JORNAL O GUARDA P7 ED 16 DEZ 2011

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ANO 2 Nº 16 DEZEMBRO DE 2011 O JORNAL DO LESTE FLUMINENSE SÃO GONÇALO, RIO DE JANEIRO 7 PAGE VIEW nO LIMITE dA iRRESPONSABILIdADE do Ed Guarduxo por helcio albano Com André há esperança nessa Freguesia André Correia, companheiro dos bancos uerjianos do glorioso curso de História desta Freguesia - e de tantas outras utopias e lutas inglórias - mora na ponta outrora decadente do bairro das Neves. O cara num tem medo não parceiro; e escancara um amor quase que irracional por esta cidade que tanto nos maltrata. Ele contagiou outros seres delirantes a construir e encenar a história de São Gonçalo no SESC em “Amarante: Mistérios da Terra de Além Mar”. É louco! Só podia ser professor mesmo... ARTE GENTE POLÍTICA CULTURA www.blogdohelcio.blogspot.com O FEBEAPÁ DA INSANIDADE Essa página - que eu sinceramente achava não contribuir em ab- solutamente nada à civilização ocidental - gerou uma ciumeira, um quase-celeuma no seio morocoxoco do senhorio de coisa nenhuma da ultra-sofisticada cultura gonçalense. Sorte eu ter amigos como o Rodrigo Santos, o André Correia, Fernando Nunes, o Massoto, Mauricio Mendes, Marilyn Pires, o Mansur, Marlos, os Marcelos Araújo e Lessa, Joyce Braga, Roberta Bernadon, Jessica Santos, minha mãe, Cristiana Souza (mulher de verdade, que veio propositalmente depois de minha mãe), Fábio Fonseca, Caíca, Karla Karina, Anna Perrot, João e Marina Morena. Os que não estão aqui entenderão a minha indelicadeza como um recurso estilístico. Sem vocês, meus amigos, restaria-me apenas a cabeça enterrada no chão da estupidez e o corpo varado pela munição do desespero alheio com o seguinte requinte do inacreditável: “Ele (no caso, eu) não tem moral para escrever! Não fez jornalismo...” Pode me atacar à vontade. Só que tem gente que se sente ultrajada em ter subestimada a sua inteligência. Portanto, sugiro aos beligerantes da reputação de quem os incomo- da um escritor russo que iniciou o nosso eterno Nelson Rodrigues nas artes de esquadrinhar, dissecar, os idiotas: Fiodor Dostoiévski. tudo no mesmo L GAR U MARIOLA: o meu patrimônio gonçalense particular PAPO de Taverna O homem que queria matar a “diaba”... O Porto Velho é um lugar espeta- cular. Tava eu e mi amore em nos- sos aposentos do amor de frente à Rua Lafaiete. Ouvimos gritos e de pronto nos pegamos num big bro- ther em pleno ocaso de domingo. Descobrimos ser uma briga entre Na coluna passada, coloquei o fato de que a Arte não tem função prática na vida, po- rém ninguém vive sem arte. Como é isso? No nosso dia a dia corrido, quase nunca dá tempo de experimentarmos nossos sen- timentos em sua plenitude, como eles de- vem ser vividos. Dor, sofrimento, angústia; amor, felicidade, êxtase: não temos tempo para isso. Então, nos permitimos apenas a um pouquinho da sensação, e seguimos em frente, como se déssemos uma mordida apenas naquela barra de chocolate. Mas para onde vai o resto do chocolate? Ele tem que ser guardado em algum lugar! E é isso que fazemos com nossos sentimentos. Vivencia- mos uma amostra grátis, e guardamos o res- to. De preferência, bem escondido, para não atrapalhar a vida real, prática e rápida, com suas contas a pagar e suas brigas de vizinho. Mas é difícil carregar isso tudo o tempo inteiro, e todo armazém tem seu limite má- ximo. Um dia, você está sentado no ônibus e toca uma música. E, às vezes até sem gos- tar daquela música, você se emociona. A Arte serve para limpar os porões, fa- zer uma faxina no armazém. Quando você chora por um filme, não é pelo sofrimento do personagem, e sim pelo SEU sofrimen- to, aquele mesmo, que você guardou em um lugar tão escondido. Aquela situação do filme o faz lembrar a sua própria situ- ação, e você chora. Uma música, um poe- ma... A Arte está aí para fazer você conviver melhor com você mesmo. E esse papo ainda rende... Até a próxima! Evoé! Arte pra quê mesmo? por Rodrigo “Bardo” Santos Coluna colaborativa dos integrantes do Movimento Uma Noite na Taverna BATA RECORDES DE VENDAS ANUNCIANDO AQUI! 9864.1065 cunhados bebuns, homem e mulher. Familiares se aproximam e metem o bedelho no entrevero. Pronto! A roupa suja era lavada no asfalto e se- gredos inconfessáveis são revelados. Levam o homem pra casa que, ain- da agitado, dizia querer matar a sua cunhada “diaba”. Surge o seu genro, crente da heterodoxia cristã, certo do exorcismo com a ajuda de Deus e a sua ladainha característica Ao perceber a catarse pentecostal, o sogro - que é hare krishina - outro- ra irado, pede calma ao genro. ligue: 2712-7954/2605-8561 Senhores, não resta dúvida. Está aqui em nossa mesa o mais perfeito exemplar de um idiota Ladies and gentlemen, gentis-homens, moços e moçoilas desta Freguesia: avisa lá que me gusta mariola. A busca pela nossa iden- tidade acabada, viável, pelo ser gonçalense como objeto antropológico e histórico palpável, acabou. Ele se chama Jorge Luis Gasco, o político, vereador, Jorge Mariola. No Porto Velho, raramente (quase nunca) damos a políticos assento à mesa mundana dos botequins. Só aos figuraças - no bom sentido, claro. O Mariola ia se divertir no Porto Velho... Veja se concorda, leitor, com este es- criba: o danado é da roça de Rio Boni- to. O pai, daqueles com severidade que não mais se encontra ou se adequa à civilização libertina. Via no trabalho a bigorna do caráter. Acompanhe, pois saberás deonde vem a alcunha do edil. Naquela família tornava-se homem aos sete. Então, já em São Gon- çalo, é seduzido pela bola. O pai, em graça, remediado pelo comércio na cidade, não impõe ao menino a roça. Esperto, escolhe um ofício que lhe permite um flerte com a pelota, com a infância: vender mariola. Mal sabia o magricela dos campos de várzea que não driblava os garotos de canela fina, mas a própria lógica da vida imposta. Salto no tempo e saio dessa revelação deveras importante para nar- rar o que vi em seu gabinete. Nada faz-me lembrar a vulgaridade e o pouco caso com a legislatura. Tudo arrumado por gente que não parece estar ali pelo contra-cheque. Sua bermuda e sandalhão desengonçado me surpreendem. O olhar vaga perdido na parede com fotos suas com gente importante. Eu mesmo não o tiro daquela catarse até surgir um mulato com uma bandeja de doces vazia. De repente o sentido ausente naquela parede dá lugar à vida con- creta, àquele mulato que logo se faz pedinte. E Mariola também logo se faz cúmplice. Uma cumplicidade que derruba o folclore, a igno- rância ainda encruada sobre aquele homem. Desisti de fazer-lhe perguntas já gravadas nos anais da história po- lítica desta cidade que qualquer curioso, remexendo os arquivos, é capaz de escrever; sim, escrever um texto inútil. Achei melhor conversar numa cozinha já latente e imaginária de Rio Bonito, e o macarrão ao sal com ovo cozido já não soava mais ao ouvido como populismo gastronômico. Sobretudo quando a filha mais velha, recém-casada, confessou-me querer o pai algo próximo à burguesia na vestimenta. “Sou irremediavelmente do povo”, repro- duzo sua fala com o rigor apenas do meu estilo. Gosta de música, Roberto Carlos, e mareja quando lembra a de- ferência da banda de Gonça ao vê-lo nesses eventos de calendário: “Eles param tudo e tocam “Como é grande o meu amor por você... Alvíssaras, honoráveis vassalos da profes- sora-rainha! Já temos o nosso Sistema Municipal de Cul- tura! O que isso quer dizer na prática? Que o poder público da Freguesia de São Gonçalo do Amarante reconhece oficialmente as suas responsabilidades frente a este segmento e a diversos atores culturais que labutam nesta city periférica da Pro- víncia de São Sebastião do Rio de Janeiro. Segundo Marilyn Pires - mulher-maravilha que não desiste nunca -, braço direito do secretário Carlos Ney, o SMC constitui um grande avanço e o fim de um ciclo que começa ainda nos anos 1990, que marcou a entrada dos entes públicos locais na discussão e valorização da cultura, resultando na criação, à época, da Fundação de Artes (FASG). “O SMC estabelece parâmetros legais e diretrizes de atuação do poder público na área da cultura. Com este documento, prefeitura e sociedade se guiarão nas ações de estímulo e promoção à pro- dução cultural gonçalense”, explica cherry Marilyn que, por conta do incessante trabalho de conclusão do SMC, dispensou a academia. Bobea não, menina, que te pego! Já Lord Ney dá pulos de alegria e escreve seu nome dourado nessa história. “Toda a equipe está de para- béns. Só nós sabemos a luta que foi tudo isso”, disse o secretário. Mas, muita calma nesta hora! O SMC espera vo- tação na Câmara para ser aprovado. A classe artísitica destas bandas, que não é lá muito unida e um tanto alienada nas discussões sobre cultura em São Gon- çalo, recebeu a notícia friamente, mas a polivalente Marilyn é otimista: “Acho que o SMC facilita o acesso ao financiamento de projetos. Muitos que se afastaram dessas discussões tendem a voltar e encarar este segmento de modo mais profissional”, finaliza Marilyn Pires. E, beijo e me liga! Freguesia já tem seu Plano de Cultura Marilyn Pires é polivalente, braço-direito (e esquerdo também!) do secretário de Cultura Carlos Ney e está solteira. Um absurdo! Blog disponibiliza entrevistas com as figuraças de Gonça A fauna desta freguesia é muito densa e diversificada. Por isso, este humilde escriba tenta descobrir e catalogar com muito critério e cuidado esses espécimes em seus respectivos habitats, além de mapear os seus movimen- tos de migração e reprodução. Veja esses seres em www.blogdohelcio.blogspot.com O SMC estabelece parâmetros legais e diretrizes de atuação do poder público na área da cultura. Com este documento, prefeitura e sociedade se guiarão nas ações de estímulo e promoção à produção cultural gonçalense”, Marilyn Pires.

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ANO 2 Nº 16 DEZEMBRO DE 2011O JORNAL DO LESTE FLUMINENSE SÃO GONÇALO, RIO DE JANEIRO 7

PAGEVIEWnO LIMITE dA iRRESPONSABILIdADE do Ed Guarduxopor helcio albano

Com André há esperança nessa FreguesiaAndré Correia, companheiro dos bancos uerjianos do glorioso curso de

História desta Freguesia - e de tantas outras utopias e lutas inglórias - mora na ponta outrora decadente do bairro das Neves. O cara num tem medo não parceiro; e escancara um amor quase que irracional por esta cidade que tanto nos maltrata.

Ele contagiou outros seres delirantes a construir e encenar a história de São Gonçalo no SESC em “Amarante: Mistérios da Terra de Além Mar”. É louco! Só podia ser professor mesmo...

ARTE GENTE POLÍTICA CULTURA

www.blogdohelcio.blogspot.com

O FEBEAPÁ DA INSANIDADE

Essa página - que eu sinceramente achava não contribuir em ab-solutamente nada à civilização ocidental - gerou uma ciumeira, um quase-celeuma no seio morocoxoco do senhorio de coisa nenhuma da ultra-sofisticada cultura gonçalense.

Sorte eu ter amigos como o Rodrigo Santos, o André Correia, Fernando Nunes, o Massoto, Mauricio Mendes, Marilyn Pires, o Mansur, Marlos, os Marcelos Araújo e Lessa, Joyce Braga, Roberta Bernadon, Jessica Santos, minha mãe, Cristiana Souza (mulher de verdade, que veio propositalmente depois de minha mãe), Fábio Fonseca, Caíca, Karla Karina, Anna Perrot, João e Marina Morena. Os que não estão aqui entenderão a minha indelicadeza como um recurso estilístico.

Sem vocês, meus amigos, restaria-me apenas a cabeça enterrada no chão da estupidez e o corpo varado pela munição do desespero alheio com o seguinte requinte do inacreditável: “Ele (no caso, eu) não tem moral para escrever! Não fez jornalismo...”

Pode me atacar à vontade. Só que tem gente que se sente ultrajada em ter subestimada a sua inteligência.

Portanto, sugiro aos beligerantes da reputação de quem os incomo-da um escritor russo que iniciou o nosso eterno Nelson Rodrigues nas artes de esquadrinhar, dissecar, os idiotas: Fiodor Dostoiévski.

tudo no mesmo

L GARU

MARIOLA: o meu patrimônio gonçalense particular

PAPO deTaverna

O homem que queria matar a “diaba”...O Porto Velho é um lugar espeta-

cular. Tava eu e mi amore em nos-sos aposentos do amor de frente à Rua Lafaiete. Ouvimos gritos e de pronto nos pegamos num big bro-ther em pleno ocaso de domingo.

Descobrimos ser uma briga entre

Na coluna passada, coloquei o fato de que a Arte não tem função prática na vida, po-rém ninguém vive sem arte. Como é isso?

No nosso dia a dia corrido, quase nunca dá tempo de experimentarmos nossos sen-timentos em sua plenitude, como eles de-vem ser vividos. Dor, sofrimento, angústia; amor, felicidade, êxtase: não temos tempo para isso. Então, nos permitimos apenas a um pouquinho da sensação, e seguimos em frente, como se déssemos uma mordida apenas naquela barra de chocolate. Mas para

onde vai o resto do chocolate? Ele tem que ser guardado em algum lugar! E é isso que fazemos com nossos sentimentos. Vivencia-mos uma amostra grátis, e guardamos o res-to. De preferência, bem escondido, para não atrapalhar a vida real, prática e rápida, com suas contas a pagar e suas brigas de vizinho.

Mas é difícil carregar isso tudo o tempo inteiro, e todo armazém tem seu limite má-ximo. Um dia, você está sentado no ônibus e toca uma música. E, às vezes até sem gos-tar daquela música, você se emociona.

A Arte serve para limpar os porões, fa-zer uma faxina no armazém. Quando você chora por um filme, não é pelo sofrimento do personagem, e sim pelo SEU sofrimen-to, aquele mesmo, que você guardou em um lugar tão escondido. Aquela situação do filme o faz lembrar a sua própria situ-ação, e você chora. Uma música, um poe-ma... A Arte está aí para fazer você conviver melhor com você mesmo.

E esse papo ainda rende... Até a próxima! Evoé!

Arte pra quê mesmo?por Rodrigo “Bardo” Santos

Coluna colaborativa dos integrantes do Movimento Uma Noite na Taverna

BATA RECORDES DE VENDASANUNCIANDO AQUI!

9864.1065

cunhados bebuns, homem e mulher. Familiares se aproximam e metem o bedelho no entrevero. Pronto! A roupa suja era lavada no asfalto e se-gredos inconfessáveis são revelados.

Levam o homem pra casa que, ain-da agitado, dizia querer matar a sua cunhada “diaba”. Surge o seu genro,

crente da heterodoxia cristã, certo do exorcismo com a ajuda de Deus e a sua ladainha característica

Ao perceber a catarse pentecostal, o sogro - que é hare krishina - outro-ra irado, pede calma ao genro.

ligue: 2712-7954/2605-8561

Senhores, não resta dúvida. Está aqui em nossa mesa o mais perfeito exemplar de um idiota

Ladies and gentlemen, gentis-homens, moços e moçoilas desta Freguesia: avisa lá que me gusta mariola. A busca pela nossa iden-tidade acabada, viável, pelo ser gonçalense como objeto antropológico e histórico palpável, acabou. Ele se chama Jorge Luis Gasco, o político, vereador, Jorge Mariola.

No Porto Velho, raramente (quase nunca) damos a políticos assento à mesa mundana dos botequins. Só aos figuraças - no bom sentido, claro. O Mariola ia se divertir no Porto Velho...

Veja se concorda, leitor, com este es-criba: o danado é da roça de Rio Boni-to. O pai, daqueles com severidade que não mais se encontra ou se adequa à civilização libertina. Via no trabalho a bigorna do caráter. Acompanhe, pois saberás deonde vem a alcunha do edil.

Naquela família tornava-se homem aos sete. Então, já em São Gon-çalo, é seduzido pela bola. O pai, em graça, remediado pelo comércio na cidade, não impõe ao menino a roça. Esperto, escolhe um ofício que lhe permite um flerte com a pelota, com a infância: vender mariola.

Mal sabia o magricela dos campos de várzea que não driblava os garotos de canela fina, mas a própria lógica da vida imposta.

Salto no tempo e saio dessa revelação deveras importante para nar-rar o que vi em seu gabinete. Nada faz-me lembrar a vulgaridade e o pouco caso com a legislatura. Tudo arrumado por gente que não parece estar ali pelo contra-cheque.

Sua bermuda e sandalhão desengonçado me surpreendem. O olhar vaga perdido na parede com fotos suas com gente importante. Eu mesmo não o tiro daquela catarse até surgir um mulato com uma bandeja de doces vazia.

De repente o sentido ausente naquela parede dá lugar à vida con-creta, àquele mulato que logo se faz pedinte. E Mariola também logo se faz cúmplice. Uma cumplicidade que derruba o folclore, a igno-rância ainda encruada sobre aquele homem.

Desisti de fazer-lhe perguntas já gravadas nos anais da história po-lítica desta cidade que qualquer curioso, remexendo os arquivos, é capaz de escrever; sim, escrever um texto inútil.

Achei melhor conversar numa cozinha já latente e imaginária de Rio Bonito, e o macarrão ao sal com ovo cozido já não soava mais ao ouvido como populismo gastronômico. Sobretudo quando a filha mais velha, recém-casada, confessou-me querer o pai algo próximo à burguesia na vestimenta. “Sou irremediavelmente do povo”, repro-duzo sua fala com o rigor apenas do meu estilo.

Gosta de música, Roberto Carlos, e mareja quando lembra a de-ferência da banda de Gonça ao vê-lo nesses eventos de calendário: “Eles param tudo e tocam “Como é grande o meu amor por você... “

Alvíssaras, honoráveis vassalos da profes-sora-rainha! Já temos o nosso Sistema Municipal de Cul-tura! O que isso quer dizer na prática? Que o poder público da Freguesia de São Gonçalo do Amarante reconhece oficialmente

as suas responsabilidades frente a este segmento e a diversos atores culturais que labutam nesta city periférica da Pro-víncia de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Segundo Marilyn Pires - mulher-maravilha que não desiste nunca -, braço direito do secretário Carlos Ney, o SMC constitui um grande avanço e o fim de um ciclo que começa ainda nos anos 1990, que marcou a entrada dos entes públicos locais na discussão e valorização da cultura, resultando na criação, à época, da Fundação de Artes (FASG). “O SMC estabelece parâmetros legais e diretrizes de atuação do poder público na área da cultura. Com este documento, prefeitura e sociedade se guiarão nas ações de estímulo e promoção à pro-dução cultural gonçalense”, explica cherry Marilyn que, por conta do incessante trabalho de conclusão do SMC, dispensou a academia. Bobea não, menina, que te pego!Já Lord Ney dá pulos de alegria e escreve seu nome

dourado nessa história. “Toda a equipe está de para-béns. Só nós sabemos a luta que foi tudo isso”, disse o

secretário. Mas, muita calma nesta hora! O SMC espera vo-tação na Câmara para ser aprovado.A classe artísitica destas bandas, que não é lá muito unida e

um tanto alienada nas discussões sobre cultura em São Gon-çalo, recebeu a notícia friamente, mas a polivalente Marilyn é otimista: “Acho que o SMC facilita o acesso ao financiamento de projetos. Muitos que se afastaram dessas discussões tendem a voltar e encarar este segmento de modo mais profissional”, finaliza Marilyn Pires. E, beijo e me liga!

Freguesiajá tem seuPlano deCultura

Marilyn Pires é polivalente, braço-direito (e esquerdo também!) do secretário de Cultura Carlos Ney e está solteira. Um absurdo!

Blog disponibiliza entrevistas com as figuraças de Gonça A fauna desta freguesia é muito densa e diversificada.

Por isso, este humilde escriba tenta descobrir e catalogar com muito critério e cuidado esses espécimes em seus

respectivos habitats, além de mapear os seus movimen-tos de migração e reprodução.

Veja esses seres em www.blogdohelcio.blogspot.com

“O SMC estabelece parâmetros legais e diretrizes de atuação do poder público na área da cultura. Com este documento, prefeitura e sociedade se guiarão nas ações de estímulo e promoção à produção cultural gonçalense”, Marilyn Pires.