pro-mover o uso crítico do computador e da Internet.
Todas os alunos das turmas do 2ºe 3º ciclos e dos Cursos de Educação e Formação de Pintura e Mecânica foram sensibili-zados para os cuidados a ter com o computador ( fazer actual izações periódicas do sistema operativo e software, fazer cópias de segurança e usar um antivírus actua-lizado); a criação de pala-vras-passe (devem ser
Azulejaria Antiga em Aveiro
http://www.seguranet.pt
Página 16 O Zeca
“ Leonor
navega
na Internet,
vai formosa
e segura.”
Alunos seleccionados para
a 3ª eliminatória:
2ºCiclo
Delfina Gonçalinho, 5º A
Beatriz Rodriguez, 5º A
Ana Margarida Araújo, 5º A
Ana Rita Silva, 5º E
Joanne Batista, 6º C
Magalie Oliveira, 6º C
Sofia Silva, 6º C
Vitaly Daoydooch, 5º B
Hugo Marques, 6º C
Catarina Soares, 6º A
3º Ciclo
Andreia Santos, 8º A
Francisco Oliveira, 7º B
Elodie Oliveira, 8º A
Marya Sprychonova, 7º A
Viktória Lysenko, 7º A
Angelina Cristino
No dia 10 de Feverei-ro, como estava previs-to, realizou-se, na biblio-teca da nossa escola, a 2ª e l i m i n a t ó r i a d o “Concurso de Leitura e m V o z A l t a ” . A abertura do evento foi realizada pela Direc-tora da Escola, que elo-giou os pais por terem acompanhado os seus filhos e desejou um bom desempenho a todos os c o n c o r r e n t e s . Seguidamente, alguns alunos do 7º C, da disci-plina de Teatro, sob a orientação da prof.ª Ana Ferreira, brindaram a
plateia com a dramatiza-ção de poemas de auto-res consagrados da lite-ra tura portuguesa . Depois, foi a vez de os concorrentes fazerem as suas leituras. O Júri e o restante público admira-ram o esforço de todos os candidatos para que o seu desempenho fosse perfeito, mas como se tratava de um concurso, tinha de haver selecção e alguns tinham de ser eli-minados.
O evento terminou com os habituais agrade-cimentos a todos os par-ticipantes.
Verificou-se, ao longo de
toda a semana, uma grande
receptividade por parte dos
discentes, demonstrando
uma grande vontade de que-
rer saber mais sobre a ade-
quada utilização da Internet,
não só no que diz respeito à
segurança mas também à
legalidade da sua utilização.
Angelina Cristino e Angelina
Pinto
… (continuação p. 16)
… os direitos de autor
(nunca fazer downloads ile-
gais); a recepção de fichei-
ros enviados por desconhe-
cidos (deitar ao lixo e nun-
ca abrir); entre outros.
No final de cada sessão,
receberam um desdobrável
com as principais regras de
utilização do computador e
da Internet e acederam ao site
www.seguranet.pt, onde puderam jogar e consolidar os conhecimen-
tos adquiridos anteriormente.
Página 17 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
A professora Ana Ferreira com as alu-nas do 7ºC—Teatro
Página 18 O Zeca
A Selecção Natural na História do Universo sugerem que cada universo-bebé terá leis e propriedades aleatoriamente dife-rentes das do universo-mãe. Estas varia-ções nas leis físicas influenciam a evolu-ção dos diferentes universos. Alguns poderão parecer-se com o nosso e pode ser que as forças nucleares sejam mais fortes ou os seus electrões mais pesados. Outros serão bem distintos do nosso, de forma que não se formam sis-temas estelares e planetários.
De acordo com a teoria de Smolin, torna-se evidente que, se as proprieda-des de um universo impedem a forma-ção de estrelas, então esse universo não terá possibilidade de criar muitos “buracos negros”, não dando, por isso, origem a muitos universos-filhos. Se pelo contrário, universos como o nosso, que possuem estrelas de elevada massa, que terminarão a sua vida em “buracos negros” criarão imensos universos-filhos, daí que haverá muito mais universos como o nosso, que produzem estrelas, do que universos que impeçam a sua produção.
É precisamente a teoria da selecção natural aplicada ao cosmos: os universos melhor preparados (fisicamente falando) para se multiplicarem superam em número os outros. Sugere-se assim, que a evolução das leis básicas do universo em que vivemos (de características antrópicas) até adquirirem esta forma extraordinária e harmoniosa, resultam de variações aleatórias das leis da física ao longo de biliões de milhões de anos.
Se esta teoria for correcta então toda a ordem cósmica e a nossa própria existência estão baseadas no acaso e na contingência.
J.M.
Terá o nosso universo surgido por selecção natural, como uma das muitas hipóteses de universos físicos possíveis?
É aceite, pela grande maioria dos astrónomos, que o nosso Universo teve origem numa colossal explosão de energia e matéria que é vulgarmen-te conhecida pela designação de Big Bang – a grande explosão que ocorreu há cerca de 15 mil milhões de anos. O Universo a partir desse momento entrou em expansão acelerada ( como um balão que se enche de ar), como comprovaram as observações de Hubble. A radiação cósmica de fundo, a quantidade de elementos leves (hidrogénio e deutério) são mais dois factos que comprovam esta teo-ria. Do Big Bang resultaram as galáxias, as estrelas, os planetas, o espaço, o tempo e a própria vida.
No entanto a comunidade científica especula se será o nosso universo único. Mais ainda, questionam , se será o Uni-verso vivo.
Começamos pela primeira questão que remonta já há alguns anos. A pro-vável existência de versões alternativas do Universo é um dos temas favoritos da ficção científica. Na actualidade esta hipótese não se coloca apenas para os escritores de ficção cientifica. Existem físicos teóricos a trabalhar neste para-digma.
Para o astrofísico Andrei Linde não existe apenas um universo, assim como não podemos falar de um Big Bang. Ele acredita que ocorreram vários “Big Bangs” que deram origem a estruturas que formaram universos independentes do nosso.
O cientista refere que o nosso Universo não é mais do que um entre vários em perpétua multiplicação. O limite exterior de cada universo será constituído por uma zona de oscila-ções de elevada frequência, geradora
de uma energia de tal modo fantástica que faz desencadear um novo Big Bang, onde a matéria jorra por uma espécie de cordão umbilical para dar origem a um universo-bebé.
Este conceito de multiplicação direc-ciona-nos para a segunda questão. Se os universos brotam espontaneamente de zonas de enorme energia, não os podere-mos considerar parecidos com criaturas vivas, com nascimento, evolução e morte? Terá o nosso universo surgido por selecção natural, como uma das muitas hipóteses de universos possíveis? Manterão os vários universos uma competição(no seu início) de acordo com as leis da física e de forma análoga às leis darwinianas que se aplicam a todos os seres vivos?
Isto é precisamente o que defende o físico teórico Lee Smolin. “ Não é neces-sário que o nosso Universo se contraia para vermos surgir um novo com leis diferentes das actuais.” O simples colap-so de uma estrela maciça com a produ-ção de um “buraco negro” – uma região tão comprimida de onde nada, nem a própria luz, dela pode escapar – produz as condições semelhantes ao colapso do próprio universo. Segundo Smolim e Stephen Hawking, no interior de um “buraco negro” as leis físicas podem sofrer mudanças aleatórias que criam um universo próprio – uma “bolha “ de matéria e energia que se expande para formar um cosmos completo.
Por outras palavras, cada estrela que colapsa gera um Big Bang e um novo universo. Por este processo formam-se um número infinito de universos uma vez que, os novos cosmos, continuam a produzir as suas estrelas com os seus próprios “buracos negros” dando lugar a universos sem fim. Se esta teoria esti-ver correcta o Universo em que vivemos formou-se como resultado do colapso de uma estrela de um outro universo originando o nosso universo-bebé. As ideias combinadas de Smolin e Linde
do encosto dos bancos para melhor comodidade dos passageiros, sem esquecer o apoio ao serviço: carro eléctrico de reparação da linha eléctri-ca e dos carris e as “zorras” de trans-porte de carvão para a produção de electricidade.
Finda a explicação, seguiu-se a com-pra de lembranças, assinalando cada um, como queria, a sua passagem pelo Museu do Carro Eléctrico.
O único lamento verificou-se na impossibilidade de realização de uma pequena viagem de carro eléctrico pela bela zona ribeirinha do Porto.
O complemento desta visita de estudo levou a comitiva ao Palácio de Cristal para desfrutar do almoço, brin-cando um pouco no parque de diver-sões, e do passeio pelos jardins com vista panorâmica sobre o Douro. O deslumbramento de grande parte dos alunos era notório.
A viagem de regresso à Escola cor-reu sem incidentes, sendo de enaltecer o comportamento cívico de todos os participantes.
Jaime Martins
No passado dia 11 de Março, as turmas do 6º ano deslocaram-se ao Porto para visitar o Museu do Carro Eléctrico e os jardins do Palácio de Cristal, num evento preparado e desenvolvido pelos Departamentos de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Experimentais e Exactas.
O dia surgiu radioso. O sol des-pontou, inundando o horizonte de luz. A temperatura era amena, dispen-sando agasalhos condicionantes.
Cumpridas as formalidades de presença, acomodação e controle, os autocarros largaram rumo ao Porto. Na viagem, cada aluno aproveitou para exibir a sua última aquisição tec-nológica aos companheiros de viagem, desfrutando do seu uso: telemóveis, mp3, máquinas de jogos, etc.
A visita ao Museu do Carro Eléc-trico realizou-se por grupos, com uma guia de explicação e contextuali-zação da época, a segunda metade do séc. XIX e séc. XX: tempo de aplica-ção da máquina a vapor às diferentes áreas produtivas (agricultura e indús-tria) e melhoria da circulação de pes-soas e produtos (caminho-de-ferro e carro eléctrico).
A abordagem dos transportes na segunda metade do séc. XIX feita pela guia iniciou-se pela confrontação entre o “carroção” e o “americano”. O primeiro representava a adaptação do carro de bois, lento e pesado, ao transporte de pessoas: rodas de madeira com estrutura resistente e pesada e espaço fechado, onde as pessoas se sentavam para uma viagem cansativa e demorada; o segundo era uma adaptação do coche do séc. XVIII ao transporte de pessoas, circulando sobre carris e sendo puxado por cavalos.
A atenção à explicação da diferen-
ça entre estes tipos de transpor-te foi interrompida por um casal de intrusos, representativo do povo da época: homem e mulher trajando a rigor, de acordo com a época, linguagem popular. O diálogo versava a dificuldade em reconhecer o trajecto do “americano”, ou seja, saber para onde ia. O analfabetismo da épo-ca não permitia a leitura da placa de identificação. O código de leitura era, então, para além da placa verbal, a cor da luz emitida pelo candeeiro interno do pró-prio veículo.
A visita prosseguiu, confron-tando sempre os novos carros eléctricos com os avanços da sociedade e as exigências da popula-ção. Assim se chegou ao “Pipi”, carro eléctrico que apresentava uma con-cepção e desenho semelhantes ao do autocarro, com os interiores requin-tados, merecendo, por isso, nova cena de diálogo do casal de intrusos, com traje mais uma vez a rigor, elo-giando as características do novo carro eléctrico, numa cena onde a vaidade e importância social eram expressas e ridicularizadas. Fez-se uma paragem no “Fumista”, carro eléctrico com janelas de tirar e pôr para permitir a satisfação dos fuma-dores da época, garantindo a circula-ção do ar. Visitou-se o Eléctrico da Praia, vestido a condizer com persia-nas em pano listado, igual ao utilizado nas barracas de praia da primeira metade do séc. XX. A par de tudo isto, as aplicações técnicas nos carros eléctricos foram devidamente expli-cadas, desde a circulação da electrici-dade para fazer mover o motor, a “buzina” especial para avisar os pas-seantes, a utilização da circulação do carro eléctrico nos dois sentidos, virando somente a “catenária” de ligação ao cabo eléctrico, à viragem
Página 19 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Página 20 O Zeca
dário de bolso por um
valor monetário simbóli-
co, com vista à recolha
de fundos de forma a
cobrir a quantia necessá-
ria para o apadrinhamen-
to.
É de louvar desde já a
participação de todos os
que incansavelmente leva-
ram a cabo uma activida-
de de protecção da Natu-
reza, com sucesso.
Professoras a leccionar o 5.º ano de escolaridade
Com o intuito de dar
continuidade à sensibili-
zação, que se iniciou no
ano lectivo 2008/09,
sobre o apadrinhamento
de um animal, o grupo
de professoras que lec-
cionam Ciências da
Natureza neste ano lecti-
vo decidiram dar sequên-
cia a esta actividade, com
os alunos do 5º ano, por
estes abordarem temáti-
cas relacionadas com a
preservação do meio
ambiente e de todos os
seres que nele intera-
gem.
No decorrer do pri-
meiro período, estabele-
ceu-se o contacto com o
zoo da Quinta de Santo
Inácio – Vila Nova de
Gaia, que informou quais
os animais que possuía
para apadrinhar neste
ano civil. Foram dadas a
conhecer as propostas
dos animais aos alunos
do 5º ano e após votação
foi eleita para apadrinhar
a Coruja das Neves.
Com a intenção de
levar a cabo uma activi-
dade de sensibilização
junto da comunidade, os
alunos das turmas do 5º
ano trocaram um calen-
facilitar a sua com-
preensão.
A actividade decor-
reu conforme o pre-
visto no Plano de Acti-
vidades tendo os alu-
nos a preocupação de
registar, em imagens e
texto o que conside-
raram mais interessan-
te.
Rosa Pires
No passado dia 15
de Março, os alunos
do 5º ano de escolari-
dade deslocaram-se
em visita de estudo ao
Mosteiro de Alcobaça
e às Ruínas de Coním-
briga.
A viagem tinha
como objectivos sensi-
bilizar os alunos para
o conhecimento e
preservação do patri-
mónio histórico,
observação directa
dos vestígios deixados
pelos romanos
(Conímbriga) e aprofun-
damento dos conheci-
mentos sobre a vida
quotidiana nos mostei-
ros (Mosteiro de Alco-
baça).
Foi entregue previa-
mente aos alunos um
pequeno roteiro com as
várias dependências do
Mosteiro e característi-
cas mais relevantes para
Coruja das Neves
Página 21 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
rida no Programa da
Semana da Poesia que
decorreu entre 15 e
21 de Março, em
todas as bibliotecas do
concelho de Oliveira
do Bairro.
Helena Pires trabalha
há largos anos como
professora de História
(este ano como pro-
fessora bibliotecária)
na Escola Secundária
Adolfo Portela em
Águeda. Há poucos
anos começou a
escrever e tem publi-
cados dois livros de
poesia para o público
infanto-juvenil. As suas
obras são Tretaletra e
Meia História.
Os críticos literários
têm-lhe reconhecido
valor e é uma escrito-
ra recomendada pelo
Projecto Casa da Lei-
tura da Fundação
Calouste Gulbenkian.
Marisela Simões,
Professora bibliotecária
ENCANTAR…
Uma poetisa vamos
conhecer
E os seus poemas,
Ouvir vamos querer!
Maria Helena vem decla-
mar
E a todos encantar!
Com as ilustrações engra-
çadas
Daremos grandes risa-
das…
A nossa escola vem ver
E este poema lhe vamos
oferecer!
Os alunos do 4.º ano da EB
do Troviscal, Prof. Isabel
Arada
Agrupamento de escolas de
Oliveira do Bairro
Sexta-feira, 12 de Março de
2010
A poetisa Helena Pires
em conversa com alu-
nos do 1º ciclo
As Escolas do 1º ciclo do
Ensino Básico de Vila Ver-
de, Quinta Nova, Passa-
douro e Troviscal recebe-
ram no passado dia 15 de
Março a poetisa Helena
Pires.
Os alunos gostaram muito
do contacto com a escrito-
ra e apresentaram-lhe lei-
turas, uma pequena drama-
tização, poemas da sua
autoria… muita alegria por
estar com ela! A autora
apresentou os seus poe-
mas que leu de forma mui-
to expressiva e cativante e
respondeu às questões que
os alunos lhe foram colo-
cando.
Foi muito importante este
encontro e contribuiu, cer-
tamente, para que os nos-
sos alunos apreciem mais a
poesia.
Esta actividade estava inse-
Arsénio Mota contacta alunos das nossas escolas
Texto colectivo do 3º ano sobre a experiência com o escritor Arsénio Mota
tos, e pesquisando dados
sobre a sua biografia.
No encontro os alunos
tiveram oportunidade de
fazer questões ao escritor
e ouvi-lo falar sobre as
suas obras e actividade
criadora. Apresentaram
também alguns trabalhos
realizados no âmbito do
estudo dos contos do
escritor.
Foi uma tarde muito
agradável e enriquecedo-
ra.
O contacto dos alunos
com escritores é uma acti-
vidade muito importante e
que permite desenvolver
o gosto pela leitura e
pelos livros.
Marisela Simões,
Professora Bibliotecária
O escritor Arsénio
Mota voltou, no passado
dia 4 de Fevereiro, à sua
terra Natal para um
encontro com alunos das
Escolas Básicas de Bustos
e Mamarrosa.
Foi com grande
expectativa e entusiasmo
que os alunos do 3º e 4º
anos destas duas escolas
do nosso Agrupamento
receberam o escritor
nosso conterrâneo.
Arsénio Mota nasceu
em Bustos e frequentou
esta escola primária, ain-
da a actual Escola Básica.
Aliás, mal entrou na esco-
la referiu imediatamente
qual era a sua sala.
Reside há largos anos
no Porto onde exerceu a
profissão de jornalista. É
um escritor com mais de
50 anos de carreira e de
mérito reconhecido. Os
seus escritos destinados
ao público infanto-juvenil
são do agrado dos espe-
cialistas e é um autor
recomendado pelo Pro-
jecto Casa da Leitura da
Fundação Calouste Gul-
benkian.
O convite feito pelo
Agrupamento para que
viesse falar com os nos-
sos alunos foi prontamen-
te aceite pelo escritor e
assim pudemos contar
com a sua presença.
Os alunos prepararam
este encontro lendo o
seu livro “A nuvem cor-
de-rosa”, e outros con-
“N N, o Bailador”
aprendemos que o
amor pode fazer mila-
gres.
Nós fizemos-lhe mui-
tas perguntas, às quais
respondeu com simpa-
tia e amizade. Ele ofere-
ceu-nos o seu último
livro: “O leitão ciclista,
em busca do paraíso”,
que fala da nossa Bair-
rada.
Este dia foi muito
enriquecedor!
No dia quatro de
Fevereiro de 2010, o
escritor Arsénio
Mota, nascido em
Bustos, veio ao nosso
estabelecimento.
Ele visitou primei-
ro a nossa escola por-
que nasceu em Bus-
tos. Esta também foi a
sua escola, há muitos
anos.
Este escritor com
oitenta anos, e que
vive no Porto, já
escreveu muitos livros
para crianças e adultos.
Nós lemos alguns dos
seus livros: “Tenho uma
ideia”, “A nuvem cor-de
-rosa”, “NN, o Bailador”
e “O teatro da Prince-
sa”.
Adorámos estas his-
tórias porque falam de
carinho, amizade, amor
e sonhos, ajudando-nos
a puxar pela a nossa
imaginação. Com a his-
tória de
O escritor Arsénio Mota
“ À descoberta
da escrita
e
da leitura
pelo olhar atento
dos
mais pequenos”
Página 22 O Zeca
ca, o rinoceronte com uma
afia…
Permite trabalhar os dife-
rentes animais, a noção de
“manada”, entre outros
aspectos.
É simplesmente um livro
que fica cá dentro!!!
Marisela Simões,
Professora Bibliotecária
Um livro delicioso de lite-
ratura infantil, escrito por
Clara Cunha, ilustrado por
Paulo Gailindro e editado
por Livros Horizonte.
Uma história de animais:
hipopótamos, elefantes,
girafas, zebras e rinoceron-
tes e um ser estranho que
“prega sustos a quem esti-
ver parado no mesmo
lugar”.
Um livro para crianças, mas
que não infantiliza. A estru-
tura é repetitiva, usando
alguns refrães. A narrativa
diverte e as crianças numa
segunda leitura já repetem
connosco o texto.
A ilustração é magnífica. O
ilustrador introduziu ele-
mentos “estranhos”, que
apelam ao universo infantil:
a girafa com uma fita métri-
escolar passou-se um
filme em que se mostra-
va a importância da
biblioteca e da leitura.
Todos os alunos
gostaram desta expe-
riência e aguardam uma
nova visita!
Marisela Simões,
Professora Bibliotecária
Ao longo dos
meses de Janeiro e
Fevereiro todos os
alunos do nosso Agru-
pamento tiveram
oportunidade de visi-
tar a Biblioteca do
Centro Escolar.
Esta visita teve
como objectivo a
apresen tação da
biblioteca a todos os
alunos e foi uma for-
ma de realizar formação
de utilizadores, pois
todos os alunos pude-
ram observar os dife-
rentes espaços da
biblioteca e a organiza-
ção e arrumação dos
livros.
Aos alunos do pri-
meiro ciclo explicou-se
o que era a CDU
(Classificação Decimal
Universal) e aos do pré-
Página 23 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Um herói é…
Um herói para mim é alguém que me fique marcado para sempre!
Não só por palavras ditas, acções feitas, mas pela sua maneira de
ser e de estar.
Um herói é uma pessoa que critica, mas que consegue e sabe
como fazer melhor.
Um herói é uma pessoa que pensa antes de dizer ou fazer, com
medo de magoar alguém.
Um herói, para mim, é uma pessoa que acredita, luta e no fim
vence!
Um herói sonha com o melhor e faz por isso. O herói ideal dá o
melhor dele à pessoa que ama e que não ama.
Um herói, para mim, não tem que ser uma pessoa que faça algo
reconhecido por toda a gente, mas sim alguém, cujos feitos me
fascinem e me façam crescer.
Um herói dá o que tem e o que não tem.
O meu herói teve que acompanhar o meu crescimento para
poder criticar o que eu faço e ajudar-me quando eu não soube o
que fazer.
O meu herói é o meu Pai! Pelas palavras, os gestos e as acções.
Pode não ser herói de História, mas é herói porque faz tudo para
me ver bem, mesmo que eu não perceba isso hoje. Eu tenho um
herói, que vai ser para sempre o meu herói!
Fabiana Fresco, 9ºB
Com o patrocínio da
Câmara Municipal de
Oliveira do Bairro, de 15
a 21 de Março, come-
morou-se a “Semana da
Poesia - Ao Sabor da
Poesia” em todas as
bibliotecas da Rede de
Bibliotecas do Concelho
de Oliveira.
Nas duas bibliotecas
do Agrupamento de
Escolas de Oliveira do
Bairro a Poesia saiu dos
livros e da inspiração dos
nossos alunos, orienta-
dos pelas respectivas
professoras de Língua
Portuguesa, e percorreu
toda a Escola, desde a
Biblioteca, até ao Gabi-
nete do Director, pas-
sando pela Sala de Pro-
fessores e dos Funcioná-
rios, Secretaria e Canti-
na.
No dia 15, a poetisa
Helena Pires, autora dos
livros “Tretaletra” e
“Meia História”, percor-
reu quatro escolas do 1º
CEB (Quinta Nova, Vila
Verde, Passadouro e
Troviscal) e no dia 18, de
manhã, esteve na Biblio-
teca da escola sede, onde
as turmas do 2º ciclo a
esperavam. Através da
sua poesia, a poetisa con-
seguiu, de uma forma
lúdica, juntando sentidos,
ritmos e sons, exercitar
a atenção e a criatividade
dos alunos.
No dia 16, no Átrio
do Pavilhão 3, três alunas
do 7º C, Katryna Petro-
va, Maria Manuel Santia-
go e Sara Barbosa, orien-
tadas pela professora de
Teatro, Ana Cristina Fer-
reira, e o declamador
Joaquim Grangeia recita-
ram /dramatizaram
“ No início pensava
que ia ser aborrecido,
mas, afinal, quando a
poetisa começou a
recitar os seus
poemas, foi como se
uma alegria me
invadisse o coração.”
O que os alunos disseram:
“Foi interessante
porque o tema desen-volvido tornou-se uma
magia.”
Inês Ferreira, 5º C
“No início, pensava
que ia ser aborrecido, mas, afinal, quando a poetisa começou a reci-tar os seus poemas, foi como se uma alegria me invadisse o coração.” Carolina Santos Marques,
5º C
poemas de autores consagrados da poesia portuguesa.
Desta vez foram as turmas do 3º ciclo que puderam
apreciar esta forma sentida de dizer poesia. No dia 17,
pela manhã, os alunos do Centro Escolar puderam tam-
bém ouvir deliciados o declamador Joaquim Grangeia.
Página 24 O Zeca
Página 25 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
seu melhor.
Durante toda a sema-
na esteve patente na
Biblioteca uma exposição
de poemas realizados
pelos alunos (Ana Marga-
rida Araújo, Beatriz
Rodriguez, Delfina e
Mariana Abreu, 5º A;
Ana Rita, Joana Mesquita,
Maria Lopes, Marta Fer-
reira e Rosana, 5º E; Joana
Carvalho e Mafalda Fer-
nandes, 6ºA; Magalie Oli-
veira, 6º C; Leandro, 6º
D; Beatriz Rato, 7º A; Ana
Filipa Costa, 7º B; Andreia
Santos e Elodie Oliveira,
Ainda na manhã do
dia 16, de uma forma
improvisada, a prof.ª San-
dra, o prof. Carlos Quin-
taneiro e a prof.ª bibliote-
cária orientaram os alu-
nos para a leitura dos
excertos dos “poemas
doces”, que muito diver-
tiu os discentes e animou
a biblioteca.
No dia 16, à tarde, a
poetisa Marineide Simões
apresentou a sua obra
“Canto e Amanhece” a
todas as turmas do 8º
ano e à turma de Pintura
do Curso de Educação e
Formação. A autora foi
apresentada pela Directo-
ra da Escola, Júlia Grade-
ço, sua antiga professora,
que enalteceu a forma
corajosa como consegui-
ra ultrapassar as dificulda-
des encontradas ao longo
da sua vida de estudante.
Na sua alocução, Marinei-
de Simões sublinhou que
esta obra tinha para si um
grande significado, pois
representava a concreti-
zação do sonho que a
acompanhava desde crian-
ça, a sensação de liberda-
de, de fuga à condição de
prisioneira da sua própria
natureza. Falou aos alunos
da importância da escola
e dos professores na des-
coberta das suas vocações
e aconselhou-os a acredi-
tarem nos seus sonhos,
por mais utópicos que
lhes pudessem parecer, e
na possibilidade de os
concretizarem. Recitou
também três poemas da
sua colectânea “ Liberda-
de”, “A Bailarina” e “Inês
de Castro”, que traduzem
os dois grandes géneros
em que se divide a sua
obra: o épico e o lírico.
Os alunos ouviram aten-
tamente esta grande
comunicadora, que já tem
praticamente completo o
seu segundo livro, e puse-
ram algumas questões,
que foram sabiamente
respondidas.
No dia 19, alunos do
2º ciclo, no intervalo
grande da manhã, decla-
maram poemas a gosto,
alguns da sua própria
autoria. Foi uma activida-
de bastante dinâmica, em
que os alunos deram o
8º A; turmas do 5º A e
5º B, 6º A e 6º C) nas
aulas de Língua Portugue-
sa e uma exposição de
biografias dos autores
dos poemas anexados aos
rebuçados que foram dis-
tribuídos pelos alunos,
professores e funcioná-
rios, no âmbito da activi-
dade “Doce Poesia”. Na
Biblioteca do Centro
Escolar os alunos tiveram
oportunidade de criar
poemas que ficaram a
“corar num estendal”.
E porque a poesia tem
sabor e os sabores tam-
bém se confeccionam na
cantina, os tabuleiros, tra-
jados a rigor, juntaram-se
à festa.
Foi uma semana em
que os alunos puderam
sentir a poesia de diferen-
tes formas e desenvolver
o seu gosto por este
género literário.
As professoras biblio-
tecárias:
Angelina Cristino
Marisela Simões
Página 26 O Zeca
“Foi uma semana em
que os alunos
puderam sentir a
poesia de diferentes
formas e desenvolver
o seu gosto por este
género literário.”
O que eu gostava de saber?
O que eu gostava de saber? Não sei por onde começar. Tanta coisa que nem sei explicar Então vou perguntar!
Por que é que os pássaros voam? Por que é que o céu é azul? E não cinzento da cor do cimento? Tenho 9 anos, professor, E não me quer responder?! Já sou bem crescidinha Para essas coisas entender! Então, então? Por que é que os cães não sabem ler? Não sei, ninguém me quer responder!
Mariana Baptista Abreu, 5º A
A Biblioteca Escolar e o Departamento de Línguas associaram-se para participar no concurso “Faça Lá Um Poema”,
promovido pelo Plano Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém.
Este concurso tinha como objectivo incentivar o gosto pela leitura e pela escrita de poesia e inseria-se na Comemora-
ção do “Dia Mundial da Poesia”, que se realizou no Centro Cultural de Belém, no dia 21 de Março.
Os poemas a concurso eram de tema livre e cada escola podia seleccionar apenas três por cada nível de ensino.
Os poemas dos nossos alunos não foram premiados, mas publicamo-los nesta edição do jornal escolar como forma
de agradecimento pela sua preciosa colaboração.
Para quem estiver interessado em conhecer os poemas vencedores, aqui fica o endereço electrónico:
www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/ . Biblioteca Escolar e o Departamento de Línguas
Página 27 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Parecido comum aspirador Que me dê opiniões E que valha mais que mil piões. Já me estou a imaginar Com ele a falar A jogar à macaca E ajudar a mãe A descascar batata. Será o meu braço direito Um amigo do peito Confiante e pensativo Com o nome de Ivo. Só tenho um problema Onde o vou arranjar? Mas isto fica para sábado Porque tenho mais tempo para sonhar.
Beatriz Rato, 7º A
A Vida
A vida é um longo caminho Dá voltas e reviravoltas Tem ódio, tem carinho É o caminho do destino. O carinho é o colo Confortante da minha mãe O ódio é o terror Da traição de alguém.
Um brinquedo mágico
Este Natal Vou pedir um brinquedo Muito especial. Vou querer algo Que fale, que brinque E que não seja normal. Um brinquedo encantador Parecido comum aspirador Que me dê opiniões
É vida que corre como o rio no leito É a chama que consome É mundo verdadeiro. O rio que corre leva as más recordações É a água que ajuda a limpar os corações. Na vida há felicidade Na vida há tristeza Não há nada como o amor da nossa Natureza. Natureza nossa mãe Criadora do manto verdejante Fico feliz quando a vejo na sua postura elegante. A vida tem de tudo A vida é secreta Mas nem sempre esta estrada é uma recta.
Beatriz Rodriguez, 5º A
O nosso Mundo
Era uma vez O Nosso Mundo verdejante Um Planeta sem igual Onde tudo era brilhante!
Página 28 O Zeca
Onde rios cristalinos Atravessavam os montes Dando de beber Aos grandes bisontes! Natureza era uma rainha Grande e majestosa Tudo em seu redor era belo E a paisagem maravilhosa!
Rainha de grande reino
Com coroa a condizer
Cheia de tulipas e rosas
Era linda de morrer!
E para vestir, tal rainha,
Possuía tecidos deslumbrantes
Muitas árvores, flores e frutos
Simplesmente fascinantes!
Era rainha bela e poderosa
Mas o homem a dominou
E com a sua grande ambição
Se furar um balão De ar recheado Furarei o meu coração De vidro pintado? Alma é aquela Que ajuda os outros Mente é aquela Que se ajuda a si Corpo é aquele Que suporta a luta Entre as duas Num só. O que o coração quer A mente contraria Todos têm medo de morrer E medo de aproveitar a vida Mas enfrentando apenas um medo Os outros vão em seguida.
Ana Filipa Costa, 7ºB, nº 1
Até a beleza lhe roubou!
Agora, rainha sem beleza
Já não pode reinar
Prestes a desaparecer
Só nós, crianças,
a podemos salvar!
Todas juntas vamos conseguir
Ao Homem explicar
Que ao proteger a Natureza
O nosso Mundo vai melhorar!
Beatriz Rodriguez, 5ºA
As rosas negras Crepitam na minha lareira. Por as queimar Desaparecerá o negro que me rodeia?
No dia 21 de Abril,
pelas 14h30, realizar-se-á,
na Biblioteca da escola
sede, a 3ª Eliminatória do
“Concurso de Leitura em
Voz Alta”, onde ficarão
apurados os três concor-
rentes de cada ciclo que
irão à final interescolar.
Os livros que os con-
correntes deverão ler
para se prepararem para a
prova são os seguintes:
“Tretaletra”, de Maria Hele-
na Pires; “A Chuva Pasmada”, de Mia
Couto.
Angelina Cristino
Mariana Nunes, 5º C
Jéssica Alves, 5ºC
Diana Patrícia, 5ºC
Top + Melhores Requisitantes / Livros mais Requisitados — 2º
Período
e de ser no futuro, deixem, alunos,
que a escola vos ajude a descobrir
as vossas vocações, e saibam fazer
dos professores os vossos maiores
aliados e guias nessa descoberta.
Criem na escola as vossas pró-
prias asas, aquelas que mais tarde
serão fortalecidas, para que pos-
sam voar em direcção à concreti-
zação dos vossos sonhos. Pois
este meu testemunho prova que
mais longe vai quem tem asas
para voar do que pernas para
andar.
Nunca deixem de acreditar
que são capazes mesmo que vos
tentem convencer do contrário, e
os vossos sonhos estarão sempre a
um passo de distância, sempre ao
alcance das vossas mãos.
Marineide Simões dos Santos
Não tenho a mínima dúvida
que cada ser humano quando nasce
já traz consigo os seus próprios
dons, as suas próprias preferências
e os seus próprios sonhos, e que
só precisa descobrir quais são para,
logo de seguida, os pôr em prática.
Eu, no que me diz respeito,
considero-me prova disso mes-
mo. Este meu percurso pela
escrita, que se iniciou ainda
durante os quatro primeiros
anos do ensino básico, e que se
foi tornando cada vez mais
importante ao longo dos anos,
teve como ponto de partida um
gosto especial pela leitura, o qual
se revelou logo a partir dos 6 anos
de idade. E depois de tanto ler, ou
melhor, e depois de tanto gostar
de ler, surgiu o gostar cada vez
mais de escrever…
Devo dizer, a bem da ver-
dade, que quem conhecesse o meu
percurso de aluna durante os pri-
meiros anos diria que eu jamais,
em tempo algum, seria capaz de
escrever um livro que fosse. Por-
que se por um lado a leitura, desde
muito cedo, provou ser algo extre-
mamente fácil para mim, por outro
lado a escrita revelou-se, desde o
início, uma aprendizagem extrema-
mente difícil e sofrida. A leitura
aconteceu quase instantaneamente,
enquanto a escrita foi aprendida
lentamente e com grande dificulda-
de; penso até que foi o meu gosto
pela leitura, e o desejo de transmi-
tir esse gosto aos meus possíveis e
futuros leitores, que tornou bem
mais deliciosa a tarefa, primeira-
mente dolorosa, da escrita.
Alguns anos mais tarde,
quando o meu gosto pela escrita foi
finalmente descoberto, o meu pri-
meiro público foram os colegas de
turma, eles que sempre gostaram
dos meus textos, incentivando-me
para que continuasse a escrevê-los.
Público, esse, do qual também
faziam parte os meus professores
que, com as aprendizagem que me
transmitiam, só queriam que o meu
escrever se tornasse cada vez
melhor e mais perfeito.
Por tudo isto, e porque o
espaço escola me ajudou a desco-
brir o que eu mais gostava de fazer
“Por tudo isto, e porque o
espaço escola me ajudou a
descobrir o que eu mais
gostava de fazer e de ser no
futuro, deixem, alunos, que a
escola vos ajude a descobrir as
vossas vocações, e saibam
fazer dos professores os vossos
maiores aliados e guias nessa
descoberta.”
“Pois este meu
testemunho prova que mais
longe vai quem tem asas
para voar do que pernas
para andar.”
Página 29 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Prémio Elídio Pinho
ção de uma prática pedagógica
inovadora em ambiente de sala
de aula, que, para além de facili-
tar o processo de ensino-
aprendizagem, envolvendo os
alunos activamente na sua pró-
pria aprendizagem, recorrendo
a novas tecnologias, também
lhes proporciona um primeiro
contacto com calculadoras grá-
ficas e com o sensor de movi-
mento, criando-lhes o gosto pelas
ciências e o desenvolvimento da lite-
racia científica.
É de referir que se encontra, tam-
bém, em desenvolvimento na Escola,
outro Projecto “Plantas Aromáticas e
Medicinais – conhecer para as utilizar
em segurança”, este, do âmbito do
Programa Ciência Viva. Júlia Gradeço
A Escola Básica Dr.
Acácio Azevedo candida-
tou-se ao Concurso de
ideias da 8ª Edição do
Prémio “Ciência na Esco-
la” da Fundação Ilídio
Pinho com o Projecto
“Movimento e gráfico
posição-tempo em tempo
real” o qual foi seleccio-
nado pelo Júri Nacional
na 1ª fase e contemplado com
apoio financeiro para o seu
desenvolvimento.
A cerimónia de entrega do
prémio de participação decorreu
no passado dia 11 de Março no
Auditório da Direcção Regional
de Educação do Centro em
Coimbra (DREC). A Directora
deste Estabelecimento de Ensino,
Júlia Gradeço e a Coordenadora do
Projecto, Alice Oliveira, receberam
o Prémio das mãos do Engº Elídio
Pinho e do Dr. José Manuel Espírito
Santo.
A 2ª fase do Prémio está agenda-
da para Maio, no Porto, com a
apresentação, em Fórum, de todos
os Projectos seleccionados.
Este Projecto visa a implementa-
30 de Março, através do contacto
2 3 4 7 3 0 4 0 0 o u
Santa Casa da Misericórdia
Na Santa Casa da Misericórdia
do Concelho de Oliveira do Bair-
ro, no próximo dia 31 de Março,
às 18:30h, no salão do polivalente,
irá ser realizada uma Palestra,
gratuita, intitulada: “Problemas
de Disciplina. Estratégias Dis-
ciplinares”, destinada a encarre-
gados de educação, profissionais
ligados à educação e a todos os
que estiverem interessados no
tema. A realização desta iniciativa
está ao cargo do Serviço de Psi-
cologia do Centro de Infância e
Juventude. O objectivo desta acti-
vidade é ajudar a reflectir sobre o
significado de alguns problemas
de disciplina mais comuns que sur-
gem desde tenra idade (chamadas
de atenção, choramingar, pedinchar,
morder, bater, dar pontapés, arra-
nhar, maltratar os outros, fazer
batota, rebeldia, desobediência,
mentir, birras, lutas pelo poder,
fugir, roubar, dizer asneiras, provo-
car outras crianças) e sugerir algu-
mas estratégias a utilizar perante
esses comportamentos, de forma a
fomentar relações menos desgas-
tantes e mais saudáveis com as
crianças.
Quem estiver interessado pode-
rá fazer a sua inscrição até ao dia
Página 30 O Zeca
Página 31 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
trar respostas objectivas para diminuir o efeito des-tes problemas na Escola e no processo de aprendiza-gem dos alunos. Neste sentido, estas reuniões específicas com encarrega-dos de educação vão con-tinuar a realizar-se no 3º período.
O grupo louva o esfor-ço e presença dos encar-regados de educação parti-cipantes nestas reuniões, mas lamenta a atitude de todos aqueles que, apesar de convocados, não se mostraram suficientemen-te empenhados na educa-ção e formação dos seus educandos. Reconhecendo que “a vida é feita de encontros e desencon-tros”, o grupo vai conti-nuar a sua acção, acredi-tando sempre, mesmo para os “distraídos”, que o encontro Escola-Famíla é possível.
Marisela Simões
O grupo de dinamiza-ção da relação Escola-Família da Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo de Oliveira do Bairro promo-veu, no passado dia 12 de Março, pelas 21 horas, na Biblioteca da Escola, uma sessão de formação para pais e encarregados de educação sobre “A Família e o Processo de Aprendi-zagem”, dinamizada pela Drª. Marisela Simões, no âmbito da Escola de Pais.
A dinamizadora abor-dou, numa linguagem sim-ples e objectiva, a proble-mática do estudo, salien-tando atitudes nucleares como a disponibilidade, a capacidade de diálogo e de negociação como estratégias e processos fundamentais para a orga-nização pessoal dos alunos e a criação de hábitos de trabalho.
Esta dinâmica de rela-ção familiar enquadrou-se
numa visão de Escola como instituição de mais-valia indispensável para o desenvolvimento, educa-ção, formação e sucesso dos alunos.
Para além desta acção, o grupo de dinamização da relação Escola-Família da Escola tem orientado a sua acção, no corrente ano lectivo, promovendo reuniões específicas, por temas, com encarregados de educação de alunos sinalizados pelos Conse-lhos de Turma como apresentando dificuldades de aprendizagem, proble-mas de comportamento na sala de aula e dificulda-des de organização pes-soal e hábitos de trabalho. Estas reuniões têm decor-rido ao longo das últimas semanas e visaram, funda-mentalmente, um diálogo aberto com os encarrega-dos de educação presen-tes, no sentido de encon-
1º período fomos ao cinema
e tirámos muitas fotografias.
Algumas eram tão engraça-
das que optámos por utilizá-
las para alegrar a nossa pren-
da!
Os alunos das professoras-
Bárbara Graça e Sandra
Duarte (Secção de Educação
Especial)
O dia do pai celebra-se
há muitos anos! E cada país
tem a sua data.
Em Portugal, festejamo-
lo a 19 de Março para
homenagear todos os pais e
lhes mostrar o afecto e o
carinho que temos para
com eles.
Nós, na nossa sala de
Educação Especial, também
lhes quisemos mostrar o
quanto gostamos deles.
Pensámos numa activida-
de engraçada que enfeitasse
a nossa casa e mostrasse aos
nossos pais o quanto eles
são importantes para nós.
Juntámos todo o material
necessário e começámos
com as pinturas.
As professoras Bárbara e
Sandra escolheram as nossas
fotografias, pois no final do
Em cima: os pais que partici-param neste projecto
“Pais participam
em novo projecto
que tem como
prioridade uma
maior união entre
escola — família”
empenhada e demonstrando na
qualidade do seu jogo resultado de
algum do trabalho realizado desde
o inicio do ano.
As Iniciadas, orientadas pelo
professor António Nolasco, já
revelam momentos de jogo de boa
qualidade no jogo formal (6x6).
Seria agora importante um maior
número de treinos e mais jogos
para dar sequência à melhoria no
desempenho das alunas.
Nesta modalidade, houve con-
centrações em Aguada de Cima,
Eixo, Bustos e na nossa Escola.
Basquetebol Infantis Masculinos
Realizaram-se duas concentra-ções relativas ao quadro competiti-vo do escalão acima indicado. A pri-meira concentração, no dia de Reis, 6 de Janeiro, trouxe à nossa escola alunos de Aveiro e Ovar.
Mostraram-se mais afoitos os alunos da Escola Básica de São Ber-nardo. Foram os segundos classifica-dos os alunos da Escola Básica Antó-nio Dias Simões e o terceiro lugar coube à nossa escola.
Em Ovar, no dia 22 de Fevereiro, repetiu-se o quadro competitivo numa segunda concentração, e repe-tiu-se a classificação final, apesar da réplica muito meritória dos nossos alunos.
De realçar que os nossos jovens alunos, sempre se destacaram desde o início dos eventos no saber ser e estar, relacionando-se muito bem com todos os intervenientes.
Prosseguem os treinos de Bas-quetebol às quartas-feiras pelas
14h30, promovendo o desenvolvi-mento dos nossos alunos de forma multidimensional e preparando o Torneio de Encerramento do Clube Desporto Escolar – Basquetebol. O torneio será no dia 11 de Maio na Escola Básica da Mealhada.
Natação
Com a abertura de um novo gru-po equipa de Natação, a nossa escola começou a proporcionar mais uma actividade para alguns alunos prati-carem desporto. Neste primeiro ano a professora Elsa Martins tem realizado um trabalho com uma “corrente favorável” pois os alunos aderiram e deslocam-se velozmente no fluido, manifestando uma imensa satisfação mesmo “privados do tão almejado oxigénio”.
No dia 19 de Março, em Ílhavo, na Piscina Municipal, decorreu a fase final de Natação. Estiveram presen-tes 2 alunos: Joana Ferreira, do 8º C e Ricardo Pinto, do 9º A.
Voleibol Iniciadas e Infantis Femininos
No Voleibol, tem decorrido den-
tro da normalidade o quadro com-
petitivo da modalidade nos respecti-
vos escalões.
O professor António Augusto
dirige um conjunto de alunas Infantis
em evolução que se batem de forma
“De realçar que os nossos jovens alunos, sempre se destacaram desde o início dos eventos no saber ser e
estar, relacionando-se muito bem com todos os intervenientes.”
Voleibol — Iniciadas
Página 32 O Zeca
Voleibol — Infantis
De salientar, pela posi-
tiva, a excelente prestação
de duas alunas: Inês Fer-
reira, do 5º C e Andreia
Santos, do 9º A, que obti-
veram o 6º e 5º lugares,
respectivamente.
A aluna Andreia, fruto
da sua classificação, ficou
apurada para representar
a Equipa de Apoio às
Escolas de Aveiro no Cor-
ta Mato Nacional que se
realizou em Vagos no dia
13 de Março e onde vol-
tou a sobressair, tendo
obtido o 30º lugar entre
270 alunas.
Compal Air 3x3
Basquetebol
Como vem sendo habi-
tual, de ano para ano cres-
ce o número de partici-
pantes nesta actividade.
Voltamos a registar com
muito agrado, uma grande
adesão, demonstrativa do
prazer que a prática do
Basquetebol Esta activida-
de, que apurava as equi-
pas, vencedoras por esca-
lão para irem a Albergaria
-a-Velha representar a
nossa escola no dia 17 de
Março, decorreu de forma
muito correcta e diverti-
da. Marcaram-se muitos
pontos, mas salientamos
estes: desportivismo e
convívio.
Futsal Infantis e
Juvenis Masculinos
No Futsal, realizou-se
a última concentração de
Infantis, no passado dia
16, no Pavilhão Multiusos,
em Anadia, com a partici-
pação das Escolas de
Anadia, Aguada de Cima
e Dr. Acácio de Azevedo,
tendo a nossa prestação
se saldado com uma vitó-
ria e uma derrota.
No 3º período, apare-
ce nas quartas-feiras pelas
14h30 para desenvolver
esse talento que está
dentro de ti à espera que
o libertes. Apenas com o
treino se melhora o
desempenho.
Mega Salto e Mega Sprint
A chuva fez com que a
data da realização deste
espectacular evento fosse
adiada. Mas, no dia 2 de
Março pelas 10h30 a ade-
são dos participantes
aumentou relativamente
aos anos transactos. Esta-
vam impacientes, os nos-
sos alunos, enquanto se
preparavam para compe-
tir por uma presença em
Aveiro nos respectivos
escalões, em representa-
ção da nossa escola.
No Mega Sprint, assis-
tiram-se a séries muito
disputadas com “gran-
des” velocistas a desafia-
rem o cronómetro numa
luta pela superação indivi-
dual (de melhorar a mar-
ca), e também, vencerem
os velozes adversários.
No Mega Salto, após
rápidas chamadas, os nos-
sos alunos voaram sobre
a areia, empurrados por
aceleradas corridas de
balanço. Disciplina técnica
do Atletismo, o salto em
comprimento teve parti-
cipantes/execu-tantes
muito empenhados, que
atribuíram uma especial
beleza ao concurso.
Os alunos apurados
(32) irão participar no dia
21 de Abril, na fase Dis-
trital do “MEGA” que
terá lugar na Pista da Uni-
versidade de Aveiro.
Corta-Mato
No dia 11 de Feverei-
ro, realizou-se em Vagos,
o Corta Mato distrital
(fase EAE). A nossa Escola
esteve presente, tendo
obtido boas classificações.
Página 33
“Aparece nas
quartas-feiras
pelas 14h30 para
desenvolver esse
talento que está dentro
de ti
à espera que
o libertes!”
Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
Inês Ferreira — 5º C
Andreia Santos — 9ºA
Futsal Infantis e Juvenis
Comitiva do corta-mato
zona da Bretanha, assistirão a aulas
no Collège Gustave Téry e serão
acolhidos pelas famílias dos colegas
franceses que visitaram a nossa
Escola no 1º período.
Ana Barqueiro
No dia 20 de Março, iniciaram a
viagem de uma semana a Lamballe 10
alunos do 3º ciclo da nossa Escola
acompanhados pelo professor
Francisco Vieira, dentro do pro-
grama de intercâmbio escolar
que o Comité de Geminação da
Câmara Municipal proporciona
às Escolas Básicas dos 2º e 3º
ciclos, Secundária e Instituto de
Promoção Social da Bairrada.
Durante a semana, farão visi-
tas interessantes a esta bonita
Compal Air Fase Local
(Albergaria-a-Velha)
No dia 17 de Março pelas 13:00
horas chegaram à Escola Secundaria
de Albergaria diferentes escolas com
as respectivas equipas que haviam
sido apuradas internamente.
Procuravam essas equipas nos
respectivos escalões, uma passagem
para Ovar, onde poderiam ter aces-
so à disputa do título de campeões
Distritais do Compal Air. O evento
decorreu com respeito por todos
os intervenientes e em concordância
com as boas práticas promovidas
pelo Clube Desporto Escolar.
Para nossa grande satisfação, os
Infantis Masculinos e as Iniciadas
Femininas, vão levar o nome da nos-
sa escola a esse grande evento do
Basquetebol 3x3, que se realizará no
Pavilhão da Ovarense no dia 13 de
Abril. Parabéns!
Grupo de Educação Física
Página 34 O Zeca
No dia 23de Março, as docentes responsáveis pelo projecto “A Meteo-
rologia na Escola”, realizaram no polivalente, uma quermesse, com o
objectivo de angariar fundos para equipar o espaço destinado à instalação
de uma estação meteorológica manual.
A Comunidade Educativa aderiu de forma entusiástica a este activida-
de.
As docentes dinamizadoras do projecto agradecem a colaboração dos
professores, alunos, assistentes operacionais, bem como dos comerciantes
locais pela oferta dos objectos para a referida quermesse. As dinamizadoras do projecto,
Isabel Quintaneiro e Raulina Soares
Livros debaixo de água
ao termos a oportunidade de tocar numa estrela-do-mar.
Terminada a visita, comprámos algumas lembranças e, como a barri-ga já estava a dar horas, dirigimo-nos ao Parque da Cidade onde almoçá-mos e brincámos um pouco.
Como o tempo já escasseava, partimos em direcção à Maia para conhecer o Bloco Gráfico da Porto Editora. Aqui conhecemos o Ricardo e a Lúcia, os nossos guias. Estes mos-traram-nos um filme sobre o proces-so de construção de um livro. A seguir, dirigimo-nos à gráfica, onde vimos as máquinas, ao vivo, necessá-rias à elaboração de um livro. Esta visita acabou da melhor maneira, com umas prendas muito interessan-tes.
De regresso à escola, o cansaço tomava conta de nós mas o sorriso estampado na nossa cara testemu-nhava um dia enriquecedor e muito divertido!
Os alunos dos 3º e 4ºanos da E.B.
da Quinta Nova
No dia 9 de Fevereiro, os alu-nos, professoras e auxiliares da Escola da Quinta Nova realizaram uma visita de estudo ao Porto.
Após uma viajem longa, chegá-mos ao nosso destino: Sea.Life. Como a fome apertava, lanchámos para repor energias e, com a barri-ga mais reconfortada, entrámos e conhecemos a Maria Jorge, a nossa guia, que nos encaminhou para a
entrada do oceanário. Ao entrar, trans-formamo-nos em “peixes” e assistimos a uma apresenta-ção em vídeo durante a qual conhecemos outra guia, a Daniela.
Quando as portas abriram, já o nosso
coração saltava do peito e aí pudemos observar as maravilho-sas criaturas de água doce e salga-da. De entre estas, vimos o peixe - bigodão, anémonas coloridas, raias, o tubarão - viola, o peixe palhaço, cavalos – marinhos, truta, o tubarão – lixa, o tubarão de pontas Negras, o polvo, camarão – imperador, o peixe folha, o lava-gante – azul, entre outros. Vive-mos uma experiência fantástica,
sonho e promessa. Ao chegarmos ao nível vinte, saltámos das cadeiras, recebemos PARABÉNS, dois choco-lates para repor energias e tivemos o direito de tirar fotografias.
Saindo da sala de informática, fomos para outra sala jogar 4 em linha, entre outros jogos. A seguir fomos para uma divisão cheia de sóli-dos geométricos e o que mais gostá-mos foi o dodecaedro.
Depois de termos concretizado o nosso sonho fomos todos felizes para a nossa belíssima escola!
Bruno Bornes e Carlos Ribeiro - EB de Quinta Nova
No dia 3 de Março de 2010, os alunos do 4ºano da E.B. da Quinta Nova participaram no concurso PMate. Nós constituíamos um dos grupos, de entre cinco. Quando chegámos ao colégio Frei Gil ficá-mos muito nervosos, pois o nosso objectivo era ganhar.
De seguida entrámos no edifício e vimos vários trabalhos afixados numa parede representativos de matemáticos célebres.
Depois entrámos numa exposi-
ção para nos descontrairmos. Deparamo-nos com diversos pro-blemas para resolver e, de entre estes, destacamos “Medidas de massa” e “Medidas de compri-mento “.
Logo após termos resolvido todos os problemas, um senhor e uma senhora chamaram-nos para iniciar o RedeMat. Quando entrá-mos na sala de informática a “tensão” começou a subir mas fomos ultrapassando todos os níveis e concretizando o nosso
Os alunos dos 3º e 4ºanos da E.B.
da Quinta Nova
Página 35 Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro
O currículo da nossa escola inclui uma nova disciplina semestral, Teatro. É dirigida ao terceiro ciclo e às
turmas que fizeram esta opção no acto da matrícula. Neste momento só existem três turmas a beneficiar desta área disciplinar, 7º B, 7ºC e 8º A. Após o sucesso da apresenta-ção da peça ‘Na Feira dos Malan-drecos’, O Zeca foi até aos bastido-res para conversar com a pessoa responsável por esta disciplina a professora Ana Cristina Ferreira.
Como se escolheu a peça ‘Na Feira dos Malandrecos’?
Cada uma das turmas, com o material disponível existente na biblioteca da escola, esco-lheu as peças com que mais se identificou. Posteriormen-te em sala de aula lemos e seleccionamos a que mais se
adequava ao perfil da turma. Inicialmente quando li a peça ‘Na Feira dos Malandrecos’ achei-a muito divertida pelo seu colorido, pela riqueza de cenário e contrastes de cenas. Ao tomarem conheci-mento, os alunos foram receptivos, principalmente o Leonardo que de forma per-sistente convenceu os colegas
a aceitar! E bem!
Quem ó o autor da peça?
José Vaz. É o mesmo texto que foi representado?
Sim na totalidade, à excepção de pequenas adaptações ao nível de adereços e no inicio da peça. Para envolver os restantes alunos e caracteri-zar de certo modo o ambien-te de feira entoamos pregoes
populares. Como foram escolhidas as personagens?
Inicialmente, nas primeiras aulas, fizemos jogos teatrais com texto e de improvisação, pondo a descoberto as várias
facetas dos alunos na arte da representação. De acordo com esta revelações, simples-mente atribuí os personagens a cada aluno. Pensei fazer cas-ting mas sinceramente, penso que iria perder tempo (aulas)
para chegar à mesma opinião! Quantos alunos participaram enquanto personagens e quantos como figurantes?
14 Personagens ( 8 alunos do 8ºA + 4 alunos do 7ºC + 2 alunos do 7º B), 14 Figurantes ( 7 alu-nos do 7º B + 7 alunos do 7 C)
Quem fez os adereços?
Os adereços foram consegui-dos com a minha colaboração, pelos alunos e Encarregados de Educação a quem muito agradeço. No cenário, tivemos a colaboração dos professores de EVT e de EF, do segundo
Ciclo. Como foram escolhidas as músicas que acompanha a peça?
À medida que se foram cons-truindo as personagens tive-mos que ter em conta o estilo musical presente no guião.
O que foi mais difícil de con-cretizar?
A articulação de horários dos alunos com os meus para rea-lizar os ensaios gerais. Dificul-dade em termos tempo para testar o som! Mas com a com-preensão de todos tudo foi
possível. O que foi mais fácil de ‘levar a bom porto’?
Sinceramente não sei! Com esta peça foi tudo “conquistado” de forma gra-
dual, passo a passo, etapa a etapa, foi tudo muito intenso, era muita informa-ção e muitas coisas a gerir em simultâneo, eram três turmas envolvidas e cada turma com o seu ritmo próprio. Era uma peça com carácter festivo mas
que teve o propósito de marcar o final do primeiro semestre com este grupo de alunos. Foi um desafio! Fazendo uma análise mais profunda penso que foi a confiança que meus colegas me transmitiram quando lhes solicitei ajuda e eles respon-deram: “ Sim, conta comigo!” Foi espectacular! A partir daí senti que podia levar o pro-jecto em frente e não iria defraudar as expectativas dos
meus alunos. Como é que os alunos que participaram no teatro rea-giram após o espectáculo?
Só realizamos duas sessões, repartidas nos dois blocos da manhã. Penso que no geral cada um desempenhou bem o seu papel. Embora um pou-co nervosos e ansiosos os alunos divertiram-se, que era o que se pretendia. No fim estavam eufóricos e com vontade de “ correr mundo”
com esta peça! Já tiveram algum feedback do público a que assistiu?
Sim. O público em geral gos-tou. Agradeço a todos os colegas, auxiliares educativos e Conselho Executivo, aos alunos do primei-ro ciclo e restante comunidade escolar que foram o nosso público-alvo. Sandra Brás
Rua Dr. Acácio de Azevedo, nº28 3770-213 Oliveira do Bairro Tel: 234 747747
Nosso e-mail [email protected]
“O Zeca” tem o patrocínio da
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
Ficha Técnica
Coordenação - Profª Paula Sofia Gomes ( 3º ciclo ) ; Profª Sandra Brás
(2º ciclo); Prof.ª Angelina Cristino
Revisão - Profª Paula Sofia Gomes ; Profª Sandra Brás; Profª Angelina Cristi-
no
Grafismo - Prof.ª Paula Sofia Gomes; Profª Sandra Brás; Prof.ª Angelina Cristi-
no
Colaboraram neste Número - Prof.ª Júlia Gradeço, Profª Angelina Cristino, Profª Sandra Brás, Profª Paula Sofia Gomes, Prof.ª Rita Marques; Prof.ª Ana Barqueiro, Profª Ana Ferreira, Profª Rosa Pires, Prof. Jaime Martins, Prof. José Maia, Depart. de Mat. e Ciências, Depart. Exp., Depart. de Línguas, Prof.ª Marisela Simões, Prof.as Alice Vieira, Isabel Quintaneiro, Hercília Viegas e Ortélia Rocha, Prof.ª Raulina Soares, ProfªAngelina Pinto, Prof.as do Ensino Especial, convidada especial - Marineide Simões dos Santos, Comissão de Even-tos e Comemorações, Santa Casa da Misericórdia, alunas CEF Cerâmica e Pintura - Carla Gonçalves, e Cátia Mar-ques, Andreia Santos, 8º A, Elodie Oli-veira, 8ºA, Jéssica Tavares, 9ºC, André Nogueira, Élio Vieira, Joana Ferreira - 8º C, Mariana Baptista Abreu, 5º A, Beatriz Rato, 7º A, Beatriz Rodriguez, 5ºA, Ana Filipa Costa, 7ºB, Inês Ferreira, 5º C, Carolina Santos Marques, 5º C, turma do 5ºE e Patrícia Garcia (mãe do aluno Rafael Garcia do 5º E), os alunos do 4.º ano da EB do Troviscal e a Prof. Isabel Arada, Bruno Bornes e Carlos Ribeiro - EB de Quinta Nova, os alunos dos 3º e 4ºanos da E.B. da Quinta Nova, Diogo, 4.º ano EB do Troviscal, Hélio – EB de Bustos, os alunos da Escola Básica de Passadouro, EB1 de Vila Verde — alu-nos do1º e 4º anos da Prof. ª Prazeres
Silva.