Jornal OutrOlhar | Edição Especial | Vestibular 2010

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JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO - UFV ANO 6 | EDIÇÃO ESPECIAL | DEZEMBRO 2009 VI U F V ER Diogo Rodrigues Saiba como é a vida dos estudantes de uma das mais conceituadas universidades do Brasil Quem estuda na UFV sabe que quando se está de boa sobram opções para aproveitar o tempo. Elas são diversas e atendem a todos os tipos de gosto, tanto na cidade de Viçosa como dentro do campus Universitário também se diverte páginas 6, 7 e 8 Cardápios variados, nutritivos e gostosos. Alunos podem saborear desde a comida feita no Restaurante Universitário aos pratos oferecidos pelos restaurantes da cidade Comida boa por baixo preço Nos campi mais recentes, Florestal e Rio Paranaíba, os alunos enfrentam novos desafios, conscientes da importância de cada um para a expansão da Universidade Federal de Viçosa em outras regiões A UFV em outras cidades ESPECIAL página 11 página 12

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O Jornal-Laboratório OutrOlhar é uma produção de alunos do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa. Essa edição especial foi produzida sob orientação do professor Joaquim Lannes a pedido da Divisão de Vestibular e Exames da UFV.

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JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO - UFV

ANO 6 | EDIÇÃO ESPECIAL | DEZEMBRO 2009

VI

UFVER

Diogo RodriguesSaiba como é a vida dos estudantes de uma das mais conceituadas universidades do Brasil

Quem estuda na UFV sabe que quando se está de boa sobram opções para aproveitar o tempo. Elas são diversas e atendem a todos os tipos de gosto, tanto na cidade de Viçosa como dentro do campus

Universitário também se diverte

páginas 6, 7 e 8

Cardápios variados, nutritivos e gostosos. Alunos podem saborear desde a comida feita no Restaurante Universitário aos pratos oferecidos pelos restaurantes da cidade

Comida boa porbaixo preço

Nos campi mais recentes, Florestal e Rio Paranaíba, os alunos enfrentam novos desafios, conscientes da importância de cada um para a expansão da Universidade Federal de Viçosa em outras regiões

A UFV em outrascidades

ESPECIAL

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boas vindasboas vindas

2 Edição Especial - Dezembro 2009

O OurtrOlhar Especial é um produto temático do jornal-labortório do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Edição elaborada em parceria com a Diretoria de Vestibular e Exames (DVE)

Endereço: Vila Giannetti, Casa 39, Campus Universitário - 36570-000 - Viçosa, MGTel: 3899-2878

Reitor: Prof. Luiz Cláudio Costa

Diretor do Centro de Ciências HumanasLetras e ArtesProf. Walmer Faroni

Diretoria de Vestibular e Exames (DVE)Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues

Chefe de Departamento de Comunicação Social (DCM)Prof. Ernane Corrêa Rabelo Coordenador do Curso de Comunicação Social/JornalismoProf. Carlos d’Andréa

EditorProf. Joaquim Sucena LannesRegistro: MT/RJ-13173

Editor de FotografiaProf. Erivam de OliveiraRegistro: MT/SP-20193

RedaçãoCaroline Lomar, Daniel Fernandes, Diogo Rodri-gues, Felipe Pinheiro, Kívia Oliveira, Lilian Lima, Lucas Guerra, Maria Clara Corsino, Mayara Bar-bosa, Nayara Souza, Olívia Miquelino, Rodrigo Castro, Rodrigues Alves

Edição e Revisão FinalRodrigues Alves

DiagramaçãoDiogo Rodrigues e Felipe Pinheiro

ImpressãoDivisão Gráfica Universitária

Tiragem: 25.000 Exemplares

Os textos assinados não refletem a opinião da Instituição ou do Curso, sendo de inteira respon-sabilidade de seus autores.

www.com.ufv.br

Ninguém melhor que os próprios estudantes para falar da vida uni-versitária. É por isso que, a convite da Diretoria de Vestibular e Exames (DVE), os alunos de Jor-nalismo do 4º período da Universidade Federal de Viçosa produziram este jornal para apresentar a UFV e a cidade de Viço-sa aos futuros universitá-rios.

A confiança no curso para realizar a tarefa se deve ao trabalho feito nas outras edições do jornal-laboratório.

É a primeira vez que a Universidade disponi-biliza um amplo material dedicado aos que es-tão prestando vestibular para a Instituição. O veí-culo solicitado pelo pro-fessor Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues, diretor da DVE, terá a tiragem significativa e poucas vezes verificada num veículo laborato-rial.

A distribuição será nos locais onde houver pro-vas para a UFV, em todo o País.

O objetivo é infor-mar aos futuros colegas como vivem, estudam, se divertem e se rela-cionam os estudantes de Viçosa, Florestal e Rio Parabaíba. Esper-mos que o jornal revele um pouco mais sobre as emoções e as novidades que você está prestes a experimentar. Da insti-tuição às opções de la-zer, o OutrOlhar Especial pretende familiarizar os estudantes com a vida que os espera.

Esperamos encontrar com você em breve. Dentro do campus.

De veteranos para futuros calouros

EDITORIAL

Lilian LimaPara a equipe do jornal

Prezado Estudante,

Gostaria inicialmen-te de cumprimentar-lhe por fazer o vestibular da UFV. Desejo-lhe suces-so nas provas e espero encontrá-lo em nossa Instituição.

Em um País onde, apesar de todo o esfor-ço do Governo Fede-ral nos últimos anos, o número de jovens que frequentam uma uni-versidade pública é de apenas cerca de 3% da população entre 17 e 24 anos, estar em uma uni-versidade pública é mo-tivo de grande orgulho, mas também de grande responsabilidade social.

Tenha certeza que, se vier para a UFV, estare-mos envidando todos os esforços para conciliar a sua formação técnica e acadêmica de excelên-cia com a sua formação cidadã.

Esperamos oferecer-lhe, em nossa Instituição, as condições para que você tenha oportuni-dade de crescimento pessoal e intelectual em todo o período que aqui estiver, afinal a Uni-versidade é um local de formação de profissio-nais, cidadãos e líderes que irão contribuir para a proposição de novos modelos civilizatórios para a humanidade.

Parabéns e espreamos que você faça parte da história da UFV, uma Uni-versidade de excelência acadêmica reconheci-da no Brasil e no exterior e que busca, cada vez mais, a relevância e a interação social.

Por uma formação cidadã

A PALAVRADO REITOR

Luiz Cláudio CostaReitor da UFV

Qualidade e excelência dentro e fora de sala

A avaliação é do Ministério da Educação: a Universidade Fe-deral de Viçosa é a instituição fe-deral com maior concentração de cursos com nível de excelência. Somente 47 cursos receberam esse tipo de destaque neste ano. Dentre eles, cinco são da UFV: arquitetura e urbanismo, ciência da computação, engenharia de agrimensura, engenharia de pro-dução e física.

A avaliação das instituições é feita a partir dos resultados das provas do Enade (Exame Nacio-nal de Desempenho dos Estu-dantes), da nota do IDD (Indi-

cador de Diferença de Empenho Observado e Esperado) e do CPC (Conceito Preliminar de Curso).

Segundo a vice-reitora da Universidade, Nilda Soares, nos últimos anos, a UFV vem con-quistando significativas melhoras na qualidade do ensino da gradu-ação, pesquisa e extensão, tanto nos cursos já consolidados, quan-to nos abertos recentemente.

Para ela, é através dos estudan-tes que a Instituição tem sua ava-liação efetiva. “São os alunos que mostram a qualidade do nosso en-sino na prova do Enade. A maior alegria é ver que os estudantes, ao serem avaliados, colocam o seu curso no topo da classificação”.

A vice-reitora diz que a forma-

ção não se dá somente dentro da sala de aula. “O aprendizado tra-dicional é importante, mas nós percebemos que ele se dá numa discussão muito mais ampla. En-tão, todo o conjunto que oferece-mos leva o nosso ensino à qualida-de de excelência”, analisa.

“Por isso, toda a atenção e au-xílio são concedidos aos nossos alunos, principalmente àqueles que possuem condições socioeco-nômicas menores”. A UFV possui alojamentos que são colocados à disposição dos estudantes mais carentes, além de refeições a baixo custo e oportunidades para está-gios remunerados ou em projetos de pesquisa, extensão e iniciação cientifica (Ver box na página 4).

Olívia Miquelino Kívia Oliveira

DO PRÉDIO DA REITORIA, vista para o edifício Arthur Bernardes, pedra angular da UFV

Erivam de Oliveira

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boas vindasboas vindas

3Edição Especial - Dezembro 2009

Os caminhos que trazem a ViçosaRodrigues Alves

Tudo o que você precisa saber para chegar, se organizar e aproveitar bem a vida acadêmica na cidade unviersitária

Você acabou de fazer seu últi-mo vestibular. Pelo menos, neste ano. E deve estar lendo este jornal a caminho de casa, angustiado para saber o resultado. A primei-ra dica da equipe do jornal, que já passou pelas mesmas experi-ências, é: relaxe! Isso mesmo. Já basta ter comprometido as festas natalinas pela tensão das provas. Agora, aproveite estes poucos dias que restam do ano. Divirta-se no réveillon!

Mas, ainda no início de 2010, é preciso ficar atento quanto a al-gumas datas. A Diretoria de Ves-tibular e Exames (DVE) coloca no edital do vestibular que a pre-visão para a divulgação dos classi-ficados é 31 de janeiro. Conselho de veterano: depois do dia 20 de janeiro, já vale a pena acessar o site da DVE, porque o resultado sai antes da data programada.

Em seguida, se você foi apro-

vado, não pode deixar passar ba-tido o dia da matrícula. Nos três campi, os aprovados na primeira chamada vão se matricular como alunos da UFV no dia 1º de fe-vereiro. A relação de documen-tos que é preciso levar, você pode acessar em: https://phpsistemas.cpd.ufv.br/sisvest_concursos/files/

UFV2010/manual_vest2010.pdf (arquivo em .pdf).

Caso você não passou na pri-meira chamada, não se desespere e fique esperto. É preciso acompa-nhar todas as chamadas (no edital estão previstas mais 12) porque mesmo que as vagas estejam pre-enchidas, podem acontecer desis-

tências de calouros que já haviam feito as matrículas. Sim, elas sem-pre acontecem! Isso significa que se não acompanhar todos os dias de fevereiro e março, você vai mar-car bobeira. Até mesmo porque as listas só são divulgadas pela inter-net e o dia da matrícula das outras chamadas é sempre próximo do dia em que elas são divulgadas.

Matrícula feita, você já é um aluno da UFV? Não. No domin-go que antecede o início das aulas, dia 28 de fevereiro, você tem que confirmar sua matrícula. Aí sim, você é um calouro. Caso você queira saber o telefone de hotéis da cidade para se hospedar, jun-tamente com seus pais, no dia da matrícula ou da confirmação, basta acessar o site da UFV (www.ufv.br), clicar no menu do lado es-querdo em A Universidade e logo depois em A Cidade de Viçosa.

Entre a matrícula e a confir-mação, outras questões vão fazer a sua cabeça: “onde morar? com

Excursões são ótima opção para rever a famíliaLucas Guerra

Quando se estuda fora da ci-dade em que se mora, um dos momentos mais esperados pelo estudante é a volta pra casa. Os grandes feriados, oportunidades de rever a família e os amigos, são contados nos dedos. Esse é um momento para esfriar a cabe-ça, aliviar a tensão e aproveitar a companhia dos pais.

Muita gente acha que um mo-tivo para não estudar longe é que as chances de voltar para casa nos fins de semana ou feriados muitas vezes são prejudicadas. Não só pela distância, mas também pelo custo da viagem. Ir e voltar para casa no meio do semestre nem sempre fica barato.

Para facilitar a vida dos estu-dantes que moram longe, os alu-nos da UFV organizam excursões para as mais variadas cidades.

As viagens são organizadas geralmente nos grandes feriados – Semana Santa, Corpus Christi,

e aniversário de Viçosa, por exem-plo – e os custos chegam a se redu-zir pela metade.

A maior parte das excursões sai para cidades de Minas Gerais. Há viagens para o Sul de Minas, Nor-te, Triângulo, Vale do Aço, BH, Montes Claros.

Para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, as excursões são, na maior parte, dedicadas aos grandes centros. como, por exemplo, Campinas, Rio de Janeiro e Vitória.

Além da vantagem no preço, as excursões possuem outros bene-fícios: não é preciso se preocupar com a passagem de volta e os ho-rários para saída geralmente são à noite. Dessa forma, é possível aproveitar mais o dia para voltar à rotina longe da família.

Para quem deseja viajar para casa de excursão, nas vésperas dos feriados, os organizadores ven-dem as passagens no Barzinho do DCE, das segundas às sextas-fei-ras, no horário entre 12h e 14h.

Montes ClarosMuriaéPatos de MinasRio ParanaíbaUbáUberlândiaBrasíliaRio de JaneiroVitóriaCachoeiro de ItapemirimColatinaSão PauloCampinasRibeirão Preto

631 Km88 Km

609 Km550 Km61 Km

739 Km980 Km385 km410 Km282 Km411 Km650 Km646 Km671 Km

AlfenasBarbacenaBelo HorizonteBom DespachoDivinópolisFlorestalFormigaGovernador ValadaresIpatingaItabunaItaobimJuiz de ForaLavrasManhuaçu

409 Km132 Km225 Km363 Km321 Km270 Km376 Km298 Km235 Km

1032 Km591 Km180 Km273 Km171 Km

Distâncias entre Viçosa e as cidadesonde é realizado o vestibular da UFV

quem, se eu não conheço nin-guém? que móveis eu devo levar? quais compro em Viçosa? tem festas de recepção aos calouros?” e mais outras... A sugestão para facilitar sua vida é a seguinte: procure no Orkut a comunidade Calouros UFV 2010 ou a comu-nidade relacionada ao seu curso. Já existe, por exemplo, a comuni-dade Comunicação Social 2010 – UFV. Nos fóruns tem de tudo: pessoas oferecendo vagas em re-pública; outras, vendendo móveis; sugestões para festas; estudantes de fora combinando carona etc. Basta passar um tempo na rede... e fala a verdade, isso nem é difícil para você! E não pense que é es-tranho arrumar local para morar pela internet, não conhecer pesso-almente as pessoas que vai convi-ver por um bom tempo. Isso é o que mais acontece.

Outras sugestões e dúvidas a gente resolve pessoalmente, quan-do se esbarrar pelo campus!

DEU SAUDADE?

AS EXCURSÕES acontecem todos os feriados e fins de semana, para váraias cidades

Lucas Guerra

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opçõesopções

4 Edição Especial - Dezembro 2009

Já era hora de partir. Sair de casa. Adquirir maturidade. A aprovação no vestibular foi recebida com euforia e muito entusiasmo, já que passar dois anos no cursinho não é nada fácil. A vonta-de de entrar na faculdade era tão grande que não contive a alegria quando vi meu nome na lista dos aprovados. O fato é que conhecia a história de Viçosa, muito mais do que os próprios nativos.

A minha vinda foi um pouco conturbada. Vim sozinha na cara e na coragem, pois meus pais não poderiam me acompanhar no momento da matrícu-la. Ao entrar no ônibus e ver do lado de fora toda minha família, senti que era uma nova fase que estava se iniciando, mas confesso que o medo e a saudade tomaram conta de mim.

A concretização de um sonho veio com a reali-zação da matrícula. Quatro dias antes do início das aulas, voltei para Viçosa, desta vez com meus pais. Agora sim, vinha para ficar. Passos desor-denados na reta que dá acesso à Universidade. Literalmente tremi de medo. Chegava a hora de conhecer meu novo lar. A despedida da família foi emocionante. Era hora de encarar uma nova fase. Fase de crescimento. Era disso que eu precisava. Hoje, acredito que fiz a escolha certa. E esse é o início de uma história que está só começando...

Mudança radical de vidaPor Camila Barros, caloura de comunicação social em 2009

01 0903

Rodrigo C

astro

Estudantes de todoo Brasil, uni-vos!

Rodrigo Castro

Do combate ao sistema nazi-facista ao apoio da campanha O petróleo é nosso; das lutas contra a ditadura ao movimento Dire-tas Já. Essa tem sido a história do Movimento Estudantil (ME), que muitas vezes se confunde com a história do próprio Brasil, consolidada pela fundação da União Nacional dos Estudantes – a UNE.

O ME está em luta pela me-lhoria da educação. O militante e participante de um coletivo de estudantes na UFV, Vinícius Fuzeti, explica o Movimento: “ele nasce junto com a educação. Está com outros movimentos de trabalhadores da área, então é o olhar dos estudantes por um ensino que tenha uma formação mais crítica, mais libertadora”.

Nas universidades, os Centros e Diretórios Acadêmicos (CAs e

Saiba o que o Movimento Estudantil pode (e deve) fazer por você

Os estudantes que são aprovados nos cursos de graduação da UFV e não têm como se manter financeiramente em Viçosa podem contar com o auxílio da Instituição, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários. A bolsa-carência compreende dois tipos de ajuda:

1) bolsa-moradia: moradia nos alojamentos;2) bolsa-atividade: alimentação no Restaurante Universitário (RU)

em troca de o aluno desenvolver atividades (com uma carga horária mínima de 10 horas semanais) em algum setor da UFV, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.

Aqueles que precisam da assistência devem se inscrever no Ser-

viço de Bolsas. Antes mesmo de começar as aulas, o calouro pode acessar, no site da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (www.ufv.br/pcd), o link para o Serviço de Bolsas. Nele, estão os documentos que são necessários trazer para comprovar a situação socioeconômica familiar, além do formulário de solicitação.

Se o aluno trouxer todos os documentos no dia da matrícula (neste dia, a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários atende no mesmo lugar onde se faz a matrícula), ele terá uma resposta se foi contemplado ou não assim que as aulas começarem.

Ajuda para quem precisa

DAs) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) são os princi-pais articuladores do Movimento. De acordo com Fuzeti, além de exigir uma educação de qualidade, o ME deve defender os interesses da classe. “A gente tem as pautas específicas e as pautas gerais. As específicas fazem o estudante se mobilizar; é por exemplo quando o RU entra em greve. Mas tem também as pautas mais gerais, que não são fáceis de visualizar, mas que buscam discutir a educação de uma forma mais ampla”, afirma.

O Movimento e você “O ME tem que avançar muito

na relação com o calouro, porque quando ele entra na universidade já entra com aquele pensamento de que está entrando na UFV e acabou seus problemas. O Movi-mento tem a tarefa de tentar des-construir isso, mostrar que temos problemas. Traz a possibilidade

da pessoa se despertar para outras atividades, projetos de extensão, de pesquisa, grupos culturais”, diz. De acordo com Fuzeti, esse é o principal ponto em que o ME deve avançar, aliando a aproxi-mação com o calouro à quebra de preconceitos aos quais os militan-tes do Movimento são enquadra-dos e que, muitas vezes, afastam os recém-chegados de uma parti-cipação ativa na universidade.

Apesar de ser visto por muitos como enfraquecido, esvaziado de discussões e atividades, o ME continua organizando diversas ações em prol da educação e te-mas relacionados, buscando uma alternativa ao modelo atual, que exalta a competição acirrada en-tre os indivíduos. Somente ao se pensar sobre a educação pode-se conseguir resultados efetivos na sociedade. Esta é a principal fun-ção do Movimento: pensar, para depois agir.

Rodrigo Castro

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opções opções

5Edição Especial - Dezembro 2009

Os cursos paralelos podem ser uma alternativa de baixo custo, oferecida dentro do cam-pus, para os estudantes que de-sejam diversificar ou comple-mentar sua formação durante a graduação.

Cursos de línguas estrangei-ras, de informática e culturais diferenciam os profissionais. Na UFV, essas opções podem ser encontradas dentro do próprio campus.

O projeto Teatro Solidário é uma alternativa para aqueles que quiserem subir ao palco. O coordenandor do projeto, Lu-ciano Cintra, diz que os alunos que fazem aulas com o grupo “fi-cam mais desprendidos, além de melhorar a autoestima”. O curso também tem caráter de formação e profissionalização, já que, ao fi-nal de dois anos, o aluno pode se tornar professor dessa arte.

A aluna de educação infantil, Viviane Darc, declara que está apaixonada pelo curso de teatro. “Quero ser professora. Por isso, a gente tem de estar sempre crian-do coisas novas, e o teatro é uma forma de fazer isso”. A atividade,

segundo ela, ajuda a perder a timi-dez, ter desenvoltura para falar em público e auxilia no desenvolvi-mento da memorização.

Outra opção é o curso de inglês e francês que integram um proje-to de extensão. O Celin (Curso de Língua Inglesa) e o Celif (Curso de Língua Francesa) são ofere-cidos aos alunos da comunidade universitária e da cidade. Eles não têm fins lucrativos e, por isso, as mensalidades têm preço muito inferior se comparadas aos cursos convencionais.

A estudante de economia do-méstica Flávia Cardoso faz inglês no Celin por acreditar que a lín-gua inglesa é importante em seu trabalho, como design de móveis. Uma segunda língua, acredita ela, pode abrir as portas do mercado internacional. Além disso, ela ex-plica as vantagens: “é bem mais barato e fica dentro da própria Universidade. Assim, não tem a necessidade de deslocamento à cidade”.

Outra opção é o curso de vio-lão, de viés comunitário, oferecido pelo professor Zé Bóia.

Tudo isso faz da UFV um pólo de conhecimento diversificado e difusor de aprendizado .

Cursos extras complementam formaçãoAulas de inglês e francês, além de cursos artísticos, como música, teatro e dança, podem ser feitos na UFV

Nayara Luiza

CURSO DE TEATRO DA UFV é profissionalizante: em dois anos, o aluno se forma professor

Nayara Souza

Muitas pessoas acham que sair de casa para estudar fora é uma oportunidade de ficar livre das pressões familiares.

Mas isso não significa que é preciso abrir mão da sua espiritu-alidade e de suas crenças. Existem vários grupos de jovem ou de ora-ção, tanto dentro da universidade como fora dela.

Na universidade, por exemplo, existe o MUR (Ministério Univer-sidades Renovadas), da renovação carismática. Nele, existem grupos de oração, de estudo bíblico e de formação. A estudante de enge-nharia ambiental Lorena Ferrari afirma que a acolhida diferente no grupo fez com que ela criasse laços com os colegas, apesar de, num primeiro momento, não conhecê-

los. Isso possibilitou, segundo a estudante, a sensação de estar em família, mesmo longe de casa.

Essa mesma sensação sentiu o calouro de bioquímica Ronni An-derson na ABU (Aliança Bíblica Universitária), grupo protestante que se reúne toda segunda e quin-ta para discutir a Bíblia. As reuni-ões são abertas para a participação de pessoas de todas as religiões.

Fora da UFV, há ainda o grupo de jovem católico JSC ( Jovens Se-guidores de Cristo). Ele existe há 28 anos. Os membros se reúnem todos os sábados, às 17h, no salão paroquial do santuário de Santa Rita de Cássia. O estudante de agronomia Guilherme Mateus conta que fez amigos verdadeiros no JSC e que, apesar do pouco tempo que está no grupo (três meses), “tem se encontrado como

pessoa”. Ele diz ainda que o JSC teve influência para sua perma-nência em Viçosa, pois foi ali que, segundo ele, encontrou pessoas que dão a certeza de que vão estar ao seu lado nos momentos mais difíceis.

Além do JSC, existem outros grupos de jovem, como o UMP (União da Mocidade Presbiteria-na), que se reúne todos os sábados, às 19h30, na Igreja Presbiteriana. Matheus Neves participa do gru-po desde o início de 2009 e afirma que encontrou na UMP o equi-líbrio entre o estudo e a diversão. “Quando não há um lugar assim, a gente fica só estudando e esquece das outras pessoas, de conversar, bater um papo e descansar”, diz.

O estudante de direito Bruno de Freitas viu na participação do grupo de jovem da ACEAK (As-

sociação Cristã Espírita Alan Kar-dec) uma possibilidade de ajudar outras pessoas por meio das ações sociais ali desenvolvidas. Ainda segundo o estudante, o grupo de jovem foi importante para que as referências trazidas de casa fossem mantidas.

Quando se vem estudar em Viçosa, há possibilidades de con-ciliar as tarefas acadêmicas com momentos de diversão, sem abrir mão das práticas religiosas que são importantes para encontrar ami-gos, ajudar ao próximo e se sentir bem consigo mesmo.

Grupos religiosos permitem o exercício da féMonizy Amorim

REUNIÃO DO JSC com muita animação e trocas de ideias

Arquivo JSC Viçosa

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lazerlazer

6 Edição Especial - Dezembro 2009

Uma horinha no Recanto das CigarrasO local, considerado um dos mais belos do campus, é uma alternativa para estudar e descansar

Felipe PinheiroDiogo Rodrigues

Cine Carcará se abre paraos calouros

O Cineclube Carcará é um lugar para quem é fã de cine-ma ou gosta de assistir a um filme nas horas livres. Locali-zado no porão do Centro de Vivência, o cineclube exibe filmes durante todo o perío-do letivo, das quintas-feiras aos sábados.

Além da programação proposta pelos membros do cineclube, o Carcará é muito utilizado em comemorações especiais, pois organiza mos-tras temáticas e faz parcerias com diversos movimentos da cidade e dos estudantes. Assim, a UFV estreita laços com a sociedade.

Por ano, uma grande mos-tra de recepção aos calouros é organizada para atrair o pú-blico ao cinema. A preferên-cia é por filmes que poucos tiveram chances de assistir. Para a integrante do cineclu-be, Rayza Fontes, “o atual sis-tema de produção cinemato-gráfica se aproveita da sétima arte como mais uma forma de lucrar, relegando o papel transformador e inquisidor que o cinema possui”. Segun-do ela, um dos maiores obje-tivos do Cineclube Carcará é fugir do circuito comercial de filmes e apresentar ao público grandes clássicos de diretores já consagrados, como Stan-ley Kubrick, Lars von Trier, Woody Allen, entre outros.

Em 2010, o Carcará pre-parou uma mostra de duas semanas (as duas primeiras do ano letivo), que contará com intervenções dos cine-clubistas antes das sessões. Além disso, outra atração será o Projeto Psicocine, que aborda temas que relacionam a psicologia e o cinema. As atrações são destinadas prin-cipalmente aos calouros.

Toda a programação pode ser conferida no blog do Ci-neclube Carcará: www.cine-carcara.blogspot.com.

Rodrigo CastroMuito verde, cheiro de mato,

som e companhia dos animais, tranquilidade... Esses são alguns dos motivos pelos quais muitos estudantes procuram o Recanto das Cigarras para descansar, estu-dar, bater um papo com os amigos nas diversas mesas de concreto es-palhadas pelo local ou até mesmo sentados na grama. Longe do es-tresse, da correria e do barulho da cidade, o Recanto é um ambiente natural e tranquilo. E o melhor... dentro do campus!

Apesar de situado dentro da universidade, o Recanto fica afas-tado das áreas de grande circula-ção de pessoas. Para chegar lá, é só pegar a rua da entrada do Hotel do CEE, passar pela Tecnologia de Laticínios e pela creche e, de-pois, seguir direto. Você vai ver que está chegando num lugar di-ferente assim que avistar a reta de entrada, ornamentada por enor-mes palmeiras, espalhadas pelos dois lados da rua.

O estudante do sexto período de engenharia química, Thales Tavares, diz que o Recanto é uma opção para aqueles que gostam de um local tranquilo para fazer atividades acadêmicas. “Acho im-portante, porque além de ter um ar diferente do ar da cidade, que é todo poluído, os sons da natureza às vezes dão até uma paz para você estudar”, comenta. Em média, ele frequenta o espaço seis vezes por semana.

Os portões ficam abertos não só nos dias de aulas. Nos finais de semana também pode-se visitar o Recanto. Diversas famílias levam as crianças para brincarem na gra-ma macia, correrem no enorme espaço e balançarem na gangor-ra. Muita gente usa o local como ponto final de uma caminhada ou passeio de bicicleta. E, chegando lá, muitos ainda se aventuram pe-las diversas trilhas.

Além do uso cotidiano dos alu-nos, a paisagem harmoniosa faz com que o Recanto receba alguns eventos de formandos e funcioná-rios da UFV. Um bom e famoso exemplo é o churrasco de forma-tura.

Se há uma coisa que não falta na UFV é área verde. Por todo lugar, encontram-se gramados extensos, jardins de flores - bem cuidadas -, árvores e arbustos de diversas espécies e tamanhos. Há uma admiração muito grande desses espaços por todos na Uni-versidade. Afinal, quem não gosta de ver um verde para tranquilizar a vista e refrescar o ar?

Os diversos gramados espalha-dos pela Universidade são usados pelas pessoas para ler, estudar, tirar um cochilo, descansar das aulas puxadas, lanchar ou bater um papo com amigos. Dentre os locais favoritos dos universitários, está o gramado que se encontra atrás do Bar do DCE e a popular-mente chamada “Praça da Quími-ca”. Basicamente, os dois espaços ficam um em frente ao outro.

Os estudantes constumam ir ao gramado perto do Bar do DCE principalmente depois do almoço, quando tiram um cochi-lo ou descansam. Lá é uma das áreas gramadas mais disputadas

na Universidade. Já a “Praça de Química” dispõe de suas árvores, que servem sombra aos que bus-cam um lugar para deitar ou ler um livro.

Aluno do décimo período de agronomia, Pedro Traverso fala quais são seus lugares verdes favo-ritos. “Às vezes, quando não tenho muito tempo, fico ali no gramado em frente ao prédio da química. Quando tenho mais tempo, vou lá para as Três Bandeiras, um lu-

gar que tem uma vista bonita da UFV”.

A praça das Três Bandeiras é um local bem alto e afastado. Para chegar lá, você sai do Recanto das Cigarras e segue em frente pela estrada, cercada por vegetação de Mata Atlântica. O ideal é ir de carro ou bicicleta, mas, se você tiver em forma e o tempo estiver bom, compensa ir à pé e admirar a vista que o mirante das Três Ban-deiras proporciona.

Áreas verdes atraem os estudantesRECANTO DAS CIGARRAS chama atenção pela grande área verde, cercada de tranquilidade

PRAÇA DA QUÍMICA é boa opção para curtir um descanso

Diogo Rodrigues

Erivam d

e Oliveira

Felipe Pinheiro

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7Edição Especial - Dezembro 2009

No meio do caminho, um BarzinhoDaniel Fernandes

Ponto de encontro para os mais diversos momentos, o Barzinho do DCE é, sem dúvida, um dos locais de lazer mais populares do campus. Curtir uma música depois do almoço, jogar sinuca, pebolim e cartas, conversar, ver jogos de fu-tebol, acompanhar apresentações culturais, manifestações e até mes-mo dormir. Essas são apenas algu-mas das opções que atraem tanta gente para o local.

Para os dias mais apertados, quando não dá tempo para comer nos restaurantes da Universidade, a promoção de um salgado e um suco por apenas R$2 também é um atrativo, além do famoso ge-ladinho - ótimo para refrescar o calor das tardes viçosenses. Outra opção para diminuir o calor é a piscina, onde os estudantes po-dem passar o tempo que quiserem após serem cadastrados.

Para o estudante de ciências so-ciais Mateus Assunção, a localiza-ção do barzinho, que fica entre os principais pavilhões de aula - PVA e PVB - gera uma grande interação entre os alunos de todos os cursos. “Eu curto aqui porque é um lugar onde a gente encontra todo mun-do, os amigos de outros períodos, outros cursos, além de jogar e con-versar”, comenta.

O local recebe, frequentemente, apresentações de artistas dos mais variados estilos, como hip-hop e maracatu. “É interessante ver as apresentações, principalmente depois do almoço, quando se está de bobeira. E o mais legal é que sempre tem uma coisa diferente: capoeira, dança, teatro...”, conta Mariana Pessoa Vieira, estudante do sexto período de secretariado executivo trilíngue.

O Barzinho do DCE também pode ser útil para os que, como muitos, chegam perdidos em Vi-çosa. Um mural repleto de anún-cios oferece vagas em república, móveis, serviços e tudo que você vai precisar para iniciar a vida em Viçosa. Mais uma das utilidades de um dos locais mais importan-tes da UFV, que, com certeza, fará parte da história de muitos estu-dantes.

ALUNOS DE DIVERSOS CURSOS costumam frequentar o Barzinho do DCE, um dos principais pontos de encontro da UFV

Caroline Lomar

Elas estão por aí, em toda a UFV. Têm seus lugares reserva-dos em quase todos os locais do campus, de tão importantes e numerosas que são. Ao atraves-sar a rua, cuidado com os carros, motos e... as bicicletas! Meio de transporte usado por boa parte dos alunos, a bicicleta faz parte da paisagem da UFV. Há de to-dos os modelos, desde as antigas Cecis às mais modernas moun-tain bikes.

As magrelas são escolhidas pelos alunos para driblar os dias quentes e auxiliar as constantes idas e vindas à Universidade no mesmo dia. Para os que moram mais longe, é literalmente uma mão na roda. Lucas Alves, estu-dante do quarto período de enge-nharia elétrica, conta que quando fica sem bicicleta demora cerca de 20 minutos a mais para chegar às aulas. “Eu moro muito longe

da UFV, tenho que subir morro. Quando estou sem bike, demoro mais que o dobro pra chegar e fico muito mais cansado”, diz.

Segundo a Associação Brasilei-ra de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores e Bicicletas, há mais bicicletas que carros no país, mas ainda é pequeno o número de pes-soas que troca o automóvel pela

bike na hora de se deslocar pela cidade. A Organização Mundial de Saúde estimula o uso da bici-cleta para, entre outros benefícios, combater o sedentarismo e reduzir a poluição causada pelos carros.

Na UFV, tudo é propício para o uso delas. O campus é comple-tamente asfaltado e existem bici-cletários espalhados pelos locais

Para ser rápido, é necessário pedalar

Local de encontro dos estudantes da UFV, o Bar do DCE oferece opções para quem quer matar a fome ou o tempo

mais frequentados pelos estu-dantes, como pavilhões de aulas e Biblioteca, para que elas sejam estacionadas com segurança e não atrapalhem os pedestres.

A formanda do curso de bio-química, Fernanda Faria, conta que anda de bicicleta desde seus tempos de caloura. “Apesar de sempre ter morado perto, acho mais cômodo e até saudável ir de bicicleta. Estou tão acostumada que quando tenho que andar a pé acho tudo muito longe”, diz.

O aluno do sexto período de comunicação social, Thiago Araú-jo lembra outra vantagem das bci-cletas. “É mais barato, e eu ainda vou escutando músicas no mp3 e o ritmo delas me motiva a ir para as aulas de manhã. E ainda dá pra curtir o visual da Universidade, que é lindo”, comenta.

Thiago aconselha que é melhor andar de luvas, para não machucar as mãos, e usar bancos fixos, para não ter problemas com roubos.

BICICLETÁRIOS espalhados pelo campus abrigam as bikes

Diego Mendes

Erivam de Oliveira

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lazerlazer

8 Edição Especial - Dezembro 2009

Arte e cultura dentro do CampusQuando somos aprovados

numa universidade, sempre es-cutamos dos familiares que agora é hora de estudar. Muitas vezes não se fala em outra coisa: “es-tude bastante”, “me falaram que as provas do seu curso são as mais difíceis”. Nem sempre o estudante é in-formado sobre as diversas ativida-des culturais que a universidade tem a oferecer. Seus conhecimentos restringem-se à área acadêmica. Se você é um desses que acredita que Viçosa vive só de estudos, está muito en-

ganado. Sejam exposições artísticas, vi-

sitas a museus dentro do campus, apresentações de coral e teatro. Toda semana há algo de interes-sante para se fazer, o que contribui

para aumentar sua bagagem cul-tural e quebrar um pouco da rotina de festas e estudos.

Opções cultu-rais na UFV não faltam. Geral-mente, no Cen-tro de Vivência e no Teatro do DED (Departa-mento de Eco-

nomia Doméstica), acontecem apresentações de teatro e música, aos fins de semana.

Para quem tiver aptidão nas

áreas culturais, a DAC (Divisão de Assuntos Culturais), oferece curso de teatro. Você pode parti-cipar do Conjunto de Sopros, do Coral da UFV ou apresentar seus trabalhos de artes visuais em ex-posições.

Para a coordenadora da Pina-coteca da UFV, Sandra Galhar-do, “o estudante tem que deixar aflorar sua criatividade. Tem que criar, buscar. Acima de tudo tem que ter a ideia. E a DAC está aber-ta para dar todo o apoio”.

Os candidatos para o Coral devem passar por uma seleção específica. Para os que desejam in-tegrar o Conjunto de Sopros, não são feitas seleções. É necessário apenas que o aluno tenha conhe-cimento de leitura de partitura e domínio do instrumento. O úni-co instrumento que não faz parte do Conjunto de Sopros é a flauta

Lucas Guerra doce. Vale ressaltar que ambas as atividades oferecem bolsa-ativida-de para os estudantes (consulte box na página 4).

Para os que anseiam ingressar nas artes cênicas, todo início de ano são feitos testes para escolha do elenco que irá compor os gru-pos de teatro. A seleção é feita em dois dias de testes. No primeiro, há uma avaliação em grupo e, no segundo, individual. O coordena-dor Luciano Cintra conta que não é cobrada mensalidade do aluno, e sim uma pequena contribuição que tem a finalidade de comprar materiais para as aulas.

Se você se interessou por algu-ma dessas atividades, basta, quan-do estiver em Viçosa, procurar a DAC. Fique ligado no leque de oportunidades artísticas que o campus proporciona. Que ativi-dade cultural você deseja seguir?

Além de estudar, você também vai querer se divertir. E em Viço-sa o que não falta é lugar pra isso. Festas, bares, lanchonetes, restau-rantes, shows, cinema, cada um tem um jeitinho especial de sair da mesmice.

O estudante de física Diogo Baiero gosta de micaretas, de fes-tas organizadas pelos formandos e de ir ao teatro no Espaço Fer-nando Sabino, na Universidade. Também vai a bares e gosta de festinhas que acontecem em casa antes de baladas maiores - os fa-mosos “esquentas”.

Já as estudantes de educação fí-sica e engenharia de agrimensura, Sandra Mendes e Ana Carolina, preferem festas com bebida libe-rada, principalmente as bem di-vulgadas. “Se a festa for divulgada com bastante antecedência, cria aquela expectativa e mais gente vai”, diz Ana Carolina, que tam-bém curte ir ao cinema, no Shop-ping Calçadão.

Para a aluna de matemática Gabi Nunes, as festas com músi-ca sertaneja são as mais badaladas da cidade. Seu colega Frederico Ventura, por outro lado, gosta de ir para os vários bares da cidade. O Bar Leão é o lugar preferido do aluno de economia Armin-do João. Ele frequenta o local às quartas e domingos, para assistir aos jogos de futebol.

Em Viçosa há também muitos shows, inclusive com artistas de renome nacional. O melhor, para a estudante de zootecnia Roberta Ferreira foi o da banda O Rappa. Também já passaram por aqui, em 2009, João Bosco e Vinícius, Nenhum de Nós, O Teatro Mágico, Hugo Pena e Gabriel, Marcelo D2, Nando Reis e muitos outros.

Há quem escolha ficar em casa, lendo um livro ou assistindo a um filme. Andar pela UFV num do-mingo à tarde, tomar sorvete, sen-tar no Barzinho DCE ou se reunir e conversar com os amigos. Aliás, Viçosa é um ótimo lugar para se fazer amigos, daqueles com quem se sai para se divertir ou se junta para fazer nada mesmo.

Diversão é o que não falta pra galeraMaria Clara Corsino

O estudante tem que aflorar sua criatividade, criar, buscar

Sandra Galhardo, coordenandora da Pinacoteca da UFV

NAS NOITES DE VIÇOSA, os livros dão lugar a muito papo, azaração e descontração entre estudantes e viçosenses

Lucas Guerra

Micaretas, festas sertanejas, shows, bares, andar no campus, o que não falta são alternativas para os estudantes

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esporteesporte

9Edição Especial - Dezembro 2009

Luve permite que estudante continue atletaCaso você tenha potencial

para a prática de algum esporte, uma boa opção para treiná-lo é a Associação Atlética Acadêmica - Luve UFV, um órgão esportivo ligado à Universidade. A cada início de semestre, a Luve pro-move seletivas para o ingresso de alunos de graduação que queiram treinar algum esporte. As moda-lidades oferecidas são: atletismo, basquete, ciclismo, futebol, fut-sal, ginástica artística, handebol, judô, karatê, levantamento de peso, natação, pólo aquático, ta-

Daniel FernandesDiogo Rodrigues

Para quem gosta de praticar esportes nos momentos de lazer, a UFV tem excelentes lugares. A Universidade conta com a imensa estrutura esportiva do Departa-mento de Educação Física (DES), que possibilita a prática de várias modalidades. E o melhor: tudo isso de graça, aberto ao público. São duas quadras para futsal/handebol, duas quadras de bas-quete, quatro quadras para vôlei/peteca, duas quadras de tênis e uma pista de atletismo. Além de dois campos de futebol, uma pis-cina e um ginásio, que são utiliza-dos para eventos maiores, como, por exemplo, finais de competi-ções esportivas.

Os locais são frequentados tanto por estudantes quanto pela comunidade viçosense. Técnico do laboratório de biologia, José Antônio Cornélio costuma jogar futsal nas quadras do DES todos os fins de semana. Ele destaca a interatividade que acontece ali: “é bem legal, pois unem morado-res da cidade, funcionários, filhos de funcionários e estudantes. E é sempre bom fazer um esportezi-nho para acabar com a barriga”.

O estudante de mestrado em engenharia agrícola, Danilo Lou-reiro, é aluno da UFV desde 2001 e conta que sempre viu essa mistu-

Diogo Rodrigues

Interação e mistura em jogoPrática de esportes nas quadras da UFV unem estudantes, filhos de funcionários e moradores da cidade

ra nas quadras da UFV. “Acredito que vem muita gente porque é a melhor quadra pública de Viçosa. Venho aqui todos os domingos e sempre dá um futebolzinho dis-putado”, comenta.

Por falar em disputa, isso é o

que não falta na UFV. No primei-ro semestre de cada ano, é realiza-da a Copa DCE de futsal, um tor-neio intercursos que envolve cerca de 800 estudantes - sem contar aqueles alunos que dão show na torcida pelas equipes dos amigos.

QUADRA do Departamento de Educação Física, onde as amizades se solidificam em torno de um gosto comum, o esporte

São 64 times masculinos e 16 fe-mininos, que buscam a integração estudantil por meio do esporte e, claro, o cobiçado título.

Também são realizados campe-onatos menores, como a Eficopa, a Copa Elétrica e a Copa Veteriná-

ria, além de campeonatos de fute-bol de campo. Os demais esportes não são jogados a escanteio. Nos Jogos do CCH (Centro de Ciên-cias Humanas), por exemplo, es-tudantes disputam também parti-das de vôlei, basquete e handebol.

Diogo Rodrigues

ekwondo, vôlei e xadrez.Atualmente, cerca de 450 alu-

nos da UFV são atletas da Luve. Na opinião da aluna de engenha-ria civil Nathália Reis, que pratica handebol e judô, conciliar os estu-dos com o esporte não é fácil, mas, com esforço e organização, dá-se um jeito. “Procuro ter o tempo necessário para estudar. Quando não dá para treinar, converso an-tes com os técnicos, explicando a situação. Eles são muito compre-ensíveis e isso ajuda muito”, con-ta.

A Luve participa, anualmente, de competições como o Jimi (Jo-

gos do Interior Mineiro) e o JUMs (Jogos Universitários Mineiros), além de realizar amistosos com equipes de Viçosa e outras cida-des de Minas Gerais. O formando Pablo Pereira, que em janeiro de 2010 conclui o curso de Comu-nicação Social, foi atleta de futsal durante os quatro anos de sua gra-duação. Para ele, além do prazer em disputar jogos e competições pela Luve, forma-se um forte ciclo de amizade entre os atletas. “Con-vivendo três vezes por semana nos treinamentos e realizando viagens para os campeonatos, a gente aca-ba se aproximando e formando

amizades muito fortes, que se es-tendem para fora de quadra e aju-dam no crescimento do time, bem como no entrosamento dentro de quadra”, revela.

Nathália Reis diz que as ex-periências proporcionadas pelas competições dão a ela um auxílio até mesmo para a vida acadêmica. “No meu caso, ajuda a controlar o nervosismo e manter um equi-líbrio entre o corpo e a mente, fazendo com que eu tenha o má-ximo de aproveitamento. Aplico essas experiências até na hora de fazer provas, por exemplo”, co-menta.

Ao treinar alguma modalidade na UFV, os estudantes recebem bolsa-alimentação, que dá direito a ter passe-livre no RU (Restau-rante Universitário). Como essas bolsas não podem atender a uma demanda de 450 atletas, eles as di-videm entre si, de modo que um fica com o passe-livre e outro rece-be a metade da bolsa em dinheiro. Pablo Pereira conta que isso é de grande valia para sua vida em Vi-çosa. “Apesar de ser de um valor baixo se comparado a uma bolsa integral, me auxilia a custear as despesas de casa, como comida e empregada”, afirma.

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moradiamoradia

10 Edição Especial - Dezembro 2009

No aconchego do apertoNas repúblicas, se vive num espaço pequeno, com pouco dinheiro, mas sobram criatividade e animação

Rodrigues AlvesMayara Barbosa

Quando se pensa em morar fora para estudar, a primeira op-ção de moradia são as repúblicas. Em casas ou apartamentos, os es-tudantes se juntam para dividir despesas e se apoiarem na ausên-cia da família. Eles entram como completos estranhos, que se jun-tam por necessidade. Mas, com o tempo, acabam se tornando uma família.

República lembra sempre muita bagunça, muito agito. Ela tem, sim, tudo isso, mas desperta também as responsabilidades que muitos jovens nunca tiveram an-tes de morar longe dos pais. Com-prar e fazer comida, pagar contas, limpar a casa, são algumas delas.

A rotatividade nas repúblicas é grande. Os moradores saem por estarem formando, por acharem um lugar melhor ou por divergên-cias de personalidade.

A república masculina Capim Limão, que existe há cinco anos, possui nove moradores, que vi-vem num apartamento com cinco quartos, três banheiros, três televi-sões e uma geladeira. O estudante de zootecnia, Marcelo Grossi, ex-plica o lado positivo de morar em república: “com esse número de pessoas, você nunca fica sozinho, sempre tem com quem conversar”. Mas nem tudo são flores. “O pior é que às vezes não existe muita pri-vacidade”, afirma.

Na Capim Limão, as discussões são em sua maioria por causa de limpeza ou do futebol, ainda mais que os moradores, nesse campo, são rivais: atleticanos versus cru-zeirenses.

As despesas estão na média das demais repúblicas da cidade. Eles gastam entre R$200 e R$300 mensais, por pessoa. Nesse valor estão incluídos aluguel, luz, con-domínio, empregada. No centro da cidade, perto da UFV, os alu-guéis são mais altos.

A vida em república costuma ser uma ótima experiência. Prin-cipalmente em Viçosa, onde você acaba morando com pessoas de vários lugares do país e de outros cursos da Instituição. Surgem

VERDADEIRAS FAMÍLIAS se formam nas repúblicas, devido ao clima de união e confraternização entre os moradores

Endereço: campus da UFV, s/nºNayara Luiza

Em um grande cômodo, com muitos beliches, formou-se uma nova família. As meninas vieram de lugares diferentes em busca de realizar o sonho da fa-culdade. Na bagagem, o pouco que deu para carregar além da expectativa e da coragem. Fica-ram um tempo ali, no grande galpão, esperando sair a lista do alojamento.

Depois de um tempo, a re-lação com o nome dos bene-ficiados saiu, causando muita comoção. Enfim, elas poderiam viver em Viçosa. Cada quarto do alojamento tinha quatro va-gas. Assim, a “família” que ali

se formou teve de se estender por mais de uma casa. Tornaram-se vizinhas. Hoje, fazem faculdade, realizam sonhos.

Esse não é um conto de fadas, mas a história de Viviane Silva, Du Esteves, Janaina Matoso, Dar-lene Duarte, Laydiane Rosa, Eli-sangêla Silva, Verônica Santana e de muitos outros estudantes que têm no alojamento a viabilização de seus estudos. As garotas se tra-tam como família. “A Du é a mãe”, diz Viviane. “A gente se diverte, joga peteca na grama, quando dá tempo, e se reúne para ver filme no domingo”, conta Du.

O estudante de física André Persequino aponta as vantagens e desvantagens de viver no alo-

jamento. As primeiras dizem respeito ao custo zero, já que não há taxa para morar no alo-jamento (veja box na página 4), e à proximidade, por morar dentro do campus. “Você pode ir aqui para qualquer canto na Universidade. Você está em casa” afirma André.

Para ele, uma das desvanta-gens é a difícil convivência. Dé-bora Ribeiro, que também cur-sa física, concorda. Mas ressalta que as dificuldades podem ser superadas. “Como você mora com pessoas de mesmo nível social, elas ficam mais unidas, pois normalmente passam pe-las mesmas dificuldades e ale-grias”, diz.

oportunidades para se conhecer mais gente em reuniões e festas, nas repúblicas ou em outros locais. São sotaques, costumes e culturas diferentes, uma forma de aprendi-zado diário que se leva para o resto da vida.

Antes só...Além das repúblicas, muitos

estudantes optam por morar sozi-nhos. As kitinetes e apartamentos de um quarto são a melhor opção. A vida solitária pode também ser muito boa. Você aprende a resol-ver problemas por conta própria e tem a maior liberdade do mundo para fazer o que quiser, pois esse espaço é só seu. Mas também exis-tem desvantagens, como explica André Pacheco, estudante de co-municação social: “creio que o lado negativo seja não amadurecer a convivência diária com alguém”.

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alimentaçãoalimentação

11Edição Especial - Dezembro 2009

Universitários não possuem tempo de sobra, muito menos di-nheiro. Para esse público, Viçosa possui restaurantes e lanchonetes que servem comida rápida, saudá-vel, saborosa e barata. As opções variam de acordo com o gosto do freguês, desde sanduíches natu-rais e salgados, até pratos feitos.

Para almoçar, as opções são os restaurantes self-service sem ba-lança, nas proximidades do cam-pus. A comida sai por preços que variam entre R$3,80 e R$5. Um dos mais frequentados pelo pes-soal é o DuBom, onde a refeição custa R$3,80 e um copo de refri-gerante de 350ml sai a R$0,80. Outro lugar bem cotado é o Bar do Helinho, que serve a autêntica comida mineira, feita em fogão à lenha, por R$4,90. O consumi-dor pode ainda se tornar “men-salista”, o que traz benefícios. Ele pode pagar mensalmente, com descontos pela fidelidade.

O estudante de engenharia flo-restal, Guilherme de Castro Oli-veira, diz que o Bar do Helinho é um dos seus lugares favoritos para comer. “É um local simples, do es-tilo ‘copo sujo’, o que me agrada muito. Além disso, lá tem uma batata recheada muito gostosa”, conta ele. O local não oferece jan-tar self-service, mas pode-se pedir pratos feitos, porções, batatas re-cheadas, sanduíches ou caldos du-rante a noite - que aliás são uma boa opção durante o inverno.

Na hora de lanchar, existem opções em várias padarias e lan-chonetes.

A graduanda de agronomia, Ana Dária, é vegetariana e relata que um bom lugar para pesso-as que não consomem carne é o Brasilca. “No Brasilca tem um sanduíche vegetariano bom e ba-rato [R$2,30]. Também adoro o açaí de lá e não o acho caro com-parado a outros lugares [R$2,90 a porção de 200ml]”, disse a futura agrônoma. Também a lanchonete Noa Noa vende lanches naturais, com ou sem carne, no pão de ba-guete, por um preço que varia en-tre R$2,50 e R$3,70.

Paula Machado

Cidade oferece comida rápida, barata e variada

Para quem se procupa em ter uma alimentação balanceada e não pode pagar muito por ela, a melhor opção é o Restaurante Universitário (RU), localizado dentro da própria UFV. Nele, os estudantes de graduação comem refeições elaboradas por nutri-cionistas e pagam apenas R$2 por almoço ou jantar e R$1 pelo café da manhã. Segundo os estu-dantes, sai mais em conta do que comer em casa.

O lanche matutino é ofereci-do das 6h30 às 7h30, durante a semana, e das 7h15 às 8h15, aos sábados e domingos. São servidos leite, café, margarina e mingau e pão francês, pão doce ou torrada. Os sabores do mingau variam de dia para dia. Dependendo da dis-ponibilidade, também são dados um recheio diferente para o pão, como presunto e queijo, além de uma fruta.

Durante o almoço, compõem o prato a salada, com dois ou três tipos de verduras e legumes, car-ne, guarnição, arroz, feijão, sobre-mesa. O estudante pode servir o suco à vontade, direto das máqui-nas que foram colocadas no RU em 2009. O horário para almoçar

Pague pouco, coma bem

Paula Machado

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU) oferece refeições que respeitam a necessidade nutricional diária do organismo

é de 10h30 às 13h, durante os dias úteis e de 11h às 12h30 nos os fi-nais de semana.

Nas refeições de segunda à sex-ta, os alunos têm outra opção para se alimentar pelo mesmo preço e com a mesma qualidade. O Res-taurante Multiuso, localizado também dentro da universidade, próximo ao RU, é preferido pelos vegetarianos, porque a salada e a guarnição são servidas à vontade e

pode-se trocar carne por ovo.A graduanda de arquitetura

Marianne Gomes Campos al-moça em média cinco vezes por semana num desses restaurantes e diz que compensa muito. “Vale muito a pena pelo preço, pela quantidade de comida e por estar dentro da Universidade, onde eu passo o dia todo. Sem contar que a alimentação é balanceada. O úni-co problema é pegar fila”, conta a

universitária.No horário das 17h30 às 19h

dos dias de semana, existe a opor-tunidade de optar por jantar ou lanchar. No primeiro caso, são oferecidos salada, carne, sopa, ar-roz, feijão, sobremesa e suco. No lanche, pão francês ou pão doce, margarina, fruta, sopa, doce e suco.

Uma das nutricionistas respon-sáveis pela elaboração dos cardá-pios, Renata Bittencourt Duarte, diz que o planejamento é feito de acordo com a composição nutri-cional, os hábitos alimentares, a aceitação dos pratos e os custos. Em média, as três refeições pos-suem 2.600 kcal, aproximadamen-te o valor que um homem precisa consumir e 400kcal além do que as garotas necessitam.

Ao todo, 106 funcionários e 190 colaboradores trabalham no RU. Estes últimos são estudantes comprovadamente carentes, que oferecem ajuda no serviço, em troca de se alimentarem gratuita-mente. Outros universitários que estagiam em alguns setores da UFV recebem a chamada bolsa-atividade e também podem comer sem pagar nada nos dois restau-rantes do campus (leia mais sobre bolsas na página 4).

No compasso da garfada: curiosidades do RU

Durante as refeições, a companhia não se restringe apenas a sua galera. Além de muitas vezes se sentar ao lado de pessoas que você não conhe-ce, canarinhos e sabiás corajosos se aventuram em rasantes por sobre o pessoal

Já pensou em um dia se alimentar numa bandeja? Pois é assim que funciona no RU. Uma chapa de metal dividida em vários compartimentos aloca a refeição que você irá comer. Mas não precisa se preocupar... em pouco tempo irá preferi-las aos pratos e fará a pergunta que todos os calou-ros fazem: “onde eu acho uma dessas para comprar?”

E pensa que bandeja no RU serve apenas para acomodar seu alimento? Torça para não tropeçar nem deixar nada cair no chão, senão escutará uma verdadeira orquestra de metal, muitas ve-zes sincronizadas e acompanhadas de uns gritos como “calouro burro!”

No RU existe o famoso cafezinho, que fica ao lado de onde se devolve as bandejas e é servi-do à vontade. É um bom aperitivo de-pois do almoço. É tão procurado que gera filas, que são rápidas, diga-se de passagem...

Fotos: Diogo Rod

rigues

Page 12: Jornal OutrOlhar | Edição Especial | Vestibular 2010

campi

12 Edição Especial - Dezembro 2009

campi

Quando se compara os campi da UFV, logo se vê que muitas das diferenças estão relacionadas à idade. O de Viçosa, apesar de estar enxuto. é um senhor cam-pus de mais de 80 anos de tradi-ção. Os alunos que estudam nele conseguem colher alguns frutos desse tempo. Os outros dois são ainda crianças de três anos (tem-po da portaria que cria ambos os campi). Daí resultam as princi-pais dificuldades.

Florestal e Rio Paranaíba não têm só topografia e clima diferen-tes, mas também uma identidade própria. A reportagem do Ou-trOlhar saiu do campus-sede, pe-gou a estrada e foi conferir como vivem os estudantes da UFV que não moram em Viçosa.

FlorestalOs alunos que estudam no

campus Florestal podem desfru-tar de uma área de aproximada-mente 1.500 hectares (ha), sendo que 500 deles são de floresta na-tiva. O ambiente é considerado tranquilo até demais.

Como todo jovem, eles tam-bém curtem sair e encontrar os amigos. A falta de opções é uma das reclamações. Tanto é que o estudante de ánalise de sistemas, Romário de Assis, chega a dizer que prefere os dias úteis ao fim de semana. “Tem vez que, quando chega o sábado, a gente já fica na vontade de começar a segunda, para encontrar as pessoas nova-mente”, conta.

Isso porque uma das opções dos alunos é ir para as cidades próximas: Pará de Minas (25km)

Rodrigues Alves

além de Viçosa

Rodrigues Alves

ou Belo Horizonte (60km). Mes-mo assim, quem opta por ficar em Florestal, também pode escolher o que mais lhe agrada: desde pe-gar uma balada na discoteca, ir para os botecos com os amigos, frequentar o grupo de jovens da Igreja Católica ou todas as alter-nativas anteriores.

Romário não se queixa de ter deixado a família para poder es-tudar em Florestal, mas confessa que, às vezes, a saudade aperta. “Trabalho [em projeto de exten-são], estudo e moro no mesmo lugar, para mim é excelente. Para compensar a saudade, penso na

felicidade dos meus pais lá na frente”.

As principais dificuldades, po-rém, dizem respeito à estrutura física. Eles são rápidos em listar as melhorias que consideram neces-sárias nos alojamentos, na biblio-teca, no restaurante, nos laborató-rios. “Somos a UFV, só não temos a mesma estrutura do campus de Viçosa”, resume o aluno de ciên-cias biológicas, Bráulio Marçal.

O aluno de gestão tecnológica ambiental, João Lima, que deixou tudo no estado do Rio de Janeiro e resolveu voltar a estudar depois de 22 anos, diz que os novos alunos do campus têm que estar prepara-dos para enfrentar os desafios.

O colega de sala de Romário, Marco Aurélio, acredita que essas experiências são uma forma de aprendizagem. “Você sairá daqui um profissional melhor do que aquele que estudou em um lugar onde tinha tudo fácil”, finaliza.

Rio ParanaíbaO responsável pela segurança

em Rio Paranaíba diz conhecer o nome, o período e o curso de cada um dos mais de 600 alunos que estudam no campus. A relação ultrapassa o mero cumprimento formal no início ou fim das au-las. No I Jogos Universitários, em

outubro deste ano, o time forma-do por ele e ouros servidores (in-cluindo o diretor do campus, Lu-ciano Baião) enfrentou as equipes formadas pelos alunos.

Os estudantes ressaltam a pro-ximidade entre alunos, professo-res e técnicos como uma das prin-cipais vantagens de se estudar em Rio Paranaíba (550km de Viçosa). “Aqui as turmas são menores, você conhece todo mundo e fica bem mais próximo dos professores”, diz a caloura de agronomia, Ana Cecília, de Patos de Minas.

Outro ponto positivo é a qua-lidade do ensino. De acordo com os alunos, a formação dos profes-sores e as aulas práticas favorecem o desenvolvimento dos estudos.

“Aqui você vê a teoria olhando para a prática. Vindo da cidade para cá, dentro do ônibus mes-mo, você vê o pessoal plantando, colhendo. Depois, na sala de aula, você aprende o que estão aplican-do, qual a dosagem”, explica o es-tudante de agronomia, paulista de São Bernardo do Campo, Leonar-do Pedron.

Com relação às dificuldades, os alunos esperam que a construção do novo campus, com laborató-rios, biblioteca e pavilhão, acabem com os problemas relacionados à infraestrutura. TURMA DE GESTÃO AMBIENTAL assiste aula em Florestal

Rodrigues Alves

ENSINO, em Rio, é elogiado

Rodrigues Alves

Eles torcem agora para para que o preço do aluguel abaixe. Por mês, as despesas (incluindo aluguel, água e luz) variam de estudante para estudante. O Ou-trOlhar apurou valores que vão de R$280 a R$800.

O calouro de ciências contábeis Marco Antonio Severino explica por que vale a pena deixar a casa dos pais e enfrentar esses desafios: “aqui é preciso aprender a convi-ver com todo mundo, respeitar os outros, saber ouvir. É um cres-cimento pessoal que a gente leva para a vida inteira”

ENTRADA DO CAMPUS RIO PARANAÍBA, localizada na BR 354, km 310, na região plana do Alto Paranaíba de Minas Gerais

Enviado especial a Florestal e Rio Paranaíba