Restauração. Projeto está agregado a área comercial

Cine Pathé pode reabrir portas daqui a dois anos • ALINE GONÇALVES

·Fechado para a sétima ar­te desde 1999, o Cine Pathé, um dos mais tradicionais ci­nemas de rua da capital, fun­dado na década de 1940, po­de ser reaberto em 2015.

A expectativa é do escri­tório de ed_ificações Farkasvõlgyi Arquitetura e da PHV Engenharia, que aprovou projeto junto ao Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, de restauração da área tornbp.da da edificação - a fachada e o · foyer. A iniciativa seria uma contrapartida pela constru­ção de um edifício comer­cial anexo ao espaço; que te­rá nove andares e sai da inde­pendente ·pela rua Alagoas (a entrada do cinema seria pela avenida Cristovão Co~ lombo).

O projeto, agora, ~guar­

da a aprovação da Secreta­ria Municipal de Regulação Urbana, o que deve ocorrer até julho. A partir daí, a obra deve ficar pronta em dois anos, ao custo de R$ 20 mi­lhões. "A PHV Engenharia negociou com o proprietário do imóvel a criação do pré­dio comercial, mas queria também uma visão que con-

Projeção. Após a obra, sala de cinema teria 252 lugares

templasse um aspecto cultu­ral e por isso nos procurou. Avolta do cinema foi o que pensamos de imediato e, no diálogo com a Fundação Mu­nicipal de Cultura, vislum­brm;nos não só o Tesgate arquitetônico, mas a criação de possibilidades reais de uso. Tanto é assim que a con­trapartida inicialmente seria no regime de comodato, mas resolvemos fazer a doa­ção do espaço para a prefei­tura", conta o diretor da Farkasvolgyi Arquitetura, Bernardo Farkasvolgyi, que

faz questão de dizer que co­meçou a namorar sua mu­lher, há 20 anos, no Pathé.

Bernardo explica que o projeto trará readequações à. estrutura inicial do cine­ma, com a inclusão, por exemplo, de um espaço mul­tiuso e de locais para cadei­rantes, mas mantendo a sala com 252lugares, com possi­bilidade de ela ser usada em eventos. O local também de­verá funcionar como área de manutenção do acervo do Centro de Referência Audio­visual.